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Trabalho de

Português

Aluno:Raony Patrick
Turma:9 D
Neste trabalho será falado sobre a Biografia de três
escritores clássicos do Brasil, sua história, feitos,
livros, marcas etc...

Será falado sobre:

-Machado de Assis
(1839-1908)

-Guimarães Rosa
(1908-1967)

-José de Alencar
(1829-1877)
-Sumario

1.Capa
2.Introdução
3.Sumario
4.Biografia de Machado de Assis
9.Biografia de Guimarães Rosa
12.Biografia de José de Alencar
15.Conclusão e Fonte.
Machado de Assis (1839-1908)
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes mais importantes da
literatura brasileira do século XIX. Destacou-se principalmente no romance e no conto, embora
tenha escrito crônicas, poesias, crítica literária e peças de teatro.

Machado de Assis escreveu nove romances. Os primeiros – Ressurreição, A Mão e a Luva,


Helena e Iaiá Garcia -, apresentam alguns traços românticos na caracterização dos
personagens.

A partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase propriamente realista
quando revelou seu incrível talento na análise do comportamento humano, descobrindo, por
trás dos atos bons e honestos, a vaidade, o egoísmo e a hipocrisia.

Infância e Adolescência
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chácara do Livramento no Rio de Janeiro, no dia
21 de junho de 1839. Foi o primeiro filho do mulato Francisco José de Assis, um pintor e
decorador de paredes, e da imigrante portuguesa Maria Leopoldina.

Machado de Assis passou sua infância e adolescência no bairro do Livramento. Seus pais
viviam na chácara do falecido senador Bento Barroso Pereira e sua mãe era a protegida da
dona da casa, D. Maria José Pereira.

Machado fez seus primeiros estudos na escola pública do bairro de São Cristóvão. Tornou-se
amigo do padre Silveira Sarmento, o ajudava nas missas e familiarizava-se com o latim.

Quando tinha dez anos perdeu sua mãe. Seu pai resolveu sair da chácara e foi morar em São
Cristóvão com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em 1854.
Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado para assistir
algumas aulas. À noite, Machado ia para uma padaria, local onde aprendia francês com o
forneiro. À luz de velas, Machado lia tudo que passava em suas mãos e já escrevia suas
primeiras poesias.

Carreira Literária
Em busca de um emprego, com 15 anos, Machado conheceu Francisco de Paula Brito, dono da
livraria, do jornal e da tipografia da cidade. No dia 12 de fevereiro de 1855, a “Marmota
Fluminense”, jornal editado por Paula Brito, trazia na página 3, o poema “Ela”, de Machado de
Assis:

"Dos lábios de Querubim


Eu quisera ouvir um sim
Para alívio do coração"...

Daí por diante, Machado não parou de escrever na Marmota e de fazer amizades com os
políticos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto principal era a poesia.

Em 1856, Machadinho, como era conhecido, entrou para a Imprensa Oficial como aprendiz de
tipógrafo, mas além de mau funcionário, escondia-se para ler tudo que lhe interessava.

O diretor decidiu incentivar o jovem e o apresentou a três importantes jornalistas: Francisco


Otaviano, Pedro Luís e Quintino Bocaiuva.

Otaviano e Pedro dirigiam o Correio-Mercantil e para lá foi Machado de Assis, em 1858, como
revisor de provas. Colaborava também para outros jornais. Estreou como crítico teatral na
revista “Espelho”.

Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava os círculos literários e jornalísticos do Rio de


Janeiro, capital política e artística do Império.

Em 1860, Machado de Assis foi chamado por Quintino Bocaiuva para trabalhar na redação do
“Diário do Rio de Janeiro”. Além de escrever sobre todos os assuntos e manter uma coluna de
crítica literária, Machado tornou-se representante do jornal no Senado.

Machado também escrevia no “Jornal das Famílias”, onde suas histórias inconsequentes e
açucaradas eram lidas nos serões familiares.

