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contendo Vitamina C
Trabalho realizado sob orientação da Professora Doutora Maria Helena dos Anjos Amaral
Julho, 2009
É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS
PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO
INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.
ii
Agradecimentos
À Professora Doutora Maria Helena dos Anjos Amaral pela sua total dedicação,
apoio científico e pessoal, simpatia, atenção. Suas atitudes serão sempre lembradas
com muito carinho e respeito.
À Doutora Maria Rosa Pena Ferreira e ao Professor Doutor Delfim Santos pelo
incentivo e ajuda prestados.
A meus pais que sempre me apoiaram, a terminar mais uma etapa da minha
vida, sempre me estimulando, incentivando nos momentos de desânimo.
À minha irmã querida, meu cunhado, e minha afilhada linda que vai nascer,
pelo apoio e pelas brincadeiras que sempre me faziam sentir melhor.
Resumo
Abstract
The aim of this work was the development of silicone creams and gels,
containing vitamin C, in order to obtain good cosmetic products with high physical and
chemical stability. Water/silicone creams, water/silicone/water creams, propylene
glycol/silicone creams and silicone gels were prepared. Silicones are hydrophobic
excipients extensively used in cosmetic and pharmaceutical industries due to their
excellent sensorial properties like smoothness and absence of greasiness.
Índice de figuras
Figura 11: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S armazenado a 20ºC e
a 40ºC……………………………………………………………………………………….....51
Figura 12: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC…………………………………………………………….....52
Figura 13: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S/A armazenado a 20ºC
e a 40ºC………………………………………………………………………………….…….52
Figura 14: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S/A com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC…………………………………………………….………....53
Figura 15: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme anidro P/S armazenado a
20ºC e a 40ºC………………………………………………………………..……………….53
Figura 16: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme anidro P/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC……………………………………………………………….54
vii
Figura 18: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do gel de dimeticone com vitamina
C armazenado a 20ºC e a 40ºC……………………………………………………...……..55
Figura 20: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme A/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC…………………………………………………………...…..56
Figura 22: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme A/S/A com vitamina
C armazenado a 20ºC e a 40ºC…………………………………………………………….57
Figura 24: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme P/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC……………………………………………………………….59
Figura 44: Reograma do creme anidro P/S com Vit. C a 40ºC ………………………....75
Índice de tabelas
Tabela III: Composição das emulsões semi-sólidas múltiplas A/S/A (%, m/m)………..36
Tabela IV: Composição das emulsões semi-sólidas com vitamina C (%, m/m)……….36
Tabela VI: Composição das emulsões semi-sólidas anidras P/S (%, m/m)…………...38
Lista de abreviaturas
A/O: água/óleo
A/O/A: água/óleo/água
A/S:água/silicone
A/S/A: água/silicone/água
DMF: dimetilformamida
DMSO: dimetilsulfóxido
IL: interleucina
nm: nanómetros
O/A: óleo/água
O/A/O: óleo/água/óleo
O/O: óleo/óleo
PEG: polietilenoglicol
P/O/A: propilenoglicol/óleo/água
P/S: propilenoglicol/silicone
xi
PPG: propilenoglicol
1.OBJECTIVO DO TRABALHO…………………………………………………...…………..14
2.INTRODUÇÃO………………………..………………………………………………………..14
2.1. Emulsões……………………………………………………………………………15
2.5. Silicones……………………………………………………………………………..21
3. PARTE EXPERIMENTAL……………………………………………..……………………..33
3.1.2. Equipamentos……………………………………………………………34
5.CONCLUSÕES…………………………………………………………………………..…….83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………….….……85
ANEXOS………………………………………………………………………….…………...….93
GLOSSÁRIO………………………..……………………………………………………...…….94
13
1. OBJECTIVO DO TRABALHO
2. INTRODUÇÃO
A pele tem diversas funções como: invólucro dos tecidos e fluidos corporais,
protecção do meio externo, acção na atracção sexual (através das secreções apócrinas),
recepção dos estímulos externos e conservação da homeostasia (Prista, 1992).
