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Área de conhecimento
Ciências Sociais Aplicadas
Área de concentração
Arquitetura e Cidade
Palavras-chave
Arquitetura Brasileira
Cultura arquitetônica
Arquitetura Contemporânea
Arquitetura e Identidade
Linha de Pesquisa
Projeto, Produção e Representação
1 Audrey Migliani Anticoli é arquiteta pela Universidade São Judas Tadeu, em 2013. Mestranda em Projeto,
Produção e Representação no PGAUR-USJT, com bolsa da CAPES, PROSUP/USJT pela mesma instituição.
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
BRASIL ARQUITETURA:
construindo uma trajetória
BRASIL ARQUITETURA:
construindo uma trajetória
audreymigliani@gmail.com
CDD 22 – 724.981
À minha família, apoiadora de todos os meus projetos.
AGRADECIMENTOS
Mas acima de tudo agradeço a Deus por permitir que todas essas
pessoas façam parte de minha vida.
LISTA DE IMAGENS
Figura 01: Primeiros projetos: Paço Municipal de Cambuí, Casa
Cambuí e Grisbi Indústrias Têxteis. Brasil Arquitetura com sua
formação inicial: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcelo
Suzuki. Fonte: Site oficial do escritório. Acesso em 19 junho 2016.
Figura 02: A primeira sede da Baraúna na Rua Delfina, em 1986. O
primeiro encarregado foi Adelino Rubio, que trabalhara no SESC
Pompeia. Fonte: Página do Facebook Marcenaria Baraúna. Acesso
04 julho 2016.
Figura 03: Respectivamente: Cadeiras Girafa e Frei Egídio, e o
banquinho Caipira Fonte: Site oficial da marcenaria. Acesso em 19
junho 2016.
Figura 04: Croquis da proposta para TGI de Francisco Fanucci.
Fonte: Acervo particular de José Calazans, retirado do volume II da
dissertação de Mestrado de Patrícia NAHAS, 2008, p.556.
Figura 05: Croquis da proposta para TGI de Marcelo Ferraz para
intervenção em um edifício histórico, em 1978. Fonte: Acervo do
escritório Brasil Arquitetura, retirado do volume II da dissertação de
Mestrado de Patrícia NAHAS, 2008, p. 557.
Figura 06: Lina Bo Bardi com seu discípulo Marcelo Ferraz, no SESC
Pompéia. Fonte: Acervo pessoal do arquiteto. Via Vitruvius.
Figura 07: A imagem, retirada do Google Earth em 10 de julho de
2016, explica a localização do Museu em relação à Praça Barão do
Rio Branco, marco zero da cidade, e ao Parque das Esculturas
Francisco Brennand.
Figura 08: Implantação em escala maior na qual é possível observar
melhor a situação do entorno. Fonte: Google Earth em 10 de julho
de 2016.
Figura 09: O trajeto feito a partir do Cais do Sertão até o marco zero
do Recife permitiu observar as características das construções com
predominância da arquitetura histórica. Fonte: Acervo da autora, em
maio de 2016.
Figura 10: A figura ao lado auxilia a compreender a atual situação
do conjunto. Em vermelho, a Praça Barão do Rio Branco, onde está
o marco zero do Recife. Em amarelo, está destacada a área total do
conjunto das quais se destaca em verde o edifício já construído e
em azul a edificação ainda inacabada. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 11: Render da fachada frontal em que se destaca o grande
vão que possibilitará a vista para o mar. Este bloco ainda não está
concluído. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 12: A placa, assinada pelo Governo Federal, informa que a
obra teve inicio em 2011 e previsão de conclusão em agosto de
2013. Fonte: Acervo da autora. Fotografado em maio de 2016.
Figura 13: Acima: Casa Hungria Machado (foto PB): vista externa
com jardim, década de 1940. Foto: Marcel Gautherot. Abaixo: Casa
Hungria Machado: janela de treliça, década de 1940. Foto: Lucio
Costa. Via: Instituto Jobim,
http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/48 Acesso em 27
julho 2016
Figura 14: Matrizes do piso rachado e das árvores secas,
inspirações para o desenvolvimento dos cobogós que preenchem a
fachada do Museu Cais do Sertão. Fonte: Memorial do Projeto via
ArqBrasil.
Figura 15: Implantação total do conjunto com destaca para o
detalhe 01 (acima) e com uma interrupção na imagem original (a
baixo), na qual aproxima-se a escala para destacar apenas o edifício
em funcionamento. Em azul, está a representação do porto,
contíguo ao lote. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 16: Cobogós instalados no edifício construído, parte externa
e parte interna, respectivamente. Cada uma das peças mede cerca
de 1,1m x 1,1m. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 17: “Praça Seca” que recebe os visitantes ou os transeuntes
que desejem apenas repousar sob a sombra. Fonte: Acervo da
autora, em maio de 2016 (acima) e corte enviado pelo escritório
(abaixo).
Figura 18: Um juazeiro, árvore típica da caatinga nordestina. Fonte:
À esquerda, enviado pelo Institucional do Cais do Sertão (foto de
Léo Caldas na inauguração do Cais em 03 de abril de 2014). À
direta, acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 19: Nas imagens acima, é possível perceber como os
elementos tradicionais da cultura sertaneja relacionam-se com
totens tecnológicos que possibilitam maximizar a interatividade e a
experiência do visitante. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 20: Layout esquemático que demonstra a organização dos
sete núcleos organizadores da museografia. Fonte: Memorial do
projeto via ArqBrasil.
Figura 21: Espaços oferecidos ao visitante no mezanino. Fonte:
Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 22: Corte transversal que mostra o mezanino administrativo
e a treliça metálica que sustenta a cobertura. Fonte: Acervo da
Brasil Arquitetura.
Figura 23: Estrutura metálica vista da altura da laje que resguarda o
mezanino. É possível ver os galhos secos do juazeiro, já plantado
em seu canteiro. Fonte: Acervo da Brasil Arquitetura.
Figura 24: Planta com a disposição dos pilares e cotas (inseridas
pela autora) que auxiliam o entendimento da distribuição dos
pilares. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 25: Planta aproximada (DETALHE 01) com destaque para o
segundo trecho do pavilhão no qual é possível perceber sua
concepção estrutural, em preto. Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
Figura 26: A seta indica o pilar com a sobressaliência de 0,20 x
0,30 metros revestida com a mesma fôrma de concreto que as
paredes internas. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 27: Planta aproximada (DETALHE 02) com destaque para o
terceiro trecho do pavilhão no qual é possível perceber sua
concepção estrutural, em preto. Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
Figura 28: Escada reta com degraus metálicos e pilar de sessão
circular no pavimento do mezanino. Fonte: Acervo da autora, em
maio de 2016.
