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Sumário executivo 7
PArte 1:
AntecedenteS e contexto 8
1.1 introdução 8
1.4 objectivoS 9
PArte 2:
áreAS temáticAS eStrAtégicAS PArA A imPLementAção
A nÍveL nAcionAL 10
2.1 introdução 10
2.5.1 Áreas prioritárias de acção relativas a saúde e reabilitação para Pessoas Portadoras de
Deficiência 19
2.5.1.1 Serviços de Saúde 19
2.5.1.2 Serviços de Reabilitação 20
2.5.1.3 Prevenção 21
2.6.1 Áreas prioritárias de acção relativas a padrões de vida adequados e protecção social para
pessoas portadoras de deficiência 21
2.6.1.1 Protecção Social 21
PArte 3:
reSPonSAbiLidAdeS de ActoreS chAve que imPLementAm o
PLAno de Acção continentAL dA décAdA AfricAnA dedicAdA
A PeSSoAS PortAdorAS de deficiênciA (2010 – 2019) 30
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
PLAno de Ação continentAL soas com Deficiência, adoptada pela Assembleia Geral
PArA A décAdA AfricAnA dedi- das Nações Unidas em 2006 e ratificada por um número
crescente de países, incluindo a maior parte dos Estados
cAdA A PeSSoAS PortAdorAS Membros da UA. “O propósito da presente Convenção é
AntecedenteS e contexto como sendo as que incluem “Pessoas com deficiência são
aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natu-
reza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais,
em interação com diversas barreiras, podem obstruir a
1.1 introdução sua participação plena e efectiva na sociedade em igual-
dade de condições com as demais pessoas”(Artigo 1).
1.
O Relatório Mundial sobre a Deficiência, publicado pela 3.
Organização Mundial de Saúde e o Banco Mundial em Quer o Relatório Mundial, quer a Convenção destacam
2011, estima que mais de um bilhão de pessoas, ou cer- o papel do ambiente na facilitação ou restrição da par-
ca de 15 % da população mundial vive com alguma de- ticipação de pessoas portadoras de deficiência na fa-
ficiência. Este número é significativamente mais alto mília, comunidade e na vida nacional como um todo.
do que as estimativas anteriores. O relatório revela que A vasta gama de evidências de barreiras documenta-
foi constatado um índice mais alto de prevalência de das pelo Relatório Mundial inclui:
deficiência em países de baixa renda do que nos países
de alta renda. Nas pessoas pobres, incluindo mulheres • Políticas e padrões inadequados
e pessoas idosas também se encontrou um índice de • Atitudes negativas
prevalência de deficiência mais elevado e as crianças • Falta de provisão de serviços
de agregados familiares mais pobres e de grupos ét- • Problemas na prestação de serviços
nicos minoritários estão em risco consideravelmente • Financiamento inadequado
mais alto de deficiência do que as outras crianças. As • Falta de acessibilidade
implicações para os países de África são claras. Para li- • Falta de consultas e envolvimento
dar com essas constatações, o Relatório Mundial suge- • Falta de dados e evidências
re medidas para melhorar a acessibilidade e igualdade
de oportunidades; promover a participação e inclusão; 4.
e aumentar o respeito pela autonomia e dignidade das Estas barreiras impeditivas contribuem para as des-
pessoas portadoras de deficiência. vantagens de que são vítimas as pessoas portadoras
de deficiência em todos os países, e resultam em má
2. saúde, fraco nível de educação e menor participação
O instrumento internacional mais importante que económica, o que leva a elevados índices de pobreza e
orienta a acção nacional para lidar com situações de maior dependência, participação restrita e exclusão.
deficiências e das Pessoas Portadoras de Deficiência é a
Convenção das Nações Unidas dobre os Direitos das Pes-
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Plano De acção
1.2 emergênciA dA décAdA outras organizações regionais que lidam com pessoas
5. 8.
