TCC Naiane - Versão Final em PDF

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
DECON - DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI
Naiane Knod
Ijuí – RS
2010
2
UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO

SUL
DECON - DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI
Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Ciências
Contábeis, da UNIJUI, para à obtenção do
título de Bacharel em Ciências Contábeis.
Autora: Naiane Knod
Professora Orientadora: Eusélia P. Vieira
Ijuí, RS, agosto de 2010

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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade e a capacidade

para estudar e atingir meus sonhos.
Aos meus pais, Delmar Knod e Ivanise Knod, agradeço todo o amor, carinho,
compreensão, respeito e ajuda financeira.
Ao meu namorado, Márcio Luís Streicher, pelo amor e incentivo na conclusão de
mais esta etapa em minha vida.
As minhas colegas e amigas Raquel Dessbesell Baal, Mônica Cristina Brönstrup e
Catiane Hahn, que me acompanharam desde o início desta caminhada, nos
trabalhos, encontros para estudo, enfim, pela imensa amizade que construímos.
Ao Sicredi Panambi, por permitir a realização deste trabalho na Unidade.
Tenho muito a agradecer e a muitas pessoas além das já citadas, que me auxiliaram
a chegar até onde já cheguei...
Meus agradecimentos especiais a:
Mminha orientadora e professora, Eusélia P. Vieira pelo conhecimento e incentivo

que me passou e sempre demonstrou nesse período.
A todos que colaboraram direta ou indiretamente para a concretização deste sonho.
Muito obrigada!
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 12
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .............................................................. 14

1.1. Área do Conhecimento .................................................................................. 14
1.2. Caracterização da Entidade .......................................................................... 15
1.3. Problema ....................................................................................................... 17
1.4. Objetivos........................................................................................................ 18
1.4.1. Objetivos Gerais ..................................................................................... 18
1.4.2. Objetivos específicos.............................................................................. 18
1.5. Justificativa .................................................................................................... 19
1.6. Metodologia do Trabalho ............................................................................... 20
1.6.1. Classificação da Pesquisa ...................................................................... 20
1.6.1.1. Do Ponto de vista de sua natureza ....................................................... 20
1.6.1.2. Quanto à forma da abordagem do problema ........................................ 20
1.6.1.3. Do ponto de vista de seus Objetivos .................................................... 21
1.6.1.4. Do ponto de vista dos Procedimentos Técnicos ................................... 21
1.6.2. Definição do universo e da amostra ....................................................... 21
1.6.3. Plano de Coleta de Dados ...................................................................... 22
1.6.3.1. Instrumentos de Coleta de Dados ........................................................ 22
1.6.4. Plano de análise e interpretação dos dados ........................................... 22
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 23

2.1. Desenvolvimento sustentável e desenvolvimento econômico ....................... 23
2.2. Gestão Ambiental .......................................................................................... 25
2.2.1. Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ..................................................... 27
2.2.1.1. Implantação de um SGA ....................................................................... 27
2.2.1.2. Benefícios do Sistema de Gestão Ambiental ........................................ 29
2.3. Contabilidade Ambiental ................................................................................ 30
2.3.1. Contabilidade geral x contabilidade ambiental ....................................... 30
2.3.2. Princípios Fundamentais de Contabilidade ............................................ 34
2.3.3. Ativos ambientais ................................................................................... 35
2.3.4. Passivos ambientais ............................................................................... 36
2.3.5. Patrimônio Líquido Ambiental ................................................................. 37
2.3.6. Receitas Ambientais ............................................................................... 38
2.3.7. Despesas Ambientais ............................................................................. 38
2.3.8. Custos Ambientais.................................................................................. 39
2.4. Relatórios de sustentabilidade ....................................................................... 41
5
2.4.1. Balanço Social ........................................................................................ 42

2.4.2. Balanced Scorecard - BSC ..................................................................... 43
2.4.3. Global Reporting Initiative - GRI ............................................................. 44
2.5. Legislação Ambiental..................................................................................... 45
3. GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI ..................... 47

3.1.Programas desenvolvidos pelo Sistema Sicredi e pelas demais Cooperativas: .
.............................................................................................................. 54
3.1.1. Programa de coleta seletiva de lixo – “Jogue limpo com a natureza”:.... 54
3.1.2. Caso do Sicredi de Ouro Branco RS – Selo Carbono Neutro ................ 57
3.1.3. Programa União faz a Vida .................................................................... 59
3.2. Programas que podem ser desenvolvidos ou implantados na Unidade de
Panambi: ....................................................................................................... 60
3.3. Nível Operacional ......................................................................................... 62
3.4. Nível Tático .................................................................................................. 77
3.5. Nível Estratégico ........................................................................................... 91
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 110
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 113

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - As cinco dimensões da sustentabilidade ................................................ 24

Figura 2 - Mapa Estratégico Sicredi – Planejamento Estratégico 2006-2010 ......... 48
Figura 3 - Marca ...................................................................................................... 56
Figura 4 - Adesivos ................................................................................................. 56
Figura 5 - E-mail/Marketing ..................................................................................... 57
Figura 6 - Selo Carbono Neutro: Demonstração pública do comprometimento com o
futuro sustentável do planeta .................................................................. 58
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Idade ...................................................................................................... 62

Gráfico 2 - Sexo ...................................................................................................... 62
Gráfico 3 - Grau de escolaridade ............................................................................ 63
Gráfico 4 - Impressão somente de documentos realmente necessários ................. 64
Gráfico 5 - Relação entre a reimpressão ou descarte de impressões desnecessárias
.................................................................................................................................. 64
Gráfico 6 - Tipo de papel utilizado atualmente para impressões ............................. 65
Gráfico 7 - Qual é a opção de papel na opinião dos colaboradores ........................ 65
Gráfico 8 - Utilização diária de guardanapos ........................................................... 66
Gráfico 9 - Utilização de papel toalha por dia .......................................................... 66
Gráfico 10 - Momento da chegada com relação ao momento da lidada do
computador .......................................................................................... 67
Gráfico 11 - Permanência do monitor ligado durante o intervalo de almoço ........... 68
Gráfico 12 - Freqüência de utilização dos ar condicionados ................................... 68
Gráfico 13 - Quantidade de ar condicionados utilizados ......................................... 69
Gráfico 14 - Permanência das luzes ligadas na Unidade ......................................... 69
Gráfico 15 - Permanência das luzes ligadas no banheiro e na cozinha .................. 70
Gráfico 16 - Utilização da água durante a escovação dos dentes ........................... 71
Gráfico 17 - Utilização da descarga nos banheiros ................................................. 72
Gráfico 18 - Destinação correta de materiais .......................................................... 73
Gráfico 19 - Destinação de materiais tóxicos .......................................................... 73
Gráfico 20 - Mistura de componentes no lixo .......................................................... 74
Gráfico 21 - Prática de ações que beneficiem o meio ambiente ............................. 74
Gráfico 22 - Utilização de copos plásticos para água .............................................. 75
Gráfico 23 - Utilização de copos plásticos para cafezinho ...................................... 75
8
Gráfico 24 - Idade .................................................................................................... 77

Gráfico 25 - Sexo .................................................................................................... 78
Gráfico 26 - Grau de escolaridade .......................................................................... 78
Gráfico 27 - Impressão somente de documentos realmente necessários ............... 79
Gráfico 28 - Relação entre a reimpressão ou descarte de impressões
desnecessárias .................................................................................... 79
Gráfico 29 - Tipo de papel utilizado atualmente para impressões ........................... 80
Gráfico 30 - Qual é a opção de papel na opinião dos colaboradores ...................... 80
Gráfico 31 - Utilização diária de guardanapos ......................................................... 81
Gráfico 32 - Utilização de papel toalha por dia ........................................................ 81
computador .......................................................................................... 82
Gráfico 37 - Permanência das luzes ligadas na Unidade ........................................ 84
Gráfico 38 - Permanência das luzes ligadas no banheiro e na cozinha .................. 85
Gráfico 39 - Utilização da água durante a escovação dos dentes ........................... 86
Gráfico 40 - Utilização da descarga nos banheiros ................................................. 87
Gráfico 41 - Destinação correta de materiais .......................................................... 87
Gráfico 42 - Destinação de materiais tóxicos .......................................................... 88
Gráfico 43 - Mistura de componentes no lixo .......................................................... 88
Gráfico 44 - Prática de ações que beneficiem o meio ambiente ............................. 89
Gráfico 45 - Utilização de copos plásticos para água .............................................. 89
Gráfico 46 - Utilização de copos plásticos para cafezinho ...................................... 90
Gráfico 47 - Idade .................................................................................................... 92
Gráfico 48 - Sexo .................................................................................................... 92
Gráfico 49 - Grau de escolaridade .......................................................................... 93
Gráfico 50 - Impressão somente de documentos realmente necessários ............... 94
Gráfico 51 - Relação entre a reimpressão ou descarte de impressões
desnecessárias .................................................................................... 94
Gráfico 52 - Tipo de papel utilizado atualmente para impressões ........................... 95
Gráfico 53 - Qual é a opção de papel na opinião dos colaboradores ...................... 95
Gráfico 54 - Utilização diária de guardanapos ......................................................... 96
9
Gráfico 55 - Utilização de papel toalha por dia ........................................................ 96

computador .......................................................................................... 97
Gráfico 60 - Permanência das luzes ligadas na Unidade ........................................ 99
Gráfico 61 - Permanência das luzes ligadas no banheiro e na cozinha ................ 100
Gráfico 62 - Utilização da água durante a escovação dos dentes ......................... 100
Gráfico 63 - Utilização da descarga nos banheiros ............................................... 101
Gráfico 64 - Destinação correta de materiais ........................................................ 102
Gráfico 65 - Destinação de materiais tóxicos ........................................................ 102
Gráfico 66 - Mistura de componentes no lixo ........................................................ 103
Gráfico 67 - Prática de ações que beneficiem o meio ambiente ........................... 103
Gráfico 68 - Utilização de copos plásticos para água ............................................ 104
Gráfico 69 - Utilização de copos plásticos para cafezinho .................................... 104
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Benefícios da Gestão Ambiental ........................................................... 26

Quadro 2 - Perspectiva de Sistema ......................................................................... 49
Quadro 3 - Perspectiva de Sociedade ..................................................................... 50
Quadro 4 - Perspectiva de Associado e Mercado ................................................... 51
Quadro 5 - Perspectiva de Processos Internos ....................................................... 52
Quadro 6 - Perspectiva de Aprendizado e Crescimento ......................................... 53
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LISTA DE SIGLAS
BSC – Balanced Scorecard

CONAMA – Conselho Nacional do Meio ambiente
DDA – Débito Direto Autorizado
DLPA – Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados
DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
DMPL – Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido
DOAR – Demonstração de Origens e Aplicações de recursos
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
GRI – Global Reporting Initiative
ONU – Organização das Nações Unidas
PGA – Programa de Gestão Ambiental
SGA – Sistema de Gestão Ambiental
PFC – Princípios Fundamentais de Contabilidade
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INTRODUÇÃO
O mundo vem sofrendo grandes mudanças e todas estas, em sua maioria,

causadas para suprir as necessidades humanas. Porém essa constante busca do
ser humano atrás de novas tecnologias, melhor qualidade de vida e conforto vem
degradando o meio ambiente que hoje é motivo de preocupação não só dos
governantes, mas também das empresas e da população em geral, pois se os
recursos naturais não forem preservados eles poderão acabar e tornar a vida na
terra muito difícil.
A contabilidade vem se mostrando presente, principalmente nas empresas,

buscando demonstrar aos gestores a importância que a implantação de um
programa de gestão ambiental pode trazer ao ambiente de trabalho e os resultados
que as pequenas ações realizadas dentro da entidade podem refletir na sociedade
como um todo.
Este estudo inicia com a apresentação da contextualização do tema, a

problemática, os objetivos gerais e específicos, a justificativa para o
desenvolvimento do tema e a metodologia que foi utilizada, onde sua aplicação
prática resultou na distribuição em partes, começando com o levantamento e
avaliação dos impactos ambientais envolvidos no processo produtivo, podendo
identificar as áreas que mais agridem ao meio ambiente e as que mais precisam ser
monitoradas.
Em seguida consta o referencial teórico do estudo, a revisão bibliográfica

sustentada por diversos autores, que conceituam os aspectos que envolvem um
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programa de gestão ambiental, seguido pela apresentação das metodologias de

classificação de impactos e aspectos ambientais e a apuração e controle dos
resultados apresentados com as ações tomadas.
A proposta de implantação de um programa de gestão ambiental, parte

principal deste estudo, visa demonstrar os resultados que este pode trazer para a
Cooperativa com relação à redução de seus gastos, melhor qualidade de vida no
ambiente de trabalho e a imagem da Cooperativa junto à sociedade.
Finalizando, o relatório apresenta a conclusão e a bibliografia que serviu

como base conceitual no seu desenvolvimento.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO
As questões ambientais são uma das maiores preocupações mundiais, pois

diariamente é noticiada a ameaça à sobrevivência humana em face da degradação
dos recursos naturais e ela faz com que a sociedade, o governo e as próprias
empresas se preocupem cada vez mais em aprimorar a sua implantação.
Fica evidente que, para uma atividade empresarial ser mais eficiente e
ecologicamente responsável, faz-se necessária a introdução de critérios ambientais
no processo produtivo, e é por este motivo, que as empresas preocupadas com essa
responsabilidade ambiental, desenvolvem políticas de conscientização e projetos
para uma correta gestão ambiental na empresa.
Sendo assim, as empresas que ainda não são ambientalmente

responsáveis, buscam informações que tornem essa implantação favorável ao
ambiente de trabalho, a imagem da empresa perante a sociedade e a redução de
gastos.
Neste sentido, a contextualização deste estudo consiste na apresentação da

área de conhecimento que é a implantação de um programa de Gestão ambiental
junto ao Sicredi, Cooperativa objeto do estudo, a problemática encontrada, os
objetivos gerais e específicos e a metodologia utilizada no desenvolvimento do
estudo.
1.1. Área do Conhecimento
Por meio deste trabalho, foi proposto a Cooperativa e seus colaboradores,

através de indicadores, os benefícios que a implantação de um Programa de Gestão
Ambiental pode trazer, ou seja, que resultados a sua implantação trará para a
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imagem da Cooperativa, para a qualidade no ambiente de trabalho e para a redução

de despesas.
Segundo Kraemer e Tinoco (2004), os sistemas de gestão ambiental atuais

originam-se do desenvolvimento de sistemas de qualidade e são instrumentos que
auxiliam na gestão possibilitando a organização e o controle dos impactos de suas
atividades no meio ambiente. E para demonstrar esses resultados surgiu na
Contabilidade um novo ramo, o qual é conhecido como contabilidade ambiental e
esta segundo Ribeiro apud (SILVA 2008, p. 36) não é uma nova ciência, mas sim,
uma segmentação da tradicional, e se adaptada a esta última, poderá se definir
como objetivo da contabilidade ambiental: identificar, mensurar e esclarecer os
eventos e transações econômico-financeiros que estejam relacionados com a
proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em um determinado
período, visando à evidenciação da situação patrimonial de uma entidade.
1.2. Caracterização da Entidade
O trabalho foi desenvolvido no Sicredi, o qual é integrante de um Sistema

Cooperativista e é um instrumento de organização econômica da sociedade, criado
na Europa no século XIX, caracterizando-se como uma forma de ajuda mútua
através da cooperação e da parceria.
A sociedade cooperativa é uma associação autônoma de pessoas unidas

voluntariamente para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais
em comum, por meio de uma empresa de propriedade conjunta e de gestão
democrática.
Entre os vários tipos de cooperativas, existem as cooperativas de crédito,

criadas para oferecer soluções financeiras aos seus associados, constituindo-se
num instrumento destes, para acesso a produtos e serviços adaptados às suas
necessidades e condições financeiras.
16
Na América Latina, o cooperativismo de crédito começou em 1902, na

localidade de Linha Imperial, Município de Nova Petrópolis - Rio Grande do Sul,
pelas mãos do padre suíço Theodor Amstad.
Alguns dos princípios Universais do Cooperativismo são: Adesão voluntária

e livre, participação econômica dos membros, gestão democrática pelos membros,
autonomia e independência, educação, formação e informação, inter cooperação e o
interesse pela comunidade.
O Sistema de Crédito Cooperativo - SICREDI opera com 131 cooperativas

de crédito e mais de 1.000 pontos de atendimento em dez estados brasileiros,
sendo: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás e São Paulo.
A organização em Sistema, com cinco Cooperativas Centrais,

Confederação, Banco Cooperativo e Empresas Controladas como a Administradora
de Cartões, a Administradora de Consórcios e a Corretora de Seguros, além da
SICREDI Participações S.A., com atuação de forma integrada, proporcionam ganhos
de escala, fortalecimento da marca e maior competitividade. Além do que, o Sicredi,
hoje, possui no Brasil mais de um milhão e quinhentos mil associados.
Com origem essencialmente no setor primário, o Sicredi atua nos centros

urbanos, por intermédio das Cooperativas de Livre Admissão e/ou por meio de
Cooperativas de Crédito Segmentadas, que são aquelas ligadas a categorias
profissionais ou segmentos econômicos específicos. Com o fortalecimento
institucional do Sicredi e de outras instituições da mesma natureza, foi crescendo a
abrangência de atuação do Cooperativismo de Crédito, com a significativa ampliação
do volume de recursos administrados, o aumento do contingente de associados e a
disponibilização de uma maior gama de produtos e serviços.
Para atender às necessidades dos associados, as Cooperativas de Crédito

do Sicredi contam com empresas corporativas que atuam com a função principal de
oferecer apoio técnico e maior especialização ao negócio. São empresas que
garantem produtos e serviços com especialidade, qualidade e ganhos de escala às
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Cooperativas de Crédito que atuam na captação, administração e empréstimo de

recursos financeiros e prestação de serviços, agregando renda aos seus associados.
Sua missão: como Sistema Cooperativo, valorizar o relacionamento,

oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a melhoria da
qualidade de vida dos associados e da sociedade.
Seus valores: Preservação irrestrita da natureza cooperativa do negócio,

respeito à individualidade do associado, valorização e desenvolvimento das
pessoas, preservação da instituição como sistema, respeito às normas oficiais e
internas e eficácia e transparência na gestão.
E este estudo acontecerá especificamente na Unidade de Panambi, fundada

em 25 de abril de 1931, no município de Panambi. Em 2001 passou a se chamar
Cooperativa de Crédito Rural Panambi – SICREDI Panambi, e em outubro de 2004,
finalmente passou a denominar-se Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de
Associados de Panambi – SICREDI Panambi RS, nome este que carrega até hoje.
Essa Cooperativa é dividida em duas Unidades de Atendimento, sendo uma no
município de Panambi e a outra no município de Condor. Juntas atendem a mais de
5.000 associados, tanto rurais como urbanos.
Ambas estão habilitadas às possibilidades e responsabilidades normativas

inscritas na Resolução CMN/BACEN nº. 3.106/03 e demais textos legais pertinentes.
1.3. Problema
O meio ambiente é uma das grandes preocupações mundiais e a sua

preservação tornou-se questão de estudo e responsabilidade de todos.
A maioria das pessoas ainda se mostra indiferente a esta situação, mas

existem outros como os dirigentes de pequenas, médias e grandes empresas, que
buscam a cada dia, conciliar o seu desenvolvimento econômico e financeiro, sem
esquecer o desenvolvimento sustentável. Para isso buscam esclarecimentos sobre
os custos que esses cuidados acarretam, bem como os benefícios e alterações que
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proporcionam no ambiente de trabalho, através de ações pequenas realizadas pelos

colaboradores e/ou funcionários e pelas entidades.
Sendo assim, as entidades que ainda não possuem programas de gestão

ambiental implantados, buscam essa alternativa para beneficiar a divulgação do seu
negócio e a transformação do ambiente de trabalho para redução de gastos.
Nesta linha, o Sicredi utiliza constantemente os recursos naturais, sejam

eles de maneira direta como a água, o ar, ou de maneira indireta como a utilização
do papel, da energia elétrica, serviços de terceiros e na vida particular dos
colaboradores, porém ainda não pratica ações, que sejam ecologicamente corretas,
ou que minimizem o seu impacto ambiental.
Diante do exposto, a problemática deste estudo se constitui no seguinte:

Quais são os resultados que a implantação de um programa de gestão ambiental
pode trazer para a Cooperativa e para a sociedade na busca do seu
desenvolvimento sustentável?
1.4. Objetivos
Os objetivos são dispostos em duas classes: objetivos gerais e objetivos

específicos.
1.4.1. Objetivos Gerais
Propor um Programa de Gestão Ambiental aplicado a uma Unidade de

Atendimento do Sicredi que contribua com o desenvolvimento sustentável.
1.4.2. Objetivos específicos
• Revisar na literatura pertinente à questão ambiental e as formas de

implantação de um Programa de Gestão Ambiental em empresas locais.
19
• Levantar dados dentro da Cooperativa com relação aos seus gastos com
papéis, iluminação, refrigeração dos ambientes, utilização da água e os produtos
colocados nela para limpeza e manutenção dos ambientes.
• Avaliar o grau de conhecimento do assunto e as atitudes dos

colaboradores do Sicredi.
• Apresentar a Cooperativa, as ações que poderiam ser tomadas para

implantação do Programa.
• Demonstrar por meio de gráficos e relatórios os resultados que o

seguimento do programa traria para a Cooperativa e a sociedade.
1.5. Justificativa
Realizam-se este trabalho tendo como enfoque o tema Gestão Ambiental,

pois é um assunto que a mim, particularmente, interessa muito, pois acredito que a
sociedade, em sua inteligência e consciência desenvolveu meios de se comunicar,
desenvolver e tornar a vida mais fácil, porém se os recursos utilizados para isso não
forem usados corretamente e conseqüentemente preservados, teremos problemas e
a vida num futuro próximo, poderá ser muito difícil.
Sendo assim, acredita-se que é muito importante começar por nós mesmos,
através de atitudes individuais, mas também coletivas, que sejam realizadas no
trabalho e na comunidade para assim incentivar a sociedade em geral.
Acredito ser importante o desenvolvimento deste trabalho junto ao Sicredi,

Cooperativa na qual trabalho, pois uma das suas principais preocupações sempre foi
manter o relacionamento com seus associados e com a comunidade e, isso pode se
tornar ainda mais intenso se a Cooperativa se mostrar responsável e preocupada
com o ambiente em que seus colaboradores e associados vivem, ou seja, com o
meio ambiente.
20
Inicialmente, ainda não possuímos um programa de gestão ambiental

implantado, porém a sugestão proposta e posterior implantação deste poderão
trazer benefícios à Cooperativa, como melhor qualidade de vida no ambiente de
trabalho, redução de custos e despesas desnecessárias se os recursos que possui
forem bem aproveitados e o reconhecimento da sociedade quanto à preservação,
visando motivar a todos.
1.6. Metodologia do Trabalho
Neste tópico apresenta-se a metodologia da pesquisa, definindo a sua

classificação, o plano de coleta de dados, a análise e interpretação destes e a
estrutura do TCC.
1.6.1. Classificação da Pesquisa
Segundo o Art. 8° do Regulamento do TCC, o trabalho de conclusão de

curso, como atividade acadêmica deve levar o aluno a produzir um relatório técnico-
científico, fundamentado teórica e tecnicamente, podendo ser a pesquisa
classificada de acordo com o ponto de vista de sua natureza, de seus objetivos e
dos procedimentos técnicos.
1.6.1.1. Do Ponto de vista de sua natureza
Esta pesquisa é classificada como aplicada, pois tem como objetivo através
da aplicação prática gerar informações para a solução da problemática deste estudo
e segundo Vergara (2004), é fundamentalmente motivado pela necessidade de
resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não.
1.6.1.2. Quanto à forma da abordagem do problema
A abordagem do problema se relata de maneira quantitativa, o que significa

traduzir em números as opiniões e informações coletadas para classificá-las e
analisá-las por meio de gráficos, planilhas de estatística, coeficientes de correlação e
análises de regressão e progressão.
21
1.6.1.3. Do ponto de vista de seus Objetivos
Deste ponto a pesquisa foi classificada como exploratória, pois tem como
objetivo proporcionar a familiarização dos envolvidos com o problema, tornando-o
explícito ao invés de construir hipóteses (GIL, 2002, p. 41).
Seu planejamento é bastante flexível, e na maioria dos casos envolve:

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas e análise de exemplos que
estimulem a compreensão, sendo que segundo Marion, Dias e Traldi (2002) este tipo
de pesquisa é desenvolvida quando se tem pouco conhecimento sobre o assunto
pressupondo uma fase de trabalho no campo.
1.6.1.4. Do ponto de vista dos Procedimentos Técnicos
Para a realização do trabalho, quanto aos procedimentos técnicos, a

pesquisa foi elaborada com base na pesquisa bibliográfica, questionários pessoais e
um estudo de caso.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,

constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2002, p. 44).
O levantamento dos dados é elaborado a partir da interrogação direta dos

colaboradores e gestores buscando conhecer o seu grau de conhecimento do
assunto abordado.
O estudo de caso envolve um estudo profundo e exaustivo de alguns objetos

de maneira que permitam o seu conhecimento profundo (GIL, 2002, p. 54).
1.6.2. Definição do universo e da amostra
O Universo desta pesquisa é a Unidade de Atendimento do Sicredi de

Panambi e a amostra a ser analisada é composta por questionários aplicados aos
gestores e colaboradores.
22
1.6.3. Plano de Coleta de Dados
O processo de coleta de dados, no estudo de caso é muito mais complexo

que em outras modalidades de pesquisa, pois envolve várias técnicas como a
análise de documentos, entrevistas, depoimentos pessoais, observação espontânea,
e artefatos materiais como banners, panfletos, camisetas, entre outros, conforme Gil
(2002).
Neste estudo, os meios utilizados para a coleta de dados foram, além do

levantamento bibliográfico que serviu para o embasamento teórico, os questionários
e as entrevistas que foram realizadas com os gestores e colaboradores da
Cooperativa.
1.6.3.1. Instrumentos de Coleta de Dados
Foram levantados alguns dados quanto à utilização dos recursos naturais

pela Unidade de maneira indireta e direta à medida que forem acontecendo.
As entrevistas foram realizadas somente com os gestores com um roteiro

previamente estabelecido e para os colaboradores foi aplicado um questionário com
perguntas de respostas parcialmente fechadas onde existiam apenas duas opções:
sim ou não e a outra parte com perguntas abertas onde foi possível a explanação
particular da idéia de cada colaborador individualmente.
1.6.4. Plano de análise e interpretação dos dados
Os dados coletados foram analisados criteriosamente e transformados em

dados que geraram os gráficos, tabelas e planilhas comparativas para melhor
análise dos gestores dentro do processo produtivo e do plano de implantação do
programa de gestão ambiental na Cooperativa.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As Cooperativas de Crédito integrantes do Sistema Sicredi, como é o caso

do Sicredi Panambi, participam da construção da qualidade de vida das
comunidades e das categorias profissionais em que estão inseridas. Suas ações
acontecem em diversas frentes, possibilitando a realização de projetos e eventos em
benefício da sociedade e a valorização da cidadania.
A partir desta perspectiva, desenvolve mais de 300 iniciativas em prol do

bem-estar das comunidades e deste total, cerca de 100 são projetos de destaque
focados em setores primordiais para o equilíbrio social do País, como
desenvolvimento do agronegócio, educação, esporte, mobilização solidária, meio
ambiente, empreendedorismo e saúde.
Os resultados positivos destas ações vão além da mensuração em números,

contribuem de forma real para a formação de pessoas conscientes de seu papel
social e comprometidas com a construção de um Brasil cada vez melhor.
2.1. Desenvolvimento sustentável e desenvolvimento econômico
Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento como um organismo independente, então em 1987 a comissão
criada anteriormente materializa um documento muito importante – o relatório Nosso
Futuro Comum – e este relatório definiu que o desenvolvimento sustentável seria
aquilo que atende as necessidades presentes, sem prejudicar as gerações futuras,
para que estas também pudessem ter suas necessidades atendidas. Finalmente em
1992, se reconheceu a importância de assumir a idéia de sustentabilidade em
qualquer atividade ou programa de desenvolvimento, Kraemer e Tinoco (2004).
24
Com isso, o desenvolvimento sustentável, introduziu um processo de

mudanças sociais e assim conseqüentemente, uma maior democracia no acesso
aos recursos naturais.
Campos (2001), citado por Kraemer E Tinoco (2004, p. 136 - 137),
apresentam cinco dimensões do que se pode chamar de desenvolvimento
sustentável.
Ecológica
Cultural Espacial
Sustentabilidade
Social Econômica
Figura 1. As cinco dimensões da sustentabilidade.

Fonte: Campos (2001), citado por Kraemer E Tinoco (2004, p. 136 - 137)
• Sustentabilidade social: se trata do desenvolvimento sustentado pela

civilização, buscando o maior equilíbrio na distribuição de renda e de bens, de modo
a reduzir as diferenças entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres.
• Sustentabilidade econômica: busca ser atingida através do

gerenciamento e da alocação dos recursos e do fluxo constante dos investimentos
públicos e privados.
• Sustentabilidade ecológica: está pode ser alcançada através da redução

de emissão de resíduos poluentes, da conservação de energia e dos recursos
facilmente esgotáveis, buscando aumentar a capacidade de utilização dos recursos
e da reciclagem.
25
• Sustentabilidade espacial: deve ser atingida para uma melhor

configuração rural-urbana mais equilibrada, para melhor distribuição das atividades
econômicas e territorial dos assentamentos urbanos.
• Sustentabilidade cultural: gerando soluções específicas para o local, o

ecossistema, a cultura e a área através de sistemas agrícolas integrados e a
modernização de processos.
E dentro deste contexto, está o desenvolvimento econômico, onde a gestão

de qualidade empresarial, passa pela obrigatoriedade de que sejam implantados
sistemas organizacionais e de produção que tornem os bens naturais melhor
valorizados, deixando de lado a era da cultura descartável e do desperdício para que
atividades como controle de resíduos, reciclagem, menor consumo se tornem
palavras-chave desta nova era.
Sendo assim, para análise da alta administração, o gerenciamento ambiental

se tornou um fator estratégico para a análise de algumas atividades, como por
exemplo: formulação de estratégias de administração para o meio ambiente,
implantação de programas para a redução da emissão de poluentes, criação de
sistemas de correção de danos causados ao meio ambiente e principalmente
assegurar a conformidade com a lei.
2.2. Gestão Ambiental
A preocupação mundial com o meio ambiente hoje decorre de um simples

fator: o de proteger o meio ambiente, ou seja, proteger a própria preservação da
espécie humana e sendo assim, a nova consciência ambiental, ganhou dimensão e
situou o meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno.
Pesquisas revelam que atitudes ambientalmente responsáveis alteram a

imagem da empresa e sendo assim, um sistema de gestão ambiental pode ser
entendido como parte da gestão ambiental, onde atividades de planejamento,
procedimentos, responsabilidades e recursos buscam minimizar ou até mesmo
26
eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades. Kraemer

e Tinoco (2004).
Ainda segundo (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 109) gestão ambiental “é a

forma pela qual a organização se mobiliza, interna e externamente, para a conquista
da qualidade ambiental desejada. Ela consiste em um conjunto de medidas que
visam ter controle sobre o impacto ambiental de uma atividade”.
E as Empresas de modo geral podem beneficiar-se de diversas formas com

a implantação da gestão ambiental conforme o quando abaixo.
Quadro 1: Benefícios da Gestão ambiental

Benefícios Economia de custos
Econômicos Incremento de receitas
Melhoria da imagem institucional
Benefícios Renovação do portfólio de produtos
Estratégicos Aumento da produtividade

Alto comprometimento do pessoal
Melhoria nas relações de trabalho
Melhoria e criatividade para novos desafios
Melhoria das relações com os órgãos governamentais,
Benefícios comunidade e grupos ambientalistas
Estratégicos Acesso mais rápido ao mercado externo
Melhor adequação aos padrões ambientais
Fonte: Donaire apud Braga (2007, p.16)
De acordo com o quadro os benefícios gerados pela gestão ambiental se

dividem em dois grupos: o dos benefícios econômicos e o outro dos benefícios
estratégicos. Pode-se citar como exemplo de benefícios econômicos a redução de
gastos com energia, água, dentre outros insumos bem como aumento nas receitas
pelo uso da reciclagem de materiais. Já como exemplo de benefícios estratégicos se
pode citar a ampliação de mercados para a entidade através do incremento da
vendas para a melhoria nas relações com a comunidade, subsídios do governo,
27
redução de inadimplências, taxas de créditos diferenciadas, entre outras Braga

(2007).
2.2.1. Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Um sistema de gestão ambiental pode ser entendido como a parte da gestão

empresarial que cuida da avaliação, identificação, controle, monitoramento e
redução dos impactos ambientais, fornecendo um detalhe adicional no programa
ambiental, assegurando que a execução e a realização dos objetivos sejam
alcançados.
Um sistema de gestão ambiental pode ser definido como um conjunto de

procedimentos para gerir ou administrar uma organização, de forma a obter
o melhor relacionamento com o meio ambiente. Consiste essencialmente no
planejamento de suas atividades, visando à eliminação ou minimização dos
impactos ao meio ambiente, por meio de ações preventivas ou medidas
mitigadoras. (KRAEMER e TINOCO, 2004, p.121).
Os sistemas de gestão ambientais (SGA) originam-se de sistemas de

qualidade, possibilitando a empresa organizar e controlar o impacto de suas
atividades no ambiente.
As diretrizes de um sistema como este, são estabelecidas mediante o

comprometimento dos dirigentes da entidade em utilizar políticas bem definidas e
claras que direcionem as atividades da empresa para a questão ambiental.
2.2.1.1. Implantação de um SGA
Para que um SGA possa ser implantado, deverá ser realizado um

levantamento de todas as atividades da empresa com seus respectivos produtos e
serviços que poderão provocar em algum momento impactos no meio ambiente.
Essa identificação pode ser revisada englobando as seguintes áreas:
28
• Legislação e outros instrumentos legais e normativos;

• Aspectos ambientais;
• Análises das práticas e procedimentos de gestão ambiental;
• Avaliação dos incidentes/acidentes prévios.
Para a institucionalização da gestão ambiental na organização, é preciso

ressaltar algumas condições ou princípios em que ela deverá basear-se, como:
• Política ambiental: a elaboração e a definição dessa política é o primeiro

passo para a implantação de um SGA, sendo este uma espécie de
comprometimento com as questões do meio ambiente, numa tentativa de melhoria
contínua dos aspectos ambientais;
• Planejamento: um bom planejamento é a garantia de um bom SGA,

Começando pela identificação e avaliação dos aspectos ambientais e seu impacto
no meio ambiente, devendo igualmente garantir que os impactos produzidos por
resíduos, ruídos e águas residuais sejam considerados no estabelecimento de sua
política ambiental; A norma ISO 14000 (1996), define o Aspecto e o Impacto
ambiental como:
O Aspecto Ambiental é considerado elemento das atividades ou produtos e

serviços da empresa que podem interagir com o meio ambiente.
O impacto ambienta pode ser qualquer modificação no meio ambiente,

benéfica ou adversa, que resulte dos produtos e serviços, ou das atividades das
empresas.
• Implementação: a organização deve estabelecer e manter procedimentos

para a comunicação interna entre os vários setores e níveis hierárquicos para
receber e responder as partes externas. Por este motivo, as regras,
responsabilidades e autoridades devem estar bem definidas, documentadas e
comunicadas a todos, de forma a garantir a sua aplicação.
29
• Verificação e ações corretivas: a organização deve definir, estabelecer e

manter procedimentos de controle e medida das características-chave de seus
processos que possam ter impacto sobre o ambiente. Bem como fiscalizar e corrigir
os que não estiverem em conformidade.
• Revisão pela direção: cabe a direção, com uma freqüência definida por
ela mesma, rever o SGA e avaliar a sua adequabilidade e eficácia, num processo
que deverá ser devidamente documentado.
A operacionalização do SGA ocorre através da elaboração do Programa de

Gestão Ambiental (PGA), que é um instrumento gerencial dinâmico e sistemático,
com metas ambientais e com objetivos a serem alcançados no decorrer do período.
2.2.1.2. Benefícios do Sistema de Gestão Ambiental
A implantação de um SGA, melhora a imagem da empresa junto a

comunidade, além de reduzir custos e aumentar a receita com reciclagem, venda e
reaproveitamento de resíduos, maior participação e competitividade no mercado,
aumento da demanda para os produtos que contribuem para a diminuição da
poluição, além de vários benefícios estratégicos, como o aumento e conseqüente
renovação da carteira de associados, comprometimento dos colaboradores com a
causa, melhor qualidade de vida no trabalho, entre tantas outras.
Para (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 119) os benéficos da gestão

ambiental são:
A introdução de práticas ambientais pode, por um lado implicar a redução
de custos, por meio da melhoria da eficiência dos processos, redução de
consumos (matéria-prima, água, energia), minimização do tratamento de
resíduos e efluentes e diminuição de prêmios de seguros, multas etc.
Do mesmo modo, ao se estabelecer uma estrutura de gestão ambiental,

deve haver o envolvimento de todos os colaboradores, aumentando a sua
motivação, promovendo a definição de funções, responsabilidades e autoridades.
30
2.3. Contabilidade Ambiental
A Contabilidade, voltada para a questão social, está vinculada à

responsabilidade social da empresa, assim, numa abordagem social, o objetivo da
contabilidade é fornecer informações para permitir aos seus usuários uma avaliação
dos efeitos das atividades da empresa sobre a sociedade onde ela está inserida
conforme De Luca (1998).
2.3.1. Contabilidade geral x contabilidade ambiental
A Contabilidade tem sua história escrita desde o início da civilização, pois

desde então existia a necessidade de se contar, ou seja, controlar o que cada um
possuía, e esta necessidade, foi se desenvolvendo ao longo dos anos.
Este desenvolvimento pode ser classificado em fases, que são consideradas

marcos da evolução do conhecimento:
• Fase dos registros primitivos;

