Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bailey Alice A Astrologia Esoterica Portugues
Bailey Alice A Astrologia Esoterica Portugues
BAILEY
ASTROLOGIA
ESOTÉRICA
Coord. da tradução
Dr. J. Treiger
2008
2
Primeira edição 1951 - Nona edição 1974
Primeira edição em português 1997 - Segunda edição em português 2008
Título do original em inglês: ESOTERIC ASTROLOGY
"A Invocação ou Oração acima não pertence a nenhuma pessoa ou grupo, mas a toda
a Humanidade. A beleza e a força desta invocação repousam em sua simplicidade e em sua
expressão de certas verdades centrais que todos os homens inata e normalmente aceitam -
a verdade da existência de uma inteligência básica a Quem nós vagamente damos o nome
de Deus; a verdade que por trás de toda a aparência exterior, o poder motivador do
universo é o Amor; a verdade que uma grande individualidade veio à terra, chamada pelos
Cristãos, o Cristo, e encarnou aquele amor de modo que o pudéssemos compreender; a
verdade que tanto o amor como a inteligência são efeitos do que é chamada a Vontade de
Deus; e, finalmente, a verdade autoevidente que somente através da própria humanidade
pode o Plano Divino realizar-se".
Alice A. Bailey
4
ÍNDICE DAS MATÉRIAS
I.O Zodíaco e os Raios 6
Três Afirmações Básicas 6
As Hierarquias Criadoras 21
A Grande Roda e o Desenvolvimento Espiritual 43
Apêndice 331
5
CAPÍTULO I
O Zodíaco e os Raios
1 - Três Afirmações Básicas
2 - As Hierarquias Criadoras
3 - A Grande Roda e o Desenvolvimento Espiritual
O que tenho inicialmente a dizer sobre este assunto tem cunho essencialmente
preparatório: procuro apresentar os fundamentos para uma nova abordagem à ciência da
astrologia - uma abordagem muito mais esotérica. Provavelmente direi coisas que os
astrólogos acadêmicos sem inspiração considerarão revolucionárias, ou errôneas, ou ainda,
impossíveis de serem provadas ou improváveis. Mas é preciso lembrar que, até agora, a
astrologia ainda não se afirmou no mundo do pensamento e da ciência, não obstante os
seus muitos definidos e demonstráveis sucessos. Por essa razão, pediria aos que lerem e
estudarem esta seção do Tratado sobre os Sete Raios que, tendo isso em mente, se
dispusessem a levar em consideração novas hipóteses, se esforçassem na análise da teoria
ou sugestão, e só pusessem à prova as conclusões após o período de alguns anos. Se
conseguirem agir assim, poderá ocorrer um despertar da intuição que converterá a
moderna astrologia em algo de inestimável importância e significação para o mundo. É a
astrologia intuicional que finalmente substituirá o que hoje chamamos astrologia, e que
efetuará o retorno ao conhecimento daquela ciência milenar que relacionou as
constelações a nosso sistema solar, que chamou a atenção para a natureza do zodíaco, e
que instruiu a humanidade sobre os inter-relacionamentos básicos que governam e
controlam os mundos fenomênico e subjetivo.
Afirma-se frequentemente que a astrologia é uma ciência exata, porém, apesar dos
muitos cálculos matemáticos envolvidos, esta afirmação está longe de ser correta.
Curiosamente, a astrologia baseia-se na ilusão, pois, como bem sabemos, o zodíaco nada
mais é do que o caminho imaginário que o Sol percorre através dos céus, e mesmo isto, do
ponto de vista do nosso insignificante planeta. O Sol não está, como nos afirmam, em signo
algum do zodíaco. Simplesmente, ele parece estar neste ou aquele signo, enquanto passa
entre a nossa pequenina esfera, a Terra, e as constelações, num determinado tempo ou
estação.
Na antiguidade, acreditava-se que a Terra era o centro do sistema solar e que o Sol e
todos os outros planetas giravam ao seu redor. Assim eram a posição e o conhecimento
exotéricos, embora fosse outra a compreensão esotérica. Mais tarde, quando novas
descobertas trouxeram mais luz à mente humana, nosso planeta foi descentralizado e a
verdade mais claramente vista, embora restem muito mais coisas a serem descobertas,
coisas que podem ser até de natureza revolucionária.
A partir de certos aspectos astrológicos, é preciso realizar-se um processo similar de
6
descentralização e o sistema solar não deve continuar a ser considerado como um ponto ao
redor do qual o zodíaco se move, e através do qual o Sol passa no seu grande ciclo de
25.000 anos. Astrólogos com alguma visão interna poderão negar que esta seja uma atitude
generalizada. Ainda assim - à guisa de esclarecimento e em relação ao público em geral -
essa dedução é permitida e aceita pelos ignorantes. Nesta teoria referente ao zodíaco
fundamenta-se, em larga escala, o que nós chamamos a Grande Ilusão, e eu insisto para
que se lembrem disto ao estudarem comigo as novas abordagens a esta que é a maior e a
mais antiga de todas as ciências. A astrologia é uma ciência cujas verdade e beleza originais
precisam ser restauradas antes que o mundo possa alcançar uma perspectiva mais
verdadeira e uma apreciação mais exata e precisa do Plano divino, tal como ele se expressa
nesta época, por meio da Sabedoria das Idades.
A segunda afirmativa que farei é que a astrologia é essencialmente a mais pura
apresentação da verdade ocultista feita ao mundo nesta época, porque ela é a ciência que
se ocupa das energias condicionadoras e governantes, e das forças que agem sobre a
totalidade do campo do espaço e através dele e de tudo que se encontra contido nesse
campo. Quando nos convencermos deste fato, quando as fontes de origem dessas energias
forem melhor compreendidas e compreendermos corretamente a natureza do campo do
espaço, veremos, então, um horizonte muitíssimo mais vasto e, ao mesmo tempo, mais
intimamente relacionado; as relações entre entidades individuais, planetárias, sistêmicas e
cósmicas serão claramente reconhecidas, e aí então, nós começaremos a viver
cientificamente. Este modo de viver cientificamente é o propósito imediato da astrologia.
Aquele que atualmente acredita na astrologia se julga um indivíduo importante (pelo
menos, para si próprio), que está vivendo neste importante planeta, a Terra (importante
para a humanidade), e que ele pode descobrir por meio da astrologia, qual é o seu destino
e saber o que deverá fazer. Ao fazer este comentário, não me refiro àqueles poucos
astrólogos donos de real conhecimento esotérico. Têm aparecido poucos astrólogos assim
equipados, e nesta época, apenas um número reduzido está em atividade. O investigador
moderno gosta de acreditar que sobre ele incidem, e através dele fluem, todas as energias
oriundas do signo no qual o Sol "se encontra" na hora do seu nascimento. Ele considera-se
receptivo às forças dos vários planetas que governam as casas no seu horóscopo, e acredita
que as circunstâncias e tendências de sua vida estão, consequentemente, determinadas.
Isto faz com que ele se sinta um fator Isolado, de importância ímpar. As interpretações
modernas deixam de apontar a importância do signo ascendente pela simples razão que,
até agora: encontramos poucos indivíduos preparados para funcionar como almas, também
mal se levam em conta as energias que incessantemente incidem sobre o nosso planeta,
energias essas oriundas de outras constelações, assim como de muitos planetas "ocultos".
Destes últimos - diz-nos a Sabedoria Eterna - há cerca de setenta, em nosso sistema solar.
É meu desejo oferecer-lhes um quadro mais autêntico e detalhado. Isto tornou-se
agora possível porque a consciência grupal, as relações grupais e a inteireza grupal estão
aflorando à consciência humana. A proporção que isto acontece, a personalidade - que é
individualista, separatista e autocentrada - progressivamente recuará para um segundo
plano, e a alma - não separatista, grupo-consciente e inclusiva -,tornar-se-á cada vez mais
proeminente. Com isto, o interesse no horóscopo pessoal irá decrescendo gradualmente,
enquanto o quadro planetário, sistêmico e universal se destacará na consciência do
7
individuo de maneira crescente: ele verá a si mesmo como uma parte integrante de um
todo muito mais importante, e seu grupo mundial interessar-lhe-á muito mais do que ele
próprio, como indivíduo.
Por conseguinte, de forma alguma tratarei da astrologia esotérica em relação ao
horóscopo. As conexões universais, a atuação recíproca das energias, a natureza do que
está por trás da Grande Ilusão, a enganadora "aparência das coisas como elas são", e mais,
o destino de nosso planeta, dos reinos da natureza e da humanidade como um todo - estes
sim constituirão o nosso tema central.
