UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

CIBELE DE CARVALHO
FABIANA CARUSO RIBEIRO NEVES
VIVIANE APARECIDA CORDEIRO DOS SANTOS

A EFICÁCIA DO TRATAMENTO DA CEFALEIA E DA ENXAQUECA

COM ACUPUNTURA

MOGI DAS CRUZES, SP

2014
 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

CIBELE DE CARVALHO
FABIANA CARUSO RIBEIRO NEVES
VIVIANE APARECIDA CORDEIRO DOS SANTOS

A EFICÁCIA DO TRATAMENTO DA CEFALEIA E DA ENXAQUECA

COM ACUPUNTURA

Monografia apresentada ao Programa de

Pós-Graduação da Universidade de Mogi
das Cruzes, como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Especialista
em Acupuntura.

Orientadoras: Profª. Ms. Romana de Souza Franco

Profª. Ms. Bernadete Nunes Stolai

Mogi das Cruzes, SP

2014
 CIBELE DE CARVALHO
FABIANA CARUSO RIBEIRO NEVES
VIVIANE APARECIDA CORDEIRO DOS SANTOS

A EFICÁCIA DO TRATAMENTO DA CEFALEIA E DA ENXAQUECA

COM ACUPUNTURA

Monografia apresentada ao Programa de

Pós-Graduação da Universidade de Mogi das
Cruzes, como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Especialista em
Acupuntura.

Aprovado em________________

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________
Profª. Ms. Romana de Souza Franco
Universidade Mogi das Cruzes- UMC

____________________________________________________
Profª. Ms. Bernadete Nunes Stolai
Universidade Mogi das Cruzes- UMC
 DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus por permitir que

chegássemos até onde estamos e principalmente por ter nos concedido a graça de
conseguir concluir este trabalho.
Com todo nosso amor, carinho e respeito dedicaram também às
principais pessoas que contribuíram para que pudéssemos aqui chegar, nossos
pais, que com sua sabedoria soube nos incentivar e orientar em todos os momentos
de nossas vidas, para que pudéssemos nos tornar quem somos hoje.
À toda a nossa família por confiar em nossa capacidade e nos auxiliar
nas horas de dificuldade.
Por fim, dedicamos este trabalho à todos que estiveram ao nosso lado
durante essa etapa da nossa vida, aos nossos grandes e reais amigos pelos bons
momentos vividos e apoio concedido.
 AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por nos ajudar durante toda a

vida, por iluminar nosso caminho durante esta caminhada e permitir que
conseguíssemos chegar até o final desta jornada;
Agradecemos as nossas famílias, em especial aos nossos pais,
Geralda e Sebastião, Nilce e Paulo, Renilda e Iranilton por sempre nos apoiarem e
estarem ao nosso lado em todos os momentos de nossas vidas;
Aos nossos amigos que de uma forma especial e carinhosa nos
ajudaram, dando força, coragem e nos apoiando nos momentos de dificuldade;
Aos nossos orientadores Romana de Souza Franco e Bernadete
Nunes Stolai, que nos acompanharam durante todo este período, sendo pacientes e
nos ajudando a concretizar nossa monografia de especialização.
 A educação é o que sobra depois que gente se esquece do que aprendeu na
escola.

Albert Einstein
 RESUMO

A cefaleia e a enxaqueca são patologias com sintoma muito comum; a grande

maioria de população tem dor de cabeça em algum momento da sua vida. Pode-se
dizer que as maiorias das causas da cefaleia e da enxaqueca afeta na qualidade de
vida, além de determinar o impacto socioeconômico importante devido a custos dos
serviços de saúde, perda de dias no trabalho. O tratamento com acupuntura
promove o alivio a dor, permitindo o retorno ao trabalho e melhor desempenho mas
atividades diárias, proporcionando uma melhora da qualidade de vida. O objetivo da
presente pesquisa é analisar a eficácia do tratamento da cefaleia e da enxaqueca
com Acupuntura, por meio de levantamento da literatura cientifica através de sites
de confiança como Bireme, Scielo, Periódicos Capes e outros. Os resultados
terapêuticos e preventivos da acupuntura são obtidos através do diagnóstico da
cefaleia que é baseado na história clínica, na presença e no tipo do sintoma, no seu
tempo de duração. A acupuntura tem se tornado um método eficaz no tratamento
das cefaleias e da enxaqueca. Conclui-se que a acupuntura pode ser associada a
outros tratamentos para auxiliar no tratamento da cefaleia e da enxaqueca.

Palavras Chave: Cefaleia, Enxaqueca, Dor de Cabeça, Acupuntura, Tratamento,

Acupuntura Auricular.
 ABSTRACT

Headache and migraine disorders are a very common symptom; the vast majority of
the population has a headache at some point in your life. It can be said that the
majority of the causes of headache and migraine affects quality of life and to
determine the important socioeconomic impact due to costs of health services, loss
of days at work. The acupuncture treatment promotes pain relief, allowing the return
to work and daily activities but best performance, providing an improved quality of
life. The goal of this research is to analyze the effectiveness of the treatment of
migraine and migraine with acupuncture through survey of the scientific literature
through trusted sites such as BIREME, Scielo, Capes and other periodicals. The
therapeutic and preventive acupuncture results are obtained through the diagnosis of
headache that is based on clinical history, the presence and type of symptoms in its
duration. Acupuncture has become an effective method in the treatment of
headaches and migraines. It is concluded that acupuncture may be associated with
other treatments to aid in the treatment of headache and migraine.

Key words: Headache, Migraine, Headache, Acupuncture, Treatment, Auricular

Acupuncture.
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................10

2 METODOLOGIA........................................................................15

3 A DOR NA VISÃO OCIDENTAL E ORIENTAL.........................16

3.1 FISIOPATOLOGIA DA DOR.....................................................24

3.2 A CEFALEIA SEGUNDO A MEDICINA ORIENTAL................25

3.3 CLASSIFICAÇÕES DA DOR...................................................26

3 .4 ACUPUNTURA.......................................................................27

4. ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DAS DORES DE

CABEÇA...............................................................................32

5. CONCLUSÃO..........................................................................38

REFERÊNCIAS.......................................................................39
 10

1 INTRODUÇÃO

A Cefaleia é popularmente denominada dor de cabeça, constitui em um

problema frequente na população em geral, considerada uma afecção mais comum
é a terceira queixa mais frequente na pratica Médica Brasileira (SANTOS, 2006).
Atualmente uma das principais queixas entre as pessoas é a dor, e a
Cefaleia é umas das dores mais comuns relatadas pelos indivíduos. Isso ocorre
devido às mudanças diárias da vida levando ao estresse, ansiedade, tensão entre
outros motivos (RODRIGUES, 2001).
Segundo Oliveira (2011), a Acupuntura, nos últimos anos, tem-se tornado
um importante método no tratamento das Cefaleias, em especial, Cefaleia primária,
sem causa conhecida, não somente pelo seu efeito analgésico, mas pelo potencial
de cura, desde que o diagnóstico e tratamento estejam corretos. Nos últimos anos,
surgiram vários estudos investigando a eficácia da Acupuntura no tratamento da
Cefaleia e da enxaqueca.
Apesar de a Acupuntura produzir efeitos reais no tratamento de diversas
doenças, e de seus processos terem sido esclarecidos pela pesquisa atual, ela
possui características próprias que diferem, em muitos aspectos da medicina
moderna. A primeira observação a este respeito refere-se à nomenclatura: as
fórmulas e conceitos da Acupuntura, sobre as doenças, são inteiramente diferentes
dos conceitos da medicina moderna, pois resultam de uma experiência milenar.
(WEN, 2008, p.225).
De acordo com Rodrigues (2001), a Cefaleia é conhecida por dor na cabeça,
esta classificada de diferentes maneiras, como: latejante, em pressão, pontadas,
entre outras. A Cefaleia possui uma gama de etiologias e apresenta uma diversidade
de variações incluindo enxaqueca, Cefaleia em salvas, Cefaleia cervicogênica, tendo
sido, constatadas pela medicina uma média de 150 formas de Cefaleia.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% da população
mundial já teve dor de cabeça e 90% teve ao menos uma crise no último ano. O
motivo da alta prevalência é anatomicamente compreensível: a cabeça é uma região
ricamente inervada e extremamente sensível (BORDINI, 2009).
 11

De acordo com Santos (2006), na Sociedade Internacional de Cefaleia.

