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Fundamentos da

Administração
Módulo 4

O estudo da Administração:
a evolução do pensamento
administrativo até a metade
do século XX
UNIVERSIDADE POSITIVO
Superintendente – Paulo Arns da Cunha

Reitor – José Pio Martins

Pró-Reitora Acadêmica – Márcia Teixeira Sebastiani

EQUIPE TÉCNICA

Coordenadora de EAD – Manoela Pierina Tagliaferro


Professora Autora – Queila Regina Souza Matitz
Designers Instrucionais – Danieli Valle e Roberta Galon Silva
Editora de Conteúdo – Josiane Cristina Rabac Stahl
Ilustradores – Estevan Gracia Gonçalves, Thiago Alves Faria,
Tyago Sotero da Silva Compiani e Valdir Oliveira
Diagramadores – Karin Maestrelli e Valdir Oliveira
Revisoras Ortográficas – Gislaine Stadler de Oliveira Coelho e Juliana Melendres

Copyright Universidade Positivo 2011


Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Campo Comprido, Curitiba-PR.
CEP 81280-330
Sumário

Sumario
Apresentação | 4
Introdução: o conhecimento administrativo está sendo construído ao longo da história | 5
A Administração na Antiguidade‡ | 6
A mudança nos sistemas produtivos: da Idade Média até o século XIX | 9
O estudo da Administração na primeira metade do século XX | 14
A Escola Clássica da Administração | 15
A Escola de Relações Humanas | 24
O Estruturalismo | 26
Glossário | 29
Respostas dos exercícios | 31
Referências | 34
Minicurrículo da autora | 35
Fundamentos da Administração 4

Apresentação

Caro Aluno,
O Centro de Educação à Distância (CED), visando qualificar o processo de aprendizagem das dis-
ciplinas do Núcleo de Formação Humana (NFH), elaborou este material para que você possa ter o
conteúdo on-line, bem como uma versão que possibilite a impressão.
Embora o conteúdo on-line seja similar a este, indicamos que inicialmente estude o on-line, pois
conta com recursos audiovisuais que podem facilitar o processo de aprendizagem.
Bons estudos!
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Introdução: o conhecimento administrativo


está sendo construído ao longo da história
Fundamentos da Administração 6

Diversos conhecimentos administrativos são usados no dia a dia das organizações. Mas, todos
esses conhecimentos que, às vezes, parecem muito óbvios ou muito fáceis de entender, vêm sendo
desenvolvidos, ensinados e aprendidos há um bom tempo. A partir de agora, nós vamos fazer uma
breve viagem no tempo. E essa nossa viagem vai nos levar a entender quando, como e por que
surgiu esse interesse em obter e divulgar conhecimentos sobre a Administração. Aproveite para
relembrar ou até mesmo para conhecer alguns eventos e pessoas importantes que passaram pela
nossa história!

A Administração na Antiguidade‡
Os livros de Administração mencionam diversos exemplos bem antigos de práticas adminis-
trativas que foram colocadas em prática durante a história. Inclusive, no livro de Gênesis, que é o
primeiro da Bíblia, encontramos a história de Moisés, que aceitou o conselho de seu sogro e dividiu
a responsabilidade pela direção do povo hebreu durante a passagem pelo deserto. Isso aconteceu
há cerca de 3.500 anos!

TEXTO COMPLEMENTAR

Você quer saber mais sobre o que aconteceu nesse episódio da vida de Moisés e como
a Administração foi importante para resolver alguns de seus problemas? Então, leia o texto
complementar.

Estudo de caso: conselhos de Jetro


Antonio Cesar Amaru Maximiano

A época é o século XIV antes de Cristo. Liderados por Moisés, cerca de 600.000 hebreus saíram
do Egito e estão indo em direção à Terra Prometida já faz algum tempo. Ontem, houve uma ba­talha
contra os amalequitas. Moisés está muito cansado, porque teve que ficar o tempo todo em cima de
uma colina, segurando o cajado no alto, para que os hebreus vencessem a batalha. Ainda bem que
Aarão e Hur estavam lá para ajudá-lo, segurando seus braços.
Hoje, Moisés está recebendo a visita de Jetro, seu sogro. Não tem muito tempo para falar com
ele, pois fica de manhã até a tarde recebendo pessoas do povo, que ficam numa fila apa­rentemente
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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interminável. Aliás, Moisés quase não tem tempo para mais nada. Jetro observa que Moisés resolve
todos os problemas que lhe são trazidos pelas pessoas.
Bem no final da tarde, Jetro leva Moisés até o alto da colina, onde podem conversar sem ser
incomodados.
– Moisés – pergunta Jetro –, por que você tem que ficar julgando pessoalmente todos esses casos
que lhe são trazidos? O que querem todas essas pessoas?
– Bem, Jetro, as pessoas querem ouvir de mim a interpretação da vontade e das leis de Deus.
– Desse jeito, você fica sem tempo para cuidar das questões realmente importantes. Por que você
não manda outros fazerem esse serviço? Já pensou se todo mundo quiser falar com você?
– Ora, Jetro, esse é o meu serviço. E, depois, já imaginou se outros fizerem algo errado?
– Isso não deve preocupá-lo, Moisés. Escolha pessoas competentes e crie um sistema hierár­quico.
Forme grupos de 10 assistentes para falar diretamente com o povo. Para cada 10 grupos de 10
assistentes, designe um feitor. Ele será responsável pela análise dos casos que os assistentes não
souberem resolver. Para cada grupo de 10 feitores, indique um supervisor. Esse será o chefe de
100. O supervisor resolverá os problemas que os feitores não souberem resolver. Finalmente, para
cada grupo de 10 supervisores, indique um chefe, o chefe de 1.000. Ele resolverá os proble­mas que
os supervisores não souberem resolver. Assim, você só terá que se ocupar com os pro­blemas
que os chefes de 1.000 não conseguirem solucionar. Isso vai deixar tempo para que você cuide do
que é realmente o trabalho de um líder.
– Jetro, quem diz que eles serão capazes de resolver problemas?
– Moisés, treine esse pessoal. Ensine-lhes a lei e dê-lhes as diretrizes para aplicá-las. Faça-os res-
ponsáveis. Avise a todos que, de agora em diante, eles deverão ser procurados. Aprenda a de­legar,
Moisés.
– E como fazer a escolha?
– Procure alguns que você sabe que são mais competentes. Peça ao povo que eleja outros e
forme a equipe dessa maneira.
– Jetro, seguirei seu conselho, mas ainda tenho receios. E se eles não aceitarem essas
responsabilidades?
– Ora, Moisés, você conversa com Deus de vez em quando, ou pelo menos é o que você diz. Ele
saberá aconselhá-lo melhor.
No dia seguinte, Jetro, o primeiro consultor de executivos da História, voltou para casa.