É de importância secundária se os astrólogos modernos aceitam ou não as ideias que
apresento. Esforçar-me-ei para apresentar certos fatos tal como a Hierarquia os reconhece;
indicarei, se puder, as realidades subjetivas, das quais a ilusão externa nada mais é do que a
aparência fenomênica, condicionada pelos pensamentos dos homens ao longo dos tempos:
enfatizarei o fato da existencialidade das Fontes de onde fluem e emanam todas as
energias e forças que atuam sobre o nosso planeta; esforçar-me-ei, acima de tudo, para
demonstrar a unidade que permeia todas as coisas, e a síntese que a tudo subjaz, e que é a
base de todas as religiões e de todas as inúmeras forças transmitidas; procurarei levar
vocês, como indivíduos, a se afastarem do centro do seu próprio palco e consciência de si
mesmos - sem, contudo, despojá-los de sua individualidade e da própria identidade - e
ainda assim mostrar-lhes como vocês são parte de um todo maior do qual podem tornar-se
ativamente conscientes quando viverem como almas, mas do qual hoje estão
inconscientes, ou na melhor das hipóteses, apenas registram e sentem a realidade interna
na qual vivem, se movem e têm a sua existência.
Isto me leva à terceira afirmação, tão fundamentalmente básica, que peço que parem
para refletir sobre ela, mesmo que não consigam ainda apreender todas as suas
implicações. A Sabedoria Antiga ensina-nos que "o espaço é uma entidade". E com a vida
desta entidade e com as forças e energias, os impulsos e os ritmos, os ciclos, as estações e
as eras, que a astrologia esotérica se ocupa. Assim afirmou H.P.S. em A Doutrina Secreta.
Quero lembrar que há uma chave astrológica para A Doutrina Secreta que não pode ser
dada, ainda, na atualidade. Posso, todavia, fazer algumas alusões e sugerir certas linhas de
abordagem, que, se mantidas na consciência de astrólogos esclarecidos, poderá capacitar
um deles a posteriormente descobrir aquela chave e então, usando-a em benefício da
humanidade, revelar o quarto grande fundamento da Sabedoria Eterna, tendo sido três já
apresentados no preâmbulo de A Doutrina Secreta.
O espaço é uma entidade, e a totalidade da "abóbada celeste" (como poeticamente a
chamam) é a aparência fenomênica dessa entidade. Notarão que eu não disse aparência
material, e sim, aparência fenomênica. Especular sobre a natureza, a história e a identidade
de tal entidade é inútil, de pouca valia. Mesmo evitando detalhes específicos podemos ter,
por analogia, uma tênue ideia, se você tentar pensar na família humana (o quarto reino da
natureza) como uma entidade, como uma só unidade expressando-se através de inúmeras
diversificadas formas do homem. Você, como um indivíduo, é uma parte integrante da
humanidade; contudo, você dirige a sua própria vida, reage às suas próprias impressões,
responde às influências e impactos exteriores e, por sua vez, emana influências, emite uma
determinada radiação de caráter e expressa alguma, ou algumas qualidades. Você, por
conseguinte, e até um certo ponto, afeta o seu meio ambiente e aqueles com quem
8
mantém contato. Ainda assim, o tempo todo, você continua sendo parte de uma entidade
fenomênica à qual damos o nome de humanidade. Agora estenda esta ideia até uma
entidade fenomênica maior: o sistema solar. Esta entidade é, por sua vez, uma parte
integrante de uma vida ainda maior, que Se expressa através de sete sistemas solares, um
dos quais é o nosso. Se puder absorver esta ideia, um quadro uma grande verdade
esotérica subjacente, ainda que vago, aflorará à sua consciência. É a vida e influência, são
as radiações e emanações desta entidade, mais o efeito que tudo isso tem na vida do nosso
planeta, nos reinos da natureza e no desenrolar das civilizações humanas que estudaremos
sucintamente.
O assunto é tão vasto que tive dificuldade em decidir sobre o melhor método para
abordá-lo. Resolvi ser sucinto na apresentação de fatos (são fatos para aqueles que
trabalham no lado interno da vida, mas que leitor deve, muito justamente considerar
apenas como hipóteses) e evitar muitas particularidades ou discussões detalhadas.
Procurarei trabalhar partindo do universal para o particular, e do geral para o específico;
porém a ênfase será sempre dada ao universal e ao geral, e não ao particular ou ao
específico. Caberá aos que forem estudantes de astrologia a devida aplicação da verdade
ao que for específico. É exatamente neste ponto que a moderna astrologia tem falhado,
pois inverteu o processo correto e verdadeiro ao dar ênfase ao especifico e particular, ao
horóscopo pessoal e ao destino individual, deixando de enfatizar as grandes energias e suas
Fontes, as quais são, basicamente, as responsáveis pela manifestação do especifico. Este
posicionamento e apresentação da verdade têm que ser modificados.
Na astrologia esotérica, lidamos com a Vida e as Vidas que dão forma aos "pontos de
luz" contidos na Vida universal. Constelações, sistemas solares, planetas, reinos da natureza
e o microscópico homem são, todos, o resultado da atividade e da manifestação da energia
de certas Vidas cujos Ciclos de expressão e cujos propósitos infinitos estão além da
compreensão das mentes mais avançadas e iluminadas do nosso planeta.
A ideia seguinte a ser absorvida é o fato de que o éter do espaço é o campo no qual, e
através do qual, atuam as energias oriundas de inúmeras Fontes. Estamos, portanto, nos
referindo ao corpo etérico do planeta, do sistema solar e dos sete sistemas solares, dos
quais o nosso é um deles, assim como, ao ainda mais vasto e geral corpo etérico do
universo no qual estamos localizados. Emprego esta palavra deliberadamente, devido às
deduções a que ela nos pode levar. Este campo mais vasto, assim como os campos menores
e mais localizados, proporcionam o meio de transmissão para todas as energias que agem
sobre o nosso sistema solar e através dele, de nossas esferas planetárias, e de todas as
formas nelas existentes. Constitui um campo continuo de atividade em permanente,
incessante movimento - um meio eterno para a troca e transmissão de energias.
Juntamente com isto que acabamos de dizer, e para um melhor entendimento, será
útil estudar o homem individual, e assim chegar à compreensão - ainda que vaga - da
verdade básica subjacente. Os estudantes devem lembrar-se sempre que a Lei da Analogia
é um instrumento interpretativo. O esoterismo nos ensina (e a ciência moderna está
rapidamente chegando à mesma conclusão) que, subjacente ao corpo físico e seu extenso e
intrincado sistema de nervos, há um corpo vital, ou etérico, que é a contra parte e a
verdadeira forma do aspecto fenomênico exterior e tangível. E também o meio de
transmissão da força para todas as partes da estrutura humana, e o agente da vida e
9
consciência que nela habita. Determina e condiciona o corpo físico, uma vez que ele próprio
é o depositário e o transmissor da energia oriunda dos vários aspectos subjetivos do
homem, e também do ambiente em que o homem (interno e externo) se encontra.
Há dois outros pontos a considerar. O primeiro é que o corpo etérico individual não é
um veículo humano isolado e separado, mas sim, num sentido peculiar, uma parte
integrante do corpo etérico desta entidade a que chamamos a família humana; este reino
da natureza, através do seu corpo etérico, é uma parte integrante do corpo etérico
planetário; o corpo etérico planetário não está separado dos corpos etéricos dos outros
planetas: todos eles, na sua totalidade, juntamente com o corpo etérico do Sol, constituem
o corpo etérico do sistema solar. Este está relacionado com os corpos etéricos dos seis
sistemas solares que, com o nosso, formam uma unidade cósmica, e para todos eles jorram
energias e forças provenientes de determinadas grandes Constelações. A natureza do
campo espacial é etérica e seu corpo vital é formado pela totalidade dos corpos etéricos de
todas as constelações, sistemas solares e planetas que nele se encontram. Através de toda
a extensão desta rede dourada há uma constante circulação de energias e forças e isto que
constitui a base científica das teorias astrológicas. Assim como as forças do planeta e do
homem interno espiritual (para mencionar um único fator, entre tantos outros) se
derramam através do corpo etérico do homem individual no plano físico, e condicionam
sua expressão exterior, suas atividades e qualidades, também as variadas forças do
universo se derramam através de cada parte do corpo etérico dessa entidade que
chamamos espaço e condicionam e determinam a expressão exterior, as atividades e
qualidades de cada uma das formas dentro da periferia cósmica.