Primeiro livro de poesias


Em 1864, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, uma coletânea
de seus poemas. O livro foi dedicado a seus pais, Maria Leopoldina e Francisco.

Em 1867, o Imperador concedeu a Machado o grau de "Cavaleiro da Ordem da Rosa", por


serviços prestados às letras nacionais. No dia 8 de abril Machado foi nomeado ajudante do
diretor do Diário Oficial, iniciando sua "carreira burocrática".
Em 1868 ele conheceu Carolina Xavier de Novais, uma portuguesa culta, irmã do poeta
português Faustino Xavier de Novais, que lhe revelou os clássicos lusitanos.

No dia 12 de novembro de 1869, o casamento de Machado e Carolina foi realizado, tendo


como testemunhas, Artur Napoleão e o Conde de São Mamede, em cuja residência se realizou
a cerimônia. O casal não teve filhos.

Em 1873, ele foi nomeado primeiro oficial da Secretaria do Estado do Ministério da


Agricultura. Três anos depois assumiu a chefia da seção.

Academia Brasileira de Letras


O primeiro livro de contos de Machado de Assis, Contos Fluminenses (1870) e seu primeiro
romance, Ressurreição (1872), sedimentaram a imagem de um escritor que usava muito bem a
língua portuguesa e que preferia os relatos psicológicos às narrativas de ação constante.

No dia 30 de janeiro de 1873, a capa do décimo número do “Arquivo Contemporâneo”,


periódico do Rio de Janeiro, colocou lado a lado as fotos de José de Alencar, até então o maior
romancista do Brasil, e a de Machado de Assis.

Machado de Assis se impôs, antes mesmo de ter publicado suas obras-primas, como a maior
expressão da literatura brasileira e, sem muita dificuldade, em 1896, fundou com outros
intelectuais, a Academia Brasileira de Letras.

Nomeado para a cadeira n.º 23, tornou-se, em 1897, seu primeiro presidente, cargo que
ocupou até sua morte.

Na entrada do prédio há uma estátua de bronze do escritor. Em sua homenagem, a academia


chama-se também “Casa de Machado de Assis”.

Obra de Machado de Assis


Machado de Assis teve uma carreira literária ininterrupta, produziu de 1855 a 1908. Escreveu
poesias, romances, contos, crônicas, críticas e peças de teatro. O ponto alto de sua produção
literária é o romance e o conto, onde se observa duas fases:

Fase Romântica – obras e características


A primeira fase das obras de Machado de Assis apresenta-se presa a algum aspecto do
“Romantismo”, com uma história cheia de mistérios, com final feliz ou trágico e uma narrativa
linear.

Apresenta também traços inovadores, como uma linguagem menos descritiva, menos
adjetivada e sem o exagero sentimental. As personagens têm um comportamento não só
movido pelo amor, mas também pela ambição e pelo interesse. São dessa fase os romances:

-Ressurreição (1872)

-A Mão e a Luva (1874)

-Helena (1876)

-Iaiá Garcia (1878)


O Realismo – obras e características
A segunda fase das obras de Machado de Assis inicia-se com Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881), onde retrata a miséria humana, indo até seu último romance, “Memorial de
Aires” (1908) - o livro da saudade, escrito após a morte de Carolina.

É nesse período que se encontram suas mais ricas criações literárias. Diferente de tudo quanto
havia sido escrito no Brasil, Machado inaugura o “Realismo”.

O estilo realista de Machado de Assis difere de seus contemporâneos, porque ele aprofunda-se
na análise psicológica dos personagens desvendando a fragilidade existencial na relação
consigo mesmo e com os outros personagens. São dessa fase os romances:

-Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881)

-Quincas Borba (1891)

-Dom Casmurro (1899)

-Esaú e Jacó (1904)

-Memorial de Aires (1908, seu último romance)

Contos de Machado de Assis


-Contos Fluminenses (1870)

-História da Meia Noite (1873)

-Papéis Avulsos (1882)

-Histórias Sem Data (1884)

-Várias Histórias (1896)

-Páginas Recolhidas (1899)

-Relíquias da Casa Velha (1906)

Alguns dos melhores contos “realistas” contidos nesses livros e que abordam os mais diversos
temas, são:

-Cantigas de Esponsais – a desesperada busca da expressão,

-Noites de Almirantes – análise de uma desilusão amorosa,

-Trio em Lá Menor – o anseio da perfeição,

-O Alienista – o problema da loucura. Foi adaptado para o cinema em 1970).

