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O PAPEL DA ASSISTENTE SOCIAL

NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICAFEMININA

São José dos Campos / SP


2019
O PAPEL DA ASSISTENTE SOCIAL
NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICAFEMININA

Trabalho de final de curso, Universidade Norte


do Paraná - UNOPAR), como requisito para à
obtenção do título de bacharel em Serviço
Social.

Orientador: Profª Valquiria Dias Caprioli

São José dos Campos / SP


2019
O PAPEL DA ASSISTENTE SOCIAL
NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICAFEMININA

Trabalho de final de curso, Universidade Norte


do Paraná - UNOPAR), como requisito para à
obtenção do título de bacharel em Serviço
Social.

Orientador: Profª Valquiria Dias Caprioli

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Prof. Amanda Boza Gonçalves
Universidade Norte do Paraná

____________________________________
Prof. Componente da Banca
Universidade Norte do Paraná

____________________________________
Prof. Componente da Banca
Universidade Norte do Paraná

São José dos Campos, _____de ___________de 2019.


DEDICATÓRIA

Dedico à minha família e amigos em


especial aos meu esposo Marcelo de
Lima e meu filho Saulo da Silva, pelo
apoio e incentivo constantes, pela
compreensão das minhas ausências e
pela confiança na realização de mais
uma fase da minha vida acadêmica, bem
como no sucesso da conclusão deste.
AGRADECIMENTO (S)

Agradeço primeiramente a Deus por me sustentar e proporcionar a


realização de um sonho, a Instituição Unopar, todas as orientadoras que nesses
quatro anos estiveram empenhadas no ensino, em especial a Tutora Patrícia e
Ursula, e minhas colegas de sala pelo companheirismo.
Agradeço aos meus familiares, amigos,
colegas de sala, professores, orientadores,
todos aqueles que ajudaram direta e
indiretamente a concluir este trabalho.
RESUMO

Esse trabalho de conclusão de curso tem a finalidade de explanar e


analisar a incidência da violência contra a mulher na sociedade Brasileira,
colocando o foco no agir profissional do Assistente Social. A violência
domestica contra a mulher é um problema universal que atinge um número alto
de pessoas e na maioria das vezes de forma silenciosa e destruidora.
Em conformidade com o tema o presente estudo reflete a atuação do
Assistente Social nas questões de violência contra a mulher, visto que é um
profissional capacitado para atuar, orientar, discutir estratégias para o
enfretamento, além de encaminhar as mulheres para onde possam receber
atendimento e ter seus direitos garantidos por lei.

Palavras-Chave: Violência. Violência Doméstica Contra a Mulher.


Assistente Social.
LISTAS DE SIGLAS

CAPS –Centro de Atenção Psicossocial


CREAS –Centro de Referencia Especializado de Assistencia Social
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................9
2.OBJETIVOS............................................................................................................13
2.1Objetivos Gerais....................................................................................................13
2.2Objetivos Específicos............................................................................................13
3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................13
4. METODOLOGIA....................................................................................................14
5. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................14
6. CONTEXTUALIZAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA............................................16
6.1Tipificação da violência segundo a Lei Maria da Penha.......................................16
7. BREVE HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL........................................................19

8. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS QUESTÕES DA VIOLENCIA


DOMÉSTICA FEMININA............................................................................................22
9. CONSIDEREAÇÕES FINAIS.................................................................................24
10. REFERENCIAS....................................................................................................26
9

1. INTRODUÇÃO

Independentemente da classe social, a violência doméstica pode


acontecer com qualquer ser humano, e vem crescendo grandiosamente ao
longo dos anos, porém quase sempre esse problema é negligenciado pela
própria vítima ou pela sociedade, e ainda, desculpado ou negado pelo agressor.
Isso é pior quando o abuso é psicológico e não físico.

