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Introdução e temas do curso
Política Internacional
Professor Thomaz Napoleão
Aula 1
18/09/2018
Desvendando PI no CACD
• Política Internacional ≠ Relações Internacionais

• Política Externa Brasileira/PEB (atualidades e desde 1945) + agenda internacional


de interesse do MRE + teorias das RI = “Política Internacional” no CACD

• Conhecer e adotar posições do Itamaraty e vocabulário e conceitos específicos


da diplomacia (não da academia ou de outras matérias do CACD)

• Nenhum outro concurso público é parâmetro para PI no CACD


Desvendando PI no CACD
• Primeira fase (”TPS” ou prova objetiva)
• 12 questões objetivas com 4 enunciados cada (12 dos 73 pontos = 16% do total, maior matéria individual do TPS)
• Cada erro (-0,25) neutraliza cada acerto (+0,25)
• PI geralmente aplicada no período matutino
• Evitar deixar muitas questões em branco

• Terceira fase
• 4 questões discursivas (2 de 90 linhas, com 30 pontos cada; 2 de 60 linhas, com 20 pontos cada), total 100 pontos
• Priorizar gestão do tempo, respeito ao enunciado, lógica argumentativa, originalidade e clareza

• Assuntos de PI são também cobrados em quase todas as outras matérias do CACD, mas com
vocabulário e abordagem diferentes
Tendências de PI no CACD
• Temas de PI cobrados nos últimos anos na 1ª fase (TPS)
• 2013: UNASUL, PEB (x 5! inclusive segurança, sul-sul e Geisel), TRI, América do Sul, EUA, China e Japão
• 2014: América do Sul (x 2), Ásia, TRI, Oriente Médio, PEB multilateral, Brasil-África, Rússia, direito do mar,
DH, EUA, ambiente
• 2015: EUA, UE, UNASUL, Reino Unido, Rússia, Alemanha, Argentina, CPLP, BRICS, clima, OMC (algodão),
Oriente Médio, DH
• 2016: Globalização, TRI (x 2), PEB (Dutra e Vargas), China (x 3!), EUA, Oriente Médio, rio Paraná, Alemanha,
OSCE
• 2017: Reino Unido, MERCOSUL, PEB x 3 (JK, segurança, multilateralismo), Síria, Líbia, clima, Argentina,
gênero, Oriente Médio, TRI
• 2018: PEB x 4 (América do Sul, segurança, Américas, Europa), Ásia, multilateralismo, Europa, UE, Israel-
Palestina, EUA, TRI, migração e refúgio, missões de paz
Tendências de PI no CACD
• Temas de PI cobrados nos últimos anos na 3ª fase
• 2013: CSNU e Síria; cooperação brasileira; Brasil e missões de paz; ZOPACAS
• 2014: Diplomacia pública; desenvolvimento sustentável (Agenda 2030)
• 2015: Ordem x poder nas RI; China-Japão e ONU
• 2016: Mercosul (cláusula democrática); regionalismo comercial (TPP e OMC)
• 2017: Brasil-Argentina (1945-1980), não-proliferação nuclear (TNP/TPAN), reforma do
CSNU, Brasil-África (1960-1970s)
Tendências de PI no CACD
• Maior ênfase em temas globais, mesmo quando não envolvem o Brasil

• Enunciados frequentemente longos e detalhados no TPS

• Questões mais exigentes e analíticas, embora sem eliminar necessidade de correção


factual

• Mais complexidade nas questões sobre crises regionais (ex Oriente Médio); temas
internos e externos das grandes potências (sobretudo EUA e China); e teorias das RI
Tendências de PI no CACD
• Questões que excedem o edital, sobretudo ao lidar com crises de atualidade
• Exemplos:

• TPS 2017: O bloqueio imposto ao Catar por um conjunto de países árabes em junho de 2017 deveu-se
à convicção de que o governo catarense não vinha empreendendo esforços suficientes para combater
o terrorismo, além de manter relações de cooperação com o Irã. (C)

