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A CRUZ E A COROA
As Relações entre Inquisição e Estado em Portugal
(1750-1821)
NITERÓI
2001
2
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 6
73
As Marcas do poder 91
civilizador 105
160
178
A Herança: 188
CONCLUSÃO 243
Régio 251
BIBLIOGRAFIA 289
6
INTRODUÇÃO
E
ste trabalho nasceu de uma reflexão prévia, que teve
capitular.
dos cristãos-novos.
de doutoramento.
outros nem tanto, onde parece que um abismo se lhe abre diante
dos olhos.
pelos méritos que este trabalho possa vir a angariar. Aos profs.
ser puxadas.
quanto ajudaram.
Pedro.
14
PARTE I:
A I N Q U IS IÇ Ã O PO R T U G U E S A :
I M P L A N T AÇ Ã O , ES TR U T U R A E
C O N TR O L E S O C I A L
15
judaica
A
Inquisição medieval foi criada na conjuntura do
combate aos hereges e em 1184, três anos após ter sido convocada
moderna.
D i n i s e d e D . J o ã o I 1. N ã o h a v i a , p o r t a n t o , r e f e r ê n c i a a l g u m a a
p e r s e g u i ç õ e s o s m o u r i s c o s 3.
E s p a n h a , q u e e f i c a z m e n t e c o n t r o l a v a o T r i b u n a l 4. O s r e s u l t a d o s
o b o m e x e m p l o e a c o n v e r s ã o d o s p r i m e i r o s 5.
j u d a i c a 6. C o n t u d o , o g e r m e d o p r e c o n c e i t o j á s e e n c o n t r a v a
f i n a n c i s t a s i n d i s p e n s á v e i s à C o r o a 7.
matemáticos.
no entanto, desaparecessem.
8 Devemos, aqui, lembrar que uma literatura anti -judaica mais acirrada,
consistente e sistematizada foi tomando forma nos sermões da fé,
pregados antes de cada auto-de-fé, onde eram enumeradas as culpas e os
males crescentes e constantes do judaísmo, sob o prisma inquisitorial.
27
e todo este affaire podem, por sua vez, ser inseridos numa
M é d i a 9. D e s t e m o d o , u m a q u e s t ã o j á a n t i g a — a d a c o n v i v ê n c i a
m á v o n t a d e c o n t r a o s j u d e u s 10. A e s c a l a d a d a a n i m o s i d a d e p o r
cristãos-novos.
p r e g a ç ã o 11. P o r f i m , u m a d a s r e i v i n d i c a ç õ e s m a i s r e c o r r e n t e s
implantação
autos-de-fé.
régia, demitindo-o.
entanto, não foi duradoura, uma vez que foi indicado o cardeal
ano e meio.
l e g i s l a t i v o q u e a p r e s e n t a v a 12. D e v i d o à s u a i m e n s a a b r a n g ê n c i a ,
Portugal.
Deputados
(4)
Promotor
Comissários
Notários
(3)
Meirinho
Alcaide
Médicos
(2)
Cirurgião
Capelão
Familiares
43
m a i s d e t a l h a d o 13.
em 1790.
indicados: uma boa parte pertenceu aos quad ros da mais alta
administrativos no Estado.
p o d e r e s d e l e g a d o s p e l o I n q u i s i d o r G e r a l 14. O I n q u i s i d o r G e r a l
d o m i n i c a n o , e m g e r a l , o c o n f e s s o r d o m o n a r c a 16. A t r a d i ç ã o
na portuguesa.
i n s t â n c i a , c o n f o r m e c o n s t a d o R e g i m e n t o d e 1 6 4 0 17.
hierarquia inquisitorial.
p e r í o d o s d e v a c â n c i a d o c a r g o d e I n q u i s i d o r G e r a l 18. T a l f a t o ,
existências.
Inquisidores
22 Idem, § V.
23 Idem, Livro I, Tit. III, § 12.
53
f u n c i o n á r i o s d a a d m i n i s t r a ç ã o 24. A l é m d a e x i g ê n c i a d e t í t u l o d e
p e c u l i a r i d a d e s c a s u í s t i c a s 25.
