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São Carlos
2017
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STUV
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,
POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS
DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Prof. Dr. Sérgio Rodrigues Fontes e
Seção Técnica de Informática, EESC/USP com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Resumo
A crescente preocupação com os recursos naturais, a consciência de que são
limitados, que em alguns processos são utilizados de maneira menos eficiente do
que se espera e a procura por meios de redução de custos, fazem com que seja
extremamente importante que conheçamos métodos de otimização e que saibamos
avaliar e analisar os efeitos da aplicação desses métodos. Normalmente fazem-se
testes em laboratório para verificar o desempenho dos sistemas, porém, esses testes
geralmente são demorados e geram custos elevados, por isso, ferramentas de simu-
lação matemática são muito importantes, pois, quando validadas e consolidadas,
podem retornar resultados confiáveis de maneira rápida e praticamente sem gas-
tos. Baseando-se nisto, este trabalho visa implementar, desenvolver e aplicar um
modelo matemático que simula sistemas de refrigeração por compressão mecânica
de vapor, com enfoque na refrigeração doméstica. O modelo matemático consiste
no estudo do balanço de energia em volumes de controle no entorno dos compo-
nentes do sistema (compressor, condensador, tubo capilar, evaporador e gabinete)
e aplicar os fundamentos de Transferência de calor e Termodinâmica. As equações
diferenciais ordinárias no tempo foram resolvidas com as ferramentas e bibliotecas
da linguagem de programação Python. Foram estudados refrigeradores de um e de
dois compartimentos, com compressor alternativo, condensador tubo-arame, tubo
capilar e trocador de calor com a linha de sucção e evaporador roll-bond. Além disso,
uma metodologia experimental para a carcterização do gabinete e dos componentes
do sistema, sem a necessidade de desmontar o produto, foi estudada e desenvolvida.
Símbolos Arábicos
𝐴 Área
𝑐𝑝 Calor específico
𝑑 Diâmetro
𝐺𝑟 Número de Grashof
𝑘 Condutividade térmica
𝐿 Comprimento
˙
𝑚 Vazão mássica
𝑀𝐶 Capacidade térmica
𝑛𝑝 Expoente politrópico
𝑁𝑓 Número de aletas
𝑃 Pressão
𝑝 Passo
𝑃𝑟 Número de Prandtl
𝑅𝑡 Resistência térmica
𝑅𝑒 Número de Reynolds
𝑠 Entropia
𝑇 Temperatura
𝑡 Tempo
𝑈𝐴 Condutância térmica
˙
𝑊 Potência elétrica
Símbolos gregos
Δ𝑇 Diferença de temperatura
𝜖 Emissividade
𝜂 Eficiência, rendimento
𝜋 Razão de pressões
𝜌 Densidade
𝜎 Constante de Stefan-Boltzmann
𝜏 Constante de tempo
Sub-índices
1 Sucção do compressor
2 Descarga do compressor
3 Saída do condensador
4 Entrada do evaporador
5 Saída do evaporador
𝑎𝑚𝑏 Ambiente
𝑎𝑖𝑟 Ar externo
𝑐 Superfície externa do condensador
𝑐𝑜𝑚 Compressor
𝑐𝑜𝑛𝑑 Condensação
𝑒𝑓 Evaporador do congelador
𝑒𝑟 Evaporador do refrigerador
𝑒𝑣𝑎𝑝 Evaporação
𝑒𝑥𝑡 Externo
𝑓 Fonte fria
𝑖𝑛𝑡 Interno
ℎ𝑒 Trocador de calor
𝑚 Mercadoria
𝑜𝑓 𝑓 Desligado
𝑜𝑛 Ligado
𝑞 Fonte quente
𝑟 Refrigerador
𝑟𝑎𝑑 Radiação
𝑟𝑓 Congelador
𝑠 Isentrópico
𝑠𝑎𝑡 Saturação
𝑠𝑐 Sub-resfriamento
𝑠ℎ Superaquecimento
𝑣 Volumétrico
𝑤𝑐 Parede do condensador
𝑤𝑒 Parede do evaporador
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.2 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2 Revisão Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.1 Sistemas de Refrigeração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.1.1 Conceitos e princípios Termodinâmicos referentes à Refrigeração . . 25
2.1.2 Sistema de refrigeração por compressão mecânica de vapor . . . . . 28
