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Cidade: NOVA FRIBURGO

Região: Serrana População: 182.082 hab.

Área Total: 938,5 Km2 Área Ocupada:

Latitude Sul: 22º 16’ 55” Altitude: 846 metros

Municípios Limítrofes: Cachoeiras de Macacu, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Macaé Trajano de
Morais, Bom Jardim, Duas Barras, Sumidouro e Teresópolis.

Economia: Principais atividades econômicas: indústria de moda íntima, olericultura, caprinocultura


e indústria (têxteis, vestuário, metalúrgicas, etc).

Clima: Temperatura amena – média de 18ºC (13ºC no inverno e 24º no verão)

Hidrografia: Formado pelas bacias do Rio Grande e do Rio Macaé (alto). Principais rios que cortam a
cidade: Rio Santo Antônio, Rio Cônego e Rio Bengalas (formado por esses dois rios).

Distâncias:

Belo Horizonte - 492 Km Rio de Janeiro - 136 Km


Bom Jardim - 25 Km Santo Antônio de Pádua - 87 Km
Cachoeiras de Macacu - 40 Km Santa Maria Madalena - 95 Km
Cantagalo - 51 Km São Sebastião do Alto - 73 Km
Carmo - 77 Km São Paulo - 564 Km
Casimiro de Abreu - 166 Km Silva Jardim - 130 Km
Cordeiro - 50 Km Sumidouro - 48 Km
Duas Barras - 44 Km Teresópolis - 77 Km
Itaocara - 66 Km Trajano de Morais - 96 Km
Macaé - 220 Km Vitória - 405 Km

População
População total: 182.082
Homens: 87.254
Mulheres: 94.828
Urbana: 78.650
Rural: 12.553
*Dados do Censo IBGE de 2010

HISTÓRICO
Nova Friburgo -Rio de Janeiro - RJ

Histórico

A colonização do território pertencente aos Municípios de Nova Friburgo e Cantagalo data do


reinado de D. João VI, que autorizou, em 1818, a vinda de 100 famílias suíças, oriundas do cantão
de Friburgo, para criação de uma "colônia".
Nomeado inspetor da povoação recém-formada, o Monsenhor Pedro Machado de Miranda
Malheiros, instalou a sede da colônia, sob a denominação de Nova Friburgo, em vista da
procedência dos colonizadores. As primeiras levas de colonos suíços chegaram, em número de 30
famílias, em fins de 1819 e começos de 1820, depois de serem construídos os edifícios
imprescindíveis à vida da colônia.

A 3 de janeiro de 1820, considerando o progresso da colônia, baixou o governo alvará que concedia
a Nova Friburgo predicamento de "Vila" e desmembrava suas terras da área de Cantagalo. A
instalação da Vila verificou-se aos 17 de abril do mesmo ano, localizando-se a sede na povoação do
Morro Queimado.

Em 1823, foi incumbido o major George Antônio Scheffer de contratar na Alemanha a vinda de
novos imigrantes para o Brasil, destinados às colônias de Leopoldina e Frankenthal, fundadas na
Bahia em 1816. Os colonos foram desviados, porém, desses destinos e, por motivos ignorados,
encaminhados para Nova Friburgo, onde chegaram a 3 de maio de 1824.

Em 1831, terminou o sistema de administração especial da colônia, passando sua gestão à


competência da Câmara da Vila. Mais tarde, com a chegada de imigrantes italianos, portugueses e
sírios, acentuou-se o progresso da localidade, que a 8 de janeiro de 1890 era elevada à categoria de
cidade.

A partir de então, tem sido incessante o progresso de Nova Friburgo, determinado pela
implantação de indústrias e pela afluência de turistas atraídos pela beleza natural da zona
montanhosa e salubridade do clima privilegiado.

Gentílico: friburguense

Formação Administrativa

Freguesia criada com a denominação de Nova Friburgo, pelo decreto de 03-01-1821, subordinado
ao município de Cantagalo.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Nova Friburgo, por Alvará de 03-01-1820,
desmembrado do termo da antiga Vila de Cantagalo. Sede na antiga povoação de Morro
Queimado. Instalado em 17-04-1820.

Pela deliberação de 18-10-1889, é criado o distrito de Lumiar e anexado à vila de Nova Friburgo.
Pela deliberação de 08-08-1890, o distrito de Lumiar passou a denominar-se São Pedro.

