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. Grande·ztts·'e medidas
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1. Reco:nheciínehto e; comparação
.• êle graridezas
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1. Reconhecimento e comparação
de grandezas
r~Identificação e comparação de grandezas
$[14 As unidades de medida do sistema métrico decimal
~ Medição e instrumentos de medida
~ As unidades de medida de tempo e o dinheiro

á inúmeras situações da vida Por isso, os conceitos ligados à medida

H
rr.·~~~
cotidiana em que necessita-
mos medir alguma coisa.
Quando viajamos e contamos
os quilômetros, quando com-
pramos alguns quilo~ de batatas no mer-
passaram a fazer parte da linguagem
familiar. Medir grandezas tem por
objetivo quantificar o mundo que nos
rodeia. Dentre os fenômenos da reali-
d:ade que podem ser quantificados, os
c.
c
/-
'-~
c
cado, quando verificamos nosso peso ou mais elementares são os que se referem
c
~ltura, quando fazemos um bolo e medi~ · ao comprimento, superfície, capacidade,
·c
mos a quantidade de leite o~ quando massa, tempo e dinheiro. e
precisamos saber a área da superfície Neste capítulo, trataremos das caracte- u
de um terreno, estamos empregando rísticas ou qualidades que um objeto c
noções relacionadas à medida. tem para que possam ser consideradas C
Essa necessidade de medir tem sua grandezas_ e das unidades e instrumen-
origem em práticas da vida cotidiana. tos utilizados para fazer medições. L
c
l22 c
c
, .. :~

11
I(lentificação .e comparação
de grandezas
. s conceitos de medida e grandeza são inseparáveis. Quando

' t·..
I

·..··
O~
medimos, estamos quantificando uma característica dos cor-
pos: se~ comprimento, sua superfície, seu valor, etc. Estas
características ou qualidades constituem grandezas que pode-
mos medir. Mas nem todas as características dos corpos são grandezas:
( -
\. .·· .a cor e a fonna, por exemplo, não são.
'- 1
Para medir uma grandeza precisamos ser capazes de identificá-la e
reconhecer se cuznpre as propriedades básicas de uma grandeza: poder
comparar dois objetos com relação à caracteristi.ca considerada.
Observando os objetos da ilustração abaixo, podemos destacar algu-
i·.
~ . mas características ou qualidades que eles possuem. .As paredes da sala
são ci'T!Za. Podemos. dizer que o livro que está sobre a mesa é grosso,
exige muito tempo para se ler. Com relação à mesa, podemos dizer que
( ') ela é alta. Quanto à caixa cheia de livros,
o dizemos que é pesada.
o Embora os objetos sEtiam ·
f) · diferentes, podemos identificar
I" '
I.
características comuns: tanto
uma folha de papel quanto a
·parede de uma sala podem ser
brancas, o lápis e os cadarços
dos sapatos são compridos.
Podemos destacar outras
() características: por exem-
o plo, o chão de uma sala e
uma folha de papel têm
()
comprimento e largura.
'lbdas as palavras que
aparecem em itálico nos
c parágrafos anteriores corres-
o pondero a características dos
o objetos. No entanto, entre elas,
o há grandes diferenças que vamos
(j
assinalar. Para facilitar a compreensão
(..,!
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123
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1. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS ll&i11\11!11l!llil&lillllll!l!IBI-III!IIiiM!Iilllil!I!AIIIIRR!ill!ilittliiiiiJ!!l>llli!RBimi'~mí1~~[..111J

destas diferenças, vamos supor que três amigos, Maria, Paulo •


I
!

e Rita, brinquem de fazer comparações com as características


de objetos.
··comparam a altura da mesa com a altura da cadeira e os três
amigos estão de acordo com que a cadeira é mais alta que a mesa.
....E
I
Também estão de acordo com que, se colocarem a cadeira em E
cima da mesa, o que obterão é a soma da altura da mesa com a
altura da cadeira. A altura é uma característica dos objetos que
., '
podemos comparar, de forma objetiva, e que podemos adicionar
(porque a altura da mesa pode ser adicionada à altura da cadeira)
ou subtrair.
Maria, ~aulo e Rita comparam também o peso de um livro com
o peso de uma cadeira e os três concordam que a cadeira é mais .
pesada que o livro e que as duas coisas juntas, a cadeira e o livro,
pesam mais que cada um destes dois objetos separados. O peso
é uma característica dos objetos que podemos comparar, adicionar ou
....
subtrair.
Podemos sempre comparar, adicionar ou subtrair qualquer caracte-
rística dos objetos? Não. Vejamos um exemplo. Os três amjgos leram '.
\. "'
os livros A Volta ao Mundo em -~· ....

80 Dias e O Senlwr dos Anéis. ."'


f;

Maria acha que A Volta ao LLL . .


TOLKIBN.
Mundo.em 80 Dias é mais O Serihor dos Anéis · I :

in,teressante·que O Senlwr·dos
Anéis. Paulo garante que os I··.
~- .~
dois são igualmente interes-
santes e Rita diz que, para ela, (
\
'
~
O Sen!Wr dos Anéis é mais \_,
interessante que A Volta ao
Mundo em 80 Dias. Os três ,· ....

estão convencidos de que não


Grandezas é possível juntar o prazer.da,
Asgrande~s leitura dos dois livros, pois
são caracterfs- trata-se de uma qualidWle _que não pode ser comparada, adicionada
tlcas dos objetos
ou subtraída.
";.
~

que podem ser


comparadas · As qualidádes dos objetos que podemos comparar objetivamente e
objetivamente que podem ser adicionadas ou subtraídas são chamadas grandezas.
e cujas medidas
podem ser Das características que assinalamos, a altura e o peso preenchem
adicionadas estas condiç9es, portanto,~ grandezas. ·O prazer da leitura não pode
ou subtrafdas. ser medido numericamente, portanto, não é uma grandeza.
c
124
G
c
··•·· ·'- -. . ,.. ::. ~· ... ' ,.. ·.. ,__ ::..·
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l!lllllll!lil!llili!IB'íl!llilliilllillilllii&DBi!l'li'llliRillilll!ll!lllililllllllli!li!m'!!!DiiBDBillllil IDENTIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS

11 Dimensões dos objetos

Observando o nosso ambiente, verificamos que os objetos apresentam


várias dimensões: às vezes, uma pode se destacar mais que a outra. Por
exemplo, em uma mesa e em uma sala, destacam-Se o comprimento, a
largura e a altura. Em uma folha de papel, na supezfície de uma mesa e
,.
no chão de uma sala, destacam-se o comprimento e a largura. Em um
i. pedaço de fio, no lápis e em um cinto, destaca-se o comprimento.
Estas características que assinalamos são dimensões dos objetos,
' .. e para cada uma das dimensões há características opostas: o contrário
\ '
de "alto" é "baixo", de "largo" é "estreito", de "profundo" é "superficial".
< '
c . Assim, por exemplo, para comparar a altura de uma mesa e de uma
\
r '
- cadeira, podemos usar duas expressões equivalentes: "a cadeira é mais
altaque a mesa" e "a mesa é mais baixa que a cadeira".
Além disso, a palavra "mais" também tem uma palavra contrária,
"menos". Por isso, podemos usar duas outras expressões: "a cadeira é
menos baixa que a mesa" e "a mesa é menos alta que a cadeira".
Da mesma maneira, para comparar a espessura de um livro e de
c uma folha de papel, podemos utilizar quatro expressões equivalentes:
"o livro é mais grosso que o papel", "o papel é mais fino que o livro",
"o livro é menos fino que o papel" e "o papel é menos grosso que o
livro".
As características "comprido", "largo", "alto" e "profundo", e seus
opostos "curto", "estreit<?"• "bah:o" e "superficial", são dimensões dos .
~.....
objetos. Em alguns, predomina uma única destas características. Por
...
~;:
exemplo, em um barbante, predomina a dimensão de comprimento. Em
outros objetos, distinguem-se duas delas: em qma avenida, predominam
as dimensões comprimento e largura Em outros, consideram-se três:
em uma piscina, há comprimento, largura e profundidade.

:~·.
........

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125
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4
~1~ Comprimento -1

Quando falamos, normalmente usamos termos como "comprido" ou j


"cürto", "alto" ou "baixo", "largo" ou "estreito", "profundo" ou •superfi-
t
cial".lsto porque estas palavras são denominações da mesma grandeza:
l
o comprimento.
f
Vnnos que o comprimento é uma característica dos objetos que
I
pode ser comparada. ~ comparação pode ser feita a olho nu, ou seja,
i
olhando se as diferenças são visíveis e podem ser percebidas sem ne-
' I
nhuma dificuldade. Desta maneira, comparamos um lápis com uma
borracha e vemos que o lápis é mais comprido que a borra-
:t
cha; comparamos o braço de Maria com seu pé e observa-
:(
(

!
mos que o braço é mais comprido que o pé; comparamos o
braço dela com sua mão e vemos que a mão é menos com-
prida, ou mais curta, que seu braço.
Se o procedimento a olho nu ou com uma rápida observação não for
suficiente para comparar o comprimento de dois objetos, podemos
colocá-los um ao lado do outro e observamos que o maior objeto será
aquele cqjos extremos se sobressaírem.
Vejamos outro exemplo: Maria sai para comprar roupas e quer com-
parar duas saias para saber qual é a mais comprida. Ela pode segurar as
duas pelo cós ou cintura e verá que a mais comprida é a que se sobres-
sai pela barra:
Se os objetos não·podem:ser colocados lado a lado, utiliZamos um
. terceiro que nos serve de-intermediário para a comparação. É o que
Rita faz quando vai a uma loja para comprar uma mochila de escola.
Para saber qual Rita tem uma pasta e quer saber se ela vai caber dentro da·mochila.
das duas saias Para isso, compara a mochila com seu antebraço e verifica que o ante-
é mais longa, braço é menor que o comprimento da mochila. Quando chega em casa,
basta juntárlas
pela cintura; compara o antebraço e vê que o comprimento da pasta é menor que o
a que se sobres- do antebraço e, com isso, deduz que o comprimento da pasta é menor
sair piJLa barra que o compriJnento da mochila. Portanto, ela vai poder colocar a pasta
será amais dentro da mochila. ( .~
comprida. \ . ..-
Estes três procedimentos também servem para comparar a largura,
a altura e a profundidade dos objetos, seguindo os mesmos crité~os que / .
·~ ....
vimos para o comprimento. Fazemos a comparação com o olhar, se a
difere~ça for muito grande. Juntamos os objetos, se for possível
{
··~
:
Quando a comparação a olho nu é duvidosa e os objetos não podem ser t'
i.:
sobrepostos ou colocados lado a lado, utilizamos um objeto que sirva
de intermediário para a comparação. ~ .
'-'

126
Observação importaVJte

A comparação de comprimento pode ser feita:


•A olho nu.
• Sobrepondo os objetos cujo comprimento queremos comparar.
• Utilizando outro objeto cujo comprimento silva de intermediário no
processo de comparação.

