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Índice

CAPÍTULO 1
O que é Educação Bilíngue

CAPÍTULO 2
Principais características da Educação Bilíngue

CAPÍTULO 3
Benefícios da Educação Bilíngue

CAPÍTULO 4
A BNCC e a Educação Bilíngue

CAPÍTULO 5
Tecnologias e metodologias ativas na Educação Bilíngue

CAPÍTULO 6
Escola pública bilíngue: é possível?

CAPÍTULO 7
Conheça o Programa Fluentize, da Pearson
Introdução
O Brasil tem cerca de 40 mil escolas privadas, de acordo com o MEC

(Ministério da Educação), sendo que aproximadamente 1.200

instituições oferecem programas de educação bilíngue, conforme

estimativa da Abebi (dados de novembro de 2021).

Atualmente, um segundo idioma deixou de ser um diferencial

competitivo para se tornar uma necessidade. Cientes disso, cada vez

mais pais têm procurado por uma escola bilíngue que ofereça um

ensino aprofundado da segunda língua, que em geral é o inglês. Mas

o que é, exatamente, uma escola bilíngue?

Essa dúvida acontece uma vez que aprender um novo idioma vai

além de dominar a sua gramática. Assim, é importante também

conhecer a cultura do país de origem, o que assegura que uma

determinada pessoa será capaz de se expressar adequadamente

nos mais variados contextos sociais.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as Diretrizes

Nacionais para a Educação Plurilíngue no Brasil (parecer CNE/CEB

nº 2/2020) em 9 de julho de 2020). As Diretrizes, além de

regulamentarem a educação bilíngue no país, também visam a

promover qualidade, igualdade de oportunidades e avanços para os

alunos e a sociedade brasileira.

A resolução reúne definições e regulamentações para esclarecer a

concepção de escola bilíngue. A principal delas:


O currículo bilíngue deve ser

necessariamente oferecido a todos os

estudantes. Quando o currículo bilíngue for

oferecido de modo optativo, na forma de

atividades extracurriculares ou

complementares aos estudantes, a escola

não se enquadra como escola bilíngue

O projeto ainda prevê que escolas bilíngues se

caracterizem por promover um currículo único,

integrado e ministrado em duas línguas de

instrução, visando ao desenvolvimento de

competências e habilidades linguísticas e

acadêmicas dos estudantes nessas línguas.

O que é uma escola bilíngue? É a que oferece o

ensino de uma língua adicional ou uma em que

todos os conteúdos são ministrados em duas

línguas? O que uma instituição deve promover

para ser considerada bilíngue? O objetivo deste e-

book é esclarecer as principais características e

vantagens de uma escola bilíngue -- para alunos,

educadores e pais.
CAPÍTULO 1
O que é Educação Bilíngue
O que é
Educação Bilíngue
Com a Resolução do MEC, fica caracterizada como escola bilíngue a
instituição que mantenha um currículo único, integrado e

totalmente ministrado em português e um segundo idioma.

Além da obrigatoriedade do ensino nos dois idiomas, as novas

Diretrizes do MEC trazem especificações para a carga horária nas

Escolas Bilíngues:

Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, a carga horária mínima

para o ensino bilíngue em inglês deve ser de 30% das atividades

curriculares, não podendo exceder 50%.


Já no Ensino Médio, a carga horária mínima é de 20% da grade oficial. Para

estes alunos, a escola ainda pode incluir os Itinerários Formativos em língua

estrangeira.

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De uma forma geral, uma escola bilíngue conta com a presença de dois

idiomas: o português e o inglês. Estão presentes na comunicação diária

entre discentes e docentes, e também são utilizados para o ensino das

disciplinas.

Logo, a segunda língua não está restrita ao horário das aulas dedicadas

a ela e é aplicada a várias áreas do conhecimento, como a matemática e

as ciências. Portanto, para que uma escola seja chamada de bilíngue,

apenas aumentar carga horária dedicada ao ensino do inglês não é

suficiente: é necessário inserir o idioma em outros contextos.

