Você está na página 1de 8

IBEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

NOME COMPLETO

DISCIPLINA: DIDATICA DO ENSINO SUPERIOR

Taubaté – SP
2020
NOME COMPLETO

DISCIPLINA: DIDATICA DO ENSINO SUPERIOR

Trabalho elaborado para o curso de MBA


em Gestão Hospitalar do IBEC – Pólo
Taubaté, para a disciplina de didática do
ensino superior.

Taubaté – SP
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2 METODO ATIVO PROBLEMATIZADOR COMO ESTRATEGIA PARA
FORMAÇÃO EM SAÚDE.............................................................................................6
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................7
4 REFERÊNCIAS.....................................................................................................8
4

1.INTRODUÇÃO

O conceito original de método tem sua raiz no grego que significa um


caminho a ser seguido ou META (atrás, em seguida, através) e dodós
(caminho) concluindo uma idéia que passos deverão ser dados para se atingir
um fim. Desta forma o método ativo, vem trazendo junto o mesmo conceito,
entretanto a forma de aplicação é que difere das outras metodologias. Ao
apropriar-se deste método o aluno passa a ser o centro do processo educativo
e de alta construção, favorecendo a comunhão do grupo, seu envolvimento e
análise dos problemas, pois problematizam uma realidade já vivenciada e
buscam estratégias para solução dos problemas propostos. Este método
centra seus objetivos na motivação dos educando na construção de
competências, habilidades e atitudes sendo o educador apenas um facilitador
do processo educacional.
O conhecimento verdadeiro, puro, de base científica norteia toda a
construção de novos conhecimentos, neste sentindo a epistemologia é o único
caminho a ser seguido, pois se refere a construção geral em torno da
natureza, etapas e limites do conhecimento humano, especialmente no que se
estabelece entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades
tradicionais do processo cognitivo. Desta forma a interação entre sujeito e
objeto, se dá no ambiente natural de aprendizado, onde as trocas são sempre
produtos de um conhecimento anterior, seja ele cientifico ou empírico. São na
epistemologia que se consegue refletir, desenvolver hipóteses e construir
conclusões para mudar um paradigma ou construir outros, através de novas
descobertas. Para Nunes (1993), a produção e a apropriação do saber estão
presentes na metodologia de ensino de forma a superar o confronto entre a
teoria e a forma. É neste contexto que o método de ensino associado a
valores da sociedade trazem para dentro da escola, uma nova perspectiva de
aprendizado que fundamentam as metodologias de ensino na formação de
novos educadores. Neste contexto não se pode excluir o conhecimento
filosófico do conhecimento cientifico na produção do saber, pois a filosofia
induz ao pensamento critico reflexivo e a produção de hipóteses e enquanto o
conhecimento cientifico se produz a partir das pesquisas para comprovar as
5

hipóteses. Para um entendimento, mas abrangente, podemos afirmar que no


mundo das idéias está o conhecimento filosófico e no mundo experimental
está o conhecimento cientifico que necessariamente utiliza métodos
específicos para testar diferentes hipóteses. Partindo do princípio filosófico
para uma finalização real temos a produção do conhecimento. Nesta
produção não se concretiza o conhecimento se não houver interação entre
educador e educando, isto é a teoria e a prática se constitui no final do
processo educativo; sendo a prática social a principal geradora de novas
hipóteses e motivadoras de novas pesquisas científicas. Assim sendo a fonte
do conhecimento humano é a experiência geral; o conhecimento humano é
condicionado socialmente pela estrutura social, pelas ideologias, e a atividade
científica se dará a partir de divergências dos fenômenos sociais, usando
neste caso uma lógica epistemológica própria.
A Metodologia Ativa (MA) tem uma concepção de educação crítico-
reflexivo com base em estímulo no processo ensino-aprendizagem, resultando
em envolvimento por parte do educando na busca pelo conhecimento
(MACEDO, 2018). Existem diversas formas de utilização deste método,
cabendo ao docente aplicá-lo de acordo com sua realidade. Desta forma,
diante da necessidade de uma reflexão e proposição de soluções mais
adequadas e corretas, o método ideal seria o de solução problemas ou
metodologia da problematização. A metodologia da problematização está
presente em alguns métodos que podem subsidiar o ensino, ABO ou
Problema Based Learning (PBL), Team Based Learning (TBL), o Arco de
Charles e Maguerez e a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP)
(MACEDO, 2018)
O método importante que vem da raiz construtivista; onde o educando
parte de um conhecimento prévio da realidade em que vivência; da instrução
recebida para solução do problema em questão e a liberdade de escolher o
que quer aprender; que desperta a curiosidade do discente e o conduz a
aprender de forma pedagógica; partindo da vivência de situações problemas à
análise critica, pesquisa na literatura e desenvolvimento de ferramentas para a
solução do problema raiz, denomina-se de Arco de Charles e Magrez que é
resumido no artigo do capítulo 3.
6