<.

11 Valor dos objetos

Pagamos com dinheiro todas as compras que fazemos e os serviços que


recebemos. A quantidade de dinheiro que se paga por um objeto ou ser-
alor viço corresponde ao valor que a ele é atribuído. Isto faz com que o
valor é a valor possa ser comparado pelo que pagamos, ou sEtia, pelo seu preço.
Jantidade
:~ dinheiro que
O valor dos objetos nem sempre é igual Dizemos que se trata de
3 atribui a um uma qualidade relativa, porque depende da oferta e da procura destes
Jjetoou a um objetos. A oferta é a quantidade de detenninado objeto que existe no
~rviço.
mercado. A procura é a quantidade de pessoas que estão interessadas
em comprá-lo.
VEtiamos um exemplo. O valor
de uma caixa de morangos não é
sempre o mesmo, pois depende
da época do ano: vale menos, e
portanto é mais barata, na época,
r-. ou seja, no período da safra; vale
I
mais, e portanto fica mais cara,
em outras épocas, porque falta ou
,..., há poucos morangos no mercado.
'L
Um objeto tem maiS valor que
c o outro quando pagamos por ele
c uma quanUUade m.ator de dinheiro.

p.
, __
Em situações nonnais e de maneira getal, podemos dizer que o valor de
'I ..I uma casa é maior que o de uma bicicleta, e o valor de um cavalo é
'-~
menor que o de um avião. Por outro lado, se uma pessoa compra uma
o casa e uma bicicleta, a quantidade de dinheiro que precisa pagar é o
c
( .
resultado da adição dos dois valores.
1.....'
Como vemos, o valor dos objetos tem as caracteristicas das gran-
dezas: pode se:r comparad.o, adicionado ou subtraído.
l.J
127
()
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'J
1. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS IBlilllliliR!BBB~----~

a Tempo

Os acontecimentos que vivemos nos fazem perceber a passagem do


t!lmpo. Por exemplo, dormimos e acordamos. Quando estamos acorda-
dos, realizamos diferentes tarefas: estudamos, almoçamos, brincamos,
jantamos. Ao colocar em prática todas estas atividades, notamos que o
tempo passa.
Alguns fenômenos naturais, como o dia, também nos pennitem per-
ceber a passagem do tempo. O dia é um f~nômeno que acontece perio-
dicamente: amanhece, anoitece, e este ciclo sempre se repete. Aestes
fenômenos que se repetem chamamos cíclicos.
Os acontecimentos naturais de caráter cíclico, o dia, por exemplo,
servem como unidade para medir o tempo.
Podemos comparar acontecimentos e ações entre si e verificar quais
duram mais e quajs duram menos: uma pessoa leva mais tempo para ir '.
de casa ao colégio a pé do que de bicicleta; ela leva mais tempo para
fazer um bolo do que para servi-lo aos amigos e comê-lo. Além disso, o
tempo pode ser adicionado: se realiza.II).os duas ou mais ações; o tempo '•..'
que utilizamos no total é. a.soma dos tempos empregados em cada uma
das ações. ''
Como vemos, o tempo tem as características próprias das grande- c
zas: podemos comparar, adicionar ou subtrair. Mas, ao contrário das .
outras grandezas que vimos, o tempo não é uma qualidade dos objetos,
mas sim.do que acontece; dos acontecimentos.
''
t. ....

• Massa

Massa Os COlJ>OS têm massa e, devido ao efeito da gravi-


Amassa de dade, também têm peso. A massa dos corpos é
um corpo é
seu conteódo difícil de ser comparada diretamente. No entanto,
de matéria os pesos dos objetos podem ser comparados com
:fuc111dade. Por isso, fazemos a comparação das -~-
'\.
..
...
Peso . ma.sSas comparando os pesos. P9r exemplo, com-
O peso de um paramos os pesos de uma folha de papel e de uma cadeira observando
e, '
corpo é a força
que uma folha de papel é levantada com facilidade e que é mais difícil
\.i
com que a Terra (,
o atrai. levantar uma cadeira. Assim, diremos que a cadeira é mais pesada que
a folha de papel.
/;r:
~ j
Às vezes, a comp~ do peso de dQis objetos pode ser feita a {
olho nu. Por exemplo, com uma simples observação, podemos dizer que r.
\~
128

I
.
'
-
liiiBIIilllliiii!UbiD!IIi\Bift!illliiffillli!llliiilllill&lliiiiliiM#i'W'Mffi!llí'lll!!Si;li!lií'iWf~m:§!!ilfll!lm!l!itiU~&i!l!'W!ililliBilllMBli!5&i!il IDENTIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS

'·'

-~ ,:
um elefante é mais pesado que um rato e que um caminhão é mais
pesado que uma bicicleta.
( ;'.... Nos casos em que a comparação não é tão evidente, podemos pegar
um objeto em cada mão, se for possível, e comparar o esforço que faze-
c mos com cada uma. Desta fonna, podemos saber que um relógio pesa
menos que uma bicicleta ou que um dicionário pesa mais que um par
( '
de sapatos.
'1. ,:
('
Em outros casos, é necessário utilizar algum instrumento que nos
('
informe qual dos corpos tem maior peso. Por exemplo, precisamos de
uma balança para saber quem pesa mais, João ou Maria, que têm a
mesma altura Eles podem também subir juntos na balança e verifi-

caremos a soma de seus pesos.
-~·
Desta forma, a massa e o peso Mn as características pr6prias das
c, gro:ndezas: podem ser comparados, adicionados ou subtraídos.
o
o
()
o
o
o
o
(jJ
u
129
(
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··.
r '
<._/
~- ·.
!li Capacidade

Um copo, uma garrafa, um vaso, um prato, uma colher ou uma piscina


são objetos que podem conter líquidos e sólidos. Estes objej;os são cha-
Recipiente mados recipientes.
O recipiente é O espaço disponível no interior de um recipiente é sua capacidade.
um objeto capaz
de conter sóli- Por exemplo, uma piscina e uma garrafa contêm água e óleo, respecti-
dos e lfquidos. vamente. Um prato e uma lata podem conter biscoitos, farinha ou açú-
car, que são objetos sólidos. Os líquidos são elementos que só podemos
Capacidade medir em recipientes. Por isso, a partir de agora, faremos referência aos
A capacidade é líquidos, quando falannos de capacidade.
a quantidade de
lfquido ou sólido A capacidade de um recipiente é maior ou menor, dependendo da
que um reci- quantidade de líquido que ele pode conter. \ '
piente pode A comparação da capacidade dos recipientes pode ser feita a olho
conter. nu, se a situação for clara e não houver possibilidade de
erro. Por exemplo, podemos afinnar que uma xícara
de café tem menor capacidade que um copo, e
que uma piscina tem maior capacidade
que uma banheira. f.
·. -
Se quisermos comparar f .
\. -
a capacidade de dois objetos, c
como uma garrafa e uma jarra, por exemplo, podemos encher de líquido í .
uma delas e passar este líquido para o segundo objeto. Em seguida,

ü observamos se sobra ou se falta líquido para encher o segundo reci-


.

piente. Podemos também encher os dois recipientes com o conteúdo ... ;

. de outro menor, como um copo, e contar quantos copos cabem em cada '·
um dos recipientes. O recipiente que puder conter mais copos de
líquido terá maior capacidade. I .
\.-
Mas, como medir a capacidade de objetos que não podemos pegar?
No caso de duas piscinas, por exemplo, é preciso fazer medições e
c
cálculos e comparar os resultados posteriormente.
.Além disso, podemos juntar a capacidade de dois
recipientes, isto é, calcular quanto líquido
cabe nos dois. Podemos ainda constri:dr
um recipiente maior com a mesma
capacidade dos dois juntos.
Portanto, a capacidade tem as
características-próprias das gran-
dezas: pode se:r comparada, adicio-
nada ou subtraída.

!QO

't._
---lli!lilllllllllllillllliiHIIIII!IIIIiillilillllallilll!iiillill!ií111illlli!l!liilll!lmti!Riilillllil!l IDENTIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS

11 Superfície

Quando medimos objetos considerando duas


dimensões, dizemos que estamos medindo a sua
-, superfície. Uma folha de pape~ o tampo de uma
mesa, o chão de uma sala e a porta de um anuá-
rio são exemplos de objetos que podem ser
medidos em duas dimensões.
As superfícies são comparáveis. Em mui-
'·· tos casos, é possfvel fazer a comparação a
olho nu. Isto acontece quando conhece-
mos as.superfícies que queremos com-
parar. Por exemplo, em geral, a
.··,
superfície de uma folha de papel
é menor que a superfície do tampo da mesa; já as páginas de um livro
·'
.. ) têm a mesma superfície.

.:.
~

·' Podemos também conhecer o resultado da comparação, sobre-


pondo as superfícies. Se não pudermos usar nenhum dos procedimen-
tos anteriores, utilizamos um outro: dividimos ambas as superfícies
em figuras conhecidas e, depois, contamos o número de figuras que as
compõem. Usamos os resultados dos cálculos para comparar as duas
superfícies.
Como vemos, a supe'ljície tem as caraCterísticas próprias das
··:· :_ ......... ..
~ ~ ~-

/ '
!. _...
grandezas: pode ser comparada, adicionada ou subtraída.

o
o
(jJ
(}l

Quando· consideramos apenas duas dimensões de um objeto, elas


podem ser:
• O comprimento e a largura.
• O comprimento e a altura.
• A largura e a altura.