-Missa do Galo – o despertar do adolescente para o amor,

-Teoria do Medalhão – como vencer na vida sem fazer força,

-O Espelho – a dualidade da alma humana.


Últimos anos e morte
Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35 anos, que além de
revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde
abalada pela epilepsia.

Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa. Em homenagem à sua amada,
escreveu o poema "À Carolina":

À Carolina

"Querida, ao pé do leito derradeiro


Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs o mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.
Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos."

Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Em seu velório,
compareceram as maiores personalidades do país. Rui Barbosa, um dos juristas mais
aplaudidos da época, fez um discurso de despedida com elogios ao homem e escritor.

Levado em uma carreta do Arsenal de Guerra, só destinada às grandes personalidades, um


grande cortejo fúnebre saiu da Academia para o cemitério de São João Batista, onde foi
enterrado.O escritor Machado de Assis é uma figura tão importante para o nosso país que a
sua biografia foi escolhida para figurar no artigo A biografia das 20 pessoas mais importantes
para a história do Brasil.
Guimarães Rosa (1908-1967)
Guimarães Rosa (1908-1967) foi uma das principais expressões da literatura brasileira. O
romance "Grandes Sertões: Veredas" é sua obra prima. Fez parte do 3.º Tempo do
Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance.

Renovador da moderna literatura, tomou por base o regionalismo mineiro e criou sua própria
linguagem literária, a partir de termos em desuso, da criação de neologismos e da construção
sintática e melódica das frases.

Guimarães Rosa foi também médico e diplomata.

Infância, juventude e formação


João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, pequena cidade do interior de Minas Gerais, no
dia 27 de junho de 1908. Filho de um comerciante da região, aí fez seus estudos primários,
seguindo em 1918, para Belo Horizonte, para casa de seus avós, onde estudou no Colégio
Arnaldo.

Cursou Medicina na Faculdade de Minas Gerais, formando-se em 1930. Datam dessa fase seus
primeiros contos, publicados na revista O Cruzeiro.

Depois de formado, Guimarães Rosa foi exercer a profissão em Itaguara, município de Itaúna,
onde permaneceu por dois anos. Culto, sabia falar mais de nove idiomas.

Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, voltou para Belo Horizonte para servir como
médico voluntário da Força Pública. Posteriormente atuou como oficial médico no 9.º Batalhão
de Infantaria em Barbacena.

Em 1936, Guimarães Rosa participou de um concurso ao Prêmio de Poesia da Academia


Brasileira de Letras, com uma coletânea de contos chamada "Magma", conquistando o
primeiro lugar, mas não publicou a obra.

Diplomata
Em 1934, o domínio de vários idiomas levou Guimarães Rosa para o Rio de janeiro onde
prestou concurso para o Itamaraty, conquistando o segundo lugar.

Em 1938 já era cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Quando o Brasil rompeu


aliança com a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, Guimarães, junto com outros
brasileiros, foi preso em Baden-Baden, em 1942.

Libertado no fim do ano, seguiu para Bogotá, como secretário da Embaixada Brasileira. Entre
1946 e 1951 residiu em Paris, onde consolidou sua carreira diplomática e passou a escrever
com maior assiduidade.

Sagarana (primeira obra)


Em 1937, Guimarães Rosa começou a escrever Sagarana, composta de 9 contos que retratam a
paisagem mineira, a vida das fazendas, dos vaqueiros e dos criadores de gado. Com a obra,
participou de um concurso ao Prêmio Humberto de Campos, perdendo o primeiro lugar para
Luís Jardim.