(International Headache Society – IHS), a Cefaleia é um sintoma comum a diversas
doenças, que podem ter como origem distúrbios do metabolismo, intoxicações e
reações infecciosas. Em 2004, a Sociedade Internacional de Cefaleia publicou a 2ª
edição da Classificação Internacional de Cefaleias (The International Classification of
Headache Disorders 2nd Edition). Segundo o mesmo autor, de acordo com essa
classificação, as cefaleias primárias têm origem ligada a alterações intrínsecas da
bioquímica cerebral. Esse tem como principais representantes, a cefaleia migrânea
ou enxaqueca, a do tipo tensional e a em salvas. Por outro lado, quando existem
lesões ou alterações que desencadeiam a cefaleia, estas são classificadas como
secundárias. Nesses casos, a dor é uma consequência de uma agressão do
organismo. Como exemplos desses tipos de cefaleia, existem aquelas associadas
às infecções sistêmicas, disfunções endócrinas, hemorragia cerebral, meningites,
encefalites e lesões expansivas do Sistema Nervoso Central.
Zukerman et al. (2004) relatam que a cefaleia interfere na qualidade de vida
(QL) além de determinar o impacto sócio - econômico importante devido a custos
dos serviços de saúde, perda de dias no trabalho e redução da eficiência do mesmo.
Atualmente uma das principais queixas entre as pessoas é a dor, e a
cefaleia é umas das dores mais comuns relatadas pelos indivíduos. Isso ocorre
devido ás mudanças diárias da vida levando ao estresse, ansiedade, tensão entre
outros motivos (RODRIGUES, 2001).
As cefaleias, na concepção da Medicina Tradicional Chinesa, podem ser
classificadas segundo suas origens decorrentes de acometimento dos Canais de
Energia Tendinomusculares, Curiosos, Distintos e/ ou dos Canais de Energia
Principais afetados. As cefaleias e a enxaqueca constituem uma das queixas mais
frequentes na clínica diária e, sua etiopatogenia está ligada a vários fatores, entre os
quais, destacam-se o acometimento pelas Energias Perversas Vento e Calor, o
estado de Yang excessivo de Gan (Fígado- Yang), o acometimento pela mucosidade
e Umidade e o vazio de Qi, principalmente do Shen (Rins). (YAMAMURA, 2001, p.
919).
 12

Na Medicina Chinesa a cefaleia tipo tensional poderia ser precipitada pelo

aspecto emocional no qual concerne a alguns aspectos como a raiva, preocupação
e o medo (RODRIGUES, 2001).
Há alguns anos aumentaram os estudos para investigar a eficácia da
acupuntura na cefaleia, alguns sugerem que a Acupuntura poderia ser usada como
tratamento único, alguns mostram superioridade para se usar a Acupuntura e outros
mostram como apenas tratamento alternativo (CARLSSON, 1990).
Sendo relatada por vários pesquisadores que a dor é como um alerta, vários
estudos nos mostram que nos tempos de hoje as pessoas estão fugindo mais de
remédios alopáticos e buscando mais tratamento alternativo para alívio da dor e
mantendo um melhor padrão de vida, sendo assim mais utilizadas as técnicas de
Acupuntura que proporcionam resultados benéficos nos problemas funcionais e no
alívio da dor (NOGIER; BOUCINHAS, 2006, p.123).
A Medicina Chinesa é um vasto conhecimento de origem e de concepção
filosófica abrangendo vários setores ligados a saúde e a doença. Suas concepções
são voltadas muito mais ao estudo, dos fatores causadores da doença, a sua
maneira de tratar conforme os estágios da evolução do processo de adoecer e
principalmente aos estudos das formas de prevenção na qual reside toda a essência
da filosofia e da medicina chinesa. A Acupuntura foi idealizada dentro do contexto
global da filosofia de TAO e das concepções filosóficas e fisiológicas que nortearam
a Medicina Chinesa. A concepção dos canais de energia e dos pontos de
Acupuntura, o diagnóstico e o tratamento baseia-se nos preceitos do Yang e do Yin
dos cincos movimentos da energia (Qi) e do sangue (Xue). (YAMAMURA, 2001,
p.26).
Segundo Garcia (2006, p. 440), na presença de um estado patológico, a
energia perversa penetra no corpo em certo canal e colateral ou órgão e na
dependência de sua situação, assim será o reflexo sintomático da enfermidade. Por
isso através da punção dos pontos de Acupuntura ou Auriculoterapia, se tenta
desobstruir os canais colaterais, regulando o vazio e a plenitude, restabelecendo a
atividade funcional de cada parte do corpo e fazendo conservar o equilíbrio dos
opostos. Assim, sob este princípio é concebido o tratamento das enfermidades, na
Medicina Tradicional Chinesa.
 13

Segundo Oliveira (2011), os primeiros relatos de tradição oral a respeito da

Medicina Tradicional Chinesa remontam a século VI A.C., na figura de um médico de
nome YI HE, que atribuía a doença como resultado de interações entre os fatores
climáticos (frio, calor, chuva, sol, umidade, secura) yin e yang, considerados como
duas forças que compunham o Universo: uma representada à luz e outra
representada à escuridão, ou masculino e feminino.
De acordo com Silvadoria (2010), o primeiro livro da acupuntura é o Nei
Ching que surgiu no terceiro século antes de cristo, chamado também de a Bíblia é
atribuído ao lendário imperador Huang – Ti, também chamado de o imperador
amarelo e o médico da corte Qi pó.
Bocheng apud Lin, Hsing e Pai, (2006) relata que, atormentado por fortes
dores de cabeça, o ministro Cao passava, às vezes, dias recluso em seus aposentos
no escuro e proibia os criados de falarem alto. Dessa forma, foi convocado à corte
Hua Tuo (110 - 207 AC) eminente médico para tratar as crises de cefaleia do
poderoso ministro. Hua Tuo diagnosticou como cefaleia por invasão de vento
(enxaqueca) e aplicou algumas agulhas no ministro, durante uma de suas crises.
Houve melhora imediata do paciente e, como resultado, o imperador amarelo Cao
voltou a sua rotina de trabalho e nomeou Hua Tuo médico oficial da corte.
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) baseia-se no taoismo, concepção
filosófica desenvolvida a partir da observação da natureza. Através de uma visão
holística, vê o homem integrado ao seu meio ambiente, assim como a sua fisiologia.
Segundo os antigos chineses, o efeito da Acupuntura se dava por sua ação nos
canais de energia que conectados aos órgãos internos comandavam todas as
funções orgânicas, mesmo sem o conhecimento tecnológico e muito menos os
estudos bioquímicos e microscópicos, sabiam conservar a saúde e tratar as
desarmonias físicas e mentais e deram grande importância às emoções como
fatores dos mais importantes na gênese das doenças, principalmente as emoções
destrutivas (YAMAMURA, 2001).
Para a Medicina Tradicional Chinesa, os distúrbios e as doenças são
resultados de determinantes multifatoriais e os seus recursos terapêuticos são
vários: a Acupuntura, a Fitoterápica, a Dietoterápica, os exercícios físicos,
 14

respiratórios e mentais, a moxabustão, a aplicação de ventosas, as massagens

terapêuticas e o feng shui (CRAIG, 2011).
Sua principal característica é a ação harmonizadora que ela promove na
modulação dos sistemas que estão em disfunção, melhora as funções viscerais e
estimula os mecanismos autorreguladores da homeostase. A sua ação
multissistêmica tem sido mais aceita nos últimos anos, ela é utilizada para tratar
vários transtornos inclusive os mentais, como os quadros ansiosos, a irritabilidade e
o nervosismo, a melancolia e outros (CHENGGU, 1991).
Segundo Dulcetti JR (2001, p. 26), o acupunturista deve estudar
integralmente o ser humano nos seus aspectos físico, psíquico e espiritual. São
problemáticos os tratamentos por Acupuntura, propostos exclusivamente por meio
de sintomas que muitas vezes são adotados pelos profissionais que desconsideram
as abordagens filosóficas do Yin-Yang e dos Cinco Elementos, o que pode
prejudicar a imagem da Acupuntura obtida pelos acupunturistas tradicionais há
muitos anos por meio de seus trabalhos intensos.
A Acupuntura, entre outros procedimentos terapêuticos, tem-se mostrado no
mundo todo, uma alternativa eficaz e sem os efeitos colaterais dos medicamentos
alopáticos, para auxiliar no tratamento da cefaleia. O objetivo desse estudo é realizar
uma revisão literária, com base em dados científicos, e verificar a eficácia do
tratamento da cefaleia e da enxaqueca através da Acupuntura. Contudo, identificar
os pontos de Acupuntura que tenham na literatura comprovação da sua eficácia no
tratamento da patologia, localizados nos Canais de Energia Principal (CEP), com
base na Medicina Tradicional Chinesa (MTC).
 15

2 METODOLOGIA

Essa pesquisa foi realizada através de revisão da literatura científica em

bibliotecas privadas, públicas e virtuais. Foram utilizados livros e artigos nos idiomas
português e inglês, sendo que na busca em bases de dados foram acessados os portais:
Bireme, Scielo, Lilacs, Medline, Scirius, Capes, PubMed, entres outros. O texto foi
produzido de acordo com as normas da ABNT segundo o Manual de Trabalhos
Acadêmicos da UMC.
 16

