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@nat_morganna

Complexo do ombro
Os movimentos do ombro NÃO são gerados por Ligamento Esternoclavicular Posterior – é um
apenas uma articulação, pelo contrário, o análogo feixe de fibras que recobre a face posterior
“COMPLEXO DO OMBRO“ é um sistema funcional da articulação.
composto por cinco articulações. Essas Além dos ligamentos capsulares, um
características o tornam a articulação mais móvel forte Ligamento Costoclavicular, extracapsular,
do membro superior. contribui para a estabilidade da articulação. Fixado
Este complexo articular funciona em perfeito na face superior da primeira cartilagem costal,
sincronismo, a sua grande amplitude de dirige-se à face inferior da extremidade esternal da
movimento, entretanto, a torna uma articulação clavícula.
relativamente instável e sujeita a inúmeras lesões.
O complexo do ombro possui quatro grupos
de movimento, no plano sagital: flexão, extensão
e hiperextensão; no plano frontal: abdução e
adução; e no plano transverso: rotação medial e
rotação lateral; abdução horizontal e adução
horizontal e circundação
O Complexo Funcional do Ombro é formado
com cinco articulações:
Três Articulações Verdadeiras
 Esternoclavicular
 Acromioclavicular
 Glenoumeral
Duas Articulações Falsas
 Subdeltoidea
 Escapulotorácica As peças ósseas articulares não são totalmente
congruentes, havendo uma disco articular fibroso
1- Articulação Esternoclavicular ou fibrocartilaginoso entre a clavícula e o esterno.
É a única articulação verdadeira entre o cíngulo
do membro superior e o esqueleto axial.
As superfícies articulares envolvidas são:
 A face articular ligeiramente côncava da
extremidade esternal da clavícula.
 A incisura clavicular do manúbrio do
esterno e pela parte superomedial da
primeira cartilagem costal.

Os ossos são unidos por uma cápsula fibrosa


que circunda toda a articulação, reforçada na
frente e atrás pelos Ligamentos Esternoclaviculares
Anterior e Posterior.
Ligamento Esternoclavicular Anterior – é um
amplo feixe de fibras cobrindo a face anterior da
articulação.
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O disco divide completamente a cavidade articular
em duas, com suas respectivas membranas
sinoviais, que podem comunicar entre si,
dependendo da presença ou ausência de uma
perfuração no seu centro.
Ligamento Interclavicular – é um feixe achatado
que une as faces superiores das extremidades
esternais das clavículas.

3- Articulação Glenoumeral
É uma articulação sinovial do tipo esferoide
que permite uma grande amplitude de movimento,
tornando-a assim uma articulação
relativamente INSTÁVEL.
A cabeça do úmero (redonda e grande) articula-
2- Articulação Acromioclavicular se com a cavidade glenoidal da escápula.
Entre a face articular da extremidade da
clavícula e a face articular do acrômio na escápula.

A articulação é envolta pela cápsula articular


que se fixa nas margens articulares da clavícula e
do acrômio. Em alguns casos, um disco incompleto
de fibrocartilagem parte da porção superior da A convexidade da cabeça umeral excede a
cápsula para o interior da cavidade. concavidade glenoidal e, assim a cavidade é
Recobrindo superiormente a articulação, aprofundada pela presença de um anel de
encontra-se o ligamento acromioclavicular, fibrocartilagem, denominado LÁBIO GLENOIDAL,
capsular, cujas fibras estendem-se da face superior que se fixa nas margens da cavidade glenoide,
da extremidade acromial da clavícula para a face aumentando em 30° a estabilidade da articulação
correspondente ao acrômio. glenoumeral.
Embora não relacionado com a cápsula,
o Ligamento Coracoclavicular representa um forte
meio de união entre clavícula e escápula.
O Ligamento Coracoclavicular é constituído por
dois feixes:
– Ligamento Conoide
– Ligamento Trapezoide
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A parte inferior da cápsula é a única parte não


Lábio (Labrum) Glenoidal – é uma orla reforçada pelo MANGUITO ROTADOR, sendo a área
fibrocartilagínea inserida ao redor da cavidade mais fraca da cápsula.
glenoide. Tem importante função na estabilização Aqui a cápsula é especialmente frouxa e forma
glenoumeral e quando rompido proporciona uma pregas quando o braço é aduzido, torna-se
instabilidade articular facilitando o deslocamento esticada quando o braço é abduzido.
anterior ou posterior do úmero (luxação).
Ambas as faces articulares são cobertas com  É revestida internamente pela membrana
cartilagem hialina. A cavidade glenoidal aceita sinovial que se reflete a partir das margens
pouco mais do que um terço da cabeça do úmero, da cartilagem articular que reveste a
que é mantida na cavidade pelo tônus dos cavidade glenoide e a cabeça do úmero.
músculos do MANGUITO ROTADOR.  Também forma uma bainha tubular para o
A cavidade glenoidal aceita pouco mais do que tendão da cabeça longa do bíceps braquial,
um terço da cabeça do úmero, que é mantida na passando para cavidade da articulação e
cavidade pelo tônus dos músculos do MANGUITO pelo sulco intertubercular, estendendo-se
ROTADOR. até o colo cirúrgico.
Cápsula Articular
Envolve completamente a articulação do
ombro. Possui fibras que fixam-se nas margens da
cavidade glenoidal e, distalmente, no colo
anatômico do úmero.