Figura 29: Referências ao Rio São Francisco em ambos os casos –
SESC Pompeia e Cais do Sertão, onde é possível observar as
semelhanças e discrepâncias formais entre eles. Ambas as fotos
tiradas pela autora. A primeira em dezembro de 2014 e a segunda
em maio de 2016.
Figura 30: Acima, “Caipiras, Capiaus: Pau-a-Pique” em 1984
VAINER; FERRAZ, 1999, páginas 70. Abaixo, duas imagens
registradas pela autora em visita técnica ao Cais do Sertão em maio
de 2016.
Figura 31: Na imagem, registrada pela autora em visita técnica ao
Cais do Sertão em maio de 2016, é possível verificar o grau da
complexidade resolvida no forro técnico com instalações a parentes.
Figura 32: Fotografias tiradas pela autora em visita técnica em maio
de 2016 que ilustram o espaço expositivo permeado por símbolos
da temática sertaneja: utensílios do dia a dia, vestuários, acessórios
para lidar com os animais, e o destaque para o mandacaru em área
nobre no espaço de convivência.
Figura 33: Vista frontal do conjunto que mostra a manutenção de
alguns armazéns existentes (em cinza, à esquerda do desenho).
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 34: Mapa do “Caminho dos Moinhos”, em escala. Fonte:
FERRAZ, 2008, p. 79.
Figura 35: Localização do Moinho Colonial Colognese, escolhido
para abrigar o Museu do Pão e a Escola de Panificação, primeira
intervenção do “Caminho dos Moinhos”, em escala. Fonte: Google
Earth, acesso em 12 de julho de 2016.
Figura 36: Acima: duas imagens de construções típicas dos
imigrantes e imagem da rua Conselheiro. Abaixo: primeira casa de
alvenaria construída pelos imigrantes; Escola Estadual de Ilópolis e
Santuário São Paulo Apóstolo, respectivamente. Fonte: Google
Earth, acesso em 12 de julho de 2016.
Figura 37: Fotografia via satélite do entorno do museu após a
construção do conjunto. Via Google Maps. Acesso em 26 julho
2016.
Figura 38: Planta de cobertura, em escala. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura, com edição na imagem, feita pela autora.
Figura 39: Remanescentes originais do moinho de 1910 foram
expostos a céu aberto em posição estratégica, na área central entre
os três blocos, como memória viva de sua história. Fonte: Acervo
Brasil Arquitetura.
Figura 40: Situação do Moinho Colognese (1910), que estava
abandonado desde 1990 antes do IILA iniciar as obras de restauro.
Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
Figura 41: Obras de restauro das fachadas realizadas pelo IILA com
mão de obra 100% local (acima) e moinho com as fachadas
restauradas (abaixo). Fonte: (FERRAZ, 2008, pp. 24-25) Acervo do
Brasil Arquitetura, respectivamente.
Figura 42: Planta do moinho após intervenção. Fotos: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 43: Atual configuração do moinho na qual foram mantidas a
organização espacial e o maquinário com a intenção de que em
breve, o espaço volte a funcionar também como um moinho. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 44: Moinho restaurado, em funcionamento na qual é possível
ver a rampa de acesso construída. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 45: Interior da bodega com mobiliário assinado pela
Marcenaria Baraúna. Fotos: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 46: Edifício do moinho restaurado, em funcionamento, com a
inclusão das novas janelas que, apesar de irem contra aos
princípios das Cartas Patrimoniais e não indicarem as intervenções
contemporâneas, não desconfiguraram seu caráter histórico. Foto:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 47: Planta do pavilhão do museu com indicação da área
expositiva (1) e do auditório (2), além dos três pilares (p1, p2 e p3).
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 48: Vista do edifício do museu a partir do outro lado da rua,
na qual é possível perceber os pilares de concreto que eleva o bloco
do nível do piso e vencem o pequeno desnível do terreno. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 49: Etapas construtivas do pavilhão que abriga o museu e o
auditório. Fonte: FERRAZ, 2008, p.27.
Figura 50: Vista posterior do conjunto com destaque para a cortina
de veludo vermelha que protege o auditório da iluminação natural,
quando necessário. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 51: Planta de estudo da escola de panificação desenvolvida
à mão. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 52: Planta retangular do edifício sólido que abriga a escola
de panificação com cozinha experimental (1), sala de aula teórica
(2) e sanitários (3). Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 53: Interiores da escola de panificação com mesa central,
organizadora do espaço e diversas cadeiras Girafa desenhadas por
Marcelo Ferraz, Marcelo Suziki e Lina Bo Bardi e produzidas pela
Marcenaria Baraúna. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 54: Destaque para as pequenas aberturas no sótão do
edifício da escola de panificação. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 55: Caixa de concreto em etapa de sua construção (à
esquerda) e edifício concluído com terraço jardim executado (à
esquerda). Fonte: FERRAZ, 2008, p.27.
Figura 56: A “delicada” passarela que une o passado e o futuro: à
direita, a passarela entre moinho e escola (1 metros de largura) e à
esquerda entre escola e museu (1,76 metros de largura). A
passarela que envolve três faces do edifício da escola possui 92
centímetros de largura. Fotos: Nelson Kon. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 57: Croquis do projeto com destaque para o contraste
respeitoso entre o existente em madeira araucária, e o novo edifício
essencialmente em vidro e madeira. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 58: Síntese entre contraste e analogia com o edifício
existente. Fotos: Nelson Kon. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 59: Área do conjunto “existente/construído” em detalhe e em
relação à cidade de Ilópolis. Fotos: Nelson Kon. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 60: Os pilares em concreto armado, tijolos e treliças
aparentes como elementos da arquitetura na área de convivência
do SESC Pompéia. Fonte: Foto da autora, em 09 de dezembro de
2014; Destaque para os pilares mistos de concreto e madeira e
para os elementos da arquitetura expositiva. Foto: Nelson Kon.
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 61: Estudos da arquitetura cênica proposta pelo Brasil
Arquitetura. Fonte: FERRAZ, 2008, pp. 49-51.
Figura 62: A transparência ressalta o diálogo entre novo e velho.
Fonte: Carlos Eduardo Comas (centro). Via ArchDaily Brasil. Acesso
em 11 de dezembro de 2015; acervo do Brasil Arquitetura,
respectivamente.