O segundo ponto a considerar é que, dentro do corpo etérico humano, encontram-se
sete centros de força principais que desempenham o papel de agências distribuidoras e
baterias elétricas, provendo o homem de força dinâmica e energia qualitativa, o que
provoca efeitos definidos sobre a sua manifestação física exterior. Através da constante
atividade desta força e energia, a qualidade do homem aparece, suas tendências de raio
começam emergir, e seu ponto de evolução é claramente indicado.
Este "controle da forma através de um setenato de energias" (como está definido no
Velho Comentário) é uma regra inalterável no governo interno do nosso universo e do
nosso particular sistema solar, assim como no caso do indivíduo. Há, por exemplo, no nosso
sistema solar, sete planetas sagrados que correspondem aos sete centros de força no
homem; o sete sistemas solares (dos quais o nosso é um deles) por sua vez, correspondem
aos sete centros de energia Daquele a Quem me referi em meus outros livros como Aquele
Sobre Quem Nada Pode Ser Dito.
Há muitos ensinamentos nos livros ocultistas que a maioria dos astrólogos totalmente
desconhece. É essencial que aprendam a pensar em termos de grandes Totalidades, e que
se ocupem mais profundamente com as Fontes emanantes e as Causas que persistem
eternamente, do que com os efeitos destas Fontes sobre esta efêmera criação - um ser
humano - e sua temporária existência neste insignificante planeta. Se fizerem isso,
descobrirão, por si mesmos, os sinais da divindade essencial do homem - uma divindade
que pode ser encontrada na infinita compreensão da consciência humana quando
iluminada pela luz da alma, no seu poder de projetar seu pensamento na consciência
daquelas múltiplas Vidas de Cujos "movimentos energéticos" ele tem que forçosamente
10
compartilhar, uma vez que a sua pequena quantidade de energia é uma parte integrante
dessas mesmas Vidas.
Há um aspecto da energia a que os astrólogos modernos dão pouquíssima atenção e
que, no entanto, é de extrema importância: é a energia emanada da própria Terra. Vivendo
os seres humanos sobre a superfície da Terra, e sendo por isso projetados para o interior do
corpo etérico do planeta (pelo fato do homem andar ereto) o corpo humano é banhado o
tempo todo pelas emanações e radiações da Terra, e pela qualidade integrante do nosso
Logos planetário, ao enviar e transmitir energia para o interior do Seu meio ambiente
planetário. Os astrólogos sempre enfatizaram as energias e influências que incidem sobre o
nosso pequeno planeta e atuam através dele, porém, têm deixado de levar na devida
consideração as qualidades e influências imanentes que são a contribuição do corpo etérico
da Terra ao todo maior. Sobre isto falaremos mais tarde, embora me pareça oportuno
alertá-los desde já.
Outro ponto a ser notado aqui é que a influência da Lua é de natureza e efeito
puramente simbólicos; é simplesmente o resultado do pensamento e ensinamento arcaicos
(legado desde a época Lemuriana) e não se baseia em qualquer influência ou radiação
verdadeira. Em eras distantes, anteriores mesmo à Lemúria, a Lua parecia ser uma entidade
viva, mas já nos dias de Lemúria, isso era simplesmente uma velha tradição. Quero que
fique bem claro que a Lua hoje, nada mais é do que uma forma morta. Não possui
emanação ou radiação de espécie alguma, e portanto, não produz efeito algum. A Lua, sob
o ponto de vista de quem conhece o esoterismo, nada mais é do que uma obstrução no
espaço - uma forma indesejável que algum dia desaparecerá Na astrologia esotérica, o
efeito da Lua é visto como um efeito do pensamento e como o resultado de um poderoso e
antiquíssimo pensamento-forma; ainda assim, a Lua não tem qualidade própria e nada
pode ela transmitir à Terra. Repito: a Lua é uma forma morta; dela nada emana. Eis porque
o ensinamento antigo diz que ela "oculta Vulcano ou Urano". Esta indicação do
ensinamento tem estado sempre presente, e seria de bom alvitre que os astrólogos
fizessem experimentos com esta sugestão a respeito da Lua, e (em lugar de trabalhar com a
Lua) trabalhassem com Vulcano, em se tratando do homem comum, não desenvolvido, e
com Urano, no caso do homem altamente desenvolvido. Ele encontraria alguns resultados
bastante interessantes e convincentes.
O estudante deve também lembrar-se que as doze constelações que constituem o
nosso zodíaco são, por sua vez, recipientes de inúmeras correntes de energia oriundas de
diversas fontes, energias essas que se unem e mesclam com a energia desta ou daquela
constelação e - transmutadas e "ocultamente refinadas" - finalmente se encaminham para
o nosso sistema solar.
Quero agora chamar a atenção para alguns comentários que fiz em Um Tratado sobre
o Fogo Cósmico que são apropriados aqui, e que transcrevo em forma resumida:
“A astrologia preocupa-se com o efeito que as vibrações, influências, etc., dos vários
planetas produzem na substância dos revestimentos. Estas são, esotericamente, as
influências dos centros solares. As forças que emanam dos centros solares atuam sobre os
centros planetários... Isto está oculto no carma do Homem Celestial. Quando a verdadeira
astrologia esotérica vier à luz, mais conhecimentos sobre isto poderão ser dados. O
estudante atual de astrologia está apenas aprendendo o ABC deste estupendo assunto e
11
ocupando-se com as franjas esotéricas do grande véu que foi, prudente e sabiamente,
lançado sobre o conhecimento planetário".
(Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, p. 1051)
Eis aqui uma lista - incompleta, mas suficiente para o nos o propósito - das influências
capitais que, vindas de Fontes muito distantes, chegam à nossa vida planetária e produzem
efeitos definidos no homem, como indivíduo, e na humanidade, como um todo.
14
Há uma outra ideia revolucionária que a ciência astrológica esotérica traz para o seu
aspecto moderno e exotérico. No ciclo maior das muitas encarnações do homem, ele -
como bem se sabe - passa pelo círculo zodiacal de Peixes para Áries, retrocedendo assim
através dos signos enquanto ele acompanha o caminho do retrocesso do Sol. Esta
expressão sempre me perturbou, mas o aparente retrocesso, baseado na precessão os
equinócios, é parte integrante da Grande Ilusão. No momento em que o homem começa a
emergir dessa ilusão e não mais está sujeito a miragem os efeitos do mundo de maya, o
movimento da grande Roda da Vida é invertido, e o homem, então, começa (vagarosa e
diligentemente) a trabalhar na direção oposta. Ele passa, então, através dos signos, de Áries
para Peixes. Começa, paciente e conscientemente, a funcionar como uma alma, lutando em
direção à luz até que finalmente emerge, no fim do Caminho, em Peixes, como um
Vencedor do mundo e um Salvador do mundo. Ele, então, sabe o significado do triunfo
sobre a morte porque ele superou e conquistou o desejo.
Esta reversão do caminho que um homem percorre através dos signos do zodíaco,
exige um reajustamento do método empregado pelos astrólogos, quando da interpretação
do horóscopo de aspirantes mais adiantados, de discípulos e de iniciados.
Assim, o astrólogo deverá harmonizar a interpretação do horóscopo de um indivíduo
com o seu ponto de evolução no Caminho ou, em outras palavras, o lugar que o indivíduo
ocupa na Roda da Vida. Isto exige do astrólogo intuitivo - trabalho e reflexão dependente do
contato como a alma e muita meditação, para determinar os processos da interpretação
astrológica para aquelas almas viventes e ativas que se encontram num ou outro ponto das
etapas finais do Caminho. A interpretação do horóscopo do homem comum ou não
evoluído não apresenta tais dificuldades.
Deve-se acrescentar que os signos do zodíaco relacionam-se primordialmente à
expressão da vida do Homem Celestial (no que tange ao nosso planeta) e, portanto, ao
destino e vida do Logos planetário. Estão também relacionados com o grande homem dos
céus, o Logos solar, e neste último caso, refiro-me ao efeito produzido no sistema solar
como um todo - efeito esse com o qual, atualmente, poucos astrólogos estão capacitados
para lidar. Devo lembrar-lhes que para as vidas que dão forma a essas grandes constelações
e cuja radiação - dinâmica e magnética - chega à nossa Terra, tal efeito é incidental e passa
despercebido. O seu efeito primário é exercido sobre o nosso Logos planetário e esse efeito
nos alcança por Seu intermédio, fluindo através do grande centro planetário a que foi dado
o nome de Shamballa. É, pois, capaz de evocar resposta mais pronta das mônadas, as quais
se expressam através do reino das almas e do reino humano; consequentemente, expressa-
se através da Hierarquia e através da humanidade como um todo. Este é um ponto muito
importante a ser observado e ligado a todo ensinamento que possam ter tido sobre este
interessantíssimo tema dos três principais centros planetários. É tarefa das influências
zodiacais evocar a emergência do aspecto vontade do Homem Celestial e de todas as
mônadas, almas e personalidades que constituem o corpo de expressão planetária. Hoje,
esta afirmação pode ter pouco significado, mas significará muito para aqueles estudantes
que, daqui a algumas décadas, estudarem o que aqui está dito. Quando devidamente
entendido, esclarece muitas coisas que atualmente estão acontecendo no mundo.