2.2 Considerações sobre a modelagem matemática . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1 Modelagem Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.2 Modelo do refrigerador de um compartimento . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.2.1 Modelo do compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.2.2 Modelo do condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.2.3 Modelo do tubo capilar/trocador de calor . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.2.4 Modelo do evaporador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2.5 Modelo do gabinete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.2.6 Modelo da mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.3 Modelo do refrigerador de dois compartimentos . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.1 Modelo do compressor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.2 Modelo do condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.3.3 Modelo do tubo capilar/trocador de calor . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3.4 Modelo do evaporador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3.5 Modelo dos compartimentos do gabinete . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.4 Metodologia experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.4.1 Teste de caracterização do gabinete . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.4.2 Teste de pull-down modificado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
4 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4.1 Implementação inicial (base line) - um compartimento . . . . . . . . . . . . 49
4.2 Análises paramétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.2.1 Aumento de 50% na capacidade térmica do interior do gabinete . . 51
4.2.2 Aumento de 50% no volume deslocado pelo pistão . . . . . . . . . . 52
4.2.3 Aumento da rotação do compressor de 2850 para 4500 rpm . . . . . 53
4.2.4 Redução de 80% na condutância térmica entre o condensador e o
ambiente (𝑈 𝐴𝑐 ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
4.2.5 Mudança na faixa de operação do termostato . . . . . . . . . . . . 55
4.3 Mercadoria no interior do gabinete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.4 Simulação do teste de pull-down . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
4.5 Refrigerador de dois compartimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.5.1 Comparação teste de pull-down . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.5.2 Comparação teste ciclado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
6 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Apêndices 71
1 Introdução
1.1 Objetivos
O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento e a implementação de um pro-
grama numa linguagem de programação aberta e livre para simular um sistema de re-
frigeração de compressão mecânica de vapor, com foco nos sistemas domésticos, como
geladeiras e freezers, com um ou dois compartimentos. A modelagem matemática do
problema consistiu na aplicação da teoria de Termodinâmica, Transferência de Calor e
Mecânica dos Fluidos: Primeira Lei da Termodinâmica, condução, convecção, radiação, e
balanços de energia em volumes de controle, além de testes em laboratório para levantar
condutâncias e capacidades térmicas dos componentes do sistema e trocadores de calor. O
modelo foi baseado no trabalho de Jakobsen, A. (1995), sendo um ponto de destaque neste
1.2. Estrutura do trabalho 23
2 Revisão Bibliográfica
∙ Refrigeração a ar
𝑄˙ 𝑓
𝐶𝑂𝑃 = ˙ (2.1)
𝑊
Definindo um volume de controle ao redor da máquina frigorifica e aplicando um
balanço de energia, segundo a Primeira Lei da Termodinâmica, temos:
𝑄˙ 𝑞 = 𝑄˙ 𝑓 + 𝑊
˙ (2.2)
𝑄˙ 𝑓
𝐶𝑂𝑃 = ˙ (2.3)
𝑄𝑞 − 𝑄˙ 𝑓
Observe a figura 4.
𝑄˙ 𝑓 = 𝑇𝑓 (𝑠2 − 𝑠1 ) (2.4)
𝑄˙ 𝑞 = 𝑇𝑞 (𝑠3 − 𝑠4 ) (2.5)
˙ = 𝑄˙ 𝑞 − 𝑄˙ 𝑓
𝑊 (2.6)
Então,
𝑇𝑓 (𝑠2 − 𝑠1 )
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = (2.7)
𝑇𝑞 (𝑠3 − 𝑠4 ) − 𝑇𝑓 (𝑠2 − 𝑠1 )
𝑇𝑓
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = (2.8)
𝑇𝑞 − 𝑇𝑓
Com isso, o sistema tem sua eficiência prejudicada quando a diferença entre 𝑇𝑞
e 𝑇𝑓 é muito grande. Note que fazendo 𝑇𝑞 tender a 𝑇𝑓 , no limite, 𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 tende a
infinito e o trabalho inserido no sistema seria zero, contrariando o enunciado de Clausius
(Segunda Lei da Termodinâmica).
