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Curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde

TAS
HSC
G
Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3
Curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde
TEMA 3. As fases do processo de esterilização do
material clínico
Triagem do material Clínico
H
S
C
G
Descontaminação

Lavagem

Inspeção do material clínico

Lubrificação do material clínico

Inspeção do material
Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3
Curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde
TEMA 3. As fases do processo de esterilização do
material clínico

H
Inspeção do material
S
C
G
Registo

Desinfeção

Preparação e embalagem de Kits de material


clínico

Esterilização
TEMA 3. As fases do processo de esterilização do
material clínico
PREPARAÇÃO DE INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS

Setor responsável por conferir, preparar e acondicionar


caixas para as diversas especialidades cirúrgicas.
Área de preparação e acondicionamento dos artigos
clínicos:
 
• Nesta área os artigos clínicos limpos são
inspecionados, selecionados, embalados e
identificados para posterior esterilização.
• Tem como objetivo oferecer aos profissionais que
utilizarão o material esterilizado, a segurança e o
conforto de ter em mãos o material completo, na
sequência necessária e em perfeitas condições de
uso.
• O acondicionamento dos materiais clínicos para uso
clínico individual deve ser realizado em sobre
bancada limpa e desinfetada com álcool a 70%.
TEMA 3. As fases do processo de esterilização do
material clínico
Preparação e embalagem de Kits de material
Setor responsável por preparar e acondicionar os
materiais. São utilizados invólucros especiais que
permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam
a passagem dos microorganismos.
EMBALAGEM PARA ESTERILIZAÇÃO
 

“Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e


transportado, deverá ser acondicionado em
embalagem criteriosamente selecionada, para a
segurança do processo”.
FINALIDADES DAS EMBALAGENS
PARA ESTERILIZAÇÃO

 Permitir a esterilização do artigo;


 Assegurar a esterilidade e integridade dos
artigos até o momento do uso;
 Favorecer a transferência do conteúdo
esterilizado com técnica asséptica
Embalagem

Saída do Ar

Entrada do Agente
Esterilizante
Produto

Microrganismos
Água

Embalagem
TIPOS DE EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO

TECIDO DE ALGODÃO

ESTOJO METÁLICO

VIDRO REFRATÁRIO

CONTAINER RÍGIDO
TECIDO DE ALGODÃO
 ALGODÃO CRU 100%
 ALGODÃO 33% + POLIESTER 67%
 ALGODÃO 50% + POLIESTER 50%

PERKINS, 1969
TECIDO DE ALGODÃO
Desvantagens

• Vulnerabilidade à contaminação
• Difícil controle da forma e do número dos
reprocessamentos (65 vezes segundo
RODRIGUES, 2000)
• Não existem tecidos fabricados para esta
finalidade
ESTOJO METÁLICO

 Liga de alumínio ou aço inox


 Paredes finas 0,6 a 0,8mm
 Diversas medidas
 Calor seco
CONTAINER RÍGIDO
É um tipo de empacotamento para
materiais a serem esterilizados.
É o sistema de empacotamento de
escolha para os instrumentais cirúrgicos devido
a organização, proteção efetiva e custo
económico vantajoso a longo prazo.
CONTAINER RÍGIDO
http://pt.slideshare.net/cmecc/embalagens-
55564445
TIPOS DE EMBALAGENS PARA ESTERILIZAÇÃO

PAPEL GRAU CIRÚRGICO

PAPEL CREPADO

SMS

TYVEK®
PAPEL GRAU CIRÚRGICO

•Papel que apresenta características físicas, químicas e


biológicas que permitem a esterilização e manutenção da
esterilidade do produto.
•É próprio para embalagem de artigos odonto-médico-
hospitalares a serem submetidos a processos de
esterilização.
NBR 13386: 1995

• Incompatível com calor seco


APRESENTAÇÕES DAS EMBALAGENS DE PAPEL GRAU
CIRÚRGICO
PAPEL GRAU CIRÚRGICO
PAPEL GRAU CIRÚRGICO
CARACTERÍSTICAS DAS
EMBALAGENS DE PAPEL

 Ser isenta de furos, rasgos ou orifícios;