Recebeu foros de cidade com a denominação de São Lumiar, pelo decreto estadual nº 34, de 08-
01-1890, estaduais nºs 1, de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, transferindo novamente a Freguesia
da Povoação de São Pedro para Lumiar.

Pela lei estadual nº 519, de 17-12-1901, o distrito de Lumiar voltou a denominar-se São Pedro.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município de Nova Friburgo é constituído de


2 distritos: Nova Friburgo e São Pedro.

Pela lei estadual nº 1242, de 22-02-1915, o distrito de São Pedro volta a denominar-se Lumiar.

Pela lei estadual nº 1809, de 25-01-1924, são criados os distritos de Amparo, Terras Frias e Estação
do Rio Grande, e anexado ao município de Nova Friburgo.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de Nova Friburgo é constituído de
5 distritos: Nova Friburgo, Amparo, Estação do Rio Grande, Lumiar e Terras Frias.

Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 392-A, de 31-03-1938, o distrito de Terras Frias passou a denominar-se
Campo do Coelho e Estação Rio Grande a denominar-se simplesmente Rio Grande.

Pelo decreto estadual nº 641, de 15-12-1938, o distrito de Amparo passou a denominar-se Refúgio.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 5 distritos:


Nova Friburgo, Campo do Coelho ex-Terras Frias, Lumiar, Refúgio ex-Amparo e Rio Grande ex-
Estação Rio Grande.

Pelo decreto-lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, o distrito de Rio Grande passou a denominar-se
Riograndina.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 5 distritos:


Nova Friburgo, Campo do Coelho, Lumiar, Refúgio e Riograndina ex-Rio Grande.

Pela lei estadual nº 1428, de 07-01-1952, é criado o distrito de Conselheiro Paulino ex-povoado e
anexado ao município de Nova Friburgo.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 6 distritos: Nova Friburgo,


Amparo ex-Refugio, Campo Coelho, Conselheiro Paulino, Lumiar e Riograndina.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.

Pela lei estadual nº 1363, de 12-10-1988, homologado pela lei municipal nº 2107, de 02-04-1987, é
criado o distrito de São Pedro da Serra, com área formada com parte dos distritos de Amparo e
Lumiar anexado ao município de Nova Friburgo.

Em "Síntese" de 31-XII-1994, o município é constituído de 7 distritos: Nova Friburgo, Amparo,


Campo do Coelho, Conselheiro Paulino, Lumiar, Riograndina e São Pedro da Serra.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Cidade: NOVA FRIBURGO

JARDIM DO NÊGO
ALTO DA CRUZ
CABECEIRA DOS THURLER
PEDRA DO IMPERADOR
CAPELA DE SANTO ANTÔNIO
TELEFÉRICO
CATEDRAL DE SÃO JOÃO BATISTA
TRÊS PICOS DE SALINAS
CENTRO HÍPICO HIPPUS KAYLUA
PEDRA DO CÃO SENTADO
CHOCOLATARIA SUÍÇA
PICO DA CALEDÔNIA
ENCONTRO DOS RIOS
PICO DA SIBÉRIA
FAZENDA PRESTOFISH
PRAÇA CARLOS MARIA MARCHON
HORTO NOGUEIRA
PRAÇA JOÃO HERINGER
JANELA DAS ANDORINHAS
POÇO DAS ANTAS
MOSTEIRO BENEDITINO
POÇO DO ALEMÃO
PALÁCIO DO BARÃO DE NOVA FRIBURGO
POÇO FEIO
PEDRA RISCADA
PEDRA DAS CATARINAS
Socioeconomia

Localizado na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, próximo ao eixo de maior dinamismo
econômico do Brasil – São Paulo / Rio de Janeiro / Belo Horizonte - é pólo regional de serviços do
Centro-Norte Fluminense e uma das maiores reservas da fauna e da flora do planeta. Ideal para
atividades de lazer e descanso, para respirar o ar puro da montanha, tomar banho de cachoeiras,
pescar trutas, visitar museus, centros de documentação, feiras de artesanato e parques. As
montanhas, bosques e circuitos são ideais para caminhadas, práticas de esportes radicais, trilhas,
trekking, rapel, mountain bike, cavalgadas, enduros, passeios de jeep, escaladas e canoagem,
rafting e bóia cross. Com infra-estrutura superior a quatro mil leitos e mais de 100 restaurantes de
culinária diversificada, aliada ao frio da serra, tornam-se ingredientes perfeitos para degustar
fondues, vinhos, trutas e deliciosos chocolates artesanais, a beira da lareira. Eventos durante todo
o ano, compõem um calendário convidativo: Festa das Colônias, Friburgo Festival, Fevest, Fri-Flor,
Fest-Truta, Jogos Florais, Encontro de Dança, Encontro Nacional de Motociclistas, Festival de
Inverno. Roteiros diversificados são encontrados na Ponte Branca, Tere-Fri, Lumiar e São Pedro da
Serra, Sabor Mury, Cão Sentado e Caledônia. As principais atividades econômicas são: a indústria
metal-mecânica, o pólo industrial de moda íntima, a agricultura, a floricultura e o comércio,
destacando-se o aluguel de imóveis.

