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Tributária e Fiscal Federal, Estadual (26 Estados e DF) e Municípios (capitais), Contábil, Societário, Trabalhista e Previdenciário.
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Sumár io
O contador é um pr ofissional que pr ecisa lidar no seu dia a dia com diver sas questões de or dem financeir a, econômica e patr imonial da
empr esa.
Diante desse cenár io, ele enfr enta situações em que se vê diante de muitas r esponsabilidades, o que tor na sua atuação bastante sensível,
uma vez que assume j untamente com seu cliente a r esponsabilidade por atos dolosos ou culposos e per ante ter ceir os.
A seguir , elencamos algumas r esponsabilidades que mer ecem ser apr eciadas em face da impor tância que r epr esentam par a a classe.
Com o advento do novo Código Civil (Lei nº 10. 406/2002 ), a r esponsabilidade técnica dos contador es foi tr atada expr essamente nos ar ts.
1.177 e 1.178, que dispõem sobr e a r esponsabilidade do pr ofissional em contabilidade.
Vemos, por tanto, que o pr ofissional de contabilidade exer ce um papel fundamental e de gr ande impor tância j unto ao empr esár io, pois é o
agente r esponsável por manter , or ganizar e assinar pelos balanços contábeis da or ganização.
Impor tante destacar que o pr ofissional contábil deve ser tr atado como um pr eposto da sociedade, nos ter mos do ar t. 1.169 da nor ma em
comento, vindo somente pr aticar o negócio empr esar ial por incumbência de outr em:
Ar t. 1.169. O pr eposto não pode, sem autor ização escr ita, fazer se substituir no desempenho da pr eposição, sob pena de r esponder
pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obr igações por ele contr aídas.
R e t orna r a o Sumá ri o
A r esponsabilização decor r e da pr ática de uma infr ação ou de um dever legal ou contr atual, que r esulte dano a ter ceir o, atr ibuindo ao seu
causador a obr igação de r epar ar o pr ej uízo causado. Essa obr igação aplicase nos casos de falhas técnicas cometidas pelos pr ofissionais, ou
omissões pr ovocadas, dos quais r esultem pr ej uízos par a o cliente.
O Código P e na l (Decr etolei nº 2. 848/1940 ) pr evê, ainda, uma conduta infr acional par a atividade específica do contador , ou sej a, os
ar ts. 297 e 298 estabelecem penas de r eclusão e multa par a quem falsificar ou alter ar documento público ou par ticular , incluídas as folhas de
pagamento, documentos contábeis e livr os mer cantis.
A r esponsabilidade penal tr ibutár ia do contador foi confir mada pelo ar t. 39 , § 1º, do Decr etolei nº 5. 844/1943 , que dispõe sobr e a
cobr ança e fiscalização do imposto de r enda, o qual deter mina de for ma obj etiva que o contador e o técnico em contabilidade, dentr o do
âmbito de sua atuação e no que se r efer ir à par te técnica, ser ão r esponsabilizados, j untamente com os contr ibuintes, por qualquer falsidade
dos documentos que assinar em e pelas ir r egular idades de escr itur ação pr aticadas no sentido de fr audar o imposto, confor me tr anscr ição a
seguir :
Ar t. 39. Os balanços, demonstr ações da conta de lucr os e per das, extr atos, discr iminações de contas ou lançamentos e quaisquer
outr os documentos de contabilidade, dever ão ser assinados por atuár ios, per itoscontador es, ou guar dalivr os legalmente
r egistr ados, com indicação do númer o do r espectivo r egistr o.
§ 1º Esses pr ofissionais, dentr o da âmbito de sua atuação e no que se r efer ir à par te técnica, ser ão r esponsabilizados, j untamente
com os contr ibuintes, por qualquer falsidade dos documentos que assinar em e pelas ir r egular idades de escr itur ação pr aticadas no
sentido de fr audar o imposto de r enda.
§ 2º Ver ificada a falsidade do balanço ou de qualquer outr o documento de contabilidade, assim como da escr ita dos contr ibuintes, o
pr ofissional que houver assinado tais documentos ser á pelo dir etor do Imposto de Renda ou pelos delegados r egionais,
independentemente da ação cr iminal que no caso couber , declar ado sem idoneidade par a assinar quaisquer peças ou documentos
contábeis suj eitos à apr eciação das r epar tições do imposto de Renda.
Com a entr ada em vigor da nova Le i de Fa lê nc ia s (Lei nº 11. 101/2005 ), a r esponsabilidade do contabilista não se r estr inge tão
somente às questões pr ofissionais no campo técnico, mas também está suj eita a sanções na esfer a cr iminal.
Alguns aspectos estão ligados a r iscos aos quais os pr ofissionais da contabilidade estão expostos, ou sej a, a atuação do pr ofissional contábil
pode incor r er em cr ime, pr incipalmente em r elação ao planej amento ou apoio a fr audes e cr imes contr a a or dem tr ibutár ia.