Inquisidor Geral.
t e m p o , “ a o d i a n t e p o s s a m s e r v i r n o c a r g o d e I n q u i s i d o r e s ” 26.
afirmando que
Ofício.
processos.
acusação formal:
p r i s ã o e m i t i d a s p e l o s I n q u i s i d o r e s 32.
d e l a ç ã o e m e s m o e s p i o n a g e m 34. N u m a é p o c a e m q u e a I n q u i s i ç ã o
eram dadas.
a b a s t a d a m e n t e ” 35.
d i r e i t o d e u s a r a r m a s d e f e n s i v a s e o f e n s i v a s 36.
r é u s 37.
Conquistas
s e j a h e r e g e , s u s p e i t o o u , s i m p l e s m e n t e , d i f a m a d o ” 38. É n e s t e
O f í c i o 39. T a l f a t o é c o n f i r m a d o p e l o R e g i m e n t o d a I n q u i s i ç ã o
38 Este texto, que normatizava a Inquisição Papal, serviu como base para a
elaboração dos Regimentos e da processualística inquisitorial de
Portugal e Espanha, sendo constantemente seguido no que se refere a
estes aspectos. Eymerich, op.cit., pp. 194-195.
39 Francisco Bethencourt, Inquisição e Controle Social, Lisboa, 1982, ex.
mimeo, pag. 4.
40 Regimento do Santo Oficio da Inquisição dos Reinos de Portugal ,
Lisboa, na Officina de Manoel da Silva, 1640, Livro I, Tit. III, § VII.
Grifo meu. Uma outra edição deste Regimento pode ser encontrada na
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, n 392, 1996,
pp. 693-883.
67
q u e e s t e s a d e n t r a s s e m a s d e p e n d ê n c i a s d o S e c r e t o i n q u i s i t o r i a l 41.
afirmar que
da atuação inquisitorial:
d e É v o r a , C o i m b r a , L a m e g o , T o m a r , P o r t o e L i s b o a 45, e n v i a r a m ,
e f u n c i o n a n d o e f e t i v a m e n t e n o r e i n o 46.
Angola (entre 1596 e 1598). Esse processo, por sua vez, fazia
e c o l o n i a l 47.
visível à
sociedade. Ver Francisco Bethencourt, História das
Inquisições, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, pp. 122-130. Ainda
sobre a familiatura, em suas relações com o Brasil colonial, ver Daniela
Calainho, op. Cit.
47 Magalhães, op. cit., pag. 480.
73
O
s estudos sobre a composição social do corpo
eclesiásticas.
I n q u i s i d o r e s G e r a i s 48. A o b s e r v a ç ã o d a s c a r r e i r a s d e t o d o s o s
e s t u d o f a s c i n a n t e 49.
I n q u i s i ç ã o e E s t a d o 50. B e n n a s s a r , c o n c o r d a n d o c o m J u l i o C a r o
Inquisidores.
Burke realmente corria este perigo. Contudo, creio que tal risco
D . A l e x a n d r e e D . J o s é 53 — e s t ã o l i g a d o s a f a m í l i a s r e a i s , e d o i s
g o v e r n a r a m P o r t u g a l 54. P a r a m e l h o r v i s u a l i z a ç ã o d e s t e s d a d o s ,
em Portugal
Diogo da Silva X X
D. Henrique X X X X
Manuel de Meneses X
Jorge de Almeida X X X
Alberto de Áustria X X
Antonio de Noronha X
Jorge de Ataíde X X
Alexandre de Bragança X
Pedro de Castilho X X X
Francisco de Castro X X
Sebastião C. de Meneses X X X
Pedro de Lencastre X X X
Veríssimo de Lencastre X X
José de Lencastre X X
Nuno da Cunha X X
José de Bragança X
Inácio de S. Caetano X X
Abreviaturas:
V.R — Vice-Rei
Reg — Regente
Desemb — Desembargador
C.E. — Conselho de Estado
Min — Ministro de Estado
F.R. — Família Real
A.N. — Alta Nobreza
J.G. — Junta de Governo
d i s t r i t a i s 55.
confessores de D. Maria I.
nomeado.
