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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO-UFPE

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

FORJAMENTO

Trabalho de conformação plástica


Professor: Pater Nark
Alunos: Jonas, Hugo e Antônio benício
Turma: MT

RECIFE
2017
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1
1.1 Motivação .............................................................................................. 1
1.2 Objetivos ............................................................................................... 1

2. METODOLOGIA ...................................................................................... 2

3. PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA .................................. 3


3.1 Principais processos de conformação mecânica ............................. 3

4. FORJAMENTO (FORJARIA) ................................................................... 5


4.1 Temperatura de forjamento ................................................................. 9
4.1.1 Forjamento a quente ........................................................................... 9
4.1.2 Forjamento a frio ................................................................................. 10
4.2 Matrizes de forjamento ........................................................................ 11
4.2.1 Matriz aberta ....................................................................................... 11
4.2.2 Matriz fechada ..................................................................................... 13
4.3 Equipamentos usados no forjamento ................................................ 15
4.3.1 Prensas mecânicas ............................................................................. 15
4.3.2 Prensas hidráulicas ............................................................................. 16
4.3.3 Prensa de fuso .................................................................................... 17
4.3.4 Martelo ................................................................................................ 18
4.4 Defeitos nos processos de forjamento .............................................. 20
4.5 Vantagens e desvantagens do forjamento ......................................... 21
4.6 Aplicação .............................................................................................. 21

CONCLUSÃO .............................................................................................. 22

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 23
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1. INTRODUÇÃO

1.1 Motivação

Esse trabalho fala sobre um dos processos de fabricação por conformação mais
usado na indústria moderna, que é o processo de fabricação por forjamento.
Processos de fabricação que operam por meio de conformação mecânica, forne-
cem a forma final ao produto através de deformações plásticas a frio ou a quente
sobre o material e o forjamento faz parte desse tipo de processo de conformação
plástica através de golpes e compressões sobre a peça.
É notório a importância do forjamento para a indústria, sendo um processo bastante
antigo que é usado desde a época medieval, onde lá era feito com a intenção de se
obter instrumentações de guerra, utensílios rurais, etc.

1.2 Objetivos

Através da leitura desse trabalho, o leitor vai obter um enriquecimento técnico maior
sobre o tema e despertar a curiosidade e o interesse para um posterior aprofunda-
mento em referências bibliográficas e sites sobre tema abordado. O que é apresen-
tado aqui é feito com a intenção de mostrar um conteúdo geral sobre o processo de
forjamento, porém será dado de uma maneira técnica para que sejam passadas infor-
mações suficientes sobre os procedimentos que acontecem no processo.
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2. METODOLOGIA

O conteúdo apresentado aqui teve sua base de busca feita em sites específicos que
tratam de conformações plásticas e processos de fabricação, bem como bibliografias
referentes ao tema.
Fala-se no desenvolvimento desse trabalho, basicamente da importância do processo
de forjamento para a indústria mecânica e para os processos de fabricação, as van-
tagens e desvantagens, das etapas do processo, dos produtos que são fabricados,
etc.
Imagens e ilustrações serão usadas pra representar o que será exposto aqui com a
realidade presente nas indústrias.
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3. PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA

Os processos de fabricação por conformação mecânica ou conformação plástica, são


processos que executam sobre um determinado material ou peça esforços mecânicos
de forma a deforma o material e se obter uma determinada forma final. Conformação
é por definição, um processo mecânico tal que se pode obter peças através da com-
pressão de metais no estado sólido em moldes ou matrizes, utilizando a deformação
plástica do material para a ocupação e preenchimento de cavidades dos moldes.
O processo pode ocorrer ou não com o aquecimento do material (matéria-prima), onde
existindo o aquecimento (amolecimento e redução da dureza temporária) o processo
de conformação passa a ser chamado de conformação a quente (trabalho a quente),
e o processo onde não existe o aquecimento (encruamento após o processo de con-
formação) é chamado de conformação a frio (trabalho a frio).
Quando a conformação é feita a quente, consegue-se conformar peças com menor
gasto de energia (maior efetividade na produção) onde não será necessário um trata-
mento térmico, pois a conformação a quente é feita com temperaturas acima do ponto
de formação de austenita (ponto crítico) na estrutura cristalina de metais que obede-
cem o sistema ferro-carbono (no que se refere a ligas metálicas do sistema Fe-C),
logo a essa temperatura a estrutura se recristaliza simultaneamente com deformação
sofrida. O processo de conformação plástica a frio, tem a vantagem de fornecer um
melhor acabamento final na peça conformada, e o material da peça fica encruado
(aumento nos contornos de grãos da estrutura cristalina com a redução dos tamanhos
de grãos durante a deformação a frio), de tal forma que isso ajuda a aumentar a re-
sistência mecânica (dureza), mas que diminui a ductilidade.