Em 1946, depois de refazer a obra, e reduzir de 500 para 300 páginas, publicou Sagarana. O
estilo era absolutamente novo, a paisagem mineira ressurgia viva e colorida, as personagens
expressavam o pitoresco de sua vida regional. Sucesso de crítica e público, seu livro de contos
recebeu o Prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, esgotando-se, no mesmo ano as duas
edições.

Alguns dos contos de Sagarana são obras-primas, como O Burrinho Pedrês, Duelo, Conversa de
Bois, Sarapalha e A Hora e a Vez de Augusto Matraga (mais tarde adaptado para o cinema por
Roberto Santos e Luíz Carlos Barreto).

No trecho do conto “Sarapalha”, de Sagarana, o autor mostra o conhecimento minucioso


sobre a vegetação e a linguagem regional:

“Aí a beldroega, em carreirinha indiscreta – ora-pro-nobis! ora-pro-nobis! – apontou caules


ruivos no baixo das cercas das hortas, e, talo a talo, avançou. Mas a cabeça-de-boi e o capim-
mulambo, já donos da rua, tangeram-na de volta, e nem pôde recuar, a coitadinha rasteira,
porque no quintal os joás estavam brigando com o espinho-agulha e com o gervão em flor.”

Andanças pelo Sertão mineiro


Em busca de material literário, em maio de 1952, Guimarães Rosa iniciou uma empreitada pelo
sertão mineiro. Acompanhando oito vaqueiros e levando 300 cabeças de gado, percorreu em
dez dias os 240 quilômetros que separam Araçaí e Três Marias, na região central de Minas
Gerais.

O médico, diplomata e escritor levava pendurada no pescoço uma caderneta onde anotava
tudo que via e ouvia – as conversas com os vaqueiros, as sensações, as dificuldades e tudo que
vivenciou naquele mundo, o que marcaria sua vida e sua obra.

No dia 16 de maio a caravana chegou à fazenda Sirga, de seu primo Francisco Moreira, em Três
Marias. Seguindo a viagem, percorreu várias fazendas e vilarejos da região vivendo o dia a dia
dos vaqueiros. Próximo a Cordisburgo, sua cidade natal, Guimarães se reuniu com uma equipe
da revista O Cruzeiro, que cobria a viagem.

As cadernetas de Guimarães, foram reunidas em dois diários que o autor chamou de A Boiada
1 e A Boiada 2. Hoje, elas fazem parte do acervo do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo.

As anotações foram utilizadas como elementos de duas obras-primas: Corpo de Baile (1956) e
Grandes Sertões: Veredas (1956). A obra Corpo de Baile foi publicada em dois volumes, mais

tarde dividida em três: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do


Sertão.

Dentro da mesma experiência, Guimarães Rosa publicou: Primeiras Estórias (1962) e Tutaméia
– Terceiras Estórias (1967).
A linguagem de Guimarães Rosa
A linguagem de Guimarães Rosa não tem uma intenção realista de retratar a língua do sertão
mineiro exatamente como ela é. Sua preocupação é tomar por base a língua regional e recriar
a própria língua portuguesa, a partir de termos em desuso, da criação de neologismos, do
emprego de palavras tomadas de outras línguas e da exploração de novas estruturas sintáticas.

Além disso, sua narrativa faz uso de recursos mais comuns à poesia, como o ritmo, as
metáforas, as imagens, resultando em uma prosa altamente poética, nos limites entre a poesia
e a prosa.

Vida pessoal
Em 27 de junho de 1930, com apenas 22 anos, Guimarães Rosa casou-se com Lígia Cabral
Penna, de apenas 16, com quem teve duas filhas: Vilma e Agnes. O casamento durou poucos
anos.

No início da carreira diplomática, no cargo de cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo, na


Alemanha, Guimarães Rosa conheceu Aracy Moebius de Carvalho, funcionária do Itamaraty,
com quem se casaria.

