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POLÍTICAS PÚBLICAS
VOL. 1
PEMBROKE COLLINS
CONSELHO EDITORIAL
DIREITOS HUMANOS
JURIDICIDADE E EFETIVIDADE
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS
VOL. 1
G RU PO M U LT I F O C O
Rio de Janeiro, 2019
PEMBROKE COLLINS
Rio de Janeiro, 2021
Copyright © 2021 Luiz Antônio Reis Junior, Mauricio Pires Guedes, Telson Pires,
Vanessa Velasco, Hernandes Brito Reis (org.)
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Todas as obras são submetidas ao processo de peer view em formato double blind pela Editora e, no caso
de Coletânea, também pelos Organizadores.
D582
v. 1; 704 p.
ISBN 978-65-87489-73-5
CDD 323
RESUMOS 663
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SOBRE O CAED-Jus
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ARTIGOS – DIREITO
CONSTITUCIONAL
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A (NÃO) IMPLEMENTAÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL: UM
PROBLEMA DE COMPETÊNCIA?
Thamires de Mendonça Gomes1
INTRODUÇÃO
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políticas públicas e como ele dialoga com a concretização dos direitos fun-
damentais.
O terceiro e quarto capítulos buscam compreender qual é o papel dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário na implementação de políti-
cas públicas, deixando claro que o presente artigo não pretende esgotar o
tema, mas iniciar um debate que toma difíceis contornos, estando muitas
vezes na fronteira entre o Direito e a Política.
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[...]
[..]
3 A ADI nº 2.808/RS, de relatoria do ministro Gilmar Mendes, versava sobre lei estadual
que instituiu o “Polo Estadual de Música Erudita”, que além de criar o órgão, conferia atri-
buições à Secretaria de Cultura e impunha consignação anual de dotação orçamentária
para a execução do projeto. Na ADI nº 2.654/AL, cujo relator foi Dias Toffoli, ficou consig-
nado que Emenda Constitucional nº 24, do Estado do Alagoas, era inconstitucional pois
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Para o autor, o artigo 61, § 1º, II, e, da Constituição não impede que
o legislativo inicie projetos de lei sobre políticas públicas. Para tanto, ele
elenca algumas razões. A primeira delas é que a competência privativa
é exceção no ordenamento jurídico pátrio, devendo ser interpretada em
sentido estrito. Assim, as hipóteses constitucionais de iniciativa exclusiva
formam um rol taxativo e não importam interpretação ampliativa.
A partir da leitura do artigo 61, § 1º, II, e temos que a criação e a ex-
tinção de Ministérios e órgãos da administração pública são de iniciativa
privativa do Presidente da República. Dessa forma, a Constituição não
impede que o Legislativo legisle sobre políticas públicas, o que ela veda é
“a iniciativa parlamentar que vise ao redesenho de órgãos do Executivo,
conferindo-lhes novas e inéditas atribuições, inovando a própria função
institucional da unidade orgânica” (FILHO, 2013, p. 23).
É possível, pois, que o Poder Legislativo formule políticas públicas a
partir dos órgãos já existentes, a exemplo da Lei nº 12.711, de 29 de agosto
de 2012, que dispõe acerca da reserva de vagas nas universidades públi-
cas brasileiras. Trata-se de uma ação afirmativa que busca universalizar
o acesso ao ensino superior público no Brasil, com foco na população de
baixa renda, bem como nos autodeclarados pretos, pardos e indígenas, que
historicamente foram marginalizados em nossa sociedade.
No mesmo sentido, tem-se também a Lei nº 12.764, de 27 de de-
zembro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Di-
reitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, atribuindo a elas
direitos específicos, além de estabelecer diretrizes para a sua consecução.
Veja-se que não houve a criação de nenhum órgão ou atribuição.
O que se buscou foi a coordenação da atuação de diversos setores do
Poder Público para produzir igualdade material e atender aos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil, que é “construir uma
sociedade livre, justa e solidária; [...] erradicar a pobreza e a margina-
lização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quais-
quer outras formas de descriminalização” (BRASIL, 1988, p. 1-2),
demonstrando que a atuação do Poder Legislativo é fundamental na
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tico”. Mas o que seria mais lesivo para o sistema democrático brasileiro:
a insigne burocracia estatal ou a concretização dos direitos fundamentais
através de uma ordem judicial? (SANTANA, 2019)
Felipe Augusto Viégas Alves e Santana, a partir das críticas feitas por
Ackerman, sustenta que o dogma jurídico da independência dos poderes
carece de uma nova hermenêutica e acrescenta:
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Ora, a cada vez que uma decisão judicial concede alguma pres-
tação material a alguém, ela retira recursos do bolo destinado ao
atendimento de todos os outros direitos fundamentais e demandas
sociais. Cada decisão explicitamente alocativa de recursos envolve
também, necessariamente, uma dimensão implicitamente desalo-
cativa. Em palavras mais toscas, sendo curto o cobertor, cobrir o
nariz implica deixar os pés de fora ... (SARMENTO, 2008).
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a alocação dos recursos das políticas públicas gerais para demandas espe-
cíficas daqueles que já pertencem às classes favorecidas, aumentando o
abismo social, quando na verdade o papel do Estado-Juiz era fomentar a
igualdade material (BARCELLOS, 2008).
Ainda que de mais difícil implementação nas demandas individuais,
os processos estruturais se mostram uma alternativa à falta de expertise do
Poder Judiciário. Através de uma ação conjunta com os demais Poderes, o
Judiciário delegaria funções objetivando a reformulação do modus operandi
das instituições estatais e o seu aperfeiçoamento, a fim de viabilizar a con-
cretização dos direitos fundamentais (SANTANA, 2019).
Assim, a problemática que envolve as políticas públicas no Brasil não
se restringe à questão da competência. A partir de uma leitura sistemática
da Constituição observa-se que a implementação de políticas públicas é um
dever dos Poderes Legislativo e Executivo e, residualmente, do Poder Judi-
ciário na promoção da igualdade material e concretização dos direitos fun-
damentais. Nesse sentido, o próprio texto constitucional prevê mecanismos
de controle, quando verificado que um dos poderes ultrapassou os limites
constitucionalmente estabelecidos ao instituir uma política pública.
Ademais, o Brasil tem um problema estrutural, típico dos países em de-
senvolvimento, cujos recursos são limitados e as demandas ilimitadas, de for-
ma que não é só a falta de interesse político que leva o país a não ter o mesmo
índice de desenvolvimento humano que os países nórdicos, por exemplo.
Esse cenário impõe uma atuação conjunta entre os poderes aliado ao
estudo morfológico da realidade brasileira e ao diálogo com a sociedade
civil, a fim de compreender quais são as maiores necessidades da popula-
ção com a alocação dos recursos para os setores mais vulneráveis, buscando
a eficiência do gasto público e a potencialização dos direitos fundamentais,
para que eles sejam realizados em maior medida.
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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AINDA AS VAQUEJADAS: POLÍTICAS
PÚBLICAS COMO INSTRUMENTOS
PARA SUPERAR A VISÃO DA
MODERNIDADE OCIDENTAL
HEGEMÔNICA SOBRE OS ANIMAIS
NÃO HUMANOS
Luciano Rosa Vicente4
O caput do art. 225 da CF/88 prevê que todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, e do seu § 1º, VII, verte que para
assegurar a efetividade desse direito incumbe ao poder público proteger a
fauna e a flora, vedadas as práticas que submetam os animais à crueldade.
Já do caput do art. 215 aflora que “o Estado garantirá a todos o pleno exer-
cício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará
e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
Esses dois comandos constitucionais se tensionaram fazendo cambalear a
manifestação cultural da vaquejada, depois que o STF julgou a ADI nº 4.983/
CE (2016), declarando inconstitucional a Lei Cearense nº 15.299/2013, que
regulamentou a vaquejada como prática desportiva e cultural no Estado do Ceará.
Entretanto, após a votação com placar de 6x5 no STF, o Congresso
Nacional movimentou-se e restaurou as forças do evento talhando a Lei
nº 13.364/2016, que o reconheceu como patrimônio cultural imaterial, e
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povo. Já Prado Jr. (1972, p. 94), remonta a origem da vaquejada como ma-
nifestação cultural do vaqueiro nordestino, a partir da prática da apartação
nas fazendas de gado, desde a Bahia ao Ceará.
Não há espaço para dúvidas que a vaquejada é um grande aconteci-
mento do calendário dos vaqueiros de várias regiões do país, notadamente
do Nordeste, alçado a evento esportivo e festivo que pertence à cultura
secular dos nordestinos. Por isso, mereceria preservação, dentro de parâ-
metros e condições que respeitem a saúde dos animais, como as que vem
sendo adotadas e podem ser aprimoradas.
Outro aspecto abordado é que soa contraditório descartar uma Lei
que prevê medidas protetivas aos animais e limites aos vaqueiros, num
país que consome toneladas de carne bovina diariamente, num sistema
de abate angustiante, que Vieira (2007) descreveu com detalhes desde o
nascimento ao abate do boi.
Embora pareça que o animal não sinta dor, trata-se de um percurso
sinistro que os 43 milhões de bois abatidos anualmente percorrem para
que os brasileiros comam em média 26 kg de carne bovina ao ano, figu-
rando como o terceiro maior consumidor do mundo, atrás da Argentina
e EUA.
Por essas razões, considerar a Lei Cearense inconstitucional agrediria
o direito à cultura, prejudicaria a economia, fulminaria milhares de postos
de trabalho e retiraria do ordenamento uma Lei que protege os animais.
Por isso, ela deveria ser vista como um passo importante na trilha por uma
interação cada vez mais harmoniosa entre os animais humanos e não hu-
manos, argumentam os defensores das vaquejadas.
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queiros competidores até uma área marcada com cal, agarrado pelo rabo,
que é torcido até ele cair com as quatro patas para cima.
Para provar suas alegações, a PGR apresentou laudo técnico de es-
pecialista demonstrando a presença de lesões traumáticas nos animais em
fuga, com possibilidade de a cauda ser arrancada e consequente compro-
metimento dos nervos e da medula espinhais. Juntou, também, estudo da
Universidade Federal de Campina Grande/PB, revelando lesões irrepará-
veis nos cavalos utilizados, em razão do esforço empreendido.
Ao fazer uma retrospectiva jurídica sobre os direitos fundamentais no
ano de 2016 no Brasil, Sarlet (2016) alinhou-se à corrente vencedora no
STF: as práticas culturais e desportivas que impliquem crueldade com os
animais são vedadas pela CF/88. O que chama a atenção na argumentação
do professor é que para ele o tema não poderia ser objeto de ponderação
com outros princípios, como ocorreu à farta na votação pretoriana.
Isso porque, a vedação dos maus tratos é uma regra constitucional,
não um princípio, por isso já foi objeto de ponderação do legislador cons-
tituinte quando da sua elaboração e aprovação no Congresso Nacional,
descabendo novo balanço de forças.
Cirne (2019, pp. 4-22) toca pela mesma partitura de defesa dos ani-
mais, mas com abordagem diferente, desde a perspectiva do patrimônio
cultural, já que a Lei nº 13.364/2016 reconheceu a vaquejada como patri-
mônio cultural imaterial e a EC nº 96/2017 definiu que não são cruéis os
esportes que utilizem animais em manifestações culturais.
No seu estudo, a professora concluiu que o debate legislativo não se
preocupou com a ofensa à constituição, porque na questão das vaquejadas
ignorou, por exemplo, a temporalidade da proteção cultural, passível de
revisão a cada dez anos, e a posição contrária do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) sobre o reconhecimento da va-
quejada como patrimônio imaterial.
O alerta da professora foi preciso, pois se o órgão competente para
reconhecer um patrimônio cultural não reconheceu, não poderia o Con-
gresso Nacional fazê-lo, como bem pontuou o próprio IPHAN no seu
Ofício nº 852/2016 - PRESI/IPHAN (2016). No documento, o órgão
registrou que a inserção da vaquejada no inventário do patrimônio cultu-
ral é indevida, pois não respeitou a avaliação técnica e não será reavaliada
no tempo.
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pela omissão quanto à degradação causada por uma empresa contra o rio,
sua bacia e afluentes. Essa decisão não é novidadeira, sendo que a pioneira
plantou suas raízes na Corte Constitucional Equatoriana em 2011, quan-
do reconheceu a personalidade jurídica do Rio Vilcabamba.
Segundo Câmara e Fernandes (2018, p. 230), esses dois Acórdãos
são indicação inequívoca da tendência de superação do paradigma antro-
pocêntrico que vigorou nos últimos 500 anos na América Latina. Todas
essas contribuições doutrinárias e jurisprudenciais harmonizam-se com o
entendimento que prevaleceu no STF, de vedação às vaquejadas e quais-
quer eventos que causem sofrimento aos animais.
3. O debate no STF
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Isso significa que mesmo que outros estados não tenham leis regulamen-
tando a vaquejada, os seus opositores podem ingressar com demandas para
impedir a realização dos eventos escorados na tese predominante de que a ati-
vidade maltrata os animais. Portanto, nesse ponto concorda-se com Barroso,
pois as teses em debate são determinantes para o futuro das vaquejadas.
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7. A mudança de paradigma
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Conclusão
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Referências
CAPRA, Fritjof. A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas
vivos. Tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cul-
trix, 1997, p. 35.
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O ATIVISMO JUDICIAL NO BRASIL:
LIMITAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
EQUILÍBRIO ENTRE ATUAÇÃO DOS
PODERES
Natália Pessoa de Oliveira5
Edilla Lucena de Abrantes6
INTRODUÇÃO
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É evidente, pois, que esta atuação deve ser cautelosa, de forma a en-
contrar limites de atuação, sob pena de se vivenciar uma espécie de “dita-
dura do Poder Judiciário”, em que este atua de forma desmedida sobre os
demais e sobre os administrados.
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A POSSIBILIDADE DE HABEAS
CORPUS EM FACE DAS CORREIÇÕES
DISCIPLINARES MILITARES
Luiz Pereira do Nascimento Junior7
Roseana Barbosa da Silva8
INTRODUÇÃO
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uma figura inatingível, uma vez que suas decisões jamais poderiam ser
corrigidas, mesmo que eivadas de vícios.