Neste trabalho de conclusão de curso, discutiremos as causas e os


tratamentos oferecidos pelos assistentes sociais às mulheres que são
violentadas tanto em seu lar (violência doméstica), quanto na rua ou nos demais
espaços públicos e festas. Blay (2003) relaciona a violência contra a mulher com
a cultura machista presente na sociedade, que acaba tratando os homens com
certa impunidade, colocando a mulher numa condição de quem “seduz”, assim
reduzindo a culpa masculina.
Ainda hoje, anos depois da publicação do artigo, se vêem casos
semelhantes, como o caso do rapaz que foi preso por ato obsceno, num ônibus
em São Paulo, mas foi solto por ter insanidade mental. Ele já fora detido outras
13 vezes por atos semelhantes, mas tinha sido solto por “não haver
constrangimento” em um dos casos. Tais casos exigem grande análise por parte
da justiça, processo que demanda elevado tempo, assim muitas vezes deixando
o infrator livre enquanto isso. A justiça, na análise destes tipos de caso, pretende
saber os riscos que o infrator traz à sociedade, se pode haver reincidência, se
haverá mudança, entre outros.
Também discutiremos os impactos deste problema na sociedade, a curto e
longo prazo. Kronbauer e Meneghel (2005) relatam sobre as várias
consequências e relações dos tipos de violência contra a mulher, como a perda
da auto-estima, gravidez de risco, DST entre outros; também relatam sobre como
as mulheres tentam, segundo os próprios autores, “inivisibilizar” os efeitos das
agressões sofridas, a fim de evitar possíveis constrangimentos e conflitos em
relação ao agressor, uma vez que este, na maioria dos casos, mora junto com a
vítima, e como os tratamentos pedidos pelas agredidas são, por vezes,
menosprezados por funcionários da rede pública, devido a inúmeros episódios de
10

mulheres que acabam parando o tratamento por sentirem medo de continuá-lo,


pelos motivos já citados.
Vamos também analisar as raízes de tais problemas e quais as melhores
formas de tratamento para sua erradicação. Cargnelutti e Oliveira (2014)
discorrem sobre a pressão que os homens e a sociedade, com seu cerne
machista, exercem nas mulheres, e que por vezes torna o divórcio, a separação
e a independência, como a melhor (embora mais difícil) das soluções, para sair
de um lar que a violência persista, em qualquer de suas formas.
Tal atitude, além de exigir da mulher certo poder de ação, para que se
mostre independente dos vínculos financeiros ou amorosos com o agressor,
exige também colaboração da sociedade e da família da mulher, que impeçam o
agressor de mantê-la em casa, de manipulá-la psicologicamente para ficar, e que
eles a incentivem a seguir um caminho próprio, conquistando sua autonomia e
liberdade. Como demonstram estudos de Abramskyet al (2011), Felson et al
(2009), entre outros, a violência tende a se agravar quando o agressor cogita que
a parceira pretende se separar.
Este projeto tem como proposta encontrar quais as prováveis causas de
tal problema tão antigo permanecer presente em nossa sociedade até hoje, bem
como discutir possíveis métodos para acabar com ele.
Kronbauere Meneghel (2005), bem como Abramsky (2011), relatam quais
fatores sociais agravam os índices de feminicídio e violência de gênero em
diversas sociedades, expondo que principalmente a baixa escolaridade, a baixa
renda, a gravidez na adolescência e o desemprego do agressor, aumentam os
casos de violência. Mas, infelizmente, Blay (2003) demonstra o caso do socialite
assassinada e que, dadas a impunidade da lei brasileira nestes casos, e a data
do ocorrido, o crime do agressor fora tratado com certo desdém pela justiça.
Após este episódio, como presente no artigo de Blay, a sociedade feminista se
manifestou para questionar a justiça perante a mulher, e conseguiu grandes
avanços para a época, mas que ainda não eram suficientes para criar uma
“justiça equilibrada”.
Ainda recentemente, embora o caso citado por Blay tenha acontecido há
20 anos, vemos a violência acontecendo com frequência, como no caso de Maria
da Penha Maia Fernandes. Maria sofria violência durante 23 anos, e após seu
marido tentar matá-la duas vezes, ela o denunciou. O longo tempo de dois anos
11

de desenrolar do processo, que dava brechas para ocorrerem mais agressões,


mobilizou organizações de justiça internacionais a cobrarem do país punições e
mecanismos legais que agilizassem esses tipos de julgamento e protegessem as
vítimas contra futuras agressões. Tal medida foi a criação da lei Maria da Penha,
que apesar de criticada por alguns, tem ajudado a prevenir a violência e
incentivado milhares de mulheres a denunciar suas situações.
A presença de violência mesmo depois de tanta luta por direitos iguais e
por uma sociedade democrata, além da necessidade de cobrança internacional
para desenvolver leis mais severas e justas, demonstra que mesmo após
mudanças, a justiça ainda é tardia e deve ser branda na punição dos agressores.
Ainda sobre a idéia de violência predominante nas classes baixas, relembremos
o caso de Eliza Samudio, que se relacionou com um jogador de futebol, e ao
descobrir que estava grávida, foi mantida em cativeiro, espancada e morta, por
tentar provar a paternidade do agressor publicamente e pedir pensão a ele.
Discutiremos temas e assuntos recentes que permeiam tal problema,
como cultura machista, cultura do estupro, relação causa/consequência da
violência, espaço da mulher na sociedade, aplicação e efetividade da Lei Maria
da Penha, e o feminicídio em geral, sejam os populares como de Marielle Franco,
Eliza Samudio, ou da própria Maria da Penha, a assistência social frente à
violência contra a mulher, assim permeando os pontos fortes e fracos do
tratamento das mulheres violentadas, bem como o tratamento oferecido aos
agressores pela justiça, analisando também o comportamento da sociedade
quando percebem a violência.
Basta uma rápida pesquisa virtual para encontrar milhares de notícias,
dados e imagens sobre a violência contra a mulher, o feminicídio e a violência de
gênero em geral. Dada a vastidão da internet, com milhões de páginas indexadas
e disponíveis ao público, o que chama a atenção não é o número de resultados,
mas sim a quantia de mulheres que continua morrendo ano após ano. Isso, claro,
sem contar aquelas violentadas nas festas, nos ônibus e metrôs, nas ruas
agitadas das cidades, nos becos escuros das favelas, nas ruelas debaixo de
nossos olhos, nas fábricas, agredidas todos os dias sem que suas vozes sejam
ouvidas, ou mesmo as que têm seus homicídios ocultos, sem receber
publicidade, e sem contar também as inúmeras crianças que são violentadas
12