2. METODO ATIVO PROBLEMATIZADOR COMO ESTRATEGIA PARA


FORMAÇÃO DE SAÚDE

A idéia central do artigo é relatar uma prática educativa alicerçada na


problematização a partir do Arco de Charles Maguerez, demonstrando a
importância da mudança de um método voltado para um ensino
cartesiano/flexneriano, centrado em apenas um ator, em que o agente de
ensino é o educador, forçando o educando a receber um conteúdo já pronto e
distribuído de forma fragmentada, resultado em uma limitação do conhecimento;
para um método de ensino em que tanto o educador como educando são atores
do processo; neste caso assumindo um papel de extrema relevância o
educador provoca o educando a resolver questões em que ele precisará
responder buscado a partir de si mesmo, de sua própria experiência de vida,
seu conhecimento técnico e por vezes filosófico. Neste caso o educador se
torna um facilitador e orientador de como esses educandos atingirão suas
metas e construirão seu conhecimento. Este método desenvolve no educando a
capacidade reflexiva e uma possibilidade de se tornar um verdadeiro agente de
saúde, propondo idéias e processos que cominarão na melhora de qualidade de
uma assistência ao cliente família e sociedade. Esse processo tem a sua
importância, dado a necessidade cada dia maior, de atender a uma demanda
social e política, voltada a visão de uma qualidade de assistência que atenda a
igualmente a todos os desiguais, isto e: um atendimento com equidade. Neste
contexto de mudança de paradigma a grande questão problematizadora está
em conseguir realizar está mudança de uma forma transacional, em que não
cause transtornos ao aprendizado do educando e nem tão pouco ao educador,
que construiu seu conhecimento em um método cartesiano, até outrora
considerado ideal. Neste contexto, educador e educando aprendem juntos e
criam um conhecimento global e substancialmente eficiente.
Para tantos os pesquisadores, utilizaram-se de um relato de experiência,
descrevendo como os sujeitos se comportaram durante a pesquisa. Utilizaram o
referido arco, de forma completa, desenvolvendo suas cinco etapas: observação
da realidade; pontos-chave; teorização; hipóteses de solução; e aplicação à
realidade. Durante o processo foi possível perceber que os sujeitos
necessitaram utilizar reflexão crítica, de forma totalmente consciente,
7

demonstrando exatamente aonde gostariam de chegar e com uma construção


de conhecimento totalmente inovadora. No quesito observação da realidade,
foram apresentados aos sujeitos fotos de fatos reais para serem vivenciados e
servirem de ponto de partida para a discussão e reflexão em grupo. Na
seqüência identificaram os pontos-chave da problematização e registraram;
seguindo para a terceira parte do arco, denominado de teorização, onde
realizaram pesquisas que auxiliassem na respostas das hipóteses de solução, e
finalmente aplicação à realidade, discutindo em grupo a construção de um plano
de ação. O artigo conclui de forma clara a importância do uso de metodologias
ativas na construção de um conhecimento baseado em um processo que
favorece a integração entre educador e educando, a construção de um
conhecimento “articulado” e finalmente a formação de autonomia e pensamento
crítico-reflexivo diante de realidades que este vivenciarão durante toda a sua
vida profissional.

3. CONCLUSÃO

As metodologias ativas superam o método cartesiano de ensino, pois


inverte o sentido do ensino aprendizagem; conduz o educando a questionar;
criar hipóteses; argumentar; pesquisar em artigos científicos; criar seu próprio
conhecimento; desenvolver uma autonomia criativa e inovadora, a partir de
vivências do contexto social; partindo assim para uma solução de problemas
reais que colaboram para si mesmo e para o bem da humanidade. Enfim, é
um método que gera conhecimento, desenvolve habilidades e leva o sujeito a
tomar atitudes corretas, evitando entropias causadoras de danos muitas vezes
invisíveis, quando se trata de cuidar de pessoas ou mesmo em um processo
educacional.
8

4. REFERÊNCIAS

Leal LÁ, Pereira KLA, Negreiros ALB et al. Método ativo problematizador
como estratégia para formação em saúde. Revista de Enfermagem UFPE on
line.,Recife,12(4):1139-43,abr.,2018.Disponível
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/231346/
28700. Lido em 04/08/209.

Método ativo. Disponível em


<https://www.faculdadeages.com.br/uniages/metodo-ativo/ >. lido em
30/07/19.

MACEDO K.D.S, Acosta B.S, Silva E.B, Souza N.S, Beck C.L.C, Silva K.K.D.
Metodologias ativas de aprendizagem: caminhos possíveis para inovação no
ensino em saúde. Escola Ana Nery, 2018. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/ean/v22n3/pt_1414-8145-ean-22-03-e20170435.pdf >.
Lido em 05/08/2019.

NUNES, Marisa Fernandes. As metodologias de ensino e o processo de


conhecimento científico.Educ. rev., Curitiba , n. 9,p. 49-58, Dec. 1993
Available from<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
40601993000100008&lng=en&nrm=iso>. access on 04Aug. 2019.
http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.105.Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
40601993000100008. Lido em 04/08/19.

Você também pode gostar