• TPS 2015: A Irmandade Muçulmana, que foi organizada na Arábia Saudita em 1928 como reação à
influência ocidental, defende, entre outras ideias, a implantação da Charia (lei corânica) e a unificação
do mundo muçulmano, a ser imposta pela propaganda e pela força. (E)
Tendências de PI no CACD
• Enunciados que requerem lógica (dedução), ainda que sobre fatos muito específicos
• Exemplos:

• TPS 2017: Segundo o teórico realista das relações internacionais Kenneth Waltz, a posse de uma bomba nuclear pelo Irã
geraria estabilidade no Oriente Médio. (C)

• TPS 2016: O Brasil absteve-se na votação da resolução da ONU que, em 1950, declarou ser a República Popular da China
culpada pela agressão da Coreia do Norte à Coreia do Sul. (E)

• TPS 2016: As resoluções da OSCE, que são tomadas por consenso dos cinquenta e sete países participantes, têm caráter
mandatório e vinculante. (E)

• TPS 2015: Como consequência dos diálogos estratégicos de alto nível empreendidos pelos chefes de governo, o
intercâmbio comercial entre o Brasil e o Reino Unido mais que triplicou nos últimos dez anos, alçando o Brasil ao grupo
dos dez principais parceiros comerciais do Reino Unido. (E)
Tendências de PI no CACD
• Questões muito específicas que estão certas simplesmente porque não contêm erros (!)
• Exemplos:
• TPS 2018: O Brasil é parte da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954 e da Convenção para a Redução dos
Casos de Apatridia de 1961, tendo reconhecido pela primeira vez, em 2018, duas pessoas como apátridas. (C)

• TPS 2017: A reunião ministerial do Cone Sul sobre a Segurança nas Fronteiras, realizada em Brasília em novembro de
2016, ciente de que o tráfico ilícito de armas de fogo, munições e explosivos e de drogas alimenta a violência nos países
da região, decidiu promover cooperação judicial, policial e de suas agências de inteligência, para combater a
criminalidade organizada transnacional. (C)

• TPS 2015: Representantes de alto nível da Comissão Europeia e dos ministérios brasileiros do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego reúnem-se periodicamente para promover a
cooperação sobre políticas sociais em temas como mudanças demográficas, direitos de trabalhadores migrantes e
regimes especiais para trabalhadores rurais, entre outros. (C)
Banca de PI no CACD
• Composta por acadêmicos próximos do MRE (sobretudo UnB, IRBr, FUNAG e IPRI) e diplomatas experientes

• Banca de PI de 2018:
• Professor Alcides Costa Vaz (UnB) – 1ª e 3ª fases
• Doutor em Sociologia pela USP e professor de RI na UnB
• Presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED) e pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos do Exército Brasileiro (CEEEX)
• Autor de publicações sobre PEB, temas sul-americanos (integração, segurança e defesa), África e Atlântico Sul

• Professora Norma Breda dos Santos (UnB) – 1ª e 3ª fases


• Doutora em REI pela HEI de Genebra e professora de RI na UnB
• Autora de publicações sobre história da PEB, Oriente Médio e multilateralismo comercial

