31/08/2017

Fisiologia Respiratória

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Respiração externa: a fisiologia da respiração. In: HILL, R.W.; WYSE,

G.A.; ANDERSON, M. Fisiologia Animal. 2.ed. Porto Alegre: Artmed,
2012. cap.22, p. 547-580.
Troca gasosa e equilíbrio ácido base. In: RANDALL, D.; BURGGREN,
W. FRENCH, K. Eckert, Fisiologia Animal: mecanismos e adaptações.
4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. cap.13, p. 480-530.
Sistemas respiratórios. In: MOYES, C.; SCHULTE, P.M. Princípios de
Fisiologia Animal. 2.ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. cap.9, p. 410-469.
Respiração. In: SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal: adaptação e
meio ambiente. 5.ed. São Paulo: Santos Editora, 2002. cap.1, p. 5-66.

1
 31/08/2017

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

RESPIRAÇÃO (externa)
Troca de gases entre o organismo e o meio.

METABOLISMO AERÓBIO (interna)

20 vezes mais ATP
O2 H2O
Substratos CO2
Energéticos
Energia Calor

ELIMINAÇÃO DO CO2
Energia ligada
Regulação do pH ADP ATP
CO2 + H20 H2CO3 HCO3- + H+
Pi

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Em animais sem órgãos respiratórios especiais, a troca
respiratória ocorre por:
Difusão simples dos gases (passiva).

É diretamente proporcional à área do

tecido e a diferença na pressão parcial do
gás entre os dois lados e inversamente
proporcional à espessura do tecido.
movimento aleatório (browniano)
Equação de Fick

J = - D A (C2-C1)/x

J = fluxo de gases,
D = coeficiente de difusão,
A = área através da qual ocorre difusão,
C2 C1
C2 - C1 = gradiente de concentração,
X = espessura da membrana através da qual
X ocorre difusão.

2
 31/08/2017

DIFUSÃO DE CO2 E O2
Tendência: grande área de superfície respiratória e pequena espessura !

Distância de difusão

r r r

r1 = 1mm r2 = 3mm r3 = 1mm

Área da superfície respiratória

Animais maiores: difusão associada à circulação de água através do

corpo (fluxo de massa).

Xestospongia muta

Corante Fluoresceína

3
 31/08/2017

Animais maiores: difusão + ventilação da superfície respiratória +

transporte de gases pelo sistema circulatório.

Epitélio respiratório especializado, maior

área da superfície respiratória.

Ex: no homem área de superfície dos

pulmões = 50-100m2, e de superfície do
resto do corpo = 2m2.

Epitélios Respiratórios Não Especializados

SUPERFÍCIE CORPÓREA
Poríferos, platelmintos, anelídeos , anfíbios (outros tipos de superfície).
Respiração aquática ou respiração terrestre (desidratação).

Com Sist. Circulatório:

Vasos subcutâneos.
Dobras cutâneas.

Sem Sist. Circulatório:

Formato achatado DV.
Papel do sist. digestório

4
 31/08/2017

Anfíbios
Anuros e salamandras
Ambientes aquáticos ou muito úmidos

Ex: Salamandras sem pulmões

(Phethodontidae) – respiração
cutânea, vivem em ambientes
úmidos e arborizados.

Respiração Cutânea
Limitações:
Tegumento muito delgado → maior vulnerabilidade à predação e danos
físicos.
Animais restritos a ambientes aquáticos ou muito úmidos.
Superfície de troca respiratória relativamente pequena (restrita).

Trichobastrachus
robustus

Estratégia de aumento da superfície →

projeções da pele da coxa e laterais do corpo.

↑ da taxa metabólica na época de reprodução.

Outros anfíbios, mais de um tipo de epitélio respiratório.

Tegumento + brânquias ou tegumento + pulmões.

5
 31/08/2017

Epitélios Respiratórios Especializados

Pulmão de Vertebrados

Crescente grau de comparti-

mentalização dos pulmões.

Pulmões de ventilação:

a) fluxo de ar unidirecional
em aves,
ar ar
b) fluxo de ar bidirecional
(tidal) nos demais verte-
brados de respiração
pulmonar.

6
 31/08/2017

Troca Gasosa Bidirecional

Valores da pO2 arbitrários

Papel da pele e dos pulmões em rãs e sapos.

Ectotermos,
↑ da temperatura do meio,
↑ da taxa metabólica no verão.

hemisfério norte

7
 31/08/2017

Ventilação Pulmonar
Anfíbios anuros : pulmões bilobados, simples.
Respiração intermitente.
Bomba de pressão positiva.

A. Ar na bolsa da cavidade bucal.

B. Retração elástica dos pulmões
e compressão do tórax.

C. Elevação da cavidade bucal,

propulsão de ar para os pulmões.
D. Ventilação bucal.

Pulmão em répteis
Pele córnea: dificulta a troca gasosa cutânea.
Pulmão: superfície respiratória principal (ou única).

Tartarugas aquáticas: além dos pulmões,

troca gasosa adicional pela pele, cavidade
bucofaríngea ou pela cloaca.