• Fase dos registros simples;
• Fase dos registros complexos;
• Fase dos registros sistematizados;
• Fase dos estudos pré-científicos;
• Fase da doutrina científica e filosófica do conhecimento contábil.
E hoje, a Contabilidade se tornou um instrumento fundamental de

gerenciamento, se tronando indispensável para o controle financeiro e econômico
das entidades.
Segundo Basso a Contabilidade pode ser assim definida:

A contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios
e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que, estuda, controla e
observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativos
(monetários) e qualitativos (físico) e que, como conjunto de normas,
preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar, e
registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e
revelar informações de suas variações e situações, especialmente de
natureza, econômico-financeira, (BASSO, 2005, p. 22).
31
O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio, o qual é constituído por

bens, direitos e obrigações pertencentes à entidade. O patrimônio é enfocado sob
dois aspectos:
a) Aspectos qualitativos - consideram os bens, direitos e obrigações do
ponto de vista de sua natureza, levando em conta a natureza jurídica de cada
elemento bem como a sua composição física individual.
b) Aspectos quantitativos – consideram os bens, direitos e obrigações do

ponto de vista do valor monetário, levando em conta os elementos patrimoniais
como expressão do valor econômico.
Do ponto de vista da Contabilidade, a parte positiva do patrimônio é

composta pelos bens que são elementos materiais ou imateriais integrantes do
patrimônio e pelos direitos que são os haveres que a entidade tem a receber de
terceiros. Já a parte negativa do patrimônio é constituída pelas obrigações que são
os valores que a entidade tem a pagar, conforme Basso (2005).
O autor descreve que “a finalidade fundamental da contabilidade é gerar

informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase
para o controle e planejamento”.
Os Demonstrativos Contábeis são uma peça técnica que busca evidenciar

uma determinada situação, espelhando um sistema patrimonial de funções ou um
grupo específico de fatos.
As principais demonstrações contábeis são:
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como objetivo

evidenciar o lucro ou prejuízo em determinado período.
• Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos visa evidenciar o

que ocorre com o capital circulante, ou também conhecido como capital de giro, das
empresas.
32
• Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados visa demonstrar o

que a empresa capitalizou (pela acumulação de lucros) ou descapitalizou (pela
acumulação de perdas).
• Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido evidencia as

mutações que ocorreram envolvendo o patrimônio líquido da entidade.
• Demonstração do Valor Adicionado representa a riqueza criada por uma

entidade num determinado período de tempo (normalmente, um ano).
• O Balanço Patrimonial que se destina a retratar a situação geral do

patrimônio, evidenciando o Ativo ou aplicação de recursos que é composto por bens
e direitos, o passivo ou origem de recursos que é composta pelas obrigações da
entidade e o patrimônio líquido é o capital próprio da entidade.
Segundo (BASSO, 2005, p. 52-53) estes componentes do Balanço

Patrimonial podem ser assim conceituados:
• Ativo “o ativo representa todos os valores positivos da entidade, isto é,

compreende os bens e direitos, expressos em moeda”;
• Passivo “o passivo representa todos os valores negativos da entidade.

Compreende todas as obrigações, isto é, as dívidas da entidade”
• Patrimônio Líquido “o patrimônio liquido ou situação liquida é a soma

algébrica do ativo e do passivo de uma entidade”, ou seja, é a diferença entre o ativo
e o passivo de uma entidade.
Dentro deste contexto surge à contabilidade ambiental que segundo Ribeiro

apud Silva 2008, p. 36, não é uma nova ciência e sim uma segmentação da
tradicional, que busca o registro do patrimônio ambiental da entidade (bens, direitos
e obrigações ambientais) e suas respectivas mutações expressas monetariamente.
33
Sendo que a contabilidade ambiental se classifica em três tipos:
• Contabilidade Nacional
Possui um enfoque macroeconômico voltado ao público externo, que
considera unidades físicas ou monetárias de acordo com o consumo de recursos
naturais sejam eles renováveis ou não renováveis, podendo ser denominada ainda
como Contabilidade de Recursos Naturais, de acordo com Kraemer e Tinoco (2004).
Ou ainda, é voltada a toda a nação, subsidiando a geração de indicadores

que poderão ser utilizados no acompanhamento e avaliação das políticas
macroeconômicas ambientais, e para isso nada melhor que a geração de relatórios
que permitam a tomada de decisão correta com relação as políticas e estratégias a
serem adotadas, levando sempre em consideração o fator meio ambiente.
.
• Contabilidade financeira
Possui um enfoque microeconômico voltado também ao público externo.

Esta relacionada com a preparação dos demonstrativos contábeis baseados nos
Princípios Fundamentais de Contabilidade.
Segundo (BERGAMINI JR.) apud (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 63):
A contabilidade financeira ambiental tem o objetivo de registrar as

transações da empresa que impactam o meio ambiente e os efeitos das
mesmas que afetam, ou deveriam afetar, a posição econômica e financeira
dos negócios da empresa, devendo assegurar que:
a) os custos, os ativos e os passivos ambientais estejam contabilizados de
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade ou, na sua
ausência, com as praticas contábeis geralmente aceitas; e
b) o desempenho ambiental tenha a ampla transparência de que os
usuários da informação contábil necessitam.
Nesse contexto, objetiva a mensuração, a avaliação e a informação das

responsabilidades ambientais do ponto de vista financeiro.
• Contabilidade Gerencial
Possui um enfoque microeconômico voltado ao público interno tendo por

objeto o processo de identificação, compilação, análise e uso da informação para a
34
tomada de decisões gerenciais dentro da organização. Está direcionada a gestão de

resultados na produção, ou seja, receitas e custos.
Seus principais objetivos segundo (PAIVA, 2003, p. 21):
• Gerenciar as emissões de resíduos poluentes nas operações;

• Pesquisar melhores formas de obtenção de energia (menos poluente) e ao
menor custo possível, gerenciando a geração e destinação de resíduos
sólidos e líquidos, se possível obtendo resultados positivos monetariamente;
• Cuidar da composição das embalagens e dos produtos, evitando
problemas em seu descarte;
Em resumo, tudo na empresa que abranger o processo produtivo e que se

classifique como potenciais causadores de problemas ambientais.
2.3.2. Princípios Fundamentais de Contabilidade
A contabilização dos eventos ambientais deve sempre ser feita conforme os

Princípios Fundamentais de Contabilidade – PFC, e para as questões que não for
possível o embasamento nos Princípios Fundamentais de Contabilidade deve ser
levado em conta a Teoria da Contabilidade.
Segundo a Resolução no. 750, os princípios fundamentais de contabilidade

são:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo valor original;
• Princípio da Atualização Monetária;
• Princípio da Competência; e
• Princípio da Prudência.
No caso da aplicação de tais princípios a Contabilidade ambiental, segue

alguns exemplos. Kraemer e Tinoco (2004):
35
• Gastos com degradação ambiental devem ser reconhecidos

contabilmente, à medida que ocorrem, ou seja, de acordo com o princípio da
competência.
• Nos casos em que as atividades das empresas venham a provocar danos
ambientais e por este as mesmas sejam obrigadas a suspender seu funcionamento
de forma temporária ou definitiva, entra em questão o principio da continuidade.
2.3.3. Ativos ambientais
Em contabilidade, ativos, são os bens e direitos que a empresa tem em um

determinado momento, resultantes de suas transações ou eventos passados das
quais se espera obter benefícios econômicos futuros, já quanto aos ativos
ambientais são todos os bens e direitos provenientes ou destinados ao
gerenciamento ambiental, podendo ser classificado na forma de capital fixo ou
capital circulante.
Por exemplo, na conta estoque se terá o registro dos materiais utilizados na

preservação de danos causados ao meio ambiente; já no grupo do imobilizado,
pode-se registrar os equipamentos utilizados na recuperação do meio ambiente e
por fim no intangível se registra os gastos que irão contribuir para a preservação do
meio ambiente em períodos futuros.
(KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 176) afirmam que:
Ativos ambientais são os bens adquiridos pela companhia que tem como
finalidade controle, preservação e recuperação do meio ambiente. Se os
gastos ambientais podem ser enquadrados nos critérios de reconhecimento
de um Ativo, devem ser classificados como tais. Os benefícios podem vir
através do aumento da capacidade ou melhora da eficiência ou da
segurança de outros ativos pertencentes à empresa, da redução ou
prevenção da contaminação ambiental que deveria ocorrer como resultado
de operações futuras ou, ainda, através da conservação do meio ambiente.
(RIBEIRO, 2006, p.61) mostra que:
Os ativos ambientais são constituídos por todos os bens e direitos

possuídos pelas empresas, que tenham capacidade de geração de
beneficio econômico em períodos futuros e que visem a preservação,
proteção e recuperação ambiental. Com o intuito de demonstrar seu
36
emprenho na preservação do meio ambiente, eles devem ser segregados,

em linha à parte das demonstrações contábeis. Assim, não apenas a
empresa deixaria transparecer suas ações como, ao mesmo tempo,
permitiria ao usuário avaliar essas informações e compará-las aos demais
2.3.4. Passivos ambientais
Os passivos ambientais são geralmente conceituados com uma conotação

negativa, porém podem também originar-se de atitudes ambientalmente
responsáveis como, por exemplo, a contratação de pessoas que operacionalizam
sistemas de gerenciamento ambiental.
O passivo, também conhecido como origem de recursos, assim como o ativo

também possui subdivisões, ou seja, está dividido em capital de terceiros e capital
próprio. Alguns exemplos conforme (SILVA, 2008, p.137-138) são:
• Bancos – empréstimos de instituições financeiras para investimento na

gestão ambiental;
• Fornecedores – compra de equipamentos e insumos para o controle
ambiental;
Governo – multas decorrentes de infração ambiental;
• Funcionários – remuneração de mão-de-obra especializada em gestão
ambiental;
• Sociedade – indenizações ambientais;
• Acionistas – aumento do capital com destinação exclusiva para
investimentos em meio ambiente ou para pagamento de um passivo
ambiental;
• Entidade – através de destinação de parte dos resultados (lucro) em
programas ambientais.
Ribeiro apud (SILVA, 2008, p. 138) descreve que:
Passivo ambiental se refere aos benefícios econômicos ou aos resultados

que serão sacrificados em razão da necessidade de preservar, proteger e
recuperar o meio ambiente, de modo a permitir a compatibilidade entre este
e o desenvolvimento econômico, ou em decorrência de uma conduta
inadequada em relação a estas questões.
Já (SILVA, 2008, p.135) diz que:
Passivo ambiental são todas as obrigações, contraídas de forma voluntária

ou involuntária, que exigirão em um momento futuro entrega de ativos,
prestação de serviços ou sacrifício de benefícios econômicos, em
decorrência de transações ou operações, passadas ou presentes, que
envolveram a instituição com o meio ambiente e que acarretaram algum tipo
de dano ambiental.
37
Os passivos ambientais podem ser classificados em normais e anormais.
• Os passivos normais são os decorrentes do processo produtivo, onde são

emitidos poluentes de origem líquida, sólida ou gasosa para os quais possui controle
ou reaproveitamento, como é o caso dos pneus que podem ser reutilizados através
da transformação da borracha desvulcanizada em pó, em asfalto ou novos pneus.
• Os passivos anormais são decorrentes de situações não passíveis de
controle pelas entidades, pois são ocasionados fora do contexto das operações,
como por exemplo, um acidente com um reservatório de material altamente poluente
ou tóxico provocado por terremoto, raio ou qualquer outro evento aleatório.
2.3.5. Patrimônio Líquido Ambiental
Segundo Braga (2007), a empresa pode, na composição do seu Patrimônio

Líquido, destinar uma parcela do seu Capital Social para aplicação em meio
ambiente nas atividades de preservação, monitoramento, recuperação e reciclagem.
Podendo, além disso, também constituir reservas para contingências e doações e
subvenções.
A conta de Reservas para Contingências deve ter a possibilidade de

ocorrência de um fato gerador a realizar-se no futuro e contemplar os elementos
extraordinários que afetem o patrimônio da entidade, desde que sejam relativos ao
meio ambiente.
Já a conta de Doações e Subvenções, devem registrar as doações e

subvenções recebidas do governo em nível Federal, Estadual e Municipal para
investimento em atividades ambientais, ou seja, Reserva de Capital.
Como no Patrimônio Liquido, existe a conta de lucros ou prejuízos

acumulados, caso considerada as questões ambientais, está resultará o resultado
final do exercício apurado a partir das receitas, despesas, ganhos e perdas meio
ambiente.
38
2.3.6. Receitas Ambientais
Iudícibus apud (SILVA, 2008, p. 161) ensina que:
Receita é a expressão monetária, validada pelo mercado, do agregado de

bens e serviços da entidade, em sentido amplo (em determinado período de
tempo), que provoca um acréscimo concomitantemente no ativo e no
patrimônio líquido, considerando separadamente da diminuição do ativo (ou
do acréscimo do passivo) e do patrimônio líquido provocados pelo esforço
em produzir receita.
Carvalho citado por (SILVA, 2008, p. 162) diz que:
Receitas ambientais são os recursos auferidos pela entidade, em

decorrência da venda de seus subprodutos ou de materiais reciclados. Os
reciclados podem ser tanto vendidos como matéria-prima para outras
atividades como reutilizados pela entidade em seu processo produtivo.
Segundo (KRAEMER E TINOCO, 2004, p.187) as receitas ambientais

decorrem de:
• Prestação de serviços especializados em gestão ambiental;

• Venda de produtos elaborados de sobras de insumos do processo
produtivo.
• Venda de produtos reciclados;
• Receita de aproveitamento de gases e calor;
• Redução do consumo de matérias-primas;
• Redução do consumo de energia;
• Redução do consumo de água;
• Participação no faturamento total da empresa que se reconhece como
sendo devida a sua atuação responsável com o meio ambiente.
Sendo assim, as empresas que investem em meio ambiente, provocam

melhorias em seu desempenho econômico, financeiro e social, utilizando em seu
processo produtivo os recursos necessários sem o desperdício dos mesmos
reduzindo assim, os impactos ambientais e melhorando a visão da sociedade quanto
à empresa.
2.3.7. Despesas Ambientais
Segundo (SILVA, 2008, p.189), “despesa é consumo de bens ou serviços

que deverá produzir uma receita; portanto, não existe uma despesa que não esteja
associada a uma receita”. As despesas ambientais por sua vez se dividem em:
39
despesas operacionais e despesas não-operacionais. As operacionais são aquelas

evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício, já as não-operacionais
são as que decorrem de atividades não vinculadas à atividade principal da empresa
como: multas, compensações de terceiros, entre outras. Kraemer e Tinoco (2004).
Conforme descrito por (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 186), no processo

produtivo as empresas incorrem as seguintes despesas ambientais:
• Ocasionadas pela prevenção de contaminação relacionada com as

atividades operacionais atuais;
• Tratamento de resíduos e vertidos;
• Tratamento de emissores;
• Descontaminação;
• Restauração;
• Materiais auxiliares e de manutenção de serviços;
• Depreciação de equipamentos;
• Exaustões ambientais;
• Pessoal envolvido na produção;
• Gestão do meio ambiente;
• Investigação e desenvolvimento;
• Desenvolvimento de tecnologias mais limpas;
• Auditoria ambiental.
2.3.8. Custos Ambientais
Muitos gastos da empresa na área ambiental resultam em benefícios

econômicos futuros para a sociedade em virtude da conservação do ambiente e
seus recursos naturais, porém para a entidade será apenas gastos incorridos no
período e a contabilidade ambiental, ao avaliar, identificar e imputar os custos
ambientais permite aos gestores adotar procedimentos para reduzir custos.
Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os custos ambientais

compreendem os gastos realizados para gerenciar, de forma ambientalmente
responsável, os impactos gerados pela empresa (RIBEIRO, 2006, p. 52).
Conforme (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 169) os custos ambientais se

classificam em externos e internos:
• Custos externos: são os custos que podem incorrer como resultado da

produção ou existência da empresa. São difíceis de medir em termos
monetários e geralmente estão fora dos limites da empresa. Motivar a
40
empresa a internalizar essas externalidades é uma necessidade que se

impõe. Incluem danos que são pagos a outros, como conseqüência de
eventos ambientais, por exemplo: danos na propriedade de outros, danos
econômicos a outros e danos aos recursos naturais.
• Custos internos: são custos que estão relacionados diretamente com a
linha de frente da empresa, e incluem os custos de prevenção ou
manutenção e são mais fáceis de serem identificados. Considerando que as
externalidades ambientais podem potencialmente ser maiores que os
componentes do custo, os custos internos da administração ambiental
também podem ser extensivos, não ser sempre definidos claramente e
tendem a gerar consideráveis problemas de destinação.
Além disso, os custos ambientais podem ser classificados ainda como

diretos, indiretos e contingentes ou intangíveis, como segue:
• Custos diretos: podem ser apropriados para um produto, tipo de

contaminação, ou programa de prevenção de contaminação particular.
• Custos indiretos: são os que não tem vinculo causal direto com o
processo e a gestão ambiental, tais como treinamento ambiental,
manutenção de registros e apresentação de relatórios. Associam-se aos
centros de custos, tais como departamentos ou atividades.
• Custos contingentes ou custos intangíveis: são, de maneira geral,
potenciais custos internos futuros, que podem impactar nas operações
efetivas da empresa. Por exemplo, um custo de contingências pode vir na
forma de compensação da qualidade do produto, como resultado de ações
reguladoras que afetam as entradas de material, os métodos de produção
ou as emissões permitidas.
Segundo Azevedo, Gianluppi & Malafaia apud (SILVA, 2008, p. 221), os

custos de qualidade ambiental são decorrentes da criação, detecção, correção e
prevenção da degradação ambiental e podem ser divididos em quatro categorias:
• Custos de Preservação Ambiental: são os gastos com as atividades que

visam a prevenir a produção de resíduos que possam vir a ser jogados no
meio ambiente. Por exemplo: contratação de mão-de-obra especializada na
área ambiental, treinamento e conscientização de funcionários e
substituição de materiais poluentes;
• Custos de Detecção Ambiental: são os gastos para observar se os
produtos e processos da empresa estão cumprindo as normas ambientais
apropriadas (leis, normas voluntárias – ISO 14000 – e políticas ambientais
da gestão). Como por exemplo, é possível citar: verificação de métodos e
processos e testes e inspeções para verificação de parâmetros poluidores;
• Custos de Falhas Ambientais Internas: são associados à eliminação e
gestão de contaminantes gerados no processo de produção, mas que ainda
não foram despejados na natureza. São exemplos: manutenção de
equipamentos para evitar a poluição e tratamento e descarte de resíduos;
• Custos de Falhas Ambientais externas: são decorrentes do
despejamento de resíduos no meio ambiente. Podem, ainda, ser divididos
em custos realizados de falhas externas, que são os custos criados e pagos
pela empresa, e os custos não realizados de falhas externas, que são os
custos sociais.
41
Esta abordagem dos custos de qualidade ambiental permite que os mesmos