Para lidar com estas barreiras e a situação inaceitável A decisão de prorrogar a Década Africana dedicada a Pes-
das pessoas portadoras de deficiência nos países Afri- soas Portadoras de Deficiência (2010 – 2019) foi tomada
canos, organizações de nível nacional, regional e con- pela 1ª Conferência dos Ministros Africanos Responsáveis
tinental de pessoas portadoras de deficiência (OPPD) pelo Desenvolvimento Social, em Windhoek, Namíbia,
em África primeiro propuseram uma Década Africa- de 27 a 31 de Outubro de 2008 e adoptada pela Decisão do
na dedicada a Pessoas Portadoras de Deficiências, com Conselho Executivo EX.CL/Dec. 473(XIV), em Adis Abeba,
base no modelo de outras Regiões do mundo. Etiópia, que teve lugar de 26 a 30 de Janeiro de 2009.
6.
A Década Africana dedicada a Pessoas Portadoras de
Deficiência (1999 – 2009) foi o resultado de uma reco-
1.3 objectivo dA ProrrogAção
mendação feita pela Comissão dos Assuntos Laborais e dA décAdA AfricAnA
Sociais da Organização da Unidade Africana (OUA) du-
rante a sua 22ª Sessão em Abril de 1999 em Windhoek,
(2010 – 2019)
Namíbia, e adoptada pela 35a Sessão da Assembleia
dos Chefes de Estado e de Governo da OUA que teve lu-
9.
O objectivo da prorrogação da Década Africana dedi-
gar em Argel, Argélia em Julho de 1999. Uma Declara-
cada a Pessoas Portadoras de Deficiência é a plena par-
ção formal da Década foi subsequentemente adoptada
ticipação, igualdade, inclusão e empoderamento das
pela 36ª Sessão dos Chefes de Estado e de Governo da
Pessoas Portadoras de Deficiência em África.
OUA em Lomé, Togo em Julho de 2000.
7.
A responsabilidade pela organização da Década foi 1.4 objectivoS
atribuída ao Instituto Africano de Reabilitação (ARI),
uma agência especializada da OUA, com sede em Ha- 10.
rare, Zimbabwe; com escritórios regionais localizados A Declaração da Década, adoptada em Julho de 2000, e
em Dakar, Senegal (para a África Ocidental); Brazzavil- que ainda serve como referência para a Década prorro-
le, Congo (para a África Central) e Harare (para a África gada, apela aos Estados Membros da UA para analisar
Austral). Na altura (2000) a ARI partilhou a responsabi- a situação das pessoas portadoras de deficiência, com
lidade da planificação das actividades da Década com vista a formular medidas que favorecem a equiparação
as Organizações que lidam com Pessoas Portadoras de de oportunidades, plena participação, inclusão e inde-
Deficiência, de modo particular a Federação Pan-Afri- pendência na sociedade. Entre outras acções, os Estados
cana de Pessoas Portadoras de deficiência (PAFOD), Membros são exortados a:
com a União Africana dos Cegos (AFUB), governos e
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
• Formular ou reformular políticas e programas na- • Ratificar e implementar a Convenção sobre os Di-
cionais que encorajam a plena participação de pes- reitos das Pessoas Portadoras de Deficiência e os
soas portadoras de deficiência no desenvolvimen- respectivos Protocolos Operacionais;
to social e económico;
• Aplicar todos os Instrumentos da UA e da ONU rela-
• Criar ou reforçar os comités nacionais de coordena- tivos aos direitos humanos para promover e monito-
ção de actividades relativas a deficiências e garantir rar os direitos das pessoas portadoras de deficiência.
a representação de pessoas portadoras de deficiên-
cia e suas organizações;
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Plano De acção
Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência (CRPD) e 2.2.1 AcçõeS PrioritáriAS reLAtivAS A mecA-
políticas nacionais bem como programas para Pessoas niSmoS de coordenAção e integrAção
Portadoras de Deficiência. dAS queStõeS reLAtivAS A PeSSoAS Por-
tAdorAS de deficiênciA
Acções Prioritárias
Estados Membros:
2.2.1.1 criAnçAS PortAdorAS de deficiênciA
a. Estabelecer e/ou fortalecer os pontos focais nacio-
nais para a coordenação e integração de assuntos Objectivo global
relativos à deficiência nos Estados Membros (Pre-
ferivelmente nos Gabinetes dos Presidentes ou Pri- Garantir o gozo pleno de todos os direitos humanos e
meiros Ministros); liberdades fundamentais pelas crianças portadoras de
deficiência, numa base igual à das outras crianças.