Se até mesmo os mais altos degraus do judiciário estão sujeitos a erros
e correções, então por qual motivo o legislador teria criado um ente su-
premo? É óbvio que não foi esse o objetivo.
Quando o legislador instituiu este dispositivo, agregou nele a obe-
diência aos outros valores presentes no mesmo texto, de modo que não
caberá Habeas Corpus em punições disciplinares quando estas tiverem em
estrita obediência legal.
Em caso contrário, desnudo da legalidade, o ato que pune militar sem
obediência ao regramento e os princípios constitucionais deverá ser refeito
e corrigido pelo judiciário através do remédio heroico.
Não é demais ressaltar que não existe no texto constitucional qual-
quer distinção entre o cidadão civil (aquele que exerce qualquer outro
tipo de atividade) de outro cidadão militar (que tem atividade profissional
regulada pelo regime militar).
É justo que o Estado, de alguma forma, persiga e alcance a punição
do militar que transgrida o regulamento, o que não é diferente na esfera
cível. Todavia, o mesmo Estado deve obedecer ao que ele mesmo instituiu
no artigo 5º da CF, em resumo, a igualdade perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza.
Rosa (2007) ensina que:
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exercício irregular de suas atribuições, de atos que vão além dos limites
previstos, dando causa ao prejuízo de outra pessoa, são necessários os pres-
supostos existenciais, quais sejam: I) o ato ilícito praticado; II) sujeito ativo
agente público, no exercício de sua função ou em razão dela; III) que não
exista motivo que o legitime.
Dessa forma, uma prisão disciplinar irregular, como vimos anterior-
mente, enseja uma ilegalidade e a existência de crime, conforme a lei de
abuso de autoridade.
Havendo, pois, um crime que se reveste dos requisitos legais que o
colocam como crime militar, o ato abusivo de punir disciplinarmente um
militar, sem o devido calço legal, implica num crime militar, sendo com-
petente a justiça militar processar e julgar o abuso.
Em sendo este o caso, o crime de abuso de autoridade não será pro-
cessado em fase de Habeas Corpus, mas por ação própria iniciada por im-
pulso de um Inquérito Policial Militar, que sustentará possível denúncia
pelo Ministério Público Militar.
O art. 124 da Constituição Federal estabelece que à Justiça Militar
compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Em sendo assim,
compete a ela julgar apenas os crimes militares definidos no Código Penal
Militar. Por outro lado, temos que a transgressão disciplinar não é crime,
mas tão somente um ato administrativo, apartando a analise deste ato pela
justiça militar.
Todavia, em se tratando da análise do Habeas Corpus, entendemos que
seu processamento e julgamento são da alçada da justiça comum, desde que
na Lei de Organização Judiciária do Estado não tenha previsão específica.
Não é demais repetir que o art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal
de 1988, é a consolidação de uma garantia, rígida, imutável, que a todos
é imperativa. Garante o parágrafo 2º, do mesmo artigo e diploma, que as
normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.
É por isso que defendemos a possibilidade da concessão do Habeas
Corpus em punições disciplinares militares.
O crime militar, resultado do cerceamento ilegal por ato indiscipli-
nar, será processado e julgado pela justiça militar, pois se reveste dos re-
quisitos necessários do elemento penal, além de está inserido dentro do rol
taxativo das condutas específicas definidas como crime militar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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abuso de autoridade deve requerer a análise deste fato pelo judiciário. Tal
segurança garante a possibilidade de Habeas Corpus para casos de discipli-
nar militar, uma vez que o texto não faz nenhuma exceção.
Em sendo assim, sanando a incongruência, concluímos pela perfeita
possibilidade de concessão da medida quando o militar estiver tendo sua
liberdade cerceada, ou antes mesmo de tê-la, por ato ilegal ou abusivo.
REFERÊNCIAS
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
84
O CONTROLE DE
CONVENCIONALIDADE NO
ORDENAMENTO JURÍDICO
BRASILEIRO
Laís Miranda Feitosa Rocha9
Thais Miranda Feitosa Rocha10
INTRODUÇÃO
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garantir a invalidação da lei interna sempre que essa for menos benéfica
que o tratado, levando em conta sempre o princípio pro homine. Contudo
a decisão de um juiz nacional que invalida lei interna em favor de um
tratado, só produz efeitos entre as partes, a exemplo do controle de cons-
titucionalidade.
A integração entre o sistema jurídico nacional e o internacional, por
meio da utilização desses procedimentos de controle, faz com que as obri-
gações assumidas pelo Estado sejam cumpridas de forma mais eficaz, não
abrindo espaço para justificativas a violações de direitos humanos, quem
ganha com isso é o ordenamento interno que passa a contar com formas
mais eficazes de proteger os direitos essenciais ao indivíduo.
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REFERÊNCIAS
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TRIBUNAIS CONSTITUCIONAIS PÓS-
PANDEMIA: PERSPECTIVAS
Felipe José Minervino Pacheco11
INTRODUÇÃO
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Olhando a atuação dos TsCs, seja pela sua função precípua, seja pela
realidade social reflexa à pandemia, podemos elencar, ao menos proviso-
riamente - de forma complementar aos regimes indicados por KOER-
NER(2013), com base nas dimensões da fenomenologia política do ju-
rídico -, alguns campos discursivos de interesse: 1-equilíbrio entre os
poderes/ “freios e contrapesos” (atuação do legislativo, executivo e judi-
ciário); 2- pacto federativo (certo destaque deve ser dado a este); 3- direi-
tos fundamentais; 4- direitos sociais; 5- políticas-públicas.
A título explicativo, busca-se a problematização da atuação política
dos TsCs, enquanto rastreamento do processo/“habitus” político. Ciente
das particularidades/diferenças próprias às realidades sociais, econômicas,
político-estruturais e jurídicas de cada país e de cada TC, não as vemos
como obstáculos epistêmicos, mas sim como fonte de informações com-
plementares, de maneira que a perspectiva comparada possibilitará a aná-
lise das respostas ao impacto da crise pandêmica.
Os padrões/esquemas teóricos do Estado e do Poder, em suas diver-
sas searas discursivas, são confrontados pela crise pandêmica e, enquanto
colocados à apreciação dos TsCs são impregnados pelo “trunfo jurídico”
(DWORKIM, 2014, p. 502), recebendo o “crivo” da segurança jurídica.
Enquanto processos multi-segmentados de análise, as decisões dos
TsCs tratam da estabilidade da dinâmica de funcionamento estatal-social.
No panorama ora em apreço, pode-se de imediato, e por óbvio, ressaltar a
importância de variáveis oriundas das ciências médicas (mas não somente
deste campo) na orientação das tomadas de decisões. Isso veremos mais à
frente, quando mostramos que o STF (Supremo Tribunal Federal) tem jul-
gado questões envolvendo a destinação de respiradores artificiais aos estados.
Mesmo que ao poder judiciário não caiba executar políticas públicas
(matéria inerente à atuação do poder executivo), atrelamos como inte-
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16 Estado de defesa, CF88, art. 136: “preservar ou prontamente restabelecer, em locais res-
tritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente ins-
tabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”.
Art. 137: “O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho
de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de
sítio nos casos de: I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que
comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;”.
17 Notídicas do STF: “STF chega a 2,5 mil processos recebidos relacionados à Covid-19”. Dis-
ponível em http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=444371 .
Acesso em 24/07/2020.
18 A título explicativo, utilizaremos “(STF, 2020)” para: SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Prin-
cipais decisões relacionadas à covid-19. Coordenadoria de análise de jurisprudência. STF,
2020. Disponível em http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=resumocovi-
d&pagina=resumocovid.
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20 Notícias do STF: Requisições de bens e serviços contra pandemia não dependem de au-
torização do Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoti-
ciaDetalhe.asp?idConteudo=450880. Acesso em 02/09/2020.
101
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
21 Bundesverfassungsgericht.
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“(...)la Corte debió aprovechar esta valiosa oportunidad para precisar el con-
tenido y alcance de los controles al poder Ejecutivo en un estado de excepción
que responde a la crisis más grave que se ha presentado en lo que va del siglo
XXI.”. (Corte Constitucional da Colômbia, Boletim n. 63, 2020).
22 Houve a reunião dos julgados: 2 BvR 859/15, 2 BvR 1651/15, 2 BvR 2006/15 and 2 BvR
980/16.
23 Foi da Colômbia que originou-se a discussão sobre o estado de coisas inconstitucional:
“Na ADPF 347, verificando a situação periclitante e indigna do sistema penitenciário brasi-
leiro, o Supremo Tribunal Federal decidiu tratar-se de um “Estado de Coisas Inconstitucio-
nal”, teoria criada e adotada originalmente na Corte Constitucional colombiana”. (NUNES
JUNIOR, 2019, pp. 757 e 1178)
103
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
24 “la Corte encontró que el decreto no desconoce ninguna de las demás prohibiciones
constitucionales, en la medida en que no suspende los derechos humanos y las libertades
fundamentales, no vulnera el principio de intangibilidad de ciertos derechos, no desmejora
los derechos sociales de los trabajadores, no interrumpe el normal funcionamiento de las
ramas y órganos del Estado, ni contraría los principios de finalidad, necesidad, proporciona-
lidad, legalidad y no discriminación.”. (Boletim 131, CCC, 2020)
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“por medio del cual se adoptan medidas para sustituir la pena de prisión y la
medida de aseguramiento de detención preventiva en establecimientos peni-
tenciarios y carcelarios por la prisión domiciliaria y la detención domiciliaria
transitorias en el lugar de residencia a personas que se encuentren en situación
de mayor vulnerabilidad frente al COVID-19, y se adoptan otras medidas
para combatir el hacinamiento carcelario y prevenir y mitigar el riesgo de pro-
pagación, en el marco del Estado de Emergencia Económica, Social y Eco-
lógica” (Corte Constitucional da Colômbia, Boletim n.131, 2020)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No que diz respeito à faceta de equilíbrio (ou, por que não, de “Mi-
nerva”) dos TsCs enquanto atores políticos, cumpre notar a relação com o
modelo político que presume “freios e contrapesos”25 sistêmicos do poder.
Ainda, o que reluz da análise da jurisdição constitucional brasileira
supra, percebe-se a relevância discursiva da temática do federalismo. O
STF tem sido um ator político atuante na seara do “equilíbrio” do pacto
federativo.
Com o momento de crise, as fragilidades estruturais são relevadas – é
como que um cutucar das feridas -, o Estado é instado a exercer seu papel
inato de coordenação da vida social.
Podemos destacar assim alguns pontos conclusivos, observados pela
trilha deixada pelos casos supracitados (poucos, é verdade), sobre como/
quando/por que os TsCs atuam politicamente.
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BIBLIOGRAFIA
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A EVENTUAL RELATIVIZAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE DA REDE
E OS IMPACTOS SOBRE A LIBERDADE
DE EXPRESSÃO DO USUÁRIO NO
CIBERESPAÇO NO BRASIL
Cássio Santos Borges26
Denison Melo de Aguiar27
Ygor Felipe Távora da Silva28
INTRODUÇÃO
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Assim, o usuário não poderá sofrer distinções na forma como usa sua
conexão, este é livre pra acessar qualquer conteúdo.
A rede neutra favorece, ainda, os pequenos proprietários de sites e
outros serviços, pois inexiste ordem de preferência no envio de pacotes de
dados ao usuário, sejam dos pequenos ou dos grandes provedores de con-
teúdo. Por outro lado, sem neutralidade, os provedores de internet podem
dar acesso preferencial a sites em detrimento daqueles que não poderão
pagar pelo serviço. Alerta-se ainda que numa circunstância extrema, os
internautas poderão se informar apenas pela visão de mundo de um deter-
minado site. (MICELI, 2017).
Discorrem Fortes e Rigo (2015, pág. 11) que:
113
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
Cumpre ressaltar que o individuo, por outro lado, não pode extrapo-
lar limites. Em princípio, este pode manifestar seu pensamento desde que
não faça de forma obscura, mascarado pelo anonimato, ou seja, desde que
não se utilize, por exemplo, de perfis falsos e, também, que suas eventuais
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[...]
[...]
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
Deve ser dada a preferência por sanções a posteriori, que não en-
volvam a proibição prévia da divulgação – parâmetro (viii). O uso
abusivo da liberdade de expressão pode ser reparado por mecanis-
mos diversos, que incluem a retificação, a retratação, o direito de
resposta, a responsabilização civil ou penal e a interdição da divul-
gação. Somente em hipóteses extremas se deverá utilizar a última
possibilidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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POSIÇÕES POLÍTICAS EM FACE À
GARANTIA CONSTITUCIONAL DA
DEMOCRACIA
Larissa Hofmann29
Luiz Eduardo dos Santos30
INTRODUÇÃO
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2. DIRETA-ESQUERDA VS EXTREMISTAS-MODERADOS
À LUZ DO PENSAMENTO DE NORBERTO BOBBIO
[...] são termos antitéticos que há mais de dois séculos têm sido
habitualmente empregados para designar o contraste entre as ideo-
logias e entre os movimentos em que se divide o universo, eminen-
temente conflitual, do pensamento e das ações políticas. Enquanto
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
mistas e moderados, haja vista que, como citado anteriormente, cada po-
sição política em consonância com um lado da ideologia (ou no centro das
duas) possuem diferentes concepções.
Quanto aos extremistas e moderados é evidente a necessidade de
localizá-los dentro da dicotomia direita-esquerda, compreendendo seus
pontos comuns e os que os diferenciam. Dentro das sociedades demo-
cráticas, presente nos ideais moderados, o debate político é indispensável,
uma vez que possibilita a representação de diversos grupos sociais e ideo-
logias diferentes.
Analisando as perspectivas constitucionais acerca de suas características
e classificações, bem como de seu conteúdo, destaca-se as diferentes dis-
posições que abrangem os dois lados ideológicos da díade direita-esquerda,
uma vez que existem direitos de cunho mais liberal – liberalismo econô-
mico, cujo Estado atua como fiscalizador e regulamentador – e direitos de
cunho mais social, que necessitam de uma posição positiva do Estado.