possam ser mensurados e assim tornando-o tangível – uma vez que os custos
ambientais são aqueles destinados a atividades de preservação e recuperação do
meio ambiente.
Já Kraemer apud (SILVA, 2008, p. 230) faz a seguinte classificação dos

custos ambientais:
• Custos de Prevenção – destinados a redução da quantidade de

poluentes expelidos no processo produtivo. Exemplo: investimentos em
tecnologias limpas.
• Custos de Controle – destinam-se a manter as agressões ambientais
dentro dos limites estabelecidos anteriormente. Exemplo: verificação
periódica dos níveis de poluição.
• Custos de Correção – destinam-se às recuperações decorrentes dos
danos causados ao meio ambiente. Exemplo: reflorestamento de áreas
devastadas.
• Custos de Falhas – referem-se aos custos de falhas ocorridas no
processo de redução, controle e correção da agressão ao meio ambiente.
Exemplo: multas, sanções.
• Custos das Externalidades – decorrem dos impactos gerados pelas
empresas, que poderão no futuro, vir se tornar importantes. Exemplo: danos
causados a saúde pela poluição atmosférica.
Sendo assim, verifica-se que a incorporação dos custos ambientais aos

custos dos produtos, pode evitar sérias conseqüências, além de beneficiar a
empresa, a sociedade externa e as gerações futuras.
2.4. Relatórios de sustentabilidade
A elaboração de relatórios de sustentabilidade é a pratica de medir, divulgar

e prestar contas do desempenho organizacional visando o objetivo do
desenvolvimento sustentável. Este deve oferecer uma declaração equilibrada e
razoável, compreendendo, de forma genérica o fornecimento de dados relativos aos
impactos da atividade da empresa no meio ambiente, incluindo as contribuições
positivas e negativas como, por exemplo: riscos, impactos, políticas, estratégias,
receitas, despesas, entre outras. (KRAEMER E TINOCO, 2004).
Os relatórios de sustentabilidade podem ser usados para Benchmarking e

avaliação do desempenho de sustentabilidade com respeito às normas, leis,
códigos, padrões de desempenho e iniciativas voluntárias, bem como para a
42
demonstração de como a organização influencia e é influenciada por expectativas de

desenvolvimento sustentável, ou ainda, comparar o desempenho dentro da
organização e entre organizações diferentes ao longo do tempo.
2.4.1. Balanço Social
Está cada vez mais difunda, nos vários níveis da sociedade que a situação
atual do mundo requer atenção especial das empresas para sua dimensão social,
pois tratam-se de agentes no processo de desenvolvimento social e a Contabilidade,
dentro desta visão social, está vinculada à responsabilidade social da empresa.
Assim, numa abordagem social, o objetivo da contabilidade é fornecer informações
para permitir aos seus usuários uma avaliação dos efeitos das atividades da
empresa sobre a sociedade onde ela está inserida, de acordo com De Luca (1998).
Dentro deste contexto, buscando atender às necessidades de prestar

informações aos usuários da contabilidade no campo social, aos empregados e à
sociedade de forma geral, foi que surgiu o Balanço Social, que na França já era
obrigatória a sua publicação pelas empresas com mais de 750 empregados, desde
1977, o que demonstra a preocupação dos governos e da sociedade com a inserção
empresarial neste processo.
Segundo (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 87) “é um instrumento de gestão

e de informação que visa evidenciar, de forma mais transparente possível,
informações contábeis, econômicas, ambientais e sociais, do desempenho das
entidades, aos mais diferentes usuários.
Por sua vez, Sucupira (2001, p. 124) citado por (GOMES, FERREIRA e
SIQUEIRA, 2009, p. 44), conceitua Balanço Social como:
O Balanço Social é um documento publicado anualmente, reunindo um

conjunto de informações sobre atividades desenvolvidas por uma empresa,
em promoção humana e social, dirigidas a seus empregados e à
comunidade na qual está inserida.
43
Sendo assim, a Contabilidade Social busca o intercâmbio entre o ser

humano, a sociedade e a entidade, que mantém uma constante interligação na atual
estrutura social e o Balanço Social torna-e uma necessidade de gestão e, conforme
(TINOCO, 2001, p.30), possui um duplo objetivo:
• No plano legal, fornece um quadro de indicadores a um grupo social, que

após ter sido apenas um simples fator de produção, encontra-se promovido
como parceiro dos dirigentes da empresa.
• No plano de funcionamento da empresa, serve de instrumento de
pilotagem no mesmo título que os relatórios financeiros. Os trabalhadores
encontram-se assim associados à elaboração e à execução de uma política
que os liga ao principal dirigente.
As principais informações apresentadas no Balanço Social são: evolução do

emprego, relações profissionais, formação profissional, treinamentos, proteção ao
meio ambiente, segurança no trabalho, contribuições para a sociedade, utilização da
riqueza da empresa etc.
2.4.2. Balanced Scorecard - BSC
O BSC, segundo Gomes, Ferreira e Siqueira (2009, p. 114) “é um sistema

de Gestão Estratégica que utiliza, de modo balanceado indicadores financeiros e
não financeiros. Além disso, ele estabelece as relações de causa e efeito entre
esses indicadores e as descreve em mapas estratégicos”.
Já segundo seus criadores Kaplan e Norton (1997, p.9) apud (GOMES,

FERREIRA E SIQUEIRA, 2009, p. 114) diz que:
Os objetivos e medidas utilizadas no Balanced Scorecard não se limitam a

um conjunto aleatório de medidas de desempenho financeiro e não-
financeiro, pois derivam de um processo hierárquico (top-down) norteado
pela missão e pela estratégia da unidade de negócios.
Os principais objetivos do BSC são:
1. Esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;

2. Comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas;
3. Planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas estratégicas;
44
4. Melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.
O BSC está distribuído em quatro perspectivas: financeira, clientes,

processos internos e aprendizado e crescimento. Conforme Kaplan e Norton (1997)
apud Gomes, Ferreira e Siqueira (2009), seguem a descrição de tais perspectivas:
A perspectiva financeira utiliza os objetivos financeiros vinculados à

estratégia da empresa, buscando representar a meta de longo prazo dela como, por
exemplo: lucratividade, aumento de receitas, entre outros.
Já na perspectiva dos clientes, a empresa determina seu segmento alvo de

clientes e negócios, além da construção de um conjunto de medidas para estes
segmentos. Para esta, alguns aspectos como: participação, retenção, satisfação e
captação são fundamentais.
Na perspectiva dos processos internos são identificados os processos que

não estão funcionando de acordo e para estes se cria novas diretrizes em busca da
excelência para que se possa atender aos objetivos financeiros e dos clientes. Além
disso, realizam um processo de inovação, com análise de mercado e
desenvolvimento de novos produtos e processos.
E por fim, na perspectiva do aprendizado e crescimento, os autores a

segmentam em três partes: funcionários, sistemas e alinhamento organizacional,
sendo que esta possui vetores de resultado mais genéricos e menos desenvolvidos
que nas outras perspectivas.
2.4.3. Global Reporting Initiative - GRI
A Global Reporting Initiative – GRI é um grupo internacional independente,

formado em 1998, com o intuito de elaborar e difundir as diretrizes para a elaboração
de relatórios de sustentabilidade.
A GRI estabeleceu uma hierarquia de elementos de informações para cada
uma das dimensões da sustentabilidade, contemplando três níveis:
45
Segundo (KRAEMER E TINOCO, 2004, p. 283-284):
• Categorias: áreas ou agrupamentos das questões econômicas,

ambientais ou sociais que afetam as partes interessadas;
• Aspectos: elementos relacionados com uma categoria específica. Dada
categoria pode conter vários aspectos;
• Indicadores: valores específicos de um aspecto concreto que possam ser
utilizados para acompanhar e demonstrar o desempenho. A GRI admite que
os indicadores possam ser quantitativos ou qualitativos.
Este modelo GRI apresenta 97 indicadores qualitativos e quantitativos nas

dimensões econômicas, social e ambiental, 50 dos quais essenciais e 47 adicionais.
Os princípios que norteiam as diretrizes GRI são: transparência, inclusão,
verificabilidade, abrangência, relevância, contexto de sustentabilidade, exatidão,
neutralidade, comparabilidade, clareza e periodicidade.
Para Kraemer e Tinoco (2004) o GRI é um marco para a divulgação de

informação para as empresas quanto: As suas atuações para melhorar a
sustentabilidade e quanto aos resultados dessas atuações.
2.5. Legislação Ambiental
Segundo Braga (2007), a Legislação Brasileira está contemplada nos níveis

federal, estadual e municipal.
No Brasil, as leis que tratam sobre a conservação ambiental começaram a
ser voltadas a partir de 1981, e merecem destaque:
• Lei no. 6.938 de 31/08/1981: dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
• Constituição Federal de 1988: Dispõe sobre os princípios que norteiam

a base da política ambiental no Brasil.
• Lei no. 9.433 de 08/01/1997: institui a Política Nacional de Recursos

Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
46
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da CF e altera o art. 1o da Lei no. 8.001, de 13 de

março de 1990, que modificou a Lei no. 7.990, de 28 de dezembro de 1989.
• Lei no. 9.605 de 12/02/1998 – Lei de Crimes Ambientais: dispões sobre

as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências.
• Resolução CONAMA no. 001/86: define as atividades que dependerão

da elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto
ambiental (RIMA).
• Resolução CONAMA no. 05/88: regulamenta o licenciamento de obras

de saneamento básico.
Para atingir os objetivos ambientais de preservação, a legislação ambiental

brasileira determinou:
• A criação de direitos e deveres para o cidadão;

• A criação de diversos tipos de unidades de conservação;
• A institucionalização de instrumentos de conservação do meio ambiente.
3. GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI
As Cooperativas de Crédito integrantes do Sicredi participam da construção

das comunidades e das categorias profissionais em que estão inseridas, mostrando-
se preocupadas coma a qualidade de vida destas. Suas ações acontecem em
diversas frentes, possibilitando a realização de projetos e eventos em benefício da
sociedade e a valorização da cidadania.
Seja por meio de iniciativas nascidas no próprio Sistema ou no apoio a

programas sociais desenvolvidos em parceria com outras entidades, as
Cooperativas buscam difundir a cultura da cooperação, acreditando que, mais do
que doar, é essencial criar condições para que os cidadãos possam ser capacitados
e crescer.
A partir desta perspectiva, o Sistema desenvolve mais de 300 iniciativas em

prol do bem-estar das comunidades nos cinco estados onde estão localizadas as
Centrais Sicredi: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
São Paulo. Deste total, cerca de 100 são projetos de destaque focados em setores
primordiais para o equilíbrio social do País, como desenvolvimento do agronegócio,
educação, esporte, mobilização solidária, meio ambiente, empreendedorismo e
saúde.
Os resultados positivos destas ações vão além, pois contribuem de forma

real para a formação de pessoas conscientes de seu papel social e comprometidas
com a sua comunidade e não somente a da mensuração em números.
O setor empresarial possui um elevado grau de responsabilidade social e de

compromisso com a preservação do meio ambiente. Essa postura é uma maneira
efetiva de o consumidor colocar em prática o seu lado cidadão. Se há muitos fatores
determinantes quando se deve decidir entre marcas distintas, é provável que ganha
importância o engajamento social de cada empresa, ou seja, mais do que agregar
48
valor aos produtos e serviços de uma organização, esta, garante a seus clientes a
transparência no relacionamento.
No Sicredi, além de estar presente na missão e nos valores do Sistema, é da

natureza do negócio, cooperar para a construção de uma sociedade mais
equilibrada e justa. A partir desta realidade e com o objetivo de somar esforços em
prol de um futuro melhor para todos, estimular a sensibilização/conscientização do
público interno e divulgar o Sicredi como uma marca-cidadã perante todos os
públicos de interesse, o Sistema começa a trabalhar de forma corporativa a gestão
da responsabilidade social empresarial.
A coordenação deste processo é da área de Responsabilidade

Socioambiental e Cultural da Fundação SICREDI, sendo que cada Unidade tem a
autonomia de desenvolver seus próprios projetos, porém, mesmo assim, este é um
dos indicadores definidos para o planejamento estratégico 2006 – 2010, conforme
segue na figura a seguir:
Figura 2: Mapa Estratégico Sicredi – Planejamento Estratégico 2006-2010

Fonte: Relatório de Planejamento Estratégico Corporativo, Porto Alegre RS, outubro de 2006.
Dentro do mapa estratégico acima colocado, baseado nas orientações do

BSC, são apresentadas as quatro perspectivas a serem desenvolvidas:
49
Sistemas/Sociedade, Associado e Mercado, Processos Internos e Aprendizado e

Crescimento. Segue abaixo, os quadros que elencam e caracterizam cada uma
destas perspectivas:
Quadro 2: Perspectiva de Sistema

PERSPECTIVA DE “SISTEMA”
Fortalecer e intensificar os processos, produtos,

Perpetuação como relacionamentos e resultados para elevar as condições de
sistema perpetuação do SICREDI, especialmente como organização
cooperativo-sistêmica, base do seu diferencial competitivo.
Preservar e favorecer continuamente as associações de
marca e de imagem corporativa. Zelar pela comunicação
institucional corporativa padronizada, em que cada unidade
possa desenvolver ações de comunicação de seus produtos
Consolidar uma
e ações, alinhadas com as orientações sistêmicas quanto ao
imagem forte e
posicionamento da marca. Também envolve o
positiva
gerenciamento intrínseco da marca e da imagem,
fundamentado em pesquisas qualitativas e quantitativas,
com o objetivo de dirigi-las cada vez mais aos propósitos do
Sistema.
Esta estratégia, que se refere diretamente à proposta de
Valor do SICREDI, é a base do diferencial competitivo do
Sistema. Significa que os associados têm vantagem
Agregar renda econômica pelo fato de integrarem o SICREDI,
especialmente pelo acesso a soluções financeiras em
condições compatíveis com as características de seus
empreendimentos e a custos diferenciados.
A busca permanente do equilíbrio econômico-financeiro é
uma condição fundamental para a perpetuação do SICREDI
Equilíbrio
como Sistema. Esta estratégia envolve atenção permanente
econômico-
tanto à equalização dos custos, como à qualificação da
financeiro
receita, compreendendo questões como concentração de
ativos e passivos e aumento da receita.
50
Nesta perspectiva de Sistema, o planejamento estratégico elaborado, visa o

fortalecimento da imagem e da marca Sicredi, agregando esta a seus produtos e
serviços, que trarão maior rentabilidade e assim, consecutivamente, o equilíbrio
econômico e financeiro do Sistema.
Já no quadro abaixo, estão elencadas as perspectivas do Sistema Sicredi

com relação à Sociedade, conforme segue:
Quadro 3: Perspectiva de Sociedade

PERSPECTIVA DE “SOCIEDADE”
Trata-se de um valor fundamental para estreitar as relações
com o público de relacionamento do SICREDI: associados,
Fortalecer o
mercado, comunidade, órgãos regulatórios e de supervisão
relacionamento
e outros. Esta estratégia facilita os esforços de expansão
vertical e horizontal do SICREDI.
Aperfeiçoar as práticas de gestão do SICREDI de
Fortalecer a conformidade com os indicadores Ethos de
responsabilidade Responsabilidade Social, fortalecendo tanto as práticas de
social responsabilidade social, como as ações sociais
propriamente ditas, tratando-as sistemicamente.
Nesta perspectiva, já bem mais direcionado ao tema deste estudo, a

preocupação e meio, que o Sistema busca enfatizar, é o fortalecimento do
relacionamento, entre o Sicredi e seus associados, mercado, comunidade entre
outros. E ao demonstrar esse inter relacionamento, visa praticar uma gestão com
responsabilidade socioambiental em conformidade com os indicadores Ethos e as
necessidades da comunidade em que está inserido. No próximo quadro, numa visão
mais específica, o planejamento estratégico, busca relacionar as perspectivas que
pretende desenvolver com relação ao associado e ao mercado:
51
Quadro 4: Perspectiva de Associado e Mercado

PERSPECTIVA DE “ASSOCIADO E MERCADO”
O valor apresenta uma preocupação mais abrangente com
Diferenciar-se na o associado, não apenas como simples usuário de
agregação de renda e soluções financeiro-bancárias. O SICREDI deve afirmar-se
no crescimento do como organização de destaque junto ao seu associado e
associado ao mercado, sendo reconhecido como a melhor alternativa
para agregação de renda e crescimento sócio-econômico.
Capitais e regiões Esta estratégia, fortemente apoiada em ações baseadas
metropolitanas no espírito corporativo do público visado, refere-se à
(segmentadas / decisão sistêmica de presença efetiva em praças até aqui
livre adm. / MPE pouco exploradas, representadas por centros urbanos
apoiadas por mais densamente habitados. O objetivo final, ao lado do
entidades de fortalecimento mercadológico, é aproximar o SICREDI das
classe) instituições líderes no âmbito do público de interesse.
Crescimento e Expansão
Novos estados c/
viabilidade de
desenvolvimento O desafio refere-se à expansão geográfica do SICREDI
(decisão para outros Estados com viabilidade para
sistêmica, limite desenvolvimento, a partir de decisão sistêmica, seja
geográficos diretamente ou através de parcerias.
definidos)
Fora das capitais

Esta estratégia refere-se à modalidade de crescimento e
e regiões
expansão fora das capitais e regiões metropolitanas, cuja
metropolitanas –
opção preferencialmente seja via cooperativas de livre
preferencialmente
admissão, apoiadas pelo menos por uma entidade de
livre admissão -
classe como parceira estratégica, focada em fortalecer a
apoiadas por
posição mercadológica do SICREDI e elevar o volume de
entidade de
recursos administrados.
classe
Esta estratégia refere-se à ampliação do número dos
Ampliação da
pontos de atendimento, em suas variadas modalidades,
rede de
observado o potencial de cada praça, de modo a cobrir
atendimento
toda a área de atuação estatutária.
O crescimento sustentável, ao lado da conquista de novos
Fidelizar o associado
associados, dá-se, fundamentalmente, pela manutenção
com intensificação do
dos atuais membros, a quem devem ser dirigidas soluções
uso dos P&S e
que tornem o SICREDI a sua instituição financeira integral
participação
e preferencial.
52
A Seguir, seguem as perspectivas com relação aos processos internos:
Quadro 5: Perspectiva de Processos Internos

