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governo do estado de são

paulo Maquiador
2
Qualificação
Programa

Profissional Arco Ocupacional


de
imagem e beleza Maquiador

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Geraldo Alckmin

Governador

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,


CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Rodrigo Garcia

Secretário

Nelson Baeta Neves Filho

Secretário-Adjunto

Maria Cristina Lopes Victorino

Chefe de Gabinete

Ernesto Masselani Neto

Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e


Profissionalizante

FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA Presidente Sanchez Fundação Padre Anchieta


João Sayad Vice-Presidentes Ronaldo Bianchi Monica Gardelli Franco Fundação do
Fernando Vieira de Mello Diretoria de Projetos Desenvolvimento Administrativo – Fundap
Educacionais Diretor Fernando José de Almeida José Lucas Cordeiro
Gerentes Monica Gardelli Franco Júlio Moreno
Apoio Técnico à Coordenação Fundação do
Coordenação técnica Maria Helena Soares de
Desenvolvimento Administrativo – Fundap Fernando
Souza Equipe Editorial Gerência editorial Rogério
Moraes Fonseca Jr., Laís Schalch, Maria Helena
Eduardo Alves Produção editorial Janaina
de Castro Lima, Selma Venco
Chervezan da Costa Cardoso Edição de texto
Fernanda Bottallo Marcelo Alencar Preparação Apoio à Produção Fundação do Desenvolvimento
Luciana Soares Revisão Beatriz Chaves Helô Administrativo – Fundap Ana Paula Alves de Lavos,
Beraldo Karlo Gabriel Identidade visual João Bianca Briguglio, Emily Hozokawa Dias, Isabel da
Baptista da Costa Aguiar Arte e diagramação Costa Manso Nabuco de Araújo, José Lucas
Fernando Makita Pesquisa iconográfica Elisa Cordeiro, Karina Satomi, Laís Schalch, Maria
Rojas Monica Souza Ilustrações Osnei Tom B Helena de Castro Lima, Selma Venco
Consultoria Titta Aguiar CETTPro/SDECT Cibele Rodrigues Silva, João
Coordenação do Projeto Batista de Arruda Mota Jr.
CETTPro/SDECT Juan Carlos Dans
Textos de Referência Maria Helena de
Castro Lima Selma Venco

Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:

Bardot Hair Body Soul, Grupo Satyros, Kelly Alves, Lay Out, Leo’s Cabeleireiros, Luciano
Dias Rodrigues, Neci Diniz & Cabeleireiros, RedDoor Salon & SPA, Renato Rodriguez,
Robson Trindade, Rosângela Bittencourt, Star Play Buffet, Studio B. Cabeleireiros, Tânia
Trindade e Tide Martins
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONôMICO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA

Caro(a) Trabalhador(a)

Estamos felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida
Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem busca uma
oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.

Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.

Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou quem sabe
exercer novas profissões com salários mais atraentes.

Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.

O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e


Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis- sional.

Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o
aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos
formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade.

Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de
qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda
maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e


Tecnologia

Caro(a) Trabalhador(a)

Aqui começa nosso caminho para um novo aprendizado. Um aprendizado comple- to. Por
quê?

Será que, no mundo de hoje, é suficiente apenas conhecermos as técnicas para, então, fazer
uma boa maquiagem?

Certamente, não. Descobrir como podemos melhorar nossa busca por um novo emprego,
como obter o orçamento de uma maquiagem para uma noiva, como redi- gir um cartaz para
divulgar o que sabemos fazer, entre outros, são conhecimentos essenciais para que possamos
nos tornar bons profissionais, E, para isso, é necessário saber muito mais do que a técnica.

O ponto de vista do Via Rápida Emprego é o de que o profissional, para iniciar sua carreira
ou aperfeiçoar aquilo que já sabe, deve não só conhecer as técnicas de ma- quiagem, mas,
também, precisa adquirir outros conhecimentos para uma participa- ção cidadã na sociedade.
Isso lhe proporcionará maiores chances na obtenção do emprego ou no desenvolvimento de
uma atividade por conta própria como profis- sional autônomo.

Neste nosso trabalho, vamos conhecer as várias facetas do profissional da maquiagem.


Responderemos algumas perguntas, como: onde ele atua? O que precisa conhecer para
desempenhar melhor seu trabalho?

Vamos, também, enfrentar o desafio de descobrir a matemática no corpo humano e por que
ela é importante na maquiagem.

Como você verá, nosso curso será cheio de novidades para que sua formação seja a mais
completa possível.

Vamos às aulas!

Sumário
Unidade 7 9 maquiagem combina com cidadania

Unidade 8 23 o encontro da história com a maquiagem

Unidade 9 83 maquiagens especiais

Unidade 10 103 ingresso no mercado de trabalho

Unidade 11 111 revendo meus conhecimentos

Unidade 12 115 resumo das principais etapas de maquiagem

dados internacionais de catalogação na publicação (cip) (bibliotecária silvia marques


7377
crb 8/ )

P964Programa de qualificação profissional: Imagem e beleza / maquiador. -. -- São


Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. v.2, il. (série: Arco Ocupacional)

Vários autores Programa de qualificação profissional da Secretaria do Emprego


e Relações do Trabalho - SERT

ISBN 978-85-61143-89-3

1. Ensino profissionalizante 2. Maquiagem I. Título II. Série

CDD 371.30281

unidade 7

Maquiagem Combina
Com Cidadania

A compreensão de cidadania foi trabalhada no tema “Cidadania,


igualdade e inclusão” do Caderno do Trabalhador 2 – Conteú- dos Gerais.
Lá foi visto que a cidadania é uma construção cons- tante de conquista de
direitos.

Por esse motivo, podemos dizer que cidadania combina com quase tudo.
Só não combina com preconceito, desigualdade, discriminação,
desrespeito aos direitos.
Para tocarmos nesse assunto, vamos, em primeiro lugar, pensar como o
mundo é organizado: existem um espaço público e um espaço privado.
Acontece que nem sempre paramos para exami- nar a fundo essa divisão.

Como podemos entendê-la? Na Grécia antiga, por exemplo, havia uma


clara separação entre homens e mulheres e, também, entre as classes. As
mulheres não podiam participar do mundo

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 9


10 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
público, pois apenas os homens livres, com mais de 20 anos e que não praticassem
atividades braçais, podiam participar da vida política. A eles era dado o direito de tomar
decisões políticas.

As mulheres e os escravos ficavam com a responsabilidade das atividades domésticas, o


chamado “mundo privado”.

Tinha, então, uma divisão bastante clara de gêneros (homens e mulheres) e de classes
(homens livres e escravos).

O espaço público era marcado pelo exercício da política, e a vida privada, pela manu- tenção
da vida, composta pelas famílias, aqui compreendidas como o centro das de- sigualdades.
Estamos falando da Grécia antiga, ou seja, de 2000 antes de Cristo (a.C.).

Grécia antiga: divisão clara de gêneros (homens e mulheres) e classes (pessoas livres e escravos)

Podemos parar e pensar: desde o início foi negado às mulheres o direito de partici- pação na
vida pública, portanto, o direito de serem cidadãs. Estava, dessa forma, instalada a diferença!

Os homens (ou parte deles) eram considerados seres livres e capazes de participar da vida
política das cidades.

Estamos diante de um impasse: as mulheres, com a responsabilidade de cuidar da casa, de


todos os afazeres, das crianças e dos idosos, permitiam que os homens ti- vessem tempo para
participar da vida política da cidade. Por outro lado, elas eram impedidas de ter outras
atividades que não as da casa por falta de tempo.
E no Egito, era diferente?
No antigo Egito, o faraó era a pessoa mais importante, e sua vontade precisava ser sempre
respeitada.

O Egito é famoso por suas pirâmides, mas vamos ver também como era formada a “pirâmide
social”, isto é, como era dividida a sociedade naquela época.

O faraó era a autoridade máxima do país e abaixo dele vinham os nobres e os altos fun-
cionários. Repare no formato da pirâmide: ela é maior na parte de baixo. Essa base repre-
senta quem estava em maior número naquele país: os escravos, os camponeses e os artesãos.
Os escravos eram obrigados a realizar serviços forçados, construir as pirâmides, carregar as
pedras. Eles também realizavam o trabalho agrícola de produção de alimentos e da
plantação, e cuidavam do gado.

Perceba que a base da sociedade era composta pela maioria da população: escravos, segui-
da de camponeses e artesãos, que possuíam pouco ou nenhum direito. Aqueles que tinham
algum conhecimento ou poder econômico estavam mais acima na pirâmide social.