3.1. Principais processos de conformação plástica

Existem diversos tipos de processos de conformação que foram desenvolvidos para


aplicações especificas, e o número pode chegar a centenas de processos. É possível
classificar os processos de conformação plástica em um número reduzido de catego-
rias, baseando-se em critérios tipo:

 O tipo de esforço que provoca a deformação do material;


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 A variação relativa da espessura da peça;


 O regime da operação de conformação;
 O propósito da deformação;

Basicamente, os processos de conformação mecânica podem ser classificados em:

a) Forjamento: Conformação por esforços de compressão fazendo com que o mate-


rial assuma a superfície de contorno da ferramenta conformadora, chamada ma-
triz ou estampo.

b) Laminação: Consiste em uma série de processos em que o material passa atra-


vés da abertura entre cilindros que giram de forma contínua, modificando (em ge-
ral com reduções) a seção transversal; os produtos finais podem ser placas, cha-
pas, barras com variações de seções transversais, trilhos em geral, perfis diver-
sos, anéis e tubos.

c) Trefilação: redução da seção transversal de uma barra, fio ou tubo, “puxando-se”


(esforço de tração) a peça com o uso de uma ferramenta (fieira ou trefila) com
forma de um canal.

d) Extrusão: É um processo em que a peça é empurrada (geralmente por aciona-


mento hidráulico pois requer força e compressões altas) contra a matriz confor-
madora, com redução da sua seção transversal onde a peça final adquire um
perfil que vai de acordo com a matriz conformadora. A parte não extrudada, fica
dentro de um recipiente ou cilindro e o produto pode ser uma barra, perfil ou
tubo.

Para conformação de chapas metálicas, temos as seguintes operações de confor-


mações:

 Estiramento;
 Corte;
 Dobramento;
 Embutimento;
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4. FORJAMENTO (FORJARIA)

Como já foi dito anteriormente, o processo de fabricação por forjamento (ou forjaria),
é um processo de conformação mecânica (conformação plástica) usado para dar
forma aos materiais através de martelamento ou esforços de compressão. É um pro-
cesso bastante antigo e prático, onde com o passar dos anos vem ganhando adapta-
ções e modernizações com relação aos processos de execução do trabalho.
O forjamento é a maneira mais antiga de conformação que se conhece e beneficia-
mento dos metais.

Processo primitivo de forjamento

O processo de forjamento pode ser feito a quente em altas temperaturas (forjamento


a quente), pode ser feito a temperaturas baixas (forjamento a frio) e também pode ser
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feito a temperaturas de aquecimentos intermediárias entre os estados de forja fria e


quente, que são os forjamentos mornos.
A rápida deformação plástica de um material, faz com que exista aumento em suas
propriedades mecânicas devido ao encruamento ( o que acontece com o forjamento).
A depender do tipo de processo utilizado no forjamento, pode-se ter poucas perdas
de materiais e com ótimas precisões dimensionais no que se refere a concepção e
fabricação do produto (produto final), logo, existem técnicas de produtividades de ma-
neira a querer melhorar as características metalúrgicas do produto e otimizar o pro-
cesso de forja. Algumas dessas técnicas são antigas, trabalhosas e com gastos ener-
géticos (energia mecânica também) altos, outras são modernizadas e feitas através
de tecnologia de ponta, como é o caso do uso de programas CAD/CAM (desenho
assistido por computador/manufatura assistida por computador).
Quando uma peça é forjada, em muitas vezes procura-se alterar a elasticidade e a
plasticidade do material, onde elasticidade é entendida como a capacidade que um
material tem de se deformar para determinados estados de tensão e retomar a sua
forma antes da aplicação de tensões. Plasticidade é entendida como a capacidade
que um material tem de se deformar plasticamente antes de sofrer falha por ruptura
(propagação de trincas).
No forjamento, é de fundamental importância a quantidade de material que será usada
pois se existir quantidade insuficiente, isto implica na falta de enchimento da cavidade
do molde, já um excesso de material causa sobrecarga na ferramenta de conforma-
ção, podendo gerar danos a ferramenta e a máquina motriz de operação.
Nas operações de fabricação por usinagem, existe uma perda alta em volume de ma-
terial (geralmente cerca de 74 a 76%), no entanto no processo de forjaria a perda em
casos muitos críticos chega a no máximo em 6% (uma vantagem do processo).
A tecnologia de forja, divide-se em 3 categorias que vai de acordo com a capacidade
da máquina e aplicabilidade na indústria:

 Forja pesada: É usado para a fabricação de peças grandes, com elevado número
de operadores e prensas de enormes proporções (prensas robustas), mão de obra
especializada. Sua aplicação é para pelas de aplicações especificas e de tama-
nhos grandes. A força das prensas utilizadas em forja pesada varia de 3000 e
15000 toneladas. Uma prensa de 6000 toneladas pode ser aplicada para estirar
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lingotes com cerca de 2,5 m de diâmetro e 120 toneladas (peso de 120000 kgf do
lingote).

Compressão da prensa por forja pesada

Rotor de turbina durante um processo de forja


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 Forja média: As prensas de forjamento possuem forças de 1000 a 1500 toneladas,


possuem maiores velocidades durante o processo devido a redução das dimen-
sões das prensas, podendo dar de 30 a 150 golpes por minuto variando com a
capacidade da prensa (depende do fabricante da mesma e muitas vezes do custo
financeiro).

Eixo virabrequim obtido por forja do tipo média

 Forja leve: Basicamente constituída por estampagem e prensa hidráulica do tipo


horizontal.
O processo de estampagem consiste em conformar uma determinada peça atra-
vés de choques de contato ou na aplicação de pressão sobre o determinado ma-
terial contra uma matriz que se encontra entalhada (matriz estática ou sem movi-
mento). A ferramenta da estampagem é o punção.
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Processo de estampagem do tipo profunda e seus componentes

4.1 Temperaturas de forjamento

4.1.1 Forjamento a quente

Para o forjamento a quente, tem-se que o processo ocorrerá a uma temperatura acima
da temperatura de recristalização para um determinado material, que no caso de aços
e ferros fundidos (ligas do sistema Fe-C) se refere ao ponto em que existe uma ho-
mogeneidade da estrutura austenita na composição cristalina do material. No final da
conformação, existe a formação de rebarba, devido ao excesso de material. No forja-
mento convencional a quente o peso do forjado pode atingir o dobro do usinado, e sua
rebarba representa de 20 a 40% de seu peso, aumentando os custos com a compra
de material, sua manipulação, armazenagem, aquecimento até temperatura de forja-
mento e usinagem. O processo de forjamento a quente geralmente começa pelo corte
das barras, em guilhotina, para obtenção dos tarugos. Os tarugos passam por um
forno contínuo para serem aquecidos e posteriormente forjados em prensa. O forja-
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mento deverá ocorrer em duas ou mais etapas que permitam o preenchimento ade-
quado das matrizes. As rebarbas do forjado são retiradas, em uma operação de corte,
imediatamente após o forjamento. Após o corte, os forjados são tratados termica-
mente para obter-se uma microestrutura adequada à usinagem.

Forjamentos a quente nas imagens acima

4.1.2 Forjamento a frio

No forjamento a frio, não existe a retirada de material, existindo assim uma elevada
precisão dimensional na peça final. O forjamento a frio consiste em amassar um corpo
rígido, que é levado a uma determinada forma que se deseja pelo deslocamentos de
partículas da microestrutura cristalina do material. O volume do material que participa
da conformação não sobre alterações, logo não vai existir perda de material no pro-
cesso de finalização da conformação.
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4.2 Matrizes de forjamento