Como a máquina ideal tem 𝐶𝑂𝑃 = 𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 , o rendimento de uma máquina
frigorífica real é obtido comparando-a com a ideal:
28 Capítulo 2. Revisão Bibliográfica
𝐶𝑂𝑃𝑟𝑒𝑎𝑙
𝜂𝑟𝑒𝑎𝑙 = (2.9)
𝐶𝑂𝑃𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡
Um dos problemas que pode ocorrer com o compressor em um sistema deste tipo
é quando a evaporação não ocorre completamente antes do fluido chegar ao compressor,
2.1. Sistemas de Refrigeração 29
Figura 6: Diagrama P-h do sistema de refrigeração com trocador de calor capilar-sucção e disposição dos
componentes.
O trocador de calor tubo capilar-linha de sucção pode ser feito de várias maneiras:
com o capilar enrolado no tubo de sucção, como mostrado na figura 6, com o capilar
soldado ao lado do tubo de sucção, ou o capilar passando por dentro da linha de sucção,
como mostrado na figura 7. Note que nestas duas últimas configurações, o conjunto forma
um trocador de calor de contra-correntes.
Um sistema de refrigeração real tem processos termodinâmicos e características
30 Capítulo 2. Revisão Bibliográfica
um pouco diferentes por conta das perdas, ocasionadas pelas irreversibilidades existentes
em vários pontos do sistema, como troca de calor com diferença finita de temperaturas
e atritos, tanto no escoamento de refrigerante como nos componentes mecânicos móveis
do compressor. Além da perda de carga ao longo da tubulação, as locais também são
importantes, como nas válvulas do compressor. Além disso, nos compressores alternativos
ocorre um pré-aquecimento do vapor na carcaça, antes da entrada no cilindro, fazendo
com que sua densidade diminua e, assim, diminuindo a vazão mássica. Ainda podemos
citar questões de refluxo nas válvulas do compressor e vazamentos ao longo do circuito.
Veja a figura 8.
levantados a partir de correlações, sendo, uma das análises feitas pelo autor, a compa-
ração das correlações que retornaram melhores resultados. Para a transferência de calor
entre o ar externo e a carcaça do compressor, Klein comparou as correlações considerando
convecção natural em um cilindro e em uma esfera, sendo o último o melhor caso; para
o condensador arame sobre tubo (modelado considerando perda de carga, assim como no
evaporador), considerou as correlações de Cyphers et al (1958), Papanek et al (1958) e
Tanda & Tagliafico, obtendo melhores resultados com a primeira; para a modelagem do
capilar/trocador de calor utilizou o software CAPHEAT (Mezavilla, 1995); para o evapo-
rador (roll-bond), considerou temperatura uniforme na superfície, e modelou a convecção
com a correlação de Churchill & Chu (1975) e a radiação ficou por conta da teoria de
Transferência de Calor, utilizando fatores de forma e, para o gabinete, considerou o calor
entrando pela gaxeta e por condução unidimensional através das paredes.
O modelo desenvolvido por Hermes, C. J. L. (2000), foi feito com sub-modelos se-
parados para cada componentes, permitindo uma análise individual ou global do sistema.
Além disso, é um modelo que permite a simulação transiente e permanente. O autor uti-
lizou uma série de testes para ajustar seu modelo, que é teórico. O modelo do compressor
ainda permite a obtenção de resultados de processos no interior dele, que nos modelos ci-
tados anteriormente funciona como uma "caixa preta". É possível levantar resultados para
as trocas de calor entre os componentes mecânicos internos do compressor e o refrigerante
no interior da carcaça e a condição do refrigerante na sucção e na descarga. A mudança
de temperatura também é possível de ser monitorada para os componentes internos, além
da carcaça. Para o evaporador e o trocador de calor, foi utilizado um modelo distribuído,
sendo assim, possível calcular o gradiente de temperaturas ao longo do tubo. No modelo
do gabinete é possível calcular temperaturas de suberfícies de parede (interna e externa)
e a transferência de calor por radiação em seu interior.