b. Estabelecer gabinetes ou pontos focais a todos os
níveis do Governo; Acções prioritárias
Estados Membros:
c. Facilitar a assinatura e o enquadramento nacional
dos instrumentos internacionais relativos à defi-
ciência (ponto focal nacional); a. Garantir às crianças portadoras de deficiência o
acesso a serviços de cuidados de saúde regulares e
d. Sensibilizar os ministérios relevantes sobre as res- instalações médicas especializadas;
pectivas áreas temáticas estratégicas do Plano de
Acção Continental, o Protocolo sobre os Direitos das b. Adoptar políticas abrangentes, inclusivas e acessí-
Pessoas Portadoras de Deficiência e os Artigos da veis programas e sistemas de escolas para promo-
Convenção sobre Pessoas Portadoras de Deficiência; ver a educação de crianças portadoras de deficiên-
cia, incluindo o desenvolvimento e a educação na
e. Facilitar o estabelecimento e reuniões regulares dos primeira infância;
Conselhos Nacionais dedicados a questões relativas
à Pessoas Portadoras de Deficiência; c. Integrar as necessidades e interesses de crianças
portadoras de deficiência em programas culturais,
f. Monitorizar e avaliar a implementação do Plano desportos, recreação e outros programas sociais.
de Acção Continental e a Convenção sobre Pessoas
Portadoras de Deficiência; d. Desenvolver programas para implementar disposi-
ções do Artigo 13 da Carta Africana sobre os Direitos
g. Prestar relatório à Comissão da União Africana so- e o Bem-Estar da Criança [1999], que reconhece as
bre a implementação do Plano de Acção Continen- necessidades das crianças portadoras de deficiência
tal, à Comissão Africana dos Direitos Humanos e e dos que cuidam delas bem como a importância da
dos Povos sobre a implementação do Protocolo à criação de um ambiente favorável que permita às
Convenção das Nações Unidas, sobre a implemen- crianças alcançar o nível mais completo possível de
tação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas integração, desenvolvimento individual e cultural
Portadoras de Deficiência (CRPD). bem como o desenvolvimento moral;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
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Plano De acção
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
c. Comprometer-se a garantir que os direitos das Pes- e. Proteger as PPD de todos os tipos de exploração e
soas Idosas portadoras de deficiência estão prote- violência durante situações de conflito, incluindo
gidos por legislação apropriada; a Violência com Base no Género (VBG);
d. Assegurar que todas as disposições relevantes do f. Combater a discriminação contra PPD no que con-
PAC são implementadas e/ou têm em devida conta cerne à liberdade de movimento;
os direitos das pessoas idosas portadoras de defi-
ciência. g. Proteger a dignidade que PPD que se vejam força-
das a migrar por diferentes razões, incluindo per-
seguição devido à sua condição de deficientes;
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Plano De acção
cia entre todos os Actores que operam em situações 2.2.1.6 mobiLizAção de recurSoS
de crise humanitária;
Objectivo Global
i. Fortalecer e encorajar Organizações Continentais
de Pessoas Portadoras de Deficiência para que este- Garantir que sejam mobilizados recursos para a imple-
jam envolvidas na revitalização e estabelecimento mentação das áreas temáticas estratégicas de acção do
de práticas locais para monitorar a igual partici- PAC.