PERSPECTIVA DE “PROCESSOS INTERNOS”
Tratar o capital Esta estratégia realça a importância que deve ser atribuída
social como ao capital social na composição das fontes de recursos do
elemento estratégico Sistema, por ser mais estável e ter menor custo. É
na composição das importante valorizar adequadamente os volumes aportados
fontes pelo quadro social.
Definir política e Esta estratégia refere-se à definição de uma política
processo de sistêmica que compreenda diretrizes funcionais relativas às
expansão sistêmica decisões de expansão, bem como às formas de custeio e
a novos estados alocação dos custos decorrentes.
Esta estratégia tem como propósito é aprimorar os canais
Qualificar o sistema
de relacionamento, a comunicação com associado e o
de relacionamento
relacionamento com os órgãos regulatórios.
Esta estratégia refere-se à adequação dos produtos e
Adotar atuação
serviços aos diferentes públicos, customizando a
especializada a
comunicação e a estratégia de promoção e penetração nos
diferentes tipos de
mercados, aproximando cada vez mais as características
mercado e
dos produtos e serviços às necessidades e características
cooperativas
do público-alvo.
Esta estratégia refere-se à intensificação da participação
Incrementar a média
dos associados no SICREDI, pelo aumento do uso de
de P&S por
produtos e serviços em atendimento as suas necessidades
associado
financeiras.
Esta estratégia diz respeito ao aumento do número de
Incrementar o
associados, nas atuais áreas de atuação e em novos
quadro social
mercados.
Esta estratégia diz respeito ao incremento do número de
Fomentar a criação cooperativas, em mercados cuja escala justifique a
de novas iniciativa, e de unidades de atendimento nas mesmas
cooperativas e UAs condições, como forma de intensificar o nível de presença
do SICREDI no mercado de interesse.
Esta estratégia diz respeito à uniformização do programa de
Definir modelo e
OQS no SICREDI, de modo a permitir maior envolvimento
intensificar a
do associado e ganho de escala na sua aplicação,
implementação do
assegurando-se execução em todas as cooperativas do
O.Q.S.
Sistema.
Esta estratégia visa a prover o SICREDI de uma cultura
sólida de segurança, através de normas e procedimentos,
treinamentos e orientações, inovação e padronização dos
Garantir níveis
sistemas de segurança, gestão centralizada de riscos,
adequados de
continuidade de negócios e incidentes, com o objetivo de
segurança
proteger e preservar os ativos de informações, o patrimônio
sistêmico, e a integridade dos dirigentes, colaboradores e
associados.
53
Esta estratégia diz respeito à adequação da metodologia de

rateio entre as entidades de apoio e de prestação de
Adequar a serviços e as cooperativas, conforme relação de oferta e
Excelência Operacional
alocação dos demanda, bem como à alocação adequada dos custos da
custos própria Cooperativa aos seus produtos e serviços, baseada
nas atividades efetivas de cada processo, visando a uma
correta informação de rentabilidade por produto.
Esta estratégia diz respeito à obtenção de ganhos de escala
Concentrar
(melhoria de eficiência operacional, redução de custos
atividades de
sistêmicos e especialização nas atividades) com a reunião
apoio
das atividades de apoio e retaguarda.
Esta estratégia diz respeito à melhoria dos processos, pelo
Aprimorar a
mapeamento, redesenho e gestão técnica das rotinas e dos
gestão de
fluxos de negócio e de retaguarda, buscando reduzir custos
processos
e incrementar a produtividade.
FONTE: Relatório de Planejamento Estratégico Corporativo, Porto Alegre RS, outubro de 2006.
E por fim, segue as perspectivas com relação ao aprendizado e crescimento:
Quadro 6: Perspectiva de Aprendizado e Crescimento

PERSPECTIVA DE “APRENDIZADO E CRESCIMENTO”
Esta estratégia diz respeito à implementação do modelo de gestão
de
de pessoas por competências, visando a permitir que colaboradores

Desenvolver e dirigentes, apreendam o significado das competências e as
desenvolvimento
as mobilizem em prol dos objetivos organizacionais. O processo de

competências avaliação de competências servirá de base para a identificação das
necessidades individuais de desenvolvimento que poderão ser
colaboradores e dirigentes.
atendidas através de treinamento, coaching etc.

Esta estratégia diz respeito ao aperfeiçoamento e à otimização dos
Qualificar a programas de capacitação técnica já oferecidos pelo SICREDI,
capacitação melhorando o nível de aproveitamento e de agregação de
técnica conhecimentos e habilidades pelos treinados, aferido por meio de
certificação interna e/ ou externa.
o
Esta estratégia visa à intensificação e ao aprimoramento de práticas

que objetivem a valorização (profissional e pessoal) do colaborador,
Otimizar
Atrair e reter
incentivem a autonomia, ofereçam oportunidades de
talentos
desenvolvimento e crescimento profissionais e facilitem um clima
organizacional saudável e de alta motivação.
Esta estratégia tem como objetivo acompanhar a evolução do
mercado, através da otimização dos canais de relacionamento, do
Adequar a TI às
desenvolvimento de sistemas gerenciais e de segurança sistêmica
necessidades do
e da adequação e formatação de produtos e serviços, com um
negócio
tempo de resposta compatível com a relevância sistêmica de cada
demanda.
Esta estratégia refere-se a atitudes e comportamentos que dêem
resposta proporcional às situações de descumprimento de regras
Cumprir as regras
no Sistema, bem assim a iniciativas pró-ativas que impeçam a sua
sistêmicas
ocorrência, a fim de garantir a solidez do SICREDI e transmitir
credibilidade à sociedade, de acordo com os valores do Sistema.
Implementar gestão Esta estratégia, consubstanciada no Plano de Continuidade de
de risco corporativo Negócios, diz respeito à implementação de um sistema corporativo
54
de gestão de riscos baseado na adequada condução da carteira de

crédito, numa sólida política de segurança, na adequada política de
níveis mínimos de liquidez, no fortalecimento da política da marca,
no aprimoramento da política dos controles internos e de
supervisão.
Otimizar as Esta estratégia diz respeito à revisão das atividades exercidas por
atividades e cada entidade do SICREDI, adequando, quando necessário, a sua
estrutura das alocação, bem como a redefinição das estruturas de pessoas, a fim
entidades de melhorar a eficácia operacional.
Esta estratégia refere-se à definição de critérios padronizados para
Aprimorar o
assegurar a continuidade da gestão sistêmica, em todas as
processo de
entidades, tanto para casos ausência de dirigentes-chaves, como
sucessão
para as hipóteses de renovação e ascensão nos quadros.
FONTE: Relatório de Planejamento Estratégico Corporativo, Porto Alegre RS, outubro de 2006.
Sendo assim, o foco deste estudo é avaliar as ações que já são

desenvolvidas no Sistema Sicredi bem como nas demais Unidades de Atendimento
e reestruturá-las para que possam ser desenvolvidas na Unidade de Panambi como
meio de também solucionar a problemática deste estudo adaptando-as as
necessidades da comunidade local.
3.1. Programas desenvolvidos pelo Sistema Sicredi e pelas demais

Cooperativas:
Neste item são relatados os programas desenvolvidos pelo Sistema Sicredi,

bem como, por algumas outras Unidades de Atendimento.
3.1.1. Programa de coleta seletiva de lixo – “Jogue limpo com a natureza”:
O principal objetivo deste programa é a preservação do meio ambiente, com

a ajuda dos colaboradores do Sicredi num processo de educação para o
desenvolvimento sustentável, unindo benefícios sociais e ecológicos para as
gerações futuras. Nele é apresentado o que é a coleta seletiva, quais os benefícios
que trás a cooperativa e ao meio em que está inserida, além de curiosidades sobre o
tempo de decomposição dos materiais no ambiente, ressaltando ainda os 3 R`s para
o controle do lixo:
• Reduzir: a quantidade de recursos e energias que estamos elaborando;
• Reutilizar: os recursos sempre que possível;
• Reciclar: o que já não serve mais, dando um novo uso ao material;
55
Como forma de ajudar as Cooperativas nesse processo, após uma análise

da geração de resíduos no Sicredi, o Sistema sugere que o lixo por elas produzido,
seja dividido em três lixeiras:
• Lixo Comum: orgânico + rejeitos – restos de comida, cascas de frutas,
guardanapos de papel usado, etc.
• Lixo Reciclável: todos os resíduos que podem ser reaproveitados –
plástico, metal e vidro.
• Papel: este é o resíduo de maior volume do Sicredi. Por este motivo, terá
uma lixeira específica para este material.
Para isso se faz necessário um planejamento para que cada Unidade

verifique a quantidade de lixo gerada diariamente e determine um local para
armazenar os materiais recicláveis até que sejam coletados. Após isso, é preciso ser
determinado para onde o material reciclável será encaminhado: se será doado a
uma cooperativa de catadores, se será vendido, e se vierem buscar, com que
freqüência.
Após planejar, é fundamental implantar a ação e para isso seguem as

orientações: Inicialmente deverão ser compradas as lixeiras conforme necessidade
da Cooperativa, após deve ser iniciada a campanha de comunicação e mobilização
para que todos os colaboradores saibam como e porque participar, após o programa
precisa ser inaugurado na Cooperativa preferencialmente com algum evento
comemorativo.
E como não basta apenas planejar e implantar, é muito importante a

manutenção do programa, com balanços periódicos e divulgação dos resultados
para os colaboradores, além de continuar motivando todos, a participação
permanente do programa. Existe disponível também um material para auxiliar na
divulgação, como por exemplo, a marca do programa:
56
Figura 3: Marca
Fonte: Site Sicredi – portal corporativo
A seguir, seguem adesivos e logo que podem ser utilizados para divulgação
do programa:
Figura 4: Adesivos
57
Figura 5: Email/Marketing
As fontes para o desenvolvimento do programa e levantamento de dados

foram: o Ministério do Meio Ambiente, o CONAMA – Conselho Nacional do Meio
ambiente e o DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
3.1.2. Caso do Sicredi de Ouro Branco RS – Selo Carbono Neutro
A SICREDI Ouro Branco RS, preocupada com a preservação ambiental e

com a qualidade de vida atual e futura de seus associados e das comunidades em
que está inserida, está desenvolvendo o Projeto Energia Verde - Em Harmonia
Ambiental, criado pela Cooperativa Regional de Eletrificação Teutônia Ltda -
CERTEL.
O projeto estimula a consciência ambiental e confere a Cooperativa o Selo

Carbono Neutro®, fornecido pela empresa MaxAmbiental, que presta consultoria no
Projeto. O selo é concedido, às organizações que se distinguem pela neutralização
dos gases do efeito estufa emitido na atmosfera. A conquista é inédita no SICREDI.
De adesão voluntária, o Projeto se baseia em inventários (registros) das

emissões dos gases e sugere atividades ambientais de neutralização e redução de
emissões.
58
As ações realizadas pela Cooperativa incluem o plantio e a distribuição de

mudas de árvores e têm por base os conceitos de responsabilidade socioambiental e
sustentabilidade.
Figura 6: Selo Carbono Neutro: Demonstração pública do comprometimento com o futuro

sustentável do planeta.
FONTE: Site Sicredi
Além da adesão ao Projeto Energia Verde, a SICREDI Ouro Branco RS,

também desenvolve outras ações ambientais, como a utilização de papel reciclado,
o aproveitamento total do papel nas impressões e a destinação de sobras ou
descartes de papéis para reciclagem, além do uso consciente da água e energia
elétrica.
Anualmente, por ocasião da Semana do Meio Ambiente, comemorada em

junho, a Cooperativa distribui muda de árvores nativas aos associados em suas 14
Unidades de Atendimento e aos alunos das escolas que integram o Programa A
União Faz a Vida, contribuindo com a conscientização dos envolvidos sobre a
necessidade de preservação do meio ambiente. Além disso, também observa a
regularidade com as leis ambientais na implantação de projetos financiados a seus
associados.
59
3.1.3. Programa União faz a Vida
Através do Programa de Educação Cooperativa, o programa “A União Faz a

Vida” e as cooperativas de crédito integrantes do Sicredi, reafirmam sua crença de
que a construção e vivência de atitudes e valores de cooperação e cidadania
contribuem para a formação de cidadãos capazes de empreender e criar,
coletivamente, alternativas de desenvolvimento econômico, sócio-ambiental e
cultural
O Objetivo do Programa e construir e vivenciar atitudes e valores de

cooperação e cidadania, por meio de práticas de educação cooperativa, contribuindo
para a educação integral de crianças e adolescentes, em âmbito nacional. Já seus
princípios são: Cooperação e cidadania.
O Programa contribui com a educação integral de crianças e adolescentes,

compreendendo que educar integralmente é formar uma pessoa globalmente,
tornando-a apta a participar do mundo em que vive, de modo a realizar e expandir
suas necessidades e potencialidades. Essa perspectiva de educar integralmente
compreende os sujeitos em suas múltiplas características: física, emocional,
psicológica, intelectual, cultural e espiritual.
Para a melhor funcionalidade do programa, o mesmo é dividido em três
fases, sendo:
• 1a fase - Articulação: É o momento em que a Cooperativa de Crédito do

Sicredi e a Comunidade Escolar unem-se pelo interesse em desenvolver o
Programa. Consiste na divulgação das linhas mestras do Programa a partir da
promoção de encontros com educadores e a comunidade escolar, com a
participação da assessoria pedagógica. A fase da Articulação culmina com a
assinatura do Termo de Cooperação entre o Gestor do Programa – Cooperativa de
Crédito – e o Parceiro – Secretaria da Educação e/ou Assistência Social.
• 2a fase - Realização: Nesta fase ocorre a formação dos educadores,

planejada na fase da Articulação, desenvolvida pelas assessorias pedagógicas.
Trata-se de inserir, intensificar ou expandir no universo educacional do município, as
60
práticas de cooperação e cidadania expressas pelo Programa. As estratégias de

formação são atividades vivenciais capazes de promover as práticas cooperativas e
a criação de projetos que viabilizem aprendizagens de atitudes e valores de
cooperação e cidadania no ambiente educacional. Ao final dessa fase, as escolas e
organizações apresentam projetos coletivos que dialogam com as estratégias
propostas para a Realização do Programa.
• 3a fase - Desenvolvimento: É a fase de execução dos projetos. Os temas

mobilizados serão aqueles de relevância social para a melhoria da qualidade de vida
da comunidade e deverão dialogar com o objetivo e princípios do Programa,
proporcionando a ação de empreender coletivamente. Neste período a formação
continuada dos educadores terá por objetivo o desenvolvimento dos projetos e seus
desafios. Trata-se de expandir as práticas de cooperação e cidadania, promovendo
a realização de projetos coletivos envolvendo diferentes atores sociais dentro e fora
das instituições educacionais. A avaliação do processo e dos resultados orienta os
agentes do Programa nas ações dos anos subseqüentes. A fase de
Desenvolvimento se perpetua na medida em que a comunidade adere ao Programa.
CONHECENDO O PROGRAMA A UNIÃO FAZ A VIDA
O Sistema Sicredi, incentiva a realização de programas de preservação e
responsabilidade social, porém a divulgação destes ainda não é um ponto forte.
Cada Cooperativa pode elaborar seus próprios projetos de acordo com a
necessidade da sua comunidade ou, até mesmo, se espelhar em ações que
algumas Cooperativas já desenvolvem e o adaptar a sua realidade.
Dentre as ações sociais citadas e ainda as novas que podem vir a surgir, as
que podem ser implantadas internamente na Unidade de Panambi, são as
seguintes:
3.2. Programas que podem ser desenvolvidos ou implantados na Unidade de

Panambi:
• Programa de coleta seletiva do lixo – jogue limpo com a natureza;

• Programa Carbono Verde;
• Utilização de papel reciclado;
61
• Reaproveitamento de impressões desnecessárias;

• Economia de energia;
• Economia de água;
• Redução da utilização de guardanapos, papel higiênico e papel toalha
para secar as mãos no banheiro;
• Ser um ponto de recepção de embalagens tóxicas.
Diante do exposto, foi realizada a avaliação pela das ações propostas em

relação às ações que estão sendo atendidas na Unidade, essa avaliação foi
realizada pela autora com base no planejamento estratégico para a Unidade, bem
como, as ações que já estão sendo desenvolvidas na Unidade e também um
comparativo com o que está sendo desenvolvido nas outras Unidades do Sicredi:
CUMPRIDA CUMPRIDA NÃO ESTÁ SENDO

AÇÃO
TOTALMENTE PARCIALMENTE ATENDIDA
Coleta seletiva do lixo X
Utilização de papel reciclável X
Reaproveitamento de impressões X
Economia de energia X
Economia de água X
Redução da utilização de guardanapos X
Redução da utilização de papel
X
higiênico
Redução da utilização de papel toalha X
Reciclagem de materiais X
Correta destinação de produtos de
X
limpeza
Correta destinação de embalagens
X
tóxicas
Correta destinação de pilhas e
X
lâmpadas
Após análise das ações classificadas na percepção da autora do estudo, fez-

se um levantamento do grau de conhecimento dos colaboradores sobre o assunto e
as ações praticadas por eles, conforme entrevistas padronizadas, as quais foram
divididas nos três níveis organizacionais. No nível operacional estão elencadas as
62
entrevistas que envolvam o pessoal de assistência ao atendimento, os caixas, os

auxiliares administrativos e os assistentes de negócios. Em nível tático, constam as
entrevistas do pessoal no nível de gerencia e no nível estratégico, refere-se as
entrevistas dos diretores.
3.3. Nível Operacional
No nível operacional, foram respondidas 15 entrevistas, a qual será

sistematizada a seguir:
Dos respondentes o perfil é o seguinte:
Gráfico 1: Idade
Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes, após entrevista realizada, verificasse que 53% estão
na faixa etária entre 21 e 25 anos, sendo este o maior percentual representativo. Do
restante, 27% estão na faixa etária entre 26 e 30 anos, 13% entre 15 e 20 anos e
7% entre 31 e 45 anos, não se encontrando nenhum entre 46 e 50 anos e nem com
mais de 51 anos.
Gráfico 2: Sexo
Fonte: Entrevistas
63
Dos entrevistados, 87% representam o sexo feminino e 13% representam o

sexo masculino.
Gráfico 3: Grau de escolaridade

Fonte: Entrevistas
Do total de respondentes, 53% estão com o ensino superior em andamento,

40% já estão formados e sendo assim possui ensino superior completo e os demais,
7%, possuem especialização ou pós-graduação completa. Portanto não existem nem
pessoas com o Ensino Médio Completo e nem mesmo com Especialização ou pós-
graduação em andamento.
No quesito perfil, verificasse que a maior parte dos entrevistados está na

faixa etária entre 21 e 25 anos o que demonstra ser um público mais jovem. Destes
ainda, em sua maioria são do sexo feminino e quanto ao grau de escolaridade, a
maioria está cursando ainda o ensino superior. Dos já formados, que correspondem
a 8 pessoas do total de 15 respondentes, 2 são graduados no curso de Ciências
Contábeis sendo que um deles possui especialização em Gestão de Cooperativas
de Crédito, 2 são formados em Administração de empresas, 1 em Direito e 1 possui
licenciatura em Matemática. Sendo assim, trata-se na sua maioria de um público
feminino jovem com grau de escolaridade elevado.
Na seqüência, foram realizadas diversas perguntas onde os entrevistados

puderam escolher alternativas, mas também tinha um espaço onde pudessem se
manifestar caso tivessem interesse.
64
Com relação à utilização do papel, foi questionado sobre a impressão, ou

seja, se os respondentes imprimem somente o que realmente precisa ser impresso.
Gráfico 4: Impressão somente de documentos realmente necessários

Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes, 87% responderam que sim, ou seja, imprimem

somente o que é realmente necessário e 13% responderam que não.
Caso imprima algo desnecessário, foi questionado se o papel é descartado

ou se é reutilizado para novas impressões/rascunho.
Gráfico 5: Relação entre a reimpressão ou descarte de impressões desnecessárias

Fonte: Entrevista
Conforme figura anterior, nota-se que 93% dos 15 respondentes reutiliza o

papel caso impresso desnecessariamente para rascunho e novas impressões, sendo
que apenas 7% o descarta.
O papel utilizado nas impressões é branco ou reciclável.