Ao fluírem para o nosso planeta e dai para os centros de força nele existentes, essas
influências zodiacais produzem um duplo efeito:
15
1 - No homem evoluído, galvanizam os centros acima do diafragma, os quais se
tornam ativos e, assim, o habilitam a responder à radiação e atividade da Hierarquia.
2 - No homem não evoluído, permitem que ele funcione como um ser humano
comum, não iluminado.
Há que se notar, também, que todas as energias - zodiacais, sistêmicas e planetárias -
exercem um efeito definido sobre as vidas de todas as formas em todos os reinos da
natureza. Nada pode escapar a essas influências radiadoras e magnéticas. Para a
humanidade, a meta da evolução é tornar-se vitalmente consciente da natureza dessas
energias e começar a identificá-las e usá-las. Este é um campo do ocultismo sobre o qual a
Hierarquia tem sempre falado aos homens. Podemos dizer que o discípulo precisa
reconhecer conscientemente as influências planetárias e começar a usá-las para pôr em
prática o propósito da alma. O iniciado tem que estar consciente das influências oriundas
de pontos fora do sistema solar, as quais podem ser reconhecidas como:
a - Uma vibração registrada em algum dos sete centros.
b - A revelação de um determinado tipo de luz que transmite ao iniciado uma cor
específica.
c - Uma nota peculiar.
d - Um som direcional.
Toda a história do zodíaco pode ser resumida, de forma pitoresca, mas exata, nas
seguintes palavras: há três livros nos quais estudam e aprendem os três tipos de seres
humanos:
1 - O Livro da Vida - Iniciados - as 12 constelações.
2 - O Livro da Sabedoria - Discípulos - os 12 planetas.
3 - O Livro da Forma ou da Manifestação - Humanidade - as 12 Hierarquias Criadoras.
Em síntese, pode-se dizer que:
1 - Os signos zodiacais afetam basicamente o homem que vive baixo do diafragma, isto
é, o homem comum, e assim, condicionam quatro dos centros:
a)a base da coluna vertebral.
b)o centro sacro.
c)o centro do plexo solar.
d)o baço.
2 - O grupo interno dos sistemas solares, trabalhando em conjunto com os signos
zodiacais, afetam principalmente aqueles que vivem acima do diafragma, e assim
condicionam:
a)o centro do coração.
b)o centro da garganta.
c)o centro ajna.
d)o centro da cabeça.
3 - Três das energias trabalham através do centro da cabeça, porém somente após a
terceira iniciação.
Há um ou dois outros pontos que podem ser mencionados aqui para maior
esclarecimento. Entre as muitas energias que incidem sobre o nosso planeta, passam
através dele, e sobre ele provocam efeitos, a astrologia esotérica destaca quatro tipos de
força que afetam o que se pode chamara personalidade da Terra:
16
1 - A qualidade do nosso sistema solar. Deus é um fogo consumidor, mas Deus é
também amor. Este é o ensinamento tanto da verdade esotérica como da exotérica.
2 - A qualidade do Logos do nosso planeta, ao jorrar através das cadeias, rondas, raças,
e reinos da natureza.
3 - A qualidade do planeta complementar da Terra - Vênus - o polo oposto da Terra,
considerando esotericamente.
4 - A qualidade de atração dos três planetas que produzem um triângulo esotérico de
força.
Por várias vezes usei a expressão “passar através" dos centros e formas. Este conceito
abriga a ideia de centros distribuidores para os quais as energias entrantes possam dirigir-
se, e dos quais possam sair novamente sob a forma de radiação. Algo desta ideia pode ser
alcançada, se eu lhes oferecer uma outra ideia - nova, talvez, para o leitor, mas muito
antiga para os esoteristas: os centros no corpo etérico do homem. Os quatro centros acima
do diafragma são, básica e primordialmente, centros receptores. Os centros abaixo do
diafragma - a base da coluna vertebral, o sacro, o plexo solar e o baço - são ativados pelos
quatro centros receptores superiores. Esta atividade, quando completada com êxito,
demonstra-se como personalidade e magnetismo pessoal, e influencia o homem até o
momento em que há uma reversão no caminho - como alma - ao redor do zodíaco. Este
acontecimento é simbolizado como a revolução do Sol ao redor do zodíaco de Áries e
Peixes em lugar do movimento reverso de Áries e Touro. Há uma réplica deste movimento
na estrutura humana, e os quatro centros inferiores, eventualmente, devolvem aquilo que
tinham recebido: revertem o processo normalmente seguido, e os centros acima do
diafragma tornam-se radioativos, dinâmicos e magnéticos. Este é um intrincado estudo
oculto referente à resposta do corpo etérico às energias entrantes e, finalmente: relaciona
o centro inferior na base da coluna com o centro superior na cabeça. Esta é uma
correspondência da relação da Terra com o Sol. Reflitam sobre isto.
Ao nos dedicarmos a estudar estes assuntos, lembremo-nos sempre que estão em
consideração os sete raios e seus inter-relacionamentos no processo cósmico. Estamos
esotericamente tratando do seguinte:
1 - Os sete raios e os doze signos do zodíaco.
2 - Os sete raios e as doze Hierarquias Criadoras.
3 - Os sete raios e os planetas que governam as doze casas de expressão.
A proporção que estudamos, refletimos e correlacionamos os vários aspectos do
ensinamento, veremos emergir três proposições que governam o influxo de vida para o
planeta e para o indivíduo. Tais proposições foram apresentadas anteriormente no Tratado
sobre os Sete Raios, mas será útil repeti-las aqui:
1ª Proposição: Cada raio de vida é uma expressão de uma vida solar e, portanto, cada
planeta está:
1 - Ligado a todas as outras vidas planetárias.
2 - Animado pela energia que jorra para o seu interior, proveniente dos sete sistemas
solares, sendo o nosso um deles;
3 - Acionado por três correntes de força:
a)de sistemas solares que não o nosso;
17
b)do nosso próprio sistema solar;
c)da nossa própria vida planetária.
2ª Proposição: Cada uma das vidas de raio é o receptáculo e o depositário das energias
provenientes de:
1 - Os sete sistemas solares.
2 - As doze constelações.
3ª Proposição: É a qualidade de vida de um raio – manifestando-se no tempo e espaço
- que determina a manifestação dos fenômenos.
Antes de nos aprofundarmos mais no estudo do nosso tema, quero destacar dois
pontos:
Primeiro que tudo, que estamos considerando as influências esotéricas e não a
astrologia em si mesma. Nosso tema é: os sete raios 7 e suas relações com as constelações
zodiacais, ou em outras palavras, a interação das sete grandes Vidas que dão forma ao
nosso sistema solar, com as doze constelações que compõem o nosso zodíaco.
Segundo, que forçosamente temos que estudar estas energias e suas interações sob o
ponto de vista dos efeitos que causam no planeta, e incidentalmente, nas formas nos vários
reinos da natureza, e particularmente no quarto reino, o humano, e no individuo - o
homem comum, o discípulo e o iniciado.
Não nos deteremos em definições relacionadas com a técnica astrológica, nem usarei
os seus muitos termos específicos.
Se, na discussão sobre este vasto assunto e ao indicar a posição da Sabedoria Eterna a
respeito desta nova (e contudo muito antiga) "ciência das energias efetivas", como é
chamada, eu puder apresentar uma nova maneira de tratar este assunto ou destacar uma
relação insuspeitada e corrigir o que os Mestres do lado interno da vida consideram errado,
espero encontrar alguns astrólogos sensíveis a novas ideias. Acredito haver no campo da
astrologia investigadores de mente aberta o bastante para reconhecer hipóteses plausíveis
e experimentá-las sem preconceitos. Torno a repetir: não estou escrevendo um tratado
sobre astrologia, mas sim sobre os sete raios e suas energias correspondentes, sobre os
efeitos das energias e de sua interação, e seus efeitos sobre as várias forças planetárias e,
em especial, sobre as forças da Terra. Procuro astrólogos imparciais que façam as devidas
experiências com os elementos e sugestões que eu possa fornecer. Tendo isto em mente,
vamos agora prosseguir.