Figura 63: Intervenção de forma análoga, nas Missões e
contrastante, ainda que respeitosa, em Ilópolis. Fonte: André
Marques e Silvia Raquel Chiarelli Via Vitruvius. Acesso em 11 de
dezembro de 2015 e acervo Brasil Arquitetura, respectivamente.
Figura 64: A Casa Román que acabou sendo demolida por conta de
falhas de comunicação entre a equipe da obra e do escritório.
Fonte: (FERRAZ, 2008, p.23).
Figura 65: Fragmento da parede original com o desenho à base de
óxido de ferro e azul anil, provavelmente desenhado por um antigo
morador da Casa Román que acabou sendo demolida, hoje
incorporada ao acervo do museu. Fotos: Nelson Kon.
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 66: O desenho encontrado na Casa Román tornou-se símbolo
do projeto “Caminho dos Moinhos”, utilizado na fachada e no
azulejo da bancada da Escola de Pão e, por fim, a parede original
como parte do acervo do Museu do Pão. Fotos: Nelson Kon. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 67: Destaque para os detalhes dos “capitéis” dos pilares
projetados e construídos por Lucio Costa (1937) e pelo Brasil
Arquitetura (2008). E desenho técnico do capitel (2008), abaixo.
Fonte: André Marques e Silvia Raquel Chiarelli. Via Vitruvius. Acesso
em 11 de dezembro de 2015 (esquerda); Foto de Nelson Kon via
Acervo Brasil Arquitetura (direita); Acervo Brasil Arquitetura, abaixo.
Figura 68: Planta com organização espacial que mostra o terminal
urbano, o interurbano e a linha férrea e vista aérea da implantação:
linha férrea (verde), rio Tamanduateí (azul), Avenida dos Estados
(amarelo) e Viaduto Presidente Castelo Branco (vermelho). Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura e Google Earth, respectivamente.
Figura 69: Imagem área que mostra a real situação com a
organização espacial composta pelo terminal urbano, o interurbano,
o rio e a linha férrea. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 70: Vista para os dois lados da linha férrea a partir do
edifício-ponte. Fonte: Acervo da arquiteta, em maio de 2016.
Figura 71: Perspectiva isométrica da cobertura metálica que
resguarda o conjunto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 72: Recortes que demostram os quatro perfis metálicos
utilizados no projeto: reto, meia ferradura, junção curva e curvo.
Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016 e desenho enviado pelo
Brasil Arquitetura
Figura 73: Imagens com as vigas metálicas cobertas por telhas,
também metálicas, na cor branca. Fonte: Acervo da autora, em maio
de 2016.
Figura 74: Encontro entre as vigas metálicas e os pilares de seção
circular, em concreto. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 75: Perspectiva isométrica que ilustra a continuidade da
estrutura da cobertura metálica que vai desde o terminal de ônibus
municipais (à direita) até o mezanino do terminal de ônibus
intermunicipais (à esquerda). Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 76: Situação do térreo, com baias dos ônibus intermunicipais
(à esquerda e ao fundo), lanchonetes (ao centro), sanitários e
bilheteria (à direita). Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
Figura 77: Situação da área de espera resguardada por painel
acrílico. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 78: Acesso à unidade de atendimento da Secretaria de
Estado da Administração Penitenciária Coordenadoria de
Reintegração Social e Cidadania. Fonte: Acervo da autora, em maio
de 2016.
Figura 79: Situação do térreo, com baias dos ônibus intermunicipais
(à esquerda e ao fundo), lanchonetes (ao centro), sanitários e
bilheteria (à direita). Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 80: Circulação vertical: escada, escadas rolantes e
elevadores. Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 81: Aberturas inusitadas no Terminal Rodoviário emolduram
a cidade ao seu redor. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
Figura 82: Conjunto KKKK às margens do parque Beira-Rio:
restauro e nova intervenção em Registro (interior de São Paulo).
Foto: Nelson Kon. Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 83: Conjunto KKKK em 1995 comprovando a situação
degradada da área. Fonte: CALDEIRA; FANUCCI; FERRAZ; SANTOS,
2005 p. 43.
Figura 84: Modelo 3D em Sketchup que mostra a implantação. Em
cima, vista frontal e embaixo, vista posterior. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 85: Prancha de estudo para o Museu da Cerâmica: terreno
de formato irregular e com sete curvas de nível. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 86: Implantação com módulos de 5x5 cobertos por telhado
verde. Vista de cima a construção será uma mimese à grama da
parte externa do edifício. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 87: Foto da maquete desenvolvida pelo Brasil Arquitetura
para ser utilizada pela equipe local na construção da “roupa de
madeira” do edifício. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 88: Projeto da cobertura com posicionamento das ripas e a
trama formada pelas cestarias. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 89: Detalhe interno da cobertura executada em fibras de
piaçava sobre estrutura de madeira e cipó (esquerda) e estrutura na
maquete enviada à mão de obra local (direita). Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 90: Croquis (planta e perspectiva) do desenvolvimento das
tramas, trançados e encaixes da cobertura. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura
Figura 91: Abertura da paisagem da cobertura da maloca à floresta
e ao Rio Negro. Foto: Daniel Ducci. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 92: Peitoris das varandas em tramas de madeira e cipó (à
esquerda). Na fachada posterior, a mesma trama de madeira e cipó
que protege as varandas delineia a escada (à direita). Foto: Daniel
Ducci. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura. Fonte: Site oficial do
escritório.
Figura 93: A imagem mostra a relação entre o edifício novo, mais
baixo, ao fundo, com coloração acinzentada e o edifício antigo,
branco e como ambos relacionam-se com a praça e as áreas
centenárias que foram mantidas. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 94: Fotografia que destaca a manutenção do antigo e o
diálogo com o antigo nos interiores do Museu Rodin. Fonte: Acervo
Brasil Arquitetura.