pação e igual acesso a serviços humanitários para
PPD; Acções Prioritárias
Estados Membros:
j. Encorajar e apoiar o estabelecimento e funciona-
mento de organizações de veteranos e ex-comba- a. Incluir a componente deficiência em todos os orça-
tentes portadores de deficiência; mentos do Governo e alocações em todas as suas
áreas de interesse;
k. Garantir a participação de PPD através das suas
organizações representativas, incluindo organiza- b. Garantir a inclusão da componente deficiência como
ções de ex-combatentes, na prevenção, resolução e um critério nos Programas de Estratégias de Redução
reconstrução de áreas pós-conflitos; da Pobreza e noutros programas de desenvolvimento
para a consideração por parceiros internacionais;
l. Introduzir um programa sistémico de desminagem,
onde existam minas, ou fortalecer programas exis- c. Incluir a capacitação, desenvolvimento de compe-
tentes; tências técnicas e provisão de recursos humanos
em todas esferas do governo para garantir a inclu-
m. Prestar assistência a veteranos de guerra portadores são de assuntos relativos a deficiências no sector
de deficiência e ex-combatentes portadores de defi- público;
ciência a aceder a serviços para o desenvolvimento
inclusivo, e que não sejam negligenciados depois dos d. Alocar recursos financeiros com orçamentos espe-
sacrifícios que fizeram. cíficos atribuídos para a implementação do Plano
de Acção Continental;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
tAdorAS de deficiênciA
Objectivo Global
2.4 não-diScriminAção,
iguALdAde diAnte dA Lei
Recolha contínua de dados sobre as causas e prevalên-
cia de deficiências pelos Estados Membros, no concer-
e LiberdAde em reLAção A
nente a tipos de deficiências, leitura desagregada do exPLorAção e trAtAmento
género e idade, sobre a participação de crianças porta-
doras de deficiência no ensino e a participação de jo-
crueL de PeSSoAS PortAdo-
vens e adultos portadores de deficiência na formação rAS de deficiênciA
técnica e emprego.
Objectivo Global
Acções Prioritárias
Estados Membros: Garantir que haja leis e regulamentos públicos que fa-
cilitem a igualdade, justiça, liberdade de expressão e
a. Estabelecer um sistema interministerial de vigi- liberdade em relação à exploração, abuso, violência e
lância epidemiológica relativo a deficiências, com tratamento cruel de PPD.
vista a submeter os resultados à consideração dos
Conselhos Nacionais dedicados à pessoas portado- Acções Prioritárias
ras de deficiência, entidades políticas e Ministérios Estados Membros:
Governamentais relevantes;
a. Reconhecer que as PPD gozam de capacidade e apoio
b. Providenciar indicadores sobre deficiências nos ques- jurídico para exercer os seus direitos jurídicos numa
tionários dos censos nacionais e outras pesquisas ou base igual à das outras pessoas em todos aspectos
levantamentos nacionais; da vida;
c. Fazer o lançamento de dados relativos a deficiên- b. Incluir aspectos inerentes a deficiências na imple-
cia colhidos das estatísticas de saúde, numa base mentação dos instrumentos e instituições relativos
regular; aos direitos humanos a nível nacional;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
tAdorAS de deficiênciA
Objectivo Global
2.4 não-diScriminAção,
iguALdAde diAnte dA Lei
Recolha contínua de dados sobre as causas e prevalên-
cia de deficiências pelos Estados Membros, no concer-
e LiberdAde em reLAção A
nente a tipos de deficiências, leitura desagregada do exPLorAção e trAtAmento
género e idade, sobre a participação de crianças porta-
doras de deficiência no ensino e a participação de jo-
crueL de PeSSoAS PortAdo-
vens e adultos portadores de deficiência na formação rAS de deficiênciA
técnica e emprego.
Objectivo Global
Acções Prioritárias
Estados Membros: Garantir que haja leis e regulamentos públicos que fa-
cilitem a igualdade, justiça, liberdade de expressão e
a. Estabelecer um sistema interministerial de vigi- liberdade em relação à exploração, abuso, violência e
lância epidemiológica relativo a deficiências, com tratamento cruel de PPD.