Assista, no vídeo abaixo (basta clicar na imagem para ser redirecionado

ao Canal do Educador21 no YouTube), mais explicações sobre o que é

Educação Bilíngue com a diretora da Red Balloon English Solutions --

empresa que oferece soluções educacionais para o ensino de inglês __,

Carol Stancati.

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Canal do Educador21
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Além dos pontos já citados, uma

dúvida bastante comum a respeito

dessas escolas está ligada ao

currículo seguido. Assim, vale

esclarecer que as instituições

bilíngues presentes no Brasil atuam

de acordo com a Base Nacional

Comum Curricular em todas as


disciplinas oferecidas. O diferencial,

portanto, é o fato de que o ensino é

feito em língua estrangeira.

Podemos afirmar, então, que uma escola bilíngue proporciona aos seus

alunos uma vivência mais intensa com a língua estrangeira. O domínio

do inglês não acontece somente no âmbito da gramática, mas passa a

ser parte do cotidiano dos alunos, o que torna o aprendizado uma

consequência natural do processo educacional.

Para não restar quaisquer dúvidas


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sobre o que é Educação Bilíngue, 7
vamos esclarecer outros dois pontos
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importantes e que costumam gerar

confusão. Confira, a seguir, as


diferenças entre:

Escola bilíngue x Escola

Internacional
Educação bilíngue x
Bilinguismo
O que é Bilinguismo
Dicionários como o Michaelis o definem como a qualidade "daquele que fala

dois idiomas". Pelo senso comum, bilíngues são os indivíduos com domínio

perfeito em dois ou mais idiomas. No entanto, pesquisas mais recentes são

unânimes em afirmar: bilinguismo não é exatamente isso.

O pesquisador François Grosjean, professor emérito da Universidade de

Neuchâtel, por exemplo, baseia seu conceito de bilinguismo na ideia de uso

das línguas. Dessa forma, para o linguista, bilíngues são pessoas que usam as

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duas línguas que adquiriram/aprenderam em situações do seu dia a dia,

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alternando-as conforme suas necessidades e finalidades específicas:
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para conversar com os pais na língua materna deles;


ler um artigo;
participar de um jogo virtual;
escutar uma história dos avós que falam uma língua minoritária.

Portanto, bilíngues se valem, em menor ou maior grau, do conhecimento

linguístico que possuem e das habilidades comunicativas que dominam (ler,

ouvir, falar e escrever) nas duas ou mais línguas que fazem parte da sua vida,

tanto para interagir com o outro quanto para experimentar o mundo que os

cercam.
O que é Escola

Internacional
Uma escola internacional conta com uma imersão maior na cultura do país

de origem. Logo, os seus vínculos com ele tendem a ser mais profundos. Isso
se manifesta, principalmente, através do currículo seguido por essas

instituições, que conta com adições estrangeiras.

Nesse sentido, vale ressaltar que caso uma escola internacional seja, por

exemplo, britânica, o seu currículo seguirá os parâmetros da Inglaterra. Esses

pontos são previamente concebidos pelo International Baccalaureate, um

programa que possui vínculos com a Unesco e já está presente em mais de

150 países ao redor do mundo.

Além disso, as escolas internacionais também se diferenciam das bilíngues na

questão do calendário e dos horários. De acordo com isso, é possível citar que

elas seguem as datas presentes no Hemisfério Norte e, portanto, o ano letivo

se inicia do mês de agosto e se estende até junho do ano seguinte.

Para entender de uma vez por todas, confira, abaixo, outras diferenças entre
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os dois sistemas de ensino:
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Possui uma carga de inglês


Não segue o currículo brasileiro
maior que o usual Os alunos aprendem como se

Não há indicações para que


estivessem fora do Brasil
todos os funcionários se
Foco em filhos de expatriados e

comuniquem 100% em inglês estrangeiros em geral


Trabalha-se todos os conteúdos
Geralmente, os funcionários se

obrigatórios em português e os
comunicam todo o tempo no

conteúdos adicionais em inglês idioma-alvo da instituição


CAPÍTULO 2
Principais características
da Educação Bilíngue
Principais
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características da

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Educação Bilíngue
A implementação do ensino bilíngue na escola possibilita diversos benefícios,

não somente para alunos e seus pais ou responsáveis, como também para a

gestão escolar e sua formação -- como você vem percebendo nesta leitura.