131
~ Volume
'.1
Todos os objetos ocupam um lugar no espaço. O espaço ocupado por
um objeto, e que ficaria "vazio" se tirássemos o objeto deste lugar,
I
Volume é seu volume.
O volume é a r
Quando um objeto está preparado para conter líquidos nos referi-
quantidade de I
espaço que um
mos à capacidade de~ objeto. Neste caso a relação entre a capacidade
'.t.
objeto ocupa e o volume deste objeto é muito estreita. Por exemplo, um copo con~
uma capacidade que é a quantidade de líquido que cabe em seu interior r'-
'
L
e seu volume é a quantidade de espaço que ele ocupa. Estes dois valo-
·.r.
res são aproximadamente iguais, mas o volume do copo é maior, porque
f'r.
contém a espessura do vidro.
Devido a esta coincidência, é fácil confundir a capacidade e o
,r
volume. Podemos observar que são noções diferentes, pensando que
'r.
'
há objetos que não são recipieii.tes e, portanto, não têm capacidade. No
entanto, estes objetos têm volume, pois ocupam um lugar no espaço.
Muitas vezes, podemos fazer a comparação do volume a olho nu.
Se considerarmos o espaço que um edifício de. três andares _ocupa, vere-
mos que ele.é·-maior que.o espaço ocupado por uma sala neste mesmo
edifício. Por isso, podemos deduzir que o volume do edifício é maior
que o volume de uma sala.
Se não pudermos fazer a comparação a olho nu, será necessário
medir e fazer cálculos aritméticos para comparar o volume dos corpos.
Assim, o volume tem as .características próprias das grandezas:
pode ser comparado, adicio1u:uto ou subtraído.
c
/\
{ .

Identificação de grandezas
Para saber se uma caracterfstica ou qualidade dos objetos é uma
grandeza ou não, é preciso verificar:
c
• Se podemos comparar dois objetos com base nessa caraçterfstica.
c
(
• Se as caracterfsticas dos dois objetos podem ser adicionadas ou
subtrafdas. e
Se pudermos fazer ambas as coisas, trata-se de uma grandeza, pois c
é possrvel medi-la. Se uma delas não for possfvel, não se trata de
ç
uma grandeza.
(
c
(
c I.

132 c
~
'
'\...
f
'-·.
11
As unidades de medida
do sisfema métrico decimal
e quisennos medir comprimento, superfície, capacidade e

S massa e contar a outras pessoas o resultado do que medi-


mos, precisamos usar uma unidade que todas as pessoas
lillllllllll conheçam e utilizem. Por exemplo, quando perguntamos qual

,-'
é a altura de uma pessoa, esperamos que ela nos responda em metro
e centímetros, que são unidades de medida estabelecidas interna-
cionalmente, Se não existissem unidades comuns para o mundo
inteiro, seria düícil as pessoas se entenderem em muitas situações.
--
<
'-
=.
l ' /

(
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-
c;.
c
ç
\.
( > .:_-:·:
,.··,,
\_, ~ ,.,;,.;

C· Nas relações de compra e venda: Como medir a quantidade de açúcar que


c um país compra de outro? Como saber quem compra mais café do Brasil,
c.. a EspanlJa.o~ a Argentina? Como indicar a quantidade. de tecido a ser
c comprada:por-meio de palmos, se as mãos das pessoas são diferentes?
c Nos esportes: Como os corredores brasileiros poderiam competir
c nos Jogos Olímpicos com outros países sem antes estabelecer as medi-
c das de distân~? Como comparar os. resultados dos atletas brasileiros
c com os dos atletas britânicós? Como te~ certeza de que todas as traves
e ·dos campos de futebol têm o mesmo taÍnanho? Para'que serviria treinar
c basquetebo~ se depois descobríssemos que nem todas as cestas têm

ü o mesmo diâmetro? Quais os pesos que os atletas podem lançar nos


c-; Jogos Olímpicos? Corno saber se as quadras de tênis têm as mesmas
(
... ~ dimensões?
v
Nos transportes: Como podemos saber se um caminhão de carga
L,:. pode passar por um túnel? Como programar urna nave espacial para
'. ..,
r
l '
133
-
0

' /
..-•
1. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS

fazer o percmso previsto, se não soubermos a distância que ela tem de


percorrer?
Na nossa casa: Como podemos pedir em uma loja a quantidade
necessária de tecido para fazer uma cortina? Como determinar a quanti-
dade de cada ingrediente para uma receita de bolo? Qual a quantidade
de tinta azul e amarela que devemos utilizar para obtermos um tom de
verde? Como podemos expressar e medir as quantidades de cada ali-
mento para fazer uma dieta alimentar?
Nas relações internacionais: Como saber se estamos em águas que
pertencem ao Brasil-ou ao Uruguai? Como os países estabelecem suas
fronteiras? Como é possível medir a superfície de uma região?

Definição das mrl.dades de comprimento,


superfície, capacidade e massa

Para medir a quantidade de tecido que necessitamos para uma cortina,


as dimensões da trave de campo de futebol ou o aro de cesta de basque-
tebol, a distância a ser percorrida pelos atletas em uma maratona, as
Metro
águas territoriais ou a altura de um túne~ precisamos do metro, a urü-
O metro é a
dade de comprimento. Dependendo do que vamos medir, utilizamos unidade de com-
diferentes tipos de instrumento. primento.
. ~
;(
í
,(
<

Para saber que superfície pode·ser pintada com uma lata de tinta ou que
pode ser coberta com uma quantidade de llijotas, a quantidade de ~olos
que precisamos para fazer um muro ou ainda quantas árvores podemos
plantar em um campo, é necessário estabelecer uma urüdade de super-
fície. A urüdade de superfície é um quadrado de um metro de lado.

134

f .
Chamamos esta unidade de metro quadrado
letro quadrado e escrevemos m2• As lojas de materiais para
·metroqua- construção e de revestimentos, por exem-
'àdo é um qua-
·ado cujo lado plo, utilizam o metro quadrado como uni-
:ede 1 metro. dade de superfície.
Para saber a quantidade de água que
cabe em uma piscina, a quantidade de ar de
um quarto ou a capacidade dos recipientes,
precisamos fixar uma unidade de capaci-
1ro dade. A unidade de capacidade é o litro.
litro é a uni- Para medir a quantidade de açúcar que
ide de capaci-
ide. necessitamos para fazer um bolo, para
saber se um caminhão pode passar por
uma ponte ou para medir o peso de uma bola
de futebol, precisamos fixar uma quantidade
como unidade de massa. A unidade de massa estabele-
ullograma cida é o quilograma, que corresponde à quantidade de massa de 1litro
quilograma ou de água destilada.
dloéamassa
\..·
1 um litro de
' .. JUa. É utilizado
•mo unidade
1 massa.

·:.··:.__ ;. ...... -.

t!r'• 1 litro 1 quilo


'··

f: Um metro não cabe nesta página, mas há outras unidades de compri-


mento que cabem: o decúnetro, que é a décima parte do metro (há
10 decúnetros em 1 metro), o centímetro, que é a centésima parte do
metro (há 100 centímetros em 1 metro), ou o milúnetro, que é a milé-
sima parte do metro (há 1.000 milímetros em 1 metro). '

1 em 1dm

; I.

'
I
, :
Um metro quadrado também não cabe nesta página. Podemos represen-
--~
tar o decímetro quadrado, que é a centésima parte do metro quadrado
(
I
.
.
(há 100 decímetros quadrados em 1 metro quadrado), e o centímetro
-.~

quadrado, que é a décima milésima parte do metro quadrado (há 10.000


centímetros quadrados em 1 metro quadrado).

135
i. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS ~~

IJ Relação das unidades com objetos familiares

Nem sempre precisamos de medidas exatas. Por isso, pode-


mos utilizar objetos ou partes de nos5o corpo para servirem
como unidades de medida. Ao nosso redor, encontramos objetos cuja f
'
medida é próxima a alguma das unidades mais comuns. Se uma criança
~~ de 10 anos abrir os braços, a distância entre os extremos de suas mãos
é de aproximadamente 1metro. Um passo largo de um adulto corres- :
ponde a aproximadamente 1 metro. A largura do dedo indicador f
de' wnaeriança de 10 anos é de aproximadamente 1 centímetro. i
Um caderno comum costuma ter 20 centímetros de comprimento ''

e 14 cen~etros de largura. (
Uma janela' costuma ter 1 metro quadrado aproximada- (
mente. A unha do dedo indicador de uma criança mede 1 I_
centímetro quadrado. Se bebermos 4 copos de água, esta-
J
remos bebendo aproximadamente llitro. Para consegwr1 •(
.
grama de arroz, temos de juntar mais ou menos 50 grãos. ;

.As primeiras urudades que foram utilizadas na história ~~


para medir comprimento eram baseadas nas medidas do·
: (
"'t
corpo: o braço, o passo ou o pé. 1·ni' I '
~(
( (

H Divisores e múltiplos das unidades de ;(


comprimento·;···:capacidade e superfície >
\
í
/-~.

o Comprimento
i c
O metro é a unidacie internacional de extensão e com ele podemos

L
medir muitas coisas: tecidos, janelas, a altura das pessoas, etc. Mas o l
t,;
metro não é a unidade de medida para Sabermos o tamanho desta
página, o comprimento do dedo de uma criança ou a altura de uma for-
c..
í"'

miga. Para medir estas dimensões, precisamos de urudades menores,


que chamamos divisores do metro. Os divisores do metro são o decúne-
0
(';
,r.
I

tro,
. o centímetro e o milímetro. .
Se quisermos medir a distância entre cidades ou países, o metro é
(,~
t;
uma ~dade pequena. Por isso, utilizamos algumas unidades que se for- :':'

ç
(

mam juntando vários metros. A estas unidades chamamos múltiplos do


metro. Os múltiplos do metro são o decâmetro, o hectômetro e o quilô- (l
metro. Este último é o mais usado para medir grandes extensões. c
km -hm -dam - m - drn- em- mm
(
y
y
136
(,J
~ ~

ç
\."