O trabalho de Negrão, C. O. R. & Hermes, C. J. L. (2011), tem foco na redução de
consumo energético e nos custos de refrigeradores. Os autores constataram que o modelo
apresentou erros dentro da faixa de ±10% para capacidade de refrigeração, consumo
energético e razão de tempo ligado. A modelagem foi feita considerando o sistema em
regime permanente, porém o efeito transiente (on/off ) foi inserido com a razão de tempo
ligado obtida com um balanço global de energia durante um ciclo liga-desliga completo. A
modelagem de cada um dos componentes foi baseada em balanços de energia. A avaliação
da redução do consumo e dos custos foi feita com a otimização das áreas de transferência
de calor do condensador e do evaporador e da espessura do isolamento do gabinete.
Guzella, M. S. (2013) desenvolveu um modelo para o regime permanente, utilizando
o software EES○R
e um para o transiente, usando o GT-SUITE○ R
. O modelo foi feito com
base nas equações governantes de conservação da massa, quantidade de movimento e
energia. Um destaque deste trabalho foi a aplicação de dois tipos de modelagem para os
2.2. Considerações sobre a modelagem matemática 33
3 Metodologia
– Desconsiderar:
√
𝜂𝑣 = 0, 542 − 0, 08954𝜋 + 0, 27523 𝜋 (3.1)
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑
𝜋= (3.2)
𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝
√︁
2
𝜂𝑠 = −1, 479 − 1, 4916𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝 + 3, 2409 𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝 + 0, 08142𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝 (3.3)
𝑁𝑟𝑝𝑚
˙ 𝑐𝑜𝑚 = 𝜂𝑣 𝜌1 𝑉𝑠
𝑚 (3.4)
60
)︂ (︃ )︃ 𝑛𝑝 −1
𝑇1 + 𝑇𝑐𝑜𝑚 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑛𝑝
(︂
𝑇2 = (3.5)
2 𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝
˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ2𝑠 − ℎ1 )
˙ =𝑚
𝑊 (3.7)
𝜂𝑠
𝑑𝑇𝑐𝑜𝑚 ˙ − 𝑄˙ 𝑐𝑜𝑚 − 𝑚
𝑀 𝐶𝑐𝑜𝑚 =𝑊 ˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ2 − ℎ1 ) (3.8)
𝑑𝑡
𝑑𝑇𝑤𝑐
𝑀 𝐶𝑐 = 𝛼𝑐𝑖 𝐴𝑐𝑖 (𝑇𝑐𝑜𝑛𝑑 − 𝑇𝑤𝑐 ) − 𝑄˙ 𝑐 (3.13)
𝑑𝑡
A nova temperatura de condensação (próxima iteração) é calculada a partir da
Eq. 3.11, como mostra a Eq. 3.14.
˙ 2 − ℎ3 )
𝑚(ℎ
𝑇𝑐𝑜𝑛𝑑,𝑟 = 𝑇𝑤𝑐 + (3.14)
𝛼𝑐𝑖 𝐴𝑐𝑖
Já que ℎ3𝑜 = ℎ3 , pela expansão ser isentálpica neste trecho incial do tubo capilar.
Considerando que o refrigerante na linha de sucção é gás superaquecido, a tempe-
ratura no estado 1 é:
(𝑇3𝑜 − 𝑇5 )
