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Metodologias Ativas
Módulo
3 A aprendizagem em
ambientes ativos
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Equipe responsável
Ana Claudia Loureiro (Conteudista, 2021).
Lidia Hubert (Conteudista, 2021).
Juliana Bordinhão Diana (Designer Instrucional, Implementadora RISE, 2021)
Karina Novais Lago (Revisora textual, 2021)
Monique Lopo (Diagramadora, 2021)
Pablo Augusto da Silva Marques (Implementador Moodle, 2021)
Diretoria de Desenvolvimento Profissional.
Enap, 2021
Objetivo de aprendizagem:
Reconhecer tecnologias como apoio às estratégias ativas.
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Destaque,h
A competência compreende:
Fleury e Fleury (2001) apontam que, desde o final dos anos 1990, o tema competência entrou
para a pauta das discussões acadêmicas e empresariais, associado a diferentes instâncias de
compreensão.
Nível da pessoa
A competência do indivíduo.
Nível das organizações
As core competences.
Nível dos países
Sistemas educacionais e formação de competências.
Entre as muitas perspectivas teóricas que discutem quais são as competências necessárias,
elegemos as competências apontadas por Tony Wagner, fundador do Change Leadership Group
da Harvard Graduate School of Education. Ele acredita que os alunos precisam desenvolver sete
habilidades de sobrevivência para estarem preparados para a vida, para o trabalho e para a
cidadania do século XXI.
Segundo Wagner (2010), as competências essenciais para o século XXI são:
https://www.youtube.com/watch?v=NDqixn8jU_0
Referências
FILATRO, A.; CAVALCANTI, C. C. Metodologias Inov-ativas na educação presencial, a distância e
corporativa. São Paulo, Saraiva Uni, 2018.
FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Construindo o conceito de competência. Revista de administração
contemporânea, Curitiba, v. 5, n. spe, p. 183-196, 2001. Disponível em: www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552001000500010&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 ago.
2021.
WAGNER, T. The global achievement gap: why even our best schools don’t teach the new survival
skills our children need – and what we can do about it. New York: Basic Books, 2010.
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Destaque,h
Como pontos positivos na inversão da aula temos:
A sala de aula invertida possibilita o desenvolvimento das competências do século XXI, uma vez
que promove o protagonismo e proatividade do aluno, exercitando sua curiosidade e imaginação,
colaboração, acesso a informações, análise e reflexão e, finalmente, permite trabalhar de forma
mais significativa com o conhecimento (VALENTE, 2014).
As regras básicas para inverter a sala de aula, segundo o relatório Flipped Classroom Field Guide
(2014), são:
Questionamentos
As atividades em sala de aula envolvem uma quantidade significativa de questionamentos,
resolução de problemas e de outras atividades de aprendizagem ativa, obrigando o aluno a
recuperar, aplicar e ampliar o conteúdo aprendido on-line.
Feedbacks
Os alunos recebem feedback imediatamente após a realização das atividades presenciais.
Incentivo à participação
Os alunos são incentivados a participar das atividades on-line e das presenciais, sendo que elas
são computadas na avaliação formal do aluno, ou seja, valem nota.
Materiais estruturados e bem planejados
Tanto o material a ser utilizado on-line quanto os ambientes de aprendizagem em sala de aula
são altamente estruturados e bem planejados.
Formulação de hipóteses
Solicitação de dados adicionais
Identificação de temas de aprendizagem
Elaboração do cronograma de aprendizagem
Estudo independente
A PBL tem como base de inspiração os princípios da escola ativa, do método científico, de
um ensino integrado e integrador dos conteúdos, dos ciclos de estudo e das diferentes áreas
envolvidas, em que os alunos aprendem a aprender e se preparam para resolver problemas
relativos às suas futuras profissões. De forma ampla, a PBL propõe uma matriz não disciplinar
ou transdisciplinar, organizada por temas, competências e problemas diferentes, em níveis de
complexidade crescentes. Tem sido muito utilizada para estruturar todo o currículo de cursos de
ensino superior e para moldar projetos na educação corporativa (FILATRO; CAVALCANTI, 2018).
Como proposta de reestruturação curricular, a PBL sugere as seguintes ações:
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Destaque,h
Como pontos positivos na invA ABP deve ser considerada uma abordagem
de ensino que pode ajudar o professor a criar um ambiente de aprendizagem
em que professores e alunos “formam uma comunidade de aprendizagem
poderosa focada na realização, no autodomínio e na contribuição para a
comunidade” (BIE, 2018, p. 20).