{..__ '
1_
tllii-BII!iEIIIIIIIIal-111111111111-l!iiiiiii!I_ _ _ _ _ _ AS UNIDADES DE MEDIDA DO SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

·,

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( ')

( ~-

... !:..,

f ·.

(" ~
< .
f .
\...
r '
~ .. :
... ···

c
c
r-··. A primeira medida do metro foi feita a partir dós merl- ConvenÇão do metro em 1875.
I' I
~- çflanos terrestres. Um meridiano terrestre mede apro- No entanto, um meridiano não possui exatamente
'-
ximadamente 40.000 quilômetros (4 x 10.090.000 40.000 km, e os cientistas buscaram outras grandezas
metros). A Academia de Ciências determinou que o ffsicas mais precisas. Em 1983, chegaram à última
metro equivaleria à décima milionésima parte de um definição de metro como sendo o trajeto percorrido
quarto de meridiano. pela luz no vácuo em 1/299.792.458 segundos.


c
c
r-
137

'·~ i
• Capacidade
Olitro é a unidade internacional de capacidade, e com ele podemos
medir muitas coisaS: água, leite, gasolina, etc. No entanto, não é útil
pata medir a capacidade de um vidro de xarope ou a quantidade de
tinta de uma caneta. Pam medir pequenas e médias quantidades,
utilizamos divisores do litro. Os divisores do litro são o decilitro, o
centilitro e o mililitro.
Quando precisamos medir a capacidade de um lago, por
exemplo, o litro ~a sendo pouco útil. Então, utilizamos algu-
mas unidades qlie se fonnamjuntando vários litros, ou seja, os
múltiplos do litro. Os múltiplos do litro são o decalitro, o hectolitro As bombas de
· gasolina me.iem
e o quilolitro. em litros o com-
bustível que
kl ......,._ hl - dal- I- dl ....... cl--ml compramos.

r··

umdàéiJ~: ·.·· · ·.uftl~!lfli!trci.


·· é"B ci~ma pa~e : . ·é a centésima·
· ®';_~m}~rõ; :· :.,>.-\: · 'parte de imi.Jitto ·. ·.
., '· ..-·.. . ·.. ··:
. .........
.. . ·: ·.·· ··:·.
UmcenUIJiro Um mililitro .f
- ··.:. a
. . é décf!JIB parte é a centésima parte
· .. ·.; .. : ·deum~ de um decilitro
. .; . -; . :~
. 1
",'.:.. _·· ...... ,. .·.· . ·: Um miilfitro ..·. ·.
é a décima parte
de um centilitro
I
I.

\
'f

·iri{un; heclOIItió · ·em urii qdÍii>iftro


há 1odecalitros há 1oo deearrtros

Em um quifolitro
há 1ohectomros

138

.....
a.·''·-----IIB!III!I!IIIIIiliDII!i!I!IIBI!IDIIBI!illiliiililil:mlllll!l!!l AS UNIDADES DE MEDIDA DO SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

• Super:ficie
O metro quadrado é a unidade internacional de superfície. Se quisennos
medir a superfície desta página, a extensão ocupada i>or mna fotografia
em umjõrnal, a super.ficie da folha de uma planta ou da asa de uma
mosca, precisamos de algumas unidades menores. A estas unidades
chamamos divisores do metro quadrado. Os divisores do metro qua-
drado são o decímetro quadrado, o centímetro quadrado e o milúnetro
quadrado.
Mas, embora um decúnetro seja a décima parte de um metro, um
decúnetro quadrado não é a décima parte de um metro quadrado, 1drrf!
mas sim a centésima parte do metro quadrado. o
· Cada lado do quadrado mede um metro, que contém 10 decíme-
tros. Mas no metro quadrado há no total 100 quadrados de um decí- · · .. ·. .. · ·. ,
:: ·,\ : .,. ; ·:.:.· . ~-
metro de lado. Logo um metro quadrado contém 100 decímetros .. ~. :·· . .r. . .
quadrados. Igualmente, em um decúnetro quadrado há 100 centí- . :.. :.-. :... ·: j.: ~~ . . p.

metros quadrados e em um metro quadrado há 10.000 centúnetros


quadrados.
......
,; ::.

; tfl-i.: :
Quando precisamos medir a superfície de um país, o metro
.:: =-·
quadrado é de pouca utilidade. A unidade mais usada é o quilôme-
~ ··.
tro· quadrado, um dos múltiplos· do metro quadrado. ~múltiplos do
(' •.
\, •. · metro quadrado são o decâmetro quadrado, o hectômetro quadrado
e o quilômetro quadrado.
..
" ~
Mas embora um decâmetro tenha 10 metros, um decâmetro qua-
' .
' drado tem 100 metros quadrados, e não dez.
Para superfície, utilizamos também outras unidades de medida. Na
agricultura, são utilizados o are, que equivale a 1 decâmetro quadrado,
, •.

i. e seu múltiplo, o hectare, que corresponde a 1 hectômetro quadrado


(1 are = 1 dam2; 1 hectare = 1 hm2_). O hectare é mais usado que o are.

2 2 2
~
/
.... , kmLhm2.- dam - m2_ dm - cm - mnl

..
' '-
. J.

..
! •
'··

139

r -
.· .. J •

Um decfmetro quadrado é a centésima Um_cenlfmetro quadrado é a décima Um milfmetro quadrado é a milionésima


parte de um metro quadrado milésima parte de um metro quadrado parte de um metro quadrado
1 dm2 = 0,01 m2 1 crn2 = 0,0001 m2 1 mm2 = 0,000001 m2
1 m2=100dm2 1 m2 = 10.000 cm2 1 m2 = 1.000.000 mm2

Um centfmetro quadrado.é a centésima Um mllfmetro quadrado é a décima milésima


par!e de um decfmetro quadrado parte de um decfmetro quadrado
1 cm2 = 0,01 dm2 1 mm2 = 0,0001 dm2
1 dm2=100cm2 f dm2= 10.000 mm2

Um mllfmetro quadrado é a centésima


parte de um centfmetro quadrado
1 mm2 = 0,01 cm2
1 cm2= 100 mme

,.
Em um decâmetro quadrado Em um hectômetro quadrado Em um quilômetro quadrado
há 100 metros quadrados há 10.000 metros quadrados há 1.000.000 de metros quadrados
1 dam2 =100m2 1 hm2 = 10.000 m2 1 kJn2= 1.000.000 m2
1 m2 = 0,01 dam2 1m2 = 0,0001 hm2 · 1 m2 = 0,000001 km2

Em um hectômetro quadrado Em um quilômetro quadrado


há 100 decâmetros quadrados há 10.000 decâmetros quadrados
1hm2 = 100 dam2 1 kJn2 = 10.000 dam2
1dam2 = 0,01 hm2 1 dam2= 0,0001 kJn2

Em um quilômetro quadrado I.
há 100 heclómetros quadrados
1 kJn2 = 100 hm2
. "llmiZ:::.O;Qt f<rnl •.

r-·
• .>
( .
'·-
t
\..
:

f :
i[.

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1.

(.
>)

140 1 .

f.
-----------------•AB UNIDADES DE MEDIDA DO SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

Como fazer a conversão de unidades

Na tabela seguinte, resumimos as relações dos múltiplos e divisores ·


com suas respectivas unidades.

~ -' _- . -
.
:~r:B2 ~0i...;~r~ ·-
•'- ' ~.,. _.~- . -

Sabemos que uma estrada de 3 quilômetros tem 3.000 metros. Podemos


dizer também que ela tem 30 hectômetros, 300 decâmetros, embora
raramente utilizados. Chamamos de conversão a expressão de uma uni-
dade de medida em seus múltiplos e seus divisores. .:· .'·

Uma distância em quilômetros pode ser expressa em metros, multi-


( -·~· plicando-a por 1.000. Uma distância em hectômetros pode ser expressa
c em decâmetros, multiplicando-a por 10, e em metros, multiplicando-a
por 100. Para passar de uma unidade de comprimento a outra contígua
à direita, é preciso multiplicá-la por 1.0. Mas para passar de uma unidade
(
...', de comprimento a outra contígua à esquerda, é preciso dividi-la por 10.
f ... Logo, para passar de uma unidade a outra, é preciso multiplicá-la ou
,i , ' •. dividi-la por 10 tantas vezes quantas unidades b.aja entre ambas na
( '. escala abaixo:
' + 10 + 10 .,. 10 .,. 10 .,. 10 + 10
J&) . .Lr) J,(J )C) )C) ~
km -hm -dam-m-dm -cm-mm
L?r L.?r L?r L?r \._;:1 ~
X 10 X 10 X 10 xto X 10 X 10

Para passar de uma unidade de capacidade a outra contígua à direita na


escala de múltiplos e divisores do litro, é preciso multiplicá-la por 10.
Para passar a unidades contíguas à esquerda, é preciso dividi-la por 10.
+ 10 + 10 -r10 -r tO .;.10 + 10
J&) je::') ~ J,:r) J,C) ~
k l - h l - d a l - 1- dl-cl-ml
(,_ft L.?r L?r "-Yr 't._;:1 ~
X 10 X 10 X 10 X 10 X 10 X 10

141
(
:.._!
-,
,_....
i I

,.
''
1. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS liii!I!!SA!!iWil.1!llllmilll!lillliiiiBIII!i!IEI!IIIIlllllllilli!!í!II!R!!IIIiW.~-,,---:;~-p.:·-,.-·- :-::.·-. ~

Podemos também fazer mudanças de unidades de superficie. Se um


-campo tem uma superficie de 6 km2, podemos dizer que tem 600 hm2 ou
60.000 dam2 ou 6.000.000 m2• De uma casa que tenha 300m2, pode-se
dizer que tem 3 dam2 ou 0,03 hm2 ou 0,0003 Ian2• Como vemos, para pas-
sar de uma unidade de superficie a outra contígua à direita na escala de
múltiplos ou divisores é preciso multiplicar por 100, e para passar a
uma unidade contígua à esquerda é preciso dividir por 100.
+ 100 + 100 i- 100 i- 100 + 100 . i- 100
~ ~ j(:} )Ir) JC") jt::)
2 2 2 2
km -hm -dam --mLdnr-cnr-mm
L.;( \...ft l..,.:?r \...ft \...ft l..,.:?r
X 100 X 100 X 100 X 100 X 100 X 100