H e n r i q u e s n a p r i m e i r a m e t a d e d o s é c u l o X I I 56.
distribuição proporcional:
85
Antonio de Noronha X
Jorge de Ataíde X X
Pedro de Castilho X X
Francisco de Castro X
Abreviaturas:
CONF — Confessor Real
ARC — Arcebispo
CARD — Cardeal
C. M. — Capelão Mor
Nota: No caso de bispado e cardinalato, foram mencionados nominalmente apenas as
sedes de maior importância política; as de menor expressão foram demarcadas com um
X.
87
M é d i a , n ã o e n c o n t r a p a r a l e l o e m P o r t u g a l 57. O s c u r r í c u l o s d o s
Desembargadores
4 Família Real
4
17 4 Ministros
9
Alta Nobreza
Conselheiros
considerável.
o poder.
91
— as Marcas do poder
O
surgimento do mundo moderno no Ocidente trouxe,
enviados.
t r a n s f o r m a ç ã o c i v i l i z a c i o n a l n a p o p u l a ç ã o o c i d e n t a l 59, v o l t a d a
Francisco.
I n q u i s i ç õ e s m o d e r n a s , d e r r u b a d a s p e l o s v e n t o s d o l i b e r a l i s m o 60.
r é u s i n f o r m a ç õ e s e c o n f i s s õ e s 61. A a ç ã o d o s I n q u i s i d o r e s e r a
c h a m a d o s M a n u a i s d e I n q u i s i d o r e s 62. M i s t u r a n d o e l e m e n t o s e
61 Ver Edward Peters, História da Tortura, Lisboa, Teorema, s.d, pp. 51-
88.
62 Nesta ampla literatura, ocupa lugar de destaque o m anual de Bernardo
Guy. Um dos manuais que possuiu grande influência na estruturação dos
procedimentos inquisitoriais, sendo inclusive o grande referencial da
Inquisição ibérica, é o de Nicolaus Eymerich, Manual dos Inquisidores
(Directorium Inquisitorum), tradução portuguesa, Rio de Janeiro/
Brasília, Rosa dos Tempos/UnB, 1993. Escrito por Eymerich em 1376,
foi revisto e ampliado por Francisco Peña em 1578. O grande marco
desta literatura, contudo, é a obra de Heinrich Kramer e Jakob Sprenger,
intitulada Martelo das Feiticeiras (Malleus maleficarum), tradução
portuguesa, Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, s.d. Misto de tratado
demonológico e manual de Inquisidores, o Malleus teve sua primeira
edição em 1484; até o século XVIII, sucessivas reedições foram
realizadas.
96
d e m o n i z a ç ã o . 63
P o r t u g a l , e d e s e u s d e s c e n d e n t e s 64. N e s t e â m b i t o a I n q u i s i ç ã o
— o q u e l e v a v a a j u s t i f i c a r a a t u a ç ã o i n q u i s i t o r i a l 65.
a g i n d o c l a r a m e n t e d e a c o r d o c o m o s p l a n o s d a m o n a r q u i a 66.
s é c u l o X V I I I , s o b a é g i d e p o m b a l i n a 68.
d e s v i o s p a s s í v e i s d e r e p r e s s ã o i n q u i s i t o r i a l , a s s i m o c o m p r o v a 69:
proibidos.
— Os Zeladores da Ortodoxia
d i f u s ã o d o m e d o n a s o c i e d a d e 70, c o n s c i e n t e m e n t e a d o t a d a c o m o
I n q u i s i d o r e s , c o n f o r m e j á t i v e m o s o p o r t u n i d a d e d e o b s e r v a r 71.
Santo Ofício.
70 A esse respeito, ver Bennassar, “Modelos.. in Alcalá (org.), op. Cit., pp.
174-182.