Isoladamente, a cápsula contribui pouco para a


estabilidade da articulação, sendo então,
necessária outras estruturas que possam auxiliá-la
nesta função:
– LIGAMENTOS (estabilizadores estáticos)
– TENDÕES (estabilizadores dinâmicos)
Possui duas aberturas:
– entre os tubérculos do úmero: tendão da cabeça Ligamentos Glenoumerais
longa do bíceps braquial; São três ligamentos capsulares (evidente
– anteriormente abaixo do processo coracoide, apenas na face interna da cápsula) que reforçam
permite a comunicação entre a bolsa subescapular anteriormente a articulação glenoumeral,
e a cavidade sinovial da articulação. sendo robustos espessamentos da cápsula
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articular sobre a parte ventral da articulação. É
constituído por três ligamentos:
– Glenoumeral Superior
– Ligamento Glenoumeral Médio
– Ligamento Glenoumeral Inferior
 Estendem-se do tubérculo supraglenoidal e
da margem da cavidade glenoidal ao
tubérculo menor e ao colo anatômico do
úmero;
 Todos estes feixes do ligamento ficam
tensos quando se realiza a rotação lateral
do úmero.
Ligamento Coracoacromial
É uma formação ligamentar da escápula, mas
funcionalmente está relacionado com a articulação
do ombro. Apresenta forma triangular com a base
fixada no processo coracoide e o ápice inserido no
acrômio, imediatamente abaixo da superfície
articular clavicular.

Ligamento Coracoumeral
Em forma de faixa fibrosa de direção lateral,
que se estende do processo coracoide ao tubérculo
maior do úmero, onde une-se com a inserção do
tendão do supra-espinhal.
Reforça a parte superior da cápsula e fica tenso
quando o braço é aduzido e nos movimentos de
flexão 90º e de extensão 40 e 60º, limitando os
movimentos adicionais. Também parece limitar os
movimentos de rotação lateral e extensão.

Bolsas da Articulação Glenoumeral


Ligamento Transverso do Úmero As bolsas estão localizadas onde os tendões
É uma estreita lâmina de fibras curtas e entram em atrito com os ossos, ligamentos e onde
transversais que unem o tubérculo maior e o a pele se move sobre uma proeminência óssea.
menor do úmero, mantendo o tendão longo do As bolsas tem importância clínica especial.
bíceps braquial no sulco intertubercular. Algumas delas comunicam-se com a cavidade
articular, por essa razão, a abertura de uma bolsa
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pode significar entrar na cavidade da articulação
glenoumeral.

1. Articulação Subdeltoidea
Esta articulação, considerada fisiológica, localiza-
se entre a cabeça do úmero e o arco
coracoacromial.

Bolsa Subescapular
Está localizada entre o tendão do músculo
subescapular e o colo da escápula. A bolsa protege
o tendão onde ele passa abaixo da raiz do processo
coracoide.
Comunica-se com a cavidade da articulação
glenoumeral através de uma abertura na cápsula
fibrosa, assim é relativamente uma extensão dessa
cavidade.

Este arco é composto anteriormente pelo


processo coracoide, superiormente pelo ligamento
coracoacromial e posteriormente pelo acrômio,
estando recoberto pelo músculo deltoide.
Existem estruturas que passam dentro do espaço
sob esse arco, que incluem:
 Tendão da cabeça longa do bíceps
 Porção superior da cápsula da articulação
Bolsa Subacromial do ombro
Também referida como BOLSA SUBDELTOIDEA,
 Tendão do Supraespinhal
essa grande bolsa situa-se entre o deltoide, tendão
do supra-espinhal e cápsula fibrosa da articulação  Paredes superiores dos tendões do
glenoumeral. subescapular e infraespinhal
Facilita o movimento do tendão do supra-
espinhal sob o arco coracoacromial e do deltoide  Bolsa subacromial
sobre a cápsula fibrosa da articulação do ombro e
sobre o tubérculo maior do úmero.
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2. Articulação Escapulotorácica
A escápula faz contato com o tórax e se
ritmo escapulo umeral
movimenta sobre ele por meio de uma articulação
fisiológica, a escapulotorácica, que é composta
pela parede torácica e pela face costal da escápula,
entre as quais se encontram os músculos
subescapular e serrátil anterior.
A articulação escapulotorácica NÃO é uma
verdadeira articulação, mas um sistema de
deslizamento da superfície interna da escápula e o
gradil costal. Qualquer irregularidade na sua
superfície interna pode provoca RESSALTOS e
CREPITAÇÃO.
Elevando-se o úmero a 60º no plano
escapular, a escápula permanece estável. A partir
daí o ritmo escapuloumeral é de 2:1. Nos primeiros
60º de elevação do braço, a escápula NÃO se
movimenta; nos próximos 120º, ela roda 60.
A escápula movimenta-se livremente sobre o
tórax sem qualquer limitação ligamentar, exceto
seu único ponto fixo, sobre o qual gira, na
articulação acromioclavicular.
A união da escápula ao tórax é mantida pela
pressão atmosférica e pelos vários músculos que
nela se inserem.

tabela de movimentos do ombro

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