A partir dos 20 anos, sem que se aperceba, a pele começa a perder lentamente
algumas propriedades de resistência e de autoregeneração. É um processo lento e
irreversível, que é distinto segundo o tipo de pele. Dependendo de uma série de diversas
causas endógenas (envelhecimento cronológico) e exógenas (fotoenvelhecimento), o
envelhecimento cutâneo pode mostrar sinais já aos 30 anos ou ser quase imperceptível
aos 60 anos. As causas do envelhecimento da pele estão relacionadas com a idade, com
factores ambientais e com o modo de vida (Buchli, 2002).
14
Figura 1: Tratamentos para o fotoenvelhecimento categorizados segundo a
estratégia de prevenção (Rab, 2006).
2.1.Emulsões
16
preparações tópicas são o metilparabeno, o propilparabeno, os fenóis, o ácido benzóico,
o ácido sórbico e os sais de amónio quaternário (Allen Jr, 2007).
Uma emulsão A/O/A contém emulsões do tipo A/O e O/A, sendo necessária a
presença de pelo menos dois emulsionantes, um predominantemente hidrófobo,
estabilizando a emulsão primária A/O e um que é predominantemente hidrófilo que vai
estabilizar a emulsão secundária do tipo O/A. Os emulsionantes hidrófobos e hidrófilos
são adicionados na fase oleosa e na fase aquosa, respectivamente (Jiao, 2002).
17
Segundo Morais (2008), as emulsões podem ser classificadas de acordo com sua
morfologia em: Tipo A, gotículas múltiplas que apresentam uma única gotícula grande
interna; Tipo B, gotículas múltiplas que apresentam quantidade razoável de gotículas
pequenas internas e Tipo C, gotículas múltiplas que apresentam grande quantidade de
gotículas pequenas internas. As do tipo C são as mais úteis para o emprego como
veículos cosméticos e/ou farmacêuticos (Vasiljevic, 2005).
18
Um dos factores responsáveis pela instabilidade das emulsões múltiplas é a
migração dos tensioactivos de uma interface para a outra (Axel, 2006; Pianovski, 2008).
Doucet et al. (1998), utilizaram nos seus estudos o Abil EM90® como tensioactivo
lipofílico para formar emulsões múltiplas A/O/A e emulsões simples O/A contendo
cafeína. Foram utilizados 1,6% de Abil EM90® para formar uma emulsão estável.
19
Verificaram-se diferenças evidentes entre as duas formulações, visto que a cafeína é um
fármaco hidrófilo. A emulsão múltipla reduziu a penetração de cafeína comparativamente
com a emulsão simples. Estes ensaios foram realizados in vitro, utilizando células de
difusão de Franz.
As emulsões podem ser formuladas sem uma fase aquosa, para produzir
emulsões anidras, não-aquosas ou óleo em óleo (O/O) (Inhoff, 1997). Há relativamente
poucas publicações de emulsões anidras. Em 1960 Hamil e Petersen estudaram
emulsões de óleo de oliva e glicerina, em 1973 há relatos feitos por Reichman e Petersen
de emulsões de glicerina e óleo mineral, mais recentemente Sakthivel e colaboradores
em 2001 estudaram emulsões de alcanos em formamida emulsificados com polisorbato
20. Na Tabela I apresentam-se alguns exemplos de estudos com emulsões anidras
(Suitthimeathegorn, 2005).
20
Emulsões com a fase contínua polar como o dimetisulfóxido (DMSO), a
dimetilformamida (DMF) e a formamida têm muito mais similaridade com sistemas
aquosos que com sistemas compreendendo dois óleos não-polares. Dado que os
hidrocarbonetos e a formamida são farmacêuticamente materiais instáveis, os silicones
começaram a ser utilizados em diversos estudos. Os principais silicones estudados são o
ciplopentasiloxano e o polidimetilsiloxano. (Suitthimeathegorn, 2005).