Referência

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital.
6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. p. 146-147.
Fundamentos da Administração 8

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Esses e outros exemplos mostram que a prática da administração vem sendo realizada há muito
tempo. Entretanto, faz pouco tempo que a administração passou a ser organizada como uma área
do conhecimento científico e, também, como uma profissão que é ensinada nas universidades. O
século XX, em especial, é o marco do início de uma preocupação maior com o estudo e o ensino
da administração. Mas, antes de chegarmos ao século XX, vamos dar uma passadinha rápida pelos
séculos que antecederam algumas das maiores e mais rápidas transformações pelas quais a huma-
nidade já passou até hoje.
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pensamento administrativo até a metade do século XX
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A mudança nos sistemas produtivos:


da Idade Média até o século XIX
Muito antes de existirem as fábricas como conhecemos hoje, pro-
dutos – como móveis, louças, tecidos, roupas, alimentos e armas
– eram feitos por artesãos, profissionais especializados em uma
determinada “arte”: carpintaria, tecelagem, padaria, entre outras. O
artesão controlava todo o processo de produção, desde a matéria-

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-prima até o produto final.
Observe, na imagem, uma oficina de roupas da época medieval.
Nesse sistema, o mestre-artesão ensinava aprendizes remunerados,
que mais tarde também poderiam abrir suas próprias oficinas.
A partir do final da Idade Média, que durou dez séculos – do século V ao século XV – houve um
crescimento do volume de comércio de mercadorias entre diferentes regiões do mundo. Ao mesmo
tempo, o custo da mão de obra crescia por causa da morte de milhões de pessoas, vítimas de gran-
des epidemias‡. Aos poucos, o trabalho escravo realizado nas lavouras foi sendo substituído pelo
trabalho remunerado nas cidades.
Com o passar do tempo, já nos séculos XVIII e XIX, esses artesãos e outros trabalhadores assa-
lariados passaram a ser contratados por donos de fábricas. Surgia, então, o sistema de fabricação
industrial, com uma clara divisão entre os donos do sistema de produção (matéria-prima, instrumen-
tos de trabalho) e os trabalhadores. Os donos das fábricas também se tornaram donos do resultado
da produção, e os trabalhadores passaram a receber salários em troca de sua mão de obra.

CURIOSIDADE

Você sabia que o pensamento predominante na época medieval condenava a ambição e o desejo
de acumular riquezas?

O evento histórico marcado pelo surgimento das indústrias é a chamada Revolução Industrial.
Com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, houve um grande impulso para que as máqui-
nas passassem a substituir boa parte do esforço humano necessário para produzir bens. Dessa
forma, tornou-se mais barato para as indústrias contratar pessoas – homens, mulheres e crianças –
que trabalhavam nas chamadas linhas de produção. Ou seja, cada pessoa fazia uma pequena parte
Fundamentos da Administração 10

do trabalho, e de forma repetitiva. Dessa forma, a pessoa se tornava especialista na tarefa e conse-
guia trabalhar mais rápido.
Entre 1840 e 1873, a Inglaterra era a maior potência econômica do mundo. Estradas de ferro foram
construídas, máquinas e navios foram produzidos, produtos químicos também passaram a ser ven-
didos. A máquina tornou-se o centro do processo produtivo.

História do Design. 3. ed. São Paulo: Edgard


DENIS, Rafael Cardoso. Uma Introdução à
A Revolução Industrial do século XIX também chegou ao Brasil.
Observe esse rótulo de uma fábrica de vinagres instalada no Rio de
Janeiro, em 1889. Na frente, aparece a fachada da fábrica, enquanto

Blücher, 2008. p. 33.


ao fundo aparece uma paisagem típica da cidade. O uso de imagens
da própria fábrica em rótulos de embalagem era comum, pois a
indústria era considerada um símbolo de progresso e modernidade.

CURIOSIDADE

A Revolução Industrial trouxe mudanças importantes para o mundo de hoje. Por exemplo, em
2009, as maiores economias do mundo eram países com intensa produção industrial, entre eles:
Estados Unidos, Japão, China, Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Brasil, Espanha e Índia (10 maio-
res economias do mundo, segundo dados da consultoria britânica CEBR – Centro para Pesquisas
Econômicas e de Negócios, 2009). Não é de surpreender, portanto, que a maior parte das ideias
administrativas tenha surgido e ainda hoje surja nos Estados Unidos!

E foi dessa forma que aumentou a preocupação e a necessidade de administrar o processo de


produção. Se cada trabalhador precisava dar atenção à sua atividade especializada, outra pessoa
precisava planejar as atividades, organizar as pessoas e suas respectivas funções, garantir que have-
ria recursos suficientes para que as tarefas fossem realizadas e, ainda, controlar os resultados para
garantir que os objetivos fossem atingidos. Parece que as histórias de Moisés e da construção das
pirâmides se repetem: novamente a figura de um administrador é necessária para planejar, orga-
nizar, liderar e controlar.

TEXTO COMPLEMENTAR

Você quer saber mais sobre a Revolução Industrial? No texto complementar “Revoluções indus-
triais e industrialização”, você vai encontrar mais detalhes sobre esse importante período da História
Moderna.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Revolução Industrial e Industrialização


Rafael Cardoso Denis

Aconteceram na Europa – entre os séculos XVIII e XIX – transformações profundas e decisivas nos
meios de fabricação, as quais costumam ser consideradas como o acontecimento econômico mais
importante desde o desenvolvimento da agricultura. Essas mudanças acabaram ficando co­nhecidas
como a Revolução Industrial, justamente como forma de chamar atenção para o imen­so impacto
que exerceram sobre a sociedade [...]. O termo se refere essencialmente à criação de um sistema de
fabricação que produz em quantidades tão grandes e a um custo que vai dimi­nuindo tão rapida-
mente que passa a não depender mais da demanda (necessidade de mercado) existente, mas gera o
seu próprio mercado. [...] Hoje em dia praticamente todos vivem nesse sis­tema, em que quase tudo
o que se consome é produzido por indústrias, e é justamente o longo processo de transição global
do sistema anterior para o atual que se entende por industrialização.
A primeira Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra, com início por volta de 1750. Por que
a Inglaterra? É uma questão complexa, amplamente discutida nos meios históricos [...], e de di­fícil
resposta. Tende-se a considerar que foi uma conjunção de fatores, demográficos e sociais, tecno-
lógicos e geográficos, culturais e ideológicos, nenhum dos quais explica por si só a origem inglesa
do movimento. Sabe-se que foi na fabricação de tecidos de algodão que o grande sur­to indus-
trial primeiro se verificou, com um aumento de cerca de 5.000% da produção entre as décadas
de 1780 e 1850. Um crescimento tão impressionante pressupõe duas coisas: um merca­do suficien-
temente grande para absorver todo esse volume e um retorno (ou uma lucrativida­de) crescente
que justifique a expansão rápida da oferta, ambos fatores que existiram na época. A Grã-Bretanha
1
(formada por Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda) deteve quase o mono­pólio do comércio
exterior europeu entre 1789 e 1815, em função do seu claro domínio naval e do bloqueio que impôs
à Europa continental durante as guerras napoleônicas. Os seus comer­ciantes passaram, portanto,
a intermediar praticamente sozinhos a compra e venda de produtos nos quatro cantos do planeta,
comprando todas as mercadorias pelo menor preço e vendendo-as pelo maior. Gerou-se assim um
ciclo, em que tecidos, chás e louças comprados na China e na Índia eram trocados por escravos na
África, usados para plantar algodão barato nos Estados Unidos e no Brasil, o qual era utilizado pela
indústria britânica para fabricar tecidos que, por sua vez, eram exportados de volta para todos esses
lugares, gerando a cada etapa novos lucros para os intermediários. [...]
O retorno desse monopólio criado à força era imenso e proporcionou a acumulação de capi-
tal necessária para financiar a transição de pequenas oficinas artesanais para grandes fábricas, no
sentido moderno da palavra, equipadas com as últimas novidades mecânicas. A mecanização do
trabalho é outro grande fator que define a industrialização, e uma série de inovações tecnológicas
entre o final do século XVIII e o início do século XIX foi permitindo o aumento constante da pro-