Figura 95: A partir do edifício antigo é possível avistar um visitante
que atravessa a passarela que conecta o novo e o velho. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 96: Um novo ângulo possibilita perceber a escala da
intervenção Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 97: A nova construção encosta a antiga de maneira
respeitosa e ao mesmo tempo em que reverencia o velho, enaltece
o novo. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 98: Fotografia da maquete do conjunto. Deste ângulo é
possível perceber a proximidade entre o Museu das Missões, e a
Igreja das Ruínas de São Miguel das Missões (ao fundo), três cotas
acima do novo complexo. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 99: A implantação do novo edifício evidencia a existência de
uma malha estruturadora Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 100: Arquitetura explora a materialidade do concreto armado
pigmentado em oxido de ferro em tonalidade avermelhada. À
direita, a mesma materialidade dialoga com duas colunas jesuíticas
retiradas de uma ruína de São Lourenço. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 101: Mapa em baixo relevo com as 30 missões distribuídas
entres regiões de três países da América do Sul: Brasil, Paraguai e
Argentina. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 102: Maquete do complexo cultural com destaque em
vermelho para área que abrigará a “Esplanada Cívica”. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 103: No render enviado pelos arquitetos é possível identificar
uma construção branca, ao fundo que é um contraponto às demais
construções em concreto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 104: Ilustração do Centro de Interpretação do Pampa ainda
em fase de projeto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 105: Imagens das ruínas da antiga enfermaria de Jaraguão
(1880-1883), antes da intervenção do escritório. Fonte: Acervo
Brasil Arquitetura.
Figura 106: Planta que mostra como a intervenção proposta se
intersecciona com o volume existente do qual foi mantido o pátio
central descoberto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 107: Ilustração da parte interna do edifício em vidro, através
dele é possível ver as ruínas do edifício antigo. Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 108: Foto do mesmo ponto de vista antes da intervenção
(acima) e depois da intervenção (abaixo) Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
Figura 109: Escultura de Amílcar de Castro no Bairro Amarelo,
Berlim. Fonte: FANUCCI; FERRAZ; SANTOS, 2005, p. 64.
Figura 110: A imagem mostra as bases e os coroamentos dos
edifícios pintados com a coloração azul, em mimese ao tom do céu
em um dia de verão, quando as crianças podem brincar com água
no térreo. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 111: Muxarabi instalados nas sacadas e nos acessos aos
edifícios do conjunto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
Figura 112: Painel com azulejo cujas padronagens foram
desenvolvidas pelas índias Kadiwéu, exclusivamente para serem
implantadas neste projeto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
“Buscamos uma arquitetura criada a partir de profunda conexão com as
bases culturais de cada lugar e protagonistas. E nem por isso podemos
dizer que, ao abordar estes aspectos, ela seja regional. Não! Uma vez que
as bases culturais de qualquer sociedade ou povo sejam as dimensões
humanas de relacionamento e comunicação, a arquitetura será sempre
universal. Universais são questões como convivência, busca de tolerância
entre diferentes, busca de conforto e desenvolvimento criativo das
técnicas, dos modos de viver e habitar o mundo. E é aí que transita o
projeto: aí fazemos nossas escolhas e nossas leituras e interpretações.
Como antropófagos, digerimos nosso alimento intelectual, espiritual e
poético e apresentamos nossas proposições”. 2
ABSTRACT
The research evaluates the process of architectural identity´s building of
“Brasil Arquitetura”, office established in São Paulo (1979) , and currently
led by double architects from Minas Gerais, Francisco Fanucci and
Marcelo Ferraz, in order to understand how the references of the duo
could (and still can) work with the maturation of their usual working
procedures. Given the multiplicity of relationships that contribute to the
formation of the personality of an individual or entity in the case of an
architectural office, the study will present a brief overview of the path of
architects in college and early office jobs. From there, the study continues
with the search for proof of the assertion that, although so different, all the
work of architects is based on three specific aspects: concern to the
human, physical and cultural contexts in which the building will be
inserted; the choice of coherence between materiality and the best
construction method; and the conversation between tradition and
contemporaneity. The check will be possible after a deep grounded
analysis in the study of a single unit of texts and drawings of three projects
selected: Museu Cais do Sertão (Pernambuco), Museu do Pão (Rio Grande
do Sul) and Terminal Rodoferroviário of Santo André (São Paulo).
20
INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
13 Isa Grinspum Ferraz é socióloga e cineasta que convive intensamente com a dupla do
Brasil Arquitetura, não apenas porque é esposa de Marcelo Ferraz, mas principalmente
por constituir uma fértil parceria em diversos trabalhos realizados. Em 1980, iniciou sua
carreira como coordenadora e criadora de projetos para editoriais e televisão
na Fundação Roberto Marinho, onde trabalhou por dez anos. Realizou, entre
outros, “Brasil, Corpo e Alma”, “Crianças do Brasil” e “Menino, quem foi teu mestre?”,
exibidos pela Rede Globo. É a diretora do documentário Marighella, que narra a história
de Carlos Marighella (2012), seu tio, e autora da museografia do Museu da Língua
Portuguesa (São Paulo) e do Museu Cais do Sertão (Recife). Com Lina Bo Bardi e Pierre
Verger, atuou como roteirista e escreveu "Religiões Africanas no Brasil”.
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
Figura 01: Primeiros projetos: Paço Municipal de Cambuí, Casa Cambuí e Grisbi
Indústrias Têxteis. Brasil Arquitetura com sua formação inicial: Francisco Fanucci,
Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki. Fonte: Site oficial do escritório.
Acesso em 19 junho 2016.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
20 A parceria entre Marcelo Ferraz e seus colegas de formação André Vainer e Marcelo
Suzuki tem se repetido pelo menos uma vez em cada década, começando por 1978 no
Concurso de Projetos para o Paço Municipal de Cambuí (MG), desenvolvido em equipe
composta também por Marcelo Suzuki, que também particiou da Revitalização e
Recuperação do Centro Histórico de Salvador (1986/1990); no projeto para a nova sede
da PMSP em 1991/1992 com Suzuki e André Vainer ambos parceiros do Projeto para o
Museu da Cidade, no Parque Dom Pedro em 2003. Na década de 2010, Marcelo Ferraz
e André Vainer devenvolveram diversos trabalhos em celebração ao centenário de
nascimento de Lina Bo Bardi, como foi o caso da exposição “A arquitetura política de
Lina Bo Bardi” no SESC Pompeia em 2014.
38
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
Figura 04: Croquis da proposta para TGI de Francisco Fanucci. Fonte: Acervo
particular de José Calazans, retirado do volume II da dissertação de
Mestrado de Patrícia NAHAS, 2008, p.556.
40
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
41
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
Figura 05: Croquis da proposta para TGI de Marcelo Ferraz para intervenção
em um edifício histórico, em 1978. Fonte: Acervo do escritório Brasil
Arquitetura, retirado do volume II da dissertação de Mestrado de Patrícia
NAHAS, 2008, p. 557.