2.5. Silicones
21
inglês nascido em Manchester, pioneiro da síntese do silicone (1904) e dos seus
derivados orgânicos (Dias, 2004).
A nomenclatura dos silicones é feita por analogia com a química orgânica pura.
Assim, chama-se silano ao derivado de SiH4, produto que possui paralelismo na série
alifática com o metano (CH4). Seguem alguns exemplos: Si3H8 é o trissilano, já na
química o composto correspondente é o C3H8 que é o propano, Silanol (R3SiOH) que em
química é álcool (R3COH) (Prista, 2008).
23
Numa experiência de avaliação cosmética realizada pela Dow Corning em que se
substituiu o óleo pela mesma quantidade de ciclometicone e dimeticonol (Dow Corning,
1401) foi possível verificar a evidência das qualidades da goma de silicone, perante a cor
(ficava mais transparente), espalhamento e absorção mais fácil, menor brilho, película
substancialmente mais fina perfeitamente adequada para os leites e cremes leves e
pouca sensação gordurosa (Barata, 2002).
24
com Spans, como, por exemplo, a associação de Tween 20 com Span 80 em partes
iguais. Também podem ser utilizados os lauratos de polioxietilenos (G-2125 e G-2126 da
Atlas Powder Co.), sendo obtidas boas emulsões O/A com 4% da mistura emulgente
constituída por 28% do primeiro laurato e 72% do segundo (Prista, 2008).
25
O Dimeticone copoliol-ciclometicone é um líquido volátil, com odor característico e
é constituído por uma dispersão de 10% de dimeticone copoliol (silicone de elevada
massa molecular) contida no ciclometicone. É utilizado na preparação de emulsões com
fase externa silicónica (A/S), conjuntamente com outros fluidos de silicone voláteis, como
o ciclometicone (Acofarma, 2006).
2.6. Vitamina C
Uma pele já com uma certa idade, em culturas ou in vivo, tem a sua produção de
colagénio diminuída quando comparada com uma pele jovem. Além disso, em culturas de
fibroblastos da derme de indivíduos idosos, a capacidade proliferativa na ausência de AA
é perdida. Quando o AA é adicionado nas culturas de fibroblastos e nas células de
indivíduos idosos, previamente num patamar do crescimento, é estimulada a proliferação
27
e, em adição, aumenta a síntese de colagénio (Colven, 1996). Phillips, (1994), referiu que
o AA era capaz de superar a capacidade proliferativa dos fibroblastos dérmicos de
indivíduos idosos (78 a 93 anos), assim como aumentar a síntese de colagénio do tipo I e
III para níveis semelhantes aos de células de recém nascidos (3 a 8 dias de vida).
28
(Gallarate, 1999; Maia, 2006; Dalcin, 2003). Além disso, a reacção do AA com o oxigénio
é fortemente catalisada por iões metálicos, particularmente iões cúprico e férrico (Colven,
1996; Gallarate, 1999).
29
Figura 4: Degradação do ácido ascórbico
30
Devido à dificuldade de estabilização do AA, foram elaborados vários derivados.
Contudo, não há derivados que demonstrem uma actividade maior do que o próprio. Os
derivados com grupos ésteres possuem uma actividade vitamínica tanto menor quanto
maior for o número de radicais substituídos. Por exemplo, o ascorbil 6-palmitato e o
ascorbil fosfato de magnésio, são derivados do AA muito eficientes para uso oral, mas
não são eficazes para formulações tópicas, visto que o ascorbil 6-palmitato é incapaz de
converter-se em ácido L-ascórbico, a forma activa da vitamina, e o ascorbil fosfato de
magnésio não é capaz de atravessar o estrato córneo (Manela-Azulay, 2003).