Mas para atuar com a educação bilíngue, o engajamento dos integrantes da

gestão -- diretores, coordenadores e, principalmente, professores -- é crucial

para o sucesso de um currículo integrado com todas as áreas do

conhecimento, em língua portuguesa e na língua adicional escolhida. Essa é a

orientação da especialista de Formação Educacional na International School,

Bianca Mauro.
Essa integração garante que os alunos

tenham uma experiência educacional que

perpassa o ensino da língua adicional como

componente escolar, mas também amplia o

conhecimento dessas áreas em uma nova

língua na construção de um repertório

linguístico mais rico.

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Nesta perspectiva, a formação inicial e continuada do docente é fundamental


para que a equipe pedagógica esteja atualizada com as tendências
educacionais e obtenha resultados de aprendizagem inovadores. É

importante, também, se pensar na educação bilíngue para além do ensino


de uma língua adicional, tal como a língua inglesa.

De acordo com a especialista da Internacional School, é necessário levar em

conta a educação de surdos, educação indígena, educação de imigrantes e

escolas bilíngues em contexto de fronteira. Portanto, é um desafio para

pesquisadores da área definir o que é educação bilíngue, mas é comum a


definição de educação bilíngue como instrução em duas ou mais

línguas de forma simultânea ou consecutiva.

Bianca Mauro ressaltou que ao implementar a Educação Bilíngue

como proposta para o currículo escolar, cada instituição de ensino

deve analisar -- a partir do seu projeto pedagógico -- como a

integração entre as áreas de conhecimento nas línguas adicionais

será planejada e aplicada.

Ainda: é importante identificar qual

formato de oferta de ensino bilíngue é

mais adequado para as práticas da

comunidade escolar, bem como as

escolhas de formação inicial e

continuada dos professores, formatos

de avaliação e escolhas metodológicas

pela gestão escolar

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As principais

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características
Um dos objetivos principais da educação bilíngue é

ampliar o repertório cultural e linguístico dos alunos,

oportunizando o contato com novos modos de

pensar e viver o mundo. E, para chegar a ele, é

preciso conhecer suas características. Confira!


De acordo com o parecer do CNE/CBE: “as Escolas Brasileiras com

Currículo Internacional são definidas pela implantação de parcerias,

adoção de materiais e propostas curriculares de outro país”, oferecendo

currículos em língua portuguesa e línguas adicionais, e precisam ter

projeto pedagógico bilíngue que contemple todas as etapas do ensino

básico que é ofertado pela escola.

A carga horária dessas escolas precisa contemplar a legislação e normas


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brasileiras referente às horas mínimas em língua portuguesa e língua

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adicional, seguindo o que está disposto na resolução apresentada pelo

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CNE/CBE.
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Ainda de acordo com o parecer do CNE/CBE, as Escolas com Carga Horária

Estendida em Língua Adicional não se encaixam na definição de escola

bilíngue, porém devem viabilizar o currículo escolar em língua portuguesa

em conexão com o aprendizado de competências e habilidades linguísticas

em línguas adicionais.

A carga horária mínima de instrução na língua adicional é de 3 horas por

semana, sendo necessário oferecer essa carga horária para todos os

estudantes. Este modelo é o mais comum nas escolas que firmam

parcerias com programas bilíngues.


CAPÍTULO 3
Benefícios da Educação Bilíngue
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Benefícios da

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Educação Bilíngue
A autora e pesquisadora Ofélia Garcia, estudiosa reconhecida na área de

Ensino Bilíngue, postula que "a educação bilíngue é a única possível no século

21". Para além do desenvolvimento de conhecimentos linguísticos e

acadêmicos, todos os estudantes têm direito a uma educação que oportunize

o desenvolvimento de importantes competências como interesse intelectual,

curiosidade e pensamento crítico -- habilidades essenciais para um cidadão

global neste mundo em constante inovação.