Pirâmide social do antigo Egito: escravos na base, faraó no topo


As mulheres não aparecem nessa pirâmide, apesar de os egípcios terem sido comandados por
várias rainhas, como Cleópatra, que foi apresentada na Unidade 1.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 11

Apenas em 1897, na Inglaterra, as mulheres começam a se organizar a fim de conquistarem


o direito ao voto. No Brasil o voto feminino foi regulamentado somente em 1934.

Os direitos humanos

Em 1948, foi assinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e adotada pelo Brasil a
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela contém os direitos fun- damentais dos
seres humanos. Conheça alguns artigos desse documento.

Artigo 1o

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Artigo 2o

Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição.

Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.

12 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Democracia ao alcance de todos: no Brasil, as mulheres só conquistaram o direito de votar em 1934

Artigo 3o

Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4o

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escra- vos


serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5o

Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou


degradante.

Artigo 6o

Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a
lei.

Artigo 7o

Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 13
14 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Você sabia? direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opi- niões e de
A Constituição Federal
procurar,
do Brasil,
receber e transmitir informações e ideias por quaisquer
meios
promulgada em 1988, é conhecida e independentemente
como a de fronteiras.
Constituição Cidadã e se baseou em parte
na Decla- ração Universal dos Direi- tos
Humanos para ser es- crita. Para saber
mais, leia o texto constitucional no site
www.presidencia.gov. br. Você§ perceberá
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação
que boa parte do que está previsto na
Declaração pode ser encontrado na nossa
Cons- tituição, em especial dos artigos 1o
§ 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
ao 5o.
[...]

§ 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no gover- no de seu


soa tem direito à liberdade de opiniãopaís, diretamente
e expressão; esteou por intermédio de repre- sentantes livremente

Artigo 19o

§ 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público de


seu país.

§ 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta


vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por
sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que
assegure a liberdade de voto.

Atividade 1 DebaTendo os direiTos humanos

Divididos em grupos de no máximo cinco pessoas, vamos ao trabalho.

1. Leiam atentamente cada artigo e procurem no dicionário as palavras que vocês


não conheçam.

2. Como esses direitos ocorrem no dia a dia das pessoas que habitam o seu bairro?

3. Discutam com seus colegas como vocês aplicariam esses artigos à sua nova pro-
fissão de maquiador.

4. Agora que vocês discutiram os artigos, pensem em uma forma criativa para apre- sentá-los
à classe. Pode ser um teatro, um jogral, um espetáculo de mímicas, um cartaz. Soltem a
imaginação e transmitam a compreensão do grupo para a turma.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 15

O preconceito também
Preconceito no mercadopode existir de uma forma que quase não
de trabalho
percebemos. Por exemplo, quando emprega- dores: não contratam
Vamos, em
pessoas primeiro
obesas para lugar, lembrar
trabalhar o quede
em lojas é omoda;
preconceito.
não promovem
uma mulher a um cargo de chefia; pagam salários mais baixos a
eparou que algumas palavras têm seu significado alterado
negros e mulheres.
olocando-se uma pequena sílaba (prefi- xo) em seu início?
Você sabia?
IMP
As mulheres recebem sa- lários 28%
pré- indica algo que vem antes (usamos para cheque pré- menores que os homens para exercer a
mesma função com o mesmo grau de
or exemplo). Conceito é a compre- ensão que temos de escolari- dade. E esse percentual é ainda
oisa. maior se a mulher for negra.

Preconceito, portanto, é quando há o julgamento de algo ou de


alguém antes de conhecê-los ou compreendê-los; de forma
discriminatória, intolerante e generalizada. O preconceito pode, então, ma
Procure sempre no dicionário as palavras cujo precisamos ficar atentos a isso
significado você desconhece.

Diferenciar salários, dar uma promoção no trabalho por causa do


sexo, da cor ou mesmo do porte físico, são ma- nifestações de
preconceito, formas de discriminação.
IMP

Se perguntarmos
Muito a uma pessoa
já se avançou se ela tem
na conquista de preconceitos – de
direitos para oscor, de
seres
orientação
humanos; massexual, por alguém
há muito ainda ser homem
a ser feito ou
paramulher, rico oua
alcançarmos
pobre, gordo
igualdade ouas
entre magro –, provavelmen-
pessoas no mundo. te vamos ouvir que não.
Em 1989, foi promulgada no Brasil a Lei 7.716, que
m sempre isso é verdade. O preconceito pode surgir de define crimes de preconceito de raça ou de cor,
punindo-os com prisão. No estado de São Paulo há
o muito agressiva. É comum, por exemplo, al- guém fazer uma norma que combate a discriminação contra os
homossexuais. Trata-se da Lei 10.948/2001. A pessoa
bre homossexuais e muitos rirem delas. que se sentir vítima de discriminação pode apresentar
queixa na Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania.
Informe-se a respeito.

16 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Em grupos de quatro pessoas debata o tema e responda:
Atividade 2 De olho no preConCeiTo
a) Como o grupo compreendeu o sentido de preconceito?
b) Vocês já se sentiram discriminados em algumaeconômicas,
situação? etárias, físicas, raciais etc.

c) Como podemos efetivamente contribuir para oPrecisamos


com- estar atentos para, na nossa vida, sempre bus-
bate ao preconceito? todas as pessoas com igualdade e dar valor ao que cada u
tem a oferecer.
d) Algumas pessoas costumam ser discriminadas pela aparência,
pela maneira como se vestem e se pintam ou pelos acessórios que
usam (como piercings etc.). Vocês conhecemAalguma pinturasituação
corporal indígena
como essa?
Como vimos no tema “Repassando a história” do Ca-
Organizem as ideias e as apresentem à turma. Trabalhador 5 – Conteúdos Gerais, ao chegar ao B
portugueses depararam-se com os índios que já viviam a
A história e a construção do preconceito possuíam uma cultura, um jeito de ser e de viver bem dif
cultura do euro- peu. Eles também possuíam uma
Um assunto bastante atual relacionado aos direitos hu- manos
diferente de é a
inclusão social. Trata-se de um tema cujo objetivo é reduzirDICA o
preconceito e, quem sabe, acabar com a discriminação, dando
Leia mais a respeito da inclusão social no tema
oportunidades iguais a todas as pessoas, especialmente àquelas que igualdade e inclusão” do Caderno do
“Cidadania,
Trabalhador 2 – Conteúdos Gerais.
são excluídas por cau- sa de diferenças sociais, geográficas,

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 17

se vestir e de se enfeitar. Imaginem qual deve ter sido a reação dos portugueses vendo um
índio com o corpo pintado.
18 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Índios com o corpo pintado: jeito de ser e de viver bem diferente da cultura dos povos europeus

A pintura corporal indígena possui uma mensagem, além de ser uma proteção contra o sol e
os insetos. Ela pode ser usada em cerimônias religiosas, em rituais de guerra, para indicar a
posição da pessoa dentro de uma família etc.

Os desenhos eram tão admirados pelos europeus que foram passados para o papel, até
mesmo como obras de arte.

As tintas usadas pelos índios eram de origem vegetal: o vermelho era retirado do urucum
(1); o preto, extraído do suco do jenipapo (2); o amarelo, do açafrão (3).

123
Cada tribo usa traçados e símbolos diferentes.

Um bom exemplo de pintura corporal é a dos kalapalos, povo que vive no Parque do Xingu,
no Mato Grosso. Pacíficos e cordiais, dedicam-se à pesca e à agricultura e costumam fazer
decorações especiais no corpo e no rosto tanto para rituais como simplesmente para ficarem
mais bonitos.

Um dos eventos mais conhecidos do kalapalos é a luta huka-huka, em que o objeti- vo é


fazer o adversário cair de costas. Ela acontece no último dia do Kuarup, ritual em memória
dos mortos, e, apesar de ser uma disputa, tem como finalidade a confraternização entre os
membros da tribo.
Mato Grosso (em destaque no mapa acima): terra dos pacíficos e cordiais kalapalos, do Parque do Xingu

Atividade 3 PinTura Corporal indígena

1. Em duplas e na sala de informática, pesquisem sobre a pintura corporal indígena. Vocês


podem procurar, em um site de busca, informações sobre diferentes tribos, como bororos,
bakairis e guajajaras, entre outras. Escolham uma das tribos para aprofundar sua pesquisa.

2. Pesquisem qual o sentido da pintura corporal para a tribo que escolheram.

a) O que ela quer (ou queria) transmitir?

b) Temos hoje algo parecido com a pintura corporal indígena?

