Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BARÓMETRO GLOBAL DE RH
SOBRE NÓS
A Michael Page é uma das empresas de recrutamento mais reconhecidas e respeitadas a nível mundial. Estabelecida
em 1976 no Reino Unido, conta actualmente com 154 escritórios em 35 países. É líder no recrutamento de quadros
profissionais e executivos, para projectos de carácter permanente e temporário. Através de um crescimento orgânico,
tornámo-nos uma das 250 maiores empresas cotadas na Bolsa de Londres, com mais de 5.600 colaboradores a
nível global. Desenvolvemos uma abordagem especializada do recrutamento, combinando o conhecimento local
com uma visão global para encontrar o melhor enquadramento entre cliente e candidato.
2
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
ÍNDICE
Sumário Executivo.........................................................................................................4
Metedologia..................................................................................................................5
No caminho da parceria...............................................................................................14
3
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
SUMÁRIO EXECUTIVO
Com base numa amostra de 2.500 líderes de Recursos Humanos (RH) em 65 países, o Barómetro de RH da Michael
Page apresenta importantes conclusões sobre a comunidade global dos RH.
Em destaque
• Os RH estão a tornar-se uma peça-chave do entidades empregadoras serão também dois pontos
negócio e necessitam de continuar esta evolução, cruciais nesta nova guerra pelo talento.
de forma a tornarem-se parceiros estratégicos e
operacionais no mundo corporativo. Pelo menos em • Existem sinais evidentes que este é um longo
algumas regiões, a difícil tarefa de despedimento de prelúdio previsto para a Segunda Guerra pelo
colaboradores e corte nos custos, imposta pela crise Talento, na sequência de um primeiro pico na
económica, já não implica que os RH não estejam procura, alimentado pelo progresso da Tecnologia
envolvidos em novas iniciativas estratégicas. Veri- durante a década de 1990. Enquanto a Tecnologia e
ficámos também uma renovada atenção aos sectores a ela ligados estarão na linha da frente nesta
dados de RH e à medição de KPIs para melhoria de nova Guerra pelo Talento, também se espera que
desempenho. outros sectores sigam o seu caminho rapidamente.
Ao reflectirmos sobre o feedback dos líderes de RH de As respostas dos líderes de RH, de uma forma global,
todo o Mundo, constatámos que a função de RH está reflectem o amadurecimento da função de RH, que
a ser alvo de uma mudança radical. Esta deixou de ser consiste num alinhamento mais estreito com o negócio.
considerada uma posição meramente administrativa, Os RH tornam-se assim um parceiro estratégico para
tendo-se tornado numa função mais focada no recru- a atracção, contratação, desenvolvimento e retenção
tamento e no desenvolvimento de talento. de talento, à medida que as empresas dão cada vez
mais valor aos seus colaboradores.
4
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
METEDOLOGIA
O Barómetro Global de RH da Michael Page é um estudo O estudo engloba a representação de sete regiões:
único e exaustivo sobre os líderes de RH em 65 países. Europa Continental, Reino Unido e Irlanda, América do
Foi desenvolvido no início de 2015 e inclui informação Norte, América do Sul, Ásia-Pacífico, África e Médio-Ori-
sobre 2.572 organizações, desde PMEs a empresas ente. De forma a contabilizar as diferenças ao nível da
altamente valorizadas no mercado, num universo trans- performance económica de cada uma das regiões,
versal de sectores, permitindo assim a extracção de um os dados foram analisados considerando o Produto
conjunto de observações bem fundamentadas sobre a Interno Bruto (PIB).
realidade dos RH.