111 Divisores e múltiplos das unidades de massa


e volume
• Massa
Aunidade·intemacionaldemedida de massa é o quilograma, que, pri- \-

meii-amente, foi. definido como a massa de água destilada que cabe em ,·


\ .
um cubo de 10 centímetros de lado. Atualmente, o quilograma é repre-
sentado pela massa de um cilindro de platina e irídio. {'

Apalavra quilograma começa pelo prefixo "quilo-", que significa


\ -
- . "mil?..Umquilograma.tem-1.000- gramas.. O grama é a-milésima parte do .(
( __ _

quilograma. Um grama é a massa de água que cabe em um cubo de '



aproxiinadamente 1 centímetro de lado. r·

\.
1 kg= 1.000 g 1 g=O,OOI kg {"
.....
O cilindro de
platina e irídio Podemos aplicar ao grama os demais prefixos de múltiplos e divisores /.
que representa \._.
que já vimos. .Assim, aparecem outras unidades de massa. Se quisermos
o quilograma
medir a massa de um fio de cabelo ou de um alfinete, utilizamos os divi-
c
padrão é conser-
vado no Bureau sores do grama. Se quisermos medir a carga de um caminhão, utiliza-
c
Internacional de (
mos os múltiplos do grama.
Peses e Medidas, (J
Em massa, emprega-se outra unidade, quando as cargas são muito
emSWres, c ._;

Prança. grandes: a tonelada (t), que coJTesponde a 1.000 quilogramas.


c
1 t= l.OOOkg c
c
kg..;_hg -dag -g......;... dg -cg -mg l
c
(__
142
l
t
-.:__
(
. ~. ..
~

c
('

f~
(. .·

;' _.-
;('
t_,

c-.
,( •Volume
;_ 1dm' •
O conteúdo de um recipiente é medido com a
unidade de capacidade, que é o litro. O espaço
que um recipiente ocupa é ·seu volume e é
medido com a unidade de volume, que~ Q metro
etrocúblco cúbico (m3). Se conhecennos a capacidade de
metro cúbico um recipiente, poderemos saber seu volume.
a medida do
1lumedeum Para isso, precisamos conhecer a relação entre
as unidades de capacidade e de volume. Um litro
c'- 1bo de 1 metro
! lado. é a capacidade de um recipiente que tem um
i,_;.
( -. volume interno de 1 decúnetrp cúbl.co.
L
1m'= 1.000 dm'

14il
1. RECONHECIMENTO E COMPARAÇÃO DE GRANDEZAS ·m~~BBBRMRBBmUB;mBBB~
ll'Ji·

Um centrmetro cúbico é a milionésima Um mDfmelró cúbico é a bilionésima


parte de um metro Cúbico. parte de um melrQ cúbico

Um centrmetro cúbico é a nilléslma Um mllfmetro cúbico é a milionésima


parte de um decfmetro cúbico parte de. um decfmetro Cúbico

Um mllfmetro cúbico é a milésima


parte de um centímetro cúbico
....

.. .
.

....
·

em iini heCiômetio Cóbieo .Em um quilÔmetro cúbico


há 1.000,000 de nietros ~lcos · há 1.000.ooo.ooo de metros ciJblcos ·

· Em um hectômetro cúbico ·.· "Em ~m-quilôm9tr0cúbiço


há 1.000 d9câmetros cúblc;os há 1.000.000 de decâmetros cúbicos
( .
' '·

'' .•
( -.
· Em um quilômetro cúbico ;_,;.

. há 1.000 hectômetros cúbicos

Se quisennos saber quantos litros cabem em uma caixa de água de


1 metro cúbico, podemos calcular quantos decímetros cúbicos ela tem.
Um cubo de 1 metro cúbico mede 10 decímetros de comprimento, 10 de
largura e 10 de altura. Portanto 10 x 10 x 10, então, 1.000 cubinhos de
1 decímetro cúbico. Um metro cúbico é igual a 1.000 decímetros cúbicQS.
Portanto, em uma caixa de água de 1 metro cúbico, cabem 1.000 litros.

144
IIIB"P""'i'Wi'-IB'!i:!il'l·~i!:!i"Wmiiil*illiB'liiBIIIiliilillmtl'lPFRillil!!lllliEili.\!llW!illillililillllliliiiFSiilll As UNIDADES DE MEDIDA DO SISTEMA MÉTRICO DECIMAL

O litro é algumas vezes utilizado como unidade de volume, embora SEUa


de fato uma unidade de capacidade. Deste modo, o litro pode ser repre-
sentado como o volume de um cubo çqjos lados medem 10 centímetros
ou 1 decímetro. Por exemplo, a Indústria de embalagens tem utilizado
recipientes com fonnas diversas com a capacidade de !litro. Nos
supennercados, muitos produtos são vendidos em recipientes que
contêm !litro, como leite e suco.

(..

o
o
o
l
\ ..
: 11 A relação entre as unidades de massa,
capacidade e volume

Já vimos que 1 quilograma é a massa de !litro de água e que I litro.


( ·'--:: é a capacidade de um recipiente que tem um volume d~ 1 decúnetro
cúbico. Há, portanto, uma relação entre:
c
·C
1~3 deágua= 1letemmassade 1 kg ·.'..

A partir desta relação, podemos calcular as que correspondem a seus


c respectivos múltiplos. e divisores. Como nas unidades de volume, cada
c- uma delas contém 1.000 vezes a seguinte. .Assim, temos:
e
c 1.000 I de água = 1 kl = 1 m3 e tem massa de 1.000 kg
c 1 g de água ocupa o volume de 1 ml ou de 1 cm3
c I dm3 de água (ou li) tem massa de 1 kg
o
o
o
ü
(j;
o
o
o 1dm 1cirW=11=1kg
ü
()
145
c
o
u
c:
Medição e .
instrumentos de medida
omparando a olho nu a palma da mão de

C~~M:!
João e a de seu tio Pedro,
podemos dizer se uma
é maior ou menor ''
que a outra. Podemos até
mesmo indicar a düerença
utilizando os termos "muito
menor", "quase igual", "um
pouco menor", etc.
A comparação direta, a ..., .
olho nu, em muitaS ocasiões não é possível ou acaba -
sendo insuficiente. Por exemplo, se quiséssemos com-
-
parar o comprimento da escrivaninha de Pedro com o '-~
comprimento da escrivaninha de Antônio, teriamos de ''
'-~

levar a de um deles à casa do outro. (~


Em outras situações, a comparação não é suficiente para resolver ( '

determinados problemas. Por exemplo, como um carpinteiro pode fazer .- '


a moldura de um quadi:o? Ele deve medir o comprimento e a largura do (_ ....
quadro e depois as hastes de madeira que vai utilizar. Se não fizer isto, a < ·'
moldura poderá ficar maior ou menor que o quadro. { ...
·'
Nestas circunstâncias ou em outras parecidas, é necessário medir ' '
com maior precisão. Ao medir uma quantidade, por exemplo, a altura !.. . .
'

de uma mesa, obtemos um número seguido de uma unidade de medida. '~


~-..,:.
Assim, a altura da mesa é expressa com um número e uma unidade de
c
medida que podemos memorizar
ou escrever (70 em). Isto é muito
c
prático, pois não é preciso trans-
c
portar a mesa para saber sua
c
medida.
e
É necessário medir quando a
5 c .J
~ L 1
\...;
comparação direta é insuficiente.
Uma medida é expressa por um
u
('
'J
número acompanhado de uma uni-
dade de medida.
c
c
14ô
l
c
c
~

'-"
(
~ ......
~ As unidades de medida

A unidade de medida é uma quantidade de uma m~ grandeza utili-


fedi r zada para medir outras quantidades.
Jguémmede Por exemplo, a capacidade de uma colher de sopa, ou seja, a quanti-
lgo quando
etennlna quan- dade de líquido que nela cabe, pode servir como unidade de medida de
lsvezesuma capacidade. Um centímetro é uma unidade de medida de comprimento.
'· · uantidade A massa de uma borracha pode servir como unidade de medida de
ontém a massa. Uma folha de papel pode servir como unidade de medida de
uantidade
ue utilizamos superfície.
' · :>mo unidade Se dissennos que um livro tem 30 centímetros de comprimento, isto
e medida. significa que a unidade de medida empregada, neste caso o centímetro,
cabe 30 vezes no comprimento do livro.

A condição que as unidades de medida devem satisfazer é ser adequada


à quantidade que queremos medir.
Não devemos utilizar a capacidade de uma colher de café para
/, ·. expressar a capacidade de uma garrafa: uma unidade adequada poderia
ser a capacidade de uma xícara ou de um copo. Não devemos também
J''·.
'l.·'
utilizar o centímetro como unidade de medida para expressar a distân-
cia entre duas cidades: uma unidade adequada é o quilômetro. Da
o mesma fonna, 1$> devemos usar a tonelada como unidade de medida
para a massa de uma borracha: uma unidade adequada é o grama.
G
c
1ipos de unidades de medida -
As unidades de medidapodem ser classificadas em dois tipos:
o
G
• As que utilizamos de maneira particular para resolver problemas de
o nosso dia-a-dia.
o • As que são estabelecidas por convenções e leis internaciorutis e usa-
ü
das pela maioria das pessoas, como o metro e o litro..
ü
147
()
u
; )
Dentro das unidades convencionais, há dois tipos:

• As que correspondem ao sistema métri~o decimal, como o quilo-


grama, o metro, etc.
• As que correspondem a sistemas mais antigos, como a vara, a arroba

Não-ccnvenclona/s
·I
Unidades
de medida
Sistemas anUgos 1
Convencionais ./
--~ Sistema métrico decimatJ
·....