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 19


20 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
IMP 4. O grupo agora se transforma em uma cooperativa de tatuadores!
Criem tatuagens inspiradas na pesquisa rea- lizada sobre a pintura
Para realizar uma tatuagem são necessários
indígena.
conhecimentos, técnicas e equipamentos específicos Desenhem as tatuagens à mão livre e pronto.
que vão além da profissão de maquiador, até porque
essa prática pode colocar em risco a saúde do cliente. A
5. Vocês acabaram de criar o primeiro mostruário de tatuagens da
maquiagem pode ser um primeiro passo para uma outra
profissão que ainda não é reconhecida, mas muito
cooperativa e ele merece ser exibido para que todos possam
procurada comercialmente: a de tatuador.

3. Vamos fazer
apreciá-lo. Façamum umexercício
cartazpara
comaperfeiçoar
os váriosnossos de- senhos,
desenhos e seus
pois ter acompanhados
detalhes bons traços é de umpequenos
conhecimento
textos im- portante sobre
explicativos para oo
maquiador.
significado para a tribo estudada.
Maquiagem: ferramenta para alterações da pele
Como profissional de beleza, você deverá estar preparado para lidar com os mais variados
clientes. Inclusive alguns que apresentam doenças que afetam diretamente a aparência. A
maquiagem pode ser uma importante aliada na redução dos efeitos desses problemas.

Você já ouviu falar de vitiligo?

Vitiligo é uma doença da pele, não contagiosa (não é transmitida de uma pessoa a outra). Ela
se apresenta em forma de manchas esbranquiçadas por todo o corpo.
Manchas provocadas pelo vitiligo: a doença não é contagiosa e a maquiagem pode disfarçar o problema

Algumas pessoas, por não terem as devidas informações e considerarem o vitiligo


contagioso, evitam e discriminam quem sofre desse mal.

O profissional não precisa ficar com receio de maquiar uma pessoa que apresenta essas
manchas na pele. Muito pelo contrário, ele pode ajudar a melhorar o aspecto do cliente,
disfarçando esse problema. Vamos ver como fazer uma maquiagem em uma pessoa com
vitiligo.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 21

Como maquiar 13

1. Em primeiro lugar, certifique-se de que o seu cliente tem mesmo vitiligo. Depois, como
deve ocorrer em qualquer maquiagem, com uma loção tônica suave, reali- ze a limpeza da
pele.

2. Com um pincel, aplique um corretivo no tom da pele do seu cliente nos locais
das manchas.

3. Passe uma base cremosa ou em pó, da cor da pele, aplicando-a suavemente com uma
esponja em todo rosto, pescoço e colo, não se esquecendo das têmporas e da ponta do nariz.

4. Aplique a maquiagem nos olhos, bochechas e boca. Por fim, você poderá passar com um
pincel largo e macio um pouco de pó por todo o rosto para dar acaba- mento e fixar a
maquiagem.

Para saber mais sobre o vitiligo, pesquise na internet com a ajuda de seu monitor.
22 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2

unidade 8

O enConTro da hisTória
Com a maquiagem

Você já parou para pensar sobre o modo como o conhecimento do


passado ajuda a entender o presente? De que forma fazemos parte da
história? Como ela afeta nossa vida?

E a moda, acompanha o movimento da história? Será que o momento


histórico influencia a moda e a maquiagem?

Nesta unidade, vamos fazer uma retrospectiva histórica incluin- do as


tendências da moda e da maquiagem em alguns períodos.

Anos 1910
Cena da Primeira Guerra Mundial: após o conflito, a indústria têxtil experimentou um grande crescimento

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 23

A chamada “indústria da moda” nem sempre foi como a conhecemos hoje.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, ocorreu um fato que mudou para sempre esse
cenário.

Era uma época em que os países precisavam recuperar suas economias, superar os efeitos
dessa guerra, que durou quatro anos (de 1914 a 1918). Assim, as indústrias tinham que
crescer e criar empregos. Isso aconteceu principalmente na Europa e nos Estados Unidos, e a
indústria que mais cresceu foi a têxtil. As tecelagens passaram a fabricar muito mais roupas
e tecidos, barateando os produtos.

Como resultado desse processo surgiu o pret-à-porter – uma expressão francesa que
significa “pronto para vestir”; um tipo de roupa mais acessível e pronta para usar, como a
que pode ser comprada hoje em qualquer loja do ramo.

A mulher elegante da década de 1910 se inspirava nas atrizes do cinema mudo. A


maquiagem dessa época explodiu em cores e invenções: as cores dos pós compactos
adaptavam-se cada vez melhor à pele, indo do rosa ao branco, com destaque para a famosa
cor “Raquel”, de um bege intenso. Os tons violeta (da cor da flor de malva), ocre e
alaranjado também estavam em alta. Os olhos eram enegrecidos com kajal (lápis mais
macio, grosso e de maior durabilidade).

Observe a seguir as imagens de algumas musas, que mostram como era a beleza feminina
daquele tempo.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1910


Belezas típicas da época: rostos maquiados com pós compactos e olhos enegrecidos com kajal

24 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Anos 1920

Depósito de café: o cultivo e o comércio do grão eram a base da nossa economia no início do século passado

A nova estética da moda


O desenvolvimento industrial ainda engatinhava curtos
no Bra-dosil.
queNossa
se usava até então) e um estilo que foi cha
economia tinha como base a produção de café egarçonne
a maior parte
– ou da
“mocinho” em francês – e incluía cab
população ainda vivia no campo. A cafeicultura,curtos.
porém, estimulou
o desenvolvimento dos transportes e do comércio. Algumas Você sabia?
cidades, como São Paulo, começaram a crescer rapidamente.
Em São Paulo, em 1920, havia mais
mulheres do que homens trabalhando na
A moda feminina também mudou bastante nessa época: corpos
indústria têxtil. Prati- camente 6 de cada 10
tra- balhadores
bronzeados, vestidos na altura dos joelhos (ou seja, bem mais eram do sexo feminino
nesse segmento da economia.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 25

ao maquiagem
A queixo, aplicava-se
perolada,umcaracterística
pó claro. Os da
cílios
época,
e as consistia
sobrancelhasem
colocar
eram escovados,
uma gotae os
de cílios,
cera líquida
encurvados
na extremidade
com curvex. de
Traços
cadaa cílio,
lápis
imitando
iam até o canto
uma fileira
dos olhos,
de pérolas.
delineando-os.
Atualmente, existem cosméticos
que já vêm com o efeito perolado.DICA
após a aplicação de base, era usado um pó es- curo sobre Para saber mais sobre esse período assista ao filme
Coco antes de Chanel, dirigido por Anne Fontaine
uperior do rosto a fim de iluminar os olhos. Da bochecha em 2009.

A cor da sombra combinava com os olhos ou com o tom


predominante na roupa e a boca era pintada com cores escuras e
fortes.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1920

Musas da década de 1920: os cílios e as sobrancelhas eram escovados e um traço a lápis delineava os olhos

Truques para disfarçar olheiras

Para saber disfarçá-las com a maquiagem é importante conhecer as


razões de sua existência. As olheiras podem:
• surgir após uma noite mal dormida;

26 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


• aparecer por causa de excessos cometidos no dia
• ser
ante-
consequência
rior: muito de pele fina, pois a transparência da cút
trabalho ou efeitos do consumo exagerado de bebida
maisalcoólica;
visível a área escurecida.

Mas, para qualquer uma dessas situações, há uma solução.

Caso sua cliente procure você pessoalmente para a


maquiagem, aproveite o momento e avalie a pele dela,
fazer perguntas e, quem sabe, dar conselhos que poderão
momento do seu trabalho.

Exemplo 1
Uma cliente quer agendar uma sessão de maquiagem
casamento. Analise a pele e observe se ela apresenta olhei
• ser uma herança genética, ou seja, de alguémEntão pergunte
da famí- à cliente se é comum tê-las ou se houv
lia que
apresenta uma coloração mais escura na área dosrazão
olhos;para que aparecessem.
IMP
• resultar de estresse físico, emocional ou, ainda, de die- tas muito
recomende que, na véspera da festa, ela durma ao
severas; menos 8 horas, não abuse do álcool e procure ter um
dia calmo. Essas medidas irão amenizar as marcas no
entorno dos olhos.
• ter relação com fatores étnicos (pessoas de pele escura são mais
propensas a desenvolver olheiras); ou

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 27

Exemplo
Como minimizar
2 as olheiras com a
A cliente quer agendar a sessão de maquiagem, mas in- forma que
DICA
as olheiras fazem parte do seu rosto.
Coloque no congelador os sachês usados do chá de
e as mesmas atitudes do exemplo anterior e su- gira ainda camomila e utilize-os para aplicar a compressa. Se você
tiver a camomila em casa, não vai precisar dos sachês:
aça, no dia da festa, compressas com chá de camomila faça um chá e embeba bolas de algodão nele.