Uma dúvida recorrente acerca da educação bilíngue e o

aprendizado/aquisição de uma língua adicional é sobre a idade certa para se

iniciar. De acordo com Oliveira e Lent (2017), há evidências de que existem

períodos em que o desenvolvimento de uma dada habilidade ou alguma

aprendizagem ocorre com mais rapidez e facilidade.


Ainda segundo os autores citados, esses períodos ocorrem ao longo da infância e

da adolescência e desenvolvem diferentes aspectos do funcionamento cognitivo,

incluindo a linguagem.

A educação bilíngue é, sem dúvida, um

caminho para essa formação

inovadora. Falar uma língua adicional

permite conhecer o novo e ampliar os

olhares sobre a vida e sobre si mesmo

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Quando iniciar a

Educação Bilíngue
Nosso cérebro está configurado para interagir com

a linguagem desde o momento em que nascemos.

Estudos demonstram que recém-nascidos já

conseguem distinguir fonemas — inclusive de

várias línguas do mundo. Com o tempo, nos

tornamos especialistas nas línguas a que mais

somos expostos. Mas é o contato precoce que,

definitivamente, facilita o processo de

aprendizado, sem impedir, no entanto, que alunos

de todas as idades se adaptem, mesmo que um

pouco mais demoradamente, à educação bilíngue.


Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard

forneceu evidências para o chamado “período crítico” da linguagem. De

acordo com essa hipótese, as crianças até o início da puberdade têm

uma facilidade incrível de aprender idiomas. Segundo a pesquisa,

publicada no jornal Scientific American, a capacidade de aprendizagem

para línguas é significativamente maior até os 18 anos -- depois há um

declínio.

Os investigadores ainda revelaram que as causas para esse declínio na

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capacidade de aprendizagem nessa fase se deve: K

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à interferência cada vez maior da língua-materna; GUE
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à redução da chamada plasticidade cerebral;


à perda de disponibilidade, visto que na adolescência tardia e na

vida adulta há mais compromissos para conciliar, como a

preparação para vestibulares e o exercício profissional.


Como motivar o

aprendizado em casa?
Os pais podem colaborar com a educação dos pequenos. Se algum familiar

fala fluentemente a língua que o aluno está aprendendo, estabelecer diálogos


é uma boa maneira de a criança treinar seus conhecimentos. Mesmo os pais

que não falam inglês podem estimular o aprendizado dos pequenos por meio
de atividades lúdicas e divertidas, que já fazem parte do dia a dia das crianças:

músicas infantis em inglês para cantar e dançar;


jogos eletrônicos e aplicativos educacionais;
filmes, desenhos educativos e séries no idioma original;
brincadeiras tradicionais infantis com uso do inglês;

Um dos grandes benefícios da tecnologia é a redução das distâncias

geográficas. Por isso, também é possível aproveitar os recursos digitais para

manter o diálogo com estrangeiros da mesma faixa etária por meio de

programas e aplicativos de idiomas -- desde que devidamente

supervisionado.

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CAPÍTULO 4
A BNCC e a Educação Bilíngue
A BNCC e a

Educação Bilíngue
Você chegou até aqui na leitura deste e-book e já percebeu: não faltam

pontos a favor do bilinguismo. Na BNCC, inclusive, há indicações das

vantagens da aprendizagem da língua inglesa, como aumentar a capacidade


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de pensamento crítico e ampliar as possibilidades de interação e mobilidade.

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Uma característica importante do ensino bilíngue, segundo o MEC, é a

possibilidade de uma educação voltada para a interculturalidade. Nas

Diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), além dos benefícios

cognitivos, econômicos e sociais da formação bilíngue, estão:

maior desenvolvimento da consciência metalinguística (pela percepção

da arbitrariedade entre sons e escrita)


maior capacidade de desenvolver criatividade
incremento dos ganhos sociais e econômicos

O bilinguismo potencializa o envolvimento e

a participação ativa dos estudantes em um

mundo globalizado e plural. Faz isso ao

expandir as capacidades expressivas por

meio da promoção de práticas culturais,

artísticas e musicais.