25Expressão utilizada pelo próprio Marcelo Ferraz em entrevista à Patrícia NAHAS, para
sua dissertação de mestrado em 2008, falando sobre o SESC Pompéia.
42
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
26 Expressão utilizada pelo próprio Marcelo FERRAZ (2008) em seu artigo “Numa velha
fábrica de tambores. SESC-Pompéia comemora 25 anos”, 2008.
27Marcelo Ferraz em entrevista à Patrícia NAHAS, para sua dissertação de mestrado em
2008.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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30 Nos primórdios da Arquitetura Moderna Brasileira, um grupo liderado por Lucio Costa e
outros arquitetos da ENBA (Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro) como Oscar
Niemeyer, Jorge Moreira e Affonso Eduardo Reidy, entre outros formou a chamada
“Escola Carioca”. (RUBINO, Silvana. “O pai-fundador da arquitetura moderna brasileira
faz cem anos”. Disponível em:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/01.003/3245. Acesso 24
setembro 2015) Em São Paulo, nasceu a “Escola Paulista” em oposição à proposta dos
cariocas, que evidenciava as formas plásticas. Sob liderança de Vilanova Artigas, o grupo
dos arquitetos paulistas, em um segundo momento determinou o chamado ‘brutalismo
paulista’ a partir do seu engajamento ideológico ao comunismo de Artigas. In: LUCCAS,
Luís Henrique Haas. “Arquitetura moderna e brasileira: o constructo de Lucio Costa como
sustentação (1)”.
51
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
31 O arquiteto italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999), esposo de Lina Bo, era
considerado um intelectual de grande influência na Itália. Em 1931, antes de conhecer
Lina, organizou com características provocativas a “Segunda Mostra Italiana de
Arquitetura Racional”, colaborando muito com a consolidação do espaço dos então
jovens arquitetos modernos na Itália fascista. Foi um ativo editor, crítico e jornalista,
destaca-se sua experiência com a revista “Quadrante”, fundada por ele em 1933 e que
”tornou-se um dos principais vetores do debate moderno” (ANELLI, 2015). Ainda em
1933 participou do IV CIAM e, “ao levar Le Corbusier para conferências em Roma e
Milão, em 1934, consolidou-se como uma referência na militância moderna. Atuação que
despertaria a atenção de Lina Bo, quatorze anos mais jovem. Desde que chegou ao
Brasil, em 1946, dedicou-se à função de crítico de arte e arquitetura e de diretor de
museu. (LAGO em PORTO, 2010, p. 28). Foi responsável pela vinda do casal ao Brasil, e,
por sua credibilidade no meio intelectual, artístico e cultural da época, foi recebido no
IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro), onde conheceu grandes
nomes da arquitetura e da arte brasileira como Lucio Costa, Oscar Niemeyer, os irmãos
Roberto, Athos Bulcão, Burle Marx, Portinari, Landucci, Marcos Jaimovitch entre outros. O
casal optou por estabelecer residência em São Paulo para atender ao pedido Assis
Chateaubriand para que o Professor Bardi criasse e dirigisse o Museu de Arte de São
52
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
Paulo (MASP). Lina foi a autora da adaptação da primeira sede do museu na Rua Sete de
Abril em 1947, e posteriormente a responsável pela construção do segundo (e atual)
edifício do Museu. De acordo com Renato (ANELLI, 2015), em sua “biblioteca pessoal,
livros essenciais do pensamento brasileiro apresentam anotações e destaques que
alimentaram a transformação do casal nas décadas que viveram no Brasil.
32Uma curiosidade: Lina Bo Bardi chegou ao Brasil em 1946 e naturalizou-se brasileira
em 1949, ou seja, Lina viveu no Brasil como imigrante durante cinco anos até
naturalizar-se, exatamente o mesmo tempo regular que um estudante de arquitetura
precisa para graduar-se como arquiteto e urbanista no Brasil.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
35 Caetano Veloso, ícone da música brasileira, é “uma das figuras mais importantes da
cultura brasileira e é tão múltiplo quanto sua obra. Para além do trabalho musical, ele é
antes de tudo um pensador do Brasil. Política, sociologia, arte: nenhum assunto está
longe de seu campo de interesse”. Trecho da apresentação de seu livro “Antropofagia”
editado pela Companhia das Letras, cuja primeira edição data de 2012.
56
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
36A reprodução do texto original está em “Lina por escrito”, organizado por Silvana
Rubino e editado pela Cosac Naify em 2009, páginas 116 a 118.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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37 Segundo Grinover (2009): “Nos tempos da construção de Brasília, Lina Bo Bardi faz
ressoar na província baiana o debate “universal” sobre a capital nacional; sobre os
avanços tecnológicos (escreveu sobre a ida do homem a Lua, sobre industrialização e
arte); sobre educação e museus; sobre o crescimento urbano, sobre a burguesia
conservadora de Salvador; sobre valores populares simples e belos. Sempre num tom
articulado e salpicado de toques satíricos demonstrando domínio dos temas e dos
contextos, revelando claramente seu projeto para uma nova cultura urbana, uma
transformação estética e comportamental. Um campo de debate para a arte moderna e a
cultura brasileira posta à altura das transformações sociais que tanto desejava, uma
articulação temática que revelava novamente a força da influência de Antônio Gramsci e
seus últimos parceiros italianos”.
38O texto original: “Culturas Hídridas: Estratlegias para Entrar y Salir de la Modernidad”,
de Néstor García Canclini, foi publicado em 1989, mas a versão utilizada no presente
estudo foi a sua primeira edição (1997) traduzida para o português: “CANCLINI, Néstor
García. Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade . Tradução de
Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 1997.”
59
PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
Após sua primeira fase na Bahia, Lina Bo Bardi volta a São Paulo e
em 1977 inicia as obras do SESC Pompéia, oportunidade que lhe
possibilitou utilizar todo seu conhecimento sobre as dinâmicas de
uso a apropriação de equipamentos coletivos de caráter cultural,
em prol da criação de espaços democráticos e igualitários. De
acordo com o mesmo artigo, depois de sua inauguração, a
arquiteta tem a oportunidade de voltar à Bahia (entre 1986 e
1990) para fazer uma série de projetos como a Casa do Benin,
Casa do Olodum e Ladeira da Misericórdia, todos parte de um
plano geral de recuperação do centro histórico de Salvador, nos
quais pôde levar “ao máximo sua experiência como arquiteta-
antropóloga, (...), investigando e vivenciando intensamente a
cultura popular baiana e afro-brasileira” (LIMA, 2014).