Não- Palmo, Copo, Livro, Folha de livro, Contar Selos,


convencionais passo colher sabonete borracha até 10 figurinhas

Convencionais Vara, Galão, Arroba, Fânega, ......


antigas polegada quarto libra celamim

{ ..
Sistema Metro Utro, Quilograma, Metro
métrico decimal. decalitro grama quadrado t ...
f '
\ ....
f .
(*) O tempo é uma grandeza que não tem unidades no sistema métrico decimal.
(*') O dinheiro é uma grandeza especial: cada pais tem suas próprias unidades. . ·.

~i.a Instrumentos de medida '


c
'-

Para medir de maneira prática e com mais precisão, há instrumentos


de medida Cada grandeza tem seus próprios instrumentos de medida,
que devem ser adequados a cada situação. O relógio, por exemplo, é
um instrumento de medida do tempo.
Para medir comprimento, geralmente 11.<~amos wua régua, quando
medimos pequenas super.ffcies ou desenhos sobre
um papeL Um carpinteiro utiliza instrumen- e
tos especiais, como o metro ou a trena, para .( ,_,:
medir a madeira c
c
• Quota máxima e quota mínima
A quota máxiffia de um instrumento é a maior quantidade que ele pode
l
medir. A quota mínima é a menor quantidade que ele pode medir. .
l
148
c
l
c
{...__
ÍIW11111il!liii!!IIID'IIllillii!IB1&B'l•m:w:li-llffB"!flltlfl!llB!ImlillliiEIIii!llB~ MEDIÇÃO E INSTRUMENTOS DE MEDIDA

É importante conhecer a quota máxima e mínima de um instrumento de


medida, quando fonnos utiliz8.-Io. Uma balança de 10 quilo~as de ·
quota máxima pode ser danificada se tentannos medir uma massa
de 20 quilogramas. Além disso, Ilão é possível usar estes instrumentos
para obter medidas abaixo da quota mínima ou~ da má:x:iina.
Se quisermos saber nossa altura, em vez de uma régua de 30 centí-
metros, seria mais apropriada uma fita métrica para obtennos um resul~
\ ;
tado mais preciso.

• Sensibilidade e precisão de um instrumento de medida


A sensibilidade ou a precisão de um instrumento de medida é a menor
/ ·..
unidade de medida que o instrumento é capaz de registrar.
As balanças dos estabelecimentos comerciais, por exemplo, costu-
mam ter uma sensi~ilidade de 1 grama Uma régua escolar tem a pre-
cisão de 1 milímetro. Um relógio de pulso costuma ter a precisão de
lsegundo.

• Aproximação
•.
/
;I
'-~
I .Apesar da sensibilidade e do grau de precisão dos instrumentos de
medida, em geral, os resultados são aproximados.
c S"e dissermos, depois de medir; que um livro tem 30 centímetros, não
n significa que a medida seja exatamente 30 centímetros. Pode ser um
f~, pouco mais ou um pouco menos: a diferença será uma quantidade que
'-··
r·.
j • • ·•
não podemos avaliar com esta Unidade de medida Se quisermos maior
precisão, podemos empregar uma unidade menor, por exemplo, o milí-
metro. Se com esta nova unidade detenninannos que a medida do livro
c
é de 30 centímetros e 2 milímetros, aumentamos a precisão da medida,
mas ainda continua sendo aproximada, pois podemos medir só até o
o milímetro e não unidades ainda menores.
o
o • Medida com iustrumentos
o
C>
O comprimento, a capacidade, a mass~ e asuperffcie devem ser medi-
t:D
dos com instrumentos adequados.
o
ü
o Medir comprimentos
o A fita métrica é o instrumento mais
o usado para medir comprimentos. É urna
o
o 149
{I
·--/

o
o
f._,.)
fita que pode ser de tecido plastificado, de plástico ou
de metal flexíveL Seu comprimento varia: as menores
têm 1 metro e as maiores podem passar de 30 metros.
Uni alfaiate utiliza uma-fita métrica que
pennite tirar as medidas neceSsárias para
fazer roupas, pois ela se adapta a diferentes
superfícies. Um pedreiro, por sua vez, utiliza
uma fita longa e flexível para medir com a precisão
de centímetros.
Para medir com a fita métrica a distância entre dois
pontos, por exemplo entre A e B, devemos posicionar
c
o começo da fita no ponto A e levá-la reta e sem dobras ... ~

'.
até o ponto B. A medida corresponde à marca da fita que '.
coincide com o ponto B.
A fita métrica permite medir o comprimento da <.
circunferência de uma roda, pois podemos adaptá-la \ ..
! •
àsuafonna ' -
Régua A régua. graduada é o instrumento normalmente t
·..~
graduada usado para-tirar medida'3 de objetos que tenham no mínimo poucos 1.

A régua "--
milúnetros e-no máximo 1 metro. ~ .
graduada '\,.,;

é uma peça c
de madeira, de r·
<
plástico ou de f'
metal que tem ,. -
um comprimento. •.
máximo variável
que em geral
vaide10cma
Há profissões em que as medições exigem uma grande precisão.
c
Por exemplo, um mecânico fresador q1,1e constrói peças metálicas
cerca de 60 em. c
para máquinas precisa medir essas peças utilizando décimos ou
centésimos de milfmetro. Para estas medidas, ele utiliza ferramentas
c
especiais. Uma é o paqufmetro, que mede com ·precisão até décimos
c
de milfmetros, e a outra é o micrômetro, cuja precisão é de até centé-
c
simos de millmetro.
c
c
c
e
c
c
(.;
c
Paqufmetro Mlcr6metro
c
c
150
c
c
l
{
'.
JIS--EIBIBIIll!illi!B!IR!!IIRI!IIIt!iiB!l!II!Bii!!l!ill&li!!B!Rtil!ilM~?&i4'ii!l;'!j§l!!l!&B!-~!limi&:!liftllll MEDIÇÃO E INSTRUMENTOS DE MEDIDA

Medir capacidades

A ca}lacidade é medida com recipientes. Para medir capacidades de


poucos litros ou partes de !litro, podemos utilizar r(!cipientes cqjas
capacidades vão desde o decalitro até o decilitro.
~ ..... 11


3141
1121

'
,·'
.
1/101
(1 dl)

[j u[J ,
1151

. ·•
.
1141

.·..

Se quisennos medir !litro e meio de água, só precisamos encher


com água um recipiente de 1 litro e outro de meio litro.
Para medir capacidades com maior precisão, como o mililitro, ou Abai:ro,foto de
..... ·
até mesmo décimos de mililitro, utilizamos as provetas e pipetas gra- uma balança
duadas. Nos laboratórios de fabricação de produtos químicos, costuma- romana. Mais
se fazer este tipo de medição. ·abaixo, uma
'. balança de
\.. ..... As provetaS graduadas são tubos de vidro ou de plástico transpa-
Roberval.
() rente que pennitem observar o nível alcançado pelo liquido
c nelas contido. Se o nível do líquido coincidir com a marca
() que corresponde a 125 mililitros, por exemplo, esta será a
o medida do líquido.
c~:
>Vetagra..
~queé Medir massas
lizada '1108
Í) omt6rics
Para medir a massa de um objeto, utilizamo~:! a balança
() ~micospam Chamamos de "pesar" a ação de medir uma massa.
o ·er medições Há ~os tipos de balança: as mais antigas são as romanas;
o !Cisasde '
tntidades
as mais modernas são as eletrônicas.
o ;ito peq'Ue'11q8 · A balança romana é um instrumento que já era empre-
o !'iquidos. gado pelos antigos romanos. Daí, o seu nome.
O> Para pesar com a balança de Roberval ou de dois pra-
(1l tos, põe-se em um dos pratos o objeto que queremos. pesar
(jl e no outro vão sendo colocadas as diferentes unidades
o de massa, da maior à menor até que a balança es~a em
equilíbrio.
o Nas balanças modernas, basta colocar o objeto no prato
o e observar a indicação da agulha ou a leitura eletrônica
o para determinar a massa do objeto.
o
()
( ... , 151
v
()
u
Medir superficies I
I
Medir uma superfície consiste em detenninar quantas unidades quadra- .I
das esta superfíCie contém. O resultado desta medição é chamado área. I
O retângulo da figura da direita tem 6 unidades quadradas. Se cada ~I
quadrado tiver um centímetro quadrado, sua área será de 6 centímetros I
quadrados. ..J
Para medir uma superfície desenhada sobre papel, podemos sobre- .J
por uma folha de plástico transparente dividida em unidades quadradas. I
Na maior parte dos casos, não é possível fazer com exatidão o ajuste
entre o quadriculado e a superfície, e o resultado da área que se obtém
é aproximado.

.
ii Medidas a olho nu. Estimativa [~

' .,
''
Em muitas ocasiões, fazemos medições aproximadas, por-
que não necessitamos de exatidão ou não dispomos de um
Fazer instrumento apropriado. Em outras, precisamos avaliar se
estimativa uma medida não está muito errada. Neste caso, podemos
Alguém faz esti·
mativa de algo medir a olho nu, sem utilizar nenhum instrumento d~ c I
quando mede a medida. Quando r.~alizamos esw tipo de medíção, faze- c.,..
olho nu, ou
quando o Instru-
mos estimativa ç I
Uma forma de fazer estimativa é comparar ·a quanti- (j
mento utilizado ('
dade que queremos medir com alguma conhecida. Por
não pennite che- ~]
gar a um resul·
tadomais
exemplo, podemos fazer estimativa da altura de uma
porta, comparando-a com nossa altura. A porta da ilus-
y
~t
preciso.
tração da direita mede cerc;1 de 2 metros, porque João
mede 1,50 metro e sobram aproximadamente 50 centíme-
tros acima dele.

152 I.

t
B!II!!IBIIIIIiliill!llillilllllllll!ilii!I!IIIIIIIB. . .EIIIi!IIIIII!IE!I!IIIII1!111II!Illllll!llilllllllil-!!l!&lll!ll MEDIÇÃO E INSTRUMENTOS DE MEDIDA

Se a quantidade for grande, podemos decompô-la mentalmente em_ par-


tes, fazer estimativa de uma das partes e depois adicionar os resultados.
Por exemplo, a altura de um edifício pode ser estimada adicionando-se
quanto mede cada um dos andares.

