Avaliação IST

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE ENFERMAGEM

Avaliação da aula Infecções Sexualmente Transmissíveis

GRUPO: Letícia Barros, Maria Beatriz Chaves, Paulo Barroso e Vitor Lima.
PROFESSORA: Fátima Soares Motta Noronha
DISCIPLINA: Microbiologia Aplicada à Enfermagem

BELO HORIZONTE
2020/1
Sobre as cervicites e uretrites causadas por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis
responda:
1) Qual é a principal molécula da parede de N. gonorroheae que está associada à resposta
inflamatória provocada pela infecção por esta bactéria?
R: Lipooligossacaride (LOS), que está associado à uma resposta inflamatória, pois esse impede a
fagocitose, ação de dano tissular.

2) Qual é a principal característica de C. trachomatis?


R: Estas espécies produzem inclusões intracitoplasmáticas compactas que contêm glicogênio.
Comumente são inibidas pelas sulfonamidas. Constituem agentes de vários distúrbios em seres
humanos como o tracoma, a conjuntivite de inclusão, a uretrite não gonocócica, salpingite, cervicite,
pneumonite de lactentes e linfogranuloma venéreo.

3) Cite duas semelhanças entre as infecções causadas por estas bactérias.


Ambas podem causar infecções oculares- Conjuntivite -. Os indivíduos infectados com frequência
desenvolvem anticorpos específicos do grupo, bem como da soriavante nos soro e nas secreções
oculares.

4) Cite uma complicação da infecção por C. trachomatis.


O tracoma, uma ceratoconjuntivite crônica que começa com alterações inflamatórias agudas na
conjuntiva e na córnea, progredindo para a formação de cicatrizes e cegueira.

Sobre a Sífilis responda:


1) Qual é a característica morfo-tintorial do Treponema pallidum, o agente da sífilis?
R: Tem cerca de 10 micrômetros de comprimento, com apenas 0,2 micrômetros de largura. Bastonetes
Helicoidais. Espiralado.

2) Esta bactéria pode ser cultivada in vitro?


Não é cultivável in vitro, sendo extremamente sensível às variações de temperatura, humidade e
desinfetantes.

3) Quais são as fases da manifestação da infecção por T. pallidum?


Sífilis primária - Recente:
• Cancro Duro. Lesão ulcerosa
• Inoculação do Treponema pallidum.
Contato com lesão sifilítica – Período de incubação: 20-30 dias.
Cancro duro: local da penetração e multiplicação da bactéria
Lesão ulcerosa, bordas elevadas, recoberta por um exsudato límpido seroso e não purulento. Altamente
contagioso. Lesões não dolorosas.

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Dificilmente supuram. Desaparecem espontaneamente: 3-6 semanas. Aderoptias inguinais bilaterais:
1-2 semanas após o início da lesão ulcerosa.
Sífilis secundária - Recente:
• Generalização do microrganismo pelos vasos sanguíneos
• Erupção macular ou papular (roséolas sifilíticas).
• Sífilis Latente – manifestações
Ocorre 1 a 3 meses após o aparecimento do cancro duro ou 6-8 semanas após o desaparecimento do
cancro duro. Microrganismos localizam-se no endotélio de pequenos vasos sanguíneos e áreas
perivasculares.
Disseminação hematogênica e linfática -> tecidos
Infiltrado perivascular e dlinfócitos, monócitos e células plasmáticas -> endoarterite proliferativa.
Apresenta febre, rouquidão, dificuldade na deglutição (feridas no céu da boca), linfadenopartia
generalizada.
Sífilis terciária:
• Localização do T. pallidum nas vísceras.
• Sífilis cardiovascular e neurosífilis.
Aparece de 2-20 anos depois. Desde lesões cutâneas de evolução benigna até lesões neurológicas,
cardiovasculares (aortite sifilítica, aneurisma e estenose das coronárias) e aquelas acometendo outros
órgãos. Quanto mais tardias as lesões, mais destrutivas. Microrganismos são raros. Transmissão ocorre
por transfusão sanguínea.

4) Quais são as fases mais contagiosas? Por quê?


Primeira e segunda fase, pois tem o aparecimento de lesões com altas concentrações de Treponemas,
que são altamente contagiosos, diferente da terceira fase, onde não é contagiosa, porém é a fase mais
grave da doença.

5) Cite um reste treponêmico e um não treponêmico para a pesquisa da infecção.

Testes treponêmicos:
São testes que detectam anticorpos contra antígenos do Treponema pallidum.
Estes testes são qualitativos. Eles definem a presença ou ausência de anticorpos na amostra.
Exemplo: o teste imunoensaio quimioluminecente de partículas (CMIA).

Testes não treponêmicos


São testes que detectam anticorpos não treponêmicos, anteriormente denominados
anticardiolipínicos, reagínicos ou lipoídicos. Esses anticorpos não são específicos para
Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis. Os testes não treponêmicos podem ser:
• qualitativos – rotineiramente utilizados como testes de triagem para determinar se uma
amostra é reagente ou não;
• quantitativos – são utilizados para determinar o título dos anticorpos presentes nas

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amostras que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e para o monitoramento
da resposta ao tratamento. O título é indicado pela última diluição da amostra que ainda
apresenta reatividade ou floculação visível.
Exemplo: O exame de VDRL (Ve- nereal Disease Research Laboratory).

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e


Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2006, p 43. Série Manuais nº
68. 4.ed.

BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26 ed. Editora
LTDA: Porto Alegre. 2014.

CHEBABO, Alberto; PIERROTTI, Ligia. Diagnóstico de Sífilis: O teste treponêmico (CMIA) como
teste de triagem. [S. l.], 16 abr. 2018. Disponível em: https://alvaroapoio.com.br/medicina-
diagnostica/diagnostico-de-
sifilis#:~:text=Nesse%20caso%2C%20pode%2Dse%20utilizar,trepon%C3%AAmicos%20(VDRL%
20ou%20RPR). Acesso em: 22 set. 2020.

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