Regiões analisadas
Baseado em 2.572 respostas
5
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
50% 50%
Executivos de RH Gestores de RH
(Vice Presidente de RH/Responsável ( [Senior] HR Manager,
de HR/Director de RH) HR Business Partner)
Sector
21% 7% 7% 7% 7%
Sector Público/Sem
Saúde Retalho Energia Construção
fins lucrativos
6% 5% 4% 4% 3%
3% 3% 2% 2% 2%
2% 14%
6
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Dimensão da Empresa
Número de colaboradores
Género
58% 42%
Idade
Mais de
< 30 30 - 34 35 - 39 40 - 45 46 - 49 50 - 54 55 - 59 60
69% 31%
Multinacional Nacional
7
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
O Barómetro Global de RH foca-se na identificação Através da nossa análise, constatámos ainda que:
de prioridades-chave para os RH e considera o seu
novo papel estratégico. O relatório analisa a evolução • 80% dos líderes de RH tem responsabilidades
dos RH e a capacidade que as organizações têm para estratégicas significativas (ex: gestão de talento)
medir o seu desempenho. De forma crítica, analisa a
capacidade dos RH para competir na nova Guerra pelo • 60% indicou que o payroll/ administração de colabo-
Talento. radores faz parte das suas responsabilidades
Para validar a importância estratégica dos RH dentro • A maioria dos líderes de RH tem um vasto conheci-
das organizações, foi analisada a estrutura organ- mento e experiência, trabalhando na área dos RH há
izacional e a estrutura de reporte dos líderes de RH, mais de 15 anos
constatando-se que, de forma global, a maior parte dos
líderes de RH seniores reporta directamente ao mais
alto nível de direcção. 63% dos senior managers que
responderam ao estudo reporta directamente ao
CEO/CFO/Presidente/Director-Geral
8
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Gestão da
Recrutamento/
Gestão de Formação e Aquisição Gestão de mudança/ Retenção de
talento Desenvolvimento de talento desempenho projectos de colaboradores
transformação
Global 33% 33% 32% 28% 27% 26%
Europa
30% 33% 31% 27% 34% 21%
Continental
Reino Unido
36% 22% 36% 24% 39% 31%
e Irlanda
América
22% 37% 30% 42% 22% 27%
do Norte
América
25% 39% 24% 31% 21% 40%
do Sul
Ásia
40% 31% 36% 27% 20% 27%
-Pacífico
Médio
43% 20% 41% 28% 17% 37%
-Oriente
Os dados marcados a laranja ou verde estão significativamente abaixo / acima da média global.
9
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Alemanha e Índia – dois países de contrastes, três das prioridades dos RH, é necessário que estes
que partilham as mesmas prioridades de RH analisem as necessidades efectivas de formação e
desenvolvimento. No entanto, isto acontece apenas
Ao analisarmos o recrutamento, constatamos que nas empresas com mais de 5.000 colaboradores,
também no caso da Alemanha este apresenta níveis estando associado a uma mais provável monitorização
elevados. Embora as organizações alemãs não recon- de competências dos colaboradores enquanto KPI de
heçam a gestão de talento como uma das suas prin- RH.
cipais prioridades com mais frequência que os outros
países, a proporção de empresas que dá prioridade ao No relatório, de forma global, apenas 41% das organ-
recrutamento é mais elevada do que a média geral – izações que apresentam a formação e desenvolvimento
42%, ou seja, 10% acima da média – acabando esta como uma prioridade analisa de forma sistemática
por ser a prioridade mais reportada neste país. as competências dos colaboradores. Desta forma,
podemos concluir que a maioria acaba por fazer
O verdadeiro desafio parece ser a atracção de talento e suposições sobre as competências/necessidades de
não o desenvolvimento e retenção do talento existente formação dos colaboradores, com base em dados
nas empresas. empíricos.
10
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
As organizações que consideram a retenção de colab- Seria de esperar que as organizações que dão prior-
oradores como uma das três principais prioridades de idade à retenção de colaboradores considerassem
RH são mais propensas a: adaptar as suas medidas de forma a reter determinados
segmentos de colaboradores, por exemplo, adoptando
• Ter uma elevada taxa de turnover de colaboradores - medidas orientadas às mulheres. No entanto estas
76% em comparação com 64% no total organizações são significativamente menos propensas
a implementar medidas dirigidas especificamente ao
• Concentrar-se nas relações com colaboradores - género feminino: 44% das organizações que apontam a
50% comparativamente a 44% retenção de colaboradores como uma prioridade ainda
não implementou quaisquer tipo de medidas dirigidas
No entanto, estas conclusões salientam uma anomalia: especificamente às mulheres, em comparação com
enquanto a retenção de colaboradores deveria estar 37% no geral.