3 A DOR NA VISÃO OCIDENTAL E ORIENTAL

Segundo Wink e Cartana (2007), a ocorrência de dor em qualquer

localização e causa sempre presente na história da humanidade, é crescente em
nossos dias. Possivelmente, esse fenômeno esteja relacionado a vários fatores,
entre os quais está às mudanças ambientais, novos hábitos de vida, maior
longevidade. São inegavelmente os avanços da Biomedicina centrada na integridade
física e fisiológica, propiciando sobrevida aos doentes portadores de patologias
anteriormente fatais. A dor é um sinal de alerta, um aviso para prestar atenção em
algo. É um evento subjetivo e, cada pessoa constrói o significado que tem para si, a
partir de suas experiências dolorosas, físicas ou não. Dentre as diversas dores que
afetam as pessoas, a cefaleia é uma das manifestações mais presentes na
humanidade, apesar de toda a evolução do conhecimento da Medicina.
Praticamente todo ser humano experimenta no decorrer da sua vida dores de
cabeça de intensidade variana, podendo ser caracterizada como um problema de
saúde pública.
A dor de cabeça decorrente da ascenção do Yang do Fígado manifesta-se
com dor pulsátil, normalmente unilateral, amiúde se movendo de um lado para o
outro e localizada atrás do olho, nas têmporas ou no aspecto lateral da cabeça, ao
longo do canal da Vesícula Biliar. Vem, muitas vezes, acompanhadas por náusea e
vômito, tontura, visão turva, clarões cintilantes e pulso em Corda (MACIOCIA, 2010,
p. 13).
A cefaleia é uma dor referida a cada individuo que consiste no tecido que se
manifesta invariavelmente de maneira diferente a cada ser, No caso da cefaleia, a
localização é na superfície da cabeça, que provém das estruturas cefálicas
profundas, acarretando em fortes dores de cabeça. Muitas podem ser originadas a
partir de estímulos dolorosos que surgem dentro do crânio, mas também podem ser
ocasionadas por dor em estruturas extracranianas (GUYTON, 2006, p.122).
São consideradas cefaleias as dores referidas na superfície da cabeça do
tipo latejante ou pressão, em facada ou pulsátil, em aperto e ou pontada de
 17

intensidade leve a moderada, geradas a partir das estruturas profundas, resultantes

de estímulos dolorosos intracranianos, resultados de dores originadas e fora dele,
ocasionando a fotofobia, fonofobia, náuseas e vômitos (OLIVEIRA, 2011).
De acordo com Guyton (2006, p. 91), a enxaqueca é um tipo especial de
cefaleia que se supõe ser consequência de fenômenos vasculares anormais,
embora o mecanismo exato seja desconhecido. As enxaquecas geralmente
começam com varias sensações padrômicas, como náusea, perda da visão de uma
parte do campo visual, aura visual e outros tipos de alucinações sensoriais.
Geralmente, os sintomas padrômicos começam entre 30 minutos à uma hora antes
do início da enxaqueca.
Os receptores sensoriais de dor, denominados nociceptores (noci= nocivo),
são terminações nervosas livres. Os nociceptores são encontrados em praticamente
todos os tecidos do corpo, exceto o encéfalo, e respondem a vários tipos de
estímulos. A estimulação excessiva dos receptores sensoriais, a distensão excessiva
de uma estrutura, as contrações musculares prolongadas, o fluxo sanguíneo
inadequado para um órgão ou a presença de certas substâncias químicas, tudo isso
pode produzir a sensação de dor (TORTORA & GRABOWSKI, 2006, p.68).
Um dos sintomas mais comuns observados nos pacientes ocidentais; os livros
chineses diferenciam, antes de tudo, entre dores de cabeça de origem interna e
aquelas de origem externa, mas as do segundo tipo não são vistas com frequência
na prática; na Medicina Tradicional Chinesa, as dores podem ser causadas por
condições de excesso ou deficiência. Em regra podemos dizer que a dor de
condições de deficiência tende a ser surda e menos intensa; a dor de condições de
excesso é mais intensa e mais aguda (MACIOCIA, 2010, p. 15)
Teixeira & Souza (2001), citam o conceito de dor do comitê de taxonomia da
International Association for the Study of Pain (LASP), conceituando a dor como
“experiência sensorial e emocional desagradável, que é associada ou descrita em
uma parte do corpo; constitui adicionalmente uma experiência emocional”.
Para Guyton (2006, p.91), diz ainda que existem dois tipos de dores, a rápida
e a lenta. A primeira é sentida pelo corpo 0,1segundos após a lesão (ex: quando a
pele é cortada por uma faca). A segunda é sentida após 1 segundo de lesão (ex:
destruição do tecido). As dores podem ser causadas por agentes mecânicos,
 18

térmicas e químicas, segundo o mesmo autor; a dor é um mecanismo de defesa do

corpo, evitando que o mesmo sofra mais lesões. Funciona como um aviso de que o
tecido está sofrendo algum tipo de alterações não funcional ou adequado para
aquele seguimento.
Nas dores de cabeça de origem interna, é muito importante diferenciar entre
as originadas de Plenitude e aquelas originadas de Vazio. As dores de cabeça mais
comuns decorrentes de Plenitude incluem como causas a ascenção do Yang do
Fígado, o Fogo do Fígado, a estase de Sangue, o Vento do Fígado, Calor no
Estômago e retenção de alimentos; as dores de cabeça decorrentes de Vazio
incluem como causas a deficiência de Sangue, deficiência do Qi do Estômago e do
Baço e a deficiência do Rim (MACIOCIA, 2010, p. 18).
Dor de cabeça pode estar associada com muitos fatores de doença e com
muitos padrões de Desarmonia. Ela pode surgir de invasão por Vento-Frio, Vento-
Calor ou Vento-Umidade; pelo Yin dos Rins Deficiente ou Yang dos Rins Deficiente.
A cefaleia pode estar associada com Sangue (Que) Deficiente, Qi do Baço/
Pâncreas (Pi Qi) Deficiente ou Mucosidade na parte superior do corpo; pode resultar
de um trauma ou de estagnação de Sangue e frequentemente ocorre com padrões
de Desarmonia de Fígado (Gan) e Vesícula Biliar (Dan), principalmente na
Depressão de Qi do Fígado, Yang do Fígado Hiperativo, Fogo do Fígado e agitação
de Vento do Fígado. A cefaleia manifesta-se na situação onde a raiva e a frustação
estão associadas com Depressão de Qi do Fígado (Gan Qi) e com a agitação do
Yang do Fígado. A irritação está associada com Yin dos Rins Deficiente e com Yin
do Fígado Deficiente, fatores que aumentam o Yang Hiperativo do Fígado. Este fato
resulta no distúrbio de circulação de Qi nos Canais situados na cabeça,
principalmente nos Canais de Fígado (Gan) e Vesícula Biliar (Dan), que é agravado
posteriormente pela invasão na parte alta do corpo pelo Vento- Frio Externo. Nesses
casos, o paciente pode tomar as seguintes medidas para evitar ou reduzir a
intensidade dos fatores desencadeantes: Evitar exposição da cabeça e pescoço ao
Vento-Frio, Evitar situações de estresse e de irritação, Evitar padrões irregulares,
especialmente ligados ao sono desregrado e insuficiente, evitar agravamento de
Deficiência de Yin dos Rins e consequentemente, da Deficiência de Yin do Fígado e
Evitar álcool e alimentos gordurosos que podem agravar a Depressão de Qi do
 19

Fígado (Gan Qi) transformando em Yang Hiperativo ou Fogo do Fígado. (ROSS,

1994, p.105).
De acordo com Martins (2003), os meridianos percorrem todo o corpo
conduzindo e distribuindo o Qi para todas as regiões incluindo os órgãos internos.
A melhor forma de diferenciação das dores de cabeça é fazer a distinção
entre dores de cabeça de origem interna daquelas de origem externa e a dor de
cabeça por Fogo do Fígado, que é menos comum, é semelhante em caráter
decorrente da ascensão do Yang do Fígado, mas é acompanhada por sintomas e
sinais de Fogo do Fígado, como sede intensa, gosto amargo na boca, face
avermelhada, urina escura e fezes secas; outro tipo muito comum de dor de cabeça
é o decorrente de Fleuma obstruindo os orifícios distintos da cabeça: nesse caso, a
dor de cabeça é surda de natureza e a cabeça parece embrulhada ou cheia de
algodão, com pronunciada sensação de peso, atordoamento e visão turva. Outras
manifestações incluem sensação de náusea, sensação de opressão no peito, língua
aumentada e pulso Deslizante (MACIOCIA, 2010, p. 13).
A percepção da dor lenta começa um segundo ou mais após a aplicação do
estímulo. Então, aumenta gradualmente em intensidade durante um período de
alguns segundos ou minutos. Esse tipo de dor, que pode ser torturante, é também
referido como dor crônica, ardente, contínua ou latejante. A dor lenta pode ocorrer
tanto na pele como em tecidos mais profundos ou nos órgãos internos (TORTORA &
GRABOWSKI, 2006, p. 68).
Estudo MA (2006), já na cefaleia em casos os resultados são similares aos
encontrados na cefaleia por tensão. Tendo-se em mente que a inserção de agulhas
estimula os nervos periféricos que enviam impulsos diretamente ao hipotálamo.
Um tipo muito comum de dor de cabeça crônica é o decorrente de uma
combinação de Fleuma e Vento interno. Essa dor de cabeça tem todas as
características da dor de cabeça por Fleuma, mas caracteriza-se por acessos
ocasionais de dores de cabeça intensas decorrentes de Vento. Esse padrão é
chamado “Vento- Fleuma”. Entretanto, a Fleuma como causa da dor de cabeça está
também frequentemente associada com ascensão do Yang do Fígado, com a
Fleuma sendo levada para cima pelo Yang do Fígado em ascensão; uma pessoa
que sofre desses dois padrões vai apresentar dores de cabeça crônicas, surdas,
 20

