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Biografia Cruz e Souza

Cruz e Sousa (1861-1898) foi um poeta brasileiro. Fez parte do Simbolismo, Movimento
Literário que teve sua origem na França em 1870. A crítica francesa o considerou um dos
mais importantes simbolistas da poesia ocidental.

João da Cruz e Sousa (1861-1898) nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje


Florianópolis, Santa Catarina, no dia 24 de novembro de 1861. Filho de escravos alforriados
nasceu livre. Foi criado como filho adotivo do Marechal de Campo, Guilherme Xavier de
Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa, de quem herdou o sobrenome. Aos sete anos fez
seus primeiros versos. Aos oito anos declamava em salões e teatrinhos. Em 1871, com dez
anos, matriculou-se no colégio Ateneu Provincial
Catarinense, onde estudou durante 5 anos.
Amante das letras, em 1877, Cruz e Sousa da aula particular e começa a publicar seus
versos em jornais da província. Em 1881, funda junto com Virgílio Várzea e Santos Lostada,
o jornal literário "Colombo". Durante dois anos percorreu várias cidades brasileiras, junto
com a Companhia de teatro de Julieta dos Santos.

Em 1883, aproxima-se do então presidente de Santa Catarina, Gama Rosa e, em 1884, foi
nomeado promotor de Laguna, mas foi recusado pelos políticos e não toma posse. Nessa
época, Cruz e Sousa já se destacava como fervoroso conferencista pró-abolição. Em 1885,
Cruz e Sousa estreia na literatura com "Tropas e Fantasias", em parceria com Virgílio
Várzea. Nesse mesmo ano assumiu a direção do jornal "O Moleque". No ano da abolição,
1888, o poeta vai para o Rio de Janeiro, onde em 1890 fixa residência definitivamente,
trabalhando como arquivista na Central do Brasil.
Seus desgostos agravaram-se com o casamento e sua vida se transformou numa luta
contra a miséria e a infelicidade, quando poucos reconheceram seu valor como poeta. Sua
esposa tem crises nervosas, seus filhos são atacados pela tuberculose. A mesma moléstia
atinge o poeta, que em 1898, muda-se para a cidade de Sítio, em Minas Gerais, à procura
de alívio para o mal, mas faleceu logo depois. Seu corpo foi transladado para o Rio, num
vagão de transporte de animais.
Cruz e Sousa faleceu na cidade de Sítio, em Minas Gerais, no dia 14 de março de 1898.
Biografia Henrik Ibsen

Henrik Ibsen (1828-1906) nasceu na cidade portuária de Skien,


Noruega, no dia 20 de março de 1828. Trabalhou como aprendiz de
farmacêutico e estudou sozinho para entrar na Universidade. Em 1850,
sob o pseudônimo de Brynjolf Bjarme, lança sua primeira peça,
"Catilina", inspirada nas revoluções europeias de 1848 e nos escritos do
romano Cícero.
Henrik Ibsen foi também poeta e diretor teatral. Dirigiu o Teatro de
Bergen, segunda cidade mais importante do país. Em 1857, assumiu a
direção do Teatro Norueguês de Kristiania (atual Oslo). Em 1858
casou-se com Suzammah Thoresen.

Fez grande sucesso com "A Matéria de que se Fazem Reis" (1863),
ambientada na Noruega medieval. Em 1864 saiu do país, quando a
Prússia invadiu a Noruega. Morou em diversas cidades, principalmente
em Roma e Munique.
Na Itália, escreve três outras peças que recuperam os ideais românticos
e o estilo de vida escandinavo, entre elas "Peer Gynt" (1867). A obra é
uma crítica ao homem moderno: conta, na forma de tragicomédia, a
trajetória de um aventureiro que abandona seus princípios morais em
nome da fama.
Em 1879, escreveu "Casa de Bonecas", sobre uma mulher que
abandona o marido e os filhos para ser independente. Muda-se para
Munique, onde passa os dias lendo jornais, de onde muitas vezes tira o
enredo de suas peças.

Muitas de suas peças foram consideradas escandalosas para a época.


Seus trabalhos se caracterizam pelo estudo psicológico dos
personagens, principalmente da mulher, analisam a realidade contida
por trás das convenções, costumes e a moralidade da época. Critica a
burguesia e o capitalismo. Em 1885 Ibsen já é considerado o
dramaturgo mais representado em vários países. Em 1891 volta para
seu país de forma definitiva.

Henrik Johan Ibsen faleceu em Kristiania, Noruega, no dia 23 de maio


de 1906.H
Poemas de Cruz e Souza

Acrobata da dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,


como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,


agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta …

Pedem-se bis e um bis não se despreza!


Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço. . .