71 Cf. supra, pág. 65.
103
73
vigiando-a e controlando-a com maior abrangência . Isto
u n i f o r m e d e a t u a ç ã o e c o n d u t a 74. A t u a n d o t a n t o v e r t i c a l q u a n t o
do processo civilizador
f a b r i c a ç ã o d e i n d i v í d u o s c i v i l i z a d o s 75.
p o l í t i c a s e s o c i a i s 77.
d i t a d a s p e l a n a s c e n t e r a z ã o d e E s t a d o 79.
diversas resistências, quer por parte das elites locais, que ainda
l u s a 80. O m i t o d a c e n t r a l i z a ç ã o i m e d i a t a e a b s o l u t a d o p o d e r d a
i d e n t i d a d e 81.
c r i s t i a n i s m o s u r g i d o n a b a i x a I d a d e M é d i a 82, a s R e f o r m a s , t a n t o
d e m a n e i r a m a i s i n t r a n s i g e n t e 84, r e p r i m i r a m e t e n t a r a m m o l d a r
e l e m e n t o s d a p e d a g o g i a d e E s t a d o 85.
p o n t o s d e a t r i t o c o m o s p r o t e s t a n t e s 86.
c r i s t ã o s - v e l h o s 88. A q u i , v e m o s o S a n t o O f í c i o o b r a n d o a s e r v i ç o
é p o c a 89.
p o r t u g u ê s s i g n i f i c a v a , a n t e s d e m a i s n a d a , s e r c r i s t ã o 90. A q u i , o
i n s t â n c i a j u l g a d o r a e p u n i t i v a 91. C o m o d e m o n s t r a o R e g i m e n t o
s e g u i d o à r i s c a e m s e u s m a i s í n f i m o s d e t a l h e s 92.
g e r a d o r e s d e i n f â m i a 93. A a p r e s e n t a ç ã o d o s d e s v i o s t a m b é m s e
93 O uso do sambenito era uma marca de exclusão social. Uma das penas
aplicáveis nas condenações aos heresiarcas consistia, inclusive, no seu
uso perpétuo, estigmatizando, assim, o réu. Regimento.., Livro III,
título III, § X.
117
e s t a n d a r t e 94. O c r e p i t a r d a s f o g u e i r a s , o s d e g r e d o s e o a ç o i t e
e d u c a ç ã o d e m a s s a s 95.
s o c i a l 96. A u t i l i z a ç ã o c o n s c i e n t e d o m e d o s e m p r e f e z p a r t e d a
verificar anteriormente.
p e r t i n e n t e s a o T r i b u n a l 97, o u a e x i b i ç ã o e e x e c u ç ã o p ú b l i c a d a s
PARTE II
A I N Q U IS IÇ Ã O E M T EM P O D E R EF O R M AS
123
CAPÍTULO 4:
E
studar o “longo” século XVI em Portugal constitui
considerável.
fazia cada vez mais prementes. Sua eclosão teve como principal
XVI, que tão cedo começara, nos idos de 1481, e que vai
126
inabalável e irretocável.
moderno.
processo de longa duração, faz -se necessário que, por sua vez,
cronologicamente delimitados.
XVIII.
131
d e s i g n o u c o m o o “ s i g n o d e M e t h w e n ” 98.
e n t r a v e d o d e s e n v o l v i m e n t o p o r t u g u ê s 100.
divinos.
povo de Cristo levava, por sua vez, a subseq uentes revisões das
Inglaterra.
t o r n o d o i n d i v í d u o 101.
e m p r e e n d e d o r e h o m e m d e n e g ó c i o s 102.
102 Francisco Falcon, A Época Pombalina, São Paulo, Ática, 1986, pág. 13.
137
a n t i g u i d a d e 103. C o m o d e s e n v o l v i m e n t o d a f i l o l o g i a , a c a r r e t a d o
mundo medieval, que cedia lugar a uma cultura cada vez mais
a gênese do humanismo.
s é c u l o d a s l u z e s 104
c o n c o m i t a n t e m e n t e a o a v a n ç o d o i n d i v i d u a l i s m o 105.
por outro lado, cabia também uma defesa face aos ataques, cada
d e s c o b r i m e n t o s 106.
n o b r e z a , m a r c a d a m e n t e u m d o s f i l h o s b a s t a r d o s d o m o n a r c a 107.
g r e g o s e l a t i n o s 108.
descobrimentos.
c o n q u i s t a s u l t r a m a r i n a s 109.
época.
— O Triunfo do Conservadorismo
s u b o r d i n a d o a p e n a s à p e s s o a d o R e i 110. E s t e m o m e n t o , a s s i n a l a d o
de modernização do reino.
para si, e não economizou esforços para diminuir cada vez mais
ambições eclesiásticas.
Colégio.