pelos pais, tios etc., todos esses problemas também provenientes das chamadas
raízes culturais machistas e patriarcais, citadas neste trabalho.
Segundo CZAPSKI (2011, p. 327), o assistente social precisa, ao trabalhar
com mulheres que foram violentadas, ser um funcionário que demonstre pleno
interesse, se capacitar em um eixo técnico-político, estimular as denúncias,
demonstrando seus direitos, de maneira geral, exercer uma função ativa no
combate à violência, e, cabe o comentário, que o assistente social não se mostre
sujeito passivo do mecanismo citado por Blay.

Segundo LISBOA E PINHEIRO (2005, p. 204),

O Serviço Social tem-se projetado no universo das profissões


com muita seriedade e competência, configurando um espaço na
divisão sociotécnica do trabalho que tem merecido confiança e
angariado elogios.

Segundo Iamamoto (1999, p.52apud LISBOA E PINHEIRO, 200 5, p. 203),

O grande desafio na atualidade é, pois, transitar da bagagem


teórica acumulada ao enraizamento da profissão na realidade,
atribuindo, ao mesmo tempo, uma maior atenção às estratégias e
técnicas do trabalho profissional, em função das particularidades
dos temas que são objetos de estudo e ação do assistente social.

Ainda segundo os autores, o trabalho do assistente social deve estar


pautado não apenas nas raízes da profissão, mas sim na compreensão da
realidade social dos atendidos. Em seu trabalho, o autor afirma que a dimensão
ético-política não pode ser concebida separada da dimensão teórico-
metodológica. E, para eficiente execução do trabalho do assistente social, é
necessário que suas ferramentas estejam adequadas sendo elas, segundo
Iamamoto(1999), conforme citado por Lisboa e Pinheiro(2005, p. 205), as bases
teórico-metodológicas, o instrumental técnico-operativo e as condições
institucionais. Ou seja: o conhecimento e a base teórica do profissional, os
instrumentos utilizados por ele (pesquisas, métodos, reuniões, visitas etc.) e, por
13

último, as estruturas físicas e corporativas que permeiam o serviço do


profissional.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Pesquisar as causas do problema de violência contra a mulher na sociedade
atual e possíveis métodos de combatê-lo. Também estudaremos as suas raízes
históricas, sociais e étnicas, passando por toda a tradição do preconceito na região
do Vale do Paraíba e traçando um perfil da discriminação de gênero do brasileiro
médio.

2.2 Objetivos Específicos


Traremos a visão acadêmica do problema, e iremos relacioná-la à visão
popular, assim comparando as medidas já tomadas e sugeridas pela sociedade
científica, com aquelas que senso comum e natural propõe, assim evidenciando as
possíveis falhas que ambos os lados possuem. Pretendemos descobrir porque tal
problema, tão antigo, que mata milhares de mulheres pelo Brasil, ainda persiste na
sociedade atual.

3. JUSTIFICATIVA

A intenção desse trabalho é demonstrar um quadro do preconceito ao gênero


feminino e do feminicídio na cidade de São José dos Campos, explicando as
soluções encontradas para ambos os problemas, além de como eles têm se alterado
com o passar do tempo.
Este trabalho se dedica a pesquisadores, cientistas sociais e políticos,
interessados, amadores e aspirantes, que procurem obter mais conhecimento sobre
o feminicídio, além de como a indústria midiática se comporta frente a tais
problemas.
Não procuramos, de forma alguma, culpar um órgão, um personagem,
instituição ou afins, mas sim trazer à tona os diversos meios culturais, políticos,
religiosos etc., que influenciam a sociedade de forma ora benigna, ora maligna, a
14

agir com certo preconceito ou discriminação, assim demonstrando, de certo modo,


como as pessoas tendem a “dançar conforme a música” que se vê em tais meios, e
acabam “importando” tais costumes, imaginando ser modelo em outros países ou
culturas.