E embora caias sobre o chão, fremente,


afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
Peças de Ibsen

Um inimigo do povo

O drama transcorre em uma pequena cidade do litoral meridional da Noruega, o


personagem central é o Dr. Thomas Stockmann. A princípio o imaginamos como um pacato
médico do interior, mas já nas primeiras páginas constata-se que ele é um indivíduo ativo,
resoluto e participante das questões mais importantes de sua sociedade. Isto decorre em
parte de seu ofício, mas também por ser ele um funcionário público e o irmão do prefeito.
Apesar de possuir uma condição social estável, ele não estava tranqüilo, já há algum
tempo, tinha constatado que os banhistas e turistas que freqüentavam a estação balneária
da cidade estavam contraindo com freqüência tifo e febres gástricas. Suspeitou de que a
água estava contaminada, pelos curtumes que ficavam rio adentro. Para não causar alarde,
ele recolhe em segredo amostras da água e envia para uma universidade para que sejam
feitas análises. Quando o resultado chega suas dúvidas se dissipam, estava comprovado
que a água estava contaminada com detritos de animais decompostos. A questão passa a
ser então, como iria proceder de posse dessa informação tão relevante.
Ele decide publicar um artigo denunciando a situação, a publicação seria através do jornal
“A Voz do Povo” de propriedade de um amigo, o Sr. Hovstad. Esta decisão trazia junto de si
inúmeras implicações. Primeiro ele estaria se indispondo com seu irmão, o Prefeito, porque
tal notícia o prejudicaria politicamente, tendo em vista que o balneário era administrado pela
prefeitura. Ele também enfrentaria a oposição dos donos de curtume, dentre os quais
estava seu sogro, Morten Kill, além é claro, de todos aqueles que de alguma forma fizeram
algum investimento na Estação Balneária, e que teriam seus negócios prejudicados. Mas
Dr. Stockmann prefere enfrentar todos estes interesses particulares, a permitir que as
pessoas em geral continuassem sendo expostas a esta contaminação.
Para isso ele contava com o apoio inflamado do Sr. Hovstad, e também de Billing (subeditor
do jornal) e de Aslaksen (impressor do jornal e presidente da associação dos pequenos
proprietários). Estes, quando ficaram sabendo da contaminação das águas, prontamente
ofereceram apoio ao Dr. Stockmann, e garantiram que também a maioria da população o
apoiaria na campanha para reverter este problema. O doutor estava decidido a enfrentar as
autoridades e os demais detentores do poder local, para defender os interesses que ele
considerava ser da maioria das pessoas, atitude que o entusiasmava. Contudo, as coisas
não acontecem da forma como ele previa.
Quando a publicação da denúncia do Dr. Stockmann no jornal “A Voz do Povo” era
iminente, o prefeito em uma visita à redação do jornal toma conhecimento do artigo escrito
por seu irmão. Ele fica consternado e procura dissuadir Hovstad de que a publicação da
denúncia não seria benéfica para o jornal. O prefeito alega que tal informação se veiculada,
traria inúmeros prejuízos financeiros para a comunidade, os turistas se afastariam da
Estação Balneária, os investidores, principalmente os menores, perderiam todo o seu
dinheiro aplicado, e por fim, os assinantes do jornal o boicotariam, a partir do momento que
identificassem o jornal como o veículo de tamanho prejuízo.
Diante destas alegações, Hovstad desiste de publicar o artigo do Dr. Stockmann. O
impressor Aslaksen que também presenciava as ponderações do prefeito segue o mesmo
caminho, principalmente quando é informado que os pequenos proprietários perderiam
muito com o embargo à Estação Balneária, e por fim Billing também volta atrás. Nenhum
deles estava disposto a ir contra a ordem estabelecida, principalmente quando se deram
conta de que seriam prejudicados de alguma forma. O bem comum neste caso, passa a ser
secundário diante dos prejuízos particulares que cada um sofreria.
Dr. Stockmann quando fica sabendo da mudança de posição de seus antigos defensores,
decide levar adiante suas denúncias, contando basicamente com o apoio de sua mulher e
filhos. Por manter-se irredutível no compromisso de levar a público o que havia descoberto,
ele é demitido do posto de médico da Estação Balneária e desvinculado do serviço público,
ou seja, acaba perdendo toda a sua fonte de renda. Ele procura um lugar para que seja
realizada uma audiência pública, onde exporia a gravidade da contaminação das águas e
assim buscaria o apoio da população. Porém, Dr. Stockmann não consegue nenhum
espaço público para realizar sua audiência, pois seu irmão publica um artigo em “A Voz do
Povo”, fazendo menção ao problema da contaminação do rio, sem evidentemente expor os
resultados das análises obtidas pelo doutor; e se referindo ainda, a eventuais obras e aos
custos que elas teriam para as contas do município, já influenciando assim, a opinião dos
cidadãos.
Depois de muito procurar um lugar para a audiência, um amigo, Sr. Hoster, cede sua casa
para que seja feita a reunião. No dia em que ela ocorre, comparecem várias pessoas,
cidadãos comuns, pequenos proprietários, e todos aqueles que de alguma forma teriam
interesse sobre a questão. Esta era a ultima chance do doutor reverter a situação, mas o
que era para ser uma audiência em que ele procuraria expor sua denúncia, se transforma
em um debate. O que não poderia ser pior para ele, pois, por mais que estivesse
defendendo uma verdade que traria benefícos para a comunidade, ele estava sozinho
diante de vários opositores, e fazer a opinião da população virar a seu favor, não seria
tarefa fácil.
Na medida em que o assunto vai sendo discutido, Dr. Stockmann vai ficando mais acuado e
também mais nervoso. O apoio das pessoas ali presentes se torna praticamente inviável,
quando o prefeito alega que, para que a prefeitura faça as obras necessárias para sanar o
problema da contaminação das águas, a Estação Balneária ficaria paralisada por pelo
menos dois anos, e que não tendo recursos para as obras, haveria um aumento de
impostos para financiar as reformas. Diante da evidência de que não conseguiria o apoio
dos cidadãos para sua empreitada, Dr. Stockmann passa do nervosismo para a calma, e
muda de estratégia. Ao invés de insistir na questão das águas, ele passa a atacar a idéia de
que a maioria seria detentora da verdade, sendo que agora, ele se considerava o único
defensor da verdade.
No decorrer de sua argumentação, ele critica indiretamente os presentes, mas estes
percebem a conotação de suas palavras e passam a vaiá-lo. Quando insiste em levar a
público sua denúncia, mesmo diante da posição contrária de praticamente todos os
presentes, e tendo que para isso seja necessário procurar jornais de outras localidades, as
pessoas se revoltam contra ele e passam a chamá-lo de “inimigo do povo” e “traidor da
pátria”, daí em diante a seção é tumultuada e termina com a cassação do direto de palavra
do Dr. Stockmann.
As conseqüências de sua iniciativa, são duras para ele e sua família. Na mesma noite da
audiência, sua casa tem as janelas apedrejadas, sendo ainda despejado dela, tendo em
vista o temor do proprietário de eventuais represálias. Sua filha é demitida do cargo de
professora pública, eles enfrentam dificuldades até mesmo para comprar alimento e seus
filhos são expostos a provocações e atritos na escola. Eles então conseguem abrigo na
casa daquele que parece ser o único a auxiliá-los, Sr. Hoster.
Mas inclusive ele sofrera sanção por ter cedido sua casa para a audiência chamada pelo
doutor, tendo sido demitido do posto de comandante de embarcações, pelo proprietário
destas e que também era acionista da Estação Balneária. Apesar de todas as pressões e
da possibilidade de mudar-se, Stockmann decide permanecer no município. Convicto de
que fizera a coisa certa, estava com a consciência tranqüila, e mesmo com as dificuldades,
poderia continuar a viver na sua terra natal.
Paródia