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
39 De acordo com a tese de doutorado defendida em 2010 por Ana Gabriella Lima
Guimarães, “A obra de João Filgueiras Lima no Contexto da Cultura Arquitetônica
Contemporânea”, o arquiteto que nasceu no Rio de Janeiro em 1932, dois anos após
formar-se arquiteto pela Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro deixou sua
cidade para colaborar com a construção de Brasília: “(...) Designado pelo IAPB (Instituto
de Aposentadoria e Pensões dos Bancários) como arquiteto-construtor dos primeiros
blocos de apartamentos da superquadra 108 Sul, ele operou de modo decisivo no
gerenciamento das obras mediante aplicação de procedimentos racionalizados que
viabilizou a conclusão das obras para a nova capital. (...) Em 1962 colaborou com Oscar
Niemeyer como secretário executivo do CEPLAN (Centro de Planejamento da
Universidade de Brasília), destinado a elaborar e fixar padrões para os edifícios da
Universidade conforme as normas urbanísticas de Lucio Costa, além de orientar e
conduzir os cursos da recém-criada faculdade de arquitetura. O CEPLAN introduziu um
novo ritmo de trabalho em Brasília, baseado nos conceitos de agilidade construtiva e
economia de pré-fabricação, preocupação difundida em diversas partes do mundo”
(GUIMARÃES, 2010, pp. 01-02).
40 A entrevista foi realizada com exclusividade para o CAU/BR em outubro de 2012.
Nessa ocasião também estavam entrevistando Lelé o arquiteto e professor Hugo
Segawa, o consultor e coordenador editorial Vicente Wissenbach e a jornalista Ledy
Valporto. Para assistir ao vídeo com a entrevista completa, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=G_GvEj1VyFg (parte 01) e
https://www.youtube.com/watch?v=zr1pGQu9jRw (parte 02). Acesso em 27 janeiro
2016.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
41 Em “O Lelé na UnB (ou o Lelé da UnB)” de Andrey Rosenthal Schlee: “Coube a Lelé
atuar diretamente no canteiro da 108, realizando, com muita dificuldade, de tudo um
pouco. ‘Fui lá para construir e não para projetar. Tive que desenvolver meus
conhecimentos técnicos, pois, naquela época, não havia nem como me comunicar com o
Rio. Se não tivesse adquirido certa base técnica e estudado bastante construção não
teria conseguido fazer nada’” (em PORTO, 2010, p. 150).
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44 “Distinção estabelecida por Paul Ricoeur entre cultura (um fenômeno local e
particular) e civilização universal dominante, como uma oposição entre natureza e
tecnologia. O regionalismo crítico busca fazer uma crítica arquitetônica de ambos os
conceitos.” (NESBITT, 2006, p.504).
45 Realizada com exclusividade para o CAU/BR em outubro de 2012 por Haroldo Ribeiro
(presidente do CAU), Hugo Segawa, Vicente Wissenbach e a Ledy Valporto. Vídeos
disponíveis em: https://www.youtube.com/watch?v=G_GvEj1VyFg (parte 01) e
https://www.youtube.com/watch?v=zr1pGQu9jRw (parte 02). Acesso em 27 janeiro
2016.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
46Paul Ricoeur é autor da tese de que “uma ‘cultura mundial’ híbrida somente se tornará
uma realidade por meios da fertilização recíproca entre uma cultura de raízes locais, por
um lado, e uma ‘civilização universal’, por outro”. NESBITT (2006, p. 505).
47 Termos sublinhados como aparecem na tradução de NESBITT (2006). No escrito de
Paul Ricoeur (“Universal Civilization and National Cultures”, History and Truth. Evanston,
Illinois: Northwestern University Press, 1961, pp. 276-283, publicado em KRAMPTON,
Kenneth. Prospects for a Critical Regionalism. Em Perspecta, vol. 20, 1983, pp. 147-162)
são usados os termos em inglês: “elementar culture”, “basic consumer culture”’ e
“nations just rising from underdevelopment”.
48 Originalmente em FRAMPTON (1983, p. 148). Para o presente estudo foi utilizada a
tradução de NESBITT (2006, p. 505).
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
49 Idem.
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51 Lelé preocupava-se em produzir peças estruturais que tivessem o peso ideal para
serem carregadas pelos funcionários; e também pensava em toda logística do transporte
das peças para que a obra gerasse a menor quantidade possível de resíduos: “As peças
pré-fabricadas pesavam menos de 100 quilos, e poderiam ser transportadas por apenas
dois operáios”. Em artigo de Hugo Segawa e Ana Gabriella Lima Guimarães op. cit,
página 90.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
53 O edifício foi vencedor do Prêmio “Rino Levi” de Arquitetura, Prêmio Categoria “Obra
Construída” pelo IAB/SP em 1996. Também do Grande Prêmio de Reabilitação na 11ª
Bienal Internacional de Arquitetura de Quito, em 1998. E finalista na 1ª Bienal Ibero-
Americana de Madrid, no mesmo ano.
54 Avalia-se que os princípios indicados por Marcelo Ferraz estejam presentes no Artigo
5º da Carta de Veneza (1964), no qual se afirma que “A conservação dos monumentos é
sempre favorecida pela sua adaptação a uma função útil à sociedade”; no Artigo 7º em
que se sustenta que “O monumento é inseparável da história de que é testemunho e do
meio em que se situa”; também no Artigo 13º no qual se esclarece que “Os acréscimos
só poderão ser tolerados na medida em que respeitarem todas as partes interessantes
do edifício, seu esquema tradicional, o equilíbrio da sua composição e as suas relações
com o meio ambiente”. Fonte: http://portal.iphan.gov.br. Acesso 24 setembro 2015.
55 Entende-se como “fato humano” a preocupação com a cultura de um povo específico:
o olhar antropológico, que expressa o sentido de “pertencimento” por parte da
sociedade. Marcelo Ferraz acredita que “o arquiteto deve ter a capacidade de entender
uma situação não só física, mas socioeconômica de um espaço, de um bairro ou de uma
comunidade. Deve conversar com as pessoas e tirar daí a sua resposta, o projeto.”
(FERRAZ, 2011, p. 163).