4. METODOLOGIA

Faremos uma pesquisa primária analisando as obras de vários autores, assim


extraindo informações sobre diferentes realidades encontradas por eles. Também
analisaremos músicas, poemas, programas de TV, livros e filmes tratados como
“cultura de massa”, assim entendendo como as mulheres são tratadas hoje em dia,
e como tal tratamento interfere na visão que elas têm de si mesmas, além de como
isso interfere nas suas vidas e em suas decisões.
Assim, traçaremos um perfil médio das causas e consequências da violência
feminina na sociedade brasileira, com base no perfil traçado em nossa cidade. Claro,
não podemos deixar de relacionar (neste caso, de forma mais teórica) tais causas e
impactos de nossa região em geral, com perfis de mulheres (e, consequentemente,
de mazelas) completa ou parcialmente diferentes dos nossos.
Da mesma forma, correlacionaremos obras de autores da área, que tenham
pesquisado em situações, países e épocas diferentes, para esclarecer um pouco
mais quais são os frutos que as lutas sociais, como o feminismo, trouxeram para a
sociedade atual, e como a nossa realidade se distingue entre o passado e o
presente.

5. DESENVOLVIMENTO
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

Desde os tempos antigos a violência já se fazia presente na vida dos seres


humanos, não apenas no Brasil como também nos de mais países. A violência
doméstica contra a mulher na maioria dos casos é praticada pelo esposo,
companheiro, namorado, pai ou padrasto.
15

Em geral a violência pode acontecer com qualquer sujeito vivo, ela é um


fenômeno complexo e multicausal que alcança diversas tipologias, independente
de gênero, classe social, faixa etária, raça, orientação sexual, dentre outras.

A cada ano mais de um milhão de pessoas perdem a vida,


e muitas mais sofrem ferimentos não fatais resultantes de auto-
agressões, de agressões interpessoais ou de violência coletiva.
Em geral, estima-se que a violência seja uma das principais
causas de morte de pessoas entre15 e 44 anos em todo o mundo.
(DAHLBERG, KRUG, 2007, p.1164)

Tapas, empurrões, murros, estupros e tiros são características comuns de


violências praticadas contra a mulher. Há também uma violência que é pouca
divulgada, que é a violência psicológica, ela não deixa marcas físicas, mas
cicatrizes internas que destroem a auto-estima da vítima por toda a vida. O
agressor usa meios de descriminação, podendo ser, humilhação, desprezo ou
culpabilização da vítima. A violência psicológica pode levar a vítima, além do
sofrimento intenso, chegar a tentar ou cometer suicídio (KASHANI; ALLAN, 1998).
À maioria das mulheres que sofrem violência não recorrerem às delegacias
de polícia para denunciar, devido à vergonha que sentem perante a sociedade, por
dependerem financeiramente do agressor ou achar que eles possam mudar
futuramente. Sobre a violência Silva diz:

“(...) a afirmação da agressão é a imposição da


vontade de uma pessoa sobre a outra, sem, no entanto,
respeitar os limites físicos e morais. Podendo existir na forma
física contra a pessoa e contra bens ou verbal, contra
pessoa” (Silva, 1992, p.239).

Nos poucos casos que solicitam ajuda em grande escala é para outra
mulher da família, como a mãe ou irmã, às vezes amiga próxima ou vizinha.
Foi realizada uma pesquisa pela IBGE onde consta que em 2011 a Central de
Atendimento à Mulher (Ligue 180), da Secretaria de Políticas para as Mulheres –
SPM registrou 75 mil relatos de violência contra a mulher. Destes, cerca de 60%
foram de violência física, 24% violência psicológica e 11% violência moral. Na
16

maioria dos casos, o agressor era o companheiro, cônjuge ou namorado (74,6%); a


mulher relacionava-se com o agressor há10anos ou mais (40,6%);a violência ocorria
desde o início da relação (38,9%) e sua frequência era diária (58,6). Em 52,9% dos
casos, as mulheres percebiam risco de morte e em 2/3 das situações os filhos
presenciavam a violência (66,1%). (IBGE, 2012).
É conveniente ressaltar, que a violência acometida contra a mulher, seja ela
qual for, é uma das piores formas de violação dos direitos humanos, “uma vez que
extirpa os seus direitos de desfrutar das liberdades fundamentais, afetando a sua
dignidade e autoestima” (PAULA, 2012:03).
Compreende se que a grande dificuldade, é que na maioria das vezes as
mulheres estão envolvidas e comprometidas emocionalmente com seus maridos
ou companheiros, o que resulta em ocultação de denúncias. Atualmente essa
realidade ainda existe, embora, com alguns avanços e conscientização em grande
parte dessa população.

6. CONTEXTUALIZAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA

Em Agosto de 2006 o Presidente da República sancionou a Lei


11.340/2006 – Lei Maria da Penha que foi uma das principais vitórias alcançadas
pelas mulheres no Brasil.

A Lei Maria da Penha tem como principal objetivo garantir direitos


fundamentais ato das às mulheres tem a meta de prevenir e eliminar todas as
formas de violência contra a mulher, com vistas a punir os agressores e dando
proteção e assistência as mulheres em situação de violência doméstica.
Conforme a Lei:

Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia,


orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e
religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades
para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e
seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. (Artigo 2º, Lei
Maria da Penha nº 11.340/2006) (Brasil, 2006).
17

A Lei Maria da Penha somou as conquistas alcançadas pelas mulheres ao


longo do tempo e fez com que a categoria despertasse para lutar por políticas
públicas que atendessem suas necessidades básicas, sendo encorajadas a
participarem de movimentos que visem ao fim da violência como um todo,
garantindo conquistas e efetivação dos seus direitos. Deste modo se observa
que:

Com a evidente discriminação e violência contra as


mulheres o Estado interveio através da Lei 11.340/06 – Lei
“Maria da Penha” para coibir os diversos tipos de violência,
fazendo então, com que as mulheres se sentissem mais seguras,
resgatando a cidadania e a dignidade dessas cidadãs que, na
maioria das vezes, sofrem caladas. (PAULA, 2012, p. 37)

A lei Maria da Penha é de grande importância para todas as mulheres


brasileiras, através dela se efetivou formas de punição aos agressores, além de
criar medidas protetivas a fim de garantir a integridade física e psicológica da
vítima.

6.1 Tipificação da violência segundo a Lei Maria daPenha

A Lei Maria da Penha estabelece cinco tipos de violência doméstica


contra a mulher relacionadas no Art. 7º da Lei 11.340/2006:
Violência física – ação do agressor contra a integridade ou saúde
corporal da vítima como: empurrar, sacudir, esbofetear, chutar, queimar, etc.
Segundo a pesquisa realizada com 2.365 com mulheres e 1.181 homens
pela Fundação Perseu Abramo "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços
público e privado", realizada em 2010, por meio de seu Núcleo de Opinião
Pública, em parceria com o SESC. Evidencia que a violência física é apontada
com maior incidência pelas mulheres entrevistadas. Cerca de 28% das
mulheres sofreram violência física ou ameaça.
18

Violência psicológica – ação do agressor contra a mulher que causa


danos de ordem emocional. Exemplos: insulto, chantagem, ridicularização,
humilhação, constrangimento, manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição, limitação do direito de ir e vir.
Esse tipo de violência normalmente acompanha a violência física, até
mesmo como forma de coibir a vitima a não denunciar a agressão sofrida. Pode
ser confundida como excesso de cuidado por parte do agressor e não ser assim
identificada como violência pela vitima.
Na pesquisa da Fundação Perseu Abramo "Mulheres brasileiras e gênero
nos espaços público e privado", realizada em 2010, 27% das mulheres
afirmaram já terem sofrido violência psicológica.
Violência sexual - ação do agressor que constranja a mulher a
presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, diante de
ameaças, coações ou do uso direto da força; que a induza a comercializar ou a
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade. Está incluído neste tipo de
violência o impedimento da mulher usar método contraceptivo e a obrigação da
mulher abortar mediante força ou ameaça.
É um tipo de violência que gera medo, culpa e vergonha, o que dificulta
muitas mulheres de denunciá-lo. Na maior parte das vezes essa agressão só é
denunciada quando praticada por um estranho, fator que contribui para o
escamoteamento da violência gerida no interior da família.
A pesquisa da Fundação Perseu Abramo revela que 13% das mulheres
entrevistadas sofreram algum tipo de violência sexual, sendo 7% delas casa
das legalmente.
Violência patrimonial - qualquer ação que possa causar dano aos bens
da mulher como documentos pessoais e instrumentos de trabalho.
Esse tipo de violência é utilizada, muitas vezes, para que a mulher
passe a não ter controle dos próprios bens, ficando cada vez mais dependente
do parceiro. Alguns companheiros podem se apossar dos bens materiais de
suas companheiras, além de atrapalhar seu trabalho ou impedi-las de
trabalhar. Esse tipo de conduta evidencia a possessividade e o controle que o
homem pretende exercer sobre a mulher.
19

Violência moral – conduta por parte do agressor que possa caluniar ou


difamar a mulher.

