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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR


ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS

Sd 2º Cl PM Hiuno Calixto Araujo – 177.613-7

Direito Penal Militar

Belo Horizonte
2020
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Sd 2º Cl PM Hiuno Calixto Araújo – 177.613-7

Direito Penal Militar

Trabalho apresentado ao Senhor 1º Tenente


Rangel professor da disciplina de Direito Penal Militar
do Curso de Formação de Soldados da Academia de
Policia de Minas Gerais.

Turma 06 - 1º Corpo de Alunos - ALFA

Belo Horizonte
2020
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1. Em que consiste o princípio da legalidade? (Valor 0,1 pts)

De acordo com Pedrotti e Carvalho (2019):


O princípio da legalidade é previsto pela
Constituição de 1988 e está descrito no inciso
II do artigo 5º.
Inciso II – ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.

Esse inciso trata do princípio da legalidade,


que é uma das bases de um Estado de
Direito – um Estado regido por leis. Segundo
esse princípio, as pessoas podem fazer tudo
aquilo que a lei não as impede e o Estado
pode fazer apenas aquilo que a lei o permite

Antes de explicar como esse inciso funciona


na prática, vamos entender o que é um
princípio e o que significa legalidade:
O que é um Príncipio: Um princípio é a base
ou, como o próprio nome diz, é o início de
tudo. No mundo jurídico, um princípio é uma
idéia que vai sustentar todas as normas.
Então podemos entender que o legislador
definiu a legalidade como um princípio que
sustenta outras leis. Isso significa que as
nossas leis serão criadas sempre levando em
conta essa idéia. Outro exemplo de princípio
da nossa Constituição é a isonomia, segundo
o qual todos são iguais perante a lei.
O que é Legalidade: Quando se fala em
legalidade, a primeira coisa que precisamos
ter em mente é a existência de um conjunto
de normas que devem ser respeitadas. Em
uma sociedade, as leis vão reprovar ou
estimular determinadas condutas e serão
aplicadas por uma autoridade competente.
De acordo com a legalidade, a conduta de
uma pessoa pode estar de acordo com as
leis e ser considerada legal, ou estar em
desacordo com as leis e ser considerada
ilegal.
Assim, o princípio da legalidade garante que
somente as leis podem criar obrigações às
pessoas, ou seja, o Estado só pode exigir
que você faça ou deixe de fazer algo se essa
exigência estiver escrita em uma lei.

2. Conceito formal, material e analítico de crime militar? (Valor 0,1 pts)

Conforme Santos (2017) em seu artigo, “Conceitos de crime: formal, material


e analítico”:
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Conceito Formal: Explora o crime partindo da lei, enquanto instrumento


padronizador e norteador daquilo que podemos ou não, que devemos ou
não. Daí, sob ângulo formal, crime é a conduta definida em lei como tal, isto
é, só haverá crime se o fato ocorrido na realidade possuir perfeita identidade
com aquilo que está definido em lei como crime[1].
Exemplo, no caso do homicídio, definido no art. 121 do Código Penal,
ninguém em sã consciência vai afirmar que matar alguém está de acordo
com a lei. O comando normativo que dali se extrai é que não devemos
matar.
Conceito Material: Agora passamos a investigar se além de a conduta
estar prevista em lei como crime, ela também, de fato (concretamente)
revela ofensa ao que é protegido pela norma (bem jurídico)[3].Assim, sob
esta perspectiva o crime pode ser definido como uma conduta que resulta
em uma lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico[4].

Conceito Analítico: Embora o crime sintetize em si uma verdadeira


unidade, sua compreensão impõe uma decomposição didática de suas
estruturas elementares.Sob este ângulo, o estudo do crime se dedica aos
chamados elementos do crime.
A depender da concepção adotada o crime pode ter dois (fato típico e
antijuridicidade), três (fato típico, antijuridicidade e culpabilidade); quatro
(fato típico, antijuridicidade, culpabilidade e punibilidade) ou cinco (conduta,
tipicidade, antijuridicidade, culpabilidade e punibilidade) elementos.

[1]“Para se praticar um crime, formalmente, o agente precisa realizar a


conduta descrita na lei pelo legislador, violando desse modo a
correspondente norma penal. (...) O conceito formal de delito está vinculado
ao princípio da legalidade (‘ nullum crimen nulla poena sine lege’)”. (GOMES,
Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García-Pablos de; CUNHA, Rogério
Sanches.Direito Penal: parte geral, 2 ed. – São Paulo : Editora Revista dos
Tribunais, 2009, p. 126)

[2]“Sob o aspecto formal, podem-se citar os seguintes conceitos de crime:


‘Crime é o fato humano contrário à lei’ (Carmignani); ‘Crime é qualquer ação
legalmente punível’; ‘Crime é toda ação ou omissão proibida pela lei sob
ameaça de pena; ‘Crime é uma conduta (ação ou omissão) contrária ao
Direito, a que a lei atribui uma pena’. Essas definições, entretanto, alcançam
apenas um dos aspectos do fenômeno criminal, o mais aparente, que é a
contradição do fato a uma norma de direito, ou seja, sua ilegalidade como
fato contrário à norma penal. Não penetram, contudo, em sua essência, em
seu conteúdo, em sua matéria”. (MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de
Direito Penal, 17 ed., São Paulo : Atlas, 2001, p. 95)

[3]“É certo que sem descrição legal nenhum fato pode ser considerado
crime. Todavia, é importante estabelecer o critério que leva o legislador a
definir somente alguns fatos como criminosos. É preciso dar um norte ao
legislados, pois, de forma contrária, ficaria ao seu livre alvedrio a criação de
normas penais incriminadoras sem esquema de orientação, o que,
fatalmente, viria lesar o jus libertatis dos cidadãos” (JESUS, Damásio
Evangelista de. Direito Penal: Parte geral. 24 ed. São Paulo : Saraiva, 2001,
p. 151).

[4]“Conceito material de crime: o mais difundido conceito material de crime é


o que o enfoca como fato ofensivo (grave) desvalioso a bens jurídicos muito
relevantes. Ele realça seu aspecto danoso (sua danosidade social) e o
descreve como lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Crime, portanto,
seria, o fato humano lesivo ou perigoso (ofensivo) a um interesse relevante”
(GOMES, Luiz Flávio; MOLINA, Antônio García-Pablos de; CUNHA, Rogério
Sanches. Direito Penal : parte geral, 2 ed. – São Paulo : Editora Revista dos
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Tribunais, 2009, p. 127)

3. O que é crime militar? (Valor 0,1 pts)

GADELHA (2006) em seu artigo, “você sabe o que é crime militar?” diz:

Um fato, para ser considerado delituoso, deve ser típico, antijurídico e


culpável. Para ser considerado como um delito militar, além de tudo isso,
tem que se amoldar ao artigo 9o do Código Penal Militar (tipicidade indireta).

O artigo 124 da Constituição da República dispõe que compete à Justiça


Militar processar e julgar crimes militares definidos em lei, ou seja, cabe ao
legislador ordinário fixar os critérios para definir o crime militar. Essa lei é o
Código Penal Militar, especificamente o seu artigo 9o, que define o que vem
a ser crime militar em tempo de paz. Contudo, a lei penal militar não define
o que sejam crimes propriamente militares e crimes impropriamente
militares. Estas são apenas expressões doutrinárias. Esses crimes podem
ser classificados como: Crimes militares próprios, imprópios e por extensão.

4. Qual o conceito de crime militar? Explique o que é crime propriamente


militar, impropriamente militar e crime militar por extensão. (Valor 0,1
pts)

Crime militar são condutas descritas no Código Penal Militar e que se


amoldão no artigo 9º do CPM.

Crime militar próprio: É o delito que está tipificado exclusivamente no


Código Penal Militar e somente pode ser cometido pelo militar com execessão do
crime de insubmissão, cujo sujeito ativo somente pode sercivil.

Crime militar impróprio: São aqules crimes que seja qual for o sujeito ativo
está previsto no código Penal Mlilitar com igual definição na legislação penal
comum.

Crime militar por extensão ( Lei n.° 13491/17): São aqueles crimes
previstos exclusivamente na legislação penal comum, ou seja, no código penal (CP)
e na legislação extravagante.
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5. Explique os elementos constitutivos do fato típico. (Valor 0,1 pts)

Segundo Rogério Greco em seu livro “Curso de Direito Penal”:

Conduta, resultado, nexo causal e tipicidade


Conduta: Primeiro elemento integrante do fato típico. Conduta é sinônimo
de ação e comportamento. Quer dizer ainda ação ou comportamento
humano. Seja ele comissivo ou omissivo.
Nexo Causal: É o elo necessário que une a conduta praticada pelo agente
ao resultado por ela produzido. Se não houver esse vínculo que liga o
resultado a conduta levada a efeito pelo agente, não se pode falar em
relação de causalidade e, assim, tal resultado não poderá ser atribuido ao
agente, haja visto não ter sido ele o seu causador.
Tipicidade: Fato típico é composto pela conduta do agente, dolosa ou
culposa, comissiva ou omissiva, pelo resultado, bem como pelo nexo de
causalidade entre aquela e este. Mas isso não basta, é preciso que a
conduta também se amolde, a um modelo abstrato previsto na lei, que
denominamos “tipo”. A adequação da conduta do agente ao modelo
abstrato previsto na lei penal (tipo), faz surgir a tipicidade formal ou legal.
Essa adequação deve ser perfeita, pois, caso contrário, o fato será
considerado formalmente atípico. Se não houver um encaixe perfeito não se
pode falar em tipicidade.
Resultado: É o final da ação onde o agente deu causa para acontecer.
Interferindo nos fatos mesmo que se ele não o fizesse iria acontecer de
qualquer maneira. Mas pela sua ação, teve inteferência, modificando a
sequência normal dos fatos.

6 Diferencie: culpa de dolo; culpa consciente de dolo eventual;


negligência de imperícia e de imprudência. (Valor 0,1 pts)

Conforme NASCIMENTO em seus artigos “Negligência, imprudência e


imperícia” e “Dolo direto, dolo eventual, culpa consciente e culpa
inconsciente” diz:

Culpa: O crime culposo é associado aos casos em que o agente, por


questão de imprudência, negligência ou imperícia, causa algum dano a
outrem. Nesse crime, o agente não prevê o resultado danoso, ou prevê mas
acredita que poderia evitá-lo.
O crime culposo é definido pelo art. 18, inciso II do Código Penal Brasileiro.
Porém, apenas no art. 33 do Código Penal Militar existe a distinção entre
culpa consciente e inconsciente.
Dolo: O dolo é previsto no art. 18, inciso I, do Código Penal Brasileiro, e se
trata da conduta voluntária e intencional de um agente, objetivando algum
resultado ilícito.
Culpa Consciente: Na culpa consciente, o agente prevê a possibilidade do
resultado danoso, mas acredita sinceramente que não irá acontecer.
Ex de Culpa Consiente: Um motorista está dirigindo em alta velocidade.
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Ele vê um pedestre atravessando a rua correndo, em sua frente. Ele sabe


que poderá atropelar a pessoa, mas acredita que o pedestre conseguirá
atravessar. Porém, acaba não dando tempo e o agente atropela o pedestre.
Nesse caso, apesar de prever o resultado, o agente realmente acha que ele
não aconteceria.
Dolo Eventual: No dolo eventual, apesar de o sujeito não desejar o
resultado danoso, prevê e aceita a possibilidade do resultado.
Negligência: Falta de cuidado e desleixo proposital em determinada
situação. Ex: Médico usar utensílios não esterelizados.
Imprudência: Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes
daquelas aprendidas ou esperadas. Ex: Passar o sinal vermelho
Imperícia: Falta de conhecimento ou habilidade específica para o
desenvolvimento de uma atividade científica ou técnica. Ex: Médico
neurologista efetuar uma cirurgia plástica sem aptidão.

7. Diferencie consumação de tentativa. (Valor 0,1 pts)

Conforme MOREIRA (2009) em seu artigo “Consumação e tentativa”:

Consumação: Crime consumado (delito perfeito) é aquele que atingiu o


resultado previsto no tipo penal. De acordo com o art. 14, I, do Código Penal
(CP), o crime é consumado “quando nele se reúnem todos os elementos de
sua definição legal”. Ex.: o homicídio é consumado com a morte da vítima; e
o furto com a retirada do bem da posse da vítima. No crime consumado,
existe uma congruência perfeita entre o tipo subjetivo (dolo, entendido como
intenção dirigida a um fim) e o tipo objetivo (resultado obtido).
Tentado: No crime tentado (delito imperfeito), o agente quer atingir
determinado resultado, mas não o consegue em decorrência de fatores que
independem de sua vontade. De acordo com o art. 14, II, do CP, o crime é
tentado “iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente”. Ex.: o homicídio é apenas tentado se a vítima é
socorrida após o ataque do agressor e sobrevive.

8. Explique o iter iter criminis no direito penal militar. (Valor 0,1 pts)

Segundo o autor CLEBER MASSON (2015) em seu artigo “ As fases do iter


criminis” diz:

“o iter criminis ou caminho do crime, corresponde às etapas percorridas pelo agente


para a prática de um fato previsto em lei como infração penal.”

9. Diferencie crime formal de material e de crime de mera conduta. (Valor


0,1 pts)
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De acordo com o Art. 9° do CPM e com a apostila de Direito Penal Militar do


CFSd 2020 podemos classificar os crimes formal, materia e crime de mera conduta
como:

Crime formal: Pode-se dizer que é o ato ilícito de norma penal que é apenado
com prisão ou qualquer outra sansão penal prevista no ordenamento jurídico. É uma
conduta ilícita, contrária á norma penal, sendo a tal conduta uma prevista em lei.
Crime material: É a conduta que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos considerados
fundamentais para a paz e o convíveu social, ou seja, materialmente pensando,
crime é um comportamento que ofende os bens jurídicos mais relevantes a
sociedade.

Crime de mera conduta: É simplesmente a mera ação do agente em praticar o


crime, o simples fato da conduta criminosa já basta para que configure o crime de
mera conduta.

10. Explique o que é nexo causal. (Valor 0,1 pts)

O nexo de causalidade é a vinculação entre o efeito à causa, ou seja, tendo


que ser motivado por uma ação voluntária de negligência ou imprudência de quem
causou o dano.

11. Explique as excludentes de antijuridicidade e de culpabilidade


existentes no CPM. (Valor 0,1 pts)

Segundo Rogério Greco em seu livro “Curso de Direito Penal”:

Antijuricidade: É a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta


do agente e o ordenamento jurídico de forma ampla, estamos querendo dizer que a
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ilicitude não se resume a matéria penal, mas sim que pode ter natureza civil,
administrativa, tributária etc. Se a conduta típica do agente colidir com o
ordenamento jurídico penal, diremos ser ela penalmente ilícita.
Culpabilidade: É a terceira característica ou elemento ou elemento integrante do
conceito analítico de crime, sendo estudada segundo o magistral ensinamento de
Werzel, após análise do fato típico e da ilicitude, oiu seja, após concluir-se que o
agente praticou um injusto penal. Uma vez chegada a essa conclusão, vale dizer,
que a conduta do agente é típica e antijurídica, inicia-se, um novo estudo, que
agoraterá seu foco dirigido á possiilidade ou não de censura sobre o fato praticado.

12. Diferencie: estado de necessidade; legítima defesa; estrito


cumprimento do dever legal; exercício regular do direito. (Valor 0,1 pts)
Estado de necessidade:

De acordo com o Art. 43 do CPM, considera-se em estado de necessidade


quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que
não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua
natureza e importância, é consideralvelmente inferior ao mal evitado, e o agente não
era legalmente obrigado a arrostar o perigo.

Legítima defesa: De acordo com o Art. 44 do CPM, entende-se em legítima


defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Estrito Cumprimento do dever legal: “Acão praticada em cumprimento a um


dever imposto por lei, penal ou extrapenal, mesmo que cause lesão a bem jurídico
de terceiro” (NUCCI, 2013)
“[…] caso haja o resultado morte decorrente da ação policial, haveria
reconhecimento, preenchido os demais requisitos, de legítima defesa, já seria dificil
aceitar a imposição legal do dever de matar alguém, exceto no exemplo já
mencionado do carrasco.” (NEVES e STREIFINGER, 2012)
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13. Explique o que é a culpabilidade. (Valor 0,1 pts)

De acordo com COIMBRA NEVES (2020) em seu artigo “Qual teoria da


culpabilidade foi adotada pelo Código Penal Militar:

“o vínculo ou nexo psicológico que liga o agente, ou pelo dolo ou pela culpa,
ao seu fato típico e antijurídico” (GOMES, 1996, p. 33).
O art. 38 do CPM, admite que não é culpado, portanto excludente de
culpabilidade, aquele que, observados certos parâmetros, age sob coação
ou em obediência hierárquica, dando a conformação de que a culpabilidade
no Código Penal Castrense não possui como elementos apenas o dolo e a
culpa, como no causalismo clássico, mas também a exigibilidade de
condutadiversa, já que essas situações (coação e obediência hierárquica),
tornam inexigível conduta diversa, exculpando o agente.

14. Explique o dispositivo previsto no artigo 38, alínea “b”, §2o, do CPM.
(Valor 0,1 pts)

O Art. 38, alínea “b”, §2o, do CPM diz, se a ordem do superior tem por objeto
a prática de ato manifestamente criminoso, ou há execesso nos atos ou na forma de
execução, é punível tambem o inferior.
No meu intedimento como discente é que se o inferior executa ordem do superior,
ordem essa, que qualquer pessoa sabe que é a conduta é criminosa, o inferior
tambem sera punido.

15. Qual é o conceito de superior hierárquico? (Valor 0,1 pts)

De acordo com o Art. 24 do CPM. O militar que, em virtude da função, exerce


autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para
efeito da aplicação da lei penal militar.

16. Diferencie: os crimes de recusa de obediência, descumprimento de


missão e desobediência. (Valor 0,1 pts)

Recusa de obediência: O Art.163 do CPM diz, recusar obedecer a ordem


superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto por

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