Darr et al. (1996) realizou estudos com uma combinação tópica de vitamina C com
um filtro solar UVB (PABA) em pele de porco, e verificou uma redução significativa no
número de células queimadas pelo sol. Nestes trabalhos obtiveram-se ainda melhores
resultados com a adição de vitamina E. Em outro estudo, com peles expostas ao
tratamento PUVA (Psolarenos + UVA), o efeito da vitamina C foi aumentado
significativamente pela vitamina E (estas vitaminas agem sinergicamente), (Gallarate,
1999) comparando com um filtro solar UVA/UVB (Oxibenzona). Contudo, foi demonstrado
que a combinação de ambos os antioxidantes com a oxibenzona produziram efeito
aditivo, protegendo quase completamente a pele da fototoxicidade.
Também foi proposta por Arnejo (2001) a elaboração de uma emulsão múltipla do
tipo água/silicone/água (A/S/A), preparada à temperatura ambiente. Este sistema foi
escolhido, devido a benefícios que se obtêm através das propriedades físico-químicas
dos silicones, além das características de estabilidade que oferecem às formulações de
produtos para o tratamento da pele. Numa primeira fase, foi efectuada a mistura de
silicones, a qual foi adicionada à fase aquosa contendo ácido ascórbico, sob forte
agitação e à temperatura ambiente, tendo sido obtida uma emulsão simples A/S. Na
segunda fase, a emulsão A/S foi dispersa sobre outra fase aquosa contendo um
31
emulsionante não-iónico (Ceteareth 20®) e um gelificante (hidroxietilcelulose). Os
estudos foram realizados durante 7 meses à temperatura ambiente, e 3 meses à
temperatura de 40ºC. Os valores obtidos no doseamento de vitamina C demonstraram
que a emulsão múltipla actua realmente como uma cápsula, cumprindo o papel de
barreira frente à acção do oxigénio, em comparação com a diminuição drástica que
sofreu a concentração de vitamina C na emulsão simples.
Os estudos feitos por Tokgoz (1996), demonstraram que sendo o ácido ascórbico
uma substância hidrófila, a sua penetração, quando veiculado numa emulsão múltipla
A/O/A, não foi reduzida, mas sim melhorada em comparação com a emulsão simples
O/A.
32
3.PARTE EXPERIMENTAL
3.1.Materiais e métodos
33
3.1.2. Equipamento
34
Tabela II: Composição das emulsões semi-sólidas A/S (%, m/m)
E1 E2 E3 E4
Dimeticone 22 22 10
Ciclometicone 10
Propilenoglicol 10 10 10 10
Span 80® 3 3
Água purificada qbp 100 qbp 100 qbp 100 qbp 100
35
Tabela III: Composição das emulsões semi-sólidas múltiplas A/S/A (%, m/m)
E5 E6 E7 E8
Emulsão primária E3 30 70 70 80
Poloxâmero 1
Água purificada qbp 100 qbp 100 qbp 100 qbp 100
Tabela IV: Composição das emulsões semi-sólidas com vitamina C (%, m/m)
Emulsão E3B
Vitamina C 1
Dimeticone 10
Metilparabeno 0,2
Propilenoglicol 10
Emulsão E3B 80
36
Para reforçar o poder anti-oxidante das preparações com vitamina C, preparou-se
também uma emulsão A/S (E10) e uma emulsão múltipla A/S/A (E10A) contendo
metabissulfito de sódio (Tabela V).
Emulsão E10
Vitamina C 1
Dimeticone 10
Metilparabeno 0,2
Propilenoglicol 10
Emulsão E3B 80
37
Tabela VI: Composição das emulsões semi-sólidas anidras P/S (%, m/m).
F1 F1A
Vitamina C 1
Dimeticone 10 10
G1 G1A
Vitamina C 1
Aerosil 200® 4 4
38
3.3. Caracterização das preparações
Após a preparação de lotes de 100 g da cada uma das formulações, com e sem
vitamina C), estas foram acondicionados em recipientes de plástico e armazenadas em
estufa a 20ºC e a 40º C durante 90 dias. Além da análise das características
organolépticas, as amostras foram submetidas a ensaios de estabilidade acelerada por
centrifugação, viscosidade, textura e doseamento do teor de vitamina C.