4.2.1 Matriz aberta

O material sofre a conformação entre duas matrizes planas com formatos (em geral)
simples, que normalmente não entram em contato. É bastante usado para fabricação
de peças grandes, com formas simples (p. ex., eixos de navios e de turbinas, ganchos,
correntes, âncoras, alavancas, excêntricos, ferramentas agrícolas, etc.) e em número
reduzido, e também para pré-conformar peças que serão submetidas em instantes
posteriores a operações de forjamento dadas de maneiras mais complexas (peças
forjadas com mais detalhes e características). Como exemplos de peças produzidas
por este processo têm-se eixos de navios e de turbinas, ganchos, correntes, âncoras,
alavancas, etc. O forjamento com matriz aberta, divide-se em procedimento unitários
(operações unitárias). São operações realizadas de maneiras simples para a confor-
mação por forjamento, empregando-se matrizes abertas/livres ou ferramentas com
características especiais, podendo ter as finalidades de:

 Produzir peças acabadas simples;


 Redistribuir a massa de uma determinada peça bruta para facilitar a obtenção de
uma peça de geometria complexa por posterior forjamento em matriz;

Forjamento em matriz aberta


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Eixo de turbina eólica fabricado por matriz aberta

O forjamento livre ou de matriz aberta possui as seguintes operações a seguir:

a) Recalque ou recalcamento: Compressão direta do material entre um par de ferra-


mentas de face plana ou côncava, visando primariamente reduzir a altura da peça e
aumentar a sua secção transversal;

b) Estiramento: Visa aumentar o comprimento de uma peça à custa da sua espessura;

c) Encalcamento: Variedade de estiramento em que se reduz a secção de uma porção


intermediária da peça, por meio de uma ferramenta ou impressão adequada;

d) Rolamento: Operação de distribuição de massa ao longo do comprimento da peça,


mantendo-se a secção transversal redonda enquanto a peça é girada em torno do seu
próprio eixo;
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e) Caldeamento: Visa produzir a soldagem de duas superfícies metálicas limpas, pos-


tas em contato, aquecidas e submetidas a compressão. Como por exemplo, a confec-
ção de elos de corrente;

f) Alargamento Aumenta a largura de uma peça reduzindo sua espessura;

g) Furação;

h) Extrusão: O material é forçado a passar através de um orifício de secção transversal


menor que a da peça;

i) Laminação de forja: Reduz e modifica a secção transversal de uma barra passando-


a entre dois rolos que giram em sentidos opostos, tendo cada rolo um ou mais sulcos
de perfil adequado, que se combina com o sulco correspondente do outro rolo;

j) Cunhagem: Geralmente realizada a frio, empregando matriz fechada ou aberta, visa


produzir uma impressão bem definida na superfície de uma peça, sendo usada para
fabricar moedas, medalhas talheres e outras peças pequenas, bem como para gravar
detalhes de diversos tipos em peças maiores;

l) Fendilhamento: Consiste em separar o material, geralmente aquecido, por meio de


um mandril de furação provido de gume; depois que a ferramenta foi introduzida até a
metade da peça, esta é virada para ser fendilhada do lado oposto;

m) Expansão: Visa alargar uma fenda ou furo, fazendo passar através do mesmo uma
ferramenta de maiores dimensões, geralmente se segue ao fendilhamento. Como eta-
pas de forjamento podem ser ainda executadas operações de corte, dobramento, cur-
vamento, torção, entalhamento, etc;

4.2.2 Matriz fechada

O material sofre o processo de conformação onde duas metades de uma matriz que
possuem impressões no formato que deseja-se a peça final.
A deformação do material ocorre com a aplicação de pressões altíssimas, em uma
cavidade fechada e outra que está semi-fechada, permitindo que as peças forjadas
possuam tolerâncias dimensionais menores do que existiria se a matriz fosse do tipo
aberta (conformação livre).
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Em situações que as deformações do material ocorre na parte interna de uma cavi-