com sensação de atordoamento e tontura (causados pela Fleuma) pontuada por

ataques agudos ocasionais de dores de cabeça intensas pulsáteis (causadas pela
ascensão do Yang do Fígado). Esse padrão é também chamado “Vento-Fleuma” e a
dor de cabeça decorrente de estase de Sangue caracterizam-se por dor intensa,
localizada e penetrante, normalmente unilateral, acompanhada por língua púrpura
(arroxeada) e pulso em Corda e a dor de cabeça por Vento do Fígado caracteriza-se
por dor em tração, acompanhada por tontura intensa e tremores e a dor de cabeça
por Calor no Estômago caracteriza-se por dor frontal intensa e são acompanhadas
por dor epigástrica, sede, regurgitação azeda e saburra da língua amarela
(MACIOCIA, 2010, p. 15).
Segundo Tatonetti (2009), na Acupuntura o paciente encontrara alívio dos
sintomas da dor, apresentando também mudanças no aspecto psicológico e
comportamental, uma vez que a Acupuntura constitui um excelente método de
relaxamento e alívio das tensões musculares. O aumento da circulação e a correção
da suplementação do oxigênio aos tecidos e órgãos, em especial no tecido cerebral
(extremamente sensível à diminuição de oxigênio) evita assim diferenças de pressão
intracraniana, fator desencadeante de problemas como as dores de cabeça (cefaleia
e enxaquecas).
De acordo com Odoul (2003, p.41), as dores de cabeça e enxaqueca são
manifestações de tensões como o estresse, a contrariedade ou ainda remoer e
explorar ideias indesejáveis. Representando uma dificuldade de aceitar
pensamentos, ideias e sentimentos que incomodam ou constrangem, portanto o
individuo por diversas vezes ocasiona a dor de cabeça através do seu estilo de vida.
A dor de cabeça pela Deficiência do Rim (que pode ser do Yin ou do Yang)
caracteriza-se por dor de cabeça surda em toda a cabeça, acompanhada por uma
sensação de vazio da cabeça, tontura e tinidos; a estagnação de Frio no canal do
Fígado pode causar uma dor de cabeça vertical, surda, mas intensa, associada com
pés frios. Entretanto, essa dor de cabeça é bastante rara (MACIOCIA, 2010, p. 12).
De acordo com a filosofia tradicional, a cefaleia crônica e a enxaqueca são
causadas pelo bloqueio de Qi nos canais Yang da cabeça. Esses bloqueios, e
consequentemente as dores da cefaleia crônica, são causados principalmente pela
perturbação nos órgãos e canais; raramente se devem às influências patogênicas
 21

dos agentes climáticos. A localização do núcleo da dor é muito importante para o

planejamento do tratamento. Podem ser classificadas em quatro grupos importantes:
Dor ao longo do canal da vesícula biliar: concentrada na região de VB 14 Yangbai
acima dos olhos ou na região de VB 20 Fengchi no pescoço. Como a dor está
localizada no eixo Sanjiao - vesícula biliar é chamada cefaleia tipo Shao-Yang, que é
o tipo mais frequente, presente em 40 até 50% dos casos (POMERANZ, 2004).
Segundo Souza (2001, p.85) ressalta que os estímulos promovidos pelas
inserções das agulhas nos pontos de acupuntura podem promover reações
temporárias e/ou permanentes, todas de natureza terapêutica, nos pacientes
tratados através desta técnica.
De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a classificação das
cefaleias é realizada por diferenciação de síndromes, que por sua vez, são definidas
de acordo com o meridiano acometido, o que é avaliado tendo em vista a região da
cabeça em que as dores são mais comuns.

Região temporal (Shao Yang): quando a dor ocorre na região temporal. Esta área
corresponde ao Meridiano da Vesícula Biliar (VB). Esta dor normalmente é aguda e
do tipo latejante.

Figura 1 – Cefaleia Shao Yang

Fonte: VERCELINO; CARVALHO, 2010.

 22

Região Occipital (Tai Yang): Quando a dor ocorre na região occipital.

Corresponde à área do Meridiano da Bexiga (B). Dor geralmente acompanhada de
rigidez nas costas e pescoço.

Figura 2 – Cefaleia Tai Yang

Fonte: VERCELINO; CARVALHO, 2010.

Região Frontal (Yang Ming): Quando a dor ocorre na região frontal.

Corresponde à área do Meridiano do Estômago (E). Normalmente associada com
uma sensação de peso na cabeça, atordoamento e falta de concentração.

Figura 3 – Cefaléia Yang Ming

Fonte: VERCELINO; CARVALHO, 2010.

 23

Região de Topo da Cabeça (Jue Ying): quando a dor atinge o topo da

cabeça. O Meridiano responsável é o Fígado (F). A dor é do tipo surda e melhora
quando o indivíduo se deita.

Figura 4 – Cefaléia Jue Ying

Fonte: VERCELINO; CARVALHO, 2010.

 24

3.1 FISIOPATOLOGIA DA DOR

Os principais receptores para o calor e frio (termorreceptores) e para dor

(Nociceptores) são terminações nervosas livres. Os receptores da dor respondem às
lesões dos tecidos e são ativados por todos os tipos de estímulos. Impulsos para dor
são conduzidos para a medula espinal por neurônios sensitivos. As sensibilidades
para a dor são conduzidas em seguida ao tálamo pelo trato espinotalâmico lateral da
medula espinal, e daqui a área somatestésica do córtex cerebral. Embora uma
consciência de dor ocorra no tálamo, o tipo e a intensidade da dor são interpretados
em áreas especializadas do córtex cerebral. (GRAAFF, 2006).
De acordo com o primeiro passo na sequência dos eventos que originam o
fenômeno sensitivo-doloroso é a transformação dos estímulos ambientais físicos ou
químicos intensos em potencias de ação que, das fibras nervosas periféricas, são
transferidos para o SNC. Os receptores nociceptivo são representados pelas
terminações nervosas livres presentes nas fibras mielínicas finas (A) amielínicas (C).
De acordo com os estímulos que os ocasionam, são classificados em
termomecânicos, químicos e polimodais inespecíficos. A sensibilização da
nocicepção nos tecidos decorre de vários mecanismos: Ativação de receptores
silenciosos: muitos receptores "silenciosos" em condições normais, especialmente
os relacionados com as fibras C, são ativados durante a ocorrência de processos
inflamatórios, redução do limiar de geração de potenciais: os receptores nociceptivos
são sensibilizados pelas substâncias algiogênicas, incluindo a bradicinina, a
acetilcolina, as prostaglandinas, a histamina, a serotonina, o leucotrieno, a
tromboxana, o fator de ativação plaquetário, os radicais ácidos, e os íons potássio,
liberados no ambiente tecidual do interior do mastócitos e outros leucócitos, vasos
sanguíneos, e células traumatizadas. É responsável pela hiperalgia termomecânica
primária e pela vasodilatação observadas em lesões traumáticas, inflamatórias e
isquêmicas, inflamação neurogênica: A substância P, a neuroquinina A e B e o
peptídio relacionado geneticamente a calcitonina (CPGR), entre outros, são
liberados nos tecidos pelas terminações nervosas dos aferentes nociceptivos,
interagem com elementos celulares envolvidos na inflamação e reposição tecidual
(neutrófilos, linfócitos, plasmócitos, macrófagos, fibroblastos, células de schavann
 25

etc.), atraindo-os ou ativando-os, e geram vasodilatação e instalação de processo

inflamatório de origem neurogênica, atividade do sistema neurovegetativo simpático:
(SNNVS). O SNNVS, ativado pela bradicinina ou pela excitação dos neurônios no
SNC, libera noradrenalina e prostaglandinas nos tecidos que contribuem para
sensibilizar os nociceptores, sensibilização dos neurônios sediados nos gânglios
sensitivos: as vias nervosas aferentes primárias têm o corpo celular localizado nos
gânglios sensitivos, de onde as fibras emergentes seguem o curso glomerular e
dividem-se em ramos proximais e distais. (CARVALHO, 2006).
De acordo com Maciocia (2007 p.264) a dor pode ser decorrente das
seguintes condições: Excesso: Invasão de fatores patogênicos exteriores; Frio ou
Calor interior; estagnação de Qi ou Sangue (Xue); retenção de alimento; obstrução
pela Fleuma, todos eles levam a obstrução para a circulação do Qi nos canais e,
consequentemente, dor. Deficiência: Deficiência de Qi e Sangue (Xue); consumo
dos Fuidos Corpóreos decorrentes de deficiência de Yin, essas condições causam
subnutrição dos canais e, consequentemente, dor. As causas mais comuns de dor
crônica em condições internas são estagnação de Qi, estase de Sangue, subida do
Yang do Fígado e Frio.

3.2 A CEFALEIA SEGUNDO A MEDICINA ORIENTAL

O Estudo de Ma (2006, p. 342) declarou a origem da cefaleia por está não ser
muito clara, indicando o estudo que pode ser resultado de desequilíbrio ou
alterações nas substâncias químicas cerebrais, sendo elas os neurotransmissores,
pode-se citar como exemplos a serotonina e a noradrenalina. Quando essas
substâncias químicas cerebrais encontram-se desequilibradas causam inflamação
das artérias do escalpo, e irritação das estruturas sensíveis à dor. Essas
inflamações e irritações causam estímulos no nervo trigêmeo, que são responsáveis
pelo envio dos impulsos dolorosos para os centros de dor no cérebro. Podendo essa
dor agir de três maneiras diferentes: surda, aguda ou latejante.
De acordo com Maciocia (2007, p.36) houve um entendimento de algumas
condições geram em algumas vezes dor por excesso, pois causam uma obstrução
para a circulação do Qi nos canais gerando a dor. São elas Invasão de fatores
 26

patogênicos exteriores; e Frio ou calor interior; e Estagnação de Qi ou sangue; e

Retenção de alimento; e Obstrução pela fleuma. Além da deficiência pode-se dizer
que causa uma subnutrição dos canais e como consequência a dor, podemos citar
as seguintes situações: Deficiência de Qi e sangue; e Consumo dos fluidos
corpóreos decorrente de deficiência de Yin.
Segundo Maciocia (2007, p, 264) ainda diz que a dor do tipo crônica pode
ser causada normalmente por: A estagnação do Qi – neste caso pode-se dizer que a
dor não se apresenta em uma localização fixa e se dá mais como uma distensão ou
uma dor em distensão, a estase de sangue – neste caso as dores são severas,
penetrantes ou perfurantes e de localização fixa, alguns exemplos de localização
são: cabeça, tórax, abdômen etc. A subida de Yan do fígado – este caso pode ser
visto também como estagnação de Qi, porém é mais conhecido como rebelião do Qi,
que consiste na circulação em direção errada do Qi. Esta dor é comumente
localizada na cabeça de forma crônica em distensão, latente. O frio – neste caso
tanto a deficiência quanto o excesso são causadores de uma dor em cólica,
espasmódica que é agravada no frio, com a ingestão de alimentos ou líquidos frios.
Este tipo de dor é aliviado com a aplicação de calor. O calor-umidade – causa uma
dor em queimação seguida de uma sensação de plenitude e peso.