40
Fmáx
Tempo
A
Os ensaios de textura das formulações E3B, E3B1, F1A, G1A e das respectivas
bases foram realizados utilizando um texturómetro (Figura 6) Stable Micro Systems TA-
XT2i, operando nas seguintes condições:
- Modo de compressão
- Distância de penetração de 2 mm
41
Figura 6: Texturómetro Stable Micro Systems.
τ
η= Equação 1
γ
Na equação 1, η corresponde à viscosidade, τ à tensão de corte ou de
cisalhamento e γ à velocidade de corte.
42
fluxo não-Newtoniano é caracterizado pela alteração da viscosidade com o aumento de
força de cisalhamento aplicada. Este último fluxo pode ser dividido em fenómenos
independentes do tempo: fluxo plástico, pseudoplástico e dilatante; e em fenómenos
dependentes do tempo: tixotropia e reopexia (Allen Jr, 2007).
Reoespessante
τ
Newtoniano
Reofluidificante
γ&
Figura 7: Comportamento reológico dos materiais (Castro, 2001).
43
A tixotropia pode ser avaliada pela área de histerese nos reogramas (Figura 8).
Este parâmetro fornece informações acerca da capacidade e do tempo que a formulação
demora a retornar à sua estrutura após ser retirada a tensão a que está sujeita. Uma
formulação tixotrópica tende a ter maior shelf-life (“vida de prateleira”) pois, durante o
armazenamento, os constituintes da formulação dificilmente se separam (Martin, 1993).
Além dessa vantagem, a obtenção de formulações de uso tópico com carácter tixotrópico
é bastante almejada, pois elas deformam-se durante a aplicação, ou seja, tornam-se mais
fluidas, facilitando o espalhamento e recuperando a viscosidade inicial no momento que
se termina a aplicação, o que evita que o produto escorra. Por outro lado, é interessante
a obtenção de um valor de tixotropia não muito elevado para que o produto não escorra
sobre a pele após aplicação devido a uma recuperação muito lenta da sua estrutura
(Gaspar, 2003).
A Viscosidade de uma emulsão pode ser influenciada por diversos factores que
estão descritos na Tabela VIII.
44
Tabela VIII: Factores que influenciam a viscosidade de uma emulsão (Florence, 2003).
Natureza química
45
Figura 9: Viscosímetro Thermo Haake VT550
46
Para se proceder ao doseamento da vitamina C nas diversas emulsões semi-
sólidas e no gel, foi necessário realizar a extracção desta vitamina segundo a técnica
descrita a seguir.
47
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
48
-Análise após 30 dias
As fórmulas E3, E8, E10, E10A, F1 e F1A conservadas a 20ºC e a 40ºC não
apresentaram nenhuma mudança nas características organolépticas, visto que as duas
primeiras preparações não contêm vitamina C, a E10 e a E10A contêm metabissulfito de
sódio e a F1 e F1A são emulsões anidras.
A 20ºC o creme E3B apresentou uma cor ligeiramente amarelada e o creme E3B1
apresentou cor amarela. Os cremes anidros F1 e F1A armazenadas a 20ºC não
apresentaram mudanças no aspecto, mas a 40ºC apresentaram um aspecto menos
consistente.
49
4.2. Estabilidade acelerada por Centrifugação
1,2
Volume de sobrenadante (mL)
0,8
30min
0,6
60min
0,4
0,2
0
E3 E3B E8 E3B1 F1 F1A G1 G1A E10 E10A
50
geral, tanto os cremes como o gel contendo vitamina C apresentaram maior estabilidade
que as respectivas bases. Estes resultados fazem prever que a presença de vitamina C
poderá contribuir para melhorar a estabilidade física das preparações desenvolvidas.
4.3. Textura
E3
0,12
0,1
0,08
Fmáx (N)
20ºC
0,06
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 11: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S armazenado a 20ºC e a
40ºC.