Acrobata as avessas

Berra, chora, num vagido de euforia,


Como um palhaço, que
Nervoso, chora, num vagido lógico, desonesto,
De uma certeza e de um deleite
Suave

De berreiro humano, imaculado,


Agita os guizos, e convulsionando
Salta, gavroche, salta clown, rompido
Pelo estretor dessa alegria torturante...

Não pedem bis, não há mais espetáculo!


Pare! Relaxe os músculos, esqueça
Suas concretas piruetas de aço…

Embora deites sobre o chão, estagnado,


Seco de teu sangue virgem e frio,
Chora! Coração, confuso palhaço.

Paulo, Tayná, Pedro, Tainara, Laiane, Jade


Conclusão

Foram realizadas diversas produções textuais por diferentes participantes do grupo em sua
maioria com o mesmo tema e objetivo, como por exemplo, pesquisas biográficas, pesquisas
a respeito das obras dos autores estudados, uma paródia de um poema, e diversas
questões a respeito do tema. O simbolismo surgiu com a publicação de Missal e Broqueis
de Cruz e Souza, que foi o mais importante simbolista brasileiro ao lado de Agosto dos
Anjos, Afonso Henrique e Costa Guimarães.
As características simbolistas envolvem aspectos místicos, espirituais, transcendentais. Os
simbolistas buscavam compreender a alma humana, buscavam entender a mais pura
poesia.
Introdução

O simbolismo foi um movimento contemporâneo ao parnasianismo. Porém, primacialmente


as poesias simbolistas, não alcançaram tanto êxito entre as classes da sociedade
consumidora de arte. As poesias simbolistas eram publicadas em revistas, como a
“Fon!-Fon!”, juntamente com crônicas e outras experiências textuais como ilustrações.
A aversão ao mundo objetivo e a busca da totalidade e do transcendente expressam um
mal estar e um desencanto profundo em relação aos valores e aos ideais baseados em
concepções como o materialismo r o cientificismo vigentes, se aproximam do romantismo
europeu.
Bibliografia

http://publicosmultiplos.blogspot.com/2007/10/resenha-um-inimigo-do-povo-de-henrik.html?
m=1

https://www.ebiografia.com/henrik_ibsen/

https://www.ebiografia.com/cruz_e_sousa/

https://www.google.com.br/amp/s/escolaeducacao.com.br/amp/melhores-poemas-de-cruz-e-
sousa/
IFF - INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE CAMPUS AVANÇADO
SÃO JOÃO DA BARRA - BAIRRO DO PERIGOSO

O SIMBOLISMO: CRUZ E SOUZA E HENRIK IBSEN

PAULO COSTA BASTOS


TAYNÁ ABREU
PEDRO PINHEIRO
JADE
LAIANE
TAINARA

SÃO JOÃO DA BARRA 2018

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