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FACULDADE INTEGRADA DE PERNAMBUCO

CURSO DE ODONTOLOGIA

Ariane Brito Ferreira

Ermenegildo Fialho da Silva Neto

Utilização das Resinas Compostas Bulk Fill: uma revisão da


literatura

Recife - PE
2017
Ariane Brito Ferreira
Ermenegildo Fialho da Silva Neto

Utilização das Resinas Compostas Bulk Fill: uma revisão da


literatura

Trabalho de conclusão de curso desenvolvido como pré-


requisito para obtenção do título de bacharel em Odontologia
pela Faculdade Integrada de Pernambuco (FACIPE). Trabalho
realizado sob orientação das Professoras Luciana Santos
Afonso Melo e Daniela Siqueira Lopes

Recife – PE
2017
Resinas Compostas Bulk Fill: uma revisão da literatura
Ariane Brito Ferreira*
Ermenegildo Fialho da Silva Neto*
Daniela Siqueira Lopes**
Luciana Santos Afonso de Melo**
Resumo
As resinas compostas têm ocupado um espaço cada vez maior na Odontologia restauradora, por
serem capazes de assemelhar-se precisamente às características ópticas do dente. Além disso,
apresentam menor desgaste, fácil manipulação, oferecem uma ótima estética e vem substituindo o
amálgama ao longo do tempo. Com o conceito da era adesiva, é possível que a dentística atual
atenda às necessidades estéticas que atravessam a sociedade e que dessa forma ocupam hoje um
lugar de destaque na prática clínica. O objetivo desse trabalho é abordar através da literatura
científica, os principais aspectos clínicos das Resinas Compostas Bulk Fill. Os estudos
demonstraram a importância de aprimorar sua utilização de forma a suprir algumas desvantagens
que as resinas compostas tradicionais apresentam. As resinas Bulk Fill apresentam propriedades
semelhantes das resinas compostas convencionais, tal como adaptação marginal e resistência à
tração, mas diferem com relação a sua técnica de inserção e características de polimerização,
tornando-se a principal vantagem deste tipo de resina: o ganho de tempo clínico no consultório
odontológico.

Palavras-chave: resinas compostas, resinas bulk fill, resina de incremento único.

Abstrac

The composite resins have been increasing in restorative dentistry, because they are capable of
being similar to the optical characteristics of the tooth. In addition, they produce less wear, easy
handling, offer a great aesthetic and has been replacing the amalgam over time. With the adhesive
era concept, it is possible that the actual dentistry, meets the aesthetic needs that nowadays cross
the society and occupy a prominent place in clinical practice. The objective of this work is to bring
through scientific literature the main clinical aspects of Bulk Fill Composite Resins. The studies have
demonstrated the importance of improving its use in order to provide some of the disadvantages that
traditional composite resins present. Bulk Fill Resins report similar properties of conventional
composite resins, such as marginal adaptation and tensile strength, but differ to their insertion
technique and polymerization characteristics, making it the main advantage of this type of resin: time
gain in Dental Office.

Keywords: composite resins, bulk fill resins, single increment resin.

*Alunos da graduação em Odontologia da Faculdade Integrada de Pernambuco (FACIPE)


** Professoras da graduação em Odontologia da FACIPE
Sumário

1. Introdução.......................................................................................................................05
2. Metodologia....................................................................................................................05
3. Revisão de Literatura......................................................................................................06
3.1 Sistemas Adesivos.............................................................................................06
3.2 Propriedades e Características Gerais das Resinas Compostas......................06
3.3 Resinas Bulk Fill.................................................................................................08
3.3.1 Características............................................................................................08
3.3.2 Aplicação Clínica.........................................................................................09
4. Discussão.......................................................................................................................11
5. Conclusão.......................................................................................................................12
6. Referências.....................................................................................................................13
Anexo I................................................................................................................................19
5

1 INTRODUÇÃO

A odontologia adesiva tem ocupado espaço importante não apenas nas restaurações
estéticas como na reabilitação direta e indireta de dentes posteriores, antes
tradicionalmente guiado pela utilização do amálgama de prata. As resinas compostas são
amplamente utilizadas tanto em restaurações anteriores como posteriores, sendo neste
último caso encontrada uma maior dificuldade relacionada à durabilidade [1].
Os compósitos são aplicáveis clinicamente em razão de sua adesividade e à sua
capacidade de adaptação aos tecidos dentais [2-5]. Entretanto, o tempo clínico utilizado
para sua inserção e seu rigor técnico são desafiadores. Este fato é atribuído à técnica
utilizada nesta etapa do procedimento restaurador: a técnica incremental [6], que consiste
na inserção da resina composta em pequenos incrementos e vem sendo avaliada como
padrão ouro em estudos laboratoriais [7,8].
Com a finalidade de suprir algumas desvantagens que as resinas compostas
apresentavam e melhorar seu desempenho clínico, esse grupo de materiais restauradores
sofreu algumas modificações. Uma dessas mudanças se deu no conteúdo orgânico das
resinas compostas, em quantidade e composição, mantendo-se sem modificações sua
matriz principal, à base de metacrilato [9].
Diante disso, foram lançadas as resinas compostas denominadas de Bulk Fill, que
possibilitaram aos profissionais a inserção na cavidade dental em incremento único. Esta
modificação representou um avanço na odontologia restauradora, diminuindo o tempo
clínico. Em consequência, o procedimento restaurador tornou-se mais confortável tanto
para o paciente quanto para o profissional, que teve se trabalho otimizado. As propriedades
destes materiais, como sua fluidez, translucidez, baixo módulo de elasticidade [10] e baixa
contração de polimerização [11], fazem com que as margens da cavidade sejam seladas
com maior precisão [12], melhorando a durabilidade do trabalho.
Este trabalho tem como objetivo, mostrar as vantagens do uso clínico das resinas
Bulk Fill em relação às resinas compostas convencionais.

2 Metodologia

Esta revisão de literatura foi abordada a partir dos seguintes descritores: Sistemas
Adesivos, propriedades e características gerais das resinas compostas e Resinas Bulk Fill
(características e aplicação clínica) e Discusão.
Foi realizado um levantamento bibliográfico, com a utilização de artigos científicos,
monografias e publicações que possuem conteúdos relevantes ao texto deste artigo. Para
isso, foram acessados artigos em português e inglês, no período entre 2006 e 2017, a partir
das bases de dados PubMed e Bireme. Deste modo, vão ser apresentadas abordagens
concordantes com os objetivos propostos, em que serão construídos conhecimentos, que
servirão como explicação para possíveis discussões sobre questões referentes ao
conteúdo em questão.
6

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Sistemas Adesivos

Os sistemas adesivos são responsáveis pela união do material restaurador às


estruturas dentais. São compostos por uma combinação de monômeros resinosos de
diferentes pesos moleculares e viscosidades, diluentes resinosos e solventes orgânicos
(acetona, etanol ou água) [13].São empregados nas restaurações estéticas motivadas por
lesões cariosas, alteração de forma, cor e tamanho dos dentes, na colagem de fragmentos,
na adesão de restaurações indiretas, como selantes de fóssulas e fissuras, na fixação de
braquetes ortodônticos, no reparo de restaurações, na reconstrução de núcleo para coroas,
na cimentação de pinos intra-radiculares e para dessensibilização de raízes expostas [14].
Os primeiros estudos sobre condicionamento e adesão foram realizados no esmalte
por Buonocore, que propôs, em 1955, o condicionamento da superfície do esmalte dental
com ácido [15].
A adesividade é uma propriedade adquirida com a aplicação de substâncias como
ácidos, solventes e monômeros, que têm como propósito alterar a estrutura e fisiologia do
esmalte e da dentina [13].

3.2 Propriedades e Características gerais das Resinas Compostas

As primeiras resinas compostas que surgiram, foram as macropartículadas. Eram


classificadas assim devido ao tamanho das partículas de carga inorgânica que
apresentavam. As dimensões das partículas estão compreendidas entre 10 a 100 µm, o
que representa 60% do volume total da resina [16]. Apresentavam alta rugosidade
superficial, e sofriam desgaste abrasivo de sua matriz. Assim, as partículas de carga mais
duras ficavam expostas, produzindo uma superfície áspera e resultando em um maior
índice de manchamento [17].
Estruturalmente, as resinas compostas são constituídas das seguintes fases:
orgânica (matriz), inorgânica (carga) e o agente de união (silano) [18].
A matriz orgânica é composta por bisphenol glicidil metacrilato (Bis GMA) ou
poliuretano. Por esses compostos apresentarem uma alta viscosidade, foram adicionados
monómeros que possuem baixa viscosidade, o trietilenoglicol dimetacrilato (TEGMA) e o
etilenoglicol dimetacrilato (EDGMA), por serem mais flexíveis. A composição e versatilidade
da matriz orgânica, têm influência na polimerização, no grau e conversão de monómeros
em polímeros, na viscosidade do material e na absorção de água [16].
A matriz inorgânica é constituída por partículas de carga, que têm como principal
objetivo ampliar a resistência do material e pode influenciar em diversas propriedades, tais
como, a dureza, o nível de expansão térmica, a absorção de água, brilho, o módulo de
elasticidade e a resistência à fratura [19].
7

O silano impede que a matriz orgânica se solte da carga inorgânica, prevenindo a


formação de bolhas de ar (local onde a água se armazena) que diminuem a resistência
mecânica das restaurações [20].
As resinas compostas micropartículadas, chegaram com a finalidade de melhorar as
propriedades das resinas compostas macroparticuladas. Suas partículas de carga são
constituídas por sílica coloidal ou sílica amorfa, cujo tamanho varia de 0,02 a 0,1 µm,
compreendendo de 20% a 60% do volume total da resina composta [21]. Em consequência
da composição, suas propriedades mecânicas são relativamente baixas, fazendo com que
as resinas micropartículadas sejam indicadas para restaurações de dentes que recebem
pouco impacto mastigatório [17].
Para equilibrar as vantagens inerentes a cada grupo, foram introduzidas as resinas
compostas microhíbridas, uma mistura de composição micropartículada e
macropartículada, reunindo dessa forma, as propriedades dos dois tipos de partículas
incorporadas. Apresenta, na maioria dos casos, de 10% a 20% em peso de micropartículas
de sílica coloidal e de 50% a 60% de macropartículas de vidro de metais pesados. Estas
resinas compostas apresentam uma percentagem de carga que corresponde de 75% a
80% do seu peso. O que diferencia uma resina composta microhíbrida de uma híbrida é a
sua maior quantidade de micropartículas em relação às macropartículas [22].
A busca por um material com partículas de carga cada vez menores, e que permitisse
a incorporação de uma alta concentração de carga à matriz orgânica, resultou no
desenvolvimento das resinas compostas nanopartículadas. Esse grupo de resinas
compostas possui partículas com medidas nanométricas. Devem ser classificadas como
resinas compostas nanopartículadas, aquelas que apresentam partículas com dimensões
compreendidas entre 1 a 10 nm (nanometro) [23].
Para que a resina composta atinja suas propriedades ideais, é fundamental que se
leve em consideração seu grau de conversão. O grau de conversão representa a
quantidade de monômeros resinosos sensibilizados no processo de polimerização e
convertidos em polímeros. Sabe-se que o grau de conversão normalmente atingido pelas
resinas compostas está em torno de 60%. Os fatores que interferem no grau de conversão
são: o tipo de fotopolimerizador; a distância entre o fotopolimerizador e o compósito
resinoso, o tamanho do incremento de resina composta introduzido na cavidade, a
opacidade da resina, entre outros. Quanto mais próxima a fonte de luz estiver do material
restaurador, maior será a quantidade de monômeros polimerizados [24].
A técnica incremental é uma técnica que depende da capacidade de manipulação do
material pelo profissional, ou seja, o sucesso da restauração é sensível à habilidade do
operador sobre a resina composta. É necessária uma correta colocação do material,
especialmente sobre as margens da cavidade, de forma a reduzir as tensões geradas pela
contração de polimerização [25].
Dessa maneira, são realizadas inserções de pequenos incrementos, em virtude da
limitada profundidade de polimerização [26]. A espessura dos incrementos não deve
exceder os 2 mm [27].
8

3.3 Resinas Bulk Fill

Em cavidades muito profundas e extensas, o método incremental de inserção das


resinas compostas exige um maior tempo de trabalho, aumentando o risco de
contaminação por fluidos bucais e de formação de bolhas de ar entre os incrementos [28].
Preocupados com as limitações e deficiências relacionadas às resinas compostas
de uso direto, os fabricantes de materiais restauradores têm investido cada vez mais na
busca por um material que atenda aos requisitos físicos, biomecânicos e estéticos
necessários para aquisição de um material restaurador ideal, que garanta a realização de
restaurações satisfatórias e com adequado desempenho clínico [29].
A busca dos pacientes por procedimentos mais rápidos, motivou os fabricantes de
materiais odontológicos a desenvolver uma nova categoria de resinas compostas à base
de metacrilato, as Bulk Fill. Para os pacientes, representou maior conforto e, para os
dentistas, a diminuição do tempo de trabalho. As resinas compostas Bulk Fill possibilitaram
a redução do tempo de fotopolimerização da quantidade de incrementos necessários [30].
São fluidas e permitem uma aplicação de até 4mm de espessura sem que seja observada
grande contração de polimerização [31], além disso, apresentam uma alta reatividade à
fotoativação pela luz, atribuída a uma especial evolução do sistema fotoiniciador [32].

3.3.1 Características das resinas Bulk Fill

Os compósitos Bulk Fill são constituídos pela mistura de uma matriz orgânica,
partículas de carga, moléculas iniciadoras de polimerização e agente de união (silano), que
permite a ligação entre a matriz orgânica e as partículas de carga [33]. Possuem baixas
tensões, relacionadas à redução de polimerização, e ótimas características de transmissão
de luz, devido à redução da dissipação da luz na conexão entre matriz-partículas
inorgânicas [34], e ainda possuem uma boa resistência de união, independente da estrutura
cavitária e da técnica de inserção [35].
As resinas Bulk Fill podem se apresentar em duas formulações diferentes que estão
relacionadas à sua consistência: de baixa viscosidade (flow) e de alta viscosidade [25].
A flow é indicada como material restaurador de base e necessita que um incremento
de 2mm de uma resina composta convencional seja adicionado sobre sua camada, para
garantir uma maior resistência ao desgaste, pois apresenta uma menor dureza superficial
por causa da menor quantidade de carga inorgânica observada em sua composição.
As resinas Bulk Fill que possuem alta viscosidade, podem ser inseridas unicamente,
em toda a extensão da cavidade. [36].
Pesquisas têm avaliado as propriedades mecânicas das resinas Bulk-fill quando
inseridas na cavidade em incrementos de 4 mm de espessura. Vem se comprovando que,
apesar do maior volume inserido, esses materiais mostram baixa contração de
polimerização [37, 38].
9

Para se conseguir o aumento na profundidade de polimerização, os fabricantes das


resinas Bulk Fill modificaram a translucidez/opacidade do compósito e diminuíram o número
de partículas inorgânicas, pois a penetração de luz está intimamente relacionada com a
quantidade de partículas presentes [39, 44]. Para permitir adequada conversão de
monômeros em polímeros, mesmo se inserindo incrementos de 4mm, fotoiniciadores com
maior absorção luminosa foram adicionados à composição das resinas [40].
É fundamental ressaltar que, para alcançar a fotoativação das resinas Bulk Fill na
espessura indicada pelo fabricante, devem ser usados fotopolimerizadores de excelente
qualidade, com potência mínima de 800 mW/cm2, sendo o ideal que a potência atinja 1000
mW/cm2, já que parte da luz se perde antes de atingir as camadas mais profundas [41].
Como a polimerização das resinas compostas está relacionada às suas
propriedades físico-químicas, essas características das resinas Bulk Fill, têm se tornado
alvo de constantes estudos. Apesar disso, ainda permanecem incertezas relacionadas a
suas propriedades térmicas, de resistência às forças mastigatórias e de contração de
polimerização, sendo necessária ainda a realização de investigação científica baseada em
estudos clínicos acompanhados a longo prazo [42, 43].
Na composição química desses compósitos existem características semelhantes às
das resinas compostas nanohíbridas e microhíbridas, incluindo monômeros como Bis-GMA,
UDMA, TEGDMA e Bisfenol-A-etoxilato dimetacrilato (EBADMA) em sua matriz orgânica.
As partículas inorgânicas utilizadas para compor as resinas Bulk Fill, as nanohíbridas e as
microhíbridas também são semelhantes [44]. Houve uma modificação na estrutura química
do monómero de Bowen Bis-GMA e do monómero UDMA, foram incluídos hidroxila livre no
Bis-GMA, dimetacrilato de uretano alifático, dimetacrilato de uretano aromático (AUDMA) e
metacrilatos altamente ramificados [45].