vista a submeter os resultados à consideração dos
Conselhos Nacionais dedicados à pessoas portado- Acções Prioritárias
ras de deficiência, entidades políticas e Ministérios Estados Membros:
Governamentais relevantes;
a. Reconhecer que as PPD gozam de capacidade e apoio
b. Providenciar indicadores sobre deficiências nos ques- jurídico para exercer os seus direitos jurídicos numa
tionários dos censos nacionais e outras pesquisas ou base igual à das outras pessoas em todos aspectos
levantamentos nacionais; da vida;
c. Fazer o lançamento de dados relativos a deficiên- b. Incluir aspectos inerentes a deficiências na imple-
cia colhidos das estatísticas de saúde, numa base mentação dos instrumentos e instituições relativos
regular; aos direitos humanos a nível nacional;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
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Plano De acção
c. Garantir monitorização e aplicação efectivas, por 2.5.1 áreAS PrioritáriAS de Acção reLAtivAS
autoridades independentes, das estratégias de pre- A SAúde e reAbiLitAção PArA PeSSoAS
venção de todas as formas de exploração, violência PortAdorAS de deficiênciA
e abuso;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
b. Garantir às PPD igual acesso aos serviços e cuidados de crianças portadoras de deficiência e programas
médicos no mesmo sistema que os outros membros de investigação científica e médica, ora em curso;
da sociedade;
m. Garantir a inclusão da componente deficiência no
c. Introduzir um sistema de intervenção atempada sob desenho das campanhas de consciencialização re-
referência, ou fortalecimento de sistemas existentes, lacionadas com o abuso de drogas e álcool;
para minimizar a ocorrência de deficiências de natu-
reza secundária; n. Formar provedores de cuidados de saúde para que
sejam capazes de participar em áreas tais como
d. Garantir que o Síndroma de Down ou qualquer outra identificação precoce de deficiências para a provi-
deficiência diagnosticada no útero não seja uma ra- são de assistência primária e referência aos servi-
zão para o fim de uma gravidez e que os provedores ços apropriados.
dos serviços de saúde façam o melhor de si para pro-
videnciar a informação necessária sobre o respectivo
diagnóstico, permitindo assim aos pais tomar uma 2.5.1.2 ServiçoS de reAbiLitAção
decisão fundamentada;
Objectivo Global
e. Instituir módulos sobre deficiência nos curricula de
formação de todos os profissionais de saúde; Garantir que as pessoas portadoras de deficiências te-
nham acesso a serviços e programas abrangentes de
f. Fazer revisões regulares das políticas do sector de habilitação e reabilitação para obterem independên-
saúde que afectam as PPD, em parceria com as OPPD; cia máxima e plena participação em todos os aspectos
da vida.
g. Incorporar as disposições da Estratégia Africana de
Saúde nas políticas, leis e planos de acção nacionais;
Acções Prioritárias
h. Desenvolver serviços de planeamento familiar e saú- Estados Membros:
de reprodutiva sensíveis em relação à deficiência;
a. Aumentar o acesso a aparelhos apropriados, ade-
i. Elaborar políticas e estratégias de cuidados de saú- quados e acessíveis (em termos de custos);
de para PPD que vivem com HIV/SIDA;
b. Apoiar o desenho, desenvolvimento, produção lo-
j. Garantir acesso de PPD aos serviços de prevenção, cal, distribuição e assistência técnica de aparelhos
tratamento, cuidados e apoio disponíveis para o pú- e equipamentos de assistência para PPD, adaptados
blico em geral; às condições locais;
k. Providenciar informação sobre o HIV/SIDA e outras c. Formular políticas e programas para fortalecer os
doenças transmissíveis para PPD, em todos os for- serviços de habilitação e reabilitação para que as
matos disponíveis; PPD possam ter independência máxima e partici-
pação na sociedade;
l. Suplementar programas de prevenção da trans-
missão vertical para garantir a inclusão das mães
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Plano De acção
d. Aplicar os padrões de saúde e segurança profissio- b. Garantir o acesso de PPD a programas públicos de
nais; habitação;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
j. Introduzir um módulo sobre deficiência nos currí- b. Garantir uma educação acessível e inclusiva para
culos de todos os que se formam como profissionais todas as PPD;
de desenvolvimento social;
c. Garantir iguais oportunidades de emprego para PPD;
k. Expandir esquemas favoráveis de protecção social
para PPD que vivem com HIV/SIDA e indivíduos d. Promover acessibilidade e inclusão de PPD à/em ac-
tornados deficientes devido ao SIDA; tividades recreativas, desportivas e culturais.