associada à monitorização da sua motivação e turn-
over, um quarto das organizações que apontam No entanto, uma vez que os programas e iniciativas são
a retenção como uma prioridade não monitor- dirigidos aos colaboradores no geral, as colaboradoras
izam o turnover e, embora metade das empresas dê acabam por também beneficiar destas iniciativas
prioridade à retenção de talento, as organizações não
estão equipadas para combater o turnover através da
11
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
No total, apenas 5% das organizações tem uma equipa/ Dois terços (67%) não têm de todo uma função/equipa de
função de RH cujo foco é a gestão da diversidade e RH responsável pela gestão da diversidade e inclusão.
inclusão, enquanto menos de um terço (27%) tem uma No entanto, constatou-se que existe uma correlação
função/equipa de RH cujas responsabilidades incluem entre esta realidade e a dimensão: a existência de uma
estas duas actividades, além de outras tarefas. função/equipa responsável pela diversidade e inclusão
é mais facilmente encontrada (55%) entre organizações
com mais de 5.000 colaboradores.
A aplicação de orçamento para a gestão da diversidade não têm uma função/equipa específica responsável
e inclusão não significa necessariamente que sejam pela diversidade e inclusão gasta até 5% do seu orça-
alocados recursos à tarefa: 30% das organizações que mento de RH em actividades associadas a este tema.
12
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Será que as organizações que afirmaram no inquérito com 50% dos inquiridos a nível global. Uma conclusão
que a diversidade e a inclusão fazem parte do top três possível é que talvez algumas organizações ainda não
das suas prioridades (4% dos inquiridos) abordam este tenham cumprido as suas promessas no que concerne
tema da mesma forma que as restantes? Entre esta a diversidade e inclusão.
pequena sub-amostra, uma maioria significativa tem
uma equipa/função exclusiva ou parcialmente dedicada Contudo, algumas organizações gastam uma grande
à diversidade e inclusão: 12% com responsabilidade parte do seu orçamento total de RH exclusivamente a
exclusiva, 50% acumulando outras responsabilidades. actividades de diversidade e inclusão: aquelas que dão
Por outro lado, 38% não tem nenhuma função/equipa prioridade a este tema são mais propensas a gastar mais
responsável por este tema. de 10% do seu orçamento de RH em actividades asso-
ciadas - 9% dos inquiridos em comparação com 3%.
Entre as organizações que indicam que a diversidade e
inclusão é uma prioridade, uma percentagem consid- É interessante verificar que a implementação de medidas
erável - 28% - não dedica nenhuma parte do seu orça- dedicadas especificamente às mulheres é 25% maior
mento de RH a actividades relacionadas com o tema. No entre as organizações que dão prioridade à diversidade
entanto, isto significa que 72% o faz, em comparação e inclusão: 85% em comparação com 60%.
Medidas implementadas especificamente para as colaboradoras femininas vs diversidade e inclusão como prioridade
Diversidade e inclusão Diversidade e inclusão
Total
mencionadas não mencionadas
None 39% 15% 40%
Principais conclusões
• 80% dos líderes de RH exerce responsabilidades estrategicamente importantes, como a gestão de talento
• Três prioridades encontram-se consistentemente no topo para os líderes de RH: gestão de talento e formação &
desenvolvimento em primeiro lugar (33%), com o recrutamento em segundo (32%)
• Apenas 4% dos líderes de RH está focado na diversidade e inclusão
13
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
NO CAMINHO DA PARCERIA
Desempenho e turnover: KPIs essenciais Análise sistemática não é a norma
O desempenho (72%) e o turnover (67%) dos colab- A avaliação do desempenho dos RH ainda não se
oradores são o KPI dominante no estudo, referido encontra muito desenvolvida. Uma grande percent-
por mais de dois terços das organizações. Se aten- agem dos inquiridos (64%) mede três ou menos KPIs
tarmos nos resultados individuais dos países no que de RH.