Ao mesmo tempo, ajuda no atendimento ao

princípio de interdisciplinaridade

estabelecido pela BNCC (Base Nacional

Comum Curricular).
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Sabemos que a BNCC é o documento que define os conhecimentos
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mínimos que os alunos devem obter em suas jornadas escolares.
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E que estabelece quais são as habilidades e competências necessárias

a serem desenvolvidas em cada área do conhecimento. Mas como ela

pode contribuir para o trabalho com educação bilíngue?

A educação bilíngue se beneficia da interdisciplinaridade -- ponto-chave

proposto pela BNCC --, propondo que o aluno faça uso da língua inglesa

também a partir dos conteúdos das demais disciplinas. A educação bilíngue

interdisciplinar favorece o desenvolvimento cognitivo do aluno como um

todo. Ou seja: a união entre a BNCC e a educação bilíngue tem tudo para ser

bem-sucedida.

Para quem deseja aprofundar conhecimento neste quesito, indicamos

adquirir o e-book BNCC e Educação Bilíngue. O material foi desenvolvido pela

Anep (Associação Nacional de Escolas Presbiterianas), em parceria com a

Edify Education.

No e-book indicado é possível encontrar:

Abordagens e metodologias para o ensino bilíngue


Tudo sobre a BNCC e seus impactos na comunidade escolar
Normatizações que projetos pedagógicos bilíngues devem contemplar

Baixe o seu exemplar acessando este link.


CAPÍTULO 5
Tecnologias e metodologias ativas
na Educação Bilíngue

Tecnologias e

metodologias ativas

na Educação Bilíngue
No programa bilíngue do Edify Education, o uso de metodologias ativas é algo

comum. Ao atuar em uma abordagem por meio de projetos, explora também as

plataformas digitais que estimulam o aluno no processo de aprendizagem. Nesse

novo formato, os alunos assumem papéis de protagonistas na construção e novas

formas de aquisição de conhecimento.

O trabalho da aprendizagem ativa pode ser feito por meio de abordagens diferentes,

que trazem jornadas e meios alternativos que se adaptam à realidade de cada aluno

e também exploram diversas perspectivas. A coordenadora Pedagógica Sênior do

Edify Education, Viviane Jesuz, aponta as metodologias mais indicadas, a seguir. E DUC
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5 metodologias ativas

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para educação bilíngue


1. Estudo de caso

Com origem na prática citada

anteriormente, essa alternativa explora

situações e problemas do mundo real com o

intuito de preparar os estudantes para lidar

com eventos parecidos fora do contexto

escolar. Dessa forma, as crianças são

estimuladas a investigar acontecimentos

mais palpáveis e complexos.


2. Aprendizagem baseada
em problema
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Com problematização e busca de
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soluções, as crianças são convidadas a

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atuar na resolução de desafios

apresentados pelos
professores. Essa atividade pode ser feita em grupos e
de forma individual, desenvolvendo o pensamento analítico e
a capacidade de ouvir e compartilhar ideias com um objetivo em comum.

Nesta estratégia, os docentes assumem o papel de tutores, acompanhando os

processos quase que como um orientador, enquanto os estudantes desbravam

novos modos de encontrar informações. Assim, o problema a ser sanado torna-se

um elemento que instiga e motiva os participantes, o que gera resultados maiores

na autonomia das crianças e dos adolescentes.

3. Aprendizagem baseada
em projeto

A ABP ou Aprendizagem Baseada em

Projetos (em inglês PBL, Project Based

Learning) é uma metodologia pautada

na ideia de que o aluno adquire

conhecimento mais profundo por meio

da exploração ativa de desafios e

problemas do mundo real.

Um exemplo é o programa To Create, que trabalha a Língua Inglesa com projetos

mão na massa. Isto é, o aluno torna-se protagonista do processo de aprendizagem e

o papel do professor é dar feedbacks que mostrem a evolução dos estudantes,

apontando os acertos e erros para melhor aproveitamento.