1 Comércio abusivo que consiste em um indivíduo ou grupo tornar-se único possuidor de determi­nado produto
para, na falta de competidores, poder vendê-lo por preço exorbitante.
Fundamentos da Administração 12

dutividade na indústria têxtil (ou de tecidos) a custos cada vez menores em função da rapidez da
produção e da diminuição da mão de obra. Os tecidos de algodão fabricados na Inglaterra atingi-
ram um custo de produção tão baixo, que se tornaram acessíveis a toda uma classe de compradores
que antes nem sonhavam em adquiri-los. Pela primeira vez na história, já não era mais paradoxal
sugerir que quanto maior a produção, maior seria o consumo. [...]
A industrialização passou rapidamente para outros setores e menos rapidamente para outros
lugares. Ao longo do século XIX, industrializaram-se em maior ou menor grau França, Estados
Unidos, Alemanha e algumas regiões e setores de vários outros países, incluindo o Brasil. Com base
nas novas estratégias de organização do trabalho e no crescente ritmo de inovação tecnológica,
grandes fábricas foram tomando aos poucos o lugar das pequenas oficinas. Estas últimas perma-
neceram numerosas, porém passaram a representar a minoria do volume produtivo nos países
industrializados.

Referência

DENIS, Rafael Cardoso. Uma Introdução à História do Design. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2008.
Adaptado.

Exercício 1
A principal característica do trabalho dos mestres-artesãos no período medieval era:
a. ­a realização solitária do trabalho.
b. o controle sobre todo o processo de produção, desde a matéria-prima até o produto final.
c. a falta de habilidade para a realização do trabalho manual.

Exercício 2
­­­A respeito das características do sistema de fabricação industrial, que surgiu entre os séculos XVII
e XIX, marque verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) 
Os artesãos passaram a ser contratados por donos de fábricas.
( ) 
Os trabalhadores das fábricas eram escravos.
( ) 
Os donos de fábricas eram donos dos resultados obtidos com a produção.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Exercício 3
A respeito dos resultados da Revolução Industrial, que aconteceu entre os séculos XVII e XIX,
marque verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) 
Houve substituição de grande parte do trabalho humano, utilizado na fabricação de bens,
por máquinas organizadas em linhas de produção em série.
( ) 
Aumentaram a preocupação e a necessidade de administrar o processo de produção.
( ) 
Cada trabalhador da linha de produção fazia uma pequena parte do trabalho, e de forma
repetitiva.

Linha do tempo: exemplos de uso da administração de 2.700 a.C. até o século XIX
Antes de entrarmos definitivamente no século XX, vamos visualizar, em uma linha do tempo, os
eventos históricos que comentamos até agora.
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Fundamentos da Administração 14

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O estudo da Administração
na primeira metade do século XX
A Revolução Industrial inaugurou o que se chama também de produção em massa‡. Pela primeira
vez, o ser humano conseguia produzir grandes quantidades de produtos padronizados e em pouco
tempo. E, além de produzir, também conseguia distribuir esses produtos por meio das estradas de
ferro. Aliás, a própria construção das estradas de ferro foi uma tarefa que exigiu o desenvolvimento
de habilidades administrativas e incentivou o interesse por uma teoria‡ da administração.
No início do século XX, esse interesse ficou ainda maior e começaram a surgir pessoas interessa-
das em estudar a Administração e a aplicar esses conhecimentos nas empresas.
Nos livros de Administração, você pode encontrar diferentes nomes para as teorias da
Administração que foram sendo criadas no século XX. Além disso, você pode encontrar, também, os
nomes de algumas pessoas que são consideradas importantes para a criação e a divulgação dessas
teorias.
Nós vamos falar sobre essas teorias e sobre essas pessoas. Não se preocupe em decorar nomes e
datas. O mais importante é entender como essas teorias e essas pessoas contribuíram para o nosso
atual conhecimento da Administração. É tão importante quanto entender as contribuições dessas
teorias, é importante entender que essas ideias foram se complementando ao longo do tempo. Ou
seja, não houve uma substituição completa de uma escola de pensamento por outra: os conhe-
cimentos foram sendo complementados, ampliados e até hoje continuamos a desenvolver esse
processo de ampliação do conhecimento sobre o que é a Administração.
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pensamento administrativo até a metade do século XX
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A Escola Clássica da Administração


Movimento da Administração Científica de Frederick Taylor
A primeira teoria importante no processo de construção do conhecimento administrativo foi
a Administração Científica. A principal preocupação dessa escola de pensamento era definir o
melhor modo de realizar o trabalho. E, aqui, melhor modo significa o modo mais rápido de produ-
zir em grande quantidade.

TEXTO COMPLEMENTAR

Frederick Taylor, um engenheiro mecânico, é reconhecido como o “pai” da Administração


Científica porque foi ele quem sistematizou as ideias de como aumentar a produtividade‡ indus-
trial na obra Princípios da Administração Científica, de 1911. O nome da teoria, que inclui a palavra
científica, revela a preocupação em desenvolver princípios que fossem válidos para todas as indús-
trias e para todos os trabalhadores. Dessa forma, as indústrias teriam mais lucros‡ e os trabalhadores
ganhariam melhores salários.
Leia o texto abaixo.