111 A respeito desta Segunda escolástica, que vem fortalecida pelos setores
tradicionais católicos face à Reforma Luterana, ver Michele Frederico
Sciacca, História da Filosofia II — Do Humanismo a Kant, trad. port.,
São Paulo, Mestre Jou, 1968, pp. 46-47.,
158
restauração da monarquia.
p o r s u a i n d e p e n d ê n c i a 112.
Dependência
112 Tal fato só foi possível após a Inglaterra haver, como afirma Perry
Anderson, passado algum tempo aparentemente alheia ao desenrolar dos
fatos e acontecimentos do restante da Europa, cuidando que estava de
seus problemas internos. Ainda segundo o autor, foi a partir do momento
em que todas as estruturas políticas e econômicas internas estavam
resolvidas e assentadas, é que pôde ocorrer o surgimento em cena da
Inglaterra no contexto internacional, à altura de grande potência já
plenamente estabilizada pronta para uma luta em iguais condiçõe s face
aos já decadentes baluartes ibéricos do comércio e política
internacionais. Ver Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista,
trad. port., Porto, Afrontamento, 1983, cap. 1. A respeito da situação
holandesa, ver também Pierre Chaunu, A Civilização da Europa
Clássica, trad. port., Lisboa, Estampa, 1995, vol 1, e Simon Schamma, O
Desconforto da Riqueza, trad. port., São Paulo, Companhia das Letras,
1997.
161
d e l e s a d v i n d a s , m o r m e n t e d o B r a s i l 113.
i n g l e s a 114.
inglesas.
i r m ã ” d a I n g l a t e r r a 115.
têxteis.
dominado.
não indo muito adiante. Era muito mais fácil desfrutar do luxo
comerciantes ingleses.
CAPÍTULO 5:
N
o século XVIII, encontraremos Portugal em situação
i m p l a n t a r u m a f o r m a d e p r o d u ç ã o i n d u s t r i a l e m P o r t u g a l ” 116. D e
a Coroa portuguesa.
s u c e s s o r 117. N ã o o b s t a n t e s e u s p l a n o s b e m p e n s a d o s e u r d i d o s ,
e s o c i a l p o r t u g u e s a 118. O s p r o c e s s o s r e f o r m i s t a s d e P o m b a l i a m
próprios.
a Portugal.
a n t e r i o r 119.
Pombalinas.
179
entre 1759 e 1769. Com esta ruptura, Portugal passou a ter uma
120 Lei de 2/04/1768, in Colecção das Leis.., tomo II. Grifo meu.
182
educacional das mãos dos inacianos, por sua vez, era apenas o
s u a f o r m a ç ã o , a s r e f o r m a s e o E s t a d o p o m b a l i n o 121. F o i a s s i m
pela frota inglesa, que cobrava pelo frete. Neste ponto tão
Reino.
— O Legado:
reformistas.
que pouco ou nada virou, a não ser agindo como uma reação
chanceler de ferro.
190
tribunal foi marcado por uma perda cada vez mais acentuada de
p o r e d i t a l , d o t í t u l o d e m a j e s t a d e a o T r i b u n a l 122.
do Tribunal.
e c o n ô m i c a d e P o r t u g a l 123, a t r a v é s d a e x t i n ç ã o d a d i s t i n ç ã o e n t r e
u t i l i d a d e t e m p o r a l d o r e i n o c o m a e s p i r i t u a l d a r e l i g i ã o , 124” .
controle do Estado.
m o v i m e n t o a i n d a e l a e i v a d a d e o b s c u r a n t i s m o 125.
tridentino.
v i d a , p o r q u e d o m i n a d o p e l a r a z ã o 126.
i l u s t r a ç ã o 127.
conservador católico.
127 A este respeito, ver Hof, op, cit., cap 4 e Robert Darnton, Boemia
Literária e Revolução, trad. port., São Paulo, Companhia das Letras,
1986.
198
a d e r i r a o m o v i m e n t o 128.
s e c o m o v e r d a d e ” 129
p r i n c i p a l a g e n t e d a v i d a c u l t u r a l 130.