Vale ressaltar que não somente no campo material existem garantias
de maneira sólida, mas também no campo formal, tendo em vista a repre-
sentatividade popular dos membros do Poder Legislativo, a qualificação e
rigidez do processo legislativo e a garantia dos direitos políticos relaciona-
dos ao sufrágio, que atuam como um mecanismo democrático.
O constitucionalismo, portanto, sendo a Lei maior dentro de um
Estado, garante e assegura, devido suas disposições, que os direitos fun-
damentais referente ao direito à democracia, sejam executados, impossi-
bilitando que os regimes extremistas acabem por impor suas ideologias
legalmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, Jose Luis Bolzan de. Ciência Política
e Teoria do Estado. 8ª edição. Porto Alegre: Livraria do Advoga-
do, 2014.
144
O ATIVISMO JUDICIAL NO
CONTROLE DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS DE SAÚDE NA PANDEMIA
DO COVID-19
Thales Ferreira Leite31
INTRODUÇÃO
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
1 ATIVISMO JUDICIAL
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E continuam:
149
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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O PODER NORMATIVO DAS
AGÊNCIAS REGULADORAS E A
DEFINIÇÃO DE “DROGAS” PELA
ANVISA COMO COMPLEMENTO DE
NORMA PENAL INCRIMINADORA.
Márcio Antônio Alves de Oliveira
Marco Aurélio de Jesus Pio
Carlos Humberto Naves Junior
Célio Roberto Pinto de Araújo32
1 INTRODUÇÃO
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35 Diferentemente das empresas públicas e sociedades de economia mista que são entes de
direito privado (ROSSI, 2020).
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entorpecentes (art. 33), como também associação para o tráfico (art. 35)
e financiamento do tráfico (art. 36) sem ferir o princípio da legalidade.
Para explicar melhor o assunto e sem a pretensão de esgotar o tema,
é importante não olvidar que as normas penais incriminadoras (definem
crimes) possuem um preceito primário (que descreve a conduta típica) e
um preceito secundário (que estabelece a pena a ser cumprida pelo agen-
te). Avançando nas classificações das normas penais, quando o preceito
primário é incompleto e requer, portanto, um “complemento” para sua
perfeita compreensão, têm-se uma “norma penal em branco ou primaria-
mente remetidas”. (GRECO, 2017).
As normas penais incriminadoras em branco ou primariamente re-
metidas podem ter por “complemento” uma definição advinda da mesma
fonte de produção, ou seja da “lei em sentido estrito”, nesse caso são ditas
homogêneas. Um bom exemplo é o crime de bigamia (art. 235 do CP),
para cuja compreensão e perfeito enquadramento típico requer o conheci-
mento do conceito de “casamento” que é obtido no art. 1511 do Código
Civil.
Note-se que a norma penal em branco (art. 235 do CP) e o respectivo
complemento (art. 1511 do CC), ambos, originam-se da mesma fonte de
produção: a lei, através do regular processo legislativo (art. 59 e seguintes
da CF/88), em tom didático: “ambas possuem a mesma (“homo”) gêne-
se, emanam do mesmo Poder Legislativo, isto é, do Congresso Nacional
(GONÇALVES, BALTAZAR JUNIOR, 2019).
De outra banda, nas normas penais em branco ou primariamente re-
metidas podem ter por complemento um conceito advindo de outra fonte
de produção, de outro poder e é justamente esse o caso de todas as infra-
ções penais que perpassam pelo conceito de drogas, estatuídas na Lei nº
11.343/2006: tráfico de entorpecentes (art. 33), como também associação
para o tráfico (art. 35) e financiamento do tráfico (art. 36).
Neste último caso são denominadas de “normas penais em branco
heterogêneas”, isto porque a normal penal, como não poderia deixar de
ser, ante o princípio da legalidade a seguir retomado, provém de regu-
lar processo legislativo, de lei em sentido estrito (ex vi o art. 5º, inciso
XXXXIX e art. 22, inciso I, da CF) e o complemento se origina em ato
do Poder Executivo, justamente a Portaria nº 344/1998 do Ministério da
Saúde, atualizada periodicamente pela ANIVISA.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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OS PRINCÍPIOS INSTRUMENTAIS
DE INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS NO BRASIL
Edeilson Ribeiro Bona 36
INTRODUÇÃO
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37 De acordo com a doutrina de Virgílio Afonso da Silva (2011, p. 44): Há autores que susten-
tam que entre regras e princípios há uma diferença de grau. A partir dessa ideia, há aqueles
que sustentam que o que distingue ambos seria o grau de importância: princípios seriam as
normas mais importantes de um ordenamento jurídico, enquanto as regras seriam aquelas
normas que concretizariam esses princípios. Há também aqueles que distinguem ambos a
partir do grau de abstração e generalidade: princípios seriam mais abstratos e mais gerais que
as regras. Outras classificações baseadas em algum tipo de gradação são possíveis.
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2. OS PRINCÍPIOS INSTRUMENTAIS DE
INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
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que, além de configurarem limites ao poder do Estado, são também uma parte da
legitimação do próprio Estado” (MORAES, 2004. p. 599), pois, ao fim, aca-
bam, “determinando seus deveres e tornando possível o processo democrático em um
Estado de Direito” (MORAES, 2004. p. 599).
O caráter instrumental de tal princípio decorre da imposição de res-
peito aos ditames estabelecidos constitucionalmente, pela maneira de edi-
ção da lei estabelecida ou pelo trato material que a Constituição estabelece
a ser cumprido (BARROSO, 2009, p. 372).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
FRENTE AO RACISMO ENRAIZADO
NA SOCIEDADE
Ana Luiza Schmidt Baracho39
Lorena Chamone Vita40
INTRODUÇÃO
Esse artigo tem como eixo norteador abordar de uma maneira sucinta
um tema bastante atual que é o racismo na sociedade brasileira.
Assim, o primeiro capítulo nos traz a questão das relações raciais, pois
o Brasil, composto de 209,5 milhões de pessoas, onde 56% da população
são compostas por negros é importante salientar que, poucas vezes vemos
em salas de aulas, restaurantes e outros estabelecimentos, pessoas negras.
Logo em seguida, adentramos na questão conceitual do racismo, dis-
criminação, e o papel do estado no combate a essas práticas que infeliz-
mente ainda imperam nos dias de hoje.
Nesse sentido, o racismo estrutural, tema bem atual e pouco conheci-
do vêm à tona, juntamente com a questão da representação. Assim, surgem
os movimentos como “feminismo negro”, “vidas negras, importam?” e
“pretitudes” para corroborar com a temática e para cobrar mudanças não
só no judiciário, mas na sociedade como um todo com o objetivo de mos-
trar, cobrar e conscientizar uma postura dos atuantes da sociedade.
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Nesse aspecto, a lei deve estruturar e se fazer valer, para que os direi-
tos de quem sofre qualquer tipo de preconceito ou descriminação sejam
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“Eu brinco que, muitas vezes, pessoas brancas nos colocam no lu-
gar de “Wikipreta”, como se nós precisássemos ensinar e dar todas
as respostas sobre a questão do racismo no Brasil. Essa responsabi-
lidade é também das pessoas brancas — e deve ser contínua. “(RI-
BEIRO, 2019, p.21)
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par, pois, além de ser um direito previsto em lei, é um dever ético e moral
respeitar qualquer indivíduo, pertencente a uma sociedade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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negros sofreram durante séculos. E essa ação afirmativa busca inserir cada
vez mais a pessoa afrodescendente nas universidades públicas brasileiras,
ressaltando a igualdade e diversificação.
Portanto a inserção do negro no âmbito educacional possibilita maio-
res oportunidades no qual sempre foram escassas ou sofreram uma ascen-
são social.
REFERÊNCIAS
202
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
BRASILEIRA: UMA LEITURA DO
PROCESSO OBJETIVO A PARTIR
DO MODELO DE JUSTIÇA
CONSTITUCIONAL LATINO-
AMERICANO
João Paulo Marques dos Santos41
INTRODUÇÃO
203
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
dulação dos efeitos das decisões para não afetação do concreto de forma
substancial, a intervenção através de Amicus Curiae, além de, inclusive,
autorizar a produção de provas periciais, em alguns casos. Logo, o que
seria esses fatos, senão a manifestação do concreto no processo objetivo?
Estudos como o de Tavares (2007) e Herani (2015), buscam demons-
trar que a ideia restritiva do processo objetivo, quanto à sua pureza em
apenas defender a Constituição, por si só, já não encontra respaldo no
âmbito do direito brasileiro, pois vários institutos que são, notadamente,
de origem do processo subjetivo, estão sendo utilizados constantemente
no controle concentrado.
Assim, o objetivo da presente pesquisa é discutir a influência do mo-
delo de Justiça Constitucional adotado pelo Brasil na construção de um
novo modelo de jurisdição constitucional concentrada.
Com o fim de alcançar esse objetivo, a pesquisa foi dividida em quatro
tópicos. O primeiro tem a finalidade de esclarecer de forma geral o pro-
cesso objetivo e como ele é caracterizado. O segundo possui um viés mais
histórico, porém a ideia é analisar em que contexto o modelo europeu de
Justiça Constitucional para compreender a razão de ser do processo objeti-
vo e a necessária abstração dos fatos. O terceiro busca investigar o modelo
de Justiça Constitucional latino-americano, com o fim de enquadrar o
atual modelo brasileiro. O quarto tópico discutirá as questões do processo
objetivo e as influências recebidas a partir do processo subjetivo, relacio-
nando com modelo de Justiça Constitucional brasileiro.
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processuais são tão específicos que não enquadrados em nenhum dos mo-
delos tradicionais, muito embora esses fazerem parte em maior ou menor
grau nas diversas jurisdições constitucionais desses países.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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(IN)CONSTITUCIONALIDADE DA
PRISÃO DO DEPOSITÁRIO INFIEL
E O SEU ENQUADRAMENTO NO
TRATADO DE SÃO JOSÉ DA COSTA
RICA
Eduardo Aires Franchi42
Larissa Puhl Bif43
INTRODUÇÃO
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1. DIREITOS HUMANOS
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Por sua vez, a Constituição de 1988 dispõe que ninguém será preso
po dívida, estando a prerrogativa arrolada juntamente com os direitos e
garantias fundamentais, contúdo, manteve as ressalvas do depositário in-
fiel e do devedor de alimentos. Nesse sentindo, apresentou grande avanço
ao delimitar que o inadimplemento do devedor de alimentos e do depo-
sitário infiel deve ser voluntário e inescusável, ou seja, “é preciso que o
devedor queira descumprir sua obrigação e não tenha qualquer desculpa,
para tanto” (AZEVEDO, 1993, p. 64).
227
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Através desse pacto são delimitados dois órgãos para análise de atos
que infrinjam as regras expostas pelo pacto, são elas: a Comissão Inte-
ramericana de Direitos Humanos e a Corte Interamericana de Direitos
Humanos. Com a criação da Comissão Interamericana de Direitos Hu-
manos, surge o órgão responsável por avaliar situações em que os direitos
humanos supostamente estão sendo violados nos seus países membros.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos tem a função de julgar
os casos, analisar os fatos expostos e decidir se os mesmos infringiram os
direitos protegidos pelo Pacto. A adesão do Brasil a esse Pacto aconteceu no
ano de 1992, no dia 26 de Maio, durante o governo do presidente Itamar
Franco. Somente no dia 6 de Novembro de 1992 o pacto entrou em vigor
no Brasil e é tido como o principal Pacto Internacional seguido pelo país.
A questão do depositário infiel é tratada no artigo 7º do Pacto de San
José da Costa Rica. Conforme esse artigo “Ninguém deve ser detido por
dívida. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária
competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação ali-
mentar”. Nota-se então que a adesão desse pacto contraria a Constituição
Federal de 1988 no seu artigo 5º, inciso LXVII. Sobre isso, Melgaço e
Moreno (2015, p. 02) citam que:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Prisão civil por dívida. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1993.
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Prisão civil por dívida. 2. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2000.
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
BULOS,UadiLâmmego. DireitoConstitucional.Saraiva:SãoPaulo,2010.
CARVALHO, Wellinton. Tratados internacionais de Direitos
humanos anteriores à emenda Constitucional 45: o problema
do Status normativo. Disponível em: http://www.fdv.br /publi-
cacoes /periodicos/revistadireitosegarantiasfundamentais/n8/11.pdf.
Acesso em: 08 set. 2020.
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ARTIGOS – DIREITOS
FUNDAMENTAIS
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CORONAVÍRUS E DIREITOS
HUMANOS: ESTUDO SOBRE A
VIOLAÇÃO DO DIREITO À VIDA, À
LIBERDADE E À SEGURANÇA NA
PANDEMIA
Hiana de Lima Melo44
Maria Gabriela Gama de Oliveira45
Jurema Cristina Martins Bernardo46
Anne Heracléia de Brito e Silva47
INTRODUÇÃO
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a vida ou decidir quem deve viver e quem deve morrer, percebe-se que
em tempos de COVID-19 esse direito vem sendo ameaçado e retirado de
vários indivíduos. Esse perigo perpassa desde as medidas de isolamento
social, que limitam a locomoção dos indivíduos e os mantém mais tempo
em casa, colocando em perigo à vida de pessoas que estão expostas a vio-
lência contínua, até a alta letalidade do vírus, sua fácil transmissão e falta
de capacidade do Sistema Público de Saúde promovendo uma escassez de
insumos hospitalares limitando assim, o direito fundamental à vida.
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Das 316 regiões de saúde com número de leitos de UTI pelo SUS
abaixo do mínimo, 142 regiões não possuem leito algum. Em ter-
mos populacionais, isto significa que 14,9% da população exclu-
sivamente dependente do SUS não contam com leitos de UTI na
região em que residem. [...] Estas regiões se concentram no Norte,
Nordeste e Centro-Oeste: ao todo, 30,5% da população unica-
mente dependente do SUS no Nordeste, 22,6% no Norte e 21,0%
no Centro-Oeste residem em regiões de saúde sem leitos de UTI.
Esses números contrastam com o padrão nas demais áreas do país.
