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Manual InflamOX
Manual InflamOX
INFLAMOX
A infecção pelo novo coronavírus pode ser assintomática, ou moderada a grave, com
sintomas como: febre, dificuldade de respirar e tosse. Nos casos mais graves, evidenciam-
se complicações cardíacas, síndrome do desconforto respiratório agudo, síndrome da
falência de múltiplos órgãos, choque séptico e morte.
Quando o vírus SARS-CoV-2 se liga à ACE2, ele impede que a enzima desempenhe
sua função normal de converter a Ang II. Assim, a ação da ACE2 é “inibida”,
disponibilizando mais Ang II para danificar os tecidos. Esse mecanismo provavelmente
contribui para o desenvolvimento das lesões, especialmente nos pulmões e coração, em
pacientes com COVID-19.
A ACE2 está presente em todas as pessoas, mas a quantidade pode variar entre
indivíduos e em diferentes tecidos e células. Estudos mostraram que a falta de ACE2 em
camundongos está associada a lesões graves no coração, pulmões e outros tipos de
tecidos.
Quando a quantidade de ACE2 é reduzida porque o vírus está ocupando o receptor,
os indivíduos podem ser mais suscetíveis aos sintomas mais graves da COVID-19. Isso
ocorre porque a ACE2 está disponível para facilitar a entrada viral, mas a diminuição da sua
atividade contribui para mais lesões mediadas pela Ang II.
InflamOX
Assim, podemos pensar que um ponto central para evitar e/ou minimizar os efeitos
da infecção pelo novo coronavírus seria prevenir e monitorar a inflamação e o estresse
oxidativo celular.
Sugere-se que a replicação viral desencadeia uma liberação exacerbada de citocinas
e outros estímulos relacionados ao sistema imunológico, como estresse oxidativo, que
resultam em uma hiperinflamação.
Avaliação Redox
O teste Estresse Oxidativo Sistêmico foi criado para avaliar, através de um estímulo
antioxidante, o grau de dano oxidativo do organismo e se estes são reversíveis ou não.
Dessa forma, esse teste permite avaliar a proporção de danos oxidativos que estão sendo
gerados por agentes estranhos ao nosso organismo e principalmente se esses danos são
persistentes.
Mas como podemos explicar esse efeito dual do NO sendo uma molécula tão
necessária ao nosso organismo, mas ao mesmo tempo tão nociva em concentrações
elevadas?
Para responder a essa pergunta precisamos entender outro composto encontrado no
nosso organismo: o peroxinitrito.
O peroxinitrito (ONOO−) não é um radical livre, mas um poderoso agente oxidante e
promotor de nitração, que pode danificar diversas moléculas existentes nas células,
incluindo proteínas e o DNA. A sua formação in vivo se deve à reação do radical livre
ânion superóxido com o NO:
Han, H. et al. Profiling serum cytokines in COVID-19 patients reveals IL-6 and IL-10 are
disease severity predictors. Emerging Microbes & Infections, v. 9, 2020.
https://doi.org/10.1080/22221751.2020.1770129
Herold, T. et al. Elevated levels of IL-6 and CRP predict the need for mechanical ventilation
in COVID-19. American Academy of Allergy, Asthma & Immunology. 2020.
https://doi.org/10.1016/j.jaci.2020.05.008
Perrotta, F. et al. Severe respiratory SARS-CoV2 infection: Does ACE2 receptor matter?
Respiratory Medicine, v. 168:105996, 2020. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2020.105996