4. Aprendizagem entre

pares ou times

O Team Based Learning (TBL), ou Peer

Instruction (PI) promove o trabalho entre

pares ou times, que acontece quando


grupos são formados para facilitar o

estudo em conjunto. Isso amplia as

perspectivas de análise e observação e os


resultados obtidos, além de familiarizar os participantes com os conceitos de

coparticipação.

Por conta da sua versatilidade de aplicações, essa técnica pode ser usada em

conjunto com as mencionadas anteriormente, como os projetos e os estudos de


caso. Isso faz com que o senso de partilha de informações seja mais aprofundado.

Ao mesmo tempo, estimula a compreensão e a discussão de ideias que possam

divergir. EDUCA
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5. Sala de aula invertida
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Sendo uma das propostas de ensino do futuro, a sala de aula invertida consiste

em oferecer ambientes de ensino fora da sala, seja no contraturno ou em casa,

disponibilizando meios virtuais como alternativa ao método expositivo.

Após a inserção do ensino híbrido, por

exemplo, essa forma de aprendizagem

ativa tem atuado como meio de

aproximação da escola com os pais, que

têm mais acesso ao que os filhos estão

estudando. Isso pode ser feito através de

jogos, incluindo a gamificação, de textos

interativos, de imagens e muitos outros

formatos.
Metodologias Ativas

e tecnologia como

um diferencial
A tecnologia educacional é o termo usado para a utilização de ferramentas

tecnológicas na aprendizagem, com fins pedagógicos e com o objetivo de trazer

para o meio educacional atividades e práticas inovadoras que facilitem e estimulem

o processo de aprendizagem.

Seu uso tem sido amplamente discutido no meio acadêmico, nos círculos sociais e

nas mídias, porém nem sempre é bem visto nesses ambientes. Uma das maiores

críticas a essas ferramentas é a falta de acesso à tecnologia e internet por grande

parte da população brasileira, especialmente nas escolas públicas e entre alunos

com menor renda familiar.

Mas de acordo com a coordenadora do Edify, ao contrário do que muitos pensam o

foco da tecnologia educacional não é a utilização dos melhores dispositivos

tecnológicos.

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A ideia aqui é que elas usem os

recursos dos quais dispõem para

construir práticas pedagógicas que

ajudem no aumento do

engajamento dos alunos.


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Para os chamados nativos digitais, a tecnologia está presente desde a infância,
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principalmente em casa e nos momentos de lazer. Por isso, utilizar essa ferramenta

para sala de aula e investir em métodos interativos deixa o processo de

aprendizagem mais atrativo, por se conectar com a realidade dessa geração de

alunos. Outro ponto importante, segundo a especialista, é a avaliação.

"Os alunos costumam desenvolver um grande receio e às vezes até ansiedade ao

passar por um período de provas tradicionais, mas ao inserir a tecnologia e o ensino

lúdico, essas avaliações ficam mais descontraídas e divertidas para os alunos, sem

perder sua eficiência", ressaltou Viviane Jesuz.


CAPÍTULO 6
Escola pública bilíngue: é possível?
Escola pública

bilíngue: é possível?
A educação bilíngue nas escolas públicas, dando a oportunidade aos

alunos de crescer com os diversos benefícios que esta experiência

lhes proporciona, é uma realidade em diversos países mundo afora.

No Brasil, as escolas públicas começam a oferecer essa mesma


oportunidade.

O surgimento de projetos como o das Escolas Bilíngues de

fronteira, do Mercosul Cultural; o acesso à formação de professores

para as Escolas Interculturais Indígenas; e a disseminação da

educação bilíngue LIBRAS-Português, dando às crianças a

possibilidade de se comunicar com seus colegas surdos por meio de

seu bilinguismo, são alguns dos exemplos que devem ser

mencionados.
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Agora, a educação bilíngue de escolha, em que uma língua adicional

é acrescentada ao repertório de crianças falantes de português

como primeira língua para ampliar seu repertório linguístico vem

timidamente surgindo em iniciativas que têm implantado e

expandido a educação pública bilíngue em escolas regulares.

A rede municipal do Rio de janeiro oferece educação bilíngue em

algumas de suas unidades desde 2013. Até 2017, eram nove escolas

bilíngues para o Inglês e uma para o Espanhol.