Destaquei que há três grupos de energias:
1 - As que emanam de certas grandes constelações, ativas em relação ao nosso
sistema solar e que, desde a mais remota antiguidade, foram sempre relacionadas ao nosso
sistema pelos mitos e lendas. De uma forma peculiar, estas constelações estão ligadas às
nossas.
2 - As que emanam das doze constelações zodiacais, as quais, reconhecidamente,
produzem um efeito definido sobre os nossos sistemas e vida planetárias.
3 -As que emanam dos planetas que se encontram na periferia da esfera de influência
do Sol.
Sob certo ponto de vista, podemos generalizar e dizer que estes três grupos de energia
são as correspondências, no sistema solar, dos três grandes centros de força que produzem
e controlam a manifestação e o progresso evolutivo no ser humano:
18
1-As grandes constelações que, embora externas, nos controlam, são análogas ao
centro de força que chamamos Mônada e sua universal vontade-de-poder que caracteriza o
primeiro aspecto divino.
2 - As doze constelações podem ser relacionadas com o aspecto alma e, por enquanto,
o seu efeito sobre o indivíduo tem que ser considerado e estudado em termos de
consciência e de desenvolvimento da vida da alma. Esta é, em essência, a vontade-de-amar.
3 - Os doze planetas, em número de doze (sete sagrados e cinco não-sagrados), são
efetivos (usando a palavra no seu sentido técnico) com relação à vida exterior, ambiente e
circunstâncias do indivíduo. Os contatos com sua força devem ser interpretados
principalmente em termos da personalidade humana, o terceiro aspecto divino. Eles
exemplificam a vontade-de-saber.
Observem que estou falando inteiramente em termos de consciência e das respostas e
reações do indivíduo às forças que sobre ele incidem. O efeito da emanação do nosso
planeta, a Terra, é uma correspondência ao efeito desse agregado de átomos e moléculas
que chamamos de corpo físico denso e da sua resposta ao incitamento e atração de
qualquer um dos corpos mais sutis ou de todos eles.
Sobre a influência dos sete sistemas solares apenas sugiro (e mais não posso fazer)
que estão astrologicamente ligados às constelações da Ursa Maior, das Plêiades e de Sirius,
e com elas estão intimamente relacionados; porém, seu efeito exato é um efeito
transmitido, razão pela qual seus resultados não podem ser notados, por enquanto, na
humanidade ou nos outros reinos da natureza. Tão pouco é o efeito das três grandes
constelações sentido pelo individuo até o momento em que se torna consciente da
vibração monádica, após a terceira iniciação. Há inúmeras potentes influências que agem
continuamente sobre o nosso Sistema solar e os planetas, mas - no que diz respeito ao
homem - o eu aparelho de resposta e o mecanismo de reação permanecem "ocultamente
não-responsivos", uma vez que sua qualidade ainda não permite qualquer reconhecimento
perceptível nos veículos denso ou sutis, ou mesmo na alma. Reconhecimento e resposta
terão seu lugar mais adiante no processo evolutivo, mas para propósitos astrológicos ou
efeitos reconhecidos, são considerados inexistentes, excetuando-se a reação no quarto
reino da natureza, uma vez que este constitui uma unidade vivente no corpo do Logos
planetário. O efeito consciente produzido por estas forças é tão pequeno quanto o efeito
que um elevado momento de contato durante a meditação matutina produz no átomo ou
célula do dedo mínimo do meditador. Pode haver uma resposta generalizada e um estímulo
através de todo o corpo, porém o átomo inteligente não responde de modo consciente,
pois a vibração é por demais elevada.
É inútil especularmos sobre este assunto. Um vasto sistema de energias interligadas
está em ativa e rápida circulação através de todo o corpo etérico cósmico - do qual o corpo
etérico do nosso sistema é parte integrante - porém pesquisar especulativamente ao longo
das linhas indicadas e perseguir trilhas obscuras serão passos inúteis até que a estrada
principal de aproximação tenha sido construída e palmilhada. Por enquanto, podemos
apenas oferecer um esboço geral do rumo da astrologia até a época em que o homem
possa pensar em termos mais vastos, e tenha alcançado uma maior capacidade de síntese.
Limitar-nos-emos ao vasto campo de energias já delineado, e tratarei apenas das principais
forças em circulação. Isto é o bastante para nossa geração e época. Ocupar-nos-emos com
19
energias que podem evocar resposta e efetivamente o fazem e das quais o homem pode
ter consciência, o que, em muitos casos já acontece.
Será útil aqui um comentário geral - com muitas e necessárias reservas - sobre o largo
alcance de algumas destas respostas:
1- A humanidade não-desenvolvida é primordialmente condicionada pela influência do
zodíaco menor e, consequentemente, pela posição dos planetas nas doze casas.
2 - A humanidade medianamente inteligente e aqueles que se encontram no Caminho
da Provação, aproximando-se do Caminho do Discipulado, respondem conscientemente:
a - Aos planetas, que afetam suas personalidades.
b - Ao signo Solar, que indica as tendências já estabelecidas e que constituem a linha
de menor resistência.
c - Em escala menor, ao signo ascendente. Este indica a meta para aquele ciclo de vida
em particular, ou ainda para um período de sete vidas. Estes dois últimos signos constituem
o Zodíaco Maior.
3 - Os discípulos e iniciados podem começar a responder conscientemente a todas as
influências citadas acima, manipulando-as construtivamente, mais a essas potentes forças
infinitamente sutis que fluem das três constelações maiores já mencionadas para o nosso
sistema solar. Nas etapas iniciais os corpos sutis respondem, mas o cérebro não as registra;
porém, depois da terceira iniciação, elas são reconhecidas no plano físico.
Voltando ao tema deste tratado, que é o dos sete raios, destaco que estes têm uma
estreita conexão com as sete estrelas da Ursa Maior (novamente, como sempre, o quatro e
o três, como uma diferenciação secundária) e com as sete Irmãs, as Plêiades. A primeira
constelação é o agente da força positiva para o Logos planetário e a outra é a
retransmissora do aspecto negativo. Há, portanto, um intercâmbio direto de energias entre
as vidas dos sete Logoi planetários e as estupendas e inescrutáveis Vidas Que dão forma a
essas grandes constelações. Imensos triângulos de força interligam os sete planetas e os
dois grupos de sete estrelas. Eventualmente descobrir-se-á que o mais recôndito segredo
da dedução astrológica no sentido planetário, relaciona-se com estes "triângulos sagrados",
e eles são, por sua vez, representados pelos triângulos (que sofrem mudanças e trocas) que
podem ser construídos em conexão com os sete centros.
Ao fazermos o horóscopo do planeta (o que será possível algum dia) verificaremos que
a linha destas forças e a resposta do nosso planeta a elas, tem um efeito mais potente
sobre a unidade humana do que influência das constelações zodiacais. Deve-se isto ao
ponto de evolução incomensuravelmente avançado dos Espíritos planetários Que (em Suas
vidas individuais) transcenderam de muito a influência das doze constelações, e estão,
rapidamente respondendo às vibrações mais elevadas dos seus grandes Protótipos, as "três
íntimas constelações", como são esotericamente chamadas. Nas vidas destas grandes
Entidades, isto corresponde ao modo pelo qual um indivíduo avançado pode
contrabalançar a influência dos planetas e assim, dominar a vida de sua personalidade a tal
ponto, que previsões e certezas sobre sua atividade e circunstâncias não são mais possíveis.
A alma está no comando, e os planetas deixam de condicionar a vida. Assim acontece,
também, com as constelações e os Logoi planetários. Eles podem contrabalançar as
influências inferiores à medida que despertam para as vibrações infinitamente mais
elevadas das três constelações maiores e a elas respondem.
20
2. As Hierarquias Criadoras
Será conveniente introduzir aqui uma tabulação que possa dar uma ideia de algumas
destas energias entrelaçadas que percorrem, atravessam, retornam, estimulam e
energizam cada parte do nosso sistema solar. Elas evocam resposta consciente somente
onde o veículo de expressão e resposta é adequado ao impacto, e isto aplica-se tanto ao
Logos solar e Logoi planetários, quanto a todas as formas em todos os reinos em nosso
planeta. Certamente existe uma reação inconsciente, mas apenas em escala geral ou
coletiva, e grande parte do que nos chega dessas distantes constelações por intermédio da
quinta Hierarquia Criadora. Esta Hierarquia, estando próxima da liberação, encontra-se no
nível intelectual da consciência e pode, portanto, ser usada como um ponto focal e um
transmissor, para o nosso Sistema solar e para o planeta, dessas energias mais elevadas. Se
estudarem atentamente a lista das doze Hierarquias Criadoras, verão que esta Hierarquia
está influenciando, e é por sua vez influenciada pelo sétimo Raio da Ordem e Organização
Cerimonial. A função básica deste raio é relacionar espírito e matéria e produzir a forma
manifestada. O signo do Zodíaco com o qual está em estreita relação é Câncer, o
Caranguejo, um signo da massa e um dos "portões" para a vida manifestada.