Seu maior aliado na hora de disfarçar as olheiras é o cor- retivo, de


preferência cremoso. Mas atenção: aplique-o apenas quando
terminar a maquiagem, pois resíduos de sombra podem respingar
nos olhos.

• Se as olheiras forem arroxeadas, o mais indicado é usar um


corretivo amarelo ou laranja.

• Se forem castanhas, inicie com um corretivo rosa e espalhe outro,


bege, segundos depois.

• Veja a foto abaixo: fazendo pequenos pontos com o corretivo e


espalhando-o com a ponta dos dedos, você obterá um resultado
melhor.

DICA
O dedo indicador, em conjunto com o polegar, serve
para pegar diversos objetos (movimento de pinça). Por
esse motivo, deve ser evitado para a aplicação de
qualquer produto, pois pode trazer alguma sujeira e
borrar a maquiagem.

28 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Anos 1930
Tempo de crise econômica e de recessão
A economia mundial sofreu uma grande crise em 1929, um processo que começou com a
quebra da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Na década seguinte,
conhecida como Grande Depressão, o desemprego e a miséria espalharam-se por diver- sos
países.

Com a crise, foi mais vantajoso queimar a produção de café do que ensacá-lo e ar- mazená-
lo. Os fazendeiros do café mergulharam em dívidas e esse cenário influen- ciou a disputa
pela presidência no Brasil.

A situação econômica alia-se à política. No Brasil, aconteceu a Revolução de 1930. Nessa


mesma época, Getúlio Vargas assumiu o poder e instaurou uma ditadura que durou até 1945.

Eram tempos de autoritarismo. E não apenas no Brasil.


Desempregados fazem fila para ganhar comida: consequência da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 29

Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha em 1933 e liderou o país na Segunda Guerra
Mundial (1939-1945). Ele perseguia e enviava aos campos de concentração grupos que
considerava inferiores na humanidade: judeus, homossexuais, deficientes físicos, doentes
mentais, ciganos etc.

Francisco Franco, o “generalíssimo Franco”, foi um ditador espanhol que manteve o poder
de 1939 a 1975. Foi responsável por inúmeras mortes em seu país.
Em sentido horário: Hitler, Franco, Mussolini e Salazar

Benito Mussolini foi o líder italiano do fascismo. Apesar de ter tomado o poder em 1922,
teve papel de destaque na organização da Segunda Guerra Mundial.

Antonio Salazar foi ditador em Portugal entre os anos de 1932 e 1968. Além de implantar a
ditadura civil em seu país, apoiou Franco na guerra civil espanhola.

30 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Localização e medidas
Vamos localizar, no mapa político da época, os países que esses homens governaram?
Antes, porém, precisamos da ajuda da matemática.
ESCALA 0 300 600 900 km

NORUEGA SUÉCIA
IRLANDA
HOLANDA
BÉLGICA
ALEMANHA
LUXENBURGOBOÊMIA-MORÁVIA FRANÇA

Para ler adequadamente as informações de um mapa, pre- cisamos conhecer um


SUÍÇA ÁUSTRIA

assunto importante também para a carreira de maquiador, o chamado sistema de medidas.


Você já percebeu como as medidas fazem parte do nosso dia a dia?
Vamos imaginar que você vai alugar um espaço para dar aulas de maquiagem e o
proprietário informa que a sala tem 35 m2. Será que esse espaço é suficiente? Isso quer
dizer que, nesse caso, o imóvel tem 7 metros de compri- mento por 5 metros de largura.
Confira.
POLÔNIA
PORTUGAL

ESPANHA Córsega
Sardenha
ITÁLIAIUGOSLÁVIA

Sicília
ALBÂNIA
GRÉCIA
Oceano Atlântico
Mar Medite rrâ n e o
DINAMARCA
GRÃ-BRETANHA
HUNGRIA

5m
7m
FINLÂNDIA
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA PRÚSSIA ORIENTAL
UNIÃO SOVIÉTICA

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 31


ROMÊNIA
BULGÁRIA
TURQUIA
Mar Negro
Rio Volga

DICA
Veja o significado de metro quadrado (m2) no tema “Fazendo contas” no Caderno do Trabalhador 3 – Conteúdos Gerais.
32 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Guarde essa informação porque as medidas são importantes para todo maquiador. E vamos
usá-las logo mais em nosso curso.

Muitas vezes é preciso medir em centímetros (cm) os elementos do rosto de suas clientes e,
para isso, você terá de usar uma régua.

Vale recordar que 1 metro é igual a 100 centímetros, uma linha dividida em 100 partes
iguais. Algo parecido ocorre com o centímetro, que é divido em 10 partes iguais, os
milímetros (mm).

Observe a régua reproduzida na foto acima: veja que entre um número e outro existem 10
pequenos riscos. O espaço entre dois desses riscos equivale a 1 milímetro.

Seguindo o mesmo raciocínio, vamos descobrir como medir as distâncias entre, por
exemplo, duas cidades. Qual a unidade de grandeza usada por nós para isso? O quilômetro
(km), que é igual a 1.000 metros (m).

A moda discreta e prática da década de 1930


A irreverência dos anos 1920 deu lugar a mulheres mais discretas e mais práticas nos anos
1930. Elas exibiam trajes esportivos com mais simplicidade e descontração.

O olhar era objeto de todos os cuidados nos anos 1930, com a atenção voltada para as
sobrancelhas redesenhadas, depiladas e tingidas. As primeiras sombras cremosas eram
espalhadas com o dedo até a arcada superior, marcando o convexo da pálpebra
(que devia parecer melancólica). As cores variavam do castanho ao cinza e, para a noite,
preto. Curvadores cobertos de rímel alongavam os cílios.

O batom ficou mais discreto, com tons laranja e rosa pálido. Blush bege ou castanho bem
claro era aplicado em forma de triângulo do meio da bochecha até a têmpora, no intuito de
realçar as maçãs do rosto.

Para conseguir lábios mais sensuais, apelidados de picada de abelha, as mulheres


“beliscavam” os próprios lábios pouco antes de se maquiarem.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1930


Pinturas discretas e bocas destacadas para conseguir lábios sensuais

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 33


34 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
F Maquiar os olhos talvez seja o principal desafio para o profissional
dessa área. Dominar as técnicas de maquia- gem é, também,
reconhecer o formato dos olhos e saber o que fazer para valorizá-

AB
De acordo com Marcia Cezimbra, autora do livro Ma- quiagem
(São Paulo: Senac, 2009), para identificar o formato dos olhos é
necessário observar:

CE
Blaise Pascal (1623-1662), físico e
matemático, contri- buiu decisivamente
para a criação da geometria, tema muito
importante para o maquiador.
O formato dos olhos
Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os
interessados entendem essa linguagem.

Blaise Pascal

• as pálpebras superior (A) e inferior (B);

• os cantos externo (C) e interno (D);

• a linha de transferência (E); e

• as sobrancelhas (F).
Observe os exemplos a seguir, que apresentam alguns formatos de olhos.
OLHOS CAÍDOS
O QUE FAZER?
RÍMEL E LÁPIS
DICA Imagine que cada olho pre- Camadas extras de rímel Espalhe sombra grafite ou
cisa ser desenhado como nos cílios e lápis nos can- preta no canto externo dos uma amêndoa.

tos externos superiores olhos. “Puxe” com o pincel As sombras em tons dou- rados e cobre

são as mais dos olhos dão a impressão de olhos mais “abertos”. indicadas.
OLHOS PEQUENOS
a sombra escura para cima e ilumine os cantos internos das pálpebras superiores.

O QUE FAZER? Você deve realçar os olhos usando sombras mais claras e com brilho

na pálpebra, rente aos cílios. Abuse da sombra marrom entre a pálpebra superior e a

sobrancelha.

RÍMEL E LÁPIS Desenhe os olhos com traços rentes aos cílios superiores.
Para o dia a dia, o lápis bege dá a impressão de olhos maiores.

Use rímel em quantidade nos cílios superior e infe- DICA rior. A maquiagem para a noite

permite o uso do lá- pis branco no canto inter- no dos olhos.