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Diante dos benefícios de se aprender uma segunda língua ainda na

primeira infância, a Secretaria Municipal de Educação decidiu ampliar o

projeto progressivamente -- tanto na quantidade de anos de estudo

quanto no número de línguas disponíveis.

O total de alunos beneficiados no projeto das escolas bilíngues é de

7.605. Atualmente, são 25 escolas bilíngues no município, sendo 9 para o

Inglês, 12 para o Espanhol, 3 para o alemão e 1 para o Francês. A meta

para 2023 é que esse número dobre, chegando a 50.


Em Santa Catarina, a primeira escola pública bilíngue do Brasil foi

inaugurada no fim de 2018 em uma área de quase 30 mil metros

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quadrados. O Centro de Educação tem capacidade para atender
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aproximadamente 1,5 mil alunos de forma integral. O local dispõe,
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ainda, de laboratórios de Ciências e Artes, duas quadras

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poliesportivas e ensino por meio da Linguagem Brasileira de Sinais

(Libras).

O Governo do Distrito Federal deu o primeiro passo para

implementação de escolas interculturais bilíngues no ano de 2019.

O projeto teve início pelo Centro Educacional Lago Norte (Cedlan),

colégio de ensino médio em tempo integral. O local dispõe, ainda,

de laboratórios de Ciências e Artes, duas quadras poliesportivas e

ensino por meio da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

O Governo do Distrito Federal deu o primeiro passo para

implementação de escolas interculturais bilíngues no ano de 2019.

O projeto teve início pelo Centro Educacional Lago Norte (Cedlan),

colégio de ensino médio em tempo integral.

O francês foi o idioma

escolhido para fazer

parte do currículo

regular. A previsão é que

o processo seja

concluído

gradativamente ao longo

de três anos -- que

acabou sendo

prorrogado em virtude

da pandemia.
CAPÍTULO 7
Conheça o Programa Fluentize, da Pearson
Conheça o Programa

Fluentize, byPearson
Aulas de inglês não são novidade em escolas particulares brasileiras,
porém no ensino público há um grande déficit de ensino e

prendizagem. Entre os problemas nas escolas municipais e

estaduais estão uma abordagem do ensino pouco atrativa e a falta

de uma grade curricular que desenvolva o bilinguismo entre os

estudantes.

Para sanar esse gargalo, a Pearson tem criado novas oportunidades

de negócio para do ensino da língua inglesa com qualidade na rede


pública. O Fluentize é um programa composto por vários serviços,

como material didático, tecnologia, formação de professores,

acomanhamento pedagógico, que desenvolve o bilinguismo. EDUCA


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Integrado, flexível e adaptável, o produto engaja o ecossistema da
educação de inglês com recursos para os alunos, mas também para

os professores, as escolas e as famílias. Dessa forma, o Fluentize


pode auxiliar, muito fortemente, estados e municípios a desenvolver

a educação bilíngue. E quem garante isso é Juliano Costa, Vice-

presidente LATAM de Produtos Educacionais da Pearson, empresa

líder em aprendizagem no mundo e criadora do programa.

Como os estados e municípios brasileiros têm realidades bem


diferenciadas, o Fluentize foi construído em um modelo de blocos de OK
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O que é o
Fluentize
Solução completa, que envolve

e engaja todos no ecossistema

de educação
Adaptável às necessidades

regionais
Resultados precisos e

facilmente mensuráveis
Foco em proporcionar um

impacto real, tangível e

percebido pela comunidade


Conteúdo Blended Learning
Acompanhamento de todo o

processo por nossos

consultores pedagógicos
serviços de inglês: material didático, plataforma de aprendizagem
digital e formação de professores. As secretarias de educação

contratantes podem montar o programa de acordo com a sua

necessidade, conforme explicou Juliano Costa.

