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Direito Processual Penal – Ação Penal

(FCC/DPE-RR/2015)
01) No tocante à ação penal de iniciativa pública condicionada:
A) O direito de representação somente pode ser exercido pessoalmente.
B) A representação é irretratável depois de relatado o inquérito policial.
C) O prazo de seis meses para o oferecimento da representação é contado, em regra, do dia em que se
consumou o delito.
D) O direito de representação poderá ser exercido mediante declaração oral feita à autoridade policial.
E) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente
ou irmão.
Comentário:

Letra A: Errada.

CPP/41, Art. 24, § 1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Letra B: Errada.

CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Letra C: Errada.

CPP/41, Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de
queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento
da denúncia.

Letra D: Correta.

CPP/41. Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com
poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à
autoridade policial.

Letra E: Errada. Querelante e não querelado.

CPP/41. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

Querelante: Polo ativo da ação, o autor, o ofendido.

Querelado: Polo passivo da ação, o réu, o ofensor.

Gabarito: Letra D.
(FGV/TJ-RO/2015)
02) Tradicionalmente, a doutrina classifica as ações penais como privadas, públicas incondicionadas,
públicas condicionadas e privadas subsidiária da pública. Os princípios aplicáveis às ações
exclusivamente privadas são:
A) oportunidade, disponibilidade e indivisibilidade;
B) obrigatoriedade, indisponibilidade e indivisibilidade;
C) oportunidade, indisponibilidade e divisibilidade;
D) oportunidade, disponibilidade e divisibilidade;
E) obrigatoriedade, disponibilidade e divisibilidade.
Comentário:

Ação Penal Privada Exclusiva


- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP.
Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios
- Três princípios regem a ação penal privada:
* Princípio da Oportunidade;
* Princípio da Disponibilidade;
* Princípio da Indivisibilidade.
Princípio da Oportunidade

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- A ação penal privada não é obrigatória ao M.P, competindo ao ofendido ou legitimados a proceder à
análise da conveniência do ajuizamento da ação;
Princípio da Disponibilidade
- Enquanto na ação pública o titular da ação não pode desistir do que foi proposto, na ação penal
privada é possível desistir;
Princípio da Indivisibilidade
O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre
os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito.
- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Gabarito: Letra A.
(FCC/MPE-AM/2013)
03) Na ação penal privada, o perdão
A) poderá ser concedido até o trânsito em julgado da sentença condenatória.
B) concedido a um dos querelados não aproveitará os demais.
C) produzirá efeito em relação ao querelado que o recusar.
D) somente poderá ser expresso, por meio de declaração assinada pelo ofendido.
E) não poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
Comentário:

Perdão
- É um ato bilateral;
- CPP/41, Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados (autor do crime) aproveitará a todos, sem
que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
- CPP/41, Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado será
intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o
seu silêncio importará aceitação.
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade.
- O perdão apresentado a um dos criminosos se estende a todos;
- O perdão pode ser expresso ou tácito;
- Sendo expresso, deve ser através da manifestação expressa do querelante perdoando o querelado;
- Sendo tácito, ocorre a partir de um ato incompatível de processar o autor do crime;
- O perdão pode ser Judicial (ocorre dentro do processo) ou Extrajudicial (acontece fora do processo);
- O perdão pode ser aceito pessoalmente ou por procurador com poderes especiais;

Renúncia x Perdão
Renúncia Antes do Processo - Unilateral
Perdão Após a instauração do processo - Bilateral

CP/40. Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, expresso ou tácito:

I - se concedido a qualquer dos querelados, a todos aproveita;

II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros;

III - se o querelado o recusa, não produz efeito.

§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação.

§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em julgado a sentença condenatória.

Gabarito: Letra A.
(FCC/TCE-AM/2015)
04) Nos crimes de ação pública, quando a lei o exigir, esta será promovida pelo Ministério Público, mas
dependerá de
A) instrução preliminar.
B) representação do Ministro da Justiça, do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
C) autorização do Poder Judiciário.
D) recebimento da denúncia pelo Juiz Criminal.
E) requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
representá-lo..

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Comentário:

Ação Penal Pública Condicionada – Representação do Ofendido


- É uma condição imprescindível;
- CPP/41, Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público,
mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
Ação Penal Pública Condicionada – Requisição do Ministro da Justiça
- Prevista em determinados crimes, como o crime cometido contra a honra do Presidente da República;
Não existirá prazo decadencial para o oferecimento da requisição, sendo oferecido enquanto não ocorrer
a extinção da punibilidade do crime;
- A doutrina majoritária entende que não é cabível retratação de requisição;
- O MP não se vincula à requisição, podendo não ajuizar ação penal;

Gabarito: Letra E.
(VUNESP/HCFMUSP/2015)
05) De acordo com o artigo 25 do Código de Processo Penal, a representação do ofendido será
A) irretratável, a qualquer tempo.
B) irretratável, depois de oferecida a denúncia.
C) retratável.
D) condicionada à apresentação de provas ao Ministério Público.
E) condicionada à contratação de advogado para a realização do ato.
Comentário:

CPP/41. CPP - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

Gabarito: Letra B.

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