Aracy era chefe da seção de passaportes do consulado brasileiro em Hamburgo. Ela facilitou a
concessão de centenas de vistos para as famílias de judeus escaparem da morte nos campos
de concentração de Hitler.

Ela desafiou o antissemitismo velado nos bastidores do governo de Getúlio Vargas. Aracy e
Guimarães Rosa foram investigados pelas autoridades do Brasil e da Alemanha.

ABL e Morte
Em 1963, Guimarães Rosa foi eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras
(ABL), mas somente tomou posse em 16 de novembro de 1967. Três dias depois da posse,
sofreu um infarto.

João Guimarães Rosa morreu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967. Aracy morreu
em 2011, aos 102 anos

Obras de Guimarães Rosa

-Sagarana (1946)

-Corpo de Baile (1956)

-Grandes Sertões: Veredas (1956)

-Primeiras Estórias (1962)

-Tutaméia - Terceiras Histórias (1967)

-Estas Estórias (1969) (Obra póstuma)

-Ave, Palavra (1970) (Obra póstuma)

-Magma (1997) (Obra póstuma)


José de Alencar (1829-1877)
José de Alencar (1829-1877) foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político
brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista e o principal
romancista brasileiro da fase romântica. Entre seus romances destacam-se "Iracema" e
"Senhora".

Seu romance "O Guarani", publicado em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro,
alcançou enorme sucesso e serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes que compôs a ópera
O Guarani. Foi escolhido por Machado de Assis para patrono da Cadeira n.º 23 da Academia
Brasileira de Letras.

Infância e Adolescência
José Martiniano de Alencar Júnior nasceu no sítio Alagadiço Novo, Mecejana, Ceará, no dia 1
de maio de 1829. Era filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana
Josefina. Em 1838 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.

Com 10 anos, José de Alencar ingressou no Colégio de Instrução Elementar. Durante a noite,
presenciava os encontros políticos de seu pai. Em sua casa, tramou-se a maioridade de D.
Pedro II, decretada em 1840. Com 14 anos, José de Alencar foi para São Paulo, onde terminou
o secundário e ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.

Em 1844, ao ver o sucesso do livro “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, resolveu


que seria escritor de romances. Entregou-se à leitura dos autores mais influentes da época,
como Alexandre Dumas, Balzac, Lord Byron, entre outros.

Em 1847, com 18 anos, iniciou seu primeiro romance "Os Contrabandistas", que ficou
inacabado. Em 1848 foi para Pernambuco, onde continuou seu curso na Faculdade de Direito
de Olinda, concluído em 1851. De volta a São Paulo levou o esboço de dois romances
históricos: Alma de Lázaro e O Ermitão da Glória, que só seriam publicados no fim da vida.

Advogado, Jornalista e Primeiro Romance


Ainda em 1851, José de Alencar voltou para o Rio de Janeiro onde exerceu a advocacia. Em
1854, ingressou no Correio Mercantil, na seção "Ao Correr da Pena", onde comentava os
acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas.

Em 1855 assumiu as funções de gerente e redator-chefe do "Diário do Rio", onde publicou, em


folhetim, seu primeiro romance Cinco Minutos, em 1856. No dia 1 de janeiro de 1857 começou
a publicar o romance O Guarani, também em forma de folhetim, que alcançou enorme sucesso
e logo foi editado em livro.

Vida Política
Em 1858, José de Alencar abandonou o jornalismo para ser Chefe da Secretaria do Ministério
da Justiça, chegando a Consultor com o título de Conselheiro, ao mesmo tempo em que
lecionava Direito Mercantil.
Em 1860, com a morte do pai, se candidatou a deputado pelo Ceará, pelo partido Conservador,
sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal se encantou com a lenda de
"Iracema" e a transformou em livro.