Menos de 1,0% da população atendida pelo SUS na região Sul
e 3,6% na região Sudeste residem em regiões sem leitos de UTI
(RACH, et al., 2020, p. 03).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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JUIZADOS ESPECIAIS E A BUSCA DO
CIDADÃO PELA EFETIVIDADE DO
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO
ACESSO À JUSTIÇA
Nivea Maria Dutra Pacheco 48
“Ele não está aqui, fui eu quem tocou o sino”, respondeu o camponês.
“Mas então, ninguém morreu?” Insistiram os habitantes; o camponês res-
pondeu novamente: “Não, ninguém que tivesse um nome ou a figura de
uma pessoa, eu toquei o sino pela Justiça, porque a Justiça está morta”.
(SARAMAGO, 2002, p. 3)
INTRODUÇÃO
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O Estado não permite que se faça justiça com as próprias mãos, ca-
bendo ao cidadão ir ao Estado para obter a Jurisdição, mas, para obtê-la,
necessário é que as “portas” do Judiciário estejam abertas, sem entraves ou
empecilhos ao seu acesso.
Mas até onde pode o Estado intervir na vida privada de uma pessoa?
Para essa pergunta, dificilmente obter-se-á uma única resposta ou uma
resposta definitiva. No entanto, há um ponto de partida para um limite
mínimo, qual seja, o direito à informação, diante do poder do Estado de
intervir para formar um indivíduo com maior capacidade de compreen-
são; além de se poder exercer a cidadania e contribuir para o crescimento
da Democracia do país, fazendo com que, diante da participação efetiva
no resultado da lide, sintam as partes que receberam do Estado dignidade
suficiente para terem a qualidade de cidadão.
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co, ou mesmo, buscando, por meio de convênio como, por exemplo, com
o Conselho de Psicologia treinamento para os conciliadores objetivando
facilitar o relacionamento do conciliador com as partes.
O conciliador, por sua vez, deve se esforçar para que ocorra um diá-
logo entre as partes, na tentativa de que ouvindo umas às outras possam
buscar uma solução pacífica para a composição do conflito. Não pode o
conciliador limitar-se e ser um “ponto de passagem” do ingresso inicial
do cidadão ao judiciário à sala de Audiência de Instrução e Julgamento.
Não raras às vezes em que as partes adentram a audiência de conciliação
e ouvem apenas a seguinte frase: “Há possibilidade de acordo?”, e em
sendo a resposta rápida e negativa, o máximo que se limita o conciliador
é informar às partes que a Audiência de Instrução e julgamento será “de-
signada” para o dia e horário tal ou que será “convolada” (termo também
desconhecido do cidadão leigo).
Desta forma, o que se tem feito é não se privilegiar o princípio da ora-
lidade, retirando das partes o tempo para que possam refletir sobre o caso e
um possível acordo. Deve o juiz como Coordenador de seu juizado deixar
claro que a audiência de conciliação, não é apenas uma fase obrigatória
prevista no procedimento da Lei 9.099/95, mas, um meio concedido ao
cidadão para buscar a pacificação e resolução de seus conflitos, fazendo do
procedimento do juizado um verdadeiro acesso à justiça.
O princípio da oralidade é critério que deve ser posto como obrigató-
rio, prevalecendo a linguagem sobre a escrita com uma aproximação das
partes ao magistrado, numa busca incessante ao alcance da verdade.
A Lei 9.099/95 objetiva com a democratização da justiça a desburo-
cratização do processo e a efetividade da prestação jurisdicional, não de
cunho quantitativo, mas qualitativo, resgatando o fundamento do exercí-
cio da cidadania.
A linguagem no trato com o cidadão, desde o funcionário do cartó-
rio, passando pelo conciliador ou qualquer outro intermediário até chegar
ao juiz deve ater-se a simplicidade, de forma que a parte sinta-se con-
fortável com as explicações e orientações, sem o receio de dizer que não
compreendeu o que lhe fora explicado.
Assim, embora inúmeros acertos caibam ainda ser implementados para
que se possa, efetivamente, atingir os objetivos propostos pela Lei 9.099/95,
podemos afirmar que os juizados demonstraram que uma “causa de peque-
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A PROPAGAÇÃO
DESCARACTERIZADA DOS DIREITOS
HUMANOS PARA A NEGAÇÃO
SELETIVA DE DIREITOS.
Francisca Alynne Ribeiro Rolim
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defesa de direitos em diversos países, mas por que essa declaração incomo-
da tanta gente?
A liberdade de expressão e religiosa, a educação, o trabalho, a pro-
priedade privada, a dignidade e o direito à vida são direitos inalienáveis
de qualquer indivíduo, sendo inadmissível a violação, e é papel dos
direitos humanos resguardar esses direitos. No entanto, num discurso
equivocado de alguns, o que se espalha é que os Direitos Humanos só
servem para proteger “bandidos” fazendo com que o conceito direitos
humanos sejam deturpados e seus defensores sejam hostilizados, de-
monstrando que não há uma educação voltada para o esclarecimento
e o conhecimento dessa declaração universal que se dispõe a preservar
e a valorizar a vida. “Sob perspectiva de emancipação, as contradi-
ções que perpassam os Direitos Humanos tornam-se evidentes, tanto
porque o conceito de sujeito de direito tem servido, no plano da re-
gulação, para o exercício legal da violência e da coação de indivíduos e
coletividades” (CHAUÍ, 2013, p. 31). Com isso, iniciar uma educação
voltada para os direitos humanos desde cedo é muito importante para
compreender tais conceitos que defendem à vida, à liberdade e os di-
reitos de todos sem distinções, aniquilando a relativização da violência
seletiva e compreendendo que direitos devem ser dados a todos inde-
pendentemente da situação que o outro seja ou esteja.
Por fim, este texto irá trazer questionamentos de como os direitos
humanos se espalham no senso comum e como podemos desconstruir
esses conceitos desviados que agridem e banalizam todo um trabalho de
preservação e valorização da vida de todos. E como a educação pode tra-
zer a compreensão de que à manutenção dos direitos fundamentais, que
muitos ignoram, seja por desconhecimento ou por estar em condições de
privilégios, é importante. A pesquisa bibliográfica foi a metodologia utili-
zada para a elaboração deste trabalho.
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fendem que somos diferentes perante a lei e que uns merecem tratamentos
diferenciados, isso é exemplo de segregação.
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legitima-se que o seu um dia seja negado, é um efeito dominó que che-
gará, uma hora ou outra, a todos. “Trata – se do homem, como sujeito
dotado de necessidades, desejos, aspirações, sentimento e razão. Não é
somente um ser privado e um ser social, é, também, um animal políti-
co”. (MBAYA, 1997, p.20). A negação dos direitos essenciais promove
a desigualdade que pode ser determinante para o aumento da violência.
O aumento da violência é exemplo de que o direito do outro está sendo
negado e ele vai tentar conseguir de qualquer maneira, com isso, todos nós
nos tornamos vítimas.
Deve-se ressaltar como a educação deveria agir nesse processo de
esclarecimento e defesa dos direitos humanos. Gorczevski;Tauchen
(2008) defendem uma educação complementar à educação geral: uma
educação para os direitos humanos. Para eles, “a Educação em Direitos
Humanos é essencialmente a formação de uma cultura de respeito à
dignidade humana, através da promoção e da vivência de atitudes, há-
bitos, comportamentos e valores como igualdade, solidariedade, coo-
peração, tolerância e paz”.
Assim sendo, é preciso reivindicar transformações sociais e democrá-
ticas que implicam à aplicação dos direitos a todas as pessoas com respeito
e igualdade. Entendendo esses conceitos, veremos que é muito simples o
verdadeiro conceito dos Direitos Humanos e como é importante todos
defendê-los.
Considerações finais
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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politico.com.br/2015/10/7-cliches-sobre-direitos-humanos-que-
-precisam-ser-desconstruidos.html > Acesso: 20 de Mar de 2020.
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282
AS DISTINTAS DIMENSÕES DE
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Alexsandro de Morais Rodrigues49
INTRODUÇÃO
49 Advogado, pós graduando em direito penal e processo penal pela Fundação Escola Su-
perior do Ministério Público e pós graduando em docência do ensino superior pelo Centro
Universitário Ritter dos Reis.
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1. DIREITOS FUNDAMENTAIS
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subsistência digna, garantidos pelo Estado, uma vez que reconhecidos tais
direitos, assim como delegado ao Estado o dever de suprir tais necessidades.
Para SARLET (2012), muito embora reconhecida amplamente a im-
periosidade dos direitos sociais de segunda dimensão, estes, apenas foram
amplamente introduzidos em um número considerável de constituições
dos Estados, após o segundo pós guerra. Apenas após o reconhecimento
de tais direitos dentro de pactos internacionais em grande número, sendo
os direitos sociais amplamente aceitos em tal período, devido seu vínculo
com a ideia de igualdade.
Também, o autor entende que, as tamanhas deliberações sobre tais
direitos que geraram a elaboração de pactos internacionais, assim como,
estes serem reconhecidos dentro de constituições, se dá pelo seu irrefutá-
vel elo com a ideia de bem estar social guiado pelo ente estatal. Direitos
de segunda dimensão, não se baseiam apenas em direitos sociais prestacio-
nais, englobando também, liberdades sociais, como a liberdade de sindi-
calização, greve e direitos fundamentais dos trabalhadores, tais como férias
e um salário mínimo por seu labor.
Assim, os direitos da segunda dimensão, não se limitam a direitos
prestacionais, pois seriam um marco, por reconhecer o indivíduo parte
da sociedade como sujeito de direitos e detentor de necessidades. Desta
forma, criando distinção entre tais direitos e os direitos difusos, pois os
direitos da segunda dimensão observam o indivíduo em si, de maneira in-
divisível, muito embora trata-se de direitos sociais, o bem estar social não
obstem a garantia de bem estar a indivíduos detentores de necessidades
específicas, muitas vezes, os menos favorecidos.
Portanto, conclui o autor SARLET (2012), que o estado de bem estar
social, objeto principal dos direitos positivos, não poderia ser alcançado
através apenas de meios não intervencionistas, mas observando de manei-
ra detalhada as necessidades sociais, como da classe trabalhadora em rela-
ção a classe empregadora e sua desigualdade de poder, para assim intervir,
nas medidas e proporções necessárias para a garantia do bem estar social.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
BRASILEIRA EM BUSCA DE
EFETIVIDADE
Ana Keuly Luz Bezerra50
INTRODUÇÃO
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águas, pelo solo, pelo subsolo, pela fauna e flora. Concentra o fenômeno
da homeostase, consistente no equilíbrio dinâmico entre os seres vivos e
o meio em que vivem”.
As primeiras normas ambientais deram um enfoque utilitarista da
natureza, na medida em que era considerada como um bem inesgotável.
A Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente
e criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente, definia o meio ambiente
como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas”. Essa conceituação foi muito inovadora para a sua época,
por estender a proteção jurídica a todos os elementos da natureza de uma
forma interativa e global.
Somente a partir de 1981, com a promulgação da Lei nº 6.938/81,
ensaiou-se o primeiro passo em direção a um paradigma jurídico-econô-
mico que holisticamente tratasse e não maltratasse a terra, seus arvoredos
e os processos ecológicos essenciais a ela associados. Mas nunca um dia o
homem teria imaginado que a água, as plantas, o ar, enfim os bens natu-
rais poderiam tornar-se escassos (SÉGUIN, 2006). Neste sentido que a
Lei Fundamental de 1988 atribuiu ao meio ambiente uma configuração
jurídica diferenciada, ao classificá-lo como direito de todos e bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, atribuindo a esse
bem um dimensionamento muito mais significativo.
O ambiente artificial, consoante Fiorillo (2008, p. 21) é compreen-
dido “pelo espaço urbano construído, consistente no conjunto de edifi-
cações, e pelos equipamentos públicos”. Seu estudo retroage ao inicio da
vida humana e da conseqüente necessidade de a natureza adequar-se à
convivência entre os homens. Na visão de Barros (2008, p. 144), “é aquele
estruturado através da cidade e a possibilidade de nela se viver com quali-
dade de vida, contexto que é disposto através da lei”.
Entretanto, o enfoque do direito ao meio ambiente artificial é, real-
mente, as cidades, que é o espaço onde atualmente habita a maior parte
da população brasileira e mundial, cabendo por isso ao poder público pro-
mover o acesso ao lazer, à infraestrutura urbana, à moradia, ao saneamento
básico, aos serviços públicos e ao transporte. É nesse contexto que a Carta
Magna estabelece o direito às cidades sustentáveis, o que deve ser feito por
meio de uma política urbana apropriada e participativa, nos moldes do que
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52 Eis algumas normas infraconstitucionais que tutelaram aspectos do meio ambiente nos
últimos anos: Lei 9.605/1998 que reordena a legislação ambiental quanto às infrações e
punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo
para punir os infratores do meio ambiente; Lei 10.308/2001 que dispõe sobre a seleção de
locais, a construção, o licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, a
responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos; Lei n.
11445/2007 que criou a Política Nacional do Saneamento Básico; Lei n. 11.460/2007 que
dispõe sobre o plantio de organismos geneticamente modificados em unidades de conser-
vação; Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a
Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao gerenciamento ambiental
adequado dos resíduos sólidos; Lei 13.123/2015 que dispõe sobre o acesso ao patrimônio
genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a
repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade. Legislação
disponível em: <WWW.planalto.gov.br.br>. Acesso em 24 fev. 2018.
53 Nas palavras de Novelino (2010): Os direitos fundamentais não surgiram simultanea-
mente, mas em períodos distintos conforme a demanda de cada época, tendo esta consa-
gração progressiva e sequencial nos textos constitucionais dado origem à classificação em
gerações. Como o surgimento de novas gerações não ocasionou a extinção das anterio-
res, há quem prefira o termo dimensão por não ter ocorrido uma sucessão desses direitos:
atualmente todos eles coexistem. Os direitos fundamentais de primeira dimensão são os
ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com cará-
ter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, seu principal destinatário.