Sobrancelhas pouco mar- cadas e cílios bem curvados destacam os olhos.


Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 35
36 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
OLHOS ORIENTAIS
O QUE FAZER?
RÍMEL E LÁPIS
DICA Sombras escuras na pálpe- O delineador ou lápis na Contornar os olhos com bra

superior e clara na par- pálpebra superior é um tru- lápis é uma alternativa te inferior da

sobrancelha que importante, pois desta- interessante para pessoas dão um novo realce aos ca

especialmente o canto alérgicas ao delineador. olhos orientais. Use sombra externo dos olhos

orientais. branca nos cantos internos das pálpebras inferiores.


OLHOS SALTADOS
O QUE FAZER?
O uso de sombras escuras (marrom para o dia e pre- ta para a noite) esfumaça- das na
pálpebra superior parece diminuir os olhos e dá um toque de profundi- dade ao olhar.
RÍMEL E LÁPIS
DICA
Ressalte os olhos passando
As sobrancelhas devem ser lápis preto no canto interno
mais grossas e mais claras e rímel nos cílios superiores.
que o tom do cabelo.
Anos 1940
AcervO IcOnOgrAphIA

Soldados brasileiros embarcam para combater na Segunda Guerra Mundial: contra o nazismo alemão

A Segunda Guerra Mundial


Cerca de 70 milhões de mortos: esse foi o saldo final da Segunda Guerra Mundial, que teve
início em 1939 e chegou ao fim em 1945. É como se toda a população atual dos estados de
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro fosse eliminada em apenas seis anos!

O exército brasileiro, que teve participação discreta no conflito, lutou na Itália con- tra o
nazismo alemão.

O fato de não ter havido batalhas por aqui ajudou o país a progredir na área indus- trial
durante esse período. Foi nessa época que surgiram as chamadas indústrias de

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 37

contornar
bens de produção
o problema:
ou indústrias
pétalas de
debase,
rosa que
mergulha-
produzemdasosem
materiais
álcool
necessários opara
substituíam blush,
queenquanto
outras indústrias
graxa de sapato
possamera
funcionar,
usada para
como
tingir
o
aço e o petróleo.
sobrancelhas e o carvão fazia o papel de sombra para as pálpebras.

, Getúlio Vargas promulgou a Consolidação das Leis do Por outro lado, eram raras a
(CLT), que, até hoje, regulamenta as relações de trabalho batom. Conjuntos de saia na
. paletó estruturado nos ombro
Você sabia? moda.
Para se adaptar aos no- vos tempos, o
direito dos trabalhadores aos poucos vai se
transformando e se ampliando. Por
exemplo, em 2002, foi incorporado à CLT
aquiagem, qual era a tendência? um artigo que con- cede licença-
maternidade e paternidade para aque- les
da maquiagem foi preciso usar muita criativida- de para que adotam crianças.

No pós-guerra, toda a feminilidade vem à tona com ca- belos


longos, batom vermelho e sobrancelhas um pouco mais grossas.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1940


Criatividade em tempos de guerra: pétalas de rosa em vez de blush e graxa para tingir as sobrancelhas

38 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2

Atividade 1 Desenhando a maquiagem

1. Registre aqui:

a) Quais as principais características da maquiagem nos anos 1920, 1930 e 1940?

b) Em que a maquiagem desses períodos é semelhante à que se usa hoje? E as dife-


renças, quais são?
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 39

2. A turma divide-se em trios e, com base nas fotos desta unidade e em pesquisas feitas na
internet, dois membros do grupo praticam no terceiro colega a maquia- gem de um dos
períodos que estudamos até aqui. A tarefa estará completa quan- do todos forem maquiados,
cada um com base em um período diferente.

3. Agora, pensem numa forma criativa de apresentar o resultado do grupo para a


turma. Que tal um desfile ou uma apresentação teatral?

4. Responda individualmente:

Ao maquiar os colegas senti dificuldade em...

Ao maquiar os colegas senti facilidade em...


40 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Anos 1950

Brasília em maio de 1959, pouco menos de um ano antes da inauguração: a nova capital foi construída por Juscelino

A década de 1950 pode ser comparada a uma ponte que liga um período de guerras e suas
consequências a outro período de recuperação da economia e mudança de comportamentos:
uma fase de transição.

O fim da guerra marcou o retorno à produção industrial em todo o mundo, em um clima de


entusiasmo. A vida parecia que “entrava nos trilhos”.

Os Estados Unidos financiaram boa parte dessa recuperação econômica, mas isso também
significou a imposição de ideias aos países, fato que não agradava todo mun- do. Muitos
movimentos políticos eram contrários a essa posição, pois a entendiam como uma forma de
conquista de um poder ainda maior e de controle sobre os povos que estavam retomando ou
iniciando o desenvolvimento, como era o caso do Brasil.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 41


42 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Filme Brasília.

As mudanças não aconteciam somente na política e na economia.


Para saber mais sobre esse período assista ao
documentário Os Anos JK – uma trajetória política,
Elas eram percebidas também na música, no cinema e no
dirigido por Silvio Tendler em 1980.

Vivemos sob odalema


comportamento “50 anos
juventude em 5”, navam
que questio- divulgada pelo então
os costumes da
presidente da República Juscelino Kubitschek, que construiu

O papel da mulher na sociedade

A década de 1950 era um período de valores tradicionais e


conservadores e isso afetava especialmente as mulheres. A
sociedade ditava que elas deveriam ser esposas, mães e boas donas
de casa.

As propagandas também passavam essa imagem, ofere- cendo


novos eletrodomésticos para facilitar a vida das mulheres. Havia
até um jornal das moças que dizia o que as mulheres deviam fazer
para se tornarem boas esposas e donas de casa.
A maquiagem de 1950
Mulheres com ar ingênuo, mas com roupas sofisticadas, um jeito de vestir chique, eram a
tendência do momento.

O estilo de maquiagem mais popular incluía os “olhos de gazela”, bem marcados, mo-
delados por sombra, lápis de sobrancelha, rímel e delineador. A palidez da pele (obtida com
pó de arroz) e a intensidade dos olhos ganharam realce, enquanto o ruge, hoje substituído
pelo blush, foi excluído. O batom devia combinar com a cor do esmalte.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1950

Elegância na metade do século: palidez da pele e “olhos de gazela” ditavam o estilo das mulheres na década de 1950

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 43

A maquiagem para cada cor de olhos


Um bom truque para realizar a maquiagem certa é escolher os tons mais adequados para
cada cor de olhos.

Nos olhos azuis, evite sombras em tons esverdeados ou azuis. Abuse dos tons ma- deira,
terra ou dourados e bronze-acobreados, além do cinza médio e escuro.

Use tons grafite, azuis e lilazes nos olhos acinzentados. O rímel cinza é perfeito para
finalizar a maquiagem tanto dos olhos azuis quanto dos acinzentados.

44 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2

Olhos castanhos permitem um uso variado de sombras. Cinza e preto não são boas opções.
Rímel marrom, verde ou preto são os mais recomendados.

As cores mais indicadas de sombra para olhos verdes são lilás, roxo, berinjela e uva. Se a
ocasião não permitir o uso de cores chamativas, opte pelos tons de madeira. Experimente
usar rímel na coloração verde, que destaca a cor dos olhos.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 45

Anos 1960
No Brasil, Jânio Quadros sucedeu JK na presidência. Com sua
renúncia, João Goulart tornou-se presidente da República. Mas um
golpe militar o derrubou em março de 1964, dando início a um
período de 21 anos de ditadura. Os brasileiros foram impedidos de
votar e escolher seus representantes políticos. Qualquer pessoa
contrária ao regime era perseguida; muitos foram presos,
torturados e assasinados.

Por outro lado, os anos 1960 foram marcados por pro- fundas
alterações no comportamento: liberdade e igual- dade eram direitos
a ser conquistados. Outros aspectos
Você sabia?
No final da década de 1960, os jornais
eram obri- gados a enviar aos milita- res os
textos e as imagens que seriam publicados.
Era comum precisarem preencher espaços
vazios nas páginas, cujas maté- rias foram
censuradas, com receitas culinárias, vazios de conteúdo político.
poesias e outros textos, de preferência

46 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Protesto popular contra a ditadura: em 1964 um golpe militar deu início a um período de 21 anos em que

os brasileiros foram impedidos de escolher seus representantes políticos

marcantes nesse período foram as lutas pela libertação das


mulheres e o movimento chamado Black Power (ou “poder
negro”), que deu voz à comunidade negra.

