RESENHA CRÍTICA

DADOS GERAIS
Disciplina Organização Industrial
Professor Liliane Dias
Aluno(s): Lucas Antônio Ferreira da Silva
TEXTO (REFERÊNCIA)
“As transformações no processo de trabalho”, de Achyles Costa e Beatriz Costa

SÍNTESE DO TEXTO
O texto lido apresenta a evolução do processo de trabalho e seus efeitos históricos em
relação ao capitalismo. Essa evolução é distribuída em quatro tópicos: cooperação;
manufatura; maquinaria e grande indústria; taylorismo. Com isso, são destacados três
fatores importantes que compõe o processo produtivo: a força de trabalho, a matéria-prima
e os instrumentos de transformação (ferramentas e máquinas).
Até o século XVI, a produção artesanal predominava na Europa, onde o trabalho era
feito de forma manual com o auxílio de ferramentas. Logo, um indivíduo produzia uma peça
do início ao fim e isso acarretava numa produção limitada.
Na cooperação o proprietário de capital reúne um grupo de trabalhadores (artesãos) em
um mesmo local para produzirem a mesma espécie de bens para o mercado.
Consequentemente, a quantidade de mercadorias produzida aumenta e o artesão passa a
ser assalariado. Já no período manufatureiro se inicia a hierarquização da força de trabalho
pela divisão dos trabalhadores em qualificados e não qualificados. Logo, é criada uma
escala de salário que varia de acordo com a qualificação do trabalhador. Além disso, temos
a simplificação das tarefas, que reduz os custos com a aprendizagem.
Após o período manufatureiro, entramos no período da maquinaria e grande indústria.
Onde o trabalhador serve a máquina, ou seja, a divisão de trabalho na fábrica é feita por
operários (qualificados) que trabalha com máquinas especializadas e os simples ajudantes
(não qualificados) que fornecem o material de trabalho às máquinas. Essa introdução da
maquinaria tem como consequência o aumento da produtividade.
Além disso, temos o taylorismo e o fordismo. Em fins do século XIX, Taylor desenvolveu
um estudo sobre a administração da tarefa, de forma que ele queria assegurar a economia
no desempenho de tarefas específicas. Ou seja, ele não queria que o operário fosse mais o
controlador do tempo de execução das atividades. Com isso, temos à fragmentação das
tarefas e sua padronização, sendo aplicável a pequenos e médios volumes de produção.
Posteriormente a isso, Henry Ford aperfeiçoou o essencial do taylorismo e fixou o
trabalhador ao seu posto de trabalho, com a criação da linha de montagem e a introdução
da esteira transportadora, visto que o objeto de trabalho chegava até o operário sem que
fosse preciso o seu deslocamento. Importante ressaltar que o fordismo se aplica a produção
em grandes volumes.
Com o passar dos anos surgiu novas tecnologias e novas formas de melhorar o processo
de trabalho. A partir disso, surgiu o sistema just in time, que é um conjunto de inovações
organizacionais que a Toyota desenvolveu. De forma que esse sistema busca evitar o
desperdício e o trabalhador deixar ser extremamente especializado e passa a ser um
trabalhador que executa diferentes tarefas.
ANÁLISE CRÍTICA
Baseado no que foi apresentado nesse artigo, fica claro que o surgimento dessas fases
que compõem a evolução dos modelos produtivos se dá pelo aumento da demanda dos
produtos ao longo do tempo e pela necessidade de fazer o capitalismo continuar
funcionando. Além disso, o surgimento dessas fases se dá pela necessidade do aumento
da produtividade, a decomposição do trabalho manual completo feito pelos artesãos em
operações parciais, o surgimento das máquinas, a atribuição de um tempo para execução
do trabalho e a produção em massa.
Portanto, o processo de trabalho tem a necessidade de ir se adaptando ao longo do
tempo para ir evoluindo e suprindo as necessidades da população. Todavia, vale ressaltar
que essa evolução trouxe alguns danos para a sociedade, como destruição do meio
ambiente, concentração de renda e a desvalorização dos trabalhadores, de forma que a
simplificação das funções reduziu o seu aprendizado, que antes conhecia todo o processo
de construção de determinado produto, agora fica conhecendo apenas uma parte desse
processo.