Essas condutas ilícitas podem acar r etar ao contador a aplicação de penas de detenção, r eclusão e multa, confor me o caso, cuj a
r esponsabilidade está inser ida nos ar ts. 1º e 2º da Lei 8. 137/1990 .
Ar t. 1º Constitui cr ime contr a a or dem tr ibutár ia supr imir ou r eduzir tr ibuto, ou contr ibuição social e qualquer acessór io, mediante
as seguintes condutas:
I omitir infor mação, ou pr estar declar ação falsa às autor idades fazendár ias;
II fr audar a fiscalização tr ibutár ia, inser indo elementos inexatos, ou omitindo oper ação de qualquer natur eza, em documento ou
livr o exigido pela lei fiscal;
III falsificar ou alter ar nota fiscal, fatur a, duplicata, nota de venda, ou qualquer outr o documento r elativo à oper ação tr ibutável;
IV elabor ar , distr ibuir , for necer , emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V negar ou deixar de for necer , quando obr igatór io, nota fiscal ou documento equivalente, r elativa a venda de mer cador ia ou
pr estação de ser viço, efetivamente r ealizada, ou for necêla em desacor do com a legislação.
Pena r eclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Par ágr afo único. A falta de atendimento da exigência da autor idade, no pr azo de 10 (dez) dias, que poder á ser conver tido em hor as
em r azão da maior ou menor complexidade da matér ia ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, car acter iza a infr ação
pr evista no inciso V.
Ar t. 2º Constitui cr ime da mesma natur eza:
I fazer declar ação falsa ou omitir declar ação sobr e r endas, bens ou fatos, ou empr egar outr a fr aude, par a eximir se, total ou
par cialmente, de pagamento de tr ibuto;
II deixar de r ecolher , no pr azo legal, valor de tr ibuto ou de contr ibuição social, descontado ou cobr ado, na qualidade de suj eito
passivo de obr igação e que dever ia r ecolher aos cofr es públicos;
III exigir , pagar ou r eceber , par a si ou par a o contr ibuinte beneficiár io, qualquer per centagem sobr e a par cela dedutível ou
deduzida de imposto ou de contr ibuição como incentivo fiscal;
IV deixar de aplicar , ou aplicar em desacor do com o estatuído, incentivo fiscal ou par celas de imposto liber adas por ór gão ou
entidade de desenvolvimento;
V utilizar ou divulgar pr ogr ama de pr ocessamento de dados que per mita ao suj eito passivo da obr igação tr ibutár ia possuir
infor mação contábil diver sa daquela que é, por lei, for necida à Fazenda Pública.
Pena detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Pode, ainda, o pr ofissional atentar contr a o Código de Ética Pr ofissional, cuj o ar t. 3º deter mina que, no desempenho de suas funções, é
vedado ao Pr ofissional da Contabilidade: "VIII concor r er par a a r ealização de ato contr ár io à legislação ou destinado a fr audála ou
pr aticar , no exer cício da pr ofissão, ato definido como cr ime ou contr avenção".
Por meio da Lei nº 12. 683/2012 , for am pr omovidas alter ações na Lei nº 9. 613/1998 , que tr ata dos cr imes de "lavagem" ou ocultação
de bens, dir eitos e valor es e pr evenção da utilização do sistema financeir o par a fins ilícitos.
O Conselho Feder al de Contabilidade (CFC), por sua vez, apr ovou a Resolução nº 1.445/2013, que estabelece pr ocedimentos a ser em
obser vados pelos pr ofissionais e or ganizações contábeis no tocante à pr evenção contr a a lavagem de dinheir o e ao financiamento do
ter r or ismo.
Resumidamente, os pr ofissionais e or ganizações contábeis devem avaliar a existência de suspeição nas pr opostas e/ou oper ações de seus
clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas car acter ísticas, no que se r efer e a par tes envolvidas, valor es,
for ma de r ealização, finalidade, complexidade, instr umentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configur ar
sér ios indícios dos cr imes pr evistos na Lei nº 9. 613/1998 ou com eles r elacionar se.
9. Sped
Finalmente, é impor tante destacar o papel do contador j unto ao Sped (Sistema Público de Escr itur ação Digital), que, há muito tempo, está
consolidado no dia a dia dos contador es. O Sped foi cr iado pelo Decr eto nº 6. 022/2007 com o intuito de infor matizar o fluxo de
infor mações entr e o Fisco e os diver sos contr ibuintes, moder nizando os pr ocessos r efer entes às escr itur ações e obr igações fiscais existentes
nos âmbitos contábil, fiscal e pessoal, per mitindo agilidade e qualidade nos pr ocessos de fiscalização das empr esas.
Cabe destacar que, ao mesmo tempo em que o Sped for talece o contr ole da fiscalização, também combate a sonegação, pois aumenta a
pr odutividade do auditor fiscal, com o aper feiçoamento do pr ocesso de cr uzamento de dados.
Código P e na l
Le i de Fa lê nc ia s
Lei 8. 137/1990
Lei n º 9. 613/1998
Reso l u ç ão 1 . 4 4 5 / 2 0 1 3