Ainda segundo o BIE, a ABP, assim como qualquer outro método de ensino, pode ser utilizada
de maneira efetiva ou não. Caberá ao professor saber focalizar ideias centrais e questões focais
em seu programa de ensino para criar atividades envolventes e instigantes na sala de aula,
promovendo uma aprendizagem autônoma entre os alunos e isso a ABP é capaz de fazer.
A proposta metodológica da ABP destacada nas pesquisas do BIE é reafirmada por Bender
(2014) quando esclarece que “a ABP envolve uma mudança para a aprendizagem centrada no
aluno, baseada em questões e problemas autênticos e envolventes, além do uso crescente de
ferramentas web 2.0 e de outras tecnologias de ensino no processo de ensino-aprendizagem”.
(BENDER 2014, p. 29). Diferentemente do ensino tradicional, ao trabalhar com a metodologia
de projetos, os alunos assumem um papel muito mais ativo e participativo, além de possibilitar
uma oportunidade para o ensino diferenciado, para a aprendizagem de conteúdos e para o
desenvolvimento de competências.
A ABP, segundo Moran (2018, p. 19), “é uma metodologia de aprendizagem em que os alunos
se envolvem em tarefas e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que
tenha ligação com sua vida fora da sala de aula”. O autor aborda três níveis de desenvolvimento
de projetos, apresentados no quadro a seguir.
O reconhecido educador brasileiro Paulo Freire defendeu que a autonomia é fator fundamental
para o processo de aprendizagem e de formação humana. O autor indica que autonomia é a
capacidade de uma pessoa agir por si mesma e de tomar decisões que refletem, posteriormente,
em suas ações (FREIRE, 1996).
Paulo Freire ainda explica que a construção da autonomia deve ocorrer a partir de experiências
estimuladoras, que permitam a tomada de decisão e a possibilidade daquele que está em
formação de assumir a responsabilidade por sua própria aprendizagem e prática. Assim, Freire
considera que a autonomia produz autoconfiança ao permitir que a pessoa que está sendo
formada assuma um papel ativo no processo de aprender.
Em aula, o professor faz uma breve exposição oral do assunto, dando ênfase a questões
conceituais centrais à compreensão do conteúdo.
O professor propõe uma questão para os alunos responderem individualmente fazendo uso do
método Polling (método pelo qual os dados estatísticos podem ser coletados de um grupo de
pessoas), pode ser por um aplicativo como o Kahoot, Socrative, Mentimeter, Google Forms, ou
utilizando cartões físicos com alternativas de respostas.
O professor aplica o teste conceitual novamente como forma de avaliar se os alunos chegaram a
uma melhor compreensão do conteúdo a partir da interação com os colegas.
O professor analisa o resultado junto com os estudantes: se o resultado for superior a 70% o
professor pode fazer uma síntese da resposta e seguir para um novo conteúdo, se ainda for
inferior a 70%, precisará propor uma nova questão conceitual do tema discutido.
A instrução por pares promove uma aula dinâmica e engajadora. Ela propõe que a exposição do
conteúdo, bem como a aplicação dos testes, ocorra em um período curto de tempo.
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Destaque,h
O importante nesta metodologia é a combinação da estratégia da aula
invertida com a aprendizagem em grupo, através de discussões ou atividades
para aprender ativamente, com a supervisão do professor.
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Destaque,h
Maker significa “fazer” e o movimento maker defende o “do it yourself”, “faça
você mesmo”, incentivando que professores e estudantes criem e desenvolvam
seus projetos.
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Destaque,h
O Movimento Maker apresenta algumas características: o uso de ferramentas
digitais para o desenvolvimento e a prototipagem de projetos de novos
produtos; a cultura de compartilhamento de projetos e de colaboração entre
comunidades e a adoção de formatos comuns de arquivos de projetos.
O movimento tem incentivado os projetos interdisciplinares como o STEAM, que integram várias
disciplinas como Matemática, Ciência, Engenharia, Artes e Tecnologia.
Os ambientes maker são espaços de experimentação e criação em que ocorrem muitas
simulações que podem ser feitas em laboratórios físicos e também remotamente, de qualquer
lugar. O conceito mais rico de espaço maker é o que integra as diversas áreas de conhecimento
em um espaço maior – hub – com impressoras digitais, em que podemos desenvolver a cultura do
aprender fazendo em projetos multidisciplinares. Há uma combinação de situações práticas de
aprendizagem que, em alguns momentos, exigem a presença física de todos e em outros podem
ser realizadas remotamente. O mais importante nos espaços maker é poder experimentar, testar
novas ideias e transformá-las em produtos.
Estratégias Ativas
Laboratório maker e suas Você ainda vai ser um Maker | Heloísa Neves | TEDxIbmec
aplicações na educação Especial Tecnologia na Educação – FabLab Porto Seguro