concerne a importância da avaliação de desempenho,
a Índia apresenta uma percentagem de 85,7%. Na Itália Os resultados do nosso Barómetro Global de RH
os valores decrescem para 16,5%, enquanto no Reino sugerem que os departamentos de RH a nível global
Unido & Irlanda sobem para os 91,8%. Em contraste, ainda têm dificuldade em tornar os seus esforços e
os KPIs mais sofisticados (como as competências dos conquistas transparentes. À medida que estas funções
colaboradores) são utilizados por menos de metade deixam de ter um carácter puramente administrativo,
dos inquiridos. estarem equipadas com as métricas certas iria auxil-
iá-las a legitimar o seu envolvimento na execução da
KPIs de RH avaliados estratégia do negócio.
14
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
15
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
peso, mas menos de um terço das organizações Na maioria das organizações com práticas de trabalho
tem uma política de trabalho flexível implemen- flexível, nem todos os colaboradores têm acesso a essa
tada por escrito. opção (57%). Contudo, existem desvios a esta imagem
geral em certas localizações, entre elas o Reino Unido
As práticas de trabalho flexível para todos os colabo- e Irlanda, com 60,1% das empresas a reportar que
radores, e não apenas para colaboradoras do género engloba todos os colaboradores nestas políticas. No
feminino, foram adoptadas por 66% das organizações lado oposto, na China apenas 29,7% reporta acesso
inquiridas, mas menos de metade destas empresas total.
(47%) refere ter uma política de trabalho flexível imple-
mentada por escrito. A percentagem global é de 31%. Flexibilidade a larga escala tende a estar ligada a
uma política implementada por escrito
Quase três em quatro organizações no Reino
Unido e Irlanda têm uma política de trabalho As organizações com uma política escrita de trabalho
flexível implementada por escrito flexível têm significativamente mais probabilidades de
englobar todos os colaboradores nessa política (57%
Como os seguintes dados demonstram, alguns países comparado com 31%). Contra as expectativas, as
desviam-se significativamente destas percentagens, empresas que dão prioridade a programas de equilíbrio
afirmando que têm uma política de trabalho flexível entre vida pessoal e profissional não têm uma probab-
implementada por escrito: ilidade significativamente mais elevada de incluir todos
os colaboradores.
• Reino Unido e Irlanda – 72,7%
Cerca de 80% dos colaboradores operários ou admin-
• Luxemburgo – 53,7% istrativos não tem acesso a práticas de trabalho flexível,
independentemente do tipo de contrato. Contudo, os
• Alemanha – 50,8% profissionais dos quadros da empresa e os managers
são mais frequentemente incluídos neste tipo de prática
• Austrália – 46.5% que os colaboradores com contrato a termo-certo ou
temporário.
A percentagem mais elevada de empresas que
oferecem a possibilidade de trabalho flexível no Reino Nas maiores organizações, a dimensão das
Unido pode ser explicada pela legislação, uma vez que equipas de RH determina se o trabalho flexível é
todos os colaboradores desta região têm o direito legal formalizado
de requerer trabalho flexível – e não apenas os pais e
prestadores de cuidados.. As equipas de RH de maior dimensão estão associadas
a uma maior probabilidade de ter uma política escrita
34% 31%
Não, não Sim, temos uma
adoptámos política escrita de
políticas de trabalho flexível
trabalho flexível
35%
Sim, mas não temos uma política
escrita de trabalho flexível
16
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
de trabalho flexível, mas apenas entre as maiores Organizações que disponibilizam a opção de
empresas, com mais de 1.000 colaboradores. Entre as trabalho flexível para todos os colaboradores
organizações com 1.000 trabalhadores ou menos, ter (a nível global e nas regiões)
os recursos de RH parece ser irrelevante para a imple-
mentação de uma política escrita de trabalho flexível. Total 43%
Europa Continental 48%
É de notar que 30% dos inquiridos afirma ter uma
política escrita de trabalho flexível, independente- Reino Unido e Irlanda 60%
mente da dimensão da empresa. Mas tendo em conta
América do Norte 21%
que as práticas de trabalho flexível podem assumid-
amente gerar mais trabalho administrativo (monitor- América Latina 37%
ização das horas de trabalho e de diferentes esquemas Ásia- Pacífico 41%
de pagamento), a escala da sua aplicação pode apre-
sentar diferentes variações consoante a dimensão da África 20%
organização. Médio Oriente 28%
Does being in the spotlight make a difference? Os dados marcados a laranja ou verde estão
significativamente abaixo/acima da média global.