Os Quatro Princípios da Administração de Taylor


Derek S. Pugh e David J. Hickson

1. O desenvolvimento de uma verdadeira ciência do trabalho


Taylor assinala que, de fato, não conhecemos o que constitui uma jornada de trabalho justa; um
chefe, por isso, tem ilimitadas oportunidades para queixar-se das inadequações dos traba­lhadores
e os trabalhadores nunca sabem o que se espera deles. Isso pode ser remediado pelo estabele-
cimento, depois de uma investigação científica, de uma “tarefa diária, como uma quan­tidade de
trabalho a ser feita por um trabalhador adequado sob condições ótimas”. Para isso, os trabalhadores
receberiam uma alta taxa de pagamento – muito maior do que a média dos traba­lhadores receberia
em fábricas “não científicas”. Eles também sofreriam uma perda de receita se falhassem em atingir
esse desempenho.
2. A seleção científica e o desenvolvimento progressivo do trabalhador
Para merecer alta taxa de pagamento, os trabalhadores deveriam ser cientificamente sele­cionados
para garantir que tenham as qualidades físicas e intelectuais capazes de permitir-lhes produzir a
quantidade esperada. Eles, então, deveriam ser sistematicamente treinados para se tornarem de
Fundamentos da Administração 16

“primeira linha”. Taylor acreditava que cada trabalhador poderia ser de primeira li­nha em alguma
tarefa. Seria responsabilidade da administração desenvolver os trabalhadores, oferecendo-lhes
oportunidade para o aperfeiçoamento que, finalmente, os tornaria capazes de realizar um trabalho
“o mais alto, o mais interessante e o mais lucrativo”, para o qual eles teriam se tornado aptos como
trabalhadores de “primeira linha”.
3. A conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cientificamente selecionados e treinados
É esse o processo que causa a “revolução mental” na administração e Taylor afirma que quase
invariavelmente a maior resistência à administração científica vem do lado dos gerentes. Os tra­
balhadores, ele assegura, estão sempre desejosos de cooperar, através do aprendizado, para a
execução do bom trabalho, desde que o seja por uma alta taxa de pagamento.
4. A constante e íntima cooperação de gestores e trabalhadores
Há uma quase igual divisão do trabalho e responsabilidade entre a gerência e os trabalha­dores,
os gerentes assumem todo o trabalho para o qual são mais bem capacitados do que os trabalha-
dores – isto é, a especificação e a verificação dos métodos, tempo, preço e padrões de qualidade
do trabalho e a supervisão contínua e o controle dos trabalhadores. Para Taylor, difi­cilmente have-
ria um único ato praticado pelo trabalhador que não fosse precedido de e segui­do por algum ato
da administração. Com essa cooperação pessoal próxima, as oportunidades de conflito são quase
eliminadas já que o exercício da autoridade não é arbitrário. Os gestores estão continuamente
demonstrando que suas decisões são sujeitas à mesma disciplina que a dos tra­balhadores – ou seja,
o estudo científico do trabalho.

Referência

PUGH, Derek S.; HICKSON, David J. In: RODRIGUES, Suzana Braga; BARROS, Betania Tanure de; MEIRELLES,
Anthero de Moraes; AGUIAR, Afrânio C. (Orgs.). Os Teóricos das Organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2004. p. 102-104.

É importante perceber que as ideias de Taylor precisavam


de algumas condições para dar certo. Por exemplo, era neces-
sário encontrar a pessoa certa para cada trabalho, era preciso
que essa pessoa obedecesse a todas as instruções e era pre-
ciso que o empregado fosse motivado por maiores salários.
O trabalho de Taylor, portanto, criou algumas diretrizes
para o trabalho do administrador, que deveria ser capaz de
© Autor desconhecido / wikipedia.org

escolher as pessoas, definir as instruções de como a atividade


deveria ser realizada e, ainda, definir qual seria a remunera-
ção adequada a cada tarefa. As ideias de Taylor se espalharam
pelo mundo, mas foram as indústrias americanas que conse-
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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guiram ganhar vantagem competitiva‡ sobre outras indústrias, pelo menos durante cerca de 50
anos.
A Administração Científica foi importante para aumentar a produtividade e os salários dos
trabalhadores. Dessa forma, esses mesmos trabalhadores conseguiam comprar mais produtos e,
consequentemente, aumentou o nível de vida das pessoas e, também, a produção de riqueza dos
países.
Por outro lado, críticos da Administração Científica afirmavam que seus princípios tratavam o ser
humano como uma máquina capaz de realizar repetidamente os mesmos movimentos e tarefas.
Além disso, os críticos da Administração Científica não concordavam com a simplificação do traba-
lho e a alienação‡ do trabalhador em relação ao resultado de seus esforços. Dessa forma, segundo
esses críticos, aumentaria a capacidade de dominação dos donos do capital (empresários proprietá-
rios das organizações) sobre os trabalhadores.
Desse ponto de vista, Taylor estaria errado ao promover a ideia de separação completa entre pla-
nejamento e execução do trabalho, ao contrário do que acontecia anteriormente, quando o artesão
tinha total controle sobre seu próprio trabalho.
O filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, é um clássico do cinema que critica o sistema de
produção em massa e o uso da produção em série. Lançado em 1936, o filme mostra o trabalho
repetitivo e monótono dos trabalhadores, além de mostrar a preocupação do administrador em
controlar cada movimento do trabalhador. Assista, no Portal Universitário, um trecho do filme no
qual o famoso cineasta britânico Chaplin interpreta um trabalhador no tempo da industrialização.

Exercício 4
O objetivo central da Administração Científica de Taylor era:
a. desenvolver princípios de produtividade industrial que fossem válidos para todas as indústrias
e para todos os trabalhadores.
b. definir qual seria a remuneração adequada a cada tarefa do sistema de produção industrial.
c. tornar o trabalho do administrador mais complexo.
Fundamentos da Administração 18

Exercício 5
Correlacione as definições com os Quatro Princípios de Administração de Taylor:
Princípios Definições
(1) O desenvolvimento de uma ( ) 
Os trabalhadores devem ser cientificamente selecio-
verdadeira ciência do trabalho. nados e depois treinados para garantir que tenham
(2) A seleção científica e o desen- as qualidades físicas e intelectuais capazes de per-
volvimento progressivo do mitir-lhes produzir a quantidade esperada.
trabalhador. ( ) 
Estabelecimento, depois de uma investigação cien-
tífica, de uma “tarefa diária, como uma quantidade
(3) A conexão da ciência do
de trabalho a ser feita por um trabalhador ade-
trabalho e trabalhadores cien-
quado sob condições ótimas”.
tificamente selecionados e
treinados. ( ) 
Para Taylor, dificilmente haveria um único ato prati-
cado pelo trabalhador que não fosse precedido de
(4) A constante e íntima coopera-
e seguido por algum ato da administração.
ção de gestores e trabalhadores.
( ) 
É esse o processo que causa a “revolução mental” na
administração.

O Fayolismo e o Fordismo
Henri Fayol é um dos principais representantes da Escola Clássica da Administração e também é
reconhecido como um dos criadores da história da teoria administrativa. Fayol também era enge-
nheiro e produziu seu trabalho teórico na mesma época de Taylor, mas sua proposta tinha um
foco um pouco diferente. Fayol estava preocupado com as funções do administrador. As ideias de
Fayol foram resultantes de sua própria experiência como gerente de uma companhia francesa de
metalurgia e mineração. Seu principal trabalho foi publicado em 1949 e tratava da importância da
administração em todos os tipos de empreendimentos‡.

