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Atmosfera
Atmosfera
A Terra encontra-se envolta numa protecção gasosa chamada atmosfera. Protege-nos dos
extremos do espaço, mantém-nos quentes e é a causa dos nossos sistemas climáticos.
Sem a atmosfera, os organismos vivos não poderiam sobreviver à constante barreira da
radiação solar e cósmica, ao bombardeamento de meteoros e à exposição aos extremos de
temperatura. A atmosfera protege os seres vivos destas ameaças potencialmente mortais, ao
envolver a Terra com uma camada de mais de 500km de espessura, de gases, líquidos e
outras partículas. A força da gravidade mantém a atmosfera no seu lugar. Perto da superfície
da Terra, a atmosfera é altamente comprimida mas torna-se mais leve com a altitude. Nos
níveis mais baixos, os ventos e tempestades dispersam o calor do Sol. Nos níveis mais altos,
as moléculas que constituem a atmosfera colidem com meteoros e radiação.
HISTÓRIA
Durante o primeiro bilião de anos de vida na Terra, a atmosfera era muito diferente da
actual. No princípio era uma mistura de nitrogénio, bióxido de carbono e vapor de água. O
bióxido de carbono é um gás de estufa que deixa passar a luz do Sol de forma a aquecer o
planeta, mas, ao mesmo tempo, evita que o calor se escape. Por isso, o dióxido de carbono
foi como que um cobertor, mantendo a jovem Terra aquecida. Quando os primeiros seres
vivos se desenvolveram, começaram a consumir o dióxido de carbono da atmosfera. Mas
como o Sol se tornava cada vez mais forte, gerou-se um equilíbrio. Os organismos
libertavam também um novo gás - o oxigénio - na Terra. Isto significou que outros animais
podiam sobreviver respirando oxigénio, primeiro através de guelras e, eventualmente,
através de pulmões. No último bilião de anos, mais ou menos, as concentrações de oxigénio
mantiveram-se constantes.
CAMADAS DA ATMOSFERA
A atmosfera não tem uma fronteira definida. Os satélites espaciais giram em torno da Terra
a mais de 300km acima da superfície desta - aqui existe uma atmosfera próxima do vácuo.
Esta zona é a termosfera, onde os átomos são muito quentes (mais de 2000°C), mas tão
esparsos que não queimam. A termosfera fica a cerca de 80km acima da superfície da Terra.
Aqui, começa uma zona chamada mesosfera. Os átomos da mesosfera são ionizados, ou seja
perderam electrões e podem reflectir ondas curtas de rádio. Esta área é chamada ionosfera e
é extremamente importante para comunicações por rádio. A estratosfera é a camada
seguinte e fica a cerca de 15km da superfície da Terra. Esta camada mais fria contém a
camada de ozono, uma tela protectora que afasta a radiação ultravioleta do Sol,
potencialmente prejudicial, embora esteja danificada pelos químicos lançados pela
actividade humana. As grandes erupções vulcânicas podem lançar pó e gases ácidos na
estratosfera.
A troposfera constitui os últimos 15km de atmosfera e contém 80% da sua massa. Nesta
parte da atmosfera, ocorrem os fenómenos climáticos.
CAMADAS DA ATMOSFERA
TROPOSFERA
Estende-se dos 50km aos 85km da superfície terrestre. A temperatura por vezes é da ordem
dos 100 graus negativos. As partículas na mesosfera estão carregadas electricamente pela
energia absorvida do sol.
A TERMOSFERA OU IONOSFERA
Estende-se desde 85km até 600km acima da superfície terrestre. As partículas de gases
absorvem grande parte da energia solar e aquecem, fazendo com que as temperaturas
excedam os 1700 graus perto do limite externo.
EXOSFERA
Esta camada de fronteira estende-se até cerca de 9500km a cima da superfície terrestre. As
moléculas de hidrogénio e hélio vão-se tornando mais rarefeitas, até que se fundem com os
gases interplanetários do espaço.
Equilíbrio delicado
As estufas são quentes porque os seus vidros permitem a entrada da luz solar mas não a
saída do ar quente. A camada de dióxido de carbono e de outros gases na atmosfera faz o
mesmo efeito. Permite que os raios solares entrem, mas guarda a maior parte do calor,
impedindo-o de sair de novo para o espaço como radiação. O calor retido criado pelo "efeito
estufa" está a provocar um aumento do aquecimento da Terra.
Aquecimento global
Buraco de ozono
Nos anos 1970, os cientistas descobriram que algo de anormal se passava com a camada de
ozono no Pólo Sul. Esta camada de gás protege-nos dos raios ultravioleta (UV) do Sol. A
radiação UV é perigosa e pode causar cancros de pele. A camada de ozono tem-se tornado
cada vez mais fina e todos os anos aparece um "buraco" maior sobre o Antárctico. Um
buraco semelhante foi também observado sobre o Árctico. Os buracos de ozono são
provocados por um grupo de gases chamados clorofluorcarbonetos (CFC), usados nos
aerossóis. O ozono é destruído pelo aumento dos CFC que sobem para a atmosfera e
libertam átomos de cloro que destroem as moléculas de ozono.Para preservar a camada de
ozono, os CFC estão a ser substituídos por gases menos perigosos.
Buraco de ozono
Poluição Urbana
O ar é uma mistura de gases. Sem o ar e o oxigénio, a maioria dos seres vivos não existiam. Manter o ar
livre de poluição é vital.
Muito do ar que respiramos está poluído. A maioria da poluição do ar resulta dos combustíveis que
queimamos em fábricas, veículos, sistemas de aquecimento e na produção de electricidade resultante
dos fósseis - carvão, óleo e gás natural.
As pequenas gotas de água nas nuvens são naturalmente ácidas, porque o dióxido de
carbono no ar dissolve-se na água para formar um ácido fraco. Queimar combustíveis
fosseis aumenta os químicos no ar e forma ácidos fortes. O resultado é a chuva ácida. Isto
mata árvores nas florestas e faz com que a água doce se torne muito ácida para os peixes e
outros animais aquáticos. Pode também prejudicar as partes de certas construções.