dade totalmente fechada, sem zona e regiões de fluxo de escape, é necessário a pre-
cisão na quantidade fornecida de material: se a quantidade for insuficiente, implica
então em uma falta de enchimento da cavidade e falha no volume final da peça; um
excesso de material causa sobrecarga na ferramenta (solicitação maior do que foi
padronizado do sistema), com probabilidade de danos ao mesmo e a máquina em
operação de uso.
Existe uma dificuldade de saber a quantidade exata fornecida de material para o pro-
cesso, logo é mais comum empregar um pequeno excesso (de maneira moderada).
As matrizes possuem uma região ou zona oca disposta de maneira especial para re-
colher o material excedente ao término do preenchimento da cavidade principal. O
material excedente forma uma faixa pequena chamada de rebarba nos contornos da
peça forjada final. Para que seja retirada essa rebarba, é necessária uma operação
de corte chamada de rebarbação.
Com relação às propriedades mecânicas dos produtos passados pelos processos de
forjamento, elas são limitadas à temperatura de trabalho, isto é, entre os forjados a
frio e a quente. Foi verificado que o trabalho a frio (forjamento a frio) proporciona ao
produto conformado limites de resistências maiores e ductilidades menores (material
mais duro ou mais rígido). Os forjados a frio se apresentam com índice de rugosidades
bem menor.

Forjamento em matriz fechada


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4.3 Equipamentos usados no forjamento

4.3.1 Prensas mecânicas

A prensa mecânica é o equipamento mais utilizado depois do martelo. Ele pode ser
constituído internamente de um par biela-manivela (mecanismo de 4 barras), onde o
movimento de rotação dado por um motor por transmissão de correias transformasse
em movimento linear para a massa superior da prensa.
De maneira a melhorar a rigidez dessas prensas mecânicas, foram criadas as prensas
excêntricas que foram desenvolvidas com variações no mecanismo biela/manivela,
com o surgimento das prensas excêntricas com tesoura e com cunha.
Com relação ao curso do martelo, o curso é pequeno e o máximo de carga é obtido
quando a massa superior está a aproximadamente 3 mm acima da posição neutra
central. Existem prensas de 300 a 12000 toneladas onde a pancada da prensa é dada
por um carregamento (aplicação da carga) crescente e não necessariamente um cho-
que de impacto. Nesse tipo de prensa as matrizes sofrem menos e não precisam ser
tão maciças, porém possuem alto custo quando comparado aos martelos.

Prensa mecânica
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Prensa excêntrica e suas partes básicas

4.3.2 Prensas hidráulicas

As prensas hidráulicas funcionam com o acionamento de um cilindro hidráulico onde


a força e carga de pressão (distribuída de forma uniforme no fluido devido a incom-
pressibilidade do mesmo). Essas prensas são bastante usadas em forjamento do tipo
extrusão devido a distribuição de pressão dentro do fluído.
As prensas hidráulicas possuem velocidades baixas, o que resulta em um maior
tempo de contato entre peça e prensa que pode gerar problemas como perdas de
calor da peça trabalhada onde isso pode gerar problemas na matriz que se está
usando. As prensas hidráulicas estão disponíveis numa faixa de 500 a 18000 tonela-
das onde também existem prensas que chegam a 50000 toneladas.
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As prensas hidráulicas são mais caras (em geral) do que as prensas mecânicas e do
que os martelos de forja.

Prensa hidráulica usada para forjamento

4.3.3 Prensa de fuso

São compostas de um par porca/parafuso, tal que a rotação do fuso mecânico, a


massa superior sofre deslocamento, podendo estar fixa no fuso ou então fixada à
porca, onde neste caso ela deverá ser móvel, dando origem a dois subtipos de pren-
sas; as de fuso móvel e as de porca móvel.
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Prensa de fuso

4.3.4 Martelo

Martelo ou martelo de forja (como é conhecido), é o equipamento mais usado nos


processos de forjamento onde toda a energia cinética associada ao movimento des-
cendente do martelo é convertida em energia de deformação durante o processo de
prensagem instantânea. Os martelos são classificados de acordo com suas massas
(massa cadente). Existem dois tipos comuns e mais usados de martelos, que martelos
são os martelos de duplo efeito e os martelos de queda livre com prancha.
Os martelos de duplo efeito otimizam o processo de forja (aumento na eficiência) pois
além da gravidade atuando sobre a massa devido a força peso, utiliza-se vapor de
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água (pressão de vapor) ou ar comprimido de forma a acelerar a velocidade descen-