As mulheres são comumente vítimas da violência moral dentro do


ambiente de trabalho, em muitos casos isso ocorre em virtude do assédio
sexual a que são submetidas. Sua capacidade profissional e atuação são
postas em xeque, podem ser também desmerecidas publicamente, gerando
maus resultados na avaliação do desempenho do trabalho, assim como a perda
da vontade de trabalhar.

7. BREVE HISTORICO DO SERVIÇO SOCIAL

Segundo BOGADO/BRANCO (2009) O Serviço Social teve seu inicio no


Brasil em 1920 no Rio de Janeiro surgiu a Associação das Senhoras Católicas, e em
1923 em São Paulo a Liga das Senhoras Católicas, suas atividades eram
desenvolvidas pela grande burguesia paulista e carioca, as quais tinham suporte
financeiro e contatos em nível de estado, possibilitando planejar e realizar obras
assistenciais com maior eficiência. Tinham como objetivo não somente os
indigentes, mas as pessoas que estavam envolvidas no desenvolvimento capitalista,
principalmente os que envolviam mulheres e crianças.
Em 1932, a igreja católica tomou frente no Centro de Estudos e Ação social
em São Paulo, com intenção de agregar os leigos e tornar mais participativa nas
ações sociais e cobrar mais iniciativas as obras promovidas pela filantropia das
classes dominantes.
No decorrer da década de 1940, surgem diversas escolas de Serviço Social
nas capitais dos Estados. A implantação obedeceu a um processo semelhante ao
das primeiras escolas surgidas no Brasil, só que agora contam também com o apoio
financeiro da Legião Brasileira de Assistência.
Em abril de 1944, o Estado Brasileiro possibilitou a inclusão do Serviço Social
na Previdência, constituindo como uma das primeiras áreas de atuação desse
profissional, em âmbito federal.
20

Em 1947 foi aprovado em assembléia geral da Associação Brasileira de


Assistentes Sociais, o 1° Código de Ética do Assistente Social. Em 1948 foi
promulgada, pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, como proposta para a reconstrução
política e social do mundo no segundo pós-guerra mundial.
A partir de 1964, período da ditadura militar, tivemos um grande progresso na
inconstitucionalizacão da política social, com a criação do Sistema Nacional de
Previdência Social, denominado como política de controle se manteve até a
Constituição de 1988.
No decorrer dos tempos, o serviço social apresentou um salto qualitativo
quanto a forma de atuar, recorrendo as descobertas cientificas pelo desenvolvimento
dos estudos sociológicos e, principalmente impulsionado pela intensidade e
complexidade dos problemas sociais da época-colocava em movimento, além dos
sentimentos, a inteligência e a vontade para o serviço da pessoa humana,
distinguindo se, assim, das antigas formas de assistência.
(BOGADO;BRANCO,2009,p.155.).
O Serviço Social passou por grandes mudanças as quais começaram com a
industrialização, com movimentos junto aos trabalhadores das indústrias que
buscavam uma melhor qualidade de vida, e a garantia de seus direitos como
trabalhador. O objetivo do serviço social é estar sempre se atualizando para poder
prestar um serviço de qualidade para quem dele necessite.
Foi a partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei Orgânica da Assistência
Social (LOAS) de 1993, que a Assistência Social, a saúde e a previdência social
conseguiram compreender a Seguridade Social.
Segundo SOUSA (2008), em 1993 os Assistentes Sociais conquistaram
novos marcos na atuação profissional, como a aprovação da Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS) e a instituição do Código de Ética Profissional dos
Assistentes Sociais.
A Lei Orgânica da Assistência Social, nº 8.742 de 7 de setembro de 1993, foi
sancionada como garantia de atendimento à população, afirmando como propósito
emancipar a população e fazer com que a mesma tenha conhecimento sobre seus
direitos. Nesta lei, é tratada a questão da seguridade social como dever do Poder
Público junto à sociedade e a garantia de direitos relacionados à saúde, previdência
21