𝑇1,𝑟 = 𝑇3𝑜 − [1 − 𝑒𝑥𝑝(−𝐾𝐿ℎ𝑒 )] (3.17)
𝐾𝐿ℎ𝑒
Onde,
𝑈 𝐴′ℎ𝑒
𝐾= (3.18)
˙ 𝑐𝑜𝑚 𝐶𝑝𝑔
𝑚
𝑄˙ ℎ𝑒 = 𝑚
˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ1 − ℎ5 ) (3.19)
˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ3 − ℎ4 ) = 𝑚
𝑚 ˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ1 − ℎ5 ) (3.20)
⇒ ℎ4 = ℎ3 − ℎ1 + ℎ5 (3.21)
𝑑𝑇𝑤𝑒
𝑀 𝐶𝑒 = 𝑄𝑒 − 𝛼𝑒𝑖 𝐴𝑒𝑖 (𝑇𝑤𝑒 − 𝑇𝑒𝑣𝑎𝑝 ) (3.26)
𝑑𝑡
Para calcular a nova temperatura de evaporação (próxima iteração) faz-se:
˙ 5 − ℎ4 )
𝑚(ℎ
𝑇𝑒𝑣𝑎𝑝,𝑟 = 𝑇𝑤𝑒 − (3.27)
𝛼𝑒𝑖 𝐴𝑒𝑖
𝑄˙ 𝑟 = 𝑈 𝐴𝑟 (𝑇𝑎𝑚𝑏 − 𝑇𝑟 ) (3.28)
𝑑𝑇𝑟
𝑀 𝐶𝑟 = 𝑄˙ 𝑟 − 𝑄˙ 𝑒 (3.29)
𝑑𝑡
42 Capítulo 3. Metodologia
𝑄˙ 𝑚 = 𝑈 𝐴𝑚 (𝑇𝑚 − 𝑇𝑟 ) (3.30)
𝑑𝑇𝑚
𝑀 𝐶𝑚 = −𝑄˙ 𝑚 (3.31)
𝑑𝑡
3.3. Modelo do refrigerador de dois compartimentos 43
𝑄˙ 𝑟 = 𝑈 𝐴𝑟 (𝑇𝑎𝑚𝑏 − 𝑇𝑟 ) + 𝑄˙ 𝑚 (3.32)
𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑
𝜋= (3.35)
𝑃𝑒𝑣𝑎𝑝
𝑑𝑇𝑤𝑐
𝑀 𝐶𝑐 ˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ2 − ℎ3 ) − 𝑄˙ 𝑐
=𝑚 (3.36)
𝑑𝑡
44 Capítulo 3. Metodologia
𝑄˙ 𝑒 = 𝑄˙ 𝑒𝑟 + 𝑄˙ 𝑒𝑓 (3.38)
Sendo,
Além disso, foi encontrada uma capacidade térmica equivalente (𝑀 𝐶𝑒𝑞 . Deste
modo, com um balanço de energia podemos calcular a temperatura do evaporador:
𝑑𝑇𝑤𝑒
𝑀 𝐶𝑒𝑞 = 𝑄˙ 𝑒 − 𝑚
˙ 𝑐𝑜𝑚 (ℎ5 − ℎ4 ) (3.41)
𝑑𝑡
Quando o sistema desliga, com o encerramento do fluxo de massa, as temperaturas
superficiais dos evaporadores do refrigerador e do congelador tornam-se muito diferentes,
pela grande diferença de temperatura do ar ao redor de cada um deles. Deste modo, são
tratados separadamente:
𝑑𝑇𝑒𝑟
𝑀 𝐶𝑒𝑟 = 𝑄˙ 𝑒𝑟 (3.42)
𝑑𝑡
𝑑𝑇𝑒𝑓
𝑀 𝐶𝑒𝑓 = 𝑄˙ 𝑒𝑓 (3.43)
𝑑𝑡
Na seção resultados, os gráficos de temperatura no evaporador para o refrigera-
dor de dois compartimentos mostram uma média entre a temperatura do evaporador no
refrigerador e no congelador, nos momentos em que o sistema está desligado.
3.4. Metodologia experimental 45
Figura 16: Volume de controle ao redor dos compartimentos do gabinete e balanço de energia.
𝑑𝑇𝑟𝑟
𝑀 𝐶𝑟𝑟 = 𝑄˙ 𝑟𝑟 − 𝑄˙ 𝑒𝑟 − 𝑄𝑤 (3.47)
𝑑𝑡
𝑑𝑇𝑟𝑓
𝑀 𝐶𝑟𝑓 = 𝑄˙ 𝑟𝑓 − 𝑄˙ 𝑒𝑓 + 𝑄𝑤 (3.48)
𝑑𝑡
𝑄˙ = 𝑈 𝐴Δ𝑇 (3.49)
Para o congelador:
˙ 𝑟𝑟 + 𝑊
𝑊 ˙ 𝑟𝑓 = 𝑈 𝐴𝑟𝑟 (𝑇𝑟𝑟 − 𝑇𝑎𝑚𝑏 ) + 𝑈 𝐴𝑟𝑓 (𝑇𝑟𝑓 − 𝑇𝑎𝑚𝑏 ) (3.52)
E, 𝑊˙ 𝑟𝑟 , 𝑊
˙ 𝑟𝑓 , 𝑇𝑟𝑟 , 𝑇𝑟𝑓 , e 𝑇𝑎𝑚𝑏 , são valores conhecidos. Portanto, com dois testes
mudando a potência elétrica em cada compartimento, um sistema de duas equações e duas
incógnitas e obtido. Um outro método é fazer uma série de testes em condições diferentes
e aplicar o método dos mínimos quadrados com a Eq. 3.49.