Principais conclusões:
• O desempenho dos colaboradores é o KPI de RH mais analisado a nível global (72%), seguido pelo turnover de
colaboradores (67%)
• A dimensão das equipas de RH influencia directamente o nível de medição de KPIs avançados
• A medida aplicada a colaboradoras do género feminino mais popular é o trabalho flexível (39%)
17
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Podem os RH satisfazer a procura das empresas menos de 32% das empresas que não prevê mudanças
por talento? no número de colaboradores, ou que espera até uma
redução, deverá gastar uma proporção semelhante.
Metade das organizações que responderam ao estudo
espera aumentar o seu headcount nos próximos 12 Nas organizações com menos de 1.000 colaboradores,
meses. Esta conclusão sugere que o recrutamento irá esta diferença é igualmente sentida, mas os números
torna-se uma preocupação ainda mais premente dos são inferiores: enquanto 24% das organizações que
RH quando a economia global voltar a recuperar. A Índia esperam manter ou reduzir o seu headcount dedica
(66%) e o Reino Unido e Irlanda (60%) apresentam, em mais de 10% do seu orçamento de RH ao recrutamento,
particular, grandes pressões ao nível do recrutamento. a percentagem sobe para 34% entre as empresas que
esperam que o seu headcount cresça.
E qual é a realidade da outra metade, que não espera
aumentar o headcount? A maioria (32% de todos os De um modo geral, as organizações de grande dimensão
inquiridos) espera que o headcount se mantenha estável parecem estar mais dispostas a dedicar mais de 10% do
e apenas 19% conta assistir a uma redução. Podemos seu orçamento de RH ao recrutamento (36%), quando
concluir que as perspectivas para o emprego global, comparadas com as empresas de menor dimensão
baseadas na informação recolhida junto de líderes de (28%) – independentemente de esperarem aumentar,
RH de todo o mundo, são optimistas. manter ou reduzir o seu headcount.
18
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
mais de 10% do seu orçamento de RH em recruta- explicado pelas movimentações dos colaboradores,
mento, contra 31% de todos os sectores em geral. pois aqueles que conseguiram manter o seu emprego
sentem agora confiança para testar o seu valor e mudar
Estas conclusões são uma prova clara de que o recru- de projecto, num mercado em crescimento.
tamento é uma questão particularmente importante na
área das Tecnologias. Como consequência, um largo Estabilidade nas equipas de RH, à medida que o
número de empresas de Tecnologia coloca o recruta- headcount global cresce
mento de talento entre as suas três principais priori-
dades de RH. Em contraste com as esperadas mudanças na
dimensão do headcount, a maioria das organizações
O crescimento e evolução exponenciais nas Tecn- (70%) não espera alterar o número de colaboradores de
ologias, que resultam num ambiente extremamente RH nos próximos 12 meses. 18% espera um aumento e
competitivo, colocam este sector na linha da frente de 12% espera um decréscimo.
uma guerra pelo talento, que deverá espalhar-se por
outros sectores. Estas conclusões levantam a questão: estão os RH
preparados para lidar com um crescimento do
Actividade de recrutamento pronunciada no headcount sem que haja crescimento das equipas
Reino Unido e Irlanda de RH? Podem os RH aumentar a sua eficiência? Ou
verifica-se o contrário: pode um decrescente rácio de
Considerando o largo número de organizações (69%) RH/colaboradores colocar a qualidade e profissional-
no Reino Unido e Irlanda que esperam um crescimento ização dos serviços de RH em perigo? Podem menos
no headcount, é compreensível que 54% dos inquiridos colaboradores de RH, em termos relativos, manter o
desta região, comparado com 31% dos inquiridos mesmo nível de serviço? Apenas o tempo o dirá.