A informação seguinte sobre as Hierarquias - informação que extraímos de várias
fontes - será útil.
Gostaria de lembrar que os sete planos do nosso sistema solar o os sete subplanos do
plano físico cósmico. As quatro Hierarquias Criadoras que já alcançaram a liberação estão
agora focalizadas no plano astral cósmico; daí a sua potência, mesmo estando fora de
manifestação.
A quinta Hierarquia Criadora existe no nível etérico mais elevado e juntar-se-á às
outras quatro Hierarquias quando a sexta Hierarquia Criadora alcançar a medida da
oportunidade cósmica e estiver, por sua vez, aproximando-se da liberação. O diagrama que
se segue mostra algumas relações astrológicas em conexão com:
21
AS DOZE HIERARQUIAS CRIADORAS
NOTA: Muitas coisas neste gráfico podem parecer obscuras e até mesmo errôneas. Por exemplo:
a - Sagitário figurando entre Capricórnio e Aquário. Esta é uma ênfase temporária que mudará em outro ciclo
mundial. Este é um dos mistérios revelados pela Iniciação.
b - A inatividade das cinco Hierarquias que não estão em encarnação, tendo já sido liberadas, é apenas nos
planos inferiores.
22
1 - A Hierarquia dos Poderes Criadores é dividida esotericamente em sete (4 e 3)
dentro das Doze Grandes Ordens.
2 - Três Hierarquias têm - neste ciclo maior - profundo significado: a quarta ou
Hierarquia Criadora humana, e as duas Hierarquias dévicas, a quinta e a sexta.
3 - A quarta Hierarquia Criadora é, na realidade, a nona, e essa é a razão porque é
chamada a Hierarquia dos Iniciados. Isto pode ser visto no diagrama.
4 - Está dito em Um Tratado sobre o Fogo Cósmico que na nona, décima e décima-
primeira Hierarquias reside a chave para a natureza de Agni, o Senhor do Fogo, a totalidade
da vitalidade do sistema solar.
5 - O estudante atento obterá muito esclarecimento estudando os números
relacionados a estas Hierarquias.
a - Os 5 primeiros números são puras abstrações.
b -A Hierarquia Um tem os números - 6.1.7.
A Hierarquia Dois tem os números - 7.2.6.
A Hierarquia Três tem os números - 8.3.5.
A Hierarquia Quatro tem os números - 9.4.4.
A Hierarquia Cinco tem os números -10.5.3.
A Hierarquia Seis temos números- 11.6.2.
A Hierarquia Sete tem os números -12.7.1.
E importante observar que em A Doutrina Secreta a referência às Hierarquias será
encontrada sob diferentes números. Isto tem um propósito oculto, mas poderá confundir o
estudante.
6 -As quatro primeiras Hierarquias alcançaram a liberação no primeiro sistema solar.
Sua influência chegou à Terra por intermédio da quinta Hierarquia Criadora.
7 - Elas estão, portanto, relacionadas aos quatro raios que atuam como os raios
menores de Atributo sob o grande raio maior da Inteligência Ativa.
8 - Peixes encabeça a lista dos signos zodiacais por estar governando o atual grande
ciclo mundial astrológico de 25.000 anos. Era também um dos signos dominantes
influenciando nosso planeta na época da individualização quando o reino humano veio à
existência. Está basicamente relacionado à primeira, ou mais elevada, Hierarquia Criadora,
a qual, por sua vez, relaciona-se com o terceiro raio da Inteligência Ativa, sendo o produto
do nosso primeiro sistema solar. O desenvolvimento da iluminação através da inteligência
despertada é a primeira meta da humanidade.
9 - A quinta Hierarquia Criadora (também numerada 8) está às portas da liberação.
Relaciona-se de forma peculiar com a décima Hierarquia Criadora, com a constelação de
Capricórnio e com a personalidade humana, a qual encobre e temporariamente esconde o
princípio crístico tanto sob a forma como sob a mente. O número oito é em alguns sistemas
numerais, considerado o número do Cristo.
10 - Os Grandes Construtores e os Construtores Menores trabalhando no segundo e
terceiro planos do nosso sistema solar têm suas atividades refletidas no trabalho dos
Senhores Lunares e das vidas elementais.
11 - Notar-se-á que à Hierarquia humana (no diagrama, 9-IV-4) não está destinado
elemento algum em particular, pois ela tem que fundir e sintetizar todos eles. Isto faz parte
dos grandes testes de iniciação em Escorpião.
23
12 - Este diagrama foi feito em relação unicamente à quarta Hierarquia Criadora, a
humana, e não em relação às demais manifestações planetárias. (Este diagrama foi
compilado do restrito conhecimento revelado até agora sobre o assunto, e é tão correto
quanto as circunstâncias o permitem.)
Cada uma das sete Hierarquias de Seres que se encontram dentro dos Doze, Que são
os Construtores ou Agentes Atrativos, é (no seu grau) um intermediário; cada uma
incorpora um dos tipos de força que emanam das sete constelações. Seu trabalho, como
intermediário, é, pois dual:
1 - São mediadores entre Espírito e matéria.
2 - São transmissores de forças provenientes de fontes exteriores o sistema solar para
formas dentro do sistema.
Cada um desses grupos de seres é também de natureza setenária os quarenta e nove
fogos de Brahma são a expressão mais baixa de sua natureza ígnea. Também podemos
considerá-los como "caídos", no sentido cósmico, porque estão envolvidos no processo de
construção, ou ocupam formas de maior ou menor densidade.
HIERARQUIA I. A primeira grande Hierarquia emana do Coração do Sol Espiritual
Central. E o Filho do Próprio Deus, o Nascido Primeiro num sentido cósmico, assim como o
Cristo foi o Mais Velho de uma vasta família de irmãos", e a "primeira flor da planta
humana". O símbolo desta Hierarquia é Lótus Dourado com suas doze pétalas fechadas. (A
Doutrina Secreta I. 233-250.III. 565).
Lembremo-nos que esta Hierarquia é, literalmente, a sexta, pois cinco hierarquias já
avançaram, sendo o produto de um sistema anterior, no qual a Inteligência ou Manas era a
meta. As cinco Hierarquias já liberadas formam a totalidade de Manas. É a quinta
Hierarquia, pela ordem, e que nos dizem estar em processo de alcançar a liberação final, ou
receber a quarta Iniciação, a causadora de certos fenômenos no nosso planeta e que a
torna merecedora do nome de "Estrela do Sofrimento". Existe um elo cármico entre o reino
animal e a quinta Hierarquia Criadora, o qual se faz sentir no homem, na necessária
crucificação da natureza física animal, particularmente na linha do sexo. Lembremo-nos que
as Hierarquias trabalham debaixo da Lei da Atração, que é a lei dos Construtores.
Esta primeira (sexta) Hierarquia tem como tipo de energia o primeiro aspecto do sexto
tipo de eletricidade cósmica, e portanto, exerce especial poder em conjunção com o fogo
inferior, ou "fogo por fricção", ao fazer-se sentir no sexto plano. Estas vidas são chamadas
"os ardentes Filhos do Desejo" e eram os Filhos da Necessidade. Sobre eles o Velho
Comentário diz: "Eles ardiam por conhecimento. Eles lançaram-se impetuosamente para as
esferas. Eles são a ânsia do Pai pela Mãe. Por isso sofrem, ardem, e desejam através da
sexta esfera da sensação".
HIERARQUIA II. A segunda Hierarquia está intimamente vinculada à Ursa Maior. Diz-se
que essas Vidas penetram no interior do Coração Sagrado através do segundo ventrículo e
são (como está dito em A Doutrina Secreta) os protótipos das Mônadas. Elas são a fonte da
vida monádica, mas não são as Mônadas: estão muito acima delas.
Esta Hierarquia (literalmente, a sétima) é o influxo para o nosso sistema, daquelas
Vidas que no primeiro sistema solar permaneceram no seu próprio plano, puras e santas
demais para terem uma oportunidade nessa evolução tão material e intelectual. Mesmo na
atual evolução ser-lhes-á impossível realizar mais do que influenciar os Jivas encarnantes,
24
conferindo-lhes a habilidade de chegar a compreender a natureza da consciência grupal, a
qualidade dos sete Homens Celestiais, mas não capazes de expressar-se totalmente.
