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Josiane Lino da Silva
ABSTRAT: This work aims to show the inclusion of the deaf in Brazilian education
and if this education is prepared to receive the deaf in an inclusive way according to
the Federal Constitution of 1988. Using a bibliographical research, where the
following will be addressed questions: deaf and listened, included and excluded,
rights and legislation, rescue of the history to which the deaf is inserted. Resulting
from the reality to which these subjects are inserted, lacking conditions to be included
in schools, as well as in society; because it does not have the means to guarantee
that its rights are fulfilled.
INTRODUÇÃO
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Graduanda no curso de Pós Graduação em Libras (josi_dessa@hotmail.com)
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O SURDO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
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De acordo com Mello (1999), ressaltamos que uma sociedade bilíngue não se
forma somente a partir do contato entre línguas e culturas, “[...] igualmente
importante são as atitudes que as pessoas tem em relação ás línguas e aos
membros das comunidades minoritárias, bem como as políticas linguísticas a serem
adotadas pela comunidade num todo”.
Neste sentido:
[...] é possível aceitar o conceito de Cultura Surda por meio de uma leitura
multicultural, em sua própria historicidade, em seus próprios processos e
produções, pois a cultura Surda não é uma imagem velada de uma
hipotética Cultura Ouvinte, não é seu revés, nem uma cultura patológica.
(SKLIAR, 1998, p.28).
O surdo tem “um jeito surdo de ser”, ele se utiliza da visão, pois a língua de
sinais é gestual e visual e suas experiências são através da visão.
Quadros (2004, p.30) afirma que “[...] as línguas de sinais são consideradas
línguas naturais e, conseqüentemente compartilham uma série de características
que lhes atribui caráter específico e as distingue dos demais sistemas de
comunicação”.
A criança deve ter o contato desde cedo com a comunidade surda, nos mais
variados ambientes como escolas, associações de surdos, para que lhe sejam
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Fernandes (2004, p.9) pontua para os surdos que, “[...] o português será uma
segunda língua, sem referências lingüisticas auditivas ou “naturais”.
AS DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM
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Segundo Belleboni (2015), os educandos com Das não são deficientes, não
são incapazes, somente manifestam alguma dificuldade para o aprendizado.
Fonseca (2005) afirma que a aprendizagem é responsabilidade do cérebro. A
aprendizagem bem sucedida ocorre quando certas funções do cérebro se encontram
integras, tais como: funções do sistema nervoso periférico, funções do sistema
nervoso central, sendo que os fatores psicológicos também são fundamentais.
Ainda conforme Fonseca (2005), para que uma criança alcance o
aprendizado é preciso que sejam respeitadas diversas individualidades, como o
desenvolvimento perceptivo-motor, perceptivo e cognitivo e a maturação
neurobiológica, além de incontáveis fatores psicossociais, como: poder vivenciar
experiências, explorar objetos e brinquedos, nível cultural, assistência médica, entre
outros.
Na opinião de Souza (2006), os aspectos referentes ao sucesso e ao fracasso
escolar podem ser divididos em três variáveis associadas, chamadas de: ambiental,
psicológica e metodológica. A primeira variável abrange fatores referentes ao nível
socioeconômico e seus vínculos com profissão e escolaridade dos pais, quantidade
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de filhos, etc. Essa é a variável mais ampla na qual vive o sujeito. A segunda
variável está relacionada aos fatores que dizem respeito à organização da família,
ordem de nascimento dos filhos, nível de expectativa, entre outros, sendo que as
relações desses fatores são consequências como ansiedade, baixa autoestima,
agressão, desatenção, isolamento. Já a última variável, envolve aquilo que é
ensinado nas escolas e sua ligação com valores como coerência e significado, com
o educador e com o processo de avaliação em seus diversos sentidos e
modalidades.
