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The Body Snatchers

inspirado pelo romance de Jack Finney


encenação de Pedro Alves
banda sonora original de First Breath After Coma
C. acorda sozinha no seu quarto. Está desempregada. Este será só mais um dia vazio.
Como já é hábito, toma o pequeno almoço sentada no sofá da sala, com o telemóvel na
mão, a deslizar entre o Instagram e o Whatsapp. É surpreendida por uma notícia que
parece ter incendiado as redes sociais: o Presidente da República, um simpático
septuagenário, suicidou-se depois de matar a mulher e os seus dois filhos. C. envia uma
mensagem ao seu marido, F. Não recebe resposta. Passarão três dias sem saber dele.
Na verdade, já desconfiava que ele a pudesse andar a trair. Recebe uma chamada do
hospital de uma cidade a mais de três horas de viagem, onde F. foi encontrado a vaguear
descalço e desorientado. Quando se reencontram, ele parece já não reconhecer a
mulher. Regressam a casa e C. procurará reconstruir a sua relação com este “novo” F.,
que mais parece uma criança recém-nascida. Um dia, ele admitirá a sua origem
extraterrestre, o que começará por deixá-la incrédula, depois intrigada e, mais tarde,
entusiasmada. Mas e se F. for apenas um dos embaixadores de uma nova ordem que,
invisivelmente, tem vindo a tomar conta do nosso planeta? E se os corpos de todos os
seres humanos já tiverem sido substituídos por cópias alienígenas e a invasão já se tiver
consumado? E se C. for a única sobrevivente de uma espécie à beira da extinção?

Servindo-se de ferramentas digitais e com recurso a técnicas cinematográficas, o


teatromosca propõe criar uma experiência performativa imersiva e interativa, neste
confuso mundo distópico, em que não se percebe bem se o apocalipse está prestes a
acontecer ou se já teve lugar há muito, em que estes Outros (alienígenas) serão
representados pelos próprios espetadores, que se assumirão (in)voluntariamente como
(co)colaboradores do projeto, ganhando um surpreendente protagonismo nas
narrativas paralelas que se vão construindo ao longo da performance. As nossas casas,
as ruas das nossas cidades, os locais de trabalho, serão o cenário deste espetáculo
labiríntico que, tomando emprestados motivos de alguma da mais icónica literatura e
cinematografia de ficção científica e do género fantástico, levar-nos-á a embarcar num
jogo que tem no centro uma experiência sensorial e percetiva “fusional”, envolvendo a
complexidade fisiológica, intelectual e emocional da experiência do corpo, navegando
entre dispositivos, entre plataformas, entre “salas”. O espetáculo poderá decorrer em
simultâneo, em Portugal, no Brasil, em França, no Japão, em Marte ou noutro planeta
qualquer numa galáxia muito, muito distante...

[FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA]


Criação Pedro Alves e First Breath After Coma | Encenação Pedro Alves | Interpretação ao vivo
e em vídeo Milene Fialho, Carolina Figueiredo, Cirila Bossuet e João Pedro Leal | Interpretação
em vídeo Pedro Alves, João Cabral e Leonor Cabral | Banda sonora original First Breath After
Coma | Cenografia Pedro Silva | Conceção de vídeo e realização Ricardo Reis | Figurinos Helena
Guerreiro | Direção técnica e desenho de luz Carlos Arroja | Operação técnica Diogo Graça |
Direção de produção Inês Oliveira | Fotografia e podução executiva Catarina Lobo |
Coprodução teatromosca e Omnichord Records

Duração estimada | 120 minutos


Público-alvo | M/12 anos

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