• Embaixador Ary Norton de Murat Quintella (MRE e IRBr) – 3ª fase


• Professor de Política Internacional e de Política Externa Brasileira do IRBr
• Diretor do Departamento da Ásia Central, Meridional e Oceania do MRE
• Serviu em Washington, Quito e Bruxelas
• Fez CAE (”doutorado” do MRE) sobre política externa do Equador
Rotina de estudos de PI no CACD
• Etapas iniciais do estudo
• Ler atentamente o edital
• Resolver provas dos anos anteriores – CACD tem mais continuidades do que variações
• Identificar pontos fortes e fracos individuais, em PI e nas demais matérias
• Montar plano individual de estudos
• Aulas em cursos preparatórios
Rotina de estudos de PI no CACD
• Estudo cotidiano
• Acompanhamento sistemático do noticiário de PI e PEB em fontes fidedignas (diplomáticas,
jornalísticas e acadêmicas) – aproveitar para praticar a leitura em inglês, francês e espanhol
• Aprofundamento com orientações bibliográficas do IDEG
• Pragmatismo no uso do tempo; evitar desvios de atenção
• Exercícios constantes (curso complementar)
• Fichar ou resumir principais leituras e manter organizados os materiais de estudo
Fontes de estudo – oficiais
• Documentos oficiais do MRE
• Discursos, entrevistas e outros pronunciamentos oficiais (presidente, chanceler, embaixadores)
• Notas à imprensa do MRE
• Declarações conjuntas (visitas bilaterais e eventos multilaterais)
• Sítio do MRE e suas mídias sociais (Facebook, YouTube)
• Repertório de política externa do MRE
• Documentos multilaterais com participação brasileira
• Principais acordos, tratados, convenções e resoluções da ONU (Conselho de Segurança, Assembleia Geral e Conselho de
Direitos Humanos)
Fontes de estudo – semi-oficiais
• Publicações (artigos e livros) de diplomatas, especialmente as publicadas na FUNAG
• Principal fonte desde 2015: Cadernos de Política Exterior

• Padrões de respostas elaborados pelo CESPE (3a fase)

• Fontes complementares: guias de estudos com melhores e piores respostas do CACD (3a fase)
• Guia do Canarinho Pistola (turma 2017-2019)
• Guia do Texugo Melívoro (turma 2016-2018)
• Guia do Orlando Lagartixa (turma 2015-2017)
• Guia do Calango Lumbrera (turma 2014-2016)
• Guia do Filhote de Gnu (turma 2013-2015)
Fontes de estudo – jornalísticas
• Imprensa e analistas nacionais de forma seletiva: Oliver Stuenkel, Matias Spektor, Clóvis
Rossi, Adriana Abdenur, Adriana Carranca, Dawisson Belém Lopes, Guilherme Casarões, João
Fellet, Sergio Leo, Fabio Zanini, Igor Gielow, Lucas Resende...

• Imprensa estrangeira (procurar diversidade política, cultural e linguística): New York Times,
Washington Post, Guardian, Economist, BBC, El País, Le Monde, Libération, Al-Jazeera,
Haaretz, RT, TASS, Der Spiegel, Deutsche Welle, China Daily, The Hindu...
Fontes de estudo – acadêmicas
• Leituras recomendadas nas aulas de orientação bibliográfica no IDEG

• Acompanhar periódicos mais influentes de RI


• Brasileiros: Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI), Política Externa, Contexto Internacional, Carta
Internacional, Austral e Conjuntura Austral, Cadernos de Relações Internacionais, Boletim Meridiano 47,
Interesse Nacional…
• Estrangeiros: Foreign Policy, Foreign Affairs, International Organization, Third World Quarterly, Rising Powers
Quarterly, Americas Quarterly…

• Acompanhar principais think-tanks


• Brasileiros: FGV, IPRI, BRICS Policy Center, CEBRI, NUPRI, GRRI, Igarapé…
• Estrangeiros: CFR, Carnegie Center, Brookings, Chatham House, IISS, IFRI, RIAC, Valdai Club, International Crisis
Group…

• Influência na diplomacia é mais importante do que credibilidade acadêmica (avaliação da CAPES)!