totais, indique gastar mais de 10% do seu orçamento
de RH em recrutamento. Esta percentagem é significa- Employer branding como uma forma de facilitar
tivamente mais elevada que nos outros países, com o recrutamento
excepção do Luxemburgo que apresenta uma percent-
agem comparável, de 52%. Para além de alocarem uma crescente percentagem
do orçamento total de RH ao recrutamento, as organ-
Este foco no recrutamento pode eventualmente ser izações devem também preparar-se para um esperado
explicado por laços empregador-colaborador tradi- crescimento de iniciativas de employer branding. Estas
cionalmente mais fracos e, consequentemente, por enfatizam as características únicas das organizações,
taxas de turnover mais elevadas. Contudo, esta expli- diferenciando-as dos seus concorrentes no mercado
cação não teria em consideração o crescimento dos de trabalho.
orçamentos de recrutamento no Reino Unido e Irlanda
em comparação com o ano anterior (42% vs. 27%), o Quase metade das empresas inquiridas indica que
que indica que esta é uma tendência recente. o departamento de Marketing é responsável pelo
employer branding, seja actuando sozinho ou conjun-
Este crescimento da actividade de recrutamento nesta tamente com os RH. Contudo, quando se trata de
região pode estar ligado ao crescimento económico e à recrutamento, os RH são o principal responsável pelo
necessidade de contratar para funções que não foram employer branding, isoladamente ou em conjunto com
recrutadas durante a recessão. Pode também ser o Marketing (69%).
19
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Por outro lado, existem indicadores de investimento Departamentos responsáveis pelo employer branding
extra em actividades de recrutamento e employer
branding. A proporção de organizações que indicam Departamento de RH
não gastar nada ou menos de 5% do seu orçamento 69%
de RH em recrutamento é significativamente maior
entre as empresas que não têm ninguém responsável Marketing department
pelo employer branding do que nas organizações que 46%
têm pelo menos um colaborador responsável por esta
função. Departamento de Marketing
4%
De um modo geral, observamos que mais de 73%
das organizações tem pelo menos um colaborador Nenhum/todos
responsável pelo employer branding, possivelmente 3%
a par com outras responsabilidades. Por outro lado,
apenas 17% indicou não ter ninguém responsável por Outro
esta função, sendo que 10% nos inquiridos não sabe 8%
quantos colaboradores são responsáveis pelo employer
branding. Sem surpresa, observamos uma tendência
para as empresas de grande dimensão terem mais
colaboradores responsáveis pelo employer branding.
Principais conclusões
• A Tecnologia é um campo de batalha para o recrutamento, com 39% das empresas a planear expandir o seu head-
count (26% em todas as indústrias)
• O Reino Unido e Irlanda serão pontos fortes para o recrutamento: 60% dos inquiridos desta região prevê um cresci-
mento da força do headcount
• Os níveis de recrutamento de colaboradores de RH deverão permanecer estáveis em 70% das organizações; 12%
prevê até um decrescimento
20
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
21
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
Bibliography
Backhaus, K., & Tikoo, S. (2004). Conceptualizing and researching employer branding. Career Development International, 9(4/5),
501-17.
Bailyn, L., Rayman, P., Bengtsen, D., Carre, F., and Tierney, M. (2001). Fleet Financial and Radcliffe Paths of Work/Life Integration.
Journal of Organizational Excellence, 20(3), 49-64.
Becker, B. E., Huselid, M. A., & Ulrich, D. (2001). The HR scorecard: Linking people, strategy, and performance. Harvard
Business Press.
Burgess, S., & Ratto, M. (2003). The role of incentives in the public sector: Issues and evidence. Oxford review of economic policy,
19(2), 285-300.
Dale-Olsen, H. (2006). Wages, fringe benefits and worker turnover. Labour economics, 13(1), 87-105.
Even, W. E., & Macpherson, D. A. (1996). Employer size and labour turnover: the role of pensions. Industrial & Labour Relations Review,
49(4), 707-728.