e assistência social. Estes serviços são disponibilizados a toda população que dele
necessite sem nenhum tipo de cobrança direta para a utilização dos mesmos.
O artigo 1º da LOAS pode ser complemento à definição da Assistência Social,
assim fixada:
A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de
Seguridade Social, não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através
de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade para garantir
o atendimento as necessidades básicas.(GOES,2009,p.47.).
A política pública de assistência social é um conjunto de responsabilidades
públicas do estado, que deve ser exercida de forma descentralizada, participativa e
garantindo os direitos, e não como uma benfeitora que presta (favores) a quem
deles necessitam. A qual se da através de critérios mínimos de renda per capita, a
qual acaba ficando centrada em grupos específicos.
Analisando o desenvolvimento do serviço social e sua evolução dos primeiros
anos, observamos que passamos da caridade e da assistência intuitiva ao serviço
técnico. A prática do assistente social foi sofrendo transformações ao se afastar da
influência européia. No campo prático isso significou a ampliação da ação
profissional. (GOES,2009,p.60.).
A influência norte-americana foi incorporada pela profissão juntamente com a
ideologia desenvolvimentista, as quais fundamentaram os métodos de atuação
profissional. Os métodos de caso, grupo, e principalmente de comunidade, são
formas metodológicas de trabalho que fazem parte da história do serviço social, e
influenciam os profissionais até os dias de hoje. (GOES, 2009, p.60.).
O serviço social tem a finalidade de ajudar o usuário a resolver seus
problemas uma vez que esses usuários procuram o serviço social, para isso ele
precisa estudar o usuário saber quem ele é qual seu problema para assim
conseguir chegar a um diagnostico e encaminhá-lo para um tratamento
adequado. Quando necessário atendimento na saúde então se encaminha para o
serviço social voltado para a saúde
22

8. ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS QUESTÕES DA


VIOLENCIA DOMÉSTICA FEMININA

O Serviço Social desde primórdios é observado pelas conquistas da


profissão, coincidente com as conquistas dos movimentos feministas, efetivando
direitos e priorizando o valor da mulher na sociedade. Com base nisso, até hoje
os assistentes sociais trilham sua atuação nessa perspectiva e cada vez mais se
atualizando frente às transformações da sociedade civil.
Segundo Iamamoto e Carvalho (1983), a profissão Serviço Social surgiu
devido às contingenciais geradas pelo capitalismo, o profissional de Serviço Social
atua no âmbito das relações humanas e deve contribuir para que seja garantido o
direto dos sujeitos. O objeto do Serviço social é a ‘Questão Social’ e suas
expressões sociais nas diversas áreas.

O Profissional utiliza alguns instrumentos técnicos operativos para uma


melhor avaliação e intervenções. A entrevista é um dos instrumentais mais
utilizados pelo profissional, onde se desenvolve através do processo de escuta
inicial e observações técnicas. Outro instrumental comum é a visita domiciliar,
essa é utilizada para conhecer a realidade social da qual o individuo vive. Os
assistentes sociais no seu espaço de trabalho contêm inúmeras informações e
conhecimentos sobre os usuários os quais ele atende, essas informações são
sigilosa.
O profissional utiliza de seus instrumentos e técnicas para minimizar os
impactos sofridos pela vítima e consequentemente que não seja repassada aos
filhos, fazendo com que essa vitima seja orientada e respaldada de seus direitos
para que consiga assim deixar de aprisionar-se da atual situação vivida. Sobre
isso as autoras abaixo discorre:

Por isso, para o assistente social, é essencial o


conhecimento da realidade em que atua, a fim de compreender
como os sujeitos sociais experimentam e vivenciam as situações
sociais. No caso, trabalhando com a temática da violência contra a
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mulher, o profissional de Serviço Social necessita aprofundar seu


conhecimento sobre as múltiplas determinações que decorrem da
mesma. (LISBOA, PINHEIRO, 2005, P. 203)

Existem também possibilidades do profissional trabalhar com grupos,


principalmente nos casos de mulheres que sofrem violência doméstica, o trabalho
realizado em grupos pode ser feito de várias formas, sendo que as mais comuns é
introduzir abordagens temáticas e rodas de conversas, vistas a contribuir para
retirá-las do processo de angústia, baixa auto-estima e a condição de violência
que está inserida. A troca de informações entre elas nos grupos é fundamental
para se fortalecerem, assim como troca de experiência, para serem encorajadas a
sair da situação atual.
Os maiores desafios enfrentados pelo assistente social é de auxiliar a vitima
que sofreu a violência doméstica na questão de acolher e garantir que a mulher
esteja segura.
No que se refere aos encaminhamentos o profissional deverá ter amplo
conhecimento na rede de serviço do município de referencia é viável dizer, que os
encaminhamentos acontecem após o processo de acolhida e orientações a
mulher, assim como a possível denúncia ao órgão competente se for o caso.
As Unidades de Saúde também se caracterizam como a porta de entrada
preferencial, para que a vítima tenha os primeiros cuidados no caso da violência
física, também tem o CREAS que é uma unidade pública estatal responsável pela
oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias
com seus direitos violados.
Nos casos de grande evidência de trauma emocional e psicológica faz-se
necessário efetivar encaminhamento para o CAPS que também é uma unidade
pública estatal que dispõem de profissionais da área da psicologia e psiquiatria
para acompanhamentos e tratamentos psicológicos. Percebe-se, portanto que o
trabalho do Serviço social caminha junto com as de outros profissionais e outros
órgãos.
Visto que, o assistente social vem buscando realizar o seu trabalho de
modo que beneficiem essas mulheres, sempre validando seus direitos e
orientando a agir da melhor maneira para conseguir seus objetivos.
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Nesse sentido a violência doméstica contra a mulher tornou-se objeto de