A moda e a maquiagem dos anos


psicodélicos

As roupas, os penteados e a maquiagem refletiram toda a agitação


cultural, política e social dos anos 1960.

Cabelos black power, enfeitados por flores silvestres, ca- misetas


pintadas à mão e calças jeans desbotadas e co- bertas de apliques
ganhavam espaço nas ruas das cidades.
Jimi Hendrix retratado em grafite: o guitarrista seguia a moda dos cabelos black power

Olhos grandes eram o ponto forte da maquiagem no período,


realçados por cílios postiços, delineador nos cí- lios inferiores e
muitas camadas de rímel. As sobrancelhas voltaram a ficar mais
finas.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 47

Filme
O movimento hippie foi marcado por contestação,
mudança de valores, desejo de maior igualdade entre
as pessoas e liberdade de expressão. Para conhecer
um pouco mais sobre isso e observar a moda e a
maquiagem desse período, assista ao musical norte-
-americano Hair, dirigido por milos Forman em 1979.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1960

Reflexos de agitação e psicodelismo: os olhos ganharam destaque, realçados por cílios postiços, delineador e rímel

O formato do nariz influencia a


maquiagem

Lembre-se de que, quando pensamos em maquiagem, não nos


referimos necessariamente àquela especial, usada em casamentos,
formaturas etc. A maquiagem é uma aliada do dia a dia para
valorizar o que já é bonito e disfarçar o que não harmoniza o rosto.

Por isso, ao fazer a maquiagem, você deve analisar o ros- to da


cliente em detalhes e planejar seu trabalho. Neste tópico,
observaremos o formato do nariz e como ele in- terfere no conjunto
do rosto. A técnica utilizada pelos especialistas é denominada “luz
e sombra”, ou seja, o profissional aplica cores de base
contrastantes para sua- vizar os contornos do nariz.

DICA
Nariz com desvio de septo O objetivo da maquiagem
nesse caso é centralizar o nariz, escurecendo a lateral
irregular e, se necessário, clareando a lateral oposta.
Nariz aquilino (com saliência) Escureça a
protuberância na ponta do nariz com o objetivo de
suavizá-la.

48 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2

NARIZ ACHATADO COMO IDENTIFICAR?


Observe como as laterais desse nariz chamam a atenção pela largura.
PARA CORRIGIR
Aplique base mais escu- ra que a pele, começando pela parte de baixo do nariz e depois
subindo
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 49

em direção às sobrance- lhas. Na ponta do nariz, dê um leve toque de base clara.


NARIZ LARGO
PARA COMO CORRIGIR IDENTIFICAR?
Aplique blush mais escu- Como o próprio nome
ro em linha reta nas late- sugere, esse formato de
rais do nariz e mais claro nariz é largo em toda
nas partes internas dos sua extensão.
olhos para afinar o nariz.
50 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
NARIZ LONGO COMO
PARA CORRIGIR

IDENTIFICAR? Com o objetivo de en- curtar o


nariz, escureça a parte inferior e a
Um nariz é considerado pon- longo
ta dele. Se a cliente tiver pele
quando ultrapassa asclara,linhas
use corretivo dois tons de pele
proporcionais que vimos no
desenho de Da Vinci, na Unidade 6. se o tom de pele for mo- reno, use
três tons aci- ma. Maquie a pálpebra Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM

inferior dos olhos e afine o lábio NARIZ ARREBITADO


superior, dese- nhando-o com lápis.
se o tom de pele for mo- reno, use
três tons aci- ma. Maquie a pálpebra
COMO IDENTIFICAR?
inferior dos olhos e afine o lábio PARA CORRIGIR
superior, dese- nhando-o com lápis.
se o tom de pele for mo- reno, use Escureça suavemente a ponta do
três tons aci- ma. Maquie a pálpebra nariz, com um blush mais escuro
inferior dos olhos e afine o lábio que a tonalidade da pele.
superior, dese- nhando-o com lápis. Esse é o formato mais desejado por
homens e mulheres, mas muitas
vezes é arrebitado de- mais,
trazendo pouca harmonia ao rosto.
Escureça suavemente a ponta do
nariz, com um blush mais escuro
que a tonalidade da pele.
Escureça suavemente a ponta do
nariz, com um blush mais escuro
que a tonalidade da pele.
52 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Anos 1970

Enquanto o povo torcia pela conquista do título de tri- campeão


mundial de futebol na Copa de 1970, muita gente, considerada
contrária ao regime militar, era tortu- rada e morta. O governo de
Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) foi o mais repressivo da
história do país.

O investimento em obras gigantescas – como a rodovia


Transamazônica, conhecida por “levar nada a lugar ne- nhum” –
contribuía para aumentar ainda mais a dívida do Brasil com outros
países.

A economia crescia, mas o bolo não era dividido igual- mente


entre os que trabalhavam. Foi nessa mesma época que aumentaram
muito as desigualdades no país.
u. dettMAr/fOlhApress

Leonel Brizola de volta do exílio: com a anistia, a ditadura militar dava os primeiros sinais de recuo
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 53

A revolução da moda
A moda rebelou-se e passou a pregar a liberdade de escolha. Masculino e feminino
misturaram-se: na onda unissex, calças jeans com bocas de sino eram iguais para todos.

Escolher o seu estilo, sem imitar as outras mulheres, e se embelezar de acordo com o que
cada um considerava bonito e adequado eram atitudes comuns. O colorido ganhou cada vez
mais espaço. O cuidado com a pele passou a ser uma preocupação diária.

A maquiagem ganhou destaque nos tons agressivos e sensuais dos batons e no uso do gloss.
Os pós eram brilhantes com pigmentos nacarados (com brilho semelhan- te ao da
madrepérola). Cílios e olhos continuavam em destaque.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1970

Rebeldia na década de 1970: tons agressivos e sensuais no batom e no gloss, pós brilhantes que lembravam madrepérola
54 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
O formato do queixo e a harmonia do rosto
Lembre-se de que suas clientes não terão necessariamente a pele das atrizes e mode- los.
Além disso, nem todas serão jovens. A maquiagem, como já dito, serve para realçar a beleza
natural de cada pessoa e suavizar imperfeições.

Algumas dessas imperfeições podem estar relacionadas ao queixo. Os três formatos de


queixo que modificam a harmonia do rosto são:

Queixo pequeno Queixo saliente

Noel Rosa, cantor e compositor Montserrat Caballé, cantora lírica espanhola


Reese Witherspoon, atriz norte-americana

Vamos, agora, ver algumas dicas para maquiar pessoas com esses formatos de rosto.
Queixo duplo
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 55
56 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Queixo pequeno

• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.

• Para dar a sensação de um queixo maior e criar volume nessa região do rosto, aplique pó
iluminador opaco mais claro que o tom da pele. Você também pode utilizar uma caneta
iluminadora na região.
Queixo saliente

• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.

• Disfarce a proeminência do queixo com pinceladas de blush mais escuro na pon- ta do


queixo, suavizando o formato com um efeito de sombra.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 57
58 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Queixo duplo

• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.

• Depois, aplique uma base mais escura na lateral na testa, têmporas, maçã do rosto e por
baixo do queixo. A base escura serve para criar uma ilusão de sombra e diminuir o volume
das áreas mais salientes.
O queixo duplo (ou papada) pode ser causado por diversos fatores, como problemas
hormonais ou obesidade. Ele também é bastante comum em pessoas da terceira idade. E essa
cliente requer um cuidado especial quando maquiada. Veja, a seguir, como maquiar uma
senhora de mais de 60 anos.

Maquiagem para a terceira idade


A maquiagem para a terceira idade deve receber todo o cuidado. O objetivo dela é valorizar
a beleza natural da pessoa. Por esse motivo, a maquiagem deve ajudar a disfarçar as marcas
do tempo, usando tons pastéis ou de cores mais frias. Cores fortes e quentes podem fazer o
efeito inverso: envelhecem a pessoa ainda mais e, em alguns casos, chegam a vulgarizar o
visual de sua cliente.

Lembre-se de que você deve respeitar o gosto da cliente, mas não deixe de explicar a
respeito do uso das cores na maquiagem de forma educada.

Como fazer?
123

1. O primeiro passo da maquiagem é a higienização e uma leve hidratação da pele. Mas fique
atento, pois a pele de uma cliente dessa idade pode ser mais fina e delicada. Por isso, tenha
sempre loções de limpeza ou demaquilantes apropriados.