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
56 Que anos mais tarde recebeu a nomeação pela de IPHAN, Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional a qual perdura até hoje.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
58 Lucio Costa é comumente chamado de Dr. Lucio em diversos artigos sobre sua obra.
Acredita-se que começou a ser chamado assim respeitosamente, mas que, com o passar
do tempo o respeito transformou-se em carinho e gratidão pelo legado deixado à
arquitetura brasileira. No texto de apresentação da publicação “Lucio Costa: um modo de
ser moderno”, por exemplo: “Para além da esfera estritamente acadêmica, acolhemos
valiosos depoimentos de companheiros de geração que partilharam da convivência com
‘Dr. Lucio’, como lhe chamavam os mais próximos” (NOBRE, 2004, p. 8)
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60 Conforme relata o artigo de Gilberto Belleza (2008) formou-se arquiteto pela FAU USP
em 1954 e no início de sua carreia era possível identificar influência das linhas de
Artigas e de Le Corbusier. No entanto o projeto para o Instituto de Matemática da USP
(1963) é um marco de sua transição para uma nova fase de sua carreia com inspirações
na produção aaltiana. Em 1967, solidifica esta influência em seu projeto para a
residência Perseu Pereira quando “se utiliza da fôrma de maneira bastante racional, sem
perda do rigor lógico quanto à sua organização e construção, conforme a definição do júri
que lhe outorgou o Prêmio Rino Levi, conferido pelo IAB-SP” (BELLEZA, 2015).
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
p.128).
Para o português, o desenho é mais do que uma “linguagem
autônoma”, para ele, desenhar é procurar “por meio da escrita do
desenho uma série de ressonâncias que progressivamente
funcionem como parte de um todo (...)“. Segundo Gregotti, os
desenhos devem manter “a identidade das razões da sua origem
contextual” (GREGOTTI em SIZA, 2012, p. 12-13). No entanto,
também devem traduzir com clareza a organização das
sequências e dos percursos.
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PRINCÍPIOS E CONJECTURAS
61 Segundo Josep Maria Montaner (1999), Lina Bo Bardi também faz parte desta 3ª
geração, junto a nomes como Louis Kahn, Jorn Utzoon, Denys Lasdun, Aldo van Eyck,
Luis Barragán e Fernando Távora (p. 12), e inclui Lucio Costa na geração posterior a de
Le Corbusier (p. 32),
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 11: Render da fachada frontal em que se destaca o grande vão que
possibilitará a vista para o mar. Este bloco ainda não está concluído. Fonte:
Acervo Brasil Arquitetura.
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 12: A placa, assinada pelo Governo Federal, informa que a obra teve
inicio em 2011 e previsão de conclusão em agosto de 2013.
Fonte: Acervo da autora. Fotografado em maio de 2016.
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 14: Matrizes do piso rachado e das árvores secas, inspirações para
o desenvolvimento dos cobogós que preenchem a fachada do Museu Cais
do Sertão. Fonte: Memorial do Projeto via ArqBrasil.
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 20: Layout esquemático que demonstra a organização dos sete núcleos
organizadores da museografia. Fonte: Memorial do projeto via ArqBrasil.
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 24: Planta com a disposição dos pilares e cotas (inseridas pela
autora) que auxiliam o entendimento da distribuição dos pilares.
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
- na primeira porção do edifício, onde está localizada a recepção
do museu, e que segue até os primeiros 10 metros do
comprimento total do pavilhão, há seis peças, três de cada lado,
com formato retangular 0,50 x 0,20 metros e estão camufladas
dentro das paredes.
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PROJETOS E CONTEXTO
DETALHE 01
Figura 25: Planta aproximada (DETALHE 01) com destaque para o segundo
trecho do pavilhão no qual é possível perceber sua concepção estrutural, em
preto. Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
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PROJETOS E CONTEXTO
DETALHE 02
Figura 27: Planta aproximada (DETALHE 02) com destaque para o terceiro
trecho do pavilhão no qual é possível perceber sua concepção estrutural,
em preto. Fonte: Acervo do Brasil Arquitetura.
Uma escada reta, que possui três patamares, cujos degraus são
metálicos e ficam engastados na parede, conferindo suavidade,
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 28: Escada reta com degraus metálicos e pilar de sessão circular no
pavimento do mezanino. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
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62 Valor indicado como população estimada em 2015, de acordo com o site do IBGE,
acessado em 12 de julho de 2016. Para consultar estimativas da população acesse o
link http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2015/estimativa_tcu
.shtm.
115
PROJETOS E CONTEXTO
Figura 36: Acima: duas imagens de construções típicas dos imigrantes e imagem da
rua Conselheiro. Abaixo: primeira casa de alvenaria construída pelos
imigrantes; Escola Estadual de Ilópolis e Santuário São Paulo Apóstolo,
respectivamente. Fonte: Google Earth, acesso em 12 de julho de 2016.
63 IILA é a sigla do Istituto Italo-Latino Americano, que tem como objetivo desenvolver e
coordenar a investigação e documentação sobre os problemas, conquistas e
perspectivas dos países membros nos parâmetros: culturais, científicos, econômicos,
técnicos e sociais; propagar nos países membros os resultados de tal investigação e
documentação; e localizar em função desses resultados, as possibilidades concretas de
intercâmbio, de assistência mútua e de uma ação comum ou concertada nas áreas
mencionadas. Fonte: http://www.iila.org/. Acessado em 19 agosto 2015.
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 41: Obras de restauro das fachadas realizadas pelo IILA com mão de
obra 100% local (acima) e moinho com as fachadas restauradas (abaixo).
Fonte: (FERRAZ, 2008, pp. 24-25) Acervo do Brasil Arquitetura,
respectivamente.
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 48: Vista do edifício do museu a partir do outro lado da rua, na qual
é possível perceber os pilares de concreto que eleva o bloco do nível do
piso e vencem o pequeno desnível do terreno.
. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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PROJETOS E CONTEXTO
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Figura 50: Vista posterior do conjunto com destaque para a cortina de veludo
vermelha que protege o auditório da iluminação natural, quando necessário.
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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_ Figura 64: A Casa Román que acabou sendo demolida por conta de falhas
de comunicação entre a equipe da obra e do escritório.
Fonte: (FERRAZ, 2008, p.23).
Figura 65:
Fragmento da
parede original com
o desenho à base
de óxido de ferro e
azul anil,
provavelmente
desenhado por um
antigo morador da
Casa Román que
acabou sendo
demolida, hoje
incorporada ao
acervo do museu.
Fotos: Nelson Kon.
Fonte: Acervo Brasil
Arquitetura.