Dados Gerais de Nova Friburgo

Ano de Instalação da Vila 1820 População 2005 (Estimativa IBGE) 177.388

Emancipação 1890 PIB (2004) R$ 1,37 bilhão

Densidade Demográfica 185,4 hab/km2 Posição do PIB no Estado do Rio de Janeiro


17º
Área 933 km2
IDH 0,810
Altitude da sede 846 m
Posição do IDH no Estado do Rio de Janeiro
População (Censo 2000) 173.418 4º

*Fonte: Fundação CIDE, Anuário Estatístico, 2005 e IPEA, Atlas do Desenvolvimento Humano no
Brasil, 2004.
A. Informações gerais do município.
1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem
ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor.
Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi
elaborado. O Município de Nova Friburgo, com uma área de 938,5 km2, possui um relevo bastante
acidentado, com uma amplitude altimétrica que varia de 2.310 metros (Três Picos) a até cerca de
200 metros, no rio Macaé, no limite com o Município de Casimiro de Abreu. A Serra dos Órgãos -
um dos braços da Serra do Mar - abrange todo o Município e a área urbana é totalmente cercada
por montanhas; entre elas o Pico do Caledônia (ao sul), a Pedra do Imperador (a sudeste), as
Catarinas Pai, Mãe e Filha, o Morro da Cruz, Duas Pedras e a Pedra da Cascata, estas últimas a
oeste do centro da cidade que está a uma altitude de 846 metros. O Município faz parte da Região
Serrana do Estado do Rio de Janeiro e tem como principal atividade econômica a indústria de
moda íntima, ao lado de outras atividades industriais (têxteis, metalúrgicas, etc), da olericultura,
floricultura e caprinocultura.
Com a abertura da economia no início dos anos 90, após um período de constante crescimento da
atividade industrial e de serviços do período de 1940 a 1990; o modelo de grande indústria de Nova
Friburgo entrou em decadência e foi estancado o fluxo migratório dos municípios agrícolas
vizinhos, um dos responsáveis pelo crescimento populacional da segunda metade do século XX,
hoje reduzido a uma taxa geométrica anual de 0,41% ao ano para o período 1991-2000 (Censo,
IBGE).
Com a crise nas indústrias têxtil e metal-mecânica, a mão-de-obra despedida deu origem a uma
nova economia baseada nas micro e pequenas confecções de moda íntima, em grande parte
realizada na própria residência de forma irregular. Segundo Ferreira (2002), em 1998 a indústria de
moda íntima de Nova Friburgo contava com 22 mil trabalhadores, geralmente mão-de-obra
feminina recebendo salários muito baixos.
Hoje, Friburgo destaca-se por produzir cerca de 25% da lingerie nacional, sendo o maior produtor
do Brasil. As confecções caracterizam-se por serem pequenas empresas – existem
aproximadamente 900 confecções no Município - as quais estão concentradas no bairro de Olaria e
no bairro Ponte da Saudade. Segundo o CIDE / FGV Nova Friburgo produziu 73,5 milhões de peças
em 1998, sendo que 4% das confecções têm até 5 trabalhadores, 17% de 5 a 10; 37% de 11 a 20;
20% de 21 a 30; 29% de 31 a 40; 9% de 41 a 50; e 4% mais de 50 trabalhadores.
No município as principais atividades na agropecuária são: horticultura, fruticultura, floricultura,
piscicultura, aqüicultura de água doce e caprinocultura. O CEASA (Centro de Abastecimento do
Estado do Rio de Janeiro S.A.) tem uma unidade no distrito de Campo do
Coelho, que comercializou 44.120 toneladas em 1999, da produção de hortifruticultura da região
(Anuário 1999/2000 CIDE).
O município destaca-se como um dos maiores produtores de couve-flor do Brasil, em 1999
produziu 32,4 toneladas, o segundo maior produtor de flores do país e o maior produtor de
morango – 1.360 quilos em 1999 – e de truta – 102 toneladas produzidas em 2000 – do Estado do
Rio de Janeiro. Os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Sumidouro, juntos são os maiores
produtores de hortifrutigranjeiros do estado, formando um importante “cinturão verde” que
abastece a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As atividades agrícolas e da pecuária estão