65
Gráfico 6: Tipo de papel utilizado atualmente para impressões

Fonte: Entrevista
Ambos os entrevistados responderam que a Unidade utiliza papel branco e

não o papel reciclável para realizar a impressão.
Mas se pudesse optar sem levar em consideração valores, utilizaria que

papel para as impressões de documentos.
Gráfico 7: Qual é a opção de papel na opinião dos colaboradores

Fonte: Entrevista
A Unidade em si, utiliza papel branco para todas as suas impressões, porém
mesmo se os colaboradores pudessem optar por qual papel utilizar, verifica-se
conforme gráfico acima que 80% tem preferência por utilizar o papel branco e 20% o
papel reciclável. Já por dia, cada respondente, utiliza cerca de quantos
guardanapos.
66
Gráfico 8: Utilização diária de guardanapos

Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes, 93% utiliza de 1 a 3 guardanapos por dia e 7% utiliza

de 4 a 6.
Quantas folhas de papel toalhas utilizam em média por dia para secar as
mãos.
Gráfico 9: Utilização de papel toalha por dia

Fonte: Entrevista
Dos entrevistados, 53% correspondem aos colaboradores que utilizam de 4

a 6 folhas de papel toalha por dia. 34% utiliza de 1 a 3 folhas e 13% utiliza mais de
10 folhas. E ainda, não utilizam toalha de pano que também está disponível no
banheiro e ninguém respondeu de 7 a 10 folhas.
Após levantamento dos dados relacionados, com base nas respostas dos
quinze entrevistados, verificasse que a maioria busca imprimir somente documentos
67
que sejam mesmo necessários, e ainda caso algo seja impresso

desnecessariamente, 93% alega reutilizar o papel para novas impressões de
documentos não oficiais, ou até mesmo os utilizam para rascunho.
Na Unidade a utilização é 100% de papel branco, ou seja, o reciclável não é

utilizado, mas se os colaboradores que responderam as entrevistas pudessem optar
pela utilização de um, ou de outro, apenas 20% utilizaria papel reciclável sendo que
os outros 80% ainda assim preferem utilizar papel branco e as justificativas vão
além, desde por mero costume até pelo fato de a impressão parecer melhor, mais
apresentável, qualidade do papel, aparência de limpo, entre outros. Porém alguns
mesmo preferindo o papel branco acrescentaram que por questões ambientais e
melhor imagem da entidade, com certeza o papel reciclável seria o recomendado.
Além de papeis utilizados nas impressões, o Sicredi possui guardanapos a

disposição dos colaboradores e destes 53% diz utilizar de 4 a 6 folhas por dia, 34%
de 1 a 3 folhas e 13% utilizam acima de 10 folhas. Já quanto à utilização de papel
toalha nos banheiros, mesmo tendo a disposição toalhas de pano para serem
utilizadas, todos preferem utilizar o papel toalha, pela praticidade e higiene. Destes
53% diz utilizar de 4 a 6 folhas por dia, 34% de 1 a 3 folhas e 13% utilizam acima de
10 folhas.
Com relação à utilização de energia foi perguntado, quando ligam os seus

computadores ao chegar no trabalho.
Gráfico 10: Momento de chegada com relação ao momento da ligada do computador

Fonte: Entrevista
68
Com relação a este questionamento dos 15 respondentes, 87% ligam seus

computadores no momento da chegada ao trabalho, o restante 13% liga somente
quando for realmente utilizar tendo em vista a realização de atividades que não
exijam seu uso imediato.
Já ao sair para o almoço, questionou-se sobre a permanência do monitor

ligado neste período.
Gráfico 11: Permanência do monitor ligado durante o intervalo de almoço

Fonte: Entrevista
Verificou-se mediante as respostas dadas, que, 73% dos respondentes

deixam ligada a tela de seus computadores durante o intervalo de almoço caso
algum de seus colegas queiram utilizar, os demais, que correspondem a 27%
entrevistados afirma que desligam a tela de seus computadores. Foi questionado
ainda, com relação à utilização dos ar condicionados.
Gráfico 12: Freqüência de utilização dos ar condicionados

Fonte: Entrevista
69
Gráfico 13: Quantidade de ar condicionados utilizados

Fonte: Entrevista
Com relação a estes itens de utilização dos ar condicionados da Unidade,

verifica-se que 73% diz que os ar condicionados na Unidade s”ao apenas ligados
quando necessário, já os demais 27% afirmam que os ar condicionados são ligados
todos os dias. Ainda, dos entrevistados, 80% afirma que são ligados apenas alguns,
já 20% diz que todos são ligados diariamente.
Ainda, foi questionado se na sala ou setor de cada respondente, se todas as
luzes permanecem sempre acesas.
Gráfico 14: Permanência das luzes ligadas na Unidade

Fonte: Entrevista
70
Dos 15 respondentes, 73% afirma que as luzes permanecem sempre ligadas

na sua sala ou setor e 27% diz que somente se tiverem pessoas nela. Já nos
banheiros e na cozinha.
Gráfico 15: Permanência das luzes ligadas no banheiro e na cozinha

Fonte: Entrevista
Mediante análise das figuras apresentados, com relação a utilização de

energia na Unidade verificasse que muitas das atitudes dos colaboradores com
relação a este recurso podem ser aprimoradas.
Desde o momento de chegada, ao ligarem seus computadores, 87% afirma
que os liga assim que chegam e apenas 13% diz que só os liga quando for
realmente utilizá-lo tendo em vista que muitas vezes ao chegar na Unidade existem
tarefas que realizamos sem a necessidade do computador, ou seja, sua ligação
imediata nem sempre é necessária e isso leva a Unidade a ter, mesmo que
pequenos, gastos desnecessários. Ainda com relação aos computadores, no horário
de intervalo dos respondentes, 73% afirma deixar seu monitor ligado caso algum
outros colega queira utilizar, e somente 27% desliga, e sendo assim, novamente
tem-se um cuidado pequeno que num conjunto traz resultados, pois se caso algum
colega queira utilizar pode ligar o monitor do colega, não sendo preciso este o deixar
ligado.
Quanto a utilização dos ar condicionados, os respondentes se mostram um

pouco mais conscientes, pois 73% diz que estes são somente ligados quando
necessário e apenas 27% afirma ligar todos os dias, e mais, apenas 20% dos
71
respondentes diz ligar todos os ar condicionados da Unidade, sendo que 80% afirma
somente ser preciso ligar alguns para manter o ambiente condicionado.
Já com relação a utilização e permanência das luzes acesas da Unidade, os

gráficos também demonstram uma maior consciência por parte dos respondentes,
pois 73% destes afirma que, as luzes de sua sala ou setor somente permanecem
ligadas caso hajam pessoas nela e 27% diz que as luzes permanecem sempre
ligadas. Ainda nos banheiros e cozinha, locais onde existe a luz solar capaz de
iluminar, 47% respondeu que as luzes permanecem ligadas somente se tiverem
pessoas nela, e 53% respondeu que permanecem em tempo integral acesas.
Isso demonstra que nesse ponto a Unidade pode melhorar, mesmo sendo
pequenas ações, mas estas trarão grandes resultados no futuro.
Com relação a água, questionou-se sobre o momento em que escovam os

dentes.
Gráfico 16: Utilização da água durante a escovação dos dentes

Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes, 80% fecha a torneira durante a escovação dos dentes

e somente a abre quando for enxaguar a boca, já os demais 20% mantêm a torneira
aberta durante a escovação.
72
Ao puxar a descarga, questionou-se aos respondentes se estes sabem

quantos litros de água boa são jogados fora.
Gráfico 17: Utilização da descarga nos banheiros

Fonte: Entrevista
Nessa questão verificou-se que 87% dos respondentes não sabem a

quantidade de água potável que são jogadas fora todos os dias ao puxarem a
descarga, os demais 13% que dizem saber, variaram a quantidade entre 5 litros e 20
litros.
Neste sentido, já existe uma boa conscientização por parte dos

colaboradores, pois a água é uma das maiores ameaças de falta dos últimos
tempos. Mesmo com esta conscientização, 20% dos respondentes ainda deixam a
torneira aberta deixando que uma grande quantidade de água potável escorra pelo
ralo e uma grande porcentagem, 87%, não sabe a quantidade de água potável
utilizada para descarga nos banheiros.
Materiais como pilhas, lâmpadas, cacos de vidros possuem um destinação

especial e então foi questionado qual é a destinação que os colaboradores dão a
este material.
73
Gráfico 18: Destinação correta de materiais

Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes 60% deixa esses materiais separados para que

tenham a correta destinação e 40% o mistura junto no lixo com papéis.
Questinou-se também aos respondentes se possuem conhecimento da

correta destinação de materiais tóxicos.
Gráfico 19: Destinação de materiais tóxicos

Fonte: Entrevista
Conforme questionário, 93% dos respondentes não sabe a correta

destinação de materiais tóxicos, somente 7% respondeu que sim.
74
Foi perguntado também, se na lixeira individual de cada respondente é

colocado apenas papel ou se é misturado a este, copos plásticos, chicles entre
outros.
Gráfico 20: Mistura de componentes no lixo

Fonte: Entrevista
Dos 15 respondentes 67% ainda mistura no seu próprio lixo papel com
plásticos, chicles entre outros, sendo que apenas 33% coloca apenas papel
destinando outros materiais a um lixo específico.
Interrogou-se se praticam ações que venham a beneficiar o meio ambiente.
Gráfico 21: Prática de ações que beneficiem o meio ambiente

Fonte: Entrevista
Com relação a prática de ações que beneficiem o meio ambiente, 73% dos
respondentes afirmam realizar tais ações através de plantio de arvores, revisão dos
veículos para monitorar a emissão de gases, separação correta do lixo, cuidado para
75
não imprimir coisas desnecessárias, não jogar papel na rua entre outros, porém 27%
ainda não pratica nenhuma ação.
E por fim, questionou-se a utilização de copos descartáveis para o consumo

de água e cafezinho por dia.
Gráfico 22: Utilização de copos plásticos para água

Fonte: Entrevista
Gráfico 23: Utilização de copos plásticos para cafezinho

Fonte: Entrevista
Com relação a utilização dos copos descartáveis para o consumo de água e

cafezinho, mesmo cada colaborador possuindo um copo para a sua utilização diária
conforme respondido pelos 27%, o restante ainda utiliza copos plásticos
descartáveis sendo, 60% de 1 a 3 copos por dia e 13% de 4 a 6 copos diários.
76
Já no caso do cafezinho, 46% utiliza as xícaras de vidro que estão

disponíveis, porém 47% ainda utiliza de 1 a 3 copos por dia e 7 % de 4 a 6 copos
diários.
No contexto, o nível operacional, é um público mais jovem, com

predominância do sexo feminino e na sua maioria com formação superior. Buscam
imprimir com consciência reutilizando as impressões desnecessárias. Na unidade o
papel utilizado é o branco e mesmo os respondentes demonstrando consciência de
que o papel reciclável seria o melhor se levada em conta as questões ambientais,
ainda assim preferem o papel branco pois claro, este parece mais apresentável, com
melhor qualidade de impressão, entre outros. Pequenas ações podem fazer a
diferença, como por exemplo, diminuir o índice de consumo de energia por utilização
desnecessária dos computadores, ou seja, não mais ligar os computadores no
momento em que chegam a Unidade, isso quando não o irão utilizar devido a
alguma outra atividade, outra ação seria a de desligar o monitor durante o intervalo
de almoço, ligar menos ar condicionados em dias que não há necessidade de
aquecer ou resfriar demais, apagar as luzes quando não tiver pessoas dentro de
uma determinada sala ou setor, bem como na cozinha e nos banheiros, onde a luz
do sol pode realizar esta tarefa.
Nota-se que o pessoal do nível operacional, tem consciência de que o meio
ambiente precisa ser preservado, a começar pelo alto índice apresentado nas
respostas a pergunta sobre que praticas cada um realiza que venham a beneficiar o
meio ambiente, onde 73% respondeu que sim, desde a correta separação do lixo em
suas moradias, até a revisão de seus carros visando a redução da emissão de
poluentes, plantio de árvores, reaproveitamento de impressões desnecessárias,
fechar a torneira enquanto escova os dentes impedindo que aquela agua potável
não escorra simplesmente pelo ralo, entre tantas outras, porém ainda falha em
alguns pontos, como por exemplo a utilização de copos descartáveis para o
consumo de água ou café, sendo que a Unidade disponibiliza um como para cada
colaborador além de xícaras de vidro para o café, ou então a utilização de mais de
10 folhas de papel toalha para secar as mãos sendo que conforme instruções do
fabricante, 2 são suficientes para secar as mãos, entre tantas outras que passam
despercebidas pela correria diária.
77
Como sugestão dos respondentes sobre que ações sugerem para que a
Unidade seja socialmente e ambientalmente correta surgiram várias idéias como por
exemplo, a disponibilização de lixeiras para que o lixo seja corretamente destinado,
utilização de uma caixa d’água para coletar a água da chuva, direcionando-a para as
caixas dos vasos sanitários dos banheiros, campanhas de conscientização das
pessoas ou até mesmo dos colaboradores sobre ações que beneficiem o meio
ambiente e reduzam custos na Unidade, utilizar papel reciclável para as impressões,
apagar as luzes de ambientes não utilizados, utilizar impressões desnecessárias
para fazer blocos de rascunho, mais xícaras para o café, instalação de um
bebedouro para reduzir a utilização de copos descartáveis, uso de toalha de tecido
nos banheiros, reciclagem de papel, lembrando sempre, que para que tais ações
sejam possíveis, é necessário que cada colaborador faça a sua parte e colabore
dando sugestões para seus superiores, pois somente assim, a Unidade pode ser
socialmente e ambientalmente correta.
3.4. Nível Tático
No nível tático, foram respondidas 3 entrevistas, a qual será sistematizada a

seguir. Dos respondentes o perfil é o seguinte:
Gráfico 24: Idade

Fonte: Entrevista
Dos 3 respondentes a idade de ambos encontra-se entre 31 e 45 anos.

78
Gráfico 25: Sexo

Fonte: Entrevista
Com relação, 67% são do sexo masculino e 33% são do sexo feminino.

Fonte: Entrevista
Quanto a formação dos respondentes, 67% possuem ensino superior

completo sendo um em Administração de empresas e um em Direito e 33% possui
graduação em Administração de Empresas e Pós-graduação em Gestão de Pessoas
e Cooperativismo.
Desta forma, nota-se que no nível tático o perfil é de um público um pouco

mais velho, ambos já formados e parte com pós-graduação também concluída, além
de ser um nível onde a maioria dos respondentes é do sexo masculino.
Em seguida, foram realizadas diversas perguntas onde os entrevistados

79


Fonte: Entrevista

somente o que é realmente necessário.


Fonte: Entrevista
Conforme gráfico anterior, nota-se que 67%% dos 3 respondentes reutiliza o

papel caso impresso desnecessariamente para rascunho e novas impressões, sendo
que apenas 33% o descarta.
80

Fonte: Entrevista

Mas se pudesse optar sem levar em consideração valores, utilizaria que


Fonte: Entrevista
81
mesmo se os colaboradores pudessem optar por qual papel utilizar, verifica-se
conforme gráfico acima que o papel branco prevalece com unanimidade e a
justificativa de que este deixa impressão com melhor qualidade de visualização.
Por dia, cada respondente, utiliza cerca de quantos guardanapos.

Fonte: Entrevista
Dos 3 respondentes, 67% utiliza de 1 a 3 guardanapos por dia e 33% não

utiliza. Quantas folhas de papel toalhas utilizam em média por dia para secar as
mãos.

Fonte: Entrevista
82
Dos entrevistados, 100% responderam que utilizam de 4 a 6 folhas de papel

toalha por dia.
Com relação a utilização de papel na Unidade através dos dados levantados

com as respostas dos três entrevistados, verificasse todos buscam imprimir somente
o que é realmente necessário, porém quando ocorrem impressões desnecessárias
apenas 67% reutiliza as impressões feitas.
No caso, se os colaboradores que responderam a entrevista pudessem optar

pela utilização de papel branco ou papel reciclável para utilizar nas impressões,
100% optou pelo papel branco mesmo sabendo que o papel reciclável é melhor para
o meio ambiente e as justificativas são sempre em relação a qualidade da impressão
e visualização que o papel branco oferece.
Além de papeis utilizados nas impressões, o Sicredi possui guardanapos a

disposição dos colaboradores e destes 67% diz utilizar de 1 a 3 folhas por dia, e
33% afirma não utilizar. Já quanto a utilização de papel toalha nos banheiros,
mesmo tendo a disposição toalhas de pano para ser utilizada, todos preferem utilizar
o papel toalha, pela praticidade e higiene. Destes 100% diz utilizar de 4 a 6 folhas
por dia. Com relação à utilização de energia foi perguntado, quando ligam os seus

Fonte: Entrevista
83
Com relação a este questionamento dos 3 respondentes, ambos ligam seus

computadores no momento da chegada ao trabalho, mesmo que inicialmente
realizem uma atividade que não exija seu uso imediato.


Fonte: Entrevista

deixam ligada a tela de seus computadores durante o intervalo de almoço caso
algum de seus colegas queiram utilizar, os demais, que correspondem a 33% dos
entrevistados afirmam que desligam a tela de seus computadores.
Foi questionado ainda, com relação a utilização dos ar condicionados.

84

Fonte: Entrevista

Fonte: Entrevista

verifica-se que 67% diz que os ar condicionados na Unidade são todos ligados todos
os dias e 33% afirmam que os ar condicionados são ligados somente em dias em
que é realmente necessário, sendo ligados apenas alguns dos ares.
Ainda, foi questionado se na sala ou setor de cada respondente, se todas as
luzes permanecem sempre acesas.
85

Fonte: Entrevista

na sua sala ou setor e 67% diz que somente se tiverem pessoas nela.
Já nos banheiros e na cozinha.