51
E3B
0,1
0,08
0,06
Fmáx (N)
20ºC
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 12: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
Como se pode observar pela análise dos gráficos anteriores, verificou-se uma
menor firmeza no creme A/S com vitamina C (E3B), relativamente ao respectivo creme
base (E3). Em ambos os casos ocorreu uma ligeira diminuição ao longo do tempo da
firmeza das amostras armazenadas a 40ºC.
E8
0,12
0,1
0,08
Fmáx (N)
20ºC
0,06
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 13: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S/A armazenado a 20ºC e
a 40º
52
E3B1
0,1
0,08
0,06
Fmáx (N)
20ºC
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 14: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme A/S/A com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
F1
0,1
0,08
0,06
Fmáx (N)
20ºC
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 15: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme anidro P/S armazenado a
20ºC e a 40ºC
53
F1A
0,12
0,1
0,08
Fmáx (N)
20ºC
0,06
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 16: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do creme anidro P/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
Como se pode verificar pela análise dos gráficos das Figuras 15 e 16,
correspondentes aos cremes anidros P/S, a presença da vitamina C não provoca uma
diminuição considerável na firmeza destas preparações. Todavia verifica-se a diminuição
da firmeza destes cremes após 90 dias de armazenamento a 40ºC.
G1
0,12
0,1
0,08
Fmáx (N)
20ºC
0,06
40ºC
0,04
0,02
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 17: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do gel silicónico armazenado a 20ºC e
a 40ºC.
54
G1A
0,3
0,25
0,2
Fmáx (N)
20ºC
0,15
40ºC
0,1
0,05
0
8 dias 30 dias 90 dias
Figura 18: Variação, ao longo do tempo, da Fmáx do gel silicónico com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
55
E3
0,0500
0,0000
8 dias 30 dias 90 dias
Área negativa (N.mm)
-0,0500
20ºC
40ºC
-0,1000
-0,1500
-0,2000
E3B
0,02
-0,08
20ºC
40ºC
-0,13
-0,18
-0,23
Figura 20: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme A/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
56
contendo vitamina C armazenadas a 20ºC apresentaram aumento da adesividade com o
tempo.
E8
0,05
0
8 dias 30 dias 90 dias
Área negativa (Nmm)
-0,05
20ºC
40ºC
-0,1
-0,15
-0,2
E3B1
0,05
0
8 dias 30 dias 90 dias
Área negativa (Nmm)
-0,05
20ºC
40ºC
-0,1
-0,15
-0,2
Figura 22: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme A/S/A com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
57
Como se pode verificar pela análise dos gráficos das Figuras 21 e 22, o creme
base E8, apresentou um ligeiro aumento da adesividade ao longo do tempo de
armazenamento, tanto a 20ºC como a 40ºC. O mesmo creme contendo vitamina C
(E3B1), mantido a 20ºC, aumentou ligeiramente a adesividade, mas ao fim de 90 dias a
amostra a 40ºC apresentou valores de adesividade que não diferiram significativamente
dos iniciais.
F1
0,05
-0,15
20ºC
-0,25
40ºC
-0,35
-0,45
-0,55
58
F1A
0,05
-0,15
20º C
-0,25
40º C
-0,35
-0,45
-0,55
Figura 24: Variação, ao longo do tempo, da adesividade do creme P/S com vitamina C
armazenado a 20ºC e a 40ºC.
Como se pode verificar nos gráficos das Figuras 25 e 26, nos primeiros 8 dias
após a preparação, o gel com vitamina C apresentou maior adesividade que o gel base.
Todavia, ao fim de 90 dias de armazenamento, a adesividade do gel com vitamina C
armazenado a 20ºC diminuiu consideravelmente, ao passo que o mesmo gel
armazenado a 40ºC se encontrava completamente liquefeito, não tendo sido possível
proceder à avaliação da sua textura.