~ ....

rnede 3 rn de altura.
Corno o prédio tern
4 andares. então ele
deve medir 12 m

c
c
·1. o

-
Podemos fazer estimativa comparando o objeto diretamente com uma
quantidade conh~da ou decompondo-o em partes e adicionand<ras.
Para fazer estimativa, precisamos conhecer a medida de algumas
("
'-·· quantidades que possam servir para comparar e avaliar. É importante
c
,-.
saber a medida de algumas coisas que sirvam para fazer comparações.
i

c • Para o comprimento, a largura do dedo de uma criança dá idéia do


c centímetro; o palmo de uma criança tem aproximadamente 10 cerití-
c m~tros; os braços abertos, a idéia do metro; a espessura das unhas, a

c idéia do milúnetro.
c.. • Em cnpacidad.e, os recipientes para leite costumam ser de !litro; um co-
( ..;.· po contém 200 ou 300 mililitros; uma colher de sopa, 20 ou 30 mililitros.
e • Em massa, a massa de nosso corpo pode servir para estimar quantida-
c des. O quilograma é a massa aproximada de !litro de leite ou de 1
c litro de água.

A estimativa serve para "situações cotidianas em que não precisamos de


medidas. exatas ou para verificar se as medidas obtidas com instrumen-
c tos são plausíveis.

153
.4
I

As unidades de medida
de tempo e o dinheiro
tempo é um conceito difícil de compreender. No entanto, ele '

O
'

· está presente em nossas atividades cotidianas. N"ao podemos


ver o tempo, tocá-lo ou senti-lo; mas podemos medi-lo. Por
:;:w~ outro lado, saber o que é o dinheiro e como medi-lo é funda-
mental em nosso dia-a-dia. ~ualquer coisa que compramos custa ·, .
. '•
alguma quantidade de dinheiro. Po~to, devemos conhecer a unidade
monetária de nosso país, seus múltiplos e divisores.

fh1l Medir o tempo

Em nossa vida, fazemos várias referências ao tempo e à sua medida.


Quando nos levantamos de manhã, temos de nos arrumar depressa para '· '
chegar "a tempo" no colégio. As aulas duram "muito tempo", se compa-
,...
rarmos com o intervalo, que dura "pouco tempo". Um jogo de futebol ... -('
.ReMgio de areia ('
ou ampulheta.
tem "dois tempos" com um intervalo. A cada "ano" que passa, comemo-
ramos um aniversário. 't.. .• •

- O tempo faz parte de nosso cotidiano e nos pennite observar as


variações ao nosso redor, embora não possamos alterar seu curso. Em ''
muitas dçasiões, até mesmo sem perceber, medimos o tempo, fazendo ';.

comparação de um período com outro.


Medir o tempo da forma mais exata possível foi uma preocu- c
pação constante desde a Antiguidade. Para isso, os povos antigos c
utilizaram diversos dispositivos ou máquinas, aos quais deram o c
nome de relógio. Os mais conhecidos são o relógio de areia ou c
ReMgio de Sol.
ampulheta, o relógio de Sol e o relógio de água. O tempo que uma G
ve~ leva para ser queimada também foi utilizado para medir C? c
tempo. tt
Hoje, temos relógios mecânicos e eletrônicos que medem o tempo u
com maior precisão. Um deles é o cronômetro, um instrumento que nos c
pennite medir diferentes formas de tempo com mais exatidão. u.
O~tro
O som de um relógio em funcionamento lembra o das batidas do é usado para
(

'~
coração. Seria possível pensar em medir o tempo com as batidas de medir o tempo .c
nosso coração. com precislio. c
c
154
c
\~
I
\ ..
R!Bfllillillll!!lii!ll!lll!m!lí!IB!!!!i!li&Blillllml As UNIDADES DE MEDIDA DE TEMPO E O DINHEIRO

!~ O ano e o calendário

As batidas de nosso coração podem nos fazer sentir o tempo, mas não
são usadas para medi-lo na prática. Também não se usa como unidade
de tempo o período que urna vela demora para queimar. As unidades
utilizadas para medir o tempo provêm da duração de alguns fenômenos
da natureza que se repetem de fonna cíclica. Os mais importantes são o
ano e o dia.

O ano
O ano é o tempo que a Thrra leva para dar uma volta em tomo do Sol
Desde a Pré-história, os equinócios (liÚcio da primavera e outono) e os
solstícios (início do ~rão e inverno) foram datas mágicas. Com os equi-
nócios e solstícios, era possível calcular a duração de um ano.

\.

/ .

'··'
r '.
l.. ...

/.
{. Por exemplo, os maias e os toltecas calcularam o ano com um erro
c: de 12 segundos com relação ao de hoje. Os antigos egípcios também
r·.
l tinham amplos conhecimentos a respeito.
Quando queremos falar de uma quantidade que ultrapassa um ano,
c utilizamos alguns tennos para designá-la Os mais usados são o
ü "biênio", 2 anos; o "triênio", 3 anos; o "qüinqüênio", 5 anos; a "década",
c 10 anos; o "século", 100 anos; e o "milênio", 1.000 anos.
o
o Os meses e os dias
e
o O ano se divide em 12 meses. Os astrônomos da antiga Babilônia repre-
G sentaram o finnamento em uma gigantesca esfera que continha doze
o distâncias iguais, que chamamos de Zodíaco. Cada espaço era identifi-
cado por uma constelação, ou corijunto de estrelas, que servia para indi-
. cara rota do Sol As constelações que compõem -o Zodíaco passaram a
ser utilizadas para designar os nossos signos.

155
í .
'--

t. •·
Além da palavra "mês", também utilizamos outros tennos para um con-
junto de meses. Os mais usados são o "bimestre", 2 meses; o "trimes-
tre", 3 meses; e o "semestre", 6 mese8.
Devemos aos romanos a denominação dos meses. Alguns têm ori-
gem nos nomes de deuses: janeiro, dedicado a Jano; março, dedicado a
Marte; abril, dedicado a Apolo; maio, dedicado a Júpiter (cujo sobre-
nome era Maius); junho, dedicado a Juno. Outros meses provêm de
palavras que, em latim, querem dizer "quinto", "sexto", "sétimo", ''

"oitavo", "nono" e "décimo" (quintilis, sextüis, september, october,


november e december). Dois meses, quintüis e sextilis, tiveram seus
nomes substituídos por julho e agosto em homenagem aos imperadores
Júlio César e Augusto. O mês de fevereiro foi acrescentado mais tarde
e os romanos o chamavamfebruarius, que era o período dedicado às
fébruas, ou seja, às penitências e purificações.
No calendário atual, os meses são de 30 ou 31 dias, exceto fevereiro,
que tem 28 ou 29 dias. Portanto, o ano tem 365 dias.
4
' ..

'.·=
.!:

31 . 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31

Na realidade, a duração de uma volta completa da Terra em tomo do Sol


é de 365 dias e parte.de um dia Esta parte de dia corresponde a aproxi-
Sistema. de
madame~te seis-horas. Para ~ustar a duração do ano dividido em dias, ' '
calendário
essas frações se acumulam até formarem.um dia completo, o que ocorre mesa-americano '-~

de quatro em quatro anos. Este dia a mais é acrescentado ao mês de conkecido como
fevereiro, que fica então com 29 dias. Este ano que tem~ dia a mais é ·~pedra dos 4 ,. '
\.~
glifos". Cultura
Ano bissexto chamado ano bissexto. O ano 2000 é bissexto e também o serão 2004,
tolteca (856-
O ano bissexto
é o ano que tem
2008, 2012 e assim sucessivamente a cada quatro anos. 1250). Museu de c:
366 dias e ocor-
A maioria dos povos primitivos estabeleceu o dia artificial, que se ini- Antropologia
re a cada 4 ciava com a saída do Sol e temtiuava. quando eSte se punha Não era de (México).
anos. fato um dia solar, mas, para eles, era mais do que sufi.dente. A
noite representava um período morto, dedicado ao descanso e à
vigília. Hoje, chamamos dia o tempo que a Terra leva para dar
uma volta em torno de seu eixo_, isto é, em torno de si mesma, e
passa da noite para a manhã, depois à tarde e de volta à noite.
Este moviinento da Thrra em torno de seu eixo dura 24 horas.
O período de 7 dias, chamado semana; é uma convenção.
Possivelmente, tem origem nas fases da Lua.

156

(
'.
.·.;

. calel'lciário e'rrfdiférerités êuíturâs .


Os babilônios utilizaram o número 60 como padrão de acrescentou um dia aos anos bissextos. Desta forma, foi
medida, tanto na astronomia como em assuntos civis. criado o calendário gregoriano, que é utilizado até hoje.
Desta forma, estabeleceram um ano dividido em Como sobram quase 6 horas a cada ano, para ajustar
12 meses de 30 dias cada. O dia foi dividido em ainda mais o calendário, alguns anos que deveriam
12 horas e a noite emoutras12 horas, perfazendo um ser bissextos não o são. Por exemplo, 1900 não foi
total de 24 horas. Dividiram a hora em 60 minutos e o bissexto e 2100 também não será.
minuto em 60 segundos. O ano dos babilônios tinha Nas relações comerciais, nas quais não é necessário
12 meses de 30 dias cada, isto é, 360 dias. ser tão exato, para facilitar os cálculos, utiliza-se
O cálculo da quantidade de dias de um ano na Anti- como padrão um ano de 360 dias. É o que chama-
guidade não era muito exato. Por isso, os calendários mos de ano comercial. Algumas culturas empregam
antigos foram modificados várias vezes, eliminando calendários lunares. Uma volta da Lua em torno da
os erros de cálculo anteriores, para que se ajustas- Terra dura 28 dias. Como uma semana tem 7 dias,
sem ao transcorrer das estações. Um dos calendários a Lua precisa de 4 semanas para dar uma volta
utilizados durante muito tempo foi o que Júlio César em torno da Terra, pois 4 x 7 é igual a 28.
ajustou em 46 a.C. Ele foi usado durante dezesseis Para os hebreus, o tempo é regido pela Lua e o ca-
séculos na Europa e se chamou calendário juliano. lendário é fundamentalmente litúrgico, isto é, sagrado.
O calendário maia, dos índios do México e da Guate- Por isso, os hebreus seguem um calendário lunar.
mala, surpreendeu os conquistadores espanhóis pela O calendário muçulmano também é lunar e tem
precisão do cálculo do tempo. O ano maia tinha 12 meses, 4 dos quais são sagrados.
365,24 dias. Os astecas dispunham de um Os chineses utilizam o calendário grego-
calendário solar de 365 dias ao ano. riano e outro mais antigo em que os
Cada ano se dividia em 18 meses de dias são agrupados em ciclos de 60.
20 dias, mas sobravam 5 dias.
Pedra do Sol, o calendário asteca que foi
O papa Gregório XIII eliminou 1Odias
encontrado em Tenochtltlan, no México.
do mês de outubro em 1582 para com- Pedra talhada, do século XV. Museu de
pensar os erros do calendário juliano e Antropologia, Cidade do México.