TEXTO COMPLEMENTAR

Fayol estabeleceu também Quatorze Princípios da Administração, ideias universais que poderiam
ser ensinadas em escolas e universidades. Para conhecê-los, leia o texto a seguir.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
19

Os Quatorze Princípios da Administração de Fayol


Stephen P. Robbins e Mary Coulter

• Divisão do trabalho – esse princípio é o mesmo que a “divisão do trabalho” de Adam Smith. A
especialização aumenta a produção por tornar os empregados mais eficientes.
• Autoridade – administradores devem poder dar ordens. A autoridade dá a eles esse direito.
Junto com a autoridade, no entanto, vai a responsabilidade. Onde quer que a autoridade seja exer-
cida, surge a responsabilidade.
• Disciplina – empregados devem obedecer e respeitar as regras que dirigem a organização. Boa
disciplina é o resultado de liderança efetiva, claro entendimento entre administração e empregados
a respeito das regras da organização e uso ponderado de penalidades para infrações das regras.
• Unidade de comando – cada empregado deve receber ordens de somente um superior.
• Unidade de direção – cada grupo de atividades organizacionais que tem o mesmo objetivo
deve ser dirigido por um administrador usando um plano.
• Subordinação de interesses pessoais ao interesse geral – os interesses de qualquer empre-
gado ou grupo de empregados não devem ter preferência sobre os interesses da organização como
um todo.
• Remuneração – trabalhadores devem receber um pagamento justo por seus serviços.
• Centralização – esse termo se refere ao grau em que os subordinados estão envolvidos na
tomada de decisão. Se a tomada de decisão é centralizada (na administração) ou descen­tralizada
(para os subordinados), é uma questão de proporção adequada. A tarefa é achar o grau ótimo de
centralização para cada situação.
• Estrutura hierárquica – a linha de autoridade da administração de topo até os níveis mais baixos
representa a estrutura hierárquica. As comunicações devem seguir essa estrutura. No entanto, se
seguir a estrutura criar atrasos, pode ser permitida a comunicação cruzada se todas as partes estive-
rem de acordo e os superiores forem mantidos informados.
• Ordem – pessoas e materiais devem estar no lugar certo na hora certa.
• Igualdade – administradores devem ser gentis e justos para com todos os seus subordinados.
• Estabilidade de pessoal – alta rotatividade de pessoal é ineficiente. A administração deve
provi­denciar planejamento ordenado de pessoal e assegurar que substituições estejam disponíveis
para preencher vagas.
• Iniciativa – empregados que são autorizados a conceber e executar planos irão exercer altos
níveis de esforço.
Fundamentos da Administração 20

• Esprit de corps (espírito de equipe) – promover o espírito de equipe vai gerar harmonia e uni-
dade dentro da organização.

Referência

ROBBINS, Stephen P.; COULTER, Mary. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1998. p. 26.
Adaptado.

Fayol propôs como tarefas universais da administração: o planejamento, a organização, o


comando, a coordenação e o controle.
• Planejamento: examinar o futuro e conceber um plano de ação.
• Organização: construir uma estrutura – material e humana – do empreendimento.
• Comando: manter o pessoal em atividade.
• Coordenação: ligar, unificar e harmonizar as atividades e esforços.
• Controle: cuidar para que tudo ocorra em conformidade com o que foi estabelecido e expres-
samente ordenado.
Essas ideias são utilizadas até hoje para definir a função gerencial.
Como você pode perceber, tanto Taylor quanto Fayol desenvolveram suas ideias a partir da obser-
vação muito próxima da realidade das empresas, em especial das indústrias de manufatura‡. Outra
característica do pensamento desses autores é o foco nos aspectos internos e formais da organiza-
ção. Ou seja, eles não estavam preocupados com o ambiente externo‡, com o comportamento
humano ou com a formação de grupos informais‡. Além disso, o pensamento de Taylor e Fayol
segue os princípios do Racionalismo, ou seja, eles acreditavam no poder‡ da razão (do pensamento
racional‡) para resolver qualquer tipo de problema.
Outro Henry, dessa vez Henry Ford, é reconhecido por ter implantado
o sistema de linhas de montagem para fabricação dos famosos carros
© Autor desconhecido / wikipedia.org

Ford Bigode. Isso permitiu que o carro fosse popularizado e seu preço
ficasse acessível a uma parcela maior da população. O chamado Fordismo
ficou conhecido, portanto, como o sistema que consolidou a produção
em linha de montagem, sistema econômico fundamental para o desen-
volvimento da produção em série.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
21

SAIBA MAIS

As ideias de Taylor não eram totalmente novas: uma das primeiras pesquisas sobre a administra-
ção e as vantagens da divisão do trabalho foi realizada em uma indústria de alfinetes imaginária! Isso
aconteceu em 1776, quando Adam Smith publicou o trabalho A Riqueza das Nações. Ele demonstrou
que o trabalho realizado em equipe seria mais produtivo, ou seja, se cada pessoa realizasse uma
parte do trabalho, seria possível produzir muito mais em menos tempo.

Exercício 6
Correlacione as definições com os respectivos autores:
(1) Frederick Taylor ( ) 
É preciso ensinar os princípios da administração para formar
(2) Henri Fayol gerentes capazes de realizar o trabalho com efetividade.
( ) 
O uso da linha de produção em série pode baratear os custos da
(3) Henry Ford
produção e tornar os produtos mais acessíveis para a população.
( ) 
É preciso descobrir a melhor maneira de realizar as etapas de um
determinado trabalho e estudar o modo ideal‡ de simplificar os
movimentos necessários para realizá-lo.

Exercício 7
Fayol propôs como tarefas universais da administração:
a. o planejamento, a organização, o comando, a coordenação e o controle.
b. a divisão do trabalho, a linha de produção e a alta remuneração.
c. a formalidade, a estrutura, a liderança e a avaliação.
Fundamentos da Administração 22

A burocracia de Max Weber


Outro nome importante da Escola Clássica da Administração
é o sociólogo alemão Max Weber. Você já deve ter escutado
alguma pessoa irritada com a demora em ser atendida em alguma
empresa ou instituição pública dizer que “a demora é culpa da

© Autor desconhecido / wikipedia.org


burocracia‡”, como se a burocracia fosse uma coisa negativa e
prejudicial às pessoas e organizações. Entretanto, a ideia de buro-
cracia desenvolvida por Weber tem a ver com a forma como a
atividade organizacional é desenvolvida com base nas relações
de autoridade.
A burocracia de Weber, portanto, é uma forma de descrever um tipo ideal de organização, na qual
há clara definição do sistema de divisão do trabalho, da hierarquia‡, além das regras e regulamen-
tos. Se você imaginar algumas organizações públicas de hoje – prefeituras, secretarias de educação,
entre outras – poderá entender melhor como a burocracia acontece na prática. Além, é claro, das
grandes indústrias de produção em massa.

TEXTO COMPLEMENTAR

Imagine que confusão seria se cada trabalhador ou administrador pudesse fazer o que quisesse,
na hora em que quisesse! É claro que a organização burocrática não é um modelo apropriado para
qualquer tipo ou qualquer tamanho de organização, mas sem dúvida é uma forma lógica e racional
de organizar o trabalho realizado por grandes quantidades de pessoas.
Leia o texto abaixo.