Um município de pequeno porte que queira

iniciar o Fluentize com seus próprios

professores, poderia, por exemplo, só

adquirir o bloco de material didático e

executar através do ensino regular do inglês

o processo de desenvolvimento linguístico

com as crianças"

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A experiência
da rede pública
A experiência do Estado do Mato Grosso com o Fluentize é um bom
exemplo da eficiência modal do programa. Inicialmente, o estado
adquiriu somente o bloco de material didático, mas na prática não

estava funcionando bem, e foi adquirido, então, a plataforma de

aprendizagem personalizada. O que levou, então, a completar o

pacote com a formação de professores, para oferecer um bom uso


dos pacotes de material e plataforma, juntamente com o

acompanhamento adequado dos estudantes pelos professores.

Já em Pernambuco, a aplicação do programa foi totalmente


diferenciada. O estado optou por criar um programa de contraturno

para os seus estudantes, com professores preparados pela Pearson

e o uso do material didático e da plataforma de aprendizagem.


"Os alunos, então, vão estudar nas nossas unidades do Wizard e do

Yázigi em Pernambuco, em contraturno, e fazer todo o programa,

que é cinco vezes maior do que o nosso programa normal. Os

alunos têmdez horas semanais de aulas, quando nosso programa

original é de duas horas, porque eles querem desenvolver o aluno

em um ano", disse Juliano Costa.

Em ambos os casos citados, a ntratação da Pearson se deu por meio

de processo licitatório para a aquisição de programa de educação


EDUCA
K
bilíngue pelo estado. Mas há também a possibilidade de empresas

E-BOO

ÇÃ
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O BIL
privadas com interesse no desenvolvimento da língua inglesa
ÍN

investirem no programa para o estado ou o município, contratando

GUE

o serviço da Pearson.

"Antes da pandemia, em 2019, uma empresa, através do Consulado


Britânico, investiu 200 mil pounds para que a Pearson capacitasse

os 1.800 professores do Centro Paula Souza, em São Paulo. A

capacitação foi on-line, e os melhores professores


desse programa ainda fizeram mais 60
horas de capacitação presencial",
lembrou Costa.
4 características
do Fluentize
Material didático - São mais de 70 títulos do portfólio Pearson
oferecidos dentro do bloco de material didático para vários níveis
K
EDUCA

E-BOO

ÇÃ
do Programa Fluentize. Há materiais específicos para crianças de 3 a
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O BIL
17 anos, do primário, do ensino fundamental II, do ensino médio.
GUE
ÍN

Inclusive, com títulos para diferentes tipos de abordagens

pedagógicas -- da comunicativa à tecnicista.

Plataformas digitais - Além da plataforma digital de aprendizagem,

o programa oferece plataformas de material diático, plataforma de

biblioteca digital que são os readers, além dos livros interativos que

permitem aos alunos realizarem suas atividades no celular. São

Vários produtos digitais que podem ser integrados, dependendo do

objetivo do contratante.

Formação de professores - O programa de formação de

professores oferece capacitação em didática no ensino de inglês,


metodologia no ensino de inglês, avaliações do ensino de inglês.

Avaliação de proficiência - Os relatórios de evidências de

aprendizagem com certificações fazem muita diferença,

principalmente para a rede pública, porque comprovam as

competências dos alunos em quatro habilidades: ler, escrever, ouvir

e falar o idioma. É mais um diferencial do programa que pode ser

contratado caso o estado ou município solicite.


Como adquirir
o Fluentize
O primeiro passo é realizar um debate livre para entender o tipo de
programa que pode montar e definir a real necessidade da rede,

tanto com a Pearson quanto com qualquer outra empresa que

ofereça programas de idiomas. Mas é o estado que precisa fazer o

chamamento e depois montar a proposta e, só então, fazer uma


licitação através de edital público para a contratação de uma

empresa.

"Muito raramente, é possível fazer uma contratação sem a etapa

licitatória. É preciso ter uma inelegibilidade específica, como querer

uma empresa que ofereça a certifcação que permitam aos seus


alunos trabalhar e estudar no Canadá, por exemplo, e talvez só a

Pearson tenha isso, hoje, no Brasil", explicou Costa.


E DUC
O OK A

ÇÃ
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O BI LÍ

Fluentize
GU N
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Agradecimentos:

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