Algumas pistas para este mistério aparecerão, se o estudante cuidadosamente conservar na
mente que no nosso sistema solar e nossos sete planos, temos apenas o corpo físico do
Logos, e que este corpo físico é uma limitação da expressão de Sua natureza tríplice. A
primeira (sexta) Hierarquia pode ser vista como esforçando-se para expressar a vibração
mental do Logos solar, e a segunda, Sua natureza emocional, ou astral cósmica.
A segunda (sétima) Hierarquia tem como tipo de força o segundo aspecto do sétimo
tipo de força dentre as muitas existentes. Podemos ter uma ideia do ponto relativo na
evolução do Logos solar pelo estudo dos vários aspectos de força que Ele está
demonstrando nesta particular encarnação. É esta energia que impulsiona as Mônadas à
encarnação física, uma vez que ela se faz sentir no sétimo plano. As energias que estão em
ação são aquelas que o Logos já desenvolveu, e que constituem o fruto de encarnações
anteriores. Existem lacunas, por certo, e certos tipos de força estão faltando, porque Ele
ainda tem muito que alcançar conscientemente.
É a energia desta Hierarquia que resulta na manifestação do Divino Andrógino, e nos
sete centros de força que são as sete Energias Espirituais.
HIERARQUIA III. A terceira Hierarquia (ou oitava) é peculiarmente Interessante. Elas
são chamadas "as Tríades", pois encerram em si mesmas as potências da tríplice evolução:
mental, psíquica, e espiritual. Estas Tríades de Vida são inerentemente as três Pessoas da
Trindade e a flor de um sistema anterior, vistas de um certo ângulo. Vistas por outro
ângulo, quando estudadas como “a flor das Oito anteriores", constituem os pontos óctuplos
que aguardam a oportunidade para surgir como chamas. São os devas, prontos para o
serviço, que é dar à outra Hierarquia as qualidades que esta ainda não possui. Esta
Hierarquia é considerada como os grandes doadores da imortalidade, enquanto Eles
Próprios "permanecem a parte da encarnação". São os Senhores do Sacrifício e do Amor,
mas não podem ir além do corpo etérico logóico para chegar ao veículo físico.
A terceira Hierarquia controla o terceiro aspecto da força elétrica do primeiro tipo de
energia cósmica. Representa um ciclo periódico deste primeiro tipo, simbolizado pelo
número 8. As fórmulas para estas energias elétricas são por demais complicadas para que
as apresentemos aqui, mas tenham em mente que as Hierarquias expressam:
1 - Energia cósmica setenária.
2 - Prana cósmico.
3 - Energia solar, ou fogo elétrico, fogo solar e fogo por fricção.
Cada Hierarquia manifesta uma energia tríplice ou um aspecto de cada uma das
citadas acima, o que torna inevitável uma diferenciação nônupla, pois tanto as duas
primeiras quanto a terceira, são tríplices. É a rejeição pelas unidades na quarta Hierarquia -
a das Mônadas humanas - das Vidas Tríplices, o que provoca, eventualmente, a precipitação
do homem na oitava esfera. Ele se recusa a se tornar um Cristo, um Salvador, e permanece
autocentrado.
Já tratamos das três primeiras Hierarquias, consideradas como as que por todo o
sempre "vendo a Face do Dirigente da Profundidade", ou como seres tão puros e sagrados
que Suas forças estão em realizado contato com Sua fonte emanante.
Vamos tratar agora de maneira abreviada, de duas Hierarquias que estão
25
estreitamente ligadas a nós, entidades humanas autoconscientes. Estes dois grupos são,
literalmente, três, uma vez que a quinta Hierarquia é dual, fato este que tem ocasionado
certa confusão e é o significado oculto que se esconde atrás do malfadado número treze.
São os "buscadores da satisfação", e a causa da segunda queda, a razão pela qual o Ego
toma uma natureza inferior. A quarta e a quinta Hierarquias são a nona e a décima, ou os
"Iniciados" e os "Perfeitos". Todos os seres humanos, ou "Jivas Imortais", são os que
evoluem através de uma série gradual de iniciações, sejam elas autoinduzidas ou
provocadas no planeta com ajuda externa. Isto é alcançado através do “casamento" com a
ordem seguinte, a quinta. Ficam então completos, ou aperfeiçoados, e é devido a este fato
oculto que a quarta Hierarquia é vista como masculina, e a quinta, como feminina.
HIERARQUIA IV. A quarta Hierarquia Criadora forma o grupo dentro do qual o mais
elevado aspecto do homem se encontra: o seu "Pai que está no Céu". Estas vidas são os
pontos de fogo que se tornarão chamas; e o fazem por intermédio da quinta Hierarquia e
dos quatro pavios, ou as duas hierarquias duais inferiores. Vemos assim que, no que diz
respeito ao homem, a quarta, quinta, sexta e sétima Hierarquias constituem, durante o
ciclo de encarnação, o seu próprio ser. São os "Senhores do Sacrifício" e os "Senhores do
Amor", a flor do Atma-Budi.
Ao estudar estas Hierarquias, uma das lições mais valiosas que aprendemos é qual o
lugar e a importância do homem no esquema. Por exemplo, a Hierarquia que é a essência
da intangível Vida do Espírito, o princípio de Buddhi, é a causa esotérica do matrimônio
celeste entre espírito e matéria, baseado no amor e desejo do Logos, porém cada
Hierarquia também se expressa por meio de uma determinada manifestação que a mente
finita do homem considera como a própria Hierarquia. Isto não é assim, e é preciso cuidado
para distinguir entre estas Hierarquias.
Elas são os germes latentes dos centros de força e manifestam-se subjetivamente; dão
calor e vitalizam grupos de formas; florescem e expressam-se por intermédio de uma
forma, ou outra Hierarquia. Estão todas inter-relacionadas e são positivas ou negativas,
uma em relação às outras, conforme o caso.
Como se lê em A Doutrina Secreta, I. 238, esta Hierarquia é o berçário dos Jivas
encarnantes, e carregou em si os germes das Vidas que alcançaram o estágio humano em
outro sistema solar, mas que não conseguiram prosseguir além dele, devido à chegada de
pralaya, o que os projetou num estado de latência. A condição da Hierarquia é similar - só
que em escala cósmica - à condição das sementes de vida humana mantidas num estado de
obscurecimento durante um período entre cadeias. As três outras Hierarquias de que
tratamos (primeira, segunda e terceira) foram as que (em anteriores kalpas de
manifestação logóica) ultrapassaram o estágio humano. Constituem, pois, os grupos rupa
ou que têm formas.
A quarta Hierarquia Criadora, ou nona, no que se refere a este sistema solar, deverá
ser sempre considerada como ocupando o que chamaríamos O terceiro lugar:
Primeiro, as Vidas das Três Pessoas da Trindade. Segundo, os Protótipos do homem, os
sete Espíritos.
Terceiro, o homem, a manifestação mais inferior do aspecto Espírito autoconsciente.
Devemos considerar isto cuidadosamente, pois não se refere ao aspecto forma, mas
sim à natureza das Vidas que se expressam através de outras vidas que são também
26
autoconscientes, ou plenamente inteligentes, o que não é o caso de certas Hierarquias.
As quatro Hierarquias inferiores estão relacionadas com a manifestação nos três
mundos, ou corpo físico denso do Logos solar. São Aqueles que podem descartar-se do
corpo etérico do Logos solar, ou atravessá-lo, e tomar formas de substância gasosa, líquida
ou densa. As demais Hierarquias não podem fazê-lo: não podem chegar à geração física.
É preciso lembrar que, do ponto de vista do Logos solar, os Anjos solares no plano
mental (o quinto subplano do plano físico cósmico) estão em encarnação física, e é a este
fato que se aplica o termo "segunda queda". A primeira queda refere-se à tomada de forma
de matéria etérica cósmica, como é o caso dos Homens Celestiais, os protótipos dos jivas
humanos. Neste caso, os corpos usados são chamados “sem forma" do nosso ponto de
vista, e são "corpos vitais" animados pelo prana cósmico. No nosso caso, e nos grupos
restantes, as formas são compostas de substância dos três planos inferiores (os quais o
Logos não considera como princípios) e, portanto, matéria que ainda responde à vibração
do sistema anterior. Isto significa que as quatro Hierarquias inferiores são elos entre a vida
do passado e a do futuro. São o presente. Ainda não terminaram seus contatos com o
princípio de inteligência ativa do kalpa anterior, e por essa razão têm que manter esse
contato até a realização, que será alcançada neste sistema, os quatro tornar-se-ão os três e
serão, então, as três Hierarquias arupa as mais elevadas do próximo sistema.