𝜏 = 𝑅𝑡 𝑀 𝐶 (3.53)
48 Capítulo 3. Metodologia
𝑅𝑡 = 1/𝑈 𝐴 (3.54)
𝑀 𝐶 = 𝜏.𝑈 𝐴 (3.55)
4 Resultados
Nesta seção, o resultado obtido por Jakobsen foi reproduzido para efeito de com-
paração e consolidação do código. Veja as figuras 19 e 20 mostrando o comportamento do
sistema e a figura 21 mostrando os valores de temperatura obtidos por ele.
Figura 19: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes nas condições iniciais de teste (base line),
conforme Jakobsen.
Figura 20: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes nas condições iniciais de teste (base
line), conforme Jakobsen.
Note que o modelo em Python mostrou uma boa concordância, com resultados
muito semelhantes aos obtidos por Jakobsen.
Neste momento, com o programa consolidado, foram feitas algumas análises, com
alterações em alguns parâmetros importantes no funcionamento do sistema de refrigera-
ção. A tabela 2 mostra os impactos de cada mudança na performance da geladeira. A 𝑊 ˙,
𝑄˙ 𝑒 e 𝑄˙ 𝑐 são os valores médios no tempo de potência, capacidade de refrigeração e calor
rejeitado no condensador.
Os dados da tabela foram obtidos simulando 24ℎ de funcionamento do gabinete
operando sob a lógica 𝑜𝑛/𝑜𝑓 𝑓 . Nas seções abaixo, são apresentadas as considerações com
base no que é apresentado na tabela 2 e os gráficos apesentam simulações de até 50 𝑚𝑖𝑛
para facilitar a visualização dos dados. As condições são: 1 (aumento de 50% da capacidade
térmica no interior do gabinete), 2 (aumento de 50% no volume deslocado pelo pistão do
compressor), 3 (aumento na rotação do compressor para 4500 rpm), 4 (redução de 80%
da condutância térmica entre o condensador e o ambiente) e 5 (mudança na faixa de
operação do termostato de 4 a 6∘ 𝐶 para 2 a 4∘ 𝐶).
4.2. Análises paramétricas 51
Figura 22: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com o aumento da capacidade térmica
do interior do gabinete.
Figura 23: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes com o aumento da capacidade térmica
do interior do gabinete.
Note que houve um esperado aumento nos tempos ligado e desligado, por conta
do aumento da inércia térmica, com isso o sistema vai ter menos ciclos, porém, o tempo
total ligado é maior e, com isso, a potência média também. Juntando com o fato de que
a capacidade de refrigeração média ficou menor, houve uma piora no COP e um aumento
do consumo.
Figura 24: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com o aumento do volume deslocado
pelo pistão do compressor.
Figura 25: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes com o aumento do volume deslocado
pelo pistão do compressor.
Figura 26: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com o aumento darotação do compressor.
Figura 27: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes com o aumento da rotação do com-
pressor.
Isso pode ocorrer quando se coloca algo sobre o condensador da geladeira, obs-
truindo a transferência de calor ou quando se aproxima muito o aparelho da parede.
Neste caso, o tempo ligado aumentou e o tempo desligado diminuiu (observe a figura 28).
A potência média do compressor foi maior que no caso de referência, já que o tempo total
ligado foi maior, enquanto que a capacidadede refrigeração diminuiu, provocando uma
redução no COP e um maior consumo. Note como a taxa de transferência de calor no
condensador foi prejudicada no gráfico da figura 29.
Figura 29: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes com redução de 𝑈 𝐴𝑐 .
Esta análise considera uma mudança das temperaturas limites (superior e inferior)
do termostato. No caso de referência (base line), ele estava ajustado para atuar quando a
temperatura interna do gabinete chegasse a 6∘ 𝐶, ligando o compressor e a 4∘ 𝐶, desligando
o compressor. Para este estudo as temperaturas limites foram definidas como 2∘ 𝐶 e 4∘ 𝐶.
