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A dificuldade no aprendizado

da Língua Inglesa
Teacher Geovana Soares
Por que o Inglês é uma língua difícil para muitos estudantes?
1. Muitos estudantes brasileiros têm dificuldades
em aprender uma língua estrangeira.
2. O Inglês é a principal língua usada para
comunicação internacional e, por isso, é o idioma
estudado por um maior número de brasileiros.
3. Vários métodos são constantemente criados e
inovadores para tornar eficaz o processo ensino ↔
aprendizagem no inglês.
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O que falta
fazer para que
esse senso
comum possa
ser diminuído
ou pelo menos,
compreendido?
Apenas 5% da
população
brasileira fala
inglês
Entenda porque o país ainda não tem um domínio mais profundo do idioma
O inglês é um idioma universal. Pessoas que o dominam podem visitar dezenas de países ao redor de todo o

mundo e ainda assim conseguir se comunicar, ainda que essa não seja a língua oficial utilizada nestes

locais.

Porém, mesmo com esse prestígio e a grande quantidade de lugares em que ele é utilizado, o Brasil ainda

não apresenta os melhores níveis. Um levantamento da British Council mostrou que apenas 5% da

população brasileira sabe se comunicar em inglês, ou seja, 10,425 milhões dos mais de 208 milhões de

habitantes.

Vamos entender melhor como é a proficiência dos brasileiros, bem como os motivos que levam o país a

apresentar tais números, mesmo com sua importância internacional e o fato de o idioma ser ensinado nas

escolas, e o que pode ser feito para melhorar a situação.


Domínio do inglês em números
Além da estatística que vimos anteriormente, outras também chamam a atenção e ajudam a entender melhor o nível de proficiência

observado no país. Confira a seguir, com as respectivas fontes dos dados:

● O Brasil foi o 41º colocado no ranking de fluência de inglês, atrás de outros países da América Latina, como México, Peru e
Equador. (British Council)
● Em outro ranking de países que falam inglês, feito com 1 milhão de adultos que não o têm como idioma nativo, o Brasil
também ocupou a 41ª posição, atrás de Lituânia, Vietnã, Costa Rica, Indonésia e Taiwan. (English First)
● O nível de domínio do inglês que o brasileiro afirma ter costuma ser maior que a realidade. De 37.389 candidatos em 12
estados brasileiros que afirmaram ter inglês avançado ou fluente para escrita e leitura, provou-se, depois de um teste de
proficiência, que apenas 36% podem se classificar assim, ou seja, menos de 21 mil candidatos. (Vagas.com)
● Colaboradores de empresas multinacionais no Brasil não fogem dos números. 108 mil trabalhadores de 76 países foram
entrevistados para fazer um teste de inglês, e os 13 mil brasileiros que o realizaram tiraram uma nota média de 2,95 do total
de 10,0, o que colocou o país na 67ª posição. (GlobalEnglish).

Como os números indicam, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que o inglês esteja presente entre os conhecimentos dos

brasileiros, o que certamente pode abrir oportunidades profissionais, acadêmicas e pessoais ao longo da vida.
www.ef.com/epi
2019 EF EPI
Índice de Proficiência em Inglês da
EF
Um ranking de 100 países e
regiões por domínio da língua
inglesa
Quais são os motivos que levam o Brasil a apresentar tais números?
Dois fatores importantes são a baixa quantidade do ensino do idioma nas escolas e a não obrigatoriedade de seu ensino

antigamente.

Baixa quantidade de ensino

A quantidade de aulas de inglês ministradas nas escolas públicas, frequentadas pela maioria da população, não é a suficiente para se

obter um bom nível de aprendizado.

O Common European Framework of References for Languages (CEF) é um documento interessante utilizado para descrever as

conquistas de estudantes de línguas estrangeiras na Europa e em outros países.

O CEF também é usado para avaliar os níveis de aprendizado de cada língua e, assim, classificar os alunos de acordo com sua

experiência. No inglês, de acordo com a Cambridge English Language Assessment, cada nível corresponde ao seguinte número de

horas estudadas:
● A2 (pré-intermediário): 180-200
● B1 (intermediário): 350-400
● B2 (pós-intermediário): 500-600
● C1 (avançado): 700-800
● C2 (proficiente e acima):000-1.200

Ao considerar que as escolas públicas costumam ministrar duas aulas de inglês por semana, são 100 minutos

semanais. O período escolar costuma começar no início de fevereiro e terminar no meio de dezembro, ou seja, há em

média 38 semanas, descontando as férias de julho e feriados.

Isso resulta em 3.800 minutos de aulas de inglês por ano, ou seja, pouco mais de 63 horas anuais. Do 6º ano do

ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, são 7 anos de aulas, logo, 443 horas de estudo, nível entre o

intermediário e o pós-intermediário.

Porém, essa avaliação é feita para um ensino contínuo, o que nem sempre se aplica nas escolas públicas. Dessa

forma, mesmo todo o aprendizado do ensino fundamental e médio pode não ser suficiente para dominar o inglês.
Não obrigatoriedade de ensino

As duas primeiras versões da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, datadas de 1961 e 1971, não

incluíram as línguas estrangeiras modernas no currículo escolar, que na época compreendia português,

matemática, ciências, história e geografia.

Até então, era responsabilidade dos Conselhos Estaduais decidir o ensino de línguas estrangeiras. Porém, em

1996, o 1º e 2º graus foram substituídos pelo ensino fundamental e médio, além de outra mudança importante,

que foi a obrigatoriedade de ensinar uma língua estrangeira no ensino fundamental, embora a escolha ainda

fosse de responsabilidade das escolas.

No ensino médio, a mudança tinha sido para a obrigação do ensino de uma língua estrangeira moderna, além da

possibilidade de uma segunda língua optativa, embora essas não tenham sido definidas.
Foi só com a reforma do ensino médio, sancionada em 16 de fevereiro de 2017, que o inglês se tornou

matéria obrigatória a partir do 6º ano do ensino fundamental (correspondente à antiga 5ª série). Antes

disso, as escolas poderiam escolher entre inglês e espanhol.

O objetivo desta medida é aproximar os alunos brasileiros da realidade encontrada no mercado, onde o

inglês já não é mais um diferencial tão importante quanto antes, passando agora a figurar como

exigência para o preenchimento de diversas vagas.

Logo, as pessoas que estudaram nos períodos em que o ensino de inglês não era obrigatório podem

não ter tido contato com o idioma, o que por sua vez influenciou em sua vida profissional e acadêmica,

bem como nos resultados dos testes aos quais possivelmente foram submetidos, como as pesquisas

vistas anteriormente.
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