dente do martelo durante o processo.
No martelo de queda com prancha, a matriz superior e a massa cadente são elevadas
por rolos de atrito engrenados à prancha, correntes ou outros mecanismos. Quando a
prancha é liberada, a massa cadente cai sob a influência da gravidade para produzir
a energia da pancada.
Quando a massa do martelo atinge a peça, todo aquele choque devido ao impacto é
transmitido para toda a máquina, onde isso pode gerar problemas. Para amenizar
esse fato, foram desenvolvidos os martelos de contragolpe, onde a chabota se movi-
menta ao mesmo tempo em direção a massa do martelo encontrando-se no centro da
máquina, fazendo com que as vibrações de impacto não sejam transmitidas para a
máquina e fundações do sistema em utilização.
Ao contrário das prensas, os martelos não aplicam cargas progressivas lineares no
tempo e sim golpeiam a peça até que a conformação plástica ou forma final esteja
presente de acordo com o projeto.

Martelo pneumático de forja


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Martelo de queda livre comum usado em forjarias

A imagem abaixo mostra um resumo das máquinas utilizadas para os acionamentos


do processo:

4.4 Defeitos nos processos de forjamento

Os defeitos mais comuns os processos de forja são:

 Penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta;


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 trincas superficiais;
 Trincas nas rebarbas;
 trincas internas no material;
 Incrustações de óxidos que ficam presas na peça algumas vezes;
 Descabornetação ou perda de carbono de forma superficial;

4.5 Vantagens e desvantagens do forjamento

 Desvantagens:
 Os equipamentos usados no processo possuem alto custo (em geral);
 As peças quando encerram o processo de forjamento vão precisar (em geral) de
um processo de usinagem para conferir melhor acabamento;

 Vantagens:
 O custo de fabricação é mínimo devido a baixa perda de material durante o pro-
cesso;
 É possível alinhas as fibras de forma a diminuir as tensões no material durante o
processo;
 Propriedades mecânicas da peça pode ser melhorada com um controle das defor-
mações;

4.6 Aplicação

Em geral, todos os materiais conformáveis (boa plasticidade) podem passar por um


processo de forjamento. Entre as classes de materiais, os aços são os materiais mais
usados nos processos de conformação por forjaria (aços estruturais, aços ligados,
aços carbonos, aços ferramenta, aços para beneficiamento, etc), tendo também o uso
de ligas de alumínio e de cobre (principalmente os latões devido a sua elevada plas-
ticidade), ligas de magnésio, de níquel, etc.
Em geral, o material que vai passar pela forja é fundido, mais de uma maneira mais
comum é preferível que ele seja laminado em uma etapa anterior a conformação por
forjamento, pois assim existirá uma microestrutura mais homogênea (facilidade no
processo).
Um fato muito comum nesses processos é que peças delgadas, como chaves de boca,
alicates, tesouras, e outros podem ser feitas de cortes em chapas laminadas.
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CONCLUSÃO

O forjamento é dado por um conjunto de operações de conformação mecânica ou


conformação plástica, efetuadas com esforços e tensões de compressão sobre um
material de natureza dúctil (boa plasticidade), de tal maneira que ele possa assumir o
contorno ou o perfil da ferramenta de trabalho que está sendo usada. Em grande parte
das operações de forjamento, usa-se um sistema de ferramentas constituído por um
par de ferramentas de superfície plana ou côncava, chamadas matrizes ou estampos.
Grande parte das operações presentes no processo de forjamento, são realizadas a
quente, no entanto, um grande número de peças pequenas (parafusos, porcas, pinos,
engrenagens, pinhões, etc.) são produzidas por forjamento a frio (encruamento das
peças durante o processo).
Generalizando, todos os materiais conformados podem ser forjados. Os mais utiliza-
dos para a produção de peças forjadas são os aços (comuns e ligados, aços estrutu-
rais, aços para cementação e para beneficiamento, aços inoxidáveis ferríticos e aus-
teníticos, aços ferramenta), ligas de alumínio, de cobre (especialmente os latões), de
magnésio, de níquel (inclusive as chamadas superligas (empregadas principalmente
na indústria aeroespacial).
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REFERÊNCIAS

 http://www.cimm.com.br
 http://slideplayer.com.br/slide/1613356/
 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe4r8AL/resumo-sobre-processo-for-
jamento
 http://www.fbmferramentas.com.br/forjaria/processo-forjamento.html
 https://professormarciogomes.files.wordpress.com/2008/09/aulas-6-e-7-for-
jamento.pdf
24

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