Souza ainda salienta que em razão da inadaptação para o aprendizado, como
resultado do fracasso escolar, o aluno se cerca de sentimentos de frustração,
inferioridade e perturbação emocional, anulando sua autoimagem, sobretudo se este
sentimento já tiver sido estabelecido no seu local de origem. Quando o clima que
prevalece em casa é de tensões e preocupações frequentes, existe uma
probabilidade muito grande de a criança se tornar tensa, tendendo a elevar o
número de pequenos fracassos e regras próprias das eventualidades da vida.
Quando o clima é autoritário, no qual os pais sempre têm razão e as crianças
nunca, ela pode se tornar uma criança acanhada, temerosa, covarde e submissa
com educadores, e agressiva e dominadora com crianças mais jovens, ou ainda
pode se revoltar contra qualquer tipo de autoridade. Agora, quando o clima da casa
é acolhedor e proporciona a livre manifestação emocional da criança, ela será
propensa a reagir de forma livre com seus sentimentos e emoções, sejam eles
positivos ou negativos.
Neste sentido, Strick e Smith (2007) enfatizam que o ambiente do lar
desempenha um papel relevante para definir se a criança aprende com êxito ou não.
Segundo as autoras, as crianças que tem um estímulo carinhoso no decorrer
da vida são propensas a ter atitudes positivas, tanto no que diz respeito à
aprendizagem quanto com relação a si mesma. Tais crianças procuram e encontram
formas de superar as dificuldades, até mesmo quando elas são muito graves.
Ainda segundo as autoras acima, o estresse emocional prejudica a
capacidade de aprendizado. A ansiedade relativa a mudanças de domicílio, brigas
na família ou doença pode não somente ser nociva, como também pode destruir,
gradualmente a capacidade de uma criança para confiar, assumir riscos e ser capaz
de receber bem novas situações que são relevantes para o êxito escolar.
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Uma criança com DA é aquela que não consegue aprender com os métodos
convencionais, com os quais a maioria dos alunos aprendem. Embora tenham as
bases intelectuais adequadas para a aprendizagem, seu rendimento escolar fica
abaixo de suas capacidades. Os problemas específicos de aprendizagem não são
consequência de ausência de capacidades intelectuais, privação cultural, ausência
ás aulas ou mudanças constantes de escola, problemas emocionais ou instrução
inapropriada. Cada caso particular precisa ser analisado de forma diferente, sendo
que é relevante verificar em cada um deles o significado, a causa e a modalidade da
perturbação. Porém, estas condições podem estar associadas, desencadear ou até
mesmo piorar uma necessidade especial. Em alguns casos é possível encontrar
indicadores neurológicos que podem ser à base de uma DA.
Para Souza (2006), as Das surgem quando a prática pedagógica destoa das
necessidades dos educandos. Dessa forma, quando a aprendizagem tem sentido
para o educando, ele se tornará mais flexível, com menos bloqueios, ou seja,
conhecerá mais seus sentimentos, desejos, pensamentos, interesses, limites e
necessidades.
Na comunidade surda a criança se sentirá assim, acolhida e podendo
desenvolver-se completamente por estar entre iguais, e assim ser incluída com mais
facilidade no ensino regular, em salas de aula normais desde que também
aprendam em sua língua de origem.
Na visão de Fonseca (2005, p. 37), as Das crescem em escolas superlotadas
e mal estruturadas, sem materiais didáticos adequados e motivadores e com
educadores “derrotados” e “desmotivados”. “A escola não pode permanecer como
sendo uma fábrica de fracassos. Na escola, a criança precisa ser amada, visto que
apenas dessa forma se considerará útil”.
É observando a rotina da escola que é possível identificar algumas das
principais queixas na primeira infância relacionadas a comportamento que
geralmente são confundidas por falta de conhecimento, com diagnósticos de
agressividade, hiperatividade e desatenção. Quando estudados de forma adequada
com os pais da criança, tais diagnósticos podem relevar informações de estrema
relevância e que requerem orientações da própria instituição escolar (BELLEBONI,
2015).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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