Veja a dinâmica do sistema nas figuras 30 e 31 abaixo.
Figura 30: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com a mudança da faixa de operação do
termostato.
Figura 31: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes com a mudança da faixa de operação
do termostato.
Observe que, como as temperaturas são mais baixas, no primeiro ciclo o tempo
ligado foi bem maior, já que as temperaturas iniciais dos componentes do sistema foram
mantidas. Além disso, como o sistema funcionou por mais tempo, as temperaturas da
carcaça do compressor e da parede do condensador atingiram valores maiores no fim do
período ligado, bem como as temperaturas da parede do evaporador e do ar interno do
gabinete ficaram menores. Em análises posteriores, concluiu-se que nos demais ciclos o
tempo ligado também é maior e o desligado, menor, como apresentado na tabela 2. Deste
modo a potência média é maior. A capacidade de refrigeração média aumentou, porém,
ainda assim o COP reduziu e o consumo aumentou.
Neste estudo, foi modelado 1kg de carne bovina magra no interior do gabinete.
Inicialmente considerou-se que a carne foi colocada na geladeira a 25∘ 𝐶. A condutância
térmica calculada foi de 𝑈 𝐴𝑚 = 0, 416 𝑊/𝐾 e a capacidade térmica foi de 3400 𝐽/𝐾.
Veja nas imagens 32 e 33 o comportamento do sistema:
4.3. Mercadoria no interior do gabinete 57
Figura 32: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com a presença de uma mercadoria no
gabinete.
Figura 34: Gráfico mostrando as temperaturas dos componentes com a presença de uma mercadoria fria
no interior do gabinete.
Nesta simulação, foi definido que a temperatura ambiente é 43∘ 𝐶. Com isso, todas
os valores iniciais de temperaturas dos componentes, e do ar do interior do gabinete
também são 43∘ 𝐶. Veja as figuras 36, 37 e 38 mostrando o comportamento do sistema.
Figura 37: Gráfico mostrando as taxas de energia nos componentes do teste de pull-down.
𝜏 [𝑠]
Compressor 5160
Condensador 3700
Evaporador 2760
Refrigerador 6000
Congelador 4260
4.5. Refrigerador de dois compartimentos 61
𝑇𝑎𝑚𝑏 [∘ 𝐶] 25 32 43
𝑀 𝐶𝑐𝑜𝑚 [𝐽/𝐾] 6639,16 6356,64 6456,49
𝑀 𝐶𝑐 [𝐽/𝐾] 21884,74 20173,72 18783,13
𝑀 𝐶𝑒𝑟 [𝐽/𝐾] 975,7 975,7 975,7
𝑀 𝐶𝑒𝑟 [𝐽/𝐾] 9026,66 9026,66 9026,66
𝑀 𝐶𝑒𝑞 [𝐽/𝐾] 8755,56 8593,81 9630,34
𝑀 𝐶𝑟𝑟 [𝐽/𝐾] 6853,20 6853,20 6853,20
𝑀 𝐶𝑟𝑓 [𝐽/𝐾] 1363,57 1363,57 1363,57
𝑈 𝐴𝑟𝑟 = 1, 14 (4.5)
𝑈 𝐴𝑟𝑓 = 0, 32 (4.6)
𝑈 𝐴𝑝 = 0, 07 (4.7)
Figura 44: Gráfico mostrando as temperaturas do compressor no teste ciclado em laboratório e na simu-
lação (𝑇𝑎𝑚𝑏 = 32∘ ).
Figura 46: Gráfico mostrando as temperaturas do evaporador no teste ciclado em laboratório e na simu-
lação (𝑇𝑎𝑚𝑏 = 32∘ ).
Figura 48: Gráfico mostrando as temperaturas do condelador no teste ciclado em laboratório e na simu-
lação (𝑇𝑎𝑚𝑏 = 32∘ ).
Figura 49: Gráfico mostrando as potências no teste ciclado em laboratório e na simulação (𝑇𝑎𝑚𝑏 = 32∘ ).
6 Referências bibliográficas
Os valores de condutância térmica são mostrados nas equações de A.1 até A.6.