3.3 CLASSIFICAÇÕES DA DOR

De acordo com Maciocia (2007, p.113) todos os canais Yang do corpo se

reúnem na cabeça, trazendo o Yang puro à cabeça e aos orifícios, desta forma a
pessoa apresenta os seus sentidos como: visão, audição, paladar e olfato. Maciocia
distingue a dor de cabeça de acordo com: O início das dores: início recente: com
duração curta, dor de cabeça de ataque exterior de vento-frio, início gradual: tipo
ataques, interior. O horário da dor: durante o dia: deficiência de QI ou Yang; ao
anoitecer: deficiência de sangue ou yin; durante a noite: estase de sangue.
Localização da dor: Nuca: canal yang maior invasão exterior de vento-frio ou interior
de deficiência do rim; fronte: canal yang brilhante (calor do estômago ou deficiência
de sangue); têmporas e lateral da cabeça: canal yang menor (vento exterior no yang
 27

menor, ou interior subida do fogo do fígado e da vesícula biliar); vértice: canal yin
terminal (normalmente deficiência de sangue do fígado); e cabeça inteira: invasão
exterior de vento-frio. Tipo de dores: sensação de peso: umidade ou fleuma; dor
“dentro da cabeça”, “lesando o cérebro”: deficiência de rim; em distensão, pulsante:
subida do yang do fígado; penetrante: estase de sangue; com sensação de
atordoamento e peso: umidade; e com sensação de atordoamento, peso e tontura:
fleuma; Condição: com aversão ao vento ou ao frio: invasão do exterior. Agravada
por frio: padrão de frio; agravada por calor: padrão de calor; agravada por cansaço,
melhora por repouso: deficiência de Qi; agravada por tensão emocional: subida do
yang do fígado; e agravada por atividade sexual: deficiência de rim.

3.4 ACUPUNTURA

A Acupuntura é uma terapêutica milenar que faz a prevenção, tratamento e

cura de patologias através da inserção de finíssimas agulhas de ouro, prata ou ação
inoxidável em determinadas regiões do corpo chamadas de “pontos de acupuntura”,
Os seus excelentes resultados são reconhecidos pela Organização Mundial da
Saúde (WHO, 2002) e por pesquisas cientificas (ALLEN, 1998).
Na Medicina Tradicional Chinesa, acredita-se amplamente que cada
Acupontos (pontos de acupuntura) tem sua função específica, sendo selecionados
de acordo com a patologia instalada (PU, 2010).
A eficácia da Acupuntura como método terapêutico, praticada durante
milênios, foi motivada às pesquisas com objetivo de encontrar alguma explicação
científica de seu modo de ação. Segundo a escola científica, a Acupuntura bloqueia
os impulsos nocivos transmitidos por fibras finas ou substância gelatinosa no corpo
posterior da medula espinhal provocando estímulos. Além disso, estudos mais
recentes têm enfatizado a liberação de substâncias, como as endomorfinas,
encefálicas, betalipotropina, betaendorfina, gamaendorfina na explicação da
analgesia, via Acupuntura. Outras substâncias como a ACTH (hormônio
adrenocorticotrófico), acetilcolina, íons magnésio, cálcio e outras são responsáveis
pelo efeito analgésico. É importante salientar que essas substâncias responsáveis
 28

pela analgesia são liberadas pelo estímulo provocado nos pontos de Acupuntura,
cuja ação se faz no cérebro (YAMAMURA, 2001, p.87).
A organização mundial de saúde (OMS) reconhece que a Acupuntura
poderia servir como tratamento principal ou complementar para as mais diversas
patologias, por exemplo: enxaquecas, problemas gastrointestinais, alergias e algias
diversas, vários estudos têm demonstrado que a Acupuntura apresenta uma
influência profunda sobre os problemas físicos, emocionais, sendo recomendável a
combinação dessa técnica com outros tratamentos incluindo a fisioterapia (CARLOS,
2009).
A Acupuntura é uma das ciências mais antigas e mais respeitadas do
mundo, principalmente pelos orientais, em especial na China, onde esta técnica
milenar começou a se difundir como segredo de família. São mais de cinco mil anos
de uso da acupuntura pelos chineses como meio para a prevenção e tratamento de
diversos males, sendo 3.000 anos de registros escritos e mais de 2.000 com
achados arqueológicos (BOLETA – CERANTO, ALVES E ALENDE, 2008).
A palavra “acupuntura” origina-se do latim, a partir de acus (agulhas) e
punctura (puncionar). A acupuntura refere-se, portanto, á inserção de agulhas
através da pele, nos tecidos subjacentes, em diferentes profundidades e em pontos
estratégicos do corpo, para produzir o efeito terapêutico desejado (KIDSON, 2006,
p.102).
Para a Medicina Chinesa, o corpo é constituído de Matéria e Energia. Existem
as energias que o homem absorve através da respiração (Energia Celeste), através
da alimentação (Energia Terrestre) que juntas constituem a Energia Essencial e que
esta, juntamente com a Energia Ancestral, vão constituir a Energia Nutridora e a
Energia Defensiva. O equilíbrio destas Energias, de uma maneira geral, é o
responsável pela saúde do indivíduo. Quando há o desequilíbrio ou um excesso de
Energia Celeste, considerados os fatores de adoecimento, o indivíduo adoece
(CORDEIRO & CORDEIRO, 2001, p.77).
Segundo Wink (2006) a Acupuntura e suas técnicas como a
auriculoacupuntura atuam de forma eficaz no tratamento da cefaleia. Relatos de
diminuição da dor originada pelas cefaleias relacionadas ao tratamento por meio da
acupuntura são apontados na literatura com relativa frequência onde é possível
 29

constata, além do alívio da dor, outros sintomas como o aumento da sensação de

bem-estar, melhora da qualidade do sono e redução do nível de ansiedade
percebido e relatado pelos pacientes tratados com acupuntura.
A doença, na Medicina Tradicional Chinesa é considerada um bloqueio ou
distorção de energia vital e sua causa está relacionada com a tensão emocional e
com fatores climáticos a que o corpo é exposto. Na Medicina Tradicional Chinesa,
existem energias que protegem e que destroem o organismo; o entendimento
dessas energias permite o controle do corpo e a boa saúde (FRÖNER, 2007).
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a condição de saúde é resultante
da condição da existência de certo equilíbrio entre todos os sistemas internos físicos
ou psíquicos. Saúde em sentido amplo. A situação de desequilíbrio é expressa por
sinais de hiperfuncionalidade, excitação, excesso, ou por uma manifestação de
hiporfuncionalidade, como a depressão ou uma insuficiência. Tais sinais poderiam
apontar a direção de uma condição que levará ao sofrimento, seja ele físico ou
mental (SILVA, 2007).
O controle da dor pela acupuntura pode ser explicado pelas teorias
neurológicas da “comporta” e “controle de entrada”. A percepção da dor está
modulada por vias do SNC. Em circunstâncias normais, a entrada está “aberta” e os
impulsos dolorosos passam livremente, porém quando as agulhas são inseridas,
parte um segundo impulso do ponto de inserção. Este chega à porta de entrada,
bloqueia esses impulsos dolorosos e origina o fechamento da entrada, ou seja,
existe uma competição entre o impulso doloroso e o não doloroso, assim o cérebro
deixa de registrar a dor (BOTEY & RODRIGUEZ, 2005 apud GARCIA, 2008).
De acordo com BOTEY & RODRIGUEZ (2005) apud GARCIA (2008),
Também possui uma função importante o sistema nervoso simpático e
parassimpático, pois existem evidências que as fibras nervosas localizadas ao redor
dos vasos arteriais enviam ao cérebro e à medula espinhal os impulsos originados
pelas agulhas.
As agulhas de Acupuntura são instrumentos utilizados para estimulação dos
pontos de acupuntura, estas são compostas por um cabo, corpo e uma ponta O
cabo é, geralmente, feito de cobre ou de alumínio; enquanto o corpo,
preferencialmente, deve ser feito de material diferente, por exemplo, aço inoxidável
 30

ou prata, ouro, ferro, alumínio, a fim de induzir a formação de diferença de potencial