Antes de prosseguir em nossas considerações sobre cada Hierarquia, é preciso
destacar que algumas são chamadas de "hierarquias dominantes" e outras, de "hierarquias
subsidiárias". Isto significa que algumas estão expressando-se neste sistema solar mais
plenamente do que as outras, e consequentemente, suas vibrações são mais sentidas do
que as dos grupos subsidiários. Os grupos dominantes são o segundo, o quarto e o quinto
porque:
a - O segundo é a grande expressão da dualidade, do Filho enquanto Ele vitaliza o Sol.
b - O quarto é a Hierarquia das Mônadas humanas, que são os mediadores ou
sintetizadores; expressam o fruto do 1º Sistema, e a meta do 2º Sistema.
c - O quinto ou décimo grupo está estreitamente ligado às cinco Hierarquias já
liberadas, e é uma expressão da síntese de suas vidas. Podemos, pois, dizer que a quinta
Hierarquia serve como representante de cinco grupos liberados, e o quarto é o grupo
representante neste sistema, enquanto que o segundo representa (para o homem, ou estes
dois grupos unidos) o aspecto Espírito, o Pai, o Desconhecido.
HIERARQUIA V. A quinta Hierarquia Criadora é - como sabemos pelo estudo de A
Doutrina Secreta - muito misteriosa, O mistério incide sobre a relação entre a quinta
Hierarquia e os cinco grupos liberados. Esta relação, em conexão com o nosso planeta - não
sagrado - pode ser parcialmente compreendido se estudarmos a história do Buda e Seu
trabalho. No terceiro volume de A Doutrina Secreta há algo sobre isto.
Há ainda um outro ponto relacionado a este mistério, que é a relação entre a quinta
Hierarquia e uma certa constelação. Isto está oculto no carma do Logos solar e diz respeito
ao Seu relacionamento com outro Logos·solar, e à interação de forças entre Eles num
grande mahakalpa. Este o verdadeiro "segredo do dragão", e foi a "influência do dragão"
ou a "'energia da serpente" que causou o influxo da energia manásica, ou da mente, para o
sistema solar. Estreitamente enredada com o carma dessas duas Entidades cósmicas,
estava a Entidade cósmica menor Que é a Vida do nosso planeta, o Logos planetário. Foi
27
este tríplice carma que introduziu a "religião serpentina" e as "Serpentes ou Dragões de
Sabedoria", nos dias de Lemúria. Teve a ver com a Kundalini solar e planetária ou Fogo
Serpentino. Um indício está no fato de que a constelação do Dragão tem a mesma relação
com o UNO maior que o nosso Logos solar, como o centro na base da coluna vertebral, tem
com o ser humano. Diz respeito à estimulação, e vitalização, com a consequente
coordenação dos fogos em manifestação.
Uma outra chave para este mistério está na relação entre este quinto grupo e os dois
polos que se contraem. São os Elos quíntuplos, os “Unificadores Benignos" e os "Produtores
da Expiação", Esotericamente, são os "Salvadores da Raça", e é deles que emana aquele
princípio que - em conjunção com o aspecto mais elevado - eleva o aspecto inferior ao Céu.
Quando estes mistérios forem cuidadosamente estudados, e devidamente aplicados
às vidas dos maiores expoentes do princípio de unificação, a grandeza e importância de seu
lugar no esquema tornar-se-á aparente.
Esta é a razão porque as unidades da quinta Hierarquia são chamadas "Os Corações de
Amor Ardente"; Elas salvam através do amor, e por sua vez, são vidas peculiarmente
próximas do grande Coração de Amor do Logos solar." Estes grandes Anjos redentores, Que
são os Filhos dos Homens em seu próprio e verdadeiro plano, o mental, são por isso sempre
descritos como assumindo a forma de lótus de doze pétalas - simbologia esta que os liga ao
"Filho do Divino Amor”, o sistema solar manifestado, do qual se diz ser um lótus cósmico de
doze pétalas, e com o lótus causal logóico, cuja natureza é também de doze pétalas.
Temos, portanto uma corrente direta de energia correndo através:
a - Do lótus egóico logóico de doze pétalas, no plano mental cósmico.
b - Do lótus solar de doze pétalas.
c - Do coração logóico planetário, também um lótus de doze pétalas.
d - Do lótus egóico humano de doze pétalas, no plano mental.
e - Do centro de doze pétalas do coração, no ser humano.
Ou, em outras palavras, a energia flui diretamente:
a - Do Logos solar, via três grandes centros cósmicos:
1 - O Sol espiritual central.
2 - O coração do Sol.
3 - O Sol físico
b - Do centro do coração do Logos planetário, situado no quarto plano etérico cósmico
(o nosso plano búdico).
c - Do lótus egóico do ser humano no plano mental, o qual corresponde, literalmente,
ao "coração do Sol". O ponto monádico é um reflexo, no sistema humano, do "Sol espiritual
central".
d - Do centro do coração do homem no plano etérico do plano físico, que é, por sua
vez, uma correspondência do Sol físico. Assim, é o pequeno átomo ligado á grande Vida
central do sistema solar.
A quinta Hierarquia é também, sob a lei, um distribuidor de energia para o quinto
subplano de cada plano no sistema; apenas é preciso ter em mente que, nos três mundos, é
o quinto subplano a contar de cima para baixo, enquanto que nos mundos de evolução
super-humana, é o quinto a contar de baixo para cima. Como sabemos, esta Hierarquia
controla os dois aspectos de manas: um nos três mundos e o outro que se faz sentir nas
28
esferas superiores.
É preciso lembrar que todos estes grupos (mesmo quando denominados "sem forma")
são as verdadeiras formas de tudo aquilo que persiste, pois que estão todos no corpo
etérico do Logos solar ou do Logos planetário. Este é um ponto que exige cuidadosa
atenção; por tempo demasiado têm os estudantes considerado o corpo físico denso como a
forma, enquanto que, para o ocultista, corpo físico não é a forma, mas sim, maya, grosseira
ilusão; a verdadeira forma é o corpo de vitalidade. Por conseguinte, as Hierarquias são a
totalidade das vidas vitais e o substrato ou essência de tudo que é.
Poderíamos considerar o assunto da maneira seguinte:
a - Os quatro grupos superiores são as Hierarquias expressando-se através de três
éteres cósmicos: o segundo, o terceiro e o quarto.
b - Os dois grupos inferiores são as vidas encontradas atuando como a matéria
involutiva (organizada ou inorganizada) do corpo físico denso logóico, a líquida e a gasosa,
com a substância viva dos quatro subplanos superiores do corpo físico do sistema.
c - A quinta Hierarquia tem a interessante posição de corpo "mediador" entre os
quatro grupos superiores e os que se encontram nos três subplanos inferiores. Há uma
correspondência vital e significativa entre os sete centros e os sete grupos de egos no plano
mental, e há uma analogia oculta entre os três centros da cabeça (glândula pineal, corpo
pituitário e centro coronário) e a expressão destes sete grupos de egos nos três mundos.
Este é um fato dos mais esotéricos, e deve ser levado em consideração por todo o
estudantes que meditam sobre a unificação.
É útil lembrar o lugar que estas Hierarquias ocupam no esquema, e compreender que
sobre a totalidade destes corpos vitais gradualmente se congrega a manifestação densa
que consideramos como matéria evolucionária. As formas (de todos os átomos ao corpo do
ego, de uma flor ao vasto lótus planetário ou solar) são construídas porque as Hierarquias
existem como um agregado de vidas germinais, que dão Impulso, fornecem o modelo e
constituem - a razão de ser de todas as coisas vistas em qualquer plano
HIERARQUIAS VI E VII. A sexta e sétima Hierarquias que fornecem a substância das
formas dos três mundos têm um uso vital e um lugar interessantíssimo. Do ponto de vista
logóico, elas não estabelecem princípios, mas do ponto de vista do homem, elas o suprem
com os Seus princípios inferiores. Mantêm com o Logos a mesma relação que a do corpo
físico denso tem com o homem, e tudo que diz respeito à evolução do homem (neste lugar,
em especial) tem que ser estudado como processando-se dentro do veículo físico logóico.
Ocupam-se com a demonstração da energia física; com o desenvolvimento, no veículo
físico, de todos os propósitos divinos; e com a organização física de uma certa grande Vida
cósmica.
Isto aplica-se particularmente às duas Hierarquias que estamos considerando. Elas são
o resíduo inferior do sistema precedente, e a energia daquela matéria (líquