Alfredo da Silva

Olá, neste vídeo vou falar sobre o industrial português Alfredo da Silva. Alfredo da Silva
nasceu a 30 de junho de 1871 em Lisboa, filho de comerciante rico Caetano Isidoro da
Silva e a sua mulher Emília Augusta Laymée Ferreira. Desde jovem, Alfredo da Silva
apresenta um especial fascínio pela cultura alemã, uma cultura que muitas vezes se
juntava com o tópico de química industrial. Aos 14 anos Alfredo perde o seu pai, mas
herda dele vários lotes de ações. Ele decide tirar Curso Superior de Comércio no
Instituto Comercial e Industrial de Lisboa, e apenas seis anos mais tarde, Alfredo
começa o seu trabalho na zona industrial. Pouco ele sabia que iria se tornar num dos
maiores industriais e empresários de Portugal.
Alfredo da Silva rapidamente se tornou numa voz de poder, demonstrando uma
grande capacidade de liderança e decisão. Em 1893 já era administrador da
Companhia Aliança Fabril (CAF) e do Banco Lusitano. Entretanto em 1894 casa-se com
Maria Cristina de Resende Dias de Oliveira, tendo mais tarde uma filha Amélia de
Resende Dias de Oliveira da Silva.
Atendendo às dificuldades da Companhia Aliança Fabril e da Companhia União Fabril,
Alfredo da Silva funde as duas empresas no grupo CUF, baseado em Barreiro. Esta
nova empresa foi o principal potenciador do crescimento industrial do país,
produzindo sabões, óleos vegetais, adubos entre outros, e tornou o Barreiro numa
grande central industrial do país. Com a expansão da CUF começaram a aparecer
várias fábricas ao longo do país, empregando 16 mil trabalhadores, condições de
trabalho na empresa eram avaliadas de excelente maneira. Por esses e outros motivos
Alfredo da Silva deu à CUF o lema: “O que o País não tem, a CUF cria”. A CUF
preencheu vários espaços vazios na economia de Portugal.
Graças ao relatório produzido por Alfredo da Silva, a pedido da direção da Carris, e a
sua administração da empresa entre 1896 e 1899, Alfredo da Silva tornou possível que
o primeiro elétrico lisboeta entrasse em funcionamento na madrugada de 31 de
Agosto de 1901.
No entanto no meio de tantos sucessos há de notar 2 projetos que Alfredo da Silva não
sucedeu em realizar. O primeiro foi a tentativa de constituir a Companhia Portuguesa
de Rádio Marconi, em 1926, perdendo-a a terceiros. Outro foi quando ele tentou, sem
êxito, que a concessão da Linha de Caminho de Ferro Sul-Sueste seja arrendada à CUF.
Alfredo da Silva faleceu na sua casa de Sintra a 22 de Agosto de 1942.
Como demonstrado por Alfredo da Silva a iniciativa privada e a liberdade económica
não são apenas benéficos, mas também necessários para um rápido desenvolvimento
económico e social do país.