Características da burocracia, conforme a descrição de Max Weber


Fernando C. Prestes Motta e Isabella F. Gouveia de Vasconcelos

Weber mostra como a burocracia, apesar de forma organizacional predominante na sociedade


industrial, não é uma forma organizacional nova. Já existiam estruturas burocráticas no antigo Egito,
na China e no Império Romano.
A burocracia busca organizar, de forma estável e duradoura, a cooperação de um grande número
de indivíduos, cada qual detendo uma função especializada. Separa-se a esfera pessoal, privada e
familiar da esfera do trabalho, vista como esfera pública de atuação do indivíduo. Nas sociedades
tradicionais, normalmente a esfera familiar e a esfera do trabalho se confundiam, dado o caráter
pessoal das relações. Na sociedade industrial [...] há uma ruptura com esses padrões.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
23

A estrutura burocrática é baseada nos seguintes princípios:


• A existência de funções definidas e competências rigorosamente determinadas por leis e regu-
lamentos. A divisão de tarefas é feita racionalmente baseando-se em regras espe­cíficas, a fim
de permitir o exercício das tarefas necessárias à consecução dos objetivos da organização.
• Os membros do sistema têm direitos e deveres delimitados por regras e regulamentos. Essas
regras se aplicam igualmente a todos, de acordo com seu cargo ou sua função.
• Existe uma hierarquia definida por regras explícitas, e as prerrogativas de cada cargo e função
são definidas legalmente e regulam o exercício da autoridade e seus limites.
• O recrutamento é feito por regras previamente estabelecidas, garantindo-se a igualdade formal
na contratação. Portadores de diplomas legalmente estabelecidos têm o mesmo direito de
concorrer ao exercício de determinado cargo.
• A remuneração deve ser igual para o exercício de cargos e funções semelhantes.
• A promoção e o avanço na carreira devem ser regulados por normas e com base em critérios
objetivos e não em favoritismos ou relações pessoais.
• Há uma separação completa entre a função e as características pessoais do indivíduo que a
ocupa.

Referência

PRESTES MOTTA, Fernando C.; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração. 2. ed.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 16-17.

O modelo de organização burocrática descrito por Weber, portanto, tinha como objetivo eliminar
ineficiências e politicagens que caracterizavam muitas organizações daquela época. E, ainda hoje,
muitas organizações aplicam os princípios burocráticos para organizar suas atividades. A burocracia
tem como principais vantagens: o predomínio da lógica racional em lugar da intuição‡, a profissio-
nalização das relações de trabalho, o aprimoramento dos processos de produção e a transmissão
formal‡ de competências‡ técnicas. As regras e a rotina fazem com que o trabalho seja estável,
evitando-se riscos e incertezas.
Fundamentos da Administração 24

Seguindo o pensamento dominante da Escola Clássica da


Administração – a busca pela produtividade e pela máxima eficiência‡
–, a estrutura burocrática era considerada como a estrutura ideal. Nesse
tipo de estrutura, as regras eram bem definidas, as atividades e funções
eram perfeitamente divididas e metas e objetivos poderiam ser alcan-
© artenot / Shutterstock.com
çados em sua totalidade. Entretanto, a burocracia também passou a ser
criticada porque, na prática, muitos processos organizacionais são muito
demorados, principalmente nas organizações públicas.

A ilustração acima mostra um exemplo desse aspecto negativo da


burocracia na prática: o excesso de formulários e etapas até conseguir
o resultado desejado.

Exercício 8
Para Max Weber, a burocracia é:
a. sinônimo de ineficiência e falta de controle sobre as atividades organizacionais.
b. um excesso de formalidade desnecessário para a concretização de objetivos e metas.
c. sinônimo de eficiência, racionalidade e garantia de que os resultados esperados serão atingidos.

A Escola de Relações Humanas


Uma corrente de pensamento, que surgiu logo em seguida à divulgação dos ideais da Escola
Clássica da Administração, é a abordagem dos recursos humanos, que mais tarde evoluiu para
a chamada Escola de Relações Humanas. De acordo com os autores dessa abordagem, era pre-
ciso humanizar o trabalho e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. De certa forma, essa
escola de pensamento procurava resolver problemas que tinham surgido a partir da aplicação dos
Princípios de Administração da Escola Clássica, principalmente a excessiva mecanização do trabalho
humano.
De acordo com a Escola de Relações Humanas, o homem não deve ser considerado como uma
parte da máquina, e deve ter suas necessidades levadas em conta no desenvolvimento das ativida-
des de trabalho.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
25

Para os autores da Escola de Relações Humanas, o controle proposto


pela Escola Clássica é considerado excessivo e improdutivo. Ou seja, ao
tentar controlar “de perto” as atividades do trabalhador, o supervisor
ou gerente estaria exercendo um tipo de violência, além de impedir o
aperfeiçoamento mais amplo do trabalhador.
© Ilin Sergey / Shutterstock.com
Era preciso, portanto, de acordo com esse ponto de vista, considerar
que o ser humano é, muitas vezes, imprevisível e não pode ser total-
mente controlado. O ideal da estrutura burocrática perfeita, totalmente
previsível e controlável, seria difícil de ser atingido.
Estudos sociológicos e psicológicos realizados em uma fábrica de equipamentos eletrônicos, a
partir de 1927, revelaram que fatores afetivos e emocionais também eram muito importantes para
o resultado do trabalho. Além disso, percebeu-se que o grupo ou equipe de trabalho exercia uma
grande influência sobre a produtividade. Os estudos ficaram muito famosos e são conhecidos como
estudos de Hawthorne, nome da cidade norte-americana onde foram realizados. Percebeu-se,
também, que o incentivo monetário era insuficiente para garantir a motivação‡ e a alta produtivi-
dade dos trabalhadores.
Outros estudos, realizados nessa mesma época, passaram a confirmar essas ideias e aumentaram
o interesse por um elemento importante das organizações: sua estrutura informal. Ou seja, pela
primeira vez, os estudiosos estavam reconhecendo a força dos grupos sociais na determinação da
forma de agir e pensar dos indivíduos.
São nomes importantes da Escola de Relações Humanas: Elton Mayo, Mary Parker Follet, entre
outros.

CURIOSIDADE

Você sabia que a maior parte das contribuições teóricas da Escola de Relações Humanas foi
desenvolvida por professores e pesquisadores da Universidade de Harvard, localizada nos Estados
Unidos?

O objetivo principal da Escola de Relações Humanas pode ser assim resumido: aumentar lucros
por meio da diminuição dos custos causados por conflitos internos da empresa. Era preciso estudar
os grupos sociais, portanto, para saber como evitar os problemas causados pela insatisfação, pela
desmotivação, pela fadiga, pelo desrespeito às normas e regras organizacionais.
A principal crítica feita à Escola de Relações Humanas é o fato de que suas ideias ainda con-
sideram o ser humano como alguém possível de ser controlado por meio de estímulos sociais e
Fundamentos da Administração 26

psicológicos. Dessa forma, seus conceitos se aproximam da Escola Clássica da Administração, a qual
pretendia criticar.
Alguns trabalhos realizados mais tarde aprofundaram essa discussão sobre a necessidade de
motivar o trabalhador por meio da satisfação de várias necessidades humanas. São ideias que
procuraram relacionar o papel da liderança‡ no ambiente de trabalho com a motivação dos indi-
víduos. Essas ideias são consideradas um avanço em relação ao pensamento da Escola de Relações
Humanas.

