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Proposta de Redação – Simulado 3º bimestre

Texto 1
Lei de Terras é como ficou conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, foi a
primeira iniciativa no sentido de organizar a propriedade privada no Brasil. Até então, não havia
nenhum documento que regulamentasse a posse de terras e com as modificações sociais e
econômicas pelas quais passava o país, o governo se viu pressionado a organizar esta questão.
A Lei de Terras foi aprovada no mesmo ano da lei Eusébio de Queirós, que previa o fim
do tráfico negreiro e sinalizava a abolição da escravatura no Brasil. Grandes fazendeiros e
políticos latifundiários se anteciparam a fim de impedir que negros pudessem também se tornar
donos de terras.
Ficou estabelecido, a partir desta data, que só poderiam adquirir terras por compra e
venda ou por doação do Estado. Não seria mais permitido obter terras por meio de posse, a
chamada usucapião. Aqueles que já ocupavam algum lote receberam o título de proprietário. A
única exigência era residir e produzir nesta localidade.
Promulgada por D. Pedro II, esta Lei contribuiu para preservar a péssima estrutura
fundiária no país e privilegiar velhos fazendeiros. As maiores e melhores terras ficaram
concentradas nas mãos dos antigos proprietários e passaram às outras gerações como herança
de família. (Arquivo história. Disponível em https://www.infoescola.com/historia/lei-de-terras/)

Texto 2
O Brasil, desde o seu descobrimento, até uma época historicamente recente (década de
1950), ainda praticava uma política de terras embasada nas grandes propriedades e nos
grandes coronéis que detinham essas propriedades.
O quadro tem mudado lentamente; porém, é necessário, ainda, muitas melhorias nesse
sentido. Dados do ano de 2009 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
calculam que a situação agrária no Brasil em terras rurais, permaneceu praticamente inalterada
nos últimos 20 anos.
Dado preocupante, ainda mais quando se constata, no mesmo senso agropecuário, que
as propriedades que têm até 10 mil hectares representam um total de apenas 2,7% de todo o
coeficiente de terras destinadas à agropecuária, sendo uma vasta maioria formada ainda, por
latifúndios de mais de 1000 hectares. Ou seja, os grandes fazendeiros ainda permanecem com
a maioria das terras, ainda que sem produzir em muitas delas, enquanto milhares de famílias
ainda não têm onde morar e produzir.
A pesquisa do IBGE concluiu que o total de estabelecimentos ou terras destinadas à
agropecuária representa um montante de 330 milhões de hectares, equivalente a 36% de todo
o território nacional do Brasil. Isso implica em dizer que, desses 330 milhões de hectares de
terras agropecuárias, aproximadamente 141,9 milhões de hectares são latifúndios. Reflexo de
séculos, que necessita de uma reparação estrutural e histórica, por parte do Estado, e da
conscientização dos grandes latifundiários. (disponível em: http://reforma-agraria-no-brasil.info/)

Texto 3
A Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra,
mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça
social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção (Estatuto da Terra – Lei nº
4504/64).
Na prática, a reforma agrária proporciona:
1. Desconcentração e democratização da estrutura fundiária.
2. Produção de alimentos básicos.
3. Geração de ocupação e renda.
4. Combate à fome e à miséria.
5. Interiorização dos serviços públicos básicos.
6. Redução da migração campo-cidade.
7. Promoção da cidadania e da justiça social.
8. Diversificação do comércio e dos serviços no meio rural.
9. Democratização das estruturas de poder.
O que o Incra busca, com a reforma agrária atualmente desenvolvida no país, é a
implantação de um modelo de assentamento rural baseado na viabilidade econômica, na
sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento territorial. Para tanto, o Incra adota
instrumentos fundiários adequados a cada público e a cada região e a está realizando uma
adequação institucional e normativa para a intervenção rápida e eficiente dos instrumentos
agrários.
Reforma Agrária – Incra – Disponível em: www.incra.gov.br › reformaagraria

Texto 4

(http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/dilma-assentou-menos-familias-que-lula-e-fhc-meta-e-120-mil-ate-2018.html)
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da
língua portuguesa sobre o tema A Questão Agrária no Brasil, apresentando experiência ou
proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções
– O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
– A redação com até 7 linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
– A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá
nota zero.
– A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos
receberá nota zero.
– A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas
copiadas desconsiderado para efeito de correção.

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