 Ser isenta de manchas;
 Ser isenta de rugas em geral e na área de
selagem;
 A selagem deve ser íntegra sem áreas
queimadas;
CARACTERÍSTICAS DAS
EMBALAGENS DE PAPEL
 Ser própria para receber os variados tipos de
impressão, utilizando-se tintas atóxicas e
resistentes ao processo de esterilização;
 Ser isenta de odor estranho aos componentes
da embalagem ou que prejudiquem a
utilização do produto;
 Ser barreira microbiológica;
SELAGEM
“Processo pelo qual as embalagens são
hermeticamente fechadas, garantindo a sua
esterilidade desde o momento da esterilização
até o momento do uso”.
PAPEL CREPADO

Composto de celulose tratada (polpa virgem


de madeira branqueada) resistente a
temperaturas até 150ºC por 1 hora.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
DO PAPEL CREPADO

 Ser isento de furos, rasgos ou orifícios;


 Ser isento de manchas;
 Ser resistente a fluidos
 Ser barreira microbiológica;
 Ser atóxico;
 Ser flexível.
NÃO TECIDO - SMS
 MANTA DE POLIPROPILENO – 100%

 Constituído por três camadas:

 SPUNBOND

 MELTBLOWN

 SPUNBOND
NÃO TECIDO - SMS
 Spunbond
Esta camada é formada por fibras longas e contínuas
que proporcionam resistência mecânica e
maleabilidade
 Meltblown
Esta camada é formada por uma trama densa de
microfibras que age como barreira microbiana.
NÃO TECIDO - SMS
NÃO TECIDO - SMS
NÃO TECIDO - SMS
NÃO TECIDO - SMS
• Não-tecido SMS com barreira microbiana,
permeável aos agentes esterilizantes.

• Permite pacotes molhados: a característica


hidrorrepelente da embalagem impede a
remoção completa do vapor dos pacotes.

• A condensação resultante invalida o


processo e esterilização.
TYVEK®
Lâmina de polietileno entrelaçado de alta
densidade (PEAD)
Suporta altas temperaturas
Alta resistência à tração e perfuração
Barreira microbiana
Uso limitado devido ao alto custo
 Incinerável
TYVEK
®
TYVEK®
TIPOS DE INVÓLUCROS X PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO
TIPO DE AUTOCLAVE CALOR PLASMA DE AUTOCLAVE RADIAÇÃO
ETO PERÓXIDO DE DE
INVÓLUCRO A VAPOR SECO IONIZANTE
HIDROGÊNIO FORMALDEÍDO

Tecido de algodão Sim Não Não Não Não Não


Papel grau cirúrgico Sim Não Sim Não Sim Sim
Papel crepado Sim Não Sim Não Sim Sim
Papel Kraft Sim Não Não Não Não Não
Filmes transparentes Sim Não Sim Sim Sim Sim
Caixas metálicas Sim* Sim Sim* Não Sim* Sim
Vidro refratário Sim** Sim Não Não Não Não
Tyvec Sim Não Sim Sim Sim Sim
Não-tecido Sim Não Sim Sim Sim Não
*necessitam estar perfuradas **para líquidos
https://www.youtube.com/watch?v=Hk1Z9GQEQVU

https://www.youtube.com/watch?v=wvI7hCskHvE
Esterilização
É necessário selecionar a embalagem seguindo alguns
critérios que, segundo eles, um sistema de embalagens
deve:

• Ter registo no Ministério da Saúde e ser usado


conforme as instruções escritas do fabricante;
• Ser apropriado para o artigo e para o método de
esterilização, além de suportar as condições físicas do
processo;
• Promover integridade adequada de selagem e ser à
prova de violação;
• Funcionar como barreira microbiana;
• Permitir a secagem do conteúdo;
É necessário selecionar a embalagem seguindo alguns
critérios que, segundo eles, um sistema de embalagens
deve:

• Fornecer barreira adequada a líquidos;


• Possibilitar apropriada remoção do ar;
• Permitir a penetração e a remoção do agente
esterilizante;
• Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos;
• Resistir a rasgos e perfurações;
• Ser livre de furos e microfuros;
• Manter a esterilidade do artigo até o momento de
sua utilização;
• Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, aditivo
branco ótico, corante ou amido;
• De preferência ter o registo do indicador químico
específico para cada tipo de esterilização;
• Evitar a libertação de fibras ou partículas;
• Não oferecer dificuldades à abertura do pacote,
permitindo observar os princípios da técnica assética
e da baixa memória;
• Possibilitar identificação pelo usuário
• Ter relação custo-benefício positiva;
• Ser de fácil obtenção no mercado;
• Possuir data de validade; apresentar nível aceitável
de limpeza;
Embalamento de Kits de material clínico
Embalamento de Kits de material clínico
Embalamento de Kits de material clínico
Embalamento de Kits de material clínico
Embalamento de Kits de material clínico
Agrupamento de Escolas de Rio Tinto nº3
Curso profissional Técnico Auxiliar de Saúde
TEMA 3. As fases do processo de esterilização do
material clínico

