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Direito

Civil

Cristiano Chaves
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Sumário de
Aula
MORTE E DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA
O Fim da pessoa natural: a morte jurídica

1. Generalidades: o critério adotado pela Lei nº9.434/97 (morte encefálica).


As intermitências da morte (José Saramago).

2. Efeitos civis, penais e processuais da morte.

3. A possibilidade de proteção da personalidade do morto para depois da


morte: Os lesados indiretos (CC 12, Par. Único).

4. A possibilidade de destinação de cadáver (CC 14).


A validade da disposição sobre fins de criogenização (STJ, REsp
1.693.718/RJ): analogia com a possibilidade de ato de disposição sobre
cremação (LRP 77, §2º).
5. A morte real e a necessidade de declaração médica. O procedimento
especial de jurisdição voluntária de justificação de óbito (LRP 77 e 109).

6. A morte real sem cadáver (morte presumida sem ausência – LRP 88 e CC


7º).

Art. 7º, CC:


“Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se
for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se
alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado
até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo
a sentença fixar a data provável do falecimento.”
7. A comoriência.
Presunção de simultaneidade de óbitos.
Exigência de que sejam pessoas que transmitam direitos entre si.
Possibilidade de comoriência entre pessoas em locais distintos.
Questões processuais.

Art. 8º, CC:


“Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão
simultaneamente mortos.”
8. A ausência e o seu procedimento de jurisdição voluntária trifásico.
Fase de curadoria dos bens do ausente.
Fase de sucessão provisória.
Fase de sucessão definitiva.
A tributação devida (STF 331).
A dissolução do casamento do ausente e a difícil determinação do momento
específico dissolutivo (CC 1.571).
O estado civil do ausente.

Art. 744, CPC: “Declarada a ausência nos casos previstos em lei, o juiz
mandará arrecadar os bens do ausente e nomear-lhes-á curador na forma
estabelecida na Seção VI, observando-se o disposto em lei.”

Art. 745, CPC: “Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais na


rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e
na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá
por 1 (um) ano, ou, não havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da
comarca, durante 1 (um) ano, reproduzida de 2 (dois) em 2 (dois) meses,
anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus
bens.
§ 1o Findo o prazo previsto no edital, poderão os interessados requerer a
abertura da sucessão provisória, observando-se o disposto em lei.
§ 2o O interessado, ao requerer a abertura da sucessão provisória, pedirá a
citação pessoal dos herdeiros presentes e do curador e, por editais, a dos
ausentes para requererem habilitação, na forma dos arts. 689 a 692.
§ 3o Presentes os requisitos legais, poderá ser requerida a conversão da
sucessão provisória em definitiva.
§ 4o Regressando o ausente ou algum de seus descendentes ou
ascendentes para requerer ao juiz a entrega de bens, serão citados para
contestar o pedido os sucessores provisórios ou definitivos, o Ministério
Público e o representante da Fazenda Pública, seguindo-se o procedimento
comum.”
STF 331:
“É legítima a incidência do impôsto de transmissão causa mortis no
inventário por morte presumida.”
(Cartório MS)

Assinale a alternativa correta. Comoriência é:


A) Morte justificada.
B) Presunção de mortes simultâneas, se, num mesmo evento,
falecerem duas ou mais pessoas e não se puder precisar quem
precedeu o outro na morte.
C) Morte presumida em virtude da ausência.
D) Método utilizado para se saber se a criança nasceu morta ou
com vida.
Gab.: B
B) Presunção de mortes simultâneas, se, num mesmo evento,
falecerem duas ou mais pessoas e não se puder precisar quem
precedeu o outro na morte.
(Cartório MS)

Em relação à morte presumida por ausência:


I. A morte é presumida nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão
definitiva do ausente.
II. A morte é presumida nas hipóteses de catástrofes, desastres, devidamente
provada perante um juiz togado, de acordo com o que reconhece o art. 88, da
Lei nº 6.015, de 31.12.1993 (Lei de Registros Públicos).
III. É considerada presumida a morte, se esta for extremamente provável de
quem estava em perigo de vida.
IV. Presume-se a morte de alguém que não for encontrado até dois meses após
o término da guerra.
Com fundamento nas afirmativas, aponte a alternativa que corresponda à
afirmativa FALSA ou às afirmativas FALSAS:
A) I, II, III e IV.
B) II e III, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D) I, III e IV, apenas.
Gab.: A
A) I, II, III e IV.
* (XXIII Concurso MP/RJ)

João, maior de 28 anos de idade, solteiro, desapareceu de seu domicílio,


localizado na cidade de Recife, sem dar notícias, não deixando representante ou
procurador, para administrar-lhe os bens. Em face disso, foi declarada sua
ausência por sentença judicial, em 15 de setembro de 1990, e nomeado curador
seu genitor Pedro. Transitou em julgado, em 20 de outubro de 1993, a sentença
que mandou abrir a sucessão provisória. Em 1994, João, na cidade do Rio de
Janeiro, celebra, por escritura pública, contrato de compra e venda com Antônio,
tendo por objeto imóvel de sua propriedade localizado na cidade de Recife.

Indaga-se: o referido contrato é válido?


(TJ/SC) Aplicando as disposições do Código Civil de 2002, assinale a
alternativa incorreta, relativamente à curadoria dos bens do
ausente:
a) o cônjuge do ausente, separado de fato há menos de dois anos antes
da declaração de ausência, é seu legítimo curador;
b) viúvo o declarado ausente, legítimo curador será o seu pai;
c) no exercício da curadoria dos bens do ausente, o filho mais velho
prefere ao mais novo;
d) na falta de cônjuge vivo, de ascendentes ou descendentes do
ausente, legítimo curador de seus bens será o colateral mais próximo;
e) na falta de cônjuge vivo, de ascendentes ou descendentes do
ausente, incumbe ao juiz a escolha do curador.
Gab.: D
d) na falta de cônjuge vivo, de ascendentes ou descendentes do
ausente, legítimo curador de seus bens será o colateral mais
próximo;
* (MP/SP) Para que fins a ausência faz presumir a morte?
* (TJ/MT, 2014) Quanto à sucessão de ausentes, assinale a
alternativa INCORRETA.

A) A conversão da sucessão provisória em definitiva permite aos herdeiros o


levantamento das garantias de restituição dos bens do ausente prestadas,
quando imitidos na posse dos bens.
B) A conversão da sucessão provisória em definitiva dá-se, automaticamente,
com o decurso do prazo de dez anos do desaparecimento do ausente.
C) A sucessão provisória poderá converter-se em definitiva, mediante
requerimento, se o ausente conta 80 anos de idade e se por no mínimo, cinco
anos, não se registram notícias dele.
D) O descendente, o ascendente, o cônjuge ou o companheiro do ausente, dele
sucessores provisórios, após imitidos na posse dos bens, no limite do que
corresponde aos seus quinhões, terão direito aos frutos e rendimentos de tais
bens, ficando dispensados da prestação de contas, diferentemente do que
ocorre com os demais herdeiros.
E) Para a abertura da sucessão provisória é exigido, se o ausente deixou
procuração, o decurso do prazo de três anos, contados da arrecadação dos bens.
Gab.: B
B) A conversão da sucessão provisória em definitiva dá-se,
automaticamente, com o decurso do prazo de dez anos do
desaparecimento do ausente.
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@ProfCristianoChaves CristianoChavesDeFarias
Bons Estudos!

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