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Plano De acção
2.7.1 áreAS PrioritáriAS de Acção reLAtivAS para PPD, incluindo as dos jovens, mulheres, crian-
à incLuSão de PeSSoAS PortAdorAS de ças e outros grupos marginalizados;
deficiênciA em todoS oS SectoreS dA
SociedAde f. Advogar a favor de mudanças de leis eleitorais para
que tais sejam inclusivas em relação às necessida-
des de PPD;
2.7.1.1 Auto-rePreSentAção
g. Garantir que todas as fases de eleições sejam inclu-
Objectivo Global sivas e acessíveis para PPD, incluindo as fases de
campanha, observação de eleições e o sufrágio;
Que as pessoas portadoras de deficiências sejam capa-
zes de se fazer representar em todas as estruturas pú- h. Criar oportunidades para PPD concorrerem em elei-
blicas de tomada de decisão. ções e participarem como observadores eleitorais;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
Que as Pessoas portadoras de deficiência tenham edu- i. Garantir que estudantes portadores de deficiência
cação universalmente inclusiva de qualidade e acessí- possam ter acesso igual a programas de formação
vel para todos. de professores;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
Que as Pessoas portadoras de deficiência tenham edu- i. Garantir que estudantes portadores de deficiência
cação universalmente inclusiva de qualidade e acessí- possam ter acesso igual a programas de formação
vel para todos. de professores;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
p. Formar jovens, mulheres e homens com lacunas em d. Apoiar a implementação da recomendação relati-
competências profissionais com aceitação no merca- va ao desporto e PPD na Arquitetura da UA para o
do, onde for possível, nos ambientes formais; Desporto;
q. Promover reabilitação profissional e, onde for neces- e. Promover a consciencialização através da identifi-
sário, oportunidades de reciclagem para pessoas que cação e erradicação de quaisquer políticas e práti-
contraiam ferimentos ou que acabem adquirindo de- cas de estigmatização e discriminação no próprio
ficiências ao longo da sua vida laboral; governo, no que diz respeito a desportos e PPD;
r. Introduzir e fazer cumprir padrões de segurança e f. Garantir que crianças portadoras de deficiência se-
saúde ocupacional e fortalecer os mecanismos de jam incluídas em quaisquer legislações relativas a
aplicação existentes; desporto e educação física;
s. Ratificar e implementar a Convenção da OIT No 159, g. Incluir PPD e OPPD na elaboração, planificação e im-
relativa a Reabilitação Profissional e Emprego (Pes- plementação de políticas de desporto;
soas portadoras de Deficiência) para garantir a en-
trada de PPD no mercado laboral; h. Reconhecer e aplicar os direitos de todas as PPD par-
ticiparem nos desportos, educação física e activida-
des em todos os programas governamentais;
2.7.1.4 deSPortoS, recreio e cuLturA
i. Engajar tantos sectores e parceiros de implementa-
Objectivo Global ção quantos possível no processo de ajudar a con-
cretizar o pleno potencial de desportos com vista a
Garantir que as pessoas portadoras de deficiência go- promover a inclusão e o bem estar das Pessoas Por-
zem de acesso pleno e igual à vida cultural, desportos, tadoras de deficiência;
recreio e actividades sociais.
Acções Prioritárias
Estados Membros:
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Plano De acção
intergovernAmentAiS
2.8.1.2 PAPeL dAS oPPd
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
e. Fazer corredores e advogar a favor da inclusão de e. Formular e implementar uma campanha abran-
PPD a nível comunitário e a nível nacional; gente e prolongada de consciencialização com vis-
ta a melhorar a percepção da sociedade em relação
f. Sensibilizar e mobilizar as comunidades sobre as às mulheres portadoras de deficiência;
áreas prioritárias do PAC a nível das comunidades
locais; f. Traduzir a Convenção sobre os Direitos das Pessoas
Portadoras de Deficiência em línguas nacionais e
g. Levar a cabo actividades, incluindo capacitação, em torná-la disponível em todos os formatos alterna-
conformidade com os objectivos prioritários do PAC tivos;
a nível das comunidades locais.