Formato do curso
I: Aulas regulares
• 28 aulas expositivas com 2 horas efetivas por semana, às terças-feiras, de 15:00 a 17:00 no horário de Brasília
• Aulas ao vivo e também gravadas para o site do IDEG (lembrar de pausar o vídeo!)
• Perguntas via chat e respostas ao final da aula
• No site do IDEG: disponibilização do material da aula e fórum para perguntas

II: Aulas de orientação bibliográfica (SAB)


• 28 aulas de 30 minutos cada, complementando aulas regulares, com recomendações bibliográficas comentadas
• Aulas gravadas semanalmente para o site do IDEG logo após as aulas regulares

III: Aulas de revisão


• 8 aulas de 2 horas cada para recapitular principais temas de cada mês
• Aulas gravadas mensalmente para o site do IDEG

IV: Curso de exercícios com professores Felipe Estre e Daniel Vidal (separado e complementar)
• 28 aulas com exercícios objetivos e discursivos sobre mesmos temas deste curso
Cronograma do curso
Tema da aula
1: Introdução do curso e ao estudo de PI no CACD – fontes e metodologia para a preparação
2: Teorias das Relações Internacionais – principais conceitos, tradições e paradigmas
3: Política Externa Brasileira – conceitos centrais e trajetória comparada desde 1945
4: Integração regional I: Argentina – evolução da política externa e relações com o Brasil
5: Integração regional II: demais parcerias latino-americanas do Brasil; crise venezuelana; processo de paz colombiano
6: Integração regional III: MERCOSUL – histórico, instituições, estruturas e negociações
7: Integração regional IV: instituições latino-americanas e hemisféricas; UNASUL, CELAC, OEA, ALBA, Al. Pacífico
8: Estados Unidos – política externa, dinâmicas bilaterais e relações com o Brasil
9: Europa I: França, Alemanha e Reino Unido – política externa e relações com o Brasil
10: Europa II: União Europeia, OTAN, OSCE, Conselho da Europa e demais instituições regionais europeias
Cronograma do curso
Tema da aula

11: Europa III: Rússia – política externa, disputas e instituições regionais e relações com o Brasil; Bálcãs e ex-URSS

12: Ásia I: China – política externa, disputas e instituições regionais e relações com o Brasil

13: Ásia II: Índia e Japão – política externa, disputas e instituições regionais e relações com o Brasil; FOCALAL

14: África I: relações bilaterais do Brasil na África; ASA, CPLP e ZOPACAS

15: África II: União Africana; conflitos – RDC, Mali, Sahel, RCA, Sudão do Sul, Darfur, Burundi, Somália e Guiné-Bissau

16: Sul-Sul: agrupamentos BRICS e IBAS; iniciativas de cooperação técnica e humanitária do Brasil

17: Oriente Médio I: Síria, Iraque e ISIL; posições e iniciativas do Brasil

18: Oriente Médio II: Israel/Palestina e Líbano/UNIFIL; posições e iniciativas do Brasil

19: Oriente Médio III: Irã, Iêmen, Líbia, Afeganistão e Saara Ocidental; crise do Catar; Liga Árabe; ASPA
Cronograma do curso
Tema da aula

20: Nações Unidas I: histórico, órgãos principais, debates atuais e atuação do Brasil

21: Nações Unidas II: paz e segurança – reforma do CSNU, missões de paz, responsabilidade de/ao proteger, PBC

22: Meio ambiente e desenvolvimento sustentável: conferências, clima, biodiversidade, Agenda 2030, temas específicos

23: Desarmamento e não-proliferação: armas nucleares, químicas, biológicas e convencionais; mísseis; Coreia do Norte

24: Ilícitos transnacionais: terrorismo, “extremismo violento”, narcotráfico, corrupção e controle de fronteiras

25: Direitos humanos e temas sociais: convenções, CDH, sistema interamericano, refúgio/migração, saúde, gênero e raça

26: Temas econômicos I: sistema financeiro e coordenação macroeconômica – FMI, Banco Mundial e G7/G20

27: Temas econômicos II: comércio internacional – GATT, OMC, Rodada Doha, contenciosos e mega-acordos

28: Temas econômicos III: desenvolvimento e investimentos – OCDE, UNCTAD, SGP, FfD, ACFI e C. Paris; recomendações pré-TPS

Conclusão do curso: final de março de 2019


Perguntas e respostas

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