Vias aéreas: orifícios nasais, laringe, traqueia e brônquios.

Maioria dos répteis: apresenta 2 pulmões.
90% das cobras: um dos pulmões reduzido ou ausente.
Lagartos e cobras: parte anterior do pulmão mais compartimentalizada
do que a parte posterior (saco simples com paredes pouco
vascularizadas).

8
 31/08/2017

Ventilação Pulmonar
Bombas de sucção (aspiração do ar).
Vários mecanismos para mudar o volume da cavidade torácica.

SQUAMATA (Lagartos e cobras)

Contração dos músculos intercostais: costelas movem-se para cima e
para fora ⇒ expansão do tórax ⇒ variação da pressão intrapleural.

Ventilação Pulmonar
Bombas de sucção (aspiração do ar)
QUELÔNIOS
Caixa torácica fundida em carapaça rígida.
Músculos abdominais e dos membros responsáveis pelos movimentos
respiratórios.

9
 31/08/2017

Ventilação Pulmonar
CROCODILIANOS
Expansão e contração da caixa torácica + pistão hepático.
Septo hepático: lâmina de tecido conectivo (região anterior) divisão
cavidade torácica e abdominal.
Músculos diafragmáticos: inserção nos ossos pubianos. Ao se
contrair, os músculos puxam o fígado posteriormente (como um
pistão) ⇒ diminuição da pressão intrapleural e expansão dos pulmões.

Pulmão em Aves
Demandas:
Pequeno peso (voo).
Elevado nível metabólico para manter a
endotermia e o voo.

Pulmões pequenos: tubos abertos em

ambas extremidades, quase não mudam
de volume. Os pulmões são mais rígidos.
Ventilados via alteração do volume dos
sacos aéreos, devido aos movimentos do
esterno.
Sacos aéreos: grandes, expansíveis, com
paredes finas e que originam-se de
brônquios secundários.
Câmaras de recepção do ar inalado, servem
como foles.
Volume de gás nos sacos aéreos é 10 vezes
maior que nos pulmões.

10
 31/08/2017

Pulmão em Aves
Trajeto do ar: narinas e bico, traqueia, brônquios 1os, brônquios 2os,
sacos aéreos, parabrônquios, sacos aéreos, brônquios 2os, brônquios 1os,
traqueia, narinas.

Troca gasosa: Capilares aéreos e capilares sanguineos.

Fluxo de ar unidirecional pela

superfície respiratória

Ventilação Pulmonar
Os pulmões são ventilados pelos movimentos do esterno, que causam a
expansão e a compressão alternadas dos sacos aéreos. Ausência de
diafragma muscular (septo horizontal mantém o posicionamento das vísceras).

11
 31/08/2017

Troca Gasosa Unidirecional

Valores da pO2 arbitrários

Troca Gasosa Unidirecional

Mecanismo de contra-corrente (cruzada): O sangue é trazido pelos
capilares sanguíneos, fluindo em direção contrária ao fluxo de ar nos
parabrônquios e capilares aéreos, o que potencializa as trocas
gasosas.

* Obs. Valores arbitrários. O sangue não fica totalmente desoxigenado.

12
 31/08/2017

Pulmão em Mamíferos
Pulmões (5% do volume corpóreo) elásticos, suspensos na cavidade
torácica.
Vias aéreas: fossas nasais,
faringe, laringe, traqueia,
brônquios e bronquíolos.

Pulmão em Mamíferos

13
 31/08/2017

Alvéolos: local de troca gasosa,

sacos em fundo cego, parede delgada.
Células tipo 1 (estruturais), tipo 2
(substância surfactante), células do
sistema imunológico.

Célula
Endotelial
Capilar

Membrana
Célula
Respiratória
Alveolar 1

Líquido
Surfactante
Macrófago

Célula
Alveolar 2

Linfócito

Síndrome da Angústia Respiratória em bebês prematuros

Interface água - ar: atração forte entre as moléculas

de água situadas na superfície - ligação de
hidrogênios entre moléculas de água da superfície
úmida das pequenas vias aéreas e alvéolos.

Reduz a complacência pulmonar

Surfactante
Mistura de fosfolipídios, lipídios neutros, ácidos
graxos e proteínas, formando um filme delgado que
recobre a superfície alveolar.
Interrompe a camada aquosa e diminui a tensão
superficial alveolar.
Ausência ou pouca quantidade de surfactante:
Doença da membrana hialina (prematuros) ou
síndrome da angústia respiratória .

14
 31/08/2017

Os pulmões são recobertos pela pleura

visceral, enquanto a pleura parietal forra
a parede de cada hemitórax, o
mediastino e o diafragma.
A interface destas duas pleuras permite
o deslizamento suave do pulmão à
medida que se expande dentro do tórax.

Ventilação Pulmonar

15
 31/08/2017

Ventilação Pulmonar

Controle Respiratório

Centros
Superiores

Reflexos:
estiramento, pressão
sanguínea, [H+], CO2
e pO2 .

Ciclo de
inspiração e
expiração

Músculos
respiratórios

16