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PROJETOS E CONTEXTO
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 67: Destaque para os detalhes dos “capitéis” dos pilares projetados e
construídos por Lucio Costa (1937) e pelo Brasil Arquitetura (2008). E
desenho técnico do capitel (2008), abaixo. Fonte: André Marques e Silvia
Raquel Chiarelli. Via Vitruvius. Acesso em 11 de dezembro de 2015
(esquerda); Foto de Nelson Kon via Acervo Brasil Arquitetura (direita); Acervo
Brasil Arquitetura, abaixo.
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PROJETOS E CONTEXTO
65 O poema de Lina Bo Bardi foi utilizado para abrir o texto “O mestre-construtor” escrito
por Yopanan Conrado Pereira Rebello e Maria Amélia Devitte Ferreira D’Azevedo Leite
publicado em “Olhares. Visões sobre a obra de João Filgueiras Lima” organizado por
Cláudia Estrela Porto e editado pela Editora UnB em 2010, página 51.
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Figura 69: Imagem área que mostra a real situação com a organização
espacial composta pelo terminal urbano, o interurbano, o rio e a linha
férrea. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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PROJETOS E CONTEXTO
Figura 70: Vista para os dois lados da linha férrea a partir do edifício-ponte.
Fonte: Acervo da arquiteta, em maio de 2016.
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Figura 73: Imagens com as vigas metálicas cobertas por telhas, também
metálicas, na cor branca. Fonte: Acervo da autora, em maio de 2016.
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para recuperar a relação histórica da cidade com seu rio (...)” (em
CALDEIRA; FANUCCI; FERRAZ; SANTOS, 2005 p. 42) (Figura 83).
2) Comunicação
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O edifício deve comunicar-se com o usuário, que, por sua vez, deve
sentir-se à vontade a apropriar-se do espaço concebido. Em
palavras de Marcelo Ferraz: “arquitetura é comunicação” (FERRAZ,
2011, p.164), por sua capacidade, talvez maior até que nas outras
formas de comunicação, de unir “expressões intelectuais e
intuitivas, objetivas e subjetivas”, e no caso dos projetos do Brasil
Arquitetura, a ação arquitetônica, apesar de fundamentada na
criação é sempre “vigiada de perto, muito de perto, pela
responsabilidade civil e social” (FERRAZ, 2011, p.24).
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Figura 86: Implantação com módulos de 5x5 cobertos por telhado verde.
Vista de cima a construção será uma mimese à grama da parte externa do
edifício. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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Figura 87: Foto da maquete desenvolvida pelo Brasil Arquitetura para ser
utilizada pela equipe local na construção da “roupa de madeira” do
edifício. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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Ela está sustentada por dez pilares de seção circular com quinze
centímetros de diâmetro cada um. Esses dez pilares conformam
um segundo círculo com dez metros de diâmetro.
Os vinte caibros da cobertura estão posicionados a cerca de
quinze centímetros de distância um do outro. Pelos caibros,
distribuem-se as diversas terças (Figura 90) que se articulam.
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3) Discernimento
Como indicado no primeiro capítulo deste volume, a “ação
estratégica na área do patrimônio” (FERRAZ, 2011 p. 158) do
Brasil Arquitetura, apesar de municiada pelos princípios adotados
por Lina Bo Bardi e Lucio Costa, indica que as soluções propostas
devem estar vinculadas a determinadas motivações.
Quando questionados sobre qual o raciocínio utilizado por eles ao
decidir o que será mantido e o que será relegado em seus projetos
de intervenção em patrimônio, afirmam que seguem
frequentemente a máxima de que “cada caso é um caso”,
especialmente por entenderem a arquitetura como uma atividade
absolutamente dinâmica e que deve levar em conta a realidade
existente naquele momento específico em que precisam tomar
uma decisão, sendo, para eles, incoerente, preestabelecer
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Figura 93: A imagem mostra a relação entre o edifício novo, mais baixo, ao
fundo, com coloração acinzentada e o edifício antigo, branco e como ambos
relacionam-se com a praça e as áreas centenárias que foram mantidas.
Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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4) Responsabilidade
O quarto procedimento identificado como frequente no modo de
trabalhar do escritório Brasil Arquitetura é a ciência pela
responsabilidade intrínseca na atividade do arquiteto: a ética em
relação às consequências de suas propostas.
Há séculos os edifícios (ou refúgios) são construídos como abrigo
com a finalidade de durar o maior tempo possível, embora
admitam que essa tendência pode mudar com o passar das
próximas décadas devido à eminente necessidade de construção
de “arquiteturas de urgência”, como eram as intervenções feitas
por Lelé nos Centros de Comunidade – postos de saúde, pequenas
escolas, pontos de atendimento, lavanderias, etc – nas favelas no
Rio de Janeiro.
Em entrevista à autora desta pesquisa, Marcelo Ferraz afirmou
que, para Lelé, a arquitetura tinha um caráter emergencial; ritmo
de arquitetura de socorro; de ocupação. Ele construía
equipamentos de melhoria das condições de habitabilidade nas
favelas não por acreditar que as favelas deveriam durar para
sempre, muito pelo contrário, mas propunha assistência para
atender às necessidades momentâneas daquela população, que
não pode ser esquecida.
E nesse ponto sim, o pensamento da equipe do Brasil Arquitetura
se equipara ao do arquiteto carioca. Para eles, apesar de ter um
compromisso com os clientes (seja ele público ou privado), há de
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5) Substancialidade
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Figura 105:
Imagens das
ruínas da
antiga
enfermaria de
Jaraguão
(1880-1883),
antes da
intervenção
do escritório.
Fonte: Acervo
Brasil
Arquitetura.
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6) Brasilidade
Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz são arquitetos mineiros
erradicados em São Paulo desde a década de 1970, quando
vieram estudar Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São
Paulo.
Após formados, elegeram “Brasil” como nome do seu novo
escritório. Em entrevista para a autora desta pesquisa, Ferraz
relutou em concordar que o nome não foi uma escolha devida a
mero acaso. Segundo seu depoimento, quando o nome foi
escolhido eles tinham apenas um projeto construído e não havia
ambição de produzir pelo país inteiro, muito menos pretensão de
construir no exterior, mas admitiu que a vontade de relacionar a
produção do escritório como uma essência brasileira esteve em
sua gênese.
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Figura 111: Muxarabi instalados nas sacadas e nos acessos aos edifícios do
conjunto. Fonte: Acervo Brasil Arquitetura.
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Como foi dito desde o início deste estudo, não era seu objetivo
dissertar sobre a obra completa do escritório, mas sim estabelecer
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