2. Aplique, com pincel, a base líquida, por ela ser mais leve e fácil de passar, além de não
deixar a pele com um aspecto pesado. Prefira bases com filtro solar e que possuam efeito
anti-idade, o que dará mais firmeza à pele.

3. Passe o corretivo com cuidado, já que por ser mais pesado do que a base, ele pode
ressaltar qualquer defeito da pele. Prefira, nesse caso, os corretivos líquidos e use os dedos
para espalhá-los, pois o pincel pode destacar ainda mais as marcas de expressão. Em olheiras
arroxeadas, use um tom mais rosado para neutralizá-las.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 59


60 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
47

Finalize a uniformização da pele aplicando um pó facial, de preferência translúcido.


58 64.

Suje o pincel (com pouco pó) e dê leves pinceladas para deixar a pele mais lisa e eliminar
a umidade e a oleosidade naturais, fazendo com que a maquiagem dure mais tempo.
5. Com um lápis próprio para esfumar, faça um traço na linha do cílio superior da parte
externa até o meio da íris. Com um pincel macio, esfume o traço em dia- gonal, do terço
até o final externo da pálpebra.
6. Para destacar os olhos, use sombras em tons opacos e neutros sem cintilante, como
marrons, cremes, rosados, cinzas e nude. Se a pálpebra de sua cliente estiver caída, não
marque o côncavo. Passe a sombra por toda a pálpebra inferior. Se a sobrancelha for
muito rala, faça pequenos traços com um lápis macio onde houver falhas, esfuman- do
depois com um pincel. Com uma escovinha, penteie as sobrancelhas para finalizar.
9

7. Passe o rímel segurando a pálpebra suavemente para cima.


8. Aplique o blush (de preferência mais cremoso) com um pincel macio para não marcar a
pele. Use uma cor discreta. Os tons rosados e pêssego são bem-vindos.
9. Contorne os lábios com um lápis próprio da cor da boca de sua cliente. Aplique o
batom com o auxílio de um pincel, retirando o excesso com um lenço. Lembre-se de que
cores fortes marcam ainda mais as rugas. Para finalizar, aplique delicada- mente um
pouco de pó compacto por todo o rosto usando um pincel macio. Isso fará a maquiagem
durar mais tempo.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 61

Anos 1980

A capa da revista National Geographic (acima), fotografada por Steve McCurry, ficou fa-
mosa por todo o mundo e é uma das imagens mais relevantes da história recente. O que
revela o olhar de Sharbat Gula na foto em que ainda era uma garota? Sua família foi exe-
cutada no Afeganistão, e o vilarejo onde vivia foi destruído por uma guerra que se estendeu
de 1979 a 1988. Procure no atlas a localização desse país e, se tiver chance, pesquise os
motivos e desdobramentos desse conflito, mais um episódio ligado à Guerra Fria.

Outro fato fundamental ocorrido na década de 1980 foi a queda do Muro de Berlim (em
novembro de 1989) – uma estrutura de concreto erguida em 1961 para dividir a Alemanha
em duas partes, uma capitalista e outra socialista.

62 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Sobrevivente: Sharbat Gula, que tornou-se ícone da guerra
Queda do Muro de Berlim: fim da divisão da Alemanha

Atividade 2 Pesquise na inTerneT


E no Brasil, o que acontecia?
Procure na internet as diferenças entre o regime capita-
Como listaestudou
você e o no Caderno do Trabalhador 5 – C
socialista. A turma divide-se em duas e cada uma faz aodefesa
Gerais, de um processo de abertura política, de
país viveu
uma dessas ideologias. da democracia. Sem violência, porém decidida, a populaç
ruas exigir eleições diretas para presidente.

O último dos generais ditadores, João Figueiredo, c


declarar que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do po
outras frases antológicas, deixou a seguinte: “Um povo
sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar”
Não deixe de ver Adeus, Lenin!. Dirigido em 2003 por
Wolfgang Becker, o filme conta a história de um rapaz
que tenta esconder de sua mãe doente a queda do muro
de Berlim, fato que, para ela, representaria o fim dos
sonhos de igualdade social.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 63

Filme
Você se lembra do que é democracia?

Vimos no Caderno do Trabalhador 2 – Conteúdos Gerais que democracia significa “governo


do povo”. Nela, nós elegemos nossos representantes políticos. Vamos ver como essa ideia
pode estar presente nos pequenos atos do cotidiano e não apenas no dia de votar.

Atividade 3 DebaTendo a demoCraCia

1. Leia o texto a seguir.

Democracia no salão de beleza

Ribamar, o Riba, é dono de um salão de beleza que emprega três cabe-


leireiros, seis assistentes de cabeleireiro, oito manicures, uma maquiadora,
dois recepcionistas, um faxineiro, duas depiladoras e, ainda, um gerente.

64 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


João Figueiredo: o último general ditador brasileiro
O proprietário segue a lei na hora da contratação: todos são registrados em
carteira.

Opa! Que coisa boa!

É, mas, devagar com o andor...

Riba registra todos com um salário mínimo e paga comissão “por fora” para
cada serviço feito. E tem mais: os produtos que os empre- gados usam para
trabalhar ficam por conta de cada um. A manicure compra esmalte; o
maquiador, sombra e base; o cabeleireiro, spray e escova etc.; cada
profissional precisa ter seu kit de trabalho. Eles aceitaram essas condições
porque precisam de seus empregos. E corre a boca pequena que todos os
salões seguem essa regra.

Mas uma novidade no salão fez todo mundo ficar agitado. Riba disse:

— A partir de agora eu forneço todos os produtos que serão utilizados aqui e


vocês comprarão de mim! É preciso garantir a qualidade dos serviços
prestados no salão, além de padronizar os produtos. Por isso eu sou o
fornecedor.

Todos começaram a fazer as contas e chegaram à conclusão de que a


comissão vai cair muito.

— O Riba está cobrando muito caro pelos produtos — reclama Clarice.

Uma ideia surgiu no grupo: — Podemos nos reunir e comprar em grande


quantidade. Assim vai ficar mais barato para todos nós!

Neia torce o nariz: — Ih, essa história não vai dar certo. Seu Ribamar vai ficar
furioso!

Amélia pondera: — Não, pessoal! Vamos explicar para ele nossa si- tuação.
Se somos registrados com um valor menor de salário, temos os outros
direitos reduzidos, como o 13o salário, o depósito no Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço e as férias, sem falar na aposen- tadoria. Com a comissão,
conseguimos compensar tudo isso e ganhar um pouco melhor. Vamos dizer
que a gente quer comprar os produ-

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 65


tos em lugares que vendem por atacado para, no final do mês, todo mundo
ganhar um pouco mais.

Como o grupo não chegou a um consenso, Claudete sugeriu que fizes- sem
uma votação. E começou a organizar tudo: — Quem vota em comprar os
produtos aqui no salão levanta a mão! Muito bem. E ago- ra, os que preferem
se juntar e comprar fora do salão.

Pronto! Todos foram ouvidos e venceu a maioria.

O dono do salão, ao ver que os funcionários se organizaram, não teve opção


a não ser acatar a decisão do grupo: a partir de agora, eles vão se abastecer
num atacadista.

Vitória da democracia.
2. Procure no dicionário o significado das palavras que não conhece.

3. Agora, discuta com mais quatro colegas a situação que esses profissionais enfren-
taram, respondendo às seguintes questões:

a) O dono do salão tinha razão em fornecer os produtos?

b) O que estava em jogo nessa decisão tomada por Ribamar?

c) É certo registrar um funcionário com um salário menor do que o valor que ele
realmente ganha?

d) Que atitude o grupo tomaria se estivesse no lugar dos profissionais do salão cita-
do no texto? Por quê?

e) Registre aqui, com suas palavras, um resumo do debate do grupo.

66 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2


Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 67

O clima de democracia afetou a tendência na maquiagem


Na década de 1980, o avanço da ciência deu um salto e atingiu, também, a indústria de
cosméticos. As pessoas começaram a se preocupar, entre outras coisas, com o
envelhecimento da pele e os males causados pelo sol. Consequentemente, muitas mudanças
ocorreram no mundo da maquiagem.

Era a época do exagero: as mulheres ou se pintavam muito ou saíam de “cara lavada”. Os


códigos da beleza mudavam conforme as estações. O estilo de maquiagem pedia bocas bem
vermelhas, ou com tons fortes e marcantes, maçãs do rosto cor de tijolo, sombras
esfumaçadas variando do castanho ao violeta e rímel à prova d’água verde- -relva ou azul-
piscina.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1980

Avanço: a pintura dos anos 1980 indica preocupação com o envelhecimento da pele e os perigos do sol
68 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
A pintura dos lábios dá o toque final à maquiagem
A pintura da boca deve ser a última a ser feita. Ela deve finalizar a maquiagem.