Horas, minutos e segundos


Um dia é dividido em 24 horas. É normal nos depararmos com frases
como "você tem prazo de 48 horas para entregar o trabalho" ou "o prazo
acaba dentro de 72 horas" e precisamos saber quantos dias significam
estes prazos. Por isso, é necessário dividi-los por 24, pois o dia tem 24
horas: 48 -:- 24 = 2 dias; 72 -:- 24 = 3 dias.

157
.. .. ·'~.

Se quisermos calcular quantas horas há em uma semana, como uma


semana tem 7 dias, é preciso multiplicar 24 x 7, que é igual a 168 horas.
Uma hora é dividida em 60 minutos. Se tivermos 3 horas de aula em
uma manhã e quisermos saber a quantos minutos correspondem, tere-
mos de multiplicar 3 x 60 e obteremos 180 minutos.
Outras medidas relacionadas à hora são 15 minutos e meia hora 15minutos

Quinze minutos correspondem à quarta parte da hora, pois 60 7 4 = 15


minutos. Meia hora, ou seja, a metade de urna hora, equivale a 30 minu-
tos, pois 60 7 2 =30 minutos.
Em uma partida de futebol, cada tempo dura 45 minutos, que equi-
valem a três quartos de hora.
Quando é preciso medir o tempo com maior precisão, usamos os Meia hora
ou 30 minutos
segundos. Um minuto tem 60 segundos. Por exemplo, para medir o
tempo nas competições de natação são também utilizados os milésimos
de segundo.

Os relógios atuais
45minutos

O tempo é medido com os relógios. Hoje, há muitos tipos de relógios:


de pulso, de parede, de carro, despertadores, etc.
Alguns relógios funcionam com um sistema de rodas dentadas.
Os mais comuns são os relógios de pulso que, em geral, funcionam
com um mecanismo de quartzo, alimentado por uma pequena bateria
de mercúrio colocada dentro da caixa do relógio.
Os relógios de pulso podem ser digitais ou ter ponteiros.

Os relógios digitais
Os relógios digitais possuem um mostrador de cristal líquido onde
aparecem dois números separados por dois-pontos. Por exemplo, 10:32.
O número ou os números que estão à esquerda dos dois-pontos indicam
a hora e os que estão à direita indicam os minutos. Na fotografia ao
lado, o relógio indica dez horas e trinta e dois minutos.
Há relógios que possuem números menores que indicam os segun-
dos. No caso da foto, 44 segundos.
A leitura das horas nos relógios digitais em geral é feita pela repe-
tição do~ n(uneros do mo!3trador. Por exemplo, em vez de dizer meio-
dia e meia, dizemos doze e trinta, se olharmos as horas em um relógio
digital.

158
Os relógios de ponteiros

Os relógios de ponteiros têm um mostrador, em geral, dividido em doze


a
partes iguais, numeradas com algarismos arábicos ou romanos a XII).
O relógio possui duas flechas, chamadas ponteiros, fixadas no
centro do mostrador, que giram para a direita. O ponteiro maior marca
os minutos. A cada hora ele dá uma volta completa no mostrador.
Portanto, cada uma das doze partes corresponde a cinco minutos
para o ponteiro maior, pois 60 -:- 12 = 5 minutos.
O ponteiro menor marca as horas. Cada uma das doze partes do
mostrador corresponde a 1 hora deste ponteiro. Desta forma, o ponteiro
Uma e dez menor leva 12 horas para dar uma volta completa. Para completar 1 dia, Duas e trinta ou
duas e meia
que tem 24 horas, este ponteiro dá duas voltas no mostrador.

' Leitura da hora em um relógio de ponteiros


Quando o ponteiro dos minutos está entre o 12 e o 6, à direita do mos-
trador, os minutos são acrescentados à hora e dizemos os números da
hora e dos minutos. Por exemplo: uma e dez ou nove e vinte e cinco.
ve e vinte e cinco Vinte para as três
Quando o ponteiro dos minutos está apontando para o número 6,
dizemos "e meia", mas podemos também dizer "e trinta". Por exemplo:
duas e meia ou duas e trinta.
Quando o ponteiro dos minutos está entre o 6 e o 12, à esquerda do
mostrador, então dizemos primeiro o número de minutos que o ponteiro
maior precisa para chegar ao 12 e depois a hora Por exemplo: vinte
Dez e quinze para as três ou quinze para as cinco. Quinze para
as cinco

lEI! Medidas monetárias. O dinheiro. Unidade


monetária

Antigamente, as pessoas trocavam os produtos que tinham em excesso


por aqueles de que precisavam, mas este procedimento apresentava
muitos inconvenientes. Corriam o risco de perder ou estragar as merca-
dorias durante o transporte e, além disso, a troca poderia não ocorrer.
O convívio com esses problemas fez com que as pessoas criassem
novas regras para a troca de mercadorias. Elas aceitariam determinados
objetos, ou animais, que tinham valor para todos, como cereal, sal,
peles de animais, alguns animais, conchas, enxadas. Estes materiais
serviam como dinheiro para fazer as trocas, pois tinham um valor
reconhecido por todos.

159
Com o passar do tempo, alguns materiais serviram de "moeda". Por
exemplo: barras de sal, na África; facas de bronze, na China e América
Central; machados, no Equador; dentes de elefante, na Índia, Malásia
e Polinésia
O padrão monetário foi muito útil, mas deixou de sê-lo para o
convívio entre sociedades distintas, porque cada sociedade tinha o seu
padrão monetário. Assim, tornou-se necessário criar um outro sistema
que possibilitasse as transações entre os diversos grupos. Então, os
metais foram assumindo esta função e se tornaram a "moeda padrão".
O bronze, o cobre, o estanho, a prata e o ouro começaram a ser fundi-
dos em pequenos pedaços fáceis de transportar.
Este sistema atendia às necessidades de todos os povos, mas
algumas pessoas começaram a misturar metais de pouco valor a metais
preciosos na quantidade exata para que a fraude não fosse percebida.
Deste modo, a troca de mercadorias por metais começou a oferecer ris-
cos e, depois de tantas buscas de soluções para o problema, chegou-se
·à idéia de que as moedas de troca deveriam ser cunhadas com a marca
oficial de uma autoridade pública.
Aos poucos, foram sendo criados bancos que se responsabilizavam
pela guarda de valores, emissão de recibos e de papel-moeda.
Hoje, cada país tem a -sua moeda. No Brasil, a moeda corrente é o
real, indicado por R$ e pode ser de metal ou de papel. As mais conheci-
das de outros países são: o dólar (Estados Unidos), o iene (Japão), o
escudo (Portugal), o peso (Argentina), o marco (Alemanha), a peseta
(Espanha), a libra (Inglaterra), a lira (Itália) e o franco (França).

Moedas, papel-moeda ou notas


Em cada país, existe un1a instituição pública encarregada de fabricar
as moedas que serão utilizadas no país em questão. Em Husso país,
esta tarefa cabe ao Banco Central do Brasil, que emite moedas de
curso legal.
Além das moedas de 1 real, há também moedas de 1 centavo,
5 centavos, 10 centavos, 25 centavos e 50 centavos.
Cem centavos equivalem a 1 real. A palavra "centavo" indica a
centésima parte. Portanto, 1 centavo é a centésima parte de 1 real.
Quando compramos um produto por R$ 5,32, isto significa que
temos de pagar por ele cinco reais e trinta e dois centavos de real.
Para pagar mercadorias ou produtos que custam muito dinheiro, é
incômodo e pouco prático pagar com moedas. Por exemplo, se um pro-

160
duto custa cento e cinqüenta reais, é muito difícil transpor-
tar 150 moedas de 1 real. Para evitar isto e facilitar as ativi-
dades de compra e venda, o Banco Central do Brasil
também fabrica papel-moeda ou notas,
corno falamos normalmente.
As notas são fabricadas com um papel
especial. Possuem diversos desenhos e núme-
ros que indicam o valor a elas estipulado pelo
Banco Central. Cada nota representa urna quantidade de
moedas de real e, por isso, é também chamada papel-moeda.
Atualmente, ternos no Brasil notas de 1 real, 5 reais, 10 reais, 50
reais e 100 reais.

O dinheiro e· o troco
Com as moedas e com as notas, podemos efetuar qualquer tipo de
transação de compra e venda.
Por exemplo, para reunir a quantidade de R$163,49 com o menor
número possível de moedas ou notas de cada tipo, precisamos ter: urna
nota de 100 reais, urna nota de 50 reais, urna nota de 10 reais, três moe-
das ou três notas de 1 real, urna moeda de 25 centavos, duas moedas de
10 centavos e quatro moedas de 1 centavo.
Outro problema é saber o troco que temos de receber, quando paga-
mos urna mercadoria com urna moeda ou nota superior ao seu valor.
Se um produto custa R$ 7,58 e pagamos com uma nota de 10 reais,
qual deverá ser o troco, utilizando-se o menor número possível de moe-
das de cada tipo?
A conta deve ser feita completando-se os R$ 7,58 até chegar aos
R$ 10,00, começando pelos centavos: duas moedas de 1 centavo,
uma moeda de 5 centavos, urna moeda de 10 centavos, uma moeda
de 25 centavos e duas moedas ou duas notas de 1 real.

161

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