Exercício 9
A respeito da Escola de Relações Humanas da Administração, marque verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) 
Essa escola de pensamento concordava com a mecanização do trabalho humano, conforme
foi proposta pela Escola Clássica da Administração.
( ) 
­­­De acordo com a Escola de Relações Humanas, o excesso de supervisão impediria o aperfei-
çoamento mais amplo do trabalhador.
( ) 
Apesar de sua preocupação com a humanização do trabalho, a Escola de Relações Humanas
tinha como objetivo principal o aumento dos lucros por meio da diminuição dos custos cau-
sados por conflitos internos da empresa.

O Estruturalismo
Também preocupados com os problemas causados pela estrutura burocrática – o excesso de for-
malismo, a inflexibilidade, a impessoalidade, a resistência à mudança, a centralização do poder – os
chamados estruturalistas passaram a criticar o modelo de comportamento idealizado pela burocra-
cia. De acordo com esses autores, há muitas diferenças entre o modelo oficial de como as coisas
devem acontecer e a prática informal, ou seja, o modo como as coisas realmente acontecem na
organização.
Considerada uma teoria de transição, essa escola de pensamento surgiu no final de década de
1950, buscando combinar ideias da Escola Clássica e da Escola de Relações Humanas, mas agora
com um enfoque na organização como um todo.
O nome do movimento tem origem na palavra estrutura que, no
estudo das organizações, significa um sistema ou conjunto de partes
que compõem um todo e que cumprem uma determinada função. Ou
seja, a organização seria uma espécie de sistema, cujas partes deve-
riam estar bem ajustadas para que ocorresse o bom funcionamento
© Palto / Carsten Reisinger

do todo.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
27

São autores representantes do Estruturalismo: Robert K. Merton, Amitai Etzioni, Victor Thompsom,
Talcott Parsons, Peter M. Blau, Richard Scott, entre outros.
A Escola Estruturalista ajudou a mostrar alguns aspectos que tinham sido ignorados até então,
entre eles:
• As organizações precisam se ajustar constantemente a pressões internas e externas, ou seja, as
organizações precisam ser flexíveis.
• A organização é um local onde acontecem conflitos‡, porque as pessoas e os grupos têm inte-
resses diferentes e, muitas vezes, conflitantes.
• A obtenção da cooperação dos trabalhadores é um dos principais problemas a serem enfren-
tados pela organização.
• Pessoas que têm maior controle sobre os recursos necessários ao funcionamento da organiza-
ção têm mais poder que as outras.
• Na prática, muitas regras e procedimentos formais são desobedecidos dentro das organizações.
• A comunicação é um elemento essencial para encontrar soluções inovadoras‡, entretanto, o
incentivo ao debate de ideias também pode criar conflitos.
• A organização é formada por uma estrutura formal, oficial, e por uma estrutura informal, os
grupos sociais.

Exercício 10
Correlacione as afirmações com as principais escolas de pensamento administrativo da primeira
metade do século XX:
(1) Administração Científica ou Taylorismo ( ) 
Sistema que consolidou a produção em linha
(2) Fayolismo de montagem.
( ) 
Propôs como tarefas universais da adminis-
(3) Fordismo
tração: o planejamento, a organização, o
comando, a coordenação e o controle.
( ) 
A principal preocupação dessa escola de
pensamento era definir o melhor modo de
realizar o trabalho. E, aqui, “melhor modo”
significa o modo mais rápido de produzir
em grande quantidade.
Fundamentos da Administração 28

Exercício 11
Correlacione as afirmações com as principais Escolas de Pensamento Administrativo da primeira
metade do século XX:
(1) Burocracia de Weber ( ) 
As organizações devem ser entendidas como um sistema ou
(2) Estruturalismo conjunto de partes que compõem um todo e que cumprem
uma determinada função.
( ) 
No tipo ideal de organização, há clara definição do sistema
de divisão do trabalho, da hierarquia, além das regras e
regulamentos.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Glossário
Alienação: Processo em que o ser humano se afasta de sua real natureza e se torna estranho a si
mesmo na medida em que já não controla sua atividade essencial (o trabalho), pois os objetos que
produz, as mercadorias, passam a adquirir existência independente do seu poder e contrária aos
seus interesses.
Ambiente externo: É o espaço em que as organizações atuam, formado por outras organizações
e por outros elementos tais como: recursos, regras, normas e valores.
Antiguidade: Idade Antiga, ou Antiguidade, foi o período que se estendeu desde a invenção da
escrita (4.000 a.C. a 3.500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da
Idade Média (século V).
Burocracia: De acordo com Max Weber, é um tipo de estrutura organizacional ideal, cujo propó-
sito é atingir os objetivos organizacionais por meio da formalização do comportamento humano e
do controle exercido pela autoridade racional-legal.
Competência: Soma de conhecimentos e habilidades individuais.
Conflito: Falta de entendimento; enfrentamento entre duas ou mais partes; oposição.
Eficiência: Significa produzir mais e melhor, utilizando a menor quantidade de recursos possível.
Empreendimento: Empresa, projeto ou realização.
Epidemia: Doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente
grande número de indivíduos em uma determinada localidade.
Formal: Que está de acordo com as regras ou leis.
Grupos informais: Um conjunto suficientemente pequeno de pessoas, de forma que possam se
comunicar direta e frequentemente.
Hierarquia: Divisão vertical da autoridade em uma estrutura formal.
Ideal: Que só existe no pensamento; modelo de perfeição ou solução perfeita.
Inovador: Uma ideia, objeto ou processo que modifica o padrão anterior. Na área da Administração,
a inovação é um importante fator para ajudar uma empresa a obter sucesso.
Intuição: Capacidade de perceber, discernir ou pressentir coisas, independentemente de racio-
cínio ou de análise.
Liderança: Processo de influência sobre as ações e sobre a forma de pensar de outras pessoas.
Linha de produção: É uma forma de produzir objetos ou de prestar serviços em que cada fun-
cionário faz uma parte do trabalho. Nas indústrias, a linha de produção é formada por uma série de
máquinas dispostas em sequência, as quais são operadas por funcionários especializados em dife-
rentes funções.
Fundamentos da Administração 30