E s c r i t u r a s e , m e s m o e m a l g u n s p o n t o s , a l a i v o s d e a t e í s m o 131.
m u n d o , v a l o r i z a ç ã o d a n a t u r e z a , o t i m i s m o , c o n f i a n ç a ” 132.
teve que ser aberto por meio de decretos e pela mão de ferro do
irradiação.
repressor.
g o v e r n o g u i a d o p o r u m f i l ó s o f o 134.
134 Voltaire, Zadig ou O Destino, trad. port., Rio de Janeiro, Ediouro, s.d.
205
r e f o r m i s m o i l u s t r a d o 135. T a l f a t o s ó f o i p o s s í v e l , p o r s u a v e z ,
r e e s t r u t u r a d a d e a c o r d o c o m p a d r õ e s r a c i o n a i s e m a t e m á t i c o s 136
modernizá-lo.
o barbárie.
Santo Ofício.
e l a b o r a d a s c o n t r a o T r i b u n a l 137.
de arbitrariedade e o obscurantismo.
S e u s P r e s o s 138. E r r o n e a m e n t e a t r i b u í d a s à p e n a m o r d a z e v i g o r o s a
d i a s d e p o i s 139.
do Testamento.
q u a i s e r a m e s t a s 140. D e a c o r d o c o m o t e x t o , o T r i b u n a l d e v e r i a
obter confissões.
justiça secular.
implantar em Portugal:
Mas se alguém objetar que não convém que por este modo
ficasse a Inquisição sem exercício, e o povo sem este
divertimento, a que se chama triunfo da fé, respondo que
nunca faltaria aos inquisidores o que fazer, nem em que se
ocupar, porque ainda que se lhes tirasse este ramo, que é o
mais pingue da sua jurisdição, sempre lhes ficariam outros
muitos em que empregá-la, como, por exemplo, contra os
que abraçam novas opiniões, ou errôneas ou
h e r é t i c a s 142
novos.
Cardeal,
o Testamento,
descendentes.
r e g a l i s t a p a r a o S a n t o O f í c i o 146. P a r a e l e , e s t a r e l a ç ã o p o d e s e r
m a l s e f a z i a s e n t i r 147.
persecutório.
difamação.
cristãos-velhos.
219
n o v o s n a s o c i e d a d e p o r t u g u e s a . 149.
e s e u s d e s c e n d e n t e s à c o m u n i d a d e c r i s t ã . 150.
Para a historiadora:
150 Lina Gorenstein Ferreira da Silva, “O Sangue que Lhe Corre nas
Veias”: mulheres cristãs-novas no Rio de Janeiro, século XVIII, tese de
doutoramento apresentada à USP, São Paulo, 1999, ex. mimeo, pag. 325.
151 Idem, pag. 326.
222
funcionamento.
oposições.
de Estado.
Testamento Político.
legalmente ao fim.
reprimidos.
Tribunal.
r e s t a n t e d o R e g i m e n t o 152. N u m a o u t r a t r a n s f o r m a ç ã o r a d i c a l , o
152 Regimento do Santo Ofício (1774) Livro I, Título II, § 9,in Revista do
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ª157, n. 392, jul/set1996,
pág. 889.
228
palavras de Falcon,
jesuítica:
154 Regimento de 1774, Livro II, Tit III, § 3, pág. 911. Grifo meu.
230
C u n h a 156.
a b r a ç a s s e m n o v a s o p i n i õ e s , “ t a n t o e r r ô n e a s q u a n t o h e r é t i c a s ” 157.
c o n s i d e r á v e l i n c i d ê n c i a 158. A l é m d a b i g a m i a , a I n q u i s i ç ã o e s t a v a
d e f e s o s 159.
a i n d a i n c o m o d a v a a C o r o a à s b e i r a s d a s d i s c u s s õ e s l i b e r a i s 160.
caso”.
b e m u n s a o s o u t r o s ” 162. T a l r e s p o s t a n ã o s a t i s f e z o o u v i d o r d o
foi veemente ao afirmar que não era pedreiro livre, e que só era
b r i n c a r , e c o m e r ” 163.
c a t ó l i c a e a o s s a c r a m e n t o s 164. A I n q u i s i ç ã o a i n d a s e d e s d o b r a v a
q u a l i f i c a d a 165. C a s o í m p a r , n e s t e u n i v e r s o p r o c e s s u a l , f o i o d e
e n q u a n t o e s t u d a v a m c á l c u l o 167
166 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc. 16712. Ainda sobre heresias, ver
também os processos 2774 e 1489.