Esterilização
Esterilização é a destruição de todas as formas de vida
microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos,
protozoários e helmintos) por um processo que utiliza
agentes químicos ou físicos.
Na esterilização o técnico deve seguir normas de
segurança como a utilização do EPI:
• Farda
• Calçado apropriado
• Avental de plástico
• Manguitos
• Luvas
• Touca
• Máscara
• Óculos
• Protetores auditivos
Tipos de esterilização

Esterilização por meios físicos:


 Vapor saturado sob pressão - Autoclave
 Calor seco - estufas
 Radiação ionizante – raios gama: cobalto 60 ou iodo
131
 Radiação não ionizante – luz ultravioleta
H Métodos e técnicas de esterilização
S
C
 
G O método, normalmente, adotado: vapor saturado
sob pressão ou autoclave.

É um método eficiente, seguro e económico, porém


indicado para artigos termorresistentes e que podem
entrar em contato com a humidade.
AUTOCLAVES

O equipamento consiste em
uma câmara de aço inoxidável,
com uma ou duas portas,
contendo válvula de segurança,
manômetro de pressão e
indicador de temperatura.
É o processo mais utilizado em
hospitais e é o mais económico
para esterilização de artigos
termorresistentes.
  Parâmetros para o processo de esterilização com a autoclave

Vapor: O calor e a humidade podem destruir as bactérias,


inclusive os esporos, com a exposição do material por um
determinado período de tempo.

Temperatura e Pressão: quanto mais elevada for a temperatura,


igualmente será a pressão, por exemplo, temperaturas de 121 a
132ºC pressão de 1 a 1,8atm
Parâmetros para o processo de esterilização com a autoclave

Tempo: pode variar de 3 a 30 minutos, de acordo com a


temperatura atingida e a pressão estabelecida.
O tempo para esterilização também dependerá do tipo de
equipamento utilizado.
Recomenda-se a verificação do manual do equipamento para
o estabelecimento do seu ciclo ideal.
Tipos de esterilização

Esterilização por meios químicos- utiliza-se em materiais


sensíveis ao calor.

• Formaldeído
• Glutaraldeído
• Óxido de etileno
• Peróxido de hidrogénio – desinfetante ou
esterilizante
• Ácido peracético - CH3CO3H - esterilizantes,
fungicidas, viricidas, bactericidas e esporicidas. 
H
S Produto/concentração Tempo/Temperatura ambiente
C
G Glutaraldeído 2% 10 horas
Formoldeído aquoso 10% 18 horas
Formoldeído alcoólico 8% 18 horas
Ácido peracético 1 hora
O controle do processo de esterilização deve ser
realizado por meio de:

• Medição e registos das variáveis do processo,


temperatura e tempo de exposição.
• Execução de testes biológicos com Bacillus subtillis,
realizados diariamente na primeira carga e após
manutenção.
• Fitas termorresistentes.
Tipos de indicadores utilizados no controlo:
H
S
C • Indicadores biológicos
G  Preparações padronizadas de esporos bactericanos

 Baciillllus sttearotthermophiillus que validam a


esterilização;
Tipos de indicadores utilizados no
controlo:
• Indicadores químicos
 O teste de Bowie-Dick é utilizado
para testar a eficácia do sistema
de vácuo da autoclave
 A presença de ar entre os pacotes
forma bolsões, que prejudicam a
penetração do vapor e, em tais
locais, não ocorre mudança de
coloração do teste.
Triagem do material Clínico

Descontaminação

Lavagem

Inspeção do material clínico

Lubrificação do material clínico

Inspeção do material
Inspeção do material

Registo

Desinfeção

Preparação e embalagem de Kits de material

Esterilização

Armazenamento e distribuição
Área de Armazenamento e Distribuição
Armazenamento e tempo de esterilização
 Todo o material processado deve possuir local
adequado para armazenamento de forma que não
haja risco de recontaminação e que facilite a
distribuição.
 O prazo de validade de esterilização está diretamente
relacionado com a qualidade da embalagem e
condições de armazenamento.
 O local deve ser adjacente à área de esterilização,
distante de fontes de água, janelas, portas.
 Deve ter trânsito minímo de pessoas e a manipulação
deve ser mínima e cuidadosa.

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