atuação profissional do assistente social, enquanto desafio posto no cotidiano, o
qual formula um conjunto de reflexão e intervenção desse profissional.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o periodo de conclusão deste trabalho academico foi possivel


perceber a importancia do Assistente Social perante a gravidade do assunto
abordado, a violencia contra a mulher é um problema que ainda hoje viola alguns
direitos considerados inalienáveis ao ser humano, um fenômeno histórico, social e
cultural que vive em nossa sociedade.
No passado a violencia contra a mulher ficava restrista ao seu lar, no silencio
de seus comodos, como um bicho acuado, não sendo questionada por quem
precisava, hoje esse silencio foi rompido, devido as conquistas dos movimentos
feministas e a liberdade de expressão dessas mulheres.
Entretanto essa forma de violência não se reprime a determinada classe
social ou etnia e nem a sua condição financeira, não podemos generalizar que esse
tipo de violencia so acontece nas classes menos favorecida.
Com o passar dos anos na escuridão, diante da falta de reconhecimento da
violencia contra a mulher como uma violação do direito de ir e vir e,
consequentemente, de uma lei que respaldasse tal crime, é criada a Lei Maria da
Penha. Essa legislação se constroi como um avanço no enfretamento deste tipo de
fenômeno, por prescrever medidas protetivas de urgencia, visando preservar a
integridade física e mental dessas mulheres.
Entretato, é necessário ressaltar que nenhuma lei, por mais bem escrita,
elaborada, não alcança eficácia, se não tiver aplicabilidade, de quem estiver a
frente desse processo.
A violência contra a mulher deve ser vista como um ponto central da agenda
política do Estado em todos os níveis, com políticas públicas e recursos
compatíveis para programas de apoio às mulheres em situação de violência,
fazendo valer os Planos Nacionais de Políticas para Mulheres. Políticas públicas
transversais, visando à equidade entre homens e mulheres, constituem um caminho
para alterar a violência, em geral, e de gênero, em particular. A Lei 11340/06 – Lei
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da Violência Doméstica – Lei Maria da Penha – é apenas um passo de uma longa


caminhada para assegurar a integridade física, psíquica, sexual e moral das
mulheres.
Quando é feito uma análise geral de todo o contexto em que vive essa
mulher violentada é importante ressaltar que muitas mulheres ainda não levam em
frente suas denúncias, ainda por medo ou vergonha da sociedade e também as que
dependem financeiramente do agressor, ou está ligada emocionalmente e acredita
na mudança do individuo em questão.
Ao se tentar fazer uma análise geral de todo o contexto de violência
doméstica contra a mulher é importante observar que muitas mulheres não levam
em frente suas denúncias, ainda por medo ou vergonha da sociedade e em outros
casos por dependerem financeiramente do agressor, ou está ligada emotivamente
ou ainda acreditar na mudança do companheiro.
Violência contra a mulher, violência intrafamiliar e tantas outras tem sido
definida como relação de poder e conflito permanente, principalmente no âmbito
familiar, o que demanda atendimento, orientação e encaminhamento por parte dos
profissionais atuantes.
Mesmo com os avanços políticos e sociais ainda são insuficientes para
minimizar o elevado índice de violência doméstica, esses presente no Brasil e no
mundo, que nos traz os questionamentos e reflexões constantes, será que as
políticas que existe estão dando conta efetivamente frente a esse tipo de violência?
O profissional de Serviço Social está qualificado para atuar nas diversas
áreas ligadas à condução das políticas sociais públicas, tendo como objetivo
responder às demandas dos usuários dos serviços prestados, a fim de garantir
atendimento humanizado e efetivação dos direitos.
A ação e intervenção profissional dos Assistentes Sociais em demandas
familiares, inclusive na questão da violência, se apresentam desafiadora,
entretanto, vêm avançando com muita competência, o qual possibilita resgatar a
dignidade humana.
26

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