Fonte: Entrevista
Dos entrevistados, 33% afirmam que as luzes permanecem sempre ligadas

na cozinha e nos banheiros e 67% dizem que somente se tiverem pessoas nela.
Mediante análise dos gráficos acima apresentados, com relação a utilização

de energia na Unidade verificasse que muitas das atitudes dos colaboradores com
relação a este recurso podem ser aprimoradas.
Desde o momento de chegada, ao ligarem seus computadores, onde 67%

afirmam que os ligam assim que chegam sendo que nem sempre os utilizam na
86
primeira hora devido a outras atividades. Ainda com relação aos computadores, no
horário de intervalo dos respondentes, 67% afirma deixar seu monitor ligado caso
algum outro colega queira utilizar, e somente 33% desliga, e sendo assim,
novamente é uma pequena atitude que gera um grande resultado se analisado no
conjunto em que está inserido.
Com relação aos ar condicionados, verifica-se que todos os dias estes são
ligados e todos os ares sendo que nem sempre isso é preciso. Já no caso da luz nos
seus setores, cozinha e banheiros em ambas as respostas 67% afirmou que
somente permanecem ligadas caso haja pessoas nela e apenas 33% disse que
permanecem sempre ligadas. Com relação a água, questionou-se sobre o momento
em que escovam os dentes.

Fonte: Entrevista

e somente a abre quando for enxaguar a boca.

87

Fonte: Entrevista
Nesse questionamento, verificou-se que 100% dos respondentes não sabem

a quantidade de água potável que são jogadas fora todos os dias ao puxarem a
descarga.
Neste sentido, já existe uma boa conscientização por parte dos

colaboradores, pois a água será o grande problema que a humanidade irá enfrentar
num futuro próximo. E isso verifica-se no fato de não deixarem a água correndo
enquanto escovam os dentes. Materiais como pilhas, lâmpadas, cacos de vidros
possuem um destinação especial e então foi questionado qual é a destinação que os
colaboradores dão a este material.

Fonte: Entrevista
88
Dos 3 respondentes 67% deixa esses materiais separados para que tenham
a correta destinação e 33% o mistura junto no lixo com papéis.
Questionou-se também aos respondentes se possuem conhecimento da


Fonte: Entrevista
Conforme questionário, 100% dos respondentes não sabe a correta

destinação de materiais tóxicos.

outros.

Fonte: Entrevista
89
Conforme entrevistas, 67% ainda mistura no seu próprio lixo papel com
plásticos, chicles entre outros, sendo que apenas 33% coloca apenas papel
destinando outros materiais a um lixo específico.
Interrogou-se se praticam ações que venham a beneficiar o meio ambiente.

Fonte: Entrevista
respondentes afirmam realizar tais ações através de plantio de arvores e separação
correta do lixo. E por fim, questionou-se a utilização de copos descartáveis para o
consumo de água e cafezinho por dia.

Fonte: Entrevista
90

Fonte: Entrevista
Com relação à utilização dos copos descartáveis para o consumo de água e

cafezinho, mesmo cada colaborador possuindo um copo para a sua utilização diária
conforme respondido pelos 67%, o restante ainda utiliza copos plásticos
descartáveis de 1 a 3 por dia.
Já no caso do cafezinho, 34%% utiliza as xícaras de vidro que estão

disponíveis, 33% ainda utiliza de 1 a 3 copos por dia e 33 % de 4 a 6 copos diários.
Após análise do nível tático, percebe-se que existe uma visão um pouco
mais ampla que no operacional, talvez pelo fato de neste nível o grau de
escolaridade ser maior, ou até mesmo porque buscam ser o exemplo em algumas
atitudes.
Mesmo assim, existem pontos a serem melhorados, como por exemplo, a

reutilização de impressões desnecessárias, pois ainda existe uma pequena
porcentagem que os descarta, até mesmo pelo fato de terem a preferência pelo
papel branco sendo que o reciclável ajuda ao meio ambiente e proporciona uma
qualidade boa também na impressão.
Outros pontos que ainda apresentam debilidades, é a utilização dos ar

condicionados em sua totalidade e todos os dias sendo que nem sempre é preciso,
91
ou no caso das luzes que permanecem sempre ligadas mesmo que não haja
ninguém na sala ou setor e ainda a permanência dos monitores ligados durante o
período de almoço.
Mas estes colaboradores praticam ações que ajudam na preservação do

meio ambiente, como por exemplo, a separação do lixo em suas residências e o
plantio de árvores e como sugestão dos respondentes sobre que ações sugerem
para que a Unidade seja socialmente e ambientalmente correta surgiram várias
idéias como, por exemplo, desligar a luz em ambientes que não tenha ninguém,
desligar a tela do monitor não somente no intervalo de almoço mas sempre que não
estiver utilizando, utilizar papel reciclável, adequar os documentos antes de imprimir
reduzindo a fonte e espaços em branco desnecessários para aproveitar toda a folha
e evitar desperdícios, materiais como apostilas, materiais e demais que são somente
leitura a realizar no computador não sendo necessária a sua impressão, realizar
trabalhos voltados a conscientização dos associados quanto a preservação e
conservação da matas, separação do lixo e seu destino correto, economia de água e
luz pois com a construção de uma nova Unidade de Atendimento é possível
implantar melhoras como aquecimento solar (energia solar), caixas sanitárias
econômicas e outras soluções modernas que o mercado oferece para novas
construções.
Portanto, percebe-se que neste nível assim como no operacional, existem

ações que não favorecem a Unidade ao atingimento de uma imagem social e
ambientalmente correta, porém, existem idéias conscientes baseadas em bons
fundamentos.
3.5. Nível Estratégico
Agora no nível estratégico, foram respondidas 3 entrevistas, a qual será

sistematizada a seguir.
92
Dos respondentes o perfil é o seguinte:
Gráfico 47: Idade

Fonte: Entrevista
Dos 3 respondentes a idade de 67% está acima de 51 anos e 33% entre 31

e 45 anos.
Gráfico 48: Sexo

Fonte: Entrevista
Com relação ao sexo dos entrevistados, 100% são do sexo masculino.

93

Fonte: Entrevista
Quanto à formação dos respondentes, 67% possuem Ensino Médio

completo e 33% possui graduação em Economia e Pós-graduação em Gestão de
Cooperativas.
Desta forma, nota-se que no nível estratégico o perfil é de um público um

mais experiente, onde todos os respondentes são do sexo masculino, sendo que um
deles já possui formação superior com pós em Gestão de Cooperativas.
Em seguida, foram realizadas diversas perguntas onde os entrevistados


94

Fonte: Entrevista

somente o que é realmente necessário.


Fonte: Entrevista
Conforme gráfico acima, nota-se que 100% dos respondentes descarta o

papel não o reutilizando para novas impressões ou rascunhos.

95

Fonte: Entrevista

Mas se pudessem optar sem levar em consideração valores, utilizaria que


Fonte: Entrevista
se os colaboradores pudessem optar por qual papel utilizar, neste nível, 100% dos
respondentes optariam pela utilização do papel reciclável.
Por dia, cada respondente, utiliza cerca de quantos guardanapos.
96

Fonte: Entrevista
Dos 3 respondentes, 67% utilizam de 1 a 3 guardanapos por dia e 33% não

utiliza.
Quantas folhas de papel toalhas utilizam em média por dia para secar as
mãos.

Fonte: Entrevista
Dos entrevistados, 100% responderam que utilizam de 4 a 6 folhas de papel

toalha por dia.
No quesito papel, conforme gráficos acima apresentados, verificasse que os

respondentes buscam imprimir somente o que é realmente necessário, porém se
97
ocorrem impressões desnecessárias ao invés de reutilizarem o papel para novas

impressões ou rascunhos, simplesmente, 100% afirmaram descartar o papel.
A Unidade utiliza papel branco para a impressão de seus documentos,

porém, se pudessem optar ambos escolheriam o papel reciclável por questões
ecológicas e de conscientização.
Além de papeis utilizados nas impressões, ainda diariamente, é

disponibilizado para utilização guardanapos e para estes 67% diz utilizar de 1 a 3
folhas por dia, e 33% afirma não utilizar. Já quanto a utilização de papel toalha nos
banheiros, mesmo tendo a disposição toalhas de pano para ser utilizada, todos
preferem utilizar o papel toalha, pela praticidade e higiene. Destes 100% diz utilizar
de 4 a 6 folhas por dia.
Com relação à utilização de energia foi perguntado, quando ligam os seus


Fonte: Entrevista
Com relação a este questionamento dos 3 respondentes, 34% ligam seu

computador no momento da chegada, 33% liga somente quando vai realmente
utilizá-lo e 33% não utiliza computador.

98

Fonte: Entrevista

desligam a tela do seu computador durante o intervalo de almoço e 33% não utilizam
computador.
Foi questionado ainda, com relação à utilização dos ar condicionados.

Fonte: Entrevista
99

Fonte: Entrevista

verifica-se que 100% diz que os ar condicionados na Unidade são ligados somente
quando necessário, já 67% respondeu que quando necessário então, são todos
ligados e 33% que são ligados apenas alguns. Ainda, foi questionado se na sala ou
setor de cada respondente, se todas as luzes permanecem sempre acesas.

Fonte: Entrevista

na sua sala ou setor e 67% diz que somente se tiverem pessoas nela.
Já nos banheiros e na cozinha.

100

Fonte: Entrevista
Dos entrevistados, 100% afirmam que as luzes permanecem sempre ligadas

na cozinha e nos banheiros.
Com relação a utilização de energia, verificasse que neste nível existe uma
maior consciência por parte dos respondentes, pois ambos desligam o monitor de
seus computadores ao sair para o almoço, bem como utilizam os ar condicionados
somente quando necessário, porém mesmo assim, existem pontos a serem
aprimorados, como por exemplo a permanência de luz ligada no seu setor ou sala
quando não há pessoas nela ou até mesmo nos banheiros e cozinha, locais estes
onde existe a luz solar para iluminar.
Com relação à água, questionou-se sobre o momento em que escovam os

dentes.

Fonte: Entrevista
101

e somente a abre quando for enxaguar a boca e 33% deixa a torneira ligada.


Fonte: Entrevista
Conforme gráfico anterior, verificasse que 67% dos respondentes não

sabem a quantidade de água potável que é jogada fora todos os dias ao puxarem a
descarga e dos 33% que responderam saber, alegaram ser mais ou menos 10 litros.
A água é uma das maiores preocupação mundiais e neste sentido, o nível

estratégico possui 67% que é consciente e desliga a torneira durante a escovação
dos dentes, porém, 33% ainda deixam a água boa escorrer pelo ralo. Já com relação
a utilização da água ao puxar a descarga, apenas 33% diz ter conhecimento da
quantidade de água potável que é utilizada para este fim, o restante, 67%,
desconhece esta informação.
Materiais como pilhas, lâmpadas, cacos de vidros possuem um destinação

especial e então foi questionado qual é a destinação que os colaboradores dão a
este material.
102

Fonte: Entrevista
Dos 3 respondentes 67% deixa esses materiais separados para que tenham
a correta destinação e 33% o mistura junto no lixo com papéis.
Questionou-se também aos respondentes se possuem conhecimento da


Fonte: Entrevista
Conforme questionário, apenas 33% dos respondentes não sabem a correta

destinação de materiais tóxicos, já 67% sabem e identificam como duas empresas
do Município como a Cotripal e a Prefeitura Municipal.
103

outros.

Fonte: Entrevista
Conforme entrevistas, 100% dos respondentes ainda misturam no seu

próprio lixo papel com plásticos, chicles entre outros, não destinando esses outros
materiais a um lixo específico. Interrogou-se se praticam ações que venham a
beneficiar o meio ambiente.

Fonte: Entrevista
respondentes afirmam realizar tais ações através de plantio direto nas lavouras,
separação correta do lixo e reaproveitamento de materiais recicláveis.
104
E por fim, questionou-se a utilização de copos descartáveis para o consumo

de água e cafezinho por dia.

Fonte: Entrevista

Fonte: Entrevista
Com relação à utilização dos copos descartáveis para o consumo de água e

cafezinho, mesmo cada colaborador possuindo um copo para a sua utilização diária,
conforme respondido pelos 100% utilizam de 1 a 3 copos plásticos descartáveis por
dia.
Já no caso do cafezinho, 100% utilizam as xícaras de vidro que estão

disponíveis.
105
Sendo assim, o nível estratégico, é representado por um público muito mais

experiente que os demais, desde escolaridade até tempo de trabalho dentro da
Cooperativa o que dá a eles uma visão mais ardilosa além da predominância do
sexo masculino.
Buscam imprimir somente o necessário, porém não reutilizam as

impressões, descartando assim, papel bom que poderia ser reutilizado para outras
finalidades. Para tais impressões, mesmo a Unidade utilizando o papel branco,
100% responderam preferir o papel reciclável, pois por questões ambientais, este
traz mais benefícios que o outro. E quanto a utilização de papel toalha no banheiro
ao invés da toalha de pano, 100% afirmaram utilizar de 4 a 6 folhas por dia. No caso
da energia, mesmo ligando seus computadores no momento da chegada, com
exceção dos 33% que não utilizam o computador, os demais 67% desligam seus
monitores no período de intervalo para almoço. Demonstram também, maior
consciência ao ligar os ar condicionados somente em dias que são realmente
necessários, porém a luz nas suas salas ou setores, mesmo que em uma pequena
porcentagem, ainda deixam a luz ligada sem que haja pessoas nela. Em relação a
água, ainda existe uma certa deficiência de conhecimento, pois 33% afirma deixar a
torneira ligada durante a escovação e se somarmos isso no conjunto teremos um
grande percentual de desperdício.
Além disso, existe ainda a utilização de copos descartáveis e a mistura de

materiais como chicle, plástico, entre outros materiais com o papel.
Mas estes colaboradores, mesmo com pequenas atitudes que não condizem
com uma consciência ambiental e socialmente correta, possuem uma visão mais
ampla e focada no resultado do que nos demais níveis, e isso é demonstrado ao
responderem a pergunta se praticam ações que ajudam na preservação do meio
ambiente, e surgiram algumas, como por exemplo, a separação do lixo em suas
residências e o plantio direto em suas lavouras, o reaproveitamento de materiais
recicláveis e como sugestão dos respondentes sobre que ações sugerem para que a
Unidade seja socialmente e ambientalmente correta surgiram várias idéias como por
exemplo, a reavaliação com relação ao consumo de água e energia na Unidade
além do que já vem sendo feito, além da retomada de algumas questões básicas e a
106
reeducação em diversos itens como: utilizar o próprio copo para beber água, utilizar
xícara para beber café, ver a possibilidade de utilizar toalhas de pano para secar as
mãos, ter mais lixos na Unidade para que haja a destinação correta do lixo, ver a
possibilidade de desligar as luzes na Unidade no período da noite, além de estudar a
possibilidade para a implantação de cisternas de captação de água a ser utilizada
para a limpeza de calçadas, vidros e ainda tentar manter apenas 2 dos 4 cash`s que
permanecem ligados a noite.
Por fim, ao comparar os níveis operacional, tático e estratégico se verifica

mesmo com os diferentes pontos de vistas, hábitos parecidos.
O nível operacional é formado por um público mais jovem, preocupado com

o meio ambiente, porém sem ser totalmente comprometido com ações que auxiliem
a transformar essa preocupação em atitudes que gerem mudanças. A maioria ou
está curando a faculdade, ou já se formou. No trabalho, buscam imprimir somente o
necessário e reaproveitar impressões desnecessárias, porém deixam a desejar no
quesito economia, pois a maior parte respondeu ligar o computador na chegada ao
trabalho sendo que este nem sempre é utilizado no início da manhã, além de não
desligar os monitores no intervalo de almoço. Utilizam muito guardanapo, copos
plásticos para o consumo de água e café, apresentaram um elevado índice de
utilização de papel toalha diário para secar as mãos, porém cuidam para somente
deixar a luz acesa em sua sala ou setor quando tiverem pessoas nela, e ainda
prevaleceu as respostas de que os ar condicionados são ligados somente quando
necessário e nem todos. Com relação a realização de atividades que beneficiem o
meio ambiente 73% responderam que sim, ou seja, realizam tais atividades, desde a
correta separação do lixo em suas residências, até a revisão de seus carros visando
a redução da emissão de poluentes, plantio de árvores, reaproveitamento de
impressões desnecessárias, fechar a torneira enquanto escovam os dentes, entre
outras. E como sugestão deste nível sobre que ações sugerem para que a Unidade
seja socialmente e ambientalmente correta, segue: a disponibilização de lixeiras
para que o lixo seja corretamente destinado, utilização de uma caixa d’água para
coletar a água da chuva, direcionando-a para as caixas dos vasos sanitários dos
banheiros, campanhas de conscientização das pessoas ou até mesmo dos
colaboradores sobre ações que beneficiem o meio ambiente e reduzam custos na
107
Unidade, utilizar papel reciclável para as impressões, apagar as luzes de ambientes

não utilizados, utilizar impressões desnecessárias para fazer blocos de rascunho,
mais xícaras para o café, instalação de um bebedouro para reduzir a utilização de
copos descartáveis, uso de toalha de tecido nos banheiros e reciclagem de papel.
Após, na análise do nível tático, percebe-se que existe uma visão um pouco
mais ampla que no operacional, onde o grau de escolaridade e idade também é
maior. Neste, 100% afirmou imprimir somente o necessário porém, no caso de
impressões desnecessária, a maioria afirma descartar o papel sendo que este
poderia ser reutilizado para outros fins. Além do que, mesmo podendo optar pela
utilização de papel branco ou reciclável para a impressão de documentos, todos
optaram por escolher o papel branco mostrando-se preocupados com a qualidade e
aparência da impressão, sem levar em conta a questão ambiental. A maior parte dos
respondentes também afirmaram ligar seus computadores no momento da chegada
a Unidade sem mesmo o desligar no período de intervalo, além de ligar todos os
dias todos os ar condicionados, mesmo não sendo necessário. Com relação a
utilização da água, ambos fecham a torneira no momento da escovação dos dentes,
não permitindo que essa fique correndo sem necessidade, além disso também, na
sua maioria separam materiais como pilhas, lâmpadas e outros para que sejam
enviados a destinação correta. Mas estes colaboradores praticam ações que ajudam
na preservação do meio ambiente, como por exemplo, a separação do lixo em suas
residências e o plantio de árvores e como sugestão dos respondentes sobre que
ações sugerem para que a Unidade seja socialmente e ambientalmente correta, com
uma visão mais focada sugeriram: desligar a luz em ambientes que não tenha
ninguém, desligar a tela do monitor não somente no intervalo de almoço, mas
sempre que não estiver utilizando, utilizar papel reciclável, adequar os documentos
antes de imprimir reduzindo a fonte e espaços em branco desnecessários para
aproveitar toda a folha e evitar desperdícios, materiais como apostilas, e demais que
são somente leitura a realizar no computador não sendo necessária a sua
impressão, realizar trabalhos voltados a conscientização dos associados quanto a
preservação e conservação da matas, separação do lixo e seu destino correto,
economia de água e luz, pois com a construção de uma nova Unidade de
Atendimento é possível implantar melhoras como aquecimento solar (energia solar),
108
caixas sanitárias econômicas e outras soluções modernas que o mercado oferece

para novas construções.
E ainda, no nível estratégico, com um público de respondentes muito mais

experientes que nos demais, não apenas pela escolaridade, mas pelo tempo de
trabalho dentro da Cooperativa, dá a eles uma visão mais ardilosa e focada no
planejamento. Estes respondentes buscam imprimir somente o necessário, porém
não reutilizam as impressões, porém diferente dos outros níveis, preferem o papel
reciclável, pois por questões ambientais, este traz mais benefícios que o outro. Nos
demais quesitos analisados, no caso da energia e da água, ainda apresentam itens
desfavoráveis, pois deixam a luz ligada sem que haja pessoas em seu setor ou sala,
33% afirma deixar a torneira ligada durante a escovação e se somarmos isso no
conjunto teremos um grande percentual de desperdício. Além disso, existe ainda a
utilização de copos descartáveis e a mistura de materiais como chicle, plástico, entre
outros com o papel. Mas são estes colaboradores que mesmo com atitudes a serem
melhoradas bem como nos demais setores, possuem uma visão focada no
resultado, e isso é demonstrado ao responderem a pergunta se praticam ações que
ajudam na preservação do meio ambiente, e que ações sugerem para que a
Unidade seja socialmente e ambientalmente correta e surgiram algumas, como por
exemplo, a separação do lixo em suas residências e o plantio direto em suas
lavouras, o reaproveitamento de materiais recicláveis, a reavaliação com relação ao
consumo de água e energia na Unidade além do que já vem sendo feito, além da
retomada de algumas questões básicas e a reeducação em diversos itens como:
utilizar o próprio copo para beber água, utilizar xícara para beber café, ver a
possibilidade de utilizar toalhas de pano para secar as mãos, ter mais lixos na
Unidade para que haja a destinação correta do lixo, ver a possibilidade de desligar
as luzes na Unidade no período da noite, além de estudar a possibilidade para a
implantação de cisternas de captação de água a ser utilizada para a limpeza de
calçadas, vidros e ainda tentar manter apenas 2 dos 4 cash`s que permanecem
ligados a noite.
Portanto, assim como na percepção da autora, em ambos os níveis existem

ações a serem realizadas para que a Cooperativa seja socialmente e
ambientalmente correta, pois se estes pontos forem corretamente trabalhados a
109
Unidade terá bons resultados, apresentando um desenvolvimento sustentável

equilibrado, além de melhorar a qualidade de vida no trabalho e a sua imagem junto
a comunidade em que está inserida.
110
CONCLUSÃO
Na abrangência em que foi realizado o estudo, conclui-se que a Unidade do