Em 1865, sob um pseudônimo, publicou Cartas de Erasmo, dirigidas ao imperador onde


descrevia a situação do país. Defendia um governo forte e propunha uma abolição gradativa
da escravatura. Embora D. Pedro II não simpatizasse com Alencar, não se opôs a sua escolha
para o Ministério da Justiça do Império.

Em 1870 foi eleito senador pelo Ceará, porém, com os conflitos com o Ministro da Marinha
não foi o escolhido. Voltou para a Câmara, onde permaneceu até 1877, porém rompido com o
partido Conservador.

Literatura
Mesmo no auge da carreira política, José de Alencar não abandonou a literatura. Em 1864,
casou-se com Georgina, com quem teve quatro filhos, entre eles, Mário Alencar, que seguiria a
carreira de letras do pai. Viu suas obras atacadas por jornalista e críticos que faziam campanha
sistemática contra o romancista.

Triste e desiludido passou a publicar sob o pseudônimo de Sênio, porém, a maioria o louvava.
Durante toda sua vida procurou trazer para os livros as tradições, a história, a vida rural e
urbana do Brasil. Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis, como "o chefe da
literatura nacional". José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro vítima da
tuberculose.

José de Alencar faleceu no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 1877.

Em 1897 foi inaugurada uma estátua em homenagem a José de Alencar, localizada na Praça
José de Alencar, no Flamengo, Rio de Janeiro. O discurso da inauguração foi proferido por
Machado de Assis, quando destacou a importância do escritor para a literatura brasileira.

Características da Obra de José de Alencar


Como romancista, José de Alencar escreveu uma variedade de obras em diferentes gêneros.
Deixou romances indianistas, históricos, regionalistas e urbanos.

-As principais realizações indianistas em prosa de nossa literatura são os três romances de José
de Alencar: O Guarani, Iracema e Ubirajara.

-O primeiro romance histórico de nossa literatura foi As Minas de Prata. Escreveu ainda: A
Guerra dos Mascates, narrativa da famosa revolução de 1710.

-Entre os romances regionalistas destacam-se O Sertanejo e O Gaúcho, que reproduzem


costumes típicos e folclóricos dessas regiões.

-Os romances urbanos caracterizam a Corte e o meio social carioca do Segundo Reinado,
como: A Viuvinha, Senhora, Lucíola e Encarnação.

-Como poeta, José de Alencar escreveu o poema indianista Os Filhos de Tupã.

-Como teatrólogo destacam-se as comédias Verso e Reverso, O Demônio Familiar e As Asas de


um Anjo.
Obras de José de Alencar
-Cinco Minutos, romance, 1856;

-Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, crítica, 1856;

-O Guarani, romance, 1857;

-Verso e Reverso, teatro, 1857;

-A Viuvinha, romance, 1860;

-Lucíola, romance, 1862;

-As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;

-Diva, romance, 1864;

-Iracema, romance, 1865;

-Cartas de Erasmo, crítica, 1865;

-O Juízo de Deus, crítica, 1867;

-O Gaúcho, romance, 1870;

-A Pata da Gazela, romance, 1870;

-O Tronco do Ipê, romance, 1871;

-Sonhos d'Ouro, romance, 1872;

-Til, romance, 1872;

-Alfarrábios, romance, 1873;

-A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;

-Ao Correr da Pena, crônica, 1874;

-Senhora, romance, 1875;

-O Sertanejo, romance, 1875.


-Conclusão
Trabalho concluído, seguindo todas as regras impostas pelo professor, e oque aprendi
sobre alguns escritores brasileiros clássicos.
Eu achei bem interessante e curioso as histórias, de tudo como eles começaram, seus
livros e escrituras, e suas vidas fora da literatura como política etc...E que eles são
extremamente importante para o Brasil e a arte e cultura, fora do Brasil também, e toda
sua imaginação para criar seus livros e fazer esse sucesso todo. E tem muito mais
escritores porem foi falado apenas e já aprendi muito com tudo isso e esse foi o meu
trabalho.

Fonte: https://www.ebiografia.com

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