Gilsdorf, J. W. (1998). Organizational Rules on Communicating: How Employees Are - and Are Not - Learning the Ropes. The Journal of
Business Communication, 35(2), 173-201.
Griffeth, R. W., Hom, P. W., & Gaertner, S. (2000). A meta-analysis of antecedents and correlates of employee turnover: Update,
moderator tests, and research implications for the next millennium. Journal of Management, 26(3), 463-488.
Huselid, M. A., Becker, B. E. & Beatty, R. (2005). The workforce scorecard. Boston: Harvard
Hyman, J., and Summers, J. (2004). Lacking Balance? Work–life Employment Practices in the Modern Economy. Personnel Review,
33(4), 418–429.
Iveta, G. (2012). Human Resources Key Performance Indicators. Journal of Competitiveness, 4(1), pp. 117–128.
Judge, T. A., Thoresen, C. J., Bono, J. E., Patton, G. K. (2001). The job satisfaction–job performance relationship: A qualitative and
quantitative review. Psychological Bulletin, 127(3), 376-407.
Kabst, R., & Giardini, A. (2009). Die deutsche Cranet-Erhebung 2005: Empirische Befunde und Ergebnisbericht, in R. Kabst, A.
Giardini, & M. C. Wehner, International komparatives Personalmanagement. Evidenz, Methodik, & Klassiker des „Cranfield Projects on
International Human Resource Management“. München/Mering: Rainer Hampp Verlag.
Kelliher, C., & Anderson, D. (2010). Doing more with less? Flexible working practices and the intensification of work. Human Relations,
63(1), 83-106.
Martin, G., Beaumont, P. B., Doig, R. M., & Pate, J. M. (2005). Branding: a new performance discourse for HR? European Management
Journal, 23, 76-88.
Rau, B.L., and Hyland, M.A. (2002). Role Conflict and Flexible Work Arrangements: The Effects on Attraction. Personnel Psychology,
55, 111-136.
Reuters’ IMF/G20 team (2015, April 17). HIGHLIGHTS – IMF, World Bank 2015 spring meetings in Washington on Friday. Reuters.
Retrieved from http://www.reuters.com/article/2015/04/17/imf-g20-highlights-friday-idUSL2N0XE0OI20150417 on May 13, 2015.
Riketta, M. (2002). Attitudinal organizational commitment and job performance: a meta-analysis. Journal of Organizational Behavior,
23(3), 257-266.
Roehling, P. V., Roehling, M. V., & Moen, P. (2001). The relationship between work-life policies and practices and employment loyalty: A
life course perspective. Journal of Family and Economic Issues, 22, 141–70.
Schaufeli, W. B., & Bakker, A. B. (2004). Job demands, job resources, and their relationship with burnout and engagement: A multi‐
sample study. Journal of Organizational Behavior, 25(3), 293-315.
Sindzingre, A. (2006). The Relevance of the Concepts of Formality and Informality: A Theoretical Appraisal. In B. Guha-Khasnobis, R.
Kanbur & E. Ostrom (Eds.), Linking the Formal and Informal Economy: Concepts and Policies. Oxford: Oxford University Press.
Tootell, B., Blackler, M., Toulson, P., & Dewe, P. (2009). Metrics: HRM’s Holy Grail? A New Zealand Case Study. Human Resource
Management Journal, 19(4), 375–392.
World Bank (2015, January). Global Economic Prospects – Having Fiscal Space and Using It. Chapter 2 – Regional Outlooks: Middle
East and North Africa, pp. 81-87. Retrieved from http://www.worldbank.org/en/publication/global-economic-prospects on May
13, 2015.
22
Perspectivas Globais
BARÓMETRO DE RH
PUBLISHER
© PageGroup | September 2015 | www.page.com
DISCLAIMER
The information provided in this publication has been carefully researched and compiled. Nevertheless, the authors and publishers
take no responsibility for the correctness and completeness of the publication. Like any printed material, it may be superseded. All
rights are reserved, including those pertaining to photo-mechanical reproduction and storage in electronic media.
23