Sicredi estudada apresenta alguns aspectos que precisam ser aperfeiçoados para
que possam ser consideradas ações que venham a beneficiar o meio ambiente, o
local de trabalho e a comunidade em que está inserida.
Atualmente a Unidade possui potencial para a correção dos fatores que

ainda não colaboram para que ela seja ambientalmente e socialmente correta, pois
existe a consciência dos colaboradores do que é preciso fazer, mesmo que ainda
não o façam, e o mais importante, existe o apoio do nível estratégico para tais.
Como sugestão, foram elencadas algumas ações as quais são apresentadas

e caracterizadas a realidade da Unidade:
- Programa de coleta seletiva do lixo – jogue limpo com a natureza: este é

um ótimo slogan a ser utilizado pela Unidade pois demonstra a comunidade o seu
interesse por este assunto que nos dias de hoje é de suma relevância. Para isso
seria preciso a aquisição das cestas específicas para que a separação seja feira
corretamente. Além disso, como a Unidade possui uma picotadora de papel, e
documentos são por ela processados e colocados no lixo separadamente, poderia
ser fixado uma parceria com uma Cooperativa de catadores, assim como sugerido
pelo programa, e a eles entregar semanalmente o lixo picotado, para que o destinem
a reutilização bem como plásticos e outro materiais recicláveis.
- Programa Carbono Verde: Porque não, a Unidade tentar neutralizar a sua

emissão de poluentes criando uma área para plantio de árvores, ou seja, assim
111
como a Unidade de Ouro Branco, com ações mínimas como a distribuição de

arvores, utilização máxima do papel reciclável nas impressões, além da economia de
água e energia, gerar grandes resultados.
- Utilização de papel reciclável: realizar o levantamento de custos médios

com papel branco e comparar com o reciclável verificando assim a compensação
para a aquisição de um ou outro, levando em consideração as questões ambientais
envolvidas no processo.
- Reaproveitamento de impressões desnecessárias: Confeccionar uma caixa

onde todas as impressões desnecessárias possam ser colocadas e contabilizadas
mensalmente. Após como sugestão, poderão ser criados blocos de rascunho ou
estas serem destinadas a impressão de documentos não oficiais e isso deve ser
realizado em conjunto com uma ação de contabilização para a redução deste tipo de
emissão.
- Economia de energia: assim como também já sugerido pela autora e pelos

respondentes, adotar uma política de redução de energia, ligando apenas quando
necessário alguns e não todos os ar condicionados da unidade, desligar as luzes de
ambientes onde não haja pessoas, bem como nos banheiros e na cozinha onde a
luz solar é o suficiente, verificando a possibilidade de desligar todas as luzes da
Unidade no período da noite, além de manter ligados apenas 2 terminais de
atendimento ao invés dos quatro que possui tendo em vista a pouca movimentação
noturna. E por fim, estudar a possibilidade de adaptação para a utilização de placas
de energia solar.
- Economia de água: Estudar a possibilidade de aquisição de descargas

econômicas que dependendo do tipo de dejeto despeja mais ou menos água,
desligar a água da torneira durante a escovação dentária, além de prospectar a
possível utilização de caixas d’água com captação da água da chuva para utilizar
nos banheiros, na limpeza do chão e vidros da Unidade entre outros.
- Redução da utilização de copos descartáveis para o consumo de água e

café: Inicialmente, cada colaborador deve possuir o seu copo para consumo de água
112
e utilizar apenas xícaras para o consumo de café, pois somente assim, poderão ser
exemplo para os associados, sem falar na sugestão de utilização de um bebedouro
para o consumo de água dos associados e mais xícaras para o consumo de café.
- Ser um ponto de recepção de embalagens tóxicas: como o público do

Sicredi ainda é em parte rural, a Unidade poderia se tornar um porto de recepção de
embalagens tóxicas, incentivando seus associados a não reutilizarem tais
embalagens e nem mesmo as descartar junto ao meio ambiente, podendo até no
momento de divulgação das linhas de crédito para aquisição de insumos e
financiamentos rurais, acrescentar o fato de estarem recepcionando posteriormente
após a utilização as embalagens tóxicas utilizadas na lavoura para a correta
destinação e nada impede desta divulgação ser destinada também ao público
urbano, podendo até mesmo ser estendida ao recebimento de pilhas e lâmpadas
que muitas vezes as pessoas não sabem qual a destinação correta.
E por fim, diante do exposto, a Unidade não encontra-se definitivamente

preparada para atender a todas as exigências e proposições, sendo necessária a
realização de algumas mudanças no que diz respeito a gestão voltada para o
desenvolvimento sustentável.
Portanto é necessário além deste estudo, realizar levantamentos mais

específicos para então implantar um sistema de gestão ambiental adequado a
situação em que a Unidade e a comunidade se encontram. E sendo assim, poderá
ser então reconhecida como uma entidade preocupada com o meio ambiente,
voltando novamente aos primórdios do Cooperativismo que é a integração na
sociedade em que está inserida.
E é ai que entra a Contabilidade, que através da demonstração de números

e relatórios, além do constante acompanhamento da empresa e dos seus
demonstrativos, que o Contador consegue orientar e sugerir aos diretores qual é a
melhor forma para que os objetivos de a Unidade ser ambientalmente e socialmente
corretas possam ser atingidos com maior eficiência.
113
BIBLIOGRAFIA
BASSO, Irani Paulo – Contabilidade Geral Básica – Ijui: Unijui, 2005, pg. 332.
BRAGA, Célia – Contabilidade Ambiental – Ferramenta para a Gestão da

sustentabilidade – São Paulo, Editora Atlas, 2007, p. 7 a 16.
CAMPOS, L. M. S. SGADA – Sistema de Gestão e Avaliação de Desempenho

Ambiental: Uma Proposta de Implementação. 2001.
DE LUCA, Marcia Martins Mendes – Demonstração do valor adicionado: do

cálculo da riqueza criada pela empresa ao valor do PIB. São Paulo, Atlas, 1998,
pg. 104.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2002, pg. 41 a 54.
GLOBAL REPORTING INITIATIVA – Versão preliminar – Diretrizes para a

Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade. Versão da G3 para Comentários
Públicos 02 de janeiro a 31 de março de 2006, 58 pg.
GOMES, Mônica Zaidan; FERREIRA, Aracéli C. de Souza e SIQUEIRA, José R.

Maia – Contabilidade Ambiental e Relatórios Sociais. São Paulo: Atlas, 2009, 269
pg.
KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira; TINOCO, João Eduardo Prudêncio -

Contabilidade e Gestão Ambiental. São Paulo: Atlas, 2004, 303 pg.
PAIVA, Paulo Roberto de – Contabilidade Ambiental – Evidenciação dos gastos

ambientais com Trasparencia e Focada na preservação – São Paulo, Editora
Atlas, 2003.
114
RIBEIRO, Maria de Souza – Contabilidade Ambiental – São Paulo: Saraiva, 2006,

220 pg.
SA, Antonio Lopes de – Fundamentos da Contabilidade Geral – Curitiba: Juruá,

2006, 305 pg.
SILVA, Benedito Gonçalves – Contabilidade Ambiental sob a nova ótica da

Contabilidade Financeira. Curitiba: Editora Juruá, 2008, 343 pg.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Balanço Social: Uma Abordagem da

Transparência e da Responsabilidade Pública das Organizações. São Paulo:
Atlas, 2001, 243 pg.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em

Administração. 5 ed. São Paulo: Atlas S.A., 2004, 96 pg.
www.sicredi.com.br – Conheça o Sicredi – Projetos Sociais – O Sicredi e a

Comunidade – 26/11/2009.
www.sicredi.com.br – Conheça o Sicredi – Perfil – Cooperativas de Crédito –

21/09/2009.
www.sicredi.com.br – Portal Corporativo – Responsabilidade Social – Acompanhe –

texto de 29/06/09 – 11/07/10.
115
ANEXOS
116
ENTREVISTA – MODELO 1
• Idade: ( ) Entre 15 e 20 anos ( ) Entre 21 e 25 anos ( ) Entre 26 e 30 anos

( ) Entre 31 e 45 anos ( ) Entre 46 e 50 anos ( ) Acima de 51 anos
• Sexo: ( ) Feminino
( ) Masculino
• Grau de escolaridade: ( ) Ensino Médio Completo

( ) Ensino superior em andamento
( ) Ensino superior completo
( ) Especialização/ pós graduação em andamento
( ) Especialização/ pós graduação completa
• Se já formado, especificar o curso/especialização:

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
1- Com relação à utilização de papel:
• Você imprime somente o que realmente precisa ser impresso:

( ) SIM
( ) NÃO
• Caso imprima algo desnecessário, você:

( ) DESCARTA O PAPEL
( ) REUTILIZO PRA RASCUNHO E NOVAS IMPRESSÕES
• O papel utilizado na sua Unidade é:

( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
• Se você pudesse optar sem levar em consideração valores, escolheria qual papel
para utilizar na impressão dos documentos:
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
• Por dia, você utiliza quantos guardanapos:

( ) Não utilizo
117
( ) de 1 a 3 ( ) de 4 a 6 ( ) de 7 a 10 ( ) mais que 10
• Quantas folhas do papel toalha do banheiro você utiliza em média por dia para
secar as mãos:
( ) Não utilizo pois seco minhas mãos na toalha de pano que tem no banheiro
( ) De 1 a 3 ( ) de 4 a 6 ( ) de 7 a 10 ( ) mais que 10
2 – Com relação à energia:
• Quando chega ao trabalho você liga o seu computador:

( ) No momento da chegada
( ) Somente quando vou realmente utilizá-lo, pois existem dias em que não o ocupo
na primeira hora do dia.
( ) Outros: _________________________________________________________
• Ao sair para o almoço:

( ) Desligo a tela do meu computador
( ) Deixo ligada caso algum colega queira utilizar
( ) Outros: _________________________________________________________
• Utilizo/ligo o ar condicionado:
( ) todos os dias
( ) somente quando necessário (muito frio ou muito calor)
( ) Outros: _________________________________________________________
• Os ar condicionados da Unidade:
( ) São todos ligados
( ) São ligados apenas alguns
( ) Outros: _________________________________________________________
• Na minha sala ou setor, todas as luzes permanecem ligadas:

( ) Somente se tiver pessoas nela
( ) Permanecem sempre ligadas
( ) Outros: _________________________________________________________
• Nos banheiros e na cozinha, as luzes permanecem ligadas:

( ) Outros: _________________________________________________________
118
3 – Com relação à água:
• Enquanto escovo os dentes:

( ) Deixo a torneira ligada
( ) Fecho a torneira e só a ligo quando for enxaguar a boca
( ) Outros: __________________________________________________________
• Ao puxar a descarga, você sabe quantos litros de água “boa” são jogados fora?
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO
4 - Materiais como, pilhas, lâmpadas, cacos de vidro:

( ) Coloco no meu lixo junto com os papeis
( ) Deixo separado para enviar a destinação correta
( ) Outros: _________________________________________________________
5 - Você conhece a destinação correta de materiais tóxicos:

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO
6 - Na sua lixeira individual:

( ) Coloco apenas papel
( ) Coloco papel, juntamente com copos plásticos de cafezinhos, chicle, etc...
( ) Outros: _________________________________________________________
7 - Você pratica ações que venham a beneficiar o meio ambiente (ex: plantar
árvores, revisão periódica do seu veículo visando monitorar a emissão de gases,
separação correta do lixo, etc...):
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO
8 - Você utiliza copos descartáveis para o consumo de água na Unidade – consumo

por dia:
( ) Não, pois tenho meu próprio copo, sendo que utilizo o mesmo todos os dias
119
• E para o cafezinho?? Quantos ao dia...

( ) Utilizo as xícaras de vidro que tem na Unidade
9 - Quais ações você sugere para que a Unidade seja socialmente e ambientalmente
correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Obrigada pela atenção!!

120

( ) Masculino


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) SIM
( ) NÃO


( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) Não utilizo
121
secar as mãos:

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) todos os dias
( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
122

( ) Outros: __________________________________________________________
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO

por dia:
123

correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

124

( ) Masculino


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) SIM
( ) NÃO


( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) Não utilizo
125
secar as mãos:

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) todos os dias
( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
126

( ) Outros: __________________________________________________________
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO

por dia:
127

correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

128

( ) Masculino


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) SIM
( ) NÃO


( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) Não utilizo
129
secar as mãos:

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) todos os dias
( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
130

( ) Outros: __________________________________________________________
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO

por dia:
131

correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

132

( ) Masculino


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) SIM
( ) NÃO


( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) Não utilizo
133
secar as mãos:

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) todos os dias
( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
134

( ) Outros: __________________________________________________________
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO

por dia:
135

correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

136

( ) Masculino


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) SIM
( ) NÃO


( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
( ) BRANCO
( ) RECICLÁVEL
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

( ) Não utilizo
137
secar as mãos:

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) todos os dias
( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) Outros: _________________________________________________________
138

( ) Outros: __________________________________________________________
( ) SIM – Quantos: ___________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________

( ) SIM – Qual é: ____________________________________________________
( ) NÃO

( ) Outros: _________________________________________________________
( ) Sim – Quais?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) NÃO

por dia:
139

correta?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO

GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO

GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI

Trabalho de Conclusão de Curso

Autora: Naiane Knod

Professora Orientadora: Eusélia P. Vieira

Ijuí, RS, agosto de 2010

Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade e a capacidade

Meus agradecimentos especiais a:

Mminha orientadora e professora, Eusélia P. Vieira pelo conhecimento e incentivo

A todos que colaboraram direta ou indiretamente para a concretização deste sonho.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .............................................................. 14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 23

2.4.1. Balanço Social ........................................................................................ 42

3. GESTÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE CASO NO SICREDI ..................... 47

CONCLUSÃO ........................................................................................................ 110

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 113

Figura 1 - As cinco dimensões da sustentabilidade ................................................ 24

Gráfico 1 - Idade ...................................................................................................... 62

Gráfico 24 - Idade .................................................................................................... 77

Gráfico 55 - Utilização de papel toalha por dia ........................................................ 96

Quadro 1 - Benefícios da Gestão Ambiental ........................................................... 26

BSC – Balanced Scorecard

O mundo vem sofrendo grandes mudanças e todas estas, em sua maioria,

A contabilidade vem se mostrando presente, principalmente nas empresas,

Este estudo inicia com a apresentação da contextualização do tema, a

Em seguida consta o referencial teórico do estudo, a revisão bibliográfica

programa de gestão ambiental, seguido pela apresentação das metodologias de

A proposta de implantação de um programa de gestão ambiental, parte

Finalizando, o relatório apresenta a conclusão e a bibliografia que serviu

As questões ambientais são uma das maiores preocupações mundiais, pois

Sendo assim, as empresas que ainda não são ambientalmente

Neste sentido, a contextualização deste estudo consiste na apresentação da

1.1. Área do Conhecimento

Por meio deste trabalho, foi proposto a Cooperativa e seus colaboradores,

imagem da Cooperativa, para a qualidade no ambiente de trabalho e para a redução

Segundo Kraemer e Tinoco (2004), os sistemas de gestão ambiental atuais

1.2. Caracterização da Entidade

O trabalho foi desenvolvido no Sicredi, o qual é integrante de um Sistema

A sociedade cooperativa é uma associação autônoma de pessoas unidas

Entre os vários tipos de cooperativas, existem as cooperativas de crédito,

Na América Latina, o cooperativismo de crédito começou em 1902, na

Alguns dos princípios Universais do Cooperativismo são: Adesão voluntária

O Sistema de Crédito Cooperativo - SICREDI opera com 131 cooperativas

A organização em Sistema, com cinco Cooperativas Centrais,

Com origem essencialmente no setor primário, o Sicredi atua nos centros

Para atender às necessidades dos associados, as Cooperativas de Crédito

Cooperativas de Crédito que atuam na captação, administração e empréstimo de

Sua missão: como Sistema Cooperativo, valorizar o relacionamento,

Seus valores: Preservação irrestrita da natureza cooperativa do negócio,

E este estudo acontecerá especificamente na Unidade de Panambi, fundada

Ambas estão habilitadas às possibilidades e responsabilidades normativas

O meio ambiente é uma das grandes preocupações mundiais e a sua

A maioria das pessoas ainda se mostra indiferente a esta situação, mas

proporcionam no ambiente de trabalho, através de ações pequenas realizadas pelos

Sendo assim, as entidades que ainda não possuem programas de gestão

Nesta linha, o Sicredi utiliza constantemente os recursos naturais, sejam

Diante do exposto, a problemática deste estudo se constitui no seguinte:

Os objetivos são dispostos em duas classes: objetivos gerais e objetivos

1.4.1. Objetivos Gerais

Propor um Programa de Gestão Ambiental aplicado a uma Unidade de

1.4.2. Objetivos específicos