g. Levar a cabo investigações sobre tópicos relaciona-
dos com a deficiência, que são de relevância, a todos
2.8.1.3 AdvocAciA e conScienciALizAção os níveis e disseminar as constatações da investi-
gação, com vista a melhorar a percepção da socie-
Objectivo Global dade no que concerne a PPD;
Maior consciência da situação de deficiência de modo h. Promover programas de formação sobre a conscien-
geral e da necessidade de participação e inclusão de cialização em relação a situação das PPD, bem como
pessoas portadoras de deficiência a nível comunitário, os direitos de PPD;
regional e nacional.
i. Promover a troca de informação, por exemplo, atra-
Acções Prioritárias vés da criação de centros de recursos para pessoas
portadoras de deficiência e providenciar informa-
a. Promover a consciencialização sobre a necessidade ção para tais pessoas e seus familiares, incluindo
de gabinetes que lidem com a situação de deficiên- Braille, impressão em ponto maior, cassetes áudio
cia nos Ministérios Governamentais e advogar a e formatos electrónicos.
favor da provisão de capacidade humana e finan-
ceira nos Ministérios, governos locais e organiza- j. Promover a troca de informação internacional den-
ções intergovernamentais tais como as CERs; tro de África e a nível internacional, para que os paí-
ses possam aprender uns dos outros;
b. Elaborar e implementar uma estratégia dos media
e comunicação para a Década Africana e o Plano de
Acção Continental;
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Plano De acção
Objetivo Global
Acções Prioritárias
Os Estados Membros devem:
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
c. Organizar deliberações abrangentes e inclusivas d. Estabelecer gabinetes que lidem com a situação das
para a elaboração de instrumentos específicos de pessoas portadoras de deficiência em todos os Mi-
África relativos a Pessoas Portadoras de Deficiên- nistérios Governamentais com o propósito de inte-
cia; e em relação ao Protocolo sobre os Direitos das grar os assuntos relativos à deficiência;
Pessoas Portadoras de Deficiência;
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Plano De acção
e. Compilar dados nacionais sobre a situação das pes- 3.3 o inStituto AfricAno
soas portadoras de deficiência, suprir as lacunas
em termos de dados relativos à deficiência nas zo-
de reAbiLitAção (Ari)
nas rurais e facilitar a partilha de informação para trAnSformAdo
todos os Actores;
a. Galvanizar o apoio para e disseminar o Plano de
f. Estar em contínua interacção com o Instituto Afri- Acção Continental para a Década Africana dedica-
cano de Reabilitação (ARI) transformado, quer a ní- da à Pessoas Portadoras de Deficiência (2010 – 2019)
vel continental e regional, para lhe permitir coor- para os Estados Membros da UA
denar e fazer a monitorização da implementação
do Plano de Acção Continental da Década Africa- b. Promover e supervisionar a implementação do Pla-
na Dedicada à Pessoas Portadoras de Deficiência no de Acção Continental por Comunidades Econó-
(2010 – 2019); micas Regionais e os Estados Membros;
g. Submeter relatórios sobre a implementação do Pla- c. Providenciar apoio técnico para os Estados Mem-
no de Acção Continental à Comissão da UA; bros para a implementação do Plano de Acção Con-
tinental.
h. Mobilizar recursos de fontes internas e de parcei-
ros de desenvolvimento para programas relativos d. Monitorar a alocação de recursos dedicados pelos
à deficiência, inclusive para programas de capaci- Governos e parceiros às áreas prioritárias de acção
tação de OPPD. do Plano de Ação Continental;
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Década Africana Das Pessoas Portadoras De Deficiência 2010 – 2019
k. Rever os relatórios dos Estados Membros sobre a im- c. Promover o empoderamento das PPD com vista a as-
plementação do Plano de Acção Continental. sumirem o controlo do seu próprio desenvolvimento;
32
Plano De acção
33
DÉPARTEMENT
Comissão DEs AffAiREs sociAlEs
da União afriCana
coMMissioN
departamento DE l’UNioN
dos assUntos AfRicAiNE
soCiais