elétrico entre o cabo e a ponta da agulha. A maioria das agulhas de acupuntura tem
seus cabos envoltos por fio metálico, que aumenta o potencial elétrico
(YAMAMURA, 2001, p.98).
Apesar de diversas dificuldades, o conselho nacional de saúde
regulamentou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC), aprovada pelo ministério da saúde pela portaria 9715. Essa portaria
garante a realização de acupuntura no SUS a diversos profissionais (fisioterapeutas,
farmacêuticos, biomédicos, biologistas, enfermeiros e psicólogos) em todo o território
nacional. As consultas em acupuntura vêm apresentando, em todo o país, uma
tendência de crescimento. Importante registrar que até o ano de 2006 apenas as
consultas médicas em acupuntura eram preenchidas no SIS/SUS. A partir de 2007,
outros profissionais iniciaram os registros de suas consultas nesse sistema
(SANTOS, 2006).
Durante o tratamento a paciente foi colocada em posição cômoda e
adequada para se facilitar o acesso aos pontos de acupuntura selecionados. Assim,
para o rosto, tórax, abdômen e extremidades dos membros superiores e inferiores, a
paciente, geralmente, fica em decúbito dorsal. Para a região posterior do corpo, e
das coxas, das pernas, em decúbito ventral, sobre uma maca em um ambiente com
ar refrigerado. Instruiu-se a paciente para que este se mantém relaxada com
cuidado ao se movimentar (caso necessário), durante e após a inserção da agulha,
pois, com a contração muscular, essas agulhas podem ser entortadas. É importante
que o paciente relaxe, para a melhor circulação da energia. Ao escolher os pontos
de acupuntura é importante desinfetar com álcool o local da punção e explicar a
paciente as sensações que podem ocorrer induzidas pelas agulhas de acupuntura,
como parestesia (adormecimento, sensação de peso, formigamento, leve choque
elétrico). Nos pontos de acupuntura situados no rosto a sensação local é,
geralmente, de inchaço ou de dor, e a sensação que sente nos membros superiores
e inferiores e de choque elétrico suave ou sensação de peso que irradia a distância
(YAMAMURA, 2001, p.105).
A Medicina Chinesa baseia-se no equilíbrio destas duas forças no corpo
humano, a doença é vista como um rompimento desse equilíbrio. As duas partes
 31

Yin/Yang do corpo devem estar em equilíbrio relativo para que se mantenham

normais as suas atividades fisiológicas, o equilíbrio é destruído por fatores de
adoecimento, podendo ocorrer o predomínio ou a falta de uma das duas partes, se
transformando em processos patológicos (ONETTA, 2005).
 32

4 ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA CAFALEIA E ENXAQUECA

Lopes (2006) nos diz [...] Acupuntura é um método natural de tratamento da

Medicina Ocidental, fazendo o uso da inserção de finíssimas agulhas em pontos
específicos do corpo, objetivando o desbloqueio e a circulação de Qi (energia vital),
promovendo a harmonização e o fortalecimento dos órgãos, víceras do corpo como
um todo. Baseia-se nos princípios filosóficos do Tao, nas teorias dos cinco
elementos (movimentos) da natureza, das energias Yin-Yang, e dos meridianos
(canais de energia).
Segundo Ma (2006, p.32), para o tratamento da dor com a acupuntura é
utilizado o sistema de acupontos neuromuscular integrado. Para se entender esse
processo primeiramente é necessário compreender que existem mecanismos de
percepção da dor os quais envolvem: As fibras nervosas sensoriais periféricas, que
são componentes importantes dos acupontos; A medula espinhal; O cérebro; O
tronco cerebral; O tálamo; O hipotálamo; As glândulas pituitárias; e O córtex.
Alende (2008) apud Oliveira (2011) explica que a Acupuntura é uma das
ciências mais respeitadas do mundo, sendo uma das mais antigas. Estes dados
destacam entre as populações orientais, especialmente na China, onde a técnica
milenar foi difundida como segredo de família. A acupuntura é utilizada pelos
chineses há mais de cinco mil anos, como meio de prevenção e tratamento para
diversos males, estes dados são comprovados com mais de três mil anos de
registros escritos e mais de dois mil anos com achados arqueológicos. A acupuntura
como uma prática milenar, que faz parte da chamada Medicina Tradicional Chinesa,
com o passar do tempo expandiu-se a medicina milenar chinesa, comprovando um
grande aumento no número de adeptos, tanto de indivíduos que praticam, quanto
nos que se submetem ao seu tratamento, gerando assim o tratamento mais eficaz
para o alívio instantâneo das dores de cefaleia e enxaqueca.
Com a influência da imprensa, a acupuntura atingiu um status como uma
alternativa exótica de tratamento. (PAI, 2006 apud OLIVEIRA, 2011).
De acordo com Ma (2006, p.12) clinicamente primeiro são selecionados dois
tipos de pontos: os locais e os distantes, ou também conhecidos como sintomáticos
e homeostáticos. Descritos a seguir: Os pontos locais são mais doloridos e se
 33

localizam na região do tecido lesionado. Em casos crônicos esses pontos locais

sensibilizados podem estimular os neurônios no interior da medula espinhal, onde
fazem sinapse, e sensibilizam os neurônios espinhais. Desta forma quando
estimulamos os acupontos sintomáticos também ativamos os neurônios
sensibilizados no mesmo segmento da medula espinhal. Os pontos distantes
localizam-se longe dos pontos locais e sua sensibilidade representa desequilíbrio
homeostático.
Pai (2008) apud Oliveira (2011) explica que a acupuntura atua na analgesia
agindo como um estímulo nociceptivo, estimulando a fibra A delta, cujos impulsos
trafegam mais velozmente do que os estímulos de dor carregados pelas fibras C não
mielinizadas, e através de conexões neuronais dentro do mesencéfalo, gera um
impulso inibitório descendente, o que provoca a analgesia. Isso explica por que um
acuponto distante da região da dor pode causar sua analgesia. O autor esclarece,
ainda, que a acupuntura também estimula a liberação de opóides endógenos e
neurotransmissores como a serotonina, o que explica o mecanismo de controle da
dor crônica.
Segundo Almeida (2009) apud Oliveira (2011) diz que, uma vez estimulada à
área dos pontos de Acupuntura localizada sobre áreas de terminações nervosas
ocorre um envio de estímulos ao Sistema Nervoso Central, atingindo o mesencéfalo,
o hipocampo e o hipotálamo, ocorrendo a liberação de endorfinas, encefálicas e
dismorfina, as quais bloqueiam os estímulos da dor. Além disso, elas estimulam as
vias serotoninérgicas e encefalinérgicas, que liberam os opióides promovendo o
efeito analgésico da terapia realizada pela acupuntura. Com isto ocorre também a
diminuição do uso de medicamentos.
De acordo com Ma (2006, p.13) ainda diz que em casos de doenças crônicas,
uma quantidade maior de acupontos homeostáticos está sensível quando
comparado a uma pessoa saudável. Tendo em vista que todas as pessoas
apresentam acupontos homestásicos sensíveis em todo corpo esteja com alguma
região lesionada ou não. O autor ainda sugere um protocolo de tratamento
denominado Sistema de Acuponto Neuromuscular Integrado. Costuma selecionar os
acupontos sintomáticos para sintomas específicos e os acupontos homeostáticos
para efeitos não específicos, a fim de restaurar a homeostase. O mesmo autor
 34

ainda afirma que na cefaleia por tensão encontra-se um bom resultado com o
Sistema de Acuponto Neuromuscular Integrado. A tensão muscular apresentada
nesse tipo de cefaleia pode resultar na mudança da posição dos pontos
homeostáticos que se tornam sensíveis. A inserção de agulhas nos acupontos locais
é eficaz para o relaxamento dos músculos superficiais e profundos de todo o corpo,
restaurando assim o suprimento de sangue e oxigênio no corpo.
As substâncias neuroquímicas induzidas pela inserção de agulhas, como
exemplo a endorfina, oito são secretadas da corrente sanguínea, causando
relaxamentos dos músculos esqueléticos e lisos, bem como de outros sistemas
como o sistema cardiovascular, onde normaliza a pressão sanguínea. Essa
combinação de efeitos locais e sistêmicos resulta no alívio desse tipo de dores de
cabeça. (MA, 2006, p.11).
Segundo Vieira (2010, p.39) que a Acupuntura produz efeitos aceitáveis nos
casos de cefaleia, onde também ele conclui que o efeito da Acupuntura para cefaleia
depende das causas etiológicas e ele termina dizendo que em alguns casos quando
a terapia não surte o efeito ideal, é indispensável combiná-las com dois métodos
diferentes como a Acupuntura sistêmica e a Auriculoterapia, podendo ter um
resultado muito mais eficaz.
No caso da enxaqueca deve-se ter em mente os processos que contribuem
para a piora do quadro de dor, tais fatores são: constipação, dieta inadequada, e o
estilo de vida. Se esses fatores não forem levados em consideração durante o
tratamento da enxaqueca, a Acupuntura não apresentará um resultado duradouro.
Nos casos de cefaleia orgânica, a acupuntura pode ser útil como especialidade
complementar, mostrando uma redução de edema e hipertensão além de controlar
inflamações. (MA, 2006, p.11).
Segundo Araújo e Almeida (2009) o diagnóstico da cefaleia é baseado na
história clínica, na presença e no tipo de sintoma, no seu tempo de duração, na sua
frequência, no histórico familiar, nos fatores desencadeantes conhecidos, na análise
de exames complementares.
De acordo com Mercadante, (2007) apud Lipton, (2000) alguns estudos têm
mostrado que portadores de enxaqueca têm significativas limitações na qualidade de
vida em relação à população saudável e também quando comparadas a outras
 35