3.3.2 Aplicação Clínica

Hirata et al [25] relataram duas técnicas na aplicação clínica das resinas Bulk Fill:
uma técnica de dois passos denominada “Two Step Amalgam-Like Sculpting Technique”
(Figura 1 A) e uma técnica de passo único, denominada “One Step Amalgam-Like Sculpting
Technique” (Figura 1 B). Na técnica “Two Step Amalgam-Like Sculpting Technique”, em
primeiro lugar utiliza-se uma resina Bulk Fill de baixa viscosidade e, posteriormente, uma
camada de resina Bulk Fill de alta viscosidade. Na camada de resina de alta viscosidade é
realizada a escultura, reproduzindo a anatomia do dente. Na técnica de passo único (One
Step Amalgam-Like Sculpting Technique”) apenas a resina Bulk Fill de alta viscosidade é
utilizada. Por essa técnica, podem ser inseridas na cavidade camadas de até 4mm de uma
só vez, garantindo uma polimerização eficiente [46]. O resultado da utilização desse
material é a redução no tempo de consulta e a realização de um processo restaurador
menos estressante e mais confortável ao paciente [47].
10

A B

Figura 1 – Técnica “Bulk Fill”, A: Two Step Amalgam-Like Sculpting Technique, B: One Step Amalgam-Like
Sculpting Technique [25]

Um dos grandes benefícios obtidos pelo uso das resinas Bulk Fill está relacionado à
contração de polimerização. No caso das resinas Bulk Fill, a contração de polimerização é
observada apenas na superfície oclusal da restauração (Figura 2 B). Nas resinas
compostas convencionais, a contração de polimerização acontece tanto na superfície
oclusal como no fundo da cavidade junto à camada híbrida (Figura 2 A) [25].

A B

Figura 2 - Imagens em 2D de restaurações em resina composta, adquiridas por tomografia micro-


computorizada, para avaliação da contração de polimerização. Em A, de uma restauração realizada com
resina composta convencional, mostrando a contração de polimerização na superfície oclusal e no fundo da
cavidade. Em B, de uma restauração confeccionada com resina Bulk Fill, mostrando a contração de
polimerização restrita à superfície oclusal da restauração [25].

As resinas Bulk Fill, apresentam maior translucidez, quando comparadas às resinas


convencionais, permitindo que a luz do fotopolimerizador a atravesse mais facilmente.
Como consequência, o processo de fotopolimerização consegue atingir as áreas mais
profundas. Elas também possuem um melhor escoamento, o que garante o preenchimento
de áreas e ângulos difíceis de serem preenchidos [41].
Ilie e Stark et al. [48] analisaram algumas marcas de resinas do tipo Bulk-fill, quanto
à profundidade de polimerização em sua aplicação clínica. Alternando o tempo e a potência
do aparelho fotopolimerizador, concluíram que, para todos os compósitos Bulk Fill, o tempo
de 20 segundos de exposição à luz foi capaz de polimerizar bases de até 4 mm.
11

Alencar et al. [49] estudaram restaurações realizadas em preparos cavitários de


classe I, de molares permanentes. Compararam as resinas Bulk Fill com as resinas
compostas fluídas normais. Para isso, inseriram resina Bulk Fill em incremento único de
4mm e fotopolimerizaram, de acordo com a recomendação do fabricante. O mesmo
procedimento foi adotado para a resina convencional, porém ela foi introduzida na cavidade
de acordo com a técnica incremental. O resultado adquirido nos dois métodos foi similar,
porém, as resinas Bulk Fill apresentaram a vantagem de ganho de tempo clínico.
Sagsoz et al. [50], fizeram um estudo do poder de união entre as estruturas dentárias
e as resinas fluidas Bulk Fill. Foram analisados cinquenta molares humanos com
restaurações em preparos cavitários classe I. Após a realização das restaurações, os
dentes foram seccionados e submetidos a testes que confirmaram que as resinas Bulk Fill
apresentaram uma resistência adesiva superior à observada no uso das resinas
convencionais.
Van Ende et al. [51] verificaram a força de adesão entre a resina composta Bulk-fill
e a estrutura dental, comparando-a com resinas microhibridas em preparos cavitários de
dentes posteriores com diferentes conformações. Inseriram incrementos com espessuras
variadas e concluíram que a adesão foi satisfatória as resinas Bulk Fill foram utilizadas,
independente da técnica e profundidade da cavidade. Já ao avaliarem as resinas
convencionais, observaram falhas quando foram inseridas em incrementos de maior
espessura.
A inserção da resina Bulk Fill em único incremento, evita também a incorporação de
bolhas de ar entre as camadas [52], evitando assim, falhas nas propriedades mecânicas da
restauração. Mesmo colocadas em incrementos maiores, de até 4mm, as resinas Bulk Fill
vêm se mostrando tão eficientes quanto as resinas convencionais inseridas pela técnica
incremental [53]. Além disso, vêm mostrando uma boa capacidade de união ao esmalte e
à dentina, independente da estrutura cavitária e da técnica de inserção [54].
De acordo com estudos realizados pela American Dental Association (ADA) sobre
dez resinas Bulk Fill, foi possível concluir que todas possuíam, valores de profundidade de
polimerização iguais ou maiores do que os requeridos pelas normas ISO 4049:2009 (“ISO
4049:2009) [55].