59
G1
0,05
0
8 dias 30 dias 90 dias
-0,05
-0,1
Área negativa (Nmm)
-0,15
20ºC
-0,2
40ºC
-0,25
-0,3
-0,35
-0,4
-0,45
G1A
0,1
0
8 dias 30 dias 90 dias
-0,1
Área negativa (Nmm)
-0,2
20ºC
40ºC
-0,3
-0,4
-0,5
-0,6
60
Efectuou-se a análise de variância (ANOVA, α=0,05) dos resultados da avaliação
da firmeza e da adesividade, utilizando o programa estatístico “SPSS for Windows”,
versão 17.0 (SPSS Inc., USA). Os resultados da análise das bases dermatológicas
correspondentes ao creme A/S, creme A/S/A, creme P/S e gel armazenados a 20ºC
estão representados na Tabela IX.
ANOVA
Total ,003 11
Total ,119 11
61
Figura 27 – Firmeza (N) das bases dermatológicas armazenadas a 20ºC.
ANOVA
Total ,001 11
Total ,076 11
63
Figura 29: Firmeza (N) das bases dermatológicas armazenadas a 40ºC.
64
Como se pode verificar na Tabela XI não existem diferenças significativas entre os
valores da firmeza e da adesividade das preparações contendo vitamina C armazenadas
a 20ºC (p>0,05).
ANOVA
Total ,033 11
Total ,118 11
65
Figura 31: Firmeza (N) das formulações contendo vitamina C armazenadas a 20ºC.
66
Como se pode verificar na Tabela XII não existem diferenças significativas entre
os valores da firmeza e da adesividade das preparações contendo vitamina C
armazenadas a 40ºC (p>0,05).
ANOVA
Total ,034 11
Total ,121 11
67
Figura 33 – Firmeza (N) das formulações contendo vitamina C armazenadas a 40ºC.
68
4.4. Ensaios reológicos
A análise reológica das emulsões semi-sólidas e dos géis de silicone foi realizada
conforme descrito no ponto 3.3.4. A seguir são apresentados os gráficos da tensão de
corte versus a razão de corte das formulações armazenadas a 20ºC. Para cada
formulação são apresentados os reogramas obtidos aos 8, 30 e 90 dias após a
preparação. A compreensão adequada das propriedades reológicas de produtos
cosméticos e dermofarmacêuticos é essencial para o seu desenvolvimento, avaliação da
estabilidade e desempenho.
E3
800
700
600
500
400 E3 inicial
τ (Pa)
300 E3 30 dias
200 E3 90 dias
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
69
E3B
900
800
700
600
500 E3B inicial
τ (Pa)
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
Oito dias após a preparação, o creme A/S com vitamina C (E3B) apresentou maior
viscosidade que a respectiva base (E3). Todavia, verificou-se uma diminuição da sua
viscosidade ao fim de 30 e de 90 dias de armazenamento. Esta preparação apresentou
um comportamento reofluidificante, mas praticamente ausência de tixotropia (Figura 36).
70
E8
600
500
400
E8 inicial
300 E8 30 dias
τ (Pa)
E8 90 dias
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
E3B1
900
800
700
600
500 E3B1 inicial
τ (Pa)
400
E3B1 30 dias
300
E3B1 90 dias
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
O gráfico da Figura 37 permite verificar que o creme A/S/A sem vitamina C (E8)
apresentou valores muito baixos de viscosidade, comparativamente com o creme A/S
71
(E3), demonstrando aparentemente um comportamento do tipo Newtoniano. Além disso,
no caso do creme E8 não se verificaram alterações reológicas ao longo do tempo.
F1
700
600
500
400
F1 inicial
τ (Pa)
300 F1 30 dias
F1 90 dias
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
72
F1A
700
600
500
400
F1A inicial
τ (Pa)
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
Como se pode verificar no gráfico da Figura 39, o creme anidro P/S (F1)
apresentou uma diminuição da viscosidade com o tempo e um aumento da tixotropia. O
creme anidro contendo vitamina C (F1A) (Figura 40) apresentou uma ligeira diminuição
da viscosidade aos 30 e aos 90 dias e um aumento da tixotropia, mantendo, no entanto o
comportamento reofluidificante.