condições crônicas. O questionário genérico mais usado para enxaqueca é o

Medical Outcome survey 36 Item Short- Form Study, SF.
O processo fisiopatológico, tanto das algias periféricas quanto viscerais, é
decorrente do desequilíbrio entre o Yang e o Yin. Por isso, antes de se iniciar o
tratamento dessas algias deve-se procurar harmonizar o yang e o yin. Um dos
recursos é a utilização dos pontos de acupuntura para realizar a ligação yang\ yin,
alto baixo, esquerdo, direito e exterior\ interior. Essas ligações são obtidas à custa
das funções energéticas de quatro pontos de acupuntura: IG4 (Hegu), E36 (Zusanli),
IG11 (Quchi), e F3(Tai Chong) distribuídos bilateralmente, ou pelo menos os dois
primeiros pontos de acupuntura (YAMAMURA, 2001, p.).
Cefaleia Tai Yin manifesta no globo ocular uma sensação do olho estar
saltando e dor em região da nuca provocando repuxo, com característica de aperto
ou peso. Acomete o baço/pâncreas por umidade, impedindo a circulação de Yang Qi
para a cabeça, agravada pelo o frio e umidade, tosse, ingestão de álcool,
principalmente fermentados. A insuficiência de baço/pâncreas altera as funções
energética de estômago e rins, ocasionando má digestão, gastrite, distensão
abdominal, lombalgias, fadiga, letargia e astenia, enfraquecimento de memória e
preocupação. A presença de calor no estômago leva a uma estagnação do Yang Qi
podendo inverter a corrente de fluxo, manifestando um incômodo na cabeça,
inchaço no rosto, mal estar no coração, preguiça, dor ocular. Pontos Indicados:
VB20 (Fengchi), Tai yang, B2 (Zanzhu), Yintang, Yuyao, P7 (Lieque), IG4 (Hegu),
E36 (Zusanli), BP6 (Sanyinjao), VC12 (Zhongwan), E40 (Fenglong), E32 (Futu),
VG20 (Baihui), E9 (Renying), E43 (Xiangu), E30 (Qichong), para circular o Qi: BP2
(Dadu), BP3 (Taibai), P10 (Yuji), P9 (Tai Yuan) (MACIOCIA, 2007, p.45;
YAMAMURA, 2001, p.935).
Nos últimos anos, a técnica de acupuntura também tem se tornado um
método eficaz no tratamento das cefaleias, principalmente nos casos de cefaleia
primária, sem causa conhecida. A razão não está apenas em seu efeito analgésico,
mas também em seu potencial de cura, desde que o tratamento e o diagnóstico
sejam feitos de forma correta. Nos últimos anos, surgiram vários estudos
investigando a eficácia da acupuntura no tratamento da cefaleia. Tais estudos
sugerem que a acupuntura poderia ser usada como terapêutica eficaz no tratamento
 36

desta patologia quando os outros métodos de tratamentos falham (ARAUJO;

ALMEIDA, 2009).
Segundo Yamamura (2001, p.68) sugerem em seu livro como tratamento para
acupuntura sistêmica os pontos: VG 16, VG23, VB 14, VB20, IG4, B10, P7, F2 e F3.
Rodrigues (2001, p.936) sugere em seu estudo alguns pontos eficazes na
acupuntura:
VG 20- (Fengchí) – Piscina do Vento - Ponto de comunicação com o Yangwei
Mai. Localiza-se abaixo da borda occipital, na depressão da inserção dos músculos
trapézio e esternocleidomastóideo, na altura de Fengfu (VG 16). Fazem-se o
agulhamento deste ponto transversal, oblíquo ou perpendicular, 0.5 a 1.2 Tsuns de
profundidade. Evita-se o agulhamento oblíquo profundo devido à medula.
IG4 – Hegu – Encontro dos vales – Ponto Yuan (fonte)- Localiza-se no dorso
da mão, entre os ossos do primeiro e segundo metacarpos, no ponto médio do lado
radial do segundo osso do metacarpo (ou na elevação do músculo interósseo, ao se
aduzir o polegar) – Agulhamento perpendicular, 0.5 a 1.0 Tsun de profundidade.
F3 - Taichong- Grande caminho- Ponto Shu (córrego) e ponto Yuan (fonte),
pertence ao elemento Terra- Localiza-se no dorso do pé, na depressão proximal
entre o primeiro e segundo ossos do metatarso. Agulhamento perpendicular ou
oblíquo, 0.3 a 0.8 tsun de profundidade.
VB14 – Yangbái – Brilho do Yang – Ponto de comunicação com o Yangwei
Mai. Localiza-se 1 Tsun acima da sobrancelha, diretamente acima da pupila, faze-se
o agulhamento transversal 0.3 a 0.8 Tsun de profundidade.
VB8 – Shuaigu – Vale do Comando – Ponto de comunicação com o meridiano
da bexiga – Localiza-se diretamente acima do ápice da orelha, 1.5 tsun de
profundidade acima da linha do cabelo, acima do Jiaosun (TA 20). Agulhamento
transversal 0.3 a 0.8 Tsun de profundidade.
VB 21 – Jian jing- Poço do Ombro – Ponto de comunicação com os meridianos
do Sanjiao e Yangqei Mai. Localiza-se no ponto médio entre Dazhui (VG 14) e o
acrômio do ombro, diretamente acima na linha do mamilo. Agulhamento
perpendicular, 0.5 a 0.8 tsun de profundidade, evitando o agulhamento profundo
devido ao ápice do pulmão.
 37

De acordo com a filosofia tradicional, a cefaleia crônica e a enxaqueca são

causadas pelo bloqueio de Qi nos canais Yang da cabeça. Esses bloqueios, e
consequentemente as dores da cefaleia crônica, são causados principalmente pela
perturbação nos órgãos e canais; raramente se devem às influências patogênicas
dos agentes climáticos. A localização do núcleo da dor é muito importante para o
planejamento do tratamento. Podem ser classificadas em quatro grupos importantes:
Dor ao longo do canal da vesícula biliar: concentrada na região de VB 14 Yangbai
acima dos olhos ou na região de VB 20 Fengchi no pescoço. Como a dor está
localizada no eixo Sanjiao - vesícula biliar é chamada cefaleia tipo Shao-Yang, que é
o tipo mais frequente, presente em 40 até 50% dos casos (STUX, 2004, p.30).
Cefaleia do Tipo Shao – Yang, Pontos: Du20; Ex6; VB14; VB20; VB8; SJ5; IG4;
SJ3; VB41; VB37, E44; F3.
Dor na região temporal: concentrada na região de E8 Touwei, está relacionada
com o canal do estômago. Chamada cefaleia tipo Yang - Ming, o tratamento é feito
nos pontos distais nos canais do intestino grosso e estômago.
Cefaleia do tipo Yang – Ming
Pontos: Du20; E8; VB4; E7; IG4; IG11; E44; E36.
Dor ao longo do canal da bexiga: concentrada na região de B2 Zanzhu entre as
sobrancelhas, ou em B10 Tianzhu no pescoço, é chamada cefaleia tipo Tai-Yang. O
recomendável é a acupuntura e estimulação nos pontos distais dos canais do
intestino delgado e da bexiga.
Cefaleia do tipo Tai-Yang
Pontos: Du20; B2; B10; ID3; IG4; B60 e B67
Dor na região do vértice da cabeça: está relacionada com o canal do fígado.
Conforme a tradição, no vértice existe uma conexão do canal do fígado com o ponto
Du20 Baihui. O recomendável é o tratamento nos pontos distais no canal do fígado.
Cefaleia por distúrbio da função hepática.
Du20; Ex6; F14; IG4; SJ6; F3; F2; VB34.
 38

5 CONCLUSÃO

Foram identificados os seguintes pontos, segundo os autores pesquisados,

que apresentam o maior índice de eficácia: VG20; IG4; F3; VB14; VB8; VB21.
A Acupuntura, entre outros procedimentos terapêuticos, tem-se mostrado na
pesquisa, uma alternativa eficaz e sem os efeitos colaterais dos medicamentos
alopáticos, para auxiliar no tratamento da cefaleia e da enxaqueca.
As técnicas em medicina tradicional chinesa como a Acupuntura, apresentam um
tratamento com mais probabilidade de melhoras e sem reações adversas.
Podemos observar em estudos científicos que a Acupuntura sistêmica, com suas
técnicas é eficaz para o tratamento da cefaleia e da enxaqueca, onde juntas podem
complementar-se aumentando a eficácia de seu resultado.
 39

REFERÊNCIAS

AGUIAR, F. D; COSTA, C. V. M. Abordagem Terapêutica da Acupuntura em

Portadores de Cefaleia do Tipo Crônica. 2009. Monografia (Especialização em
Fisioterapia) - Universidade da Amazônia - UNAMA, Belém – PA, 2009.

ALMEIDA, C. E; SANTANA, C. M. Associação da Acupuntura Sistêmica e

Auriculoterapia no Tratamento Cefaleia Tensional. 2011. Monografia
(Especialização em Acupuntura) – Faculdade de Educação, São José dos Campos,
2011.

ALLEN, J. J. B; SCHNYER R. N; HITT, S. K. The efficacy of acupuncture in the

treatment of major depression in women. Psichol Sci, 1998, v.9, p. 397-401.