4 Discussão

Com o avanço dos materiais restauradores, as resinas compostas Bulk Fill chegaram
ao mercado trazendo vantagens em relação às resinas compostas convencionais,
garantindo ao profissional não apenas a praticidade no manuseio deste material
restaurador, mas também outras vantagens clínicas.
Elsharkasi et al. [56], em sua pesquisa, estudaram a deflexão de cúspides de 32 pré-
molares. Foram analisados preparos cavitários mésio-ocluso-distal, restaurados com
resinas Bulk Fill e com resinas convencionais. Foi constatado que as primeiras tiveram
menor deflexão de cúspide quando comparadas à resina composta convencional,
mostrando que as resinas Bulk Fill, são promissoras frente a esse quesito.
12

El-Safty et al. [47] recomendaram que as resinas compostas Bulk fill devem
apresentar algumas características importantes. Estão incluídas: uma reduzida contração
de polimerização; maior escoamento, para permitir uma melhor adaptação à cavidade;
facilidade de manipulação; características físicas superiores e profundidade de
polimerização melhorada (de pelo menos 4 mm). Uma forma de alcançar a última
recomendação foi criar um material translúcido, capaz de transmitir de forma eficiente a luz
do fotopolimerizador.
Orlawski et al. [57] avaliaram a fotopolimerização das resinas Bulk Fill em camadas
com espessura superior a 2 mm. Atribuíram o bom resultado à alta translucidez do material,
que permitiu que a luz penetrasse em profundidade, fazendo com que o sistema iniciador
da polimerização reduzisse o tempo e aumentasse a profundidade da polimerização.
Quanto à adaptação marginal e resistência à tração, as Resinas Bulk Fill
apresentaram resultados semelhantes aos das resinas convencionais, podendo ser
utilizadas em restaurações diretas e indiretas Classe II, tipo mésio-ocluso-distal. Além
disso, estudos realizados pela técnica de Microscopia Eletrônica de Varredura –MEV, para
a avaliação da adaptação marginal, revelaram um comportamento semelhante entre as
resinas Bulk Fill e as resinas convencionais [58].
Leprince et al. [59] compararam, em condições ideais de fotopolimerização, as
propriedades físico-mecânicas de resinas compostas fluidas, resinas Bulk Fill e resinas
compostas convencionais. Os resultados revelaram que as resinas Bulk Fill, tiveram
propriedades mecânicas inferiores às das resinas convencionais e melhores do que as das
resinas fluidas. Com esses dados, chegaram à conclusão de que a redução do tempo de
trabalho pelo uso de grandes volumes de material, seria uma vantagem das resinas Bulk
Fill, mas que elas deixaram a desejar em relação às suas propriedades mecânicas.
Uma limitação da inserção em incremento único é a impossibilidade de realizar a
técnica estratificada que favorece a estética em dentes anteriores [60]. Além disso, a alta
translucidez das Bulk Fill também influencia negativamente na estética fazendo com que
ela adquira uma aparência acinzentada, tornando-se um problema em dentes que tendem
a aparecer mais, como é o caso dos pré-molares [41].

5 Conclusão

Após a abordagem da literatura, foi possível concluir que as resinas compostas Bulk
Fill, apresentam aspectos clínicos de interesse na rotina do profissional, pois apresentaram
benefícios quando comparadas às resinas compostas convencionais. O uso das resinas
Bulk Fill permite que se deixe de lado a técnica incremental, diminuindo-se o tempo clínico
no consultório, estarem à disposição no mercado há pouco tempo, ainda se faz necessária
a realização de mais pesquisas e também do acompanhamento clínico das restaurações
realizadas, para que se assegure o sucesso clínico e a longevidade do tratamento.
13

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ANEXO I
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