localizadas nos distritos de Campo do Coelho (principalmente no alto rio Grande), no distrito de
Riograndina e no distrito de Amparo.
O quadro de decadência e recuperação econômica informal, e a falta de uma política habitacional
voltada para os segmentos populares, resultou em um processo de exclusão/segregação
sócioespacial, com o surgimento de inúmeros loteamentos clandestinos e irregulares, sejam nas
áreas com melhores condições de ocupação devido as características topográficas, ou mesmo em
áreas íngremes, notadamente de risco, mais próximas às áreas centrais. Distritos situados ao norte
do Município, que receberam grande contingente da população que migrou para Nova Friburgo
antes da década de 90; hoje apresentam os mais graves problemas habitacionais do município,
com muitos domicílios situados em ocupações de áreas públicas da RFFSA e em áreas de risco, em
face da ocupação das encostas e das faixas de proteção marginais de rios e córregos.
A Lei de Uso e Ocupação do Solo de 1988, embora defasada em relação ao conteúdo e abrangência
do Plano Diretor, contempla todo o território Municipal a partir de três regiões que são
coincidentes com as três principais bacias hidrográficas do município: a bacia do Rio Bengalas, onde
se localiza a sede urbana de Nova Friburgo; do Rio Macaé, atualmente Área de Proteção Ambiental
e a bacia do Rio Grande, divisa com Teresópolis, importante manancial hídrico, sendo principal
responsável pelo abastecimento de água do Município.
Apesar da Prefeitura não possuir uma base cartográfica com a topografia do território, um dos
principais parâmetros para orientar o uso e ocupação do solo urbano, conforme a legislação
urbanística vigente, são as curvas de nível, o que reflete a fragilidade dos órgãos licenciadores
frente a expansão urbana e sua interação com as áreas predominantemente rurais.
Outro fator determinante para utilização das bacias hidrográficas como unidade territorial de
planejamento reside no fato de estas regiões, já instituídas na lei de uso e ocupação do solo,
também serem reconhecidas pelos grupos sociais organizados e constituírem; portanto, um campo
de explicitação dos principais conflitos existentes entre a proteção ambiental, a regulamentação do
uso e ocupação do solo urbano e o processo de apropriação do território.
Diante deste contexto, afirma-se que, ao lado de políticas voltadas para o desenvolvimento
econômico e para a promoção de habitação de baixa renda em áreas regulares e bem servidas, são
questões fundamentais a serem enfrentadas no processo de elaboração do Plano Diretor:
- a relação entre rural e urbano, principalmente no que diz respeito à revisão do perímetro urbano
e a alteração dos limites da expansão da sede urbana, com a delimitação de novos núcleos
urbanos, parcelados irregularmente ou mesmo de maneira clandestina, especialmente, nos
distritos de Lumiar, São Pedro da Serra (bacia do Rio Macaé) e Campo de Coelho e Riograndina
(bacia do Rio Grande);
- a compatibilização entre a ocupação das áreas rurais e a legislação ambiental, sobretudo na APA
de Macaé de cima e na bacia do Rio Grande.
- o aperfeiçoamento das condições institucionais para o planejamento e a gestão do território a
partir da criação de mecanismos de controle social e da instalação de um sistema de informação
georreferenciada que permita o monitoramento permanente sobre o processo apropriação do
território.

Fonte: Banco de Experiências de Planos Diretores Participativos (Ministério das Cidades)


Documento(s):

- Prefeitura de Nova Friburgo e Instituto Brasileiro de Administração Municipal.


-Plano Diretor Participativo de Nova Friburgo. Produto 1 – Metodologia.
Publicação(ões):
1. Anuário Estatístico 2004 Fundação CIDE.
2. FERREIRA, M. S. A Formação de Redes de Conhecimento nas Indústrias MetalMecânica e de
Confecções de Nova Friburgo, 2002. Dissertação: (Mestrado). Universidade Federal
do Rio de Janeiro/RJ.

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