G1
900
800
700
600
G1 inicial
500
G1 30 dias
τ (Pa)
400 G1 90 dias
300
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
74
F1 40ºC
700
600
500
400
F1 inicial
τ (Pa)
300 F1 30 dias
F1 90 dias
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
F1A 40ºC
700
600
500
F1A inicial
400
F1A 30 dias
τ (Pa)
300
F1A 90 dias
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
75
G1 40ºC
900
800
700
600
G1 inicial
500
G1 30 dias
τ (Pa)
400 G1 90 dias
300
200
100
0
0 100 200 300 400 500 600
γ(s-1)
G1A 40ºC
900
800
700
600
500 G1A inicial
τ (Pa)
Vitamina C
0,4
0,35
y = 1,3769x + 0,003
0,3 R2 = 0,9994
0,25
Abs
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
Concentração (mg/50 ml)
77
Doseamento das amostras a 20ºC
30 dias
100,0
90 dias
90,0
80,0
70,0
60,0
% de Ácido
50,0
ascórbico
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
E3B E3B1 E10 E10A F1A G1A
80,0
70,0
60,0
% de Ácido
50,0
ascórbico
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
E3B E3B1 E10 E10A F1A G1A
78
Todas as formulações desenvolvidas neste trabalho diminuíram o teor da vitamina
C ao longo do tempo de armazenamento, tanto a 20ºC como a 40ºC. Como se pode
observar na Figura 48, verificou-se que nas amostras a 20ºC o teor de vitamina C é
superior ao teor das amostras a 40ºC (Figura 49), visto que a vitamina C é uma
substância termossensível.
Nos seus estudos, Maia et al. (2006) também verificaram que uma emulsão A/O
contendo ácido ascórbico armazenada a 40ºC apresentava uma acentuada degradação
desta vitamina. As condições de armazenamento a elevadas temperaturas demonstraram
que a degradação da vitamina C variou em função da temperatura e apresentou
diferenças significativas em relação às emulsões armazenadas a 5ºC e a 24ºC. Este
resultado era esperado devido ao facto de a vitamina C oxidar facilmente com a elevação
da temperatura, além de se degradar também pela acção da luz e na presença de
oxigénio (Gallarate, 1999).
ANOVA
Vitamina_C
Total 2565,277 15
80
Figura 50: Gráfico “box-plot” correspondente ao doseamento do teor de vitamina C (%)
das formulações armazenadas a 20ºC.
ANOVA
Vitamina_C
Total 1472,219 7
81
Na Figura 51 está representado o gráfico “box-plot” correspondente ao
doseamento do teor de vitamina C das formulações armazenadas a 40ºC. O creme
anidro e o gel apresentaram percentagens de vitamina C mais elevadas que os cremes
A/S e A/S/A. Estes resultados, fazem prever que as formulações anidras apresentam
maior estabilidade química que os cremes A/S e A/S/A.
82
5. CONCLUSÕES
83
diminuição da consistência, como comprovaram os ensaios de textura e de viscosidade,
mas a 40ºC liquefez completamente. Provavelmente, a degradação sofrida pela vitamina
C a 40ºC deu origem a produtos que provocaram a ruptura da estrutura do gel.
Nas condições experimentais do presente trabalho foi possível concluir que o uso
da vitamina C em preparações anidras permite obter melhores resultados devido à
ausência de água.
84
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92
ANEXOS
Componentes F2A F2 G2 G3
Dimeticone 10 10 qbp qbp
Abil® EM90 22 22
Aerosil 5 6
Metilparabeno 0,2 0,2
Propilenoglicol qbp qbp
NaCl 0,5 0,5
Vitamina C 1 1
93
GLOSSÁRIO
94
Placebo: um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos
devido aos efeitos fisiológicos da crença do utente de que está a ser tratado.
Radicais livres: são moléculas instáveis, pelo facto de os seus átomos possuírem
um número ímpar de electrões. Para atingir a estabilidade, estas moléculas reagem
facilmente para “roubar” um electrão.
95