𝑈 𝐴𝑐 = 𝑈𝑐 * 𝐴𝑐 (A.4)
𝑈 𝐴𝑟 = 2, 25𝑊/𝐾 (A.6)
75
Neste apêndice, consideramos uma vazão mássica de 3, 1.10−4 𝑘𝑔/𝑠, que é a vazão
fornecida pelo compressor de velocidade variável equivalente ao on/off usado neste traba-
lho, a 1600 rpm, que é a velocidade mínima para a segurança do compressor (bombeamento
de óleo). Com isso, estamos selecionando a pior condição de operação nos trocadores de
calor já que a vazão é a menor e, então, o coeficiente de transferência de calor interno
também é o menor. O estudo será feito no condensador, já que os trocadores de calor
são as regiões mais afetadas por variações dos coeficientes de transferência de calor e ele
possui as regiões de superaquecimento, bifásica e de sub-resfriamento (figura 50).
Outros dados encontrados foram: diâmetro externo do tubo do condensador, 𝑑𝑡,𝑒𝑥𝑡 =
4, 826 𝑚𝑚, de acordo com o diâmetro externo medido, encontramos o diâmetro interno,
𝑑𝑡,𝑖𝑛𝑡 = 3, 34 𝑚𝑚, já que são tubos comerciais, o comprimento do tubo, 𝐿𝑡 = 9, 6 𝑚, o
passo dos tubos (espaçamento dos tubos horizontais da serpentina), 𝑝𝑡 = 50, 2 𝑚𝑚, o
diâmetro das aletas (arames), 𝑑𝑓 = 1, 35 𝑚𝑚, o comprimento das aletas, 𝐿𝑓 = 753 𝑚𝑚 e
o número de aletas, 𝑁𝑓 = 80.
Figura 50: Regiões em que o condensador foi dividido, de acordo com o tipo de escoamento.
⎧ [︃ ]︃1/6 ⎫ (︃ )︃
⎨
1/3 ℎ𝑓 𝑔 ⎬ 𝑘𝑓
ℎ2𝑝ℎ = 15, 9𝑃 𝑟𝑙 𝑅𝑒𝑣0,15 (B.1)
⎩ 𝑐𝑝,𝑙 (𝑇𝑐𝑜𝑛𝑑 − 𝑇𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 ) ⎭ 𝑑𝑖𝑛𝑡
76 APÊNDICE B. Estudo sobre a resistência térmica interior e exterior no condensador
(︃ )︃
𝑘𝑓
ℎ𝑠ℎ/𝑠𝑐 = 0, 023𝑅𝑒0,8
𝐷 𝑃𝑟
0,33
(B.2)
𝑑𝑖𝑛𝑡
(︃ )︃
2 𝑘𝑓
ℎ𝑡 = (B.3)
𝑙𝑛(1 + 5𝐺𝑟−0,25 ) 𝑑𝑒𝑥𝑡
(︃ )︃
2 𝑘𝑓
ℎ𝑓 = [︂ )︁−0,25 ]︂ (B.4)
𝑑𝑒𝑥𝑡
(︁
𝑑
𝑙𝑛 1 + 4 𝐺𝑟 𝐿𝑓𝑓
𝐴𝑓 𝐴𝑡
ℎ𝑎𝑖𝑟 = 𝜂𝑓 ℎ𝑓 + ℎ𝑡 (B.5)
𝐴𝑓 + 𝐴𝑡 𝐴𝑓 + 𝐴𝑡
2 2
ℎ𝑟𝑎𝑑 = 𝜖𝜎(𝑇𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 + 𝑇𝑎𝑚𝑏 )(𝑇𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 + 𝑇𝑎𝑚𝑏 ) (B.6)
B.4 Resultados
Os resultados obtidos estão registrados na tabela 8.
Note que o coeficiente interno é muito maior que o externo e, como a resistência
térmica (𝑅𝑡 ) de convecção é:
1
𝑅𝑡 = (B.7)
ℎ𝐴
A resistência térmica do interior fica bem menor, mostrando que é coerente a
hipótese de desconsiderar a resistência térmica entre o fluido refrigerante e a superfície
do trocador.
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Figura 52: Cidades brasileiras onde as empresas mais usam a linguagem Python.