Ligados ao valor igualdade, os direitos fundamentais de segunda dimensão são os direitos
sociais, econômicos e culturais. São direitos de titularidade coletiva e com caráter positivo,
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54 Dá-se o nome de jurisdição (do latim juris, «direito», e dicere, «dizer») ao poder que
detém o Estado para aplicar o direito ao caso concreto, com o objetivo de solucionar os
conflitos de interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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MORAES, Luís Carlos Silva de. Curso de direito ambiental. 2.ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
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A LIVRE MANIFESTAÇÃO DO
PENSAMENTO E O DIREITO À
IMAGEM: UMA ANÁLISE DA COLISÃO
DE DIREITOS FUNDAMENTAIS NO
ÂMBITO DA INTERNET
Duane Daisy Duarte de Alencar
INTRODUÇÃO
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se faz presente na ontologia dos outros valores, repassando para eles a sua
própria materialidade”.
Nesse diapasão, nota-se que a democracia é preceito fundamental.
Por meio dela é que são garantidos outros direitos fundamentais. A de-
mocracia garante a liberdade de expressão e vedá-la não só ofenderia este
direito, mas também o princípio do Estado Democrático de Direito, oca-
sionando assim o detrimento de valores, princípios e normas constitucio-
nais. Bobbio (2004) demonstra que:
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Alguns dos temas em debate relativos à matéria tratada são aqueles re-
ferentes às caricaturas e às fotos instantâneas feitas em multidões. Quanto
à caricatura, deve haver o consentimento expresso do indivíduo retratado.
Já as fotos realizadas em meio a multidões, estas são lícitas, desde que não
exista nenhum tipo de destaque da pessoa e estejam dentro das hipóteses
de permissão. O direito à imagem também sofre limites, estabelecidos
pelas exigências da coletividade. Como, por exemplo, serviços de política,
fins científicos, didáticos ou culturais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Mill, Jonh Stuart. Sobre a liberdade. Tradução Ari R.Tank Brito .São
Paulo.Heda. 2010
330
O ACESSO À ÁGUA E A VIOLAÇÃO
DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DE
PESSOAS VULNERÁVEIS NO CURSO
DA PANDEMIA DA COVID-19 NO
BRASIL
Rogers Alexander Boff55
Valéria Koch Barbosa56
INTRODUÇÃO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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COSTA, Jales Dantas da. Direito Humano à água. In: CONTI, Irio
Luiz; SCHROEDER, Edni Oscar. (Org.). Convivência com o
Semiárido Brasileiro: Autonomia e Protagosnismo Social. Bra-
sília: IABS, 2013. Livro disponível para E-book. Disponível em:
<http://plataforma.redesan.ufrgs.br/biblioteca/mostrar_bib.php?-
COD_ARQUIVO=17909>. Acesso em: 23 ago. 2020.
343
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
MAIA, Ivan Luis Barbalho. O acesso à água potável como direito humano
fundamental no direito brasileiro. Revista do CEPEJ, Salvador, v.
20, p. 301-338, jul.-dez. 2017. Disponível em: <https://portalseer.
ufba.br/index.php/CEPEJ/article/view/27165/16363>. Acesso em:
23 ago. 2020.
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DIREITOS FUNDAMENTAIS
SOCIAIS: PANORAMA HISTÓRICO,
FUNDAMENTO TEÓRICO E
EFETIVIDADE
Raquel Braz Scarpe Morgan57
INTRODUÇÃO
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1. PANORAMA HISTÓRICO
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2. FUNDAMENTO TEÓRICO
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3. EFETIVIDADE
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sos econômicos para a sua efetivação, assumiu-se que as normas que consa-
gram direitos sociais teriam a feição de normas programáticas, dependentes,
portanto, da formulação de políticas públicas para se tornarem exigíveis.
Dizer, por exemplo, que a norma inscrita no art. 196, CRFB con-
substancia tão somente norma programática – incapaz de produzir efeitos
concretos, apenas indicando diretrizes a serem observadas pelo poder públi-
co – significaria negar a força normativa da Constituição. Não obstante, o
mesmo dispositivo constitucional informa que o direito à saúde será garan-
tido por meio de políticas sociais e econômicas, permitindo ao intérprete
concluir que a própria evolução da medicina e as oscilações do jogo polí-
tico-eleitoral implicar-lhe-ia um viés programático. Isto porque sempre há
uma nova descoberta, um novo exame, um novo prognóstico ou procedi-
mento cirúrgico, uma nova doença ou a volta de uma doença supostamente
erradicada, bem como há alterações de agenda política, de acordo com os
ciclos de poder (STF, STA 175 AgR/CE, 2010, DJe 30/04/2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tos sociais. In: Cláudio Pereira de Souza Neto & Daniel Sarmento,
Direitos sociais: fundamentação, judicialização e direitos sociais em
espécies, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. P. 587-599.
361
A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS NO CONTEXTO
BRASILEIRO PARA A MANUTENÇÃO
DO ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
Rafael Pimentel 58
Sabrina Cassol59
Danilo Scramin Alves60
Fabiana David Carles61
INTRODUÇÃO
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Estes pactos sociais, por sua vez, passaram por extenso desenvolvi-
mento, acompanhando a evolução das entidades sociais, de modo que
assumiram diversas formas e aplicações. Tanto como ocorreu com as ins-
tituições internacionais, o Estado brasileiro sofreu profundas mudanças,
principalmente no que se refere ao nível de intervenção das organizações
públicas para a efetivação e manutenção dos direitos sociais, tratando pri-
mordialmente daqueles considerados fundamentais a todo e qualquer in-
divíduo componente da sociedade brasileira.
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A justiça social, por sua vez, trata das relações do indivíduo com a
comunidade. (...) Deste modo, a justiça social, ao tratar daquilo que é
devido à comunidade, não faz nada além de determinar quais são os
deveres em relação a todos os membros da comunidade. Assim, os de-
veres de proteção ao meio ambiente, no direito ambiental, dizem res-
peito, diretamente, àquilo que o indivíduo deve à comunidade como
um todo, mas indiretamente, a todos os membros da comunidade.
Não faz sentido, dizer que, por um dever em relação a X ou Y, como
particulares, uma floresta não pode ser destruída. Mas é perfeitamente
correto afirmar que isto é devido também a X ou Y como membros
da comunidade, pois no limite, os deveres de direito ambiental têm
como sujeito titular de direitos cada um dos membros que integram a
comunidade. Assim, a justiça social, ao regular as relações do indiví-
duo com a comunidade, não faz mais do que regular as relações do in-
divíduo com outros indivíduos, considerados apenas na sua condição
de membros da comunidade. (BARZOTTO, 2003, p. 6)
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TRÁFICO DE MULHERES NA
AMAZÔNIA: A IMPORTÂNCIA DA
GARANTIA E EFETIVAÇÃO DOS
DIREITOS HUMANOS FRENTE AO
COMBATE E ENFRENTAMENTO AO
TRÁFICO DE MULHERES NA REGIÃO.
Tânia Nunes Esashika62
Thirso Del Corso Neto63
Ygor Felipe Távora da Silva64
Introdução
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REFERÊNCIAS
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nos-indica-relatorio/>.
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A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE DOS MENORES EM
SITUAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Maria das Dores Lopes da Silva Ferreira Félix65
Flávio Gutenberg de Oliveira66
INTRODUÇÃO
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A.F. 17 anos:
“ Eu moro com minha mãe que é costureira e meu pai que é pe-
dreiro. Tenho um irmão estudei até a 7ª. Série. estou preso por
assalto a mão armada e tráfico de drogas. Já fui preso várias vezes.
A gente fica a maioria do tempo dentro da cela, as vezes joga bola,
aqui não tem muito o que fazer, ai... a gente assiste . Aqui não
tem muita estrutura boa, mas é o jeito ficar aqui pra se re-
cuperar. Aqui dentro é de um jeito, lá fora é outro. Tenho,
vontade real de mudar, estudar , trabalhar , a pessoa sonha
em sair daqui e tem vontade de mudar, mas a própria so-
ciedade não deixa. A mudança e recuperação eu sei que de-
pende do meu esforço e da contribuição da sociedade, acei-
tando a gente de novo. Eu sei que vou sair daqui e vou ser
um homem de futuro e de bem.” (grifo nosso)
K.R. 19 anos:
400
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J.F. 16 anos:
“Não conheço meu pai (...) Minha mãe me criou com outros três
irmãos, e sobrevivemos com a ajuda do pai dela. Minha mãe co-
nheceu outra pessoa que me criou. Vivemos tranquilamente em
casa porque o pai que me criou foi criado por uma irmã mais ve-
lha rígida, que nos criou assim. Ele não gosta muito de mim por-
que não sou seu filho legal. Ele gosta dos outros três. No Dia das
Crianças, meus irmãos receberam presentes, mas eu não, ele não
me deu e minha mãe comprou para mim.
N.C. 15 anos:
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
F.A. 18 anos:
R. 18 anos:
“Meu pai e minha mãe são muito bons para mim. Meu pai é me-
cânico e minha mãe é costureitra. Quando eu era criança, saía
para roubar frutas nos sítios de outras pessoas. Minha mãe
me batia, não achava certo o que eu fazia. Gosto de jogar bi-
loca na rua, de andar de bicicleta ... Minha casa é um barraco,
tem um quarto e uma cozinha, o banheiro é fora. Minha
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infância foi infeliz e sofri muito. Na escola, falei que ia, mas não
ia. Trabalhei de boia fria. Era distante onde eu trabalhava e
eu queria comprar uma moto, comecei a roubar, fui pego”
(grifo nosso)
W.J. 19 anos:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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O DIREITO AO LIVRE EXERCÍCIO DOS
CULTOS FRENTE AS LIMITAÇÕES
DECORRENTES DA PANDEMIA
CAUSADA PELO COVID-19
Hilzemara de Oliveira Alcântara68
Erivaldo Cavalcanti e Silva Filho69
INTRODUÇÃO
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de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma
da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.” (Brasil, 1988).
De igual modo o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos discorre:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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420
O IMPACTO DO CONHECIMENTO
JURÍDICO A RESPEITO DA LEI DOS
USUÁRIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Wilmara Batista Silva Aires70
Ronny Cesar Camilo Mota71
INTRODUÇÃO
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mesmo, a forma de atendimento a ser prestado a eles por parte dos agentes
públicos, nos termos do art. 5º, inciso I da referida Lei.
Partindo desses conceitos, a saúde, enquanto atividade ofertada pelo
Estado, é um serviço público e, assim sendo, esta Lei, se aplica às relações
entre os pacientes, sendo definidos como usuários, e os profissionais, os
agentes públicos que exercem o atendimento, levando em consideração as
diretrizes previstas na Lei.
Ante ao exposto, é possível correlacionar as diretrizes da Lei
13.460/2017 com a Política Nacional de Humanização e com a Lei Orgâ-
nica da Saúde, que regulamenta o SUS.
427
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
mente nas unidades pesquisadas. Por fim, a terceira fase, em que se aplica
novamente o questionário semiestruturado para verificar se a intervenção
educativa contribuiu para a construção do conhecimento jurídico destes
profissionais na prática dos seus serviços.
Na primeira fase da pesquisa, ou seja, antes da intervenção, verifica-se
conforme a tabela 1 em anexo, que apenas dois profissionais (11,77%) afir-
mam conhecer muito a Lei em discussão, entretanto, quando questionados
a respeito de algum princípio ou diretriz que a fundamenta, nenhum deles
sabe responder, e apesar de dizerem que a conhecia, demonstram em ações,
desconhecimento a respeito desta temática. O resultado se confirma quan-
do verifica-se que nove (52,9%) dos dezessete, configurando a maioria dos
entrevistados não conhece nada a respeito da Lei, demonstram, contudo,
interesse em conhecê-la, saber do que se trata, e principalmente, quais as
suas possíveis influências na prática dos trabalhos em saúde.
Após a intervenção educativa, resultado diferente se observa, reve-
lando que oito profissionais (47,05%) passam a conhecer em profundi-
dade a Lei, sendo inclusive capazes de citar princípios e diretrizes que
a fundamenta, tais como, cortesia, respeito, efetividade e continuidade
dos serviços prestados. Outros cinco (29,41%) afirmam conhecê-la, mas
não a ponto de se sentirem capazes o suficiente para discutirem sobre ela.
É importante considerar que, dos dezessete profissionais entrevistados na
primeira fase, quatro (23,5%) não opinaram após a intervenção, alguns
por estarem de férias e/ou licença, e outros por decidirem não participar.
A Lei dos Usuários dos Serviços Públicos – Lei nº 13.460/2017, é
também conhecida como o Código de Defesa dos Usuários dos Serviços
Públicos, e, antes que seja falado sobre sua eficácia é necessário saber se ela
é conhecida por aqueles a quem se destina. Nesse sentido, resta claro que
os profissionais não sabem da existência desta Lei e, então, a intervenção
realizada contribui para trazer clareza a respeito de sua existência e, da
necessidade de realizar mais ações que tragam conteúdo jurídico para a
prática do trabalho em saúde.
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Nesse sentido, deve ser feita uma escuta profissional realmente qua-
lificada, centrada nas reais necessidades do paciente e de sua família, in-
vestigando suas condições e hábitos de vida e, então, podendo identificar
os determinantes e condicionantes para a construção do processo saúde e
doença do paciente que o procura.
Por esta razão, o acolhimento deve ser desde a recepção do paciente
na unidade, recebendo-o com empatia, cordialidade, respeito e com pro-
fissionais dispostos a olhar holisticamente, de maneira humanizada, isto é,
como um todo a ser observado, e isso inclui conhecer suas particularida-
des e seus direitos. Tais diretrizes constam inclusive na Lei dos Usuários
dos Serviços Públicos, dados que confirmam que ela deve ser aplicada na
rotina dos serviços públicos de Saúde.
Neste contexto, quando perguntados se o fluxograma de atendimen-
to nas unidades de saúde do município pesquisado está de acordo com a
Lei dos Usuários dos Serviços Públicos, antes da intervenção, como visto
na tabela 5 em anexo, três profissionais (17,64%) dizem que está.A maio-
ria (70,58%), por não conhecer a Lei não sabe dizer e, dois profissionais
(11,77%) dizem que não.
Após a intervenção, dados relevantes precisam ser considerados uma
vez que, durante toda a execução da pesquisa e, através dos relatos dos pro-
fissionais durante a entrevista, verifica-se que há efetividade e continuida-
de no atendimento ofertado ao paciente, na maioria das vezes. O acesso
aos serviços é rápido e os pacientes acabam conhecendo essas formas de
acesso e alcançam a solução para o que procuram.
Por esse motivo, após conhecerem a Lei mediante a intervenção, doze
profissionais (70,58%), afirmam que o fluxograma de atendimento está
de acordo com os preceitos da Lei em análise. Entretanto, relatam neces-
sidade de melhora nesse atendimento, uma vez que, o primeiro contato
com o paciente apresenta fragilidades em decorrência, principalmente, do
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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-Universal-dosDireitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direi-
tos-humanos.html. Acesso em 21 set de 2019.
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
ANEXOS
Tabela 1 - Questão 1: Você conhece a Lei dos Usuários dos Serviços Públicos –
Lei nº 13.460/2017?
Nº DE % Nº DE %
PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS
Sim, Sim,
conheço 02 11,76 conheço 08 47,05
muito muito
Não
04 23,5
opinaram*
99,95 99,97
Total 17 17
100 100
* Tomando por base, a população de 17 profissionais. Sendo que 04, não opinaram na
etapa pós intervenção.
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Tabela 2 - Questão 2: Você acredita que esta lei pode influenciar no primeiro atendimento
prestado ao paciente?
Nº DE % Nº DE %
PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS
Não sei,
Não sei, pois não
pois não 11 64,70 0 0,0
conheço a Lei
conheço a
Lei
99,99 99,97
Total 17 17
100 100
* Tomando por base, a população de 17 profissionais. Sendo que 04, não opinaram na
etapa pós intervenção.
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Nº DE % Nº DE %
PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS
Não
04
opinaram* 23,5
99,99 99,97
Total 17 17
100 100
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Nº DE % Nº DE %
PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS
Não
04
opinaram* 23,5
99,99 99,97
Total 17 17
100 100
* Tomando por base, a população de 17 profissionais. Sendo que 04, não opinaram na
etapa pós intervenção.
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Nº DE % Nº DE %
PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS
Não sei,
Não sei,
pois não
pois não 12 70,58 0 0,0
conheço a
conheço a
Lei
Lei
Se Sim,
cite ao Sim,
menos um de que
03 17,64 12 70,58
princípio maneira?
e uma
diretriz.
Não
04
opinaram* 23,5
99,99 99,97
Total 17 17
100 100
* Tomando por base, a população de 17 profissionais. Sendo que 04, não opinaram na
etapa pós intervenção.
440
O DIREITO AO SANEAMENTO
BÁSICO COMO DIREITO
FUNDAMENTAL E SOCIAL E O
MÍNIMO EXISTENCIAL
Viviane Cristina Martiniuk72
1. INTRODUÇÃO
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2. DIREITOS FUNDAMENTAIS
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73 A teoria das gerações foi desenvolvida por Karel Vasak por meio de (i) um texto publi-
cado em 1977, bem como (ii) por uma palestra proferida em 1979. Tal palestra foi fruto de
uma Conferência no Instituto Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo (França)
– 1979: Pelos Direitos Humanos da Terceira Geração: os direitos de solidariedade.
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
5. DISCUSSÕES E RESULTADOS
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O saneamento básico é uma questão antiga e até uma utopia a ser al-
cançada. Com aumento populacional, a natureza já não consegue exercer
o papel de reciclar os dejetos deixados pelo homem e o homem, por sua
vez, não consegue resolver os problemas de infraestrutura em saneamento
básico. Percebe-se que além de serviço essencial para a população, deve ser
reconhecida como elemento integrante da dignidade da pessoa humana,
sendo fundamental ao desenvolvimento do ser humano e ao bem-estar
existencial.
Embora sempre assegurado pela Lei 11.445/2007 e constar na Cons-
tituição Federal, na prática, o saneamento básico, item primordial a vida
humana, inexiste em muitas localidades brasileiras ainda nos dias de hoje.
Para o oferecimento de prestação de serviços de saneamento básico,
há a necessidade de recursos sejam eles materiais, humanos e tecnológicos,
vez que há de se considerar a execução das obras voltadas a esses serviços
e diante disso, há a necessidade de grandes investimentos, os quais reque-
rem sensibilidade e vontade política daqueles que ocupam o governo, pois
lideram e liberam os recursos financeiros necessários.
As justificativas sobre os investimentos voltados ao saneamento básico
estão voltadas nas áreas mais habitadas, onde os problemas sempre são os
maiores e podem serem desprovidos de forma parcial ou até mesmo total
desses serviços de infraestrutura urbana, pois sempre insurgirão dificulda-
des técnicas e também operacionais e tudo isso será uma responsabilidade
atribuída aos municípios, por meio de gestão e, talvez, a necessidade de se
prever o futuro em detrimento dessas áreas. E, diante disso, fatos e deses-
perançada, a população recorre ao Poder Judiciário como forma de fazer
valer seus direitos primordiais e esse fenômeno da judicialização das políti-
cas públicas ambientais acaba tornando essa esfera um poder protagonista
e fundamental, responsivo nas demandas públicas.
Então, o caminho da resolutiva para as questões judiciais sobre o tema
pode ser a imersão dos operadores do direito no conceito de saneamento
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7. REFERÊNCIAS
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462
ARTIGOS – DIREITO SOCIAIS
463
O DIREITO À ALIMENTAÇÃO
E A PROBLEMÁTICA DE SUA
EFETIVIDADE
Túlio Almeida Rocha Pires74
INTRODUÇÃO
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Em face disso, observa-se que ele podia ser assegurado mesmo antes
da previsão expressa do direito alimentar na Constituição de 1988, como
medida fundamental para concretizar dispositivos até então vigentes.
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75 De acordo com o professor Jean Ziegler em sua obra Destruição em massa: a geopolítica
da fome (2015), a palavra oligopólio é usada para “[...] melhor caracterizar o funcionamento
dos mercados em que um número muito pequeno (oligo, em grego) de ofertantes (vende-
dores) se contrapõe a um grande número de demandantes (compradores)”. (ZIEGLER, 2015,
p. 153). Ziegler é vice-presidente do Comitê Consultivo de Direitos Humanos das Nações
Unidas, e demonstra em sua obra como a sistemática industrial vigente retira da plantação
a figura do agricultor, colocando-a em pertencimento de poucos detentores da propriedade
privada ou de um restrito grupo empresarial.
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76 De acordo com a professora Marilena Chauí (2019) em seu texto Neoliberalismo: a nova
forma do totalitarismo, se utiliza a expressão operações como “estratégias balizadas pelas
ideias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo
particular que a define. É regida pelas ideias de gestão, planejamento, previsão, controle e
êxito” (CHAUÍ, 2019, p. 1), denota ainda o registro de uma sistemática militarizada, e a ser-
viço de interesses de organizações instrumentalizadas em favor de interesses particulares
restritos. Chauí explica, “uma organização se define por sua instrumentalidade, fundada nos
pressupostos administrativos da equivalência. Está referida ao conjunto de meios particula-
res para obtenção de um objetivo particular.” (CHAUÍ, 2019, p. 1).
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE SOB
A ÓTICA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL (STF)
Michelle Marinho do Nascimento77
Gláucia Maria de Araújo Ribeiro78
INTRODUÇÃO
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dos pilares da existência humana digna, razão pela qual não podem ser
esquecidos.
Em suma, o mínimo existencial surgiu para proteção dos cidadãos
por meio da efetivação de uma parcela das garantias constitucionais
aptas a proporcionar ao ser humano uma vida com dignidade, frente
a todo o descaso que o Estado tem com as necessidades mais urgentes
dos cidadãos.
Portanto, o direito ao mínimo existencial não possui positivação au-
tônoma na Constituição Federal de 1988, mas pode ser extraído de inú-
meras normas constitucionais contidas nos artigos 1º, 3º, 5ºe 6º. Trata-se
de direito implícito inerente à condição humana digna e fundamentado
na liberdade.
Sendo necessário que se reconheça certos direitos subjetivos a presta-
ções ligados ao mínimo necessário para a existência digna do indivíduo, e
não somente para sua subsistência. Sem a garantia desse mínimo impres-
cindível para a existência humana, há uma afronta direta ao direito consti-
tucional à vida e, mais que isso, a uma vida com dignidade, base de todos
os direitos fundamentais e humanos. Não é possível, no entanto, elencar
taxativamente os elementos que compõem o Mínimo Existencial de cada
direito, sendo necessária uma análise cautelosa do caso em concreto e do
direito fundamental em questão.
2. A TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL
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3. TEORIA UTILITARISTA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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496
A NECESSÁRIA CRIAÇÃO DE
POLÍTICAS MUNICIPAIS PARA
ATENÇÃO ÀS PESSOAS PORTADORAS
DO TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO
COMPULSIVO
Natália Rossi Doro80
INTRODUÇÃO
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“Do total de 226 denúncias, 113 (50%) foram confirmadas como casos de
acúmulo compulsivo, representando uma taxa geral de 6,45 casos por 100
mil habitantes em Curitiba, dos quais 48 (42,5%) envolviam acumulado-
res de objetos, 41 (36,3%) acumuladores de animais e 24 (21.2%) acu-
muladores de animais e objetos. Foi identificada uma correlação positiva sig-
nificativa (p < 0,01) entre os casos identificados e a densidade populacional
do bairro e em todos os estratos populacionais analisados (total e por gênero
e idade), e uma correlação negativa significativa (r = -0,2; p = 0,03) com
renda média do bairro. Foi encontrado um cluster espacial de cases na região
norte da cidade (OR = 8,57; p < 0,01). Os casos de acúmulo compulsivo
mostraram-se relativamente frequentes em Curitiba e estiveram associados
diretamente a padrões de distribuição populacional e inversamente à renda
média do bairro.” (CUNHA GR, et alii., 2017)
CONCLUSÕES
507
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
o que pode ser realizado por meio de reuniões periódicas para discussão
conjunta dos casos atendidos, considerando as particularidades de cada
sujeito, convidando os órgãos ou entidades públicas envolvidos no atendi-
mento dos casos de pessoa em situação de acúmulo que serão discutidos;
Imprescindível, ainda, a realização de atividades que contribuam para
o processo de educação permanente, tanto dos profissionais de saúde e de
outros órgãos envolvidos no atendimento dos casos.
Nos casos de situação de acúmulo de animais, é imperioso desenvolver
ações e metas visando a redução dos riscos e a manutenção dos animais em
condições adequadas de alojamento, alimentação, saúde, higiene e bem-es-
tar, bem como, promovendo a redução gradativa do número de animais em
consonância com o sujeito, à medida que o vínculo é reestabelecido.
Nos casos de situações de acúmulo de objetos, o ideal seria o desen-
volvimento de ações e metas acordadas visando a redução dos riscos e a
manutenção de um ambiente saudável, promovendo gradualmente a des-
tinação adequada dos dejetos, em consonância com o sujeito à medida que
o vínculo é reestabelecido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TERRITORIALIZAÇÕES FEMININAS:
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO
CURRICULAR EM SERVIÇO SOCIAL
EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Desirre Vitória de Morais Mariano81
Ângela Maria Pereira da Silva82
INTRODUÇÃO
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visto que tais famílias podem estar mais expostas a riscos devido a regu-
lação social, a ausência de proteção e consequentemente de desamparo.
Outro destaque foi a atividade voltada a violência doméstica em que
as usuárias puderam compartilhar suas experiências de vida, de forma que,
aos poucos, compreenderam juntas que estas manifestações iam além da
forma física, o que facilitou a interpretação das diferentes formas de vio-
lência que constam na Lei Maria da Penha. Também, conversamos sobre
a Constituição Federal de 1988, esclarecendo que esta é nossa lei maior e
que deveria ser suficiente para a proteção de todos/as, mas, infelizmente,
alguns segmentos sociais ainda sofrem diversas violências, preconceitos, e
no caso destas mulheres, a reprodução da cultura patriarcal.
A mudança de comportamento das usuárias durante os processos
reflexivos foi bastante perceptível, principalmente quanto a relação entre
elas mesmas. Estas passaram a ouvir o que as outras tinham a dizer de for-
ma mais atenta e respeitosa (sem julgamentos ou comentários pejorativos,
e que eram muito recorrentes no início do grupo). A partir de atitudes
positivas, pode-se perceber que estavam desenvolvendo empatia por expe-
riências vividas pelas outras participantes e passaram a procurar o serviço
quando entendiam que algo não estava bem com as demais. Passaram a
estabelecer cuidados com os filhos umas das outras, conseguiram iniciar
processos reflexivos sobre a reprodução de comportamentos machistas
que estavam muito presentes em seus cotidianos de vida (principalmente
em relação aos pré-julgamentos que faziam às mulheres que sofriam al-
gum tipo de violência, mesmo que todas elas também já tivessem sofrido).
A experiência de estágio proporcionou um excelente exercício, onde
o projeto de intervenção prosseguiu pela equipe trabalhadora do CRAS,
visto que as mulheres aderiram a proposta desde o início.
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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DA IDEALIZAÇÃO CONSTITUCIONAL
À REALIDADE: UMA ANÁLISE
DA SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO
FUNDAMENTAL BRASILEIRA
CONFORME O IDEB (2017)
Carolina Polvora Bica 88
INTRODUÇÃO
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METODOLOGIA
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REFERENCIAL TEÓRICO
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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giram um índice igual ou maior do que 6,0 no Ideb. Já quase 10% (dez
por cento) do total, mais do que o número que atinge a meta, portanto,
fica abaixo de 3,7 (INEP, 2017, p.24). Já quanto às escolas particulares nos
anos iniciais de ensino:
A rede privada participa com 18% das matrículas nos anos iniciais
do ensino fundamental no país. Apesar de apresentar um Ideb 1,6
ponto superior ao observado na rede pública, a rede privada não
alcançou a meta proposta para 2017. Entretanto, em 15 unidades
da federação a rede privada obteve um Ideb igual ou superior a 7,0
e 16 atingiram a meta. (INEP, 2017, p. 28)
Observa-se que o meta do Ideb para o Rio Grande do Sul para 2017
da rede privada (Anos iniciais) era de 7,1. Foi atingido 7,4. Comparan-
do-se com a meta total para os anos iniciais, para o ano de 2017, tinha-
-se 5,9 e atingiu-se] 5,8. Logo, o estado ficou abaixo da média. A rede
pública (tanto municipal quanto estadual) tinha estipulada a meta para
o Rio Grande do Sul de 5,7. Foi atingido o índice de 5,6 (INEP, 2017).
Também abaixo. Reporta-se que o próprio “Resumo Técnico” traz após
brevíssima análise da educação privada o comparativo: “[...] a evolução do
desempenho do Ideb da rede pública nos anos iniciais foi bastante expres-
siva nessas sete edições, resultando numa proporção superior a 70% dos
municípios classificados no intervalo “Maior que 0,71” em 2017.” (INEP,
2017, p. 30).
Já quanto aos anos finais do ensino fundamental da educação básica,
no total de redes de ensino houve aumento do Ideb, porém abaixo do
esperado e a meta não foi atingida. No Rio Grande do Sul, a meta para o
ano de 2017 era 5,3 e foi alcançado o índice de 4,6.
A rede pública também fica abaixo da rede privada nos anos finais do
ensino, sem ela o índice diminui em 0,3. De qualquer modo não alcança
a meta. Para os anos finais do ensino fundamental na rede pública a meta
do Rio Grande do Sul era de 5,1; atingiu-se 4,4; assim, como a maioria
dos estados brasileiros, não alcançou a meta. Assim, levando-se em consi-
deração todas as escolas da rede pública, apenas nove estados atingiram a
meta proposta: “[...] em 22 estados, menos da metade de seus municípios
alcançaram a meta proposta para o ano de 2017” (INEP, 2017, p. 36).
531
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
A rede pública nos anos finais apresenta pouca melhora nos índices do
Ideb, ainda que constante. Porém, abaixo dos anos iniciais. De se salien-
tar que os estados que apresentam bons índices iniciais conseguem man-
ter o desempenho nos anos finais do ensino fundamental da rede pública
(INEP, 2017, p. 37).
No Rio Grande do Sul foi calculado o Ideb em 458 (quatrocentos e
cinquenta e oito) municípios. Desses, 12 (doze) atingiram o índice de 3,4;
163 (cento e sessenta e três), 226 (duzentos e vinte e seis) entre 3,5 a 4,4; e
57 (cinquenta e sete) entre 4,5 a 5,4; e, entre 5,5 ou mais. Ou seja, 49,3%
dos municípios gaúchos restaram com o índice entre 4,5 a 5,4 (INEP,
2017, p.40). Já os anos iniciais, como já exposto, 42,9% dos municípios
atingiram o índice de 6,0 ou mais (INEP, 2017, p. 23).
Quanto à rede como meta atingir o percentual de 4,8. Obteve 4,5.
O Rio Grande do Sul apresenta índice mais grave, com meta em 5,0 e
consecução de 4,3. Somente em 1/4 (25,6%) dos municípios brasileiros a
meta proposta para a rede estadual fundamental nos anos finais foi atingida
(INEP, 2017, 43-44).
Para a rede pública municipal, anos finais, a proporção quase se man-
tém: só 26,8% dos municípios atingiram a meta. Observa-se que, como
mencionado, nos anos iniciais essa proporção foi de 69,9% (INEP, 2017,
p.21). Além disso, há enorme desigualdade entre as regiões e, “No sul,
6,4% das escolas estão com Ideb menor ou igual a 3,4.” (INEP, 2017,
p.45). Nesta região, no Rio Grande do Sul, foram avaliadas 975 escolas
públicas da rede municipal em seus anos finais. Dessas, 93 (noventa e três)
obtiveram Ideb de até 3,4; 324 (trezentos e vinte e quatro) de 3,4 a 4,4;
410 (quatrocentos e dez) de 4,5 a 5,4; 148 (cento e quarenta e oito), 5,5 ou
mais. Verifica-se assim que 50,6% das escolas da rede pública municipal
nos anos finais têm Ideb de 4,5 a 5,4 (INEP, 2017, p.46). Quanto à rede
privada nos anos finais:
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A meta do Ideb para as escolas dos anos finais da rede privada era de
7,0, somente foi atingido o índice de 6,4. No Rio Grande do Sul, a meta
era de 7,2; o Ideb alcançado foi de 6,7. Compilaram-se os dados acima
apresentados nas seguintes tabelas:
533
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
finais isso não se repete. Havendo assim uma piora nos índices nos anos
finais do ensino fundamental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.
Acesso em 04 mar 2020.
535
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
536
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE
COVID-19
Larissa Puhl Bif90
INTRODUÇÃO
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538
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
548
UM NOVO OLHAR SOBRE O
ORÇAMENTO PÚBLICO PARA A SUA
UTILIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO
DE EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS
SOCIAIS
Caroline Levergger Costa
INTRODUÇÃO
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mento como lei meramente autorizativa não se coaduna mais com o con-
junto de valores e diretrizes traçadas por nosso ordenamento, sobretudo
no panorama constitucional. O orçamento, portanto, deixa de ter caráter
meramente autorizativo passando a ter caráter determinante ou mesmo
impositivo.
O art. 174 da Constituição Federal estabelece que cabe ao Estado
exercer dentre outras funções a de planejamento e, no mesmo viés, o pla-
nejamento não é elaborado para indicar os rumos possível ao setor público,
mas para determiná-los. Tais considerações, apresentadas sob o contexto
da necessidade de concretização de direitos valendo-se da realização de
escolhas sobre a destinação da verba pública, delineada pela própria Cons-
tituição Federal e por diversas leis infraconstitucionais, trazem à tona a
realização de um orçamento impositivo, indicando este como outro insti-
tuto jurídico para a efetivação de direitos que utiliza o próprio orçamento
público. (MOURA, 2016, p.60)
Pelas razões acima já descritas a ordem constitucional e a própria na-
tureza do orçamento público brasileiro seriam ao menos em tese compa-
tíveis com o orçamento impositivo, bastando para a sua implementação o
cumprimento das disposições legais já previstas em solo pátrio, acrescido
de um aperfeiçoamento no tocante a imposição de obrigações.
Importante pontuar que não é objeto do presente trabalho defender
a aplicação de qualquer modelo orçamentário, de forma que não se alisa a
fundo os prós e contras do orçamento impositivo caso adotado em todo o
orçamento público brasileiro, contudo o que se verifica é que o orçamen-
to público impositivo se revela como outro instituto jurídico existente,
compatível (ao menos em tese) com os preceitos do ordenamento jurídico
brasileiro e que é frequentemente citado pelos juristas como uma modali-
dade que permitiria o uso do próprio orçamento para uma concretização
de direitos mais eficaz.
A criação de portais de transparência bem como a criação e a aprova-
ção da Lei de Responsabilidade Fiscal para florescer uma cultura de uma
disciplina fiscal também são mecanismos dentro do contexto orçamen-
tário para a concretização de direitos que já se encontra no ordenamento
jurídico pátrio.
No que se refere ao campo internacional, diversos outros países nos
últimos anos desenvolveram esforços para melhorar a gestão da coisa pú-
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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OS DIREITOS SOCIAIS E A POLÍTICA
PÚBLICA NA AGENDA DOS PODERES
Mariza Rios91
Thaís Durães Mol92
INTRODUÇÃO
O presente ensaio tem por objetivo fazer uma leitura crítica sobre a
permanente demanda de realização da política pública nas agendas dos
poderes executivo e judiciário buscando responder ao déficit de efetivida-
de da política pública no campo dos direitos humanos.
O desenvolvimento de um país não se dá somente através de aquisi-
ção de poder econômico, ou expansão territorial, vai muito além. A prin-
cipal característica do ponto de vista social, é igualdade entre os cidadãos,
uma qualidade de vida boa, bem como a paz na comunidade. Para que
isso tudo ocorre necessita-se de uma boa gestão e administração social por
parte dos governantes, do poder legislativo, executivo e judiciário.
Nesse contexto busca-se em primeiro lugar recuperar, sob o olhar da
construção e inclusão dos direitos sociais nas constituições nacionais no
rol dos direitos fundamentais sociais. O que, sem sobra de dúvidas, passa
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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forma, a população estará mais amparada, com seus devidos direitos res-
peitados e resguardados, e a qualidade de vida da sociedade vai melhorar.
Em suma, é notório que toda essa situação poderia ser minimizada pelo
caminho do diálogo entre os poderes legislativo, executivo, judiciário e so-
cial. Ao ver das autoras essa evolução de mentalidade social, no Brasil, ainda
se apresenta como desafio. Nesse sentido, percebe-se que para que haja a
evolução do ordenamento brasileiro como um todo, é necessário mais in-
teração e integração entre o poder público, desde a eleição de um represen-
tante do povo até a concretização de políticas públicas, a fim de garantir os
direitos sociais e fundamentais, e se tornar um país desenvolvido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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POLÍTICAS PÚBLICAS E A GARANTIA
À SAÚDE AOS POVOS INDÍGENAS
Matheus Kawamata93
Maria Clara Giassetti94
Osvaldo Caetano Neto95
INTRODUÇÃO
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-se que seria dever do Estado sua garantia a todos os cidadãos brasileiros,
conforme exposto anteriormente.
Ainda, válido salientar que a última legislação especial, na qual se re-
gulamenta os direitos indígenas, foi o Estatuto do Índio, Lei nº 6.001 de
19 de dezembro de 1973, período em que os indígenas eram considerados
relativamente incapazes. O instituto da capacidade civil nunca foi posi-
tivado de fato, tendo em vista que, quando da promulgação do Código
Civil de 2002, ficou definido, conforme parágrafo único do art. 4ª que, “a
capacidade civil dos indígenas será regulamentada por legislação especial”,
fato este que nunca ocorreu.
No que tange a questão da saúde indígena, desde 1967, quando foi
criada a Fundação Nacional do Índio, em nenhum momento a situação
sanitária nas aldeias foi de fato satisfatória, tendo em vista os diferentes
órgãos e instituições governamentais nomeados como responsáveis pelo
atendimento aos indígenas (INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL,
2018). Neste ponto, importante destacar que, em decorrência da preca-
riedade no sistema de atendimento aos indígenas, tais povos acabam sen-
do submetidos a situações de pobreza, violência, depressão e alcoolismo,
acarretando maior taxa de suicídio no meio indígena quando comparado
à sociedade brasileira em geral (BOTEGA, 2015).
Apenas em 1999 foi criada a Lei nº 9.836, a qual acrescentou novos
dispositivos à Lei nº 8.080/90, dispondo sobre “as condições para a pro-
moção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá outras providências” (Lei nº 9836/99).
A partir disto criou-se o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena como
componente do Sistema Único de Saúde (SasiSUS).
O Subsistema (SasiSUS) foi criado de tal forma a constituir, através de
recursos da União - com contribuição dos respectivos Estados e Municí-
pios -, Distritos Sanitários voltados ao atendimento dos povos indígenas,
tendo como principais diretrizes a promoção, proteção e recuperação da
saúde indígena em sua mais ampla concepção, abarcando quesitos am-
bientais, biológicos e psicossociais, sem olvidar a importância das práticas
medicinais indígenas, de acordo com o perfil de cada comunidade (art. 2°
do Decreto 3.156/1999).
Foram estabelecidos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas
(DSEIs), modelo de organização de serviços, destinado a um espaço etno-
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gresso Nacional. A derrubada de vetos vai servir para salvar vidas” (CON-
SELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO, 2020). Logo, é transparente
como os movimentos indígenas e a atuação destes no meio jurídico vem
causando efeitos e trazendo à tona necessidades antes já existentes, mas
apagadas pelos governos e pela sociedade no seu geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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com/drive/folders/1NypkAgVkBQU5ztQ4yWVgh1bgxdiBlBhh.
Acesso em: 05 set. 2020.
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
cente/admin/arquivosUpload/3843/material/001-%20A-%20PO-
LITICAS%20PUBLICAS.pdf> Acesso em 24 ago 2020.
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DIREITOS SOCIAIS DAS MINORIAS:
CONTEXTOS DE VIOLÊNCIA
FAMILIAR EM FACE DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL E A
(IN) EXISTÊNCIA DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS
Renata Gabrielle Silva de Lima96
Introdução
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pele), condição social, física, entre outros, e na maioria das vezes estes
grupos minoritários perfazem grande parcela da sociedade. Portanto, a
igualdade material, abordada anteriormente, é algo imprescindível para a
concretude dos Direitos das Minorias.
Este artigo traz uma abordagem sobre um grupo específico das mi-
norias, as pessoas com deficiência, cujos problemas são invisíveis/ sem
importância/sem conhecimento pela maioria da população brasileira. Por
isso, é mister entender os direitos que as resguardam e os deveres da socie-
dade como um todo para com esses indivíduos.
O objetivo deste artigo é abordar sobre a violência sofrida pelas
pessoas com deficiência em seu contexto familiar, os Direitos Sociais
pertencentes aos mesmos, além da verificação da (in) existência de
políticas públicas de enfrentamento desta violência. Dessa maneira,
inicialmente será exposto: Os Direitos Sociais e Direitos Sociais das
Minorias no Brasil; A compreensão sobre quem são essas pessoas e as
mazelas sofridas por elas em seu convívio familiar e por fim analisar as
políticas públicas sobre isto.
No estudo foi utilizado o método dedutivo, com uma abordagem
qualitativa. E na pesquisa houve a coleta de dados mediante análises bi-
bliográficas.
1.1Direitos Sociais
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Não são minorias porque são poucos, mas porque possuem poucos
direitos garantidos, pouca representatividade nas instâncias de po-
der e pouca visibilidade no cenário social. (MENDONÇA, 2016.
p.13-16).
1.2.1 Conceito
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no litoral nordeste, os curiosos índios não tinham noção das agruras que
passariam. Inicialmente, esses europeus fingiram amabilidade para com
os indígenas e praticou o escambo com os mesmos, entretanto isto era
apenas uma maneira de conhecer o território e com quem eles estavam
lidando. Logo depois, os índios foram escravizados, houve imposição da
fé dos portugueses e descaso para com as tradições dos mesmos. Eles fo-
ram à primeira minoria no Brasil a sofrer por serem diferentes, por não se
adequarem ao ‘’padrão’’ e apenas servirem como instrumento na mão do
povo que se considerava dominante.
Após diversas fugas, revoltas e devido à percepção dos portugueses de
que os índios não se adaptavam ao modelo de produção, eles resolveram
traficar escravos da África. Estes sofreram diversas atrocidades pelos
portugueses, desde a entrada compulsória nos navios, cujo ambiente era
degradante, insalubre e anti-higiênico, onde muitos acabavam morrendo
pelas situações anteriormente citadas, até quando chegava ao Brasil, local
no qual eram tratados como mercadoria, onde sofriam estupros, lesões
físicas, violência de todos os tipos, desrespeito contra a sua cultura,
discriminação, entre outros.
Os dois grupos étnicos supracitados não são os únicos que recebem
tratamento discriminatório pela ‘’maioria’’. Há ainda outros exemplos,
como indivíduos pertencentes a comunidades tradicionais, pescadores,
ribeirinhos, mulheres, imigrantes, pessoas com deficiência, LGBTQI+ e
moradores de rua.
A luta para garantir seus direitos foi e é ainda bastante árdua. Entre-
tanto é necessário reconhecer os documentos legais que positivaram os
direitos das minorias sociais. No âmbito internacional existe a declaração
dos Direitos das Pessoas pertencentes a Minorias Nacionais ou Étnicas,
Religiosas e Linguísticas a qual foi aprovada pela assembleia da ONU
(Organização das Nações Unidas) em 1992. Na Constituição Federal
Brasileira, além dos supramencionados Direitos Sociais, temos em desta-
que os artigos 215 e 216 que abordam sobre pleno exercício dos direitos
culturais e acesso às fontes da cultura nacional, sua proteção e a constitui-
ção dos patrimônios culturais materiais e imateriais formados pelos dife-
rentes grupos da sociedade brasileira. Nas leis esparsas há exemplos como:
a Lei 7.716/89, Lei do racismo; A lei 13.146/15, Lei da inclusão da pessoa
com deficiência; 13140/06, Lei Maria da Penha, entre outras.
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2.1.1-Conceito
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Segundo dados da ONU ‘’80% das pessoas com algum tipo de defi-
ciência vivem em países em desenvolvimento e entre as pessoas mais
pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência (grifo nosso)’’.
Isso demonstra o quão necessário é a existência de legislação específica
que atendam a essas pessoas que carecem de auxílio nas áreas financeiras,
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saúde, social, mercado de trabalho e isto não quer dizer que os deficientes
que tem algum poder aquisitivo não precise disto, entretanto, principal-
mente na área da saúde, estes tem maiores possibilidades de terem um
acompanhamento adequado do que um deficiente morador de periferias.
Entre 1880 até meados de 1960, surdos foram proibidos de usar a lín-
gua dos sinais com a justificativa de que eles iriam comprometer o apren-
dizado compulsório da linguagem oral, e assim até 1981 não existiam di-
reitos para as pessoas com deficiência no Brasil.
Em outubro de 1989 foi promulgada a Lei 7.853/89 que dispõe sobre
o apoio das pessoas com deficiência, instituindo a tutela jurisdicional e os
interesses coletivos e difusos das mesmas. Além disto, sua finalidade está
disposta no artigo 2º:
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A família:
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calcado no ego ideal dos pais e o filho real, que teria nascido com
falhas, psiquicamente deficiente. (GÓES, 2006, p.450-461)
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tendo grande concentração na região Sudeste com 2.9 mil em São Paulo,
1,9mil em Minas Gerais e 1,4 mil no Rio de Janeiro.
4.2 Exemplos
4.2.1.1- Objetivo
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4.2.2.1- Objetivos
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4.2.2.2- Ações
4.2.3.1- Objetivo
4.2.3.2- Ações
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5.0- Conclusões
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tendo como início estes registros. Além disto, é mister ações que: Divul-
guem maiores informações em escala nacional com o intuito de desmisti-
ficar a cultura do preconceito; Amparo para a família, principalmente em
questão psicológica, mediante explicações sobre a pessoa com deficiência
de que elas não se reduzem a deficiência que a mesma tem e sim que são
sujeitos de direitos e deveres; e aumento da quantidade de pessoas com de-
ficiência em espaços de poder, porque quem vive a situação é o que mais
luta no combate aos desafios enfrentados pelos mesmos.
Referências.
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ARTIGOS – CORTES
CONSTITUCIONAIS E
INTERNACIONAIS
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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO
SÉCULO XXI: O PAPEL DO SISTEMA
INTERAMERICANO NA DEFESA DAS
QUESTÕES DE GÊNERO
Maria Fernanda Machado Bizzo97
Vivian Frade Guedes98
INTRODUÇÃO
97 Graduanda em Direito, na modalidade Integral, pela Escola Superior Dom Helder Câmara
98 Graduanda em Direito, na modalidade Integral, pela Escola Superior Dom Helder Câmara.
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mesmo local da agressão e com seu agressor, sendo irrazoável exigir que
elas denunciem todo ato sofrido de violência, em virtude do transtorno
psicológico que revolve em torno desse tipo de delito (§149). A ideia de
que a vítima evita denunciar pelo temor de represálias já havia sido fixada
no caso Bayarri vs. Argentina, de 30 de outubro de 2008, §92.
O caso Yarce e outras vs. Colômbia foi julgado na data de 22 de no-
vembro de 2016 e condenou a Colômbia por várias violações praticadas
em face de cinco defensoras de direitos humanos e suas famílias. Durante
um período de exceção, cinco líderes de associações que defendiam os di-
reitos humanos (justamente por estar em um contexto de restrição de ga-
rantias estatais) foram presas sem justificativa legal, sofrendo, ainda, viola-
ções sexuais apenas por sua condição de gênero – ser mulher. Em verdade,
todo o cenário colombiano na época demonstrava que as mulheres eram
as principais vítimas do poder estatal, porquanto o uso da força dirigida às
mulheres era desproporcional e mais frequente. Essa circunstância já havia
sido reportada múltiplas vezes perante organismos internacionais (§243).
Na sentença (§194), a Corte relembrou o dever dos Estados signa-
tários da Convenção de Belém do Pará, sob o artigo 7.b, evidenciando
que a Colômbia deveria ter protegido as mulheres defensoras de direitos
humanos em virtude de tal disposição legal. Nesse caso também é possí-
vel falar em violência estrutural, haja vista a CtIDH ter reconhecido que
os desaparecimentos forçados e violências cometidas contra as mulheres
eram advindos de profundas distinções e discriminações contra o gênero.
As cinco defensoras de direitos humanos estiveram em estado de vulne-
rabilidade agravada, estando expostas a “perigos de toda índole” (§243).
Além disso, o caso é importante para delimitar a responsabilidade dos
agentes estatais que se omitiram diante de tais violações. Nesses termos,
entende-se que o agente será responsabilizado quando: (i) existia uma si-
tuação de risco real e iminente, ao tempo dos fatos; (ii) o risco era conhe-
cido ou deveria ter sido conhecido pelas autoridades; (iii) “as autoridades
não tinham adotado as medidas necessárias dentro do âmbito de suas atri-
buições que, julgadas razoavelmente, podiam ter prevenido e evitado o
risco” (MAZZUOLI, 2019, p. 566).
No caso I.V. vs. Bolívia, julgado em 30 de novembro de 2016, a Cor-
te exerceu jurisdição sobre fatos que dizem respeito à autodeterminação
de cada indivíduo. In casu, a senhora I.V. havia se dirigido a um hospital
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS:
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JUSTIÇA CONSTITUCIONAL: O
PAPEL DA DEFENSORIA PÚBLICA NA
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL DA
LIBERDADE NO BRASIL
João Paulo Marques dos Santos99
INTRODUÇÃO
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1. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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O DESAPARECIMENTO FORÇADO
NO SISTEMA INTERAMERICANO DE
DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE
DO CASO GOMES LUND E OUTROS
(“GUERRILHA DO ARAGUAIA”) VS
BRASIL
Millena Correia de Souza Santos100
1. INTRODUÇÃO
100 Graduada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com bolsa integral pelo
Programa Universidade Para Todos (PROUNI). Advogada. Pesquisadora em Direitos Humanos.
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103 “Las estructuras judiciales latinoamericanas son inadecuadas para asumir las deman-
das de una moderna democracia, en tanto que su debilidad y dependencia tampoco les
permite desempeñar eficazmente la función acotadora que requiere la consolidación del
espacio democrático. A medida que se amplía la distancia entre la función latente o real y
las demandas sociales, aumenta el peligro para todo el sistema democrático. No obstante,
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este fenómeno viene acompañado de una puesta en evidencia del problema judicial como
problema político, que hace fracasar la táctica silenciadora empleada hasta hace poco tiem-
po con eficacia”
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7. CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
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RESUMOS
663
AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO
ATUAL CENÁRIO ECONÔMICO:
JUDICIALIZAÇÃO OU ATIVISMO
JUDICIAL?
Thaloara Nascentes Gomes Pereira105
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
105 Acadêmica do 10º período de direito da Faculdade de Direito e Ciências Sociais do Leste
de Minas - FADILESTE.
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
667
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tativos que, no mais das vezes, são articulados para driblar aquilo
aquilo que ficou regrado pela produção democrática do direito, no
âmbito da legislação (contistucionalmente adequada). É como se
ocorresse uma espécie de “hiperestesia nos juristas que os levasse
a descobrir, por meio da sensibilidade (o senso de justiça, no mais
das vezes, sempre é um álibi teórico da realização dos “valores”
que subjazem o “Direito”), a melhor solução para os casos jurisdi-
cionalizados. (STRECK, 2012, p. 9)
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
669
O RACISMO INSTITUCIONAL
E O FUNCIONAMENTO DAS
INSTITUIÇÕES ADMINISTRATIVAS
BRASILEIRAS EM UM PROCESSO
DE ESTADO DE COISAS
INCONSTITUCIONAL
Maria Fernanda de Carvalho Pio
Cristina Veloso de Castro
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
671
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt0992_13_05_2009.html>A-
cesso em 09 de agosto de 2020.
672
NECESSIDADE DO ABORTO NA
CONJUNTURA ATUAL
Daniel Stefani Ribas106
106 Acadêmico do curso de Direito das Faculdades Integradas Vianna JR, Vice-Presidente DCE-FIVJ
673
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
Referências
6 74
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INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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679
A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS SOCIAIS E
ECONÔMICOS POR MEIO
DE POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO
Emanuelle Clayre Silva Banhos108
INTRODUÇÃO
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÕES
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VA N E S S A V E L A S C O, H E R N A N D E S B R I TO R E I S ( O R G . )
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, José Afonso da. A dignidade da pessoa humana como valor supre-
mo da democracia. Revista de Direito Administrativo, v. 212,
1998. p. 89-94.
683
A UTILIZAÇÃO DE PROJETOS
ESTRUTURAIS ENQUANTO POLÍTICA
PÚBLICA DE EFETIVAÇÃO DA
LEI Nº 11.888/2008: PRINCÍPIOS
ADMINISTRATIVOS E OBEDIÊNCIA
CONSTITUCIONAL
Tainan Cardoso Hagge Moreira109
Yuri Castro Carneiro110
1. INTRODUÇÃO
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5. CONCLUSÕES
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
688
CONFLITOS AGRÁRIOS: UM
ENTRAVE À IGUALDADE SOCIAL
Marcos Aureliano Bezerra Matos111
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
111 Graduando do Curso de Bacharelado em Direito pelo Centro Universitário INTA - UNINTA.
689
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
min Borges temos que uma análise profunda do direito agrário, em que
se procura entender pormenorizadamente seus institutos e aplicações no
caso prático da realidade do campesinato brasileiro.
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIA
691
DIREITOS HUMANOS E
POLÍTICAS PÚBLICAS INEFETIVAS
NA AMAZÔNIA: SERIA A
JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE O
REMÉDIO PARA AS COMUNIDADES
TRADICIONAIS À MARGEM DO
COVID-19?
Natalia Luiza Moraes Vasques112
INTRODUÇÃO
112 Graduanda em Direito pelo Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), membro
do Grupo de Pesquisa Democracia, Direitos Fundamentais e Igualdade Política (POLIS) com
projeto de iniciação científica vinculado ao PIBICT/CESUPA em 2018.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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METODOLOGIA
Esse estudo utilizou-se do método dedutivo, tendo em seu seio o bojo das
premissas e garantias constitucionais: será visto como elas se aplicam de maneira
eneficaz, ineficiente e inefetiva na realidade amazonida, adotando o procedi-
mento monográfico e a pesquisa bibliográfica e estatística para fins elucidativos.
As técnicas de análise serão as teóricas que embasarão a problemática
do tema e assim irão possibilitar a proposta de um caminho em prol da efe-
tivação dos direitos estudados a ser apresentado no término desta discussão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1 – Últimos boletins de novos casos confirmados nos últimos sete dias e período
anterior equivalente, respectivamente. – período: março de 2020 a setembro de 2020.
695
DIMENSÕES JURÍDICAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
697
A EFETIVAÇÃO DA CONVENÇÃO
AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
NO BRASIL A PARTIR DO CUMPRIMENTO
E EXECUÇÃO INTERNOS DE
SENTENÇAS CONDENATÓRIAS DA
CORTE INTERAMERICANA DE
DIREITOS HUMANOS:
UMA ANÁLISE DO CASO DAMIÃO XIMENES
LOPES VERSUS BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES
PARA OS DIREITOS HUMANOS DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
Adriana Souza Dinelly113
INTRODUÇÃO
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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METODOLOGIA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
702
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DIMENSÕES JURÍDICAS DAS
POLÍTICAS PÚBLICAS – VOL. 1
Luiz Antônio Reis Junior,
Mauricio Pires Guedes, Telson Pires,
Vanessa Velasco, Hernandes Brito Reis (orgs.)
Tipografias utilizadas:
Família Museo Sans (títulos e subtítulos)
Bergamo Std (corpo de texto)
Papel: Offset 75 g/m2
Impresso na gráfica Trio Studio
Janeiro de 2021