ARAÚJO, B. S. M. Atuação da Acupuntura no Tratamento da Cefaleia Crônica.

2011. Monografia (Especialização em Acupuntura) – Faculdade Ávila, Manaus,
2011.

ARAÚJO, A. P. S; ALMEIDA, C. A. Terapia Manual Versus Acupuntura no

Tratamento da Cefaleia. Revista Saúde e Pesquisa, São Paulo, v.2, n.1 p. 109,
jan./abr. 2009.

BOLETA-CERANTO, D. C. F., ALVES, T. ALENDE, F. L. O efeito da acupuntura

no controle da dor na odontologia. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 12, n.
2, p. 143-148, maio/ago. 2008.

BORDINI, Carlos A. Gazeta do povo - Curitiba- PR 01/04/2009. Disponível em:

www.portal.rpc.com.br/gazetadopovo/saude/conteudo.phtml. Acesso em 02/05/2013.

CARLSSON, J. et al. Muscle tenderness in tension- ty headache; a controled

study. 48f. Monografia- Curso de medicina, Los Angeles, 1990.
 40

CARVALHO, D. S. Síndrome da cefaleia cervicogênica. Neurociências. São Paulo,

v. 9, n. 2, p. 57-59, 2006.

CEMBRANELLI, CRISTINA S. M. Associação da Acupuntura Sistêmica e

Auriculoterapia no Tratamento de Cefaleia Tensional. 2011. 15 f. Monografia
(Especialização em acupuntura) – Faculdade de educação, ciência e tecnologia- Uni
saúde (Centro de estudos Firval, São José dos Campos – SP, 2011.

CHENGGU, Y. Tratamento de las Enfermidades Mentales por Acupuntura y

Motibustion. Madri: Ediciones en lenguas extranjeras – Beijing, 1991.

CHOU, A. S. I. Tratamento de Lombalgia por Meio de Shiatsu. 2009. 40 f.

Monografia (Especialização em Acupuntura) - Universidade de Mogi das Cruzes,
Mogi das Cruzes, 2009.

CORDEIRO, A. T; CORDEIRO, R. C. Acupuntura: Elementos Básicos. 3 ª ed. São

Paulo: Polis, 2001.

CRAIG, Porter. Aaron (1 December 2011). "LSE's Professor Craig Calhoun and
mature students: first or fail?". London: The Guardian. Retrieved 16 August 2012.

DULCETTI JR, Orley Dr. Pequeno Tratado de Acupuntura Tradicional Chinesa.

São Paulo: Andrei, 2001.

FRÖNER, T.M.: Laserpuntura. 2007. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso,

Aperfeiçoamento em Terapias Fotônicas a Lasers e Leds nas áreas da Saúde –
Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo (USP), São Carlos,
2007.

GARCIA, E.G. Auriculoterapia. São Paulo, Roca, 2006.

GUYTON, C.A; HALL, E. J. Tratado de Fisiologia Médica. 11º ed. São Paulo, 2006.
 41

KIDSON, R. Acupuntura para todos: o que esperar desta técnica milenar e como
obter melhores resultados. Rio de Janeiro: Nova Era, 2006.

LIN, C.A; HSING, W. T.; PAI, H.J. Acupuntura: uma modalidade terapêutica validada
no arsenal terapêutico do médico atual. Rev Med (São Paulo), v.87, n.3, p.110-13,
julho-setembro, 2006.

LIPTON, R. B; Hamelsky, S. W; Kolodner, K. B; Steiner, T. J; Stewart, W. F.

Migraine, quality of life, and depression. A population based case- control study.
Neurology, v.55, p.629-635, 2000.

LOPES, F. S. Significados de Acupuntura por Usuários de Um Serviço de

Atendimento em Saúde. 2006. Dissertação – Universidade Federal de Goiás, 2006.

MA, Y; MA, M; CHO, Z. H. Acupuntura para Controle da Dor: Um Enfoque

Integrado. São Paulo: Roca; p. 342, 2006.

MACIOCIA, G. A. A Pratica da Medicina Chinesa: Tratamentos de Doenças com

Acupuntura e Ervas Chinesa. 2ª ed. São Paulo, SP: Roca. 2010.

MACIOCIA, G. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: um texto abrangente para

acupunturistas e fitoterapeutas, 2ª ed. São Paulo: Rocca, 2007

MAGALHÃES, R. J; MEJIA, D. Cefaleia e o Tratamento por meio da Acupuntura.

2011. Monografia (Especialização em Acupuntura) – Faculdade Ávila, Manaus,
2011.

MARTINS, E. I. S.; GARCIA, E. G. Pontos de acupuntura: Guia ilustrado de

referência. São Paulo: Roca, 2003.
 42

NOGIER, R.; BOUCINHAS, J. C. Prática fácil de auriculoterapia e

auriculomedicina, 3ª ed., São Paulo: Ícone, 2006. 123p.

OLIVEIRA, C. A. A; OLIVEIRA, C. L. Afetividade da Acupuntura no Tratamento dos

Portadores de Cefaleia. Revista Hórus, São Paulo, v.5, n.1, p.78 – 84 jan/mar.
2011.

ODOUL, Ml. Diga-me onde dói e eu te direi por quê: os gritos do corpo são as
mensagens das emoções. Tradução de Ana Baña. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

ONETTA, R. C. Bases neurofisiológicas da acupuntura no tratamento da dor.

2005. 98f. Trabalho de conclusão de curso (graduação em Fisioterapia) -
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2005.

PU, Y.; MA, L. X.; MA, Y. X.; LIU, C. Z.; XIE, J. P.; GAO, S. Z.; ZHU, J. Immediate
Effect of Acupuncture at Sanyinjiao (SP6) and Xuanzhong (GB39) on Uterine Arterial
Blood Flow in Primary Dysmenorrhea. The Journal of Alternative and
complementary medicine. v. 16, n. 10, p. 1073-1078, 2010

RODRIGUES, I. J. Cefaleia Tipo Tensional com Acupuntura. 2001. 60f.

Monografia – (Curso de Acupuntura) – Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2001.

ROSS, J. Zang Fu: Sistemas de Órgãos e Vísceras da Medicina Tradicional

Chinesa. Ed. Roca, 2a edição, São Paulo, 1994.

SANTOS, C. A. Dor Orofacial com Ênfase em Cefaleias. 21 set.

2006.Disponível:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/vari
edades/orofacial_cristina/orofacial_cristina.htm. Acesso em : 30/07/2012

SILVA, T. S. A. Acupuntura Sem Segredos: Tratamento Natural, Milenar e Cientifico.

Revista Psicologia Actual, Lisboa, Portugal, v. 10, n. 1, 2007.
 43

SILVADORIA, M. C. Uso da Acupuntura na Sintomatologia do Stress. 170f.

Monografia – Curso de Formação de Especialista em MTC, Campinas, 2010.

SINTAN, T. ACUPUNTURA: clássica chinesa. 6º ed. São Paulo: Cultrix, 2010.

SOUZA, M. P. Tratado de Auriculoterapia. Brasília, DF: Look, 2001

STUX, G.; POMERANZ, B. Bases da Acupuntura. 4.ed. São Paulo: Premier, 2004.

TATONETTI, R. Dor de Cabeça e Acupuntura. São Paulo: cybermind, 2009.

Disponível em: www.itu.com.br. Acesso em: 20 de abril de 2013.

TORTORA, G. J; GRABOWSKI, S. R. Corpo Humano: Fundamentos de Anatomia

e Fisiologia. - 6 º ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, p.718.

VAN, D. G. K. M. Perspectiva histórica. In Anatomia humana. 6 ed. Barueri:

Manole, 2003. p.2-21.

VERCELINO, R; CARVALHO, F. Evidências da Acupuntura no Tratamento da

Cefaleia. Revista Dor, São Paulo, p. 324, out/dez. 2010.

VIEIRA, P. A. 101 enfermidades tratadas pela medicina tradicional chinesa. São

Paulo, Brasil oriente, 2010.

WEN, T. S. Acupuntura Clássica Chinesa. São Paulo: Manole, 2008.

WEN, T. S. Manual Terapêutico de Acupuntura. p. 9.São Paulo, SP: Manole.

2008.
WINK, S.; CARTANA, M.H.F. Promovendo o autocuidado a pacientes com cefaleia
por meio da perspectiva oriental de saúde. Revista brasileira de enfermagem.
Brasília, v.60, nº 2, p.225-228, mar/abr. 2007.
 44

WINK, S. Um processo de despertar o poder para o autocuidado em clientes

com dor crônica na perspectiva oriental de saúde: uma pesquisa cuidada em
enfermagem. 2005. 74f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

YAMAMURA, Y. Acupuntura tradicional: A arte de inserir. 2º ed, p. 789. São

Paulo, Roca, 2001.

YAMAMURA, Y. Acupuntura tradicional: a arte de inserir. São Paulo. 2ª

reimpressão atualizada da 2ª edição pela Editora Roca, 2004.

YAMAMURA, Y. Tratado de Medicina Chinesa. São Paulo: Roca, 1993.

YANG, História da Acupuntura. Disponível

em:http://www.wikipedia.org/acupuntura.com.br. Acesso em 20/07/2013.

Zukerman, E. FABIANO, C.; MARIO, F.P.P. Cefaleias indometacino –

responsivas/indomethacin – responsive headaches. Migrâneas cefaleias. São
Paulo, v.7, n.2, p.48-54, abr./mai./jun. 2004.