Mas alguns cuidados devem ser tomados ao se passar o batom. Vamos ver alguns deles.

• Para o batom durar mais nos lábios, passe-o normalmente e retire o excesso com lenço de
papel. Em seguida, com a esponja do pó compacto, dê umas batidinhas nos lábios e depois
passe mais uma camada de batom.

• Para que o batom não escorra, contorne a boca antes com pó translúcido. Os batons sem
brilho fixam melhor.

• No caso do gloss, passe uma gota no centro dos lábios.

• O lápis ou delineador para lábios, salvo em alguns casos que veremos a seguir, deve ser da
mesma cor do batom. Além de deixar o contorno perfeito, isso ajuda na sua fixação.

• Quando usar batom vermelho, chame a atenção para os lábios. O restante da maquiagem
deve ser mais leve.

A maquiagem pode valorizar vários formatos de lábios. A seguir, veremos alguns deles.

Lábios grossos

• Contorne a parte interna dos lábios com lápis mais claro que o batom.

• Passe pó compacto da cor da pele ao redor dos lábios, para disfarçar seu con- torno natural.

• Os batons em tons escuros, opacos e discretos são os ideais para esse formato de boca, pois
chamam menos a atenção.
• Evite tons vermelho-cintilantes e gloss.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 69


70 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Lábios finos

• Usando lápis da cor do batom que será aplicado, faça um contorno por fora do traço natural
dos lábios.

• Abuse de tons claros, como bege e nude, de cores cintilantes e de gloss.

Lábios irregulares

• O objetivo da maquiagem nesse caso é corrigir os lábios para que adquiram uma nova
forma. Para isso, você deve contornar os lábios com o lápis para definir um traçado regular.

• As cores vivas são aconselháveis para esse formato de lábios.


Lábios enrugados

• Aplique pó compacto no contorno dos lábios para disfarçar as rugas.

• Reforce o contorno dos lábios com um lápis da cor do batom para impedir que o batom
escorra pelos sulcos das rugas.

• Prefira batons mais cremosos.

• Não use gloss nem batons líquidos em lábios enrugados. Isso evita que ele escorra pelos
sulcos, borre a maquiagem e reforce ainda mais as rugas.

• Evite cores fortes e tons vermelho-vivos que marcam ainda mais as rugas.

Lábios caídos

• Use um corretivo nos cantos externos dos lábios.

• Para criar a sensação de elevação dos lábios, trace um contorno com lápis, dimi- nuindo o
ângulo externo e arredondando os cantos. Depois, alargue o lábio infe- rior do centro até os
cantos externos.

• Passe um pó compacto no tom da pele ao redor dos lábios para uniformizar a cor.
• Procure usar tons mais escuros, que ajudam a disfarçar os problemas.

Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 71

Anos 1990

Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente da República escolhido direta- mente
desde a eleição de Jânio Quadros. A economia do país estava em frangalhos por causa da
hiperinflação (quando os preços sobem muito e o dinheiro perde valor de compra).

Para tentar resolver a situação o governante lançou um plano econômico que, entre outras
coisas, mudou a moeda do país e confiscou a poupança de todos os que tinham mais de
NCz$ 50.000 (Cruzados Novos). Em vez de resolver o problema da inflação, a medida
provocou uma queda brutal da atividade econômica.
Além disso, irregularidades e escândalos envolvendo sua administração culminaram com a
queda de Collor.
epItácIO pessOA/AgêncIA estAdO

Eleito pelo povo, destituído pelo povo: manifestantes exigem a saída do então presidente Fernando Collor
72 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Tendência da moda nos anos 1990: quando menos é mais
A moda parece ter se cansado do excesso de cores da década anterior. A nova ten- dência foi
um estilo mais clean, que significa “limpo” em inglês (pronuncia-se “clin”). Passou-se a se
empregar pouca maquiagem, baseada em cores neutras e pouco brilho, o que dava às
mulheres uma aparência mais natural.

Na pele o tom que imperou foi o bege, sugerindo uma simples hidratação. A boca mal
brilhava e os olhos apresentavam um leve toque de rímel.

Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1990

Estilo clean: no fim do século passado, imperou o bege, sugerindo uma simples hidratação de pele
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 73

Como aplicar o delineador?

A aplicação do delineador pode ser uma das etapas mais decisivas e complicadas para um
profissional, pois, para fazer um belo traço é necessário ter mãos firmes – e somente a
prática lhe dará isso.

O delineador é indispensável na maquiagem, já que define e destaca o olhar, além de


disfarçar pálpebras caídas e suavizar olheiras.

Nunca se esqueça de retirar o excesso do pincel. Caso contrário você poderá colocar a perder
toda a maquiagem dos olhos, uma vez que o delineador é aplicado após a sombra.
74 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Como fazer?
123

1. Segure a lateral do olho – sem esticar muito a pálpebra – a fim de contorná-lo. Faça isso
apenas se os olhos apresentarem sinais de flacidez ou pele enrugada. Para ter mais firmeza,
apoie a mão que vai fazer o traço na bochecha da cliente.

2. Comece o desenho do meio dos olhos para fora, com um traço mais fino, e vá
alargando essa linha em direção à parte externa dos olhos.

3. Complete o traço na parte interna dos olhos usando menos tinta no aplicador. Se você não
se sentir seguro, não faça o risco de uma vez só. Experimente marcar vários pontos na
pálpebra e, depois, una um a um com o pincel. Caso você erre ao desenhar com o delineador,
umedeça a ponta de um cotonete e use-o para corrigir o traçado.

Veja a seguir alguns detalhes importantes para escolher a cor e a espessura de linha do
delineador.

• Para morenas, prefira a cor preta. Para mulheres de pele ou olhos claros, opte pelo marrom-
escuro ou cinza.

• Olhos pequenos ou fundos ficam melhores com um traço bem fino e rente aos cílios. O
traço grosso diminui ainda mais os olhos.

• Em olhos grandes, devem-se usar traços mais grossos, salvo se as pálpebras forem
pequenas. Nesse caso, prefira uma linha mais fina.

• Para disfarçar pálpebras caídas, use um traço bem fino e que não ultrapasse o canto externo
dos olhos. Esse tipo de traçado, conhecido por “estilo gatinha”, deve ser usado em olhos
grandes ou com pálpebras firmes.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 75
76 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
Anos 2000

falou sobre a virada do milênio. Uns diziam que seria o Médio. Em 11 de setembro
undo, outros o início de uma nova era. Estados Unidos causaram g
discussão sobre terrorismo.
Na verdade, o planeta já estava mergulhado
Para entender melhor o que em inúmeros
ocorreu antes dos conflitos,
ataques, assista ao documentário Fahrenheit – 11 de
especialmente entre os Estados
Setembro, Unidos e alguns
lançado em 2004 pelo norte-países
-americanodo Oriente
michael moore.
No Brasil, a estabilidade monetária permitiu que o país retomasse o
crescimento econômico. Com isso, conseguiu pagar sua dívida
externa e passou de devedor a credor do Fundo Monetário
Internacional (FMI).
Filme
Na maquiagem
A ordem do momento é ter aparência saudável: esse é o lema dos anos 2000.

A maquiagem atual se inspira nas décadas anteriores e, também por essa razão, re- gistra as
principais tendências do passado. Elas sempre são uma forte referência para a moda que virá.
Afinal, a moda vai e volta.
Maquiador 2 Arco Ocupacional I MAGEM E B ELEZA 77

Atividade 4 ReConheCendo as TendênCias

Agora é sua vez.

1. Baseando-se no que estudamos sobre as tendências dos anos 2000, indique a


época em que estes looks se inspiraram.

2. Explique como identificou essas maquiagens com as tendências do passado.

3. Escolha uma das fotos acima e crie o passo a passo para realizá-la. Descreva
quantos passos considerar necessários.

1o passo:
78 Arco Ocupacional IMAGEM E B ELEZA Maquiador 2
2 passo:
o

3o passo:

4o passo:

5o passo:

6o passo:

7o passo:

8o passo:

4. Reúna-se com os colegas que escolheram a mesma foto e comparem os passos.


O que há em comum? E de diferente?
5. O grupo agora apresenta as conclusões para a turma.

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