Lucro: É o resultado positivo de um investimento feito por uma pessoa ou por uma empresa. Ou
seja, quando a pessoa ou empresa investe uma determinada quantidade de dinheiro e, depois de
um determinado tempo, recebe uma quantidade maior do que a investida.
Manufatura: Estabelecimento industrial mecanizado; fábrica.
Motivação: Conjunto de motivos ou razões que levam as pessoas a se comportarem de uma
determinada maneira. No ambiente organizacional, a motivação pode ser incentivada pela lide-
rança, pela natureza do trabalho e, também, pelas condições de trabalho.
Poder: Ter domínio ou controle sobre algo ou alguém.
Politicagem: Política de interesses pessoais, de troca de favores.
Pressão: Forças materiais ou influências não materiais sobre uma organização.
Produção em massa: Produção industrial de grandes quantidades de produtos padronizados
em pouco tempo.
Produtividade: Relação entre a quantidade ou valor produzido e a quantidade de recursos
utilizados.
Racional: Que procede da razão, que tem lógica e coerência.
Sistema organizacional: Conjunto organizado e inter-relacionado de elementos e atividades,
distribuídos de forma a facilitar a concretização dos objetivos organizacionais.
Teoria: Explicação ou descrição de um objeto ou fenômeno.
Vantagem competitiva: Uma ou mais características que permitem a uma organização alcançar
uma condição de superioridade sobre suas concorrentes.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Respostas dos exercícios


Exercício 1
b) o controle sobre todo o processo de produção, desde a matéria-prima até o produto final.

Exercício 2
(V) Os artesãos passaram a ser contratados por donos de fábricas.
(F) Os trabalhadores das fábricas eram escravos.
(V) Os donos de fábricas eram donos dos resultados obtidos com a produção.

Exercício 3
(V) Houve substituição de grande parte do trabalho humano, utilizado na fabricação de bens, por
máquinas organizadas em linhas de produção em série.
(V) Aumentaram a preocupação e a necessidade de administrar o processo de produção.
(V) Cada trabalhador da linha de produção fazia uma pequena parte do trabalho, e de forma
repetitiva.

Exercício 4
a) desenvolver princípios de produtividade industrial que fossem válidos para todas as indústrias
e para todos os trabalhadores.

Exercício 5
(2) Os trabalhadores devem ser cientificamente selecionados e depois treinados para garantir
que tenham as qualidades físicas e intelectuais capazes de permitir-lhes produzir a quantidade
esperada.
(1) Estabelecimento, depois de uma investigação científica, de uma “tarefa diária, como uma quan-
tidade de trabalho a ser feita por um trabalhador adequado sob condições ótimas”.
(4) Para Taylor, dificilmente haveria um único ato praticado pelo trabalhador que não fosse prece-
dido de e seguido por algum ato da administração.
(3) É esse o processo que causa a “revolução mental” na administração.
Fundamentos da Administração 32

Exercício 6
(2) É preciso ensinar os princípios da administração para formar gerentes capazes de realizar o tra-
balho com efetividade.
(3) O uso da linha de produção em série pode baratear os custos da produção e tornar os produtos
mais acessíveis para a população.
(1) É preciso descobrir a melhor maneira de realizar as etapas de um determinado trabalho e estu-
dar o modo ideal‡ de simplificar os movimentos necessários para realizá-lo.

Exercício 7
a) o planejamento, a organização, o comando, a coordenação e o controle.

Exercício 8
c) sinônimo de eficiência, racionalidade e garantia de que os resultados esperados serão atingidos.

Exercício 9
(F) Essa escola de pensamento concordava com a mecanização do trabalho humano, conforme foi
proposta pela Escola Clássica da Administração.
(V) De acordo com a Escola de Relações Humanas, o excesso de supervisão impediria o aperfeiço-
amento mais amplo do trabalhador.
(V) Apesar de sua preocupação com a humanização do trabalho, a Escola de Relações Humanas
tinha como objetivo principal o aumento dos lucros por meio da diminuição dos custos causa-
dos por conflitos internos da empresa.

Exercício 10
(3) Sistema que consolidou a produção em linha de montagem.
(2) Propôs como tarefas universais da administração: o planejamento, a organização, o comando,
a coordenação e o controle.
(1) A principal preocupação dessa escola de pensamento era definir o melhor modo de reali-
zar o trabalho. E, aqui, “melhor modo” significa o modo mais rápido de produzir em grande
quantidade.
Módulo 4 – O estudo da Administração: a evolução do
pensamento administrativo até a metade do século XX
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Exercício 11
(2) As organizações devem ser entendidas como um sistema ou conjunto de partes que compõem
um todo e que cumprem uma determinada função.
(1) No tipo ideal de organização, há clara definição do sistema de divisão do trabalho, da hierar-
quia, além das regras e regulamentos.
Fundamentos da Administração 34

Referências
DAFT, Richard L. Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
DENIS, Rafael Cardoso. Uma Introdução à História do Design. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2008.
DRUCKER, Peter F. A Profissão de Administrador. Tradução de: MONTINGELLI JR., Nivaldo. São
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HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. 8. ed. Rio de Janeiro: Prentice-
Hall do Brasil, 2004.
HITT, Michael; HOSKISSON, Robert E.; IRELAND, Duane. Administração Estratégica: competitivi-
dade e globalização. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2008.
MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MINTZBERG, Henry. Criando Organizações Eficazes. São Paulo: Atlas, 1995.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 1996.
MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da Administração.
3. ed. São Paulo: Pioneira, 2006.
ROBBINS, Stephen P.; COULTER, Mary. Administração. 5. ed. Tradução de: GONÇALVES, Luiz Roberto
Maia. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1998.
ROTHMAN, Howard. 50 Empresas que Mudaram o Mundo: as 50 organizações, grandes e peque-
nas, que definiram os negócios modernos. Barueri: Manole, 2002.
SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. Tradução
de: AMARANTE, Regina. São Paulo: Best Seller, 1990.
STEWART, Thomas A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 4. ed. Rio de
Janeiro: Campus, 1998.
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pensamento administrativo até a metade do século XX
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Minicurrículo da autora
Queila Regina Souza Matitz
Formação acadêmica: Doutorado em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR,
2009), Mestrado em Administração Pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR, 2004),
Especialização em Comunicação pela PUCPR (1998) e Graduação em Desenho Industrial pela PUCPR
(1994). Dedica-se ao ensino e à pesquisa há mais de uma década e atualmente é professora do
Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Positivo (PMDA). Em 2004,
foi finalista do Prêmio Ethos Valor Econômico na categoria pós-graduação. É coautora do livro
Administração Estratégica: teoria e prática (2007) e organizadora do livro O Tempo das Redes (2008).
Já atuou como voluntária em ONGs nacionais e internacionais. Atualmente é avaliadora da divi-
são de Estudos em Estratégia da Associação Nacional de Pesquisa em Administração (ANPAD) e
do Prêmio Ethos de Responsabilidade Social. Além disso, publica artigos científicos em congres-
sos e periódicos da área de Ciências Sociais. Como principais interesses de pesquisa incluem-se:
metodologia de pesquisa em Ciências Sociais, métodos de pesquisa em Administração, estratégia
e desempenho organizacional, responsabilidade social empresarial e história conceitual no campo
da Administração. As disciplinas que atualmente leciona são: Metodologia Científica, Administração
Estratégica, Empreendedorismo e Seminários de Dissertação.

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