167 ANTT, Inquisição de Lisboa, proc. 1414.
238
p r o p o s i ç õ e s e r r ô n e a s 168. N e s t e u n i v e r s o , e n c o n t r a m o s M a t h e u s ,
lhe a mesma dona da casa, que era o Nosso Rei”, no que foi
f r e q u ê n c i a à m i s s a 169. N u m a o u t r a e s f e r a d e a ç ã o , a I n q u i s i ç ã o
168 ANTT, Inquisição de Lisboa, processos 2777, 1810, 15711, 17256, 9275.
169 ANTT, Inquisição de Lisboa, processo16071. Apesar do palavreado de
Matheus fazer graves referências a figuras -chaves do cristianismo, na
Torre do Tombo consta apenas a denúncia, sendo que um processo
completo não foi localizado. Grifos do Notário da Inquisição.
239
c á r c e r e 170. F i n a l m e n t e , a I n q u i s i ç ã o a i n d a a g i a s o b r e p e s s o a s q u e
d o S a n t o O f í c i o s e m f a z e r p a r t e d e s e u s q u a d r o s 171.
Inquisição portuguesa.
CONCLUSÃO
A
s relações entre a Inquisição portuguesa e o Estado,
a bibliografia pesquisada.
industrialização.
Inquisição.
monarcas.
e m n o m e d a r a z ã o d e E s t a d o . 173
D. Henrique (1539-1579)
Marquês de Pombal)
250
de Tribunal Régio
EU EL REY. Faço saber aos que este Alvará virem: que fui
abolir um tão estranho abuso: Hei por bem ordenar, que ao dito
252
ainda que por ela não há de passar, e posto que o seu efeito
Rey
Conde de Oeyras.
254
licença régia.
acusados de heresia.
cristãos-novos.
demolida a sinagoga.
cristãos novos.
Portugal.
saem seguidores.
em Portugal.
256
preços.
em Portugal.
processos instaurados.
procuradores e defensores.
bigamia e feitiçaria.
dignidades.
Santo Ofício.
sem registro.
caso de reincidência.
bens.
São Francisco.
Braga.
proibidos.
anos).
cavalo).
arcebispado de Évora.
Conde.
bispado.
Inquisição.
Castelo.
Cristo.
264
novos.
o crime de sodomia.
as Sés.
ano seguinte.
cristãos novos.
privativo).
período.
— Morte de D. Henrique.
— Alvará régio que faz mercê ao Santo Ofício de 1 113 000 reais
anuais da sua fazenda, além dos três mil cruzados concedidos por
pessoas.
— 218 sentenciados.
— 110 sentenciados.
1590 — 37 sentenciados.
Bahia e em Pernambuco.
— 248 sentenciados.
— 94 sentenciados.
— 194 sentenciados.
Inquisidor Geral.
— 186 sentenciados.
proibidos.
ofícios na Índia.
— 245 sentenciados.
na confissão sacramental.
diversas vezes.
— 437 sentenciados.
269
um perdão geral.
o Papa.
— 175 sentenciados.
— 114 sentenciados.
— 206 sentenciados.
— 153 sentenciados.
— 435 sentenciados.
impressão de livros.
Ofício.
dignidades.
— 15 sentenciados.
Inquisição.
— 13 sentenciados.
271
1608 — Alvará régio que consigna ao Santo Ofício 6 930 000 reis
jogar e solimão.
— 67 sentenciados.
1609 — 97 sentenciados.
— 46 sentenciados.
1611 — 92 sentenciados.
— 44 sentenciados.
tenças.
— 119 sentenciados.
benefícios de catedrais.
— 42 sentenciados.
— 66 sentenciados.
— 127 sentenciados.
Ofício.
—181 sentenciados.
273
— 212 sentenciados.
Universidade de Coimbra.
— 427 sentenciados.
solicitantes.
— 1 sentenciado.
judaísmo.
— 283 sentenciados.
— 171 sentenciados.
— 341 sentenciados.
— 386 sentenciados.
— 285 sentenciados.
de Coimbra.
— 170 sentenciados.
judaísmo.
— 557 sentenciados.
275
Geral.
— 359 sentenciados.
— 427 sentenciados.
cargos públicos.
— 237 sentenciados.
recrutados na Inquisição.
nomear os adjuntos.
— 186 sentenciados.
276
os solicitantes.
Coimbra.
— 323 sentenciados.
1636 — Carta régia para que pessoas que não possuam “sangue
— 361 sentenciados.
cristãos novos.
— 197 sentenciados.
Santo Ofício.
— 284 sentenciados.
— 314 sentenciados.
— 136 sentenciados.
— 215 sentenciados.
de Évora.
— 73 sentenciados.
do Brasil.
278
— 163 sentenciados.
— 156 sentenciados.
— 162 sentenciados.
1655 — 46 sentenciados.
1656 — 98 sentenciados.
novos.
— 181 sentenciados.
— 69 sentenciados.
1659 — 10 sentenciados.
1661 — 3 sentenciados.
— 143 sentenciados.
de cortes.
— 500 sentenciados.
1668 — 84 sentenciados.
auditórios da Corte.
do reino.
— 300 sentenciados.
— 481 sentenciados.
portuguesa.
— 142 sentenciados.
1675 — 13 sentenciados.
281
— 1 sentenciado.
1677 — 6 sentenciados.
1678 — 1 sentenciado.
— 325 sentenciados.
de armas no cadafalso.
— 246 sentenciados.
1686 — 54 sentenciados.
1687 — 6 sentenciados.
1688 — 34 sentenciados.
1689 — 19 sentenciados.
1690 — 34 sentenciados.
282
1691 — 53 sentenciados.
— 8 sentenciados.
— 16 sentenciados.
1694 — 97 sentenciados.
1695 — 32 sentenciados.
1697 — 1 sentenciado.
1698 — 62 sentenciados.
1699 — 93 sentenciados.
1700 — 10 sentenciados.
1702 — 18 sentenciados.
1703 — 78 sentenciados.
livre, no Rossio.
— 176 sentenciados.
283
— 130 sentenciados.
— 66 sentenciados.
1709 — 74 sentenciados.
1710 — 45 sentenciados.
1712 — 28 sentenciados.
1714 — 61 sentenciados.
1715 — 4 sentenciados.
de São Domingos.
— 80 sentenciados.
1719 — 12 sentenciados.
1721 — 7 sentenciados.
1722 — 8 sentenciados.
1724 — 36 sentenciados.
1731 — 94 sentenciados.
1733 — 61 sentenciados.
1734 — 61 sentenciados.
1735 — 73 sentenciados.
1736 — 32 sentenciados.
— 139 sentenciados.
1738 — 95 sentenciados.
1739 — 65 sentenciados.
1742 — 96 sentenciados.
— 133 sentenciados.
1745 — 40 sentenciados.
1746 — 99 sentenciados.
1748 — 46 sentenciados.
anos.
— 51 sentenciados.
1751 — 40 sentenciados.
1753 — 42 sentenciados.
1754 — 49 sentenciados.
1755 — 63 sentenciados.
livros.
— 86 sentenciados.
286
1757 — 74 sentenciados.
— 39 sentenciados.
1759 — 82 condenados.
1760 — 34 condenados.
— 82 condenados.
1762 — 11 condenados.
— 20 condenados.
— 46 condenados.
1767 — 19 condenados.
entregues ao Erário.
287
jacobeus e sigilistas.
Santo Ofício.
de limpeza de sangue.
feitiçaria.
Santo Ofício.
Inquisidor Geral.
proibidos.
século XVI.
BIBLIOGRAFIA
FONTES MANUSCRITAS
Inquisição de Lisboa:
Processos 50, 56, 412, 860, 866, 1365, 1414, 1480, 1481, 1482, 1484, 1485, 1489, 1962, 13269, 15935, 2
5343, 14416, 2780, 16712, 2774, 5711, 17256, 5711, 16071, 9275, 2777, 15878, 14476, 15316, 7291, 6
12946, 6178, 7042, 11978, 15907, 6775, 13270, 13654, 6703, 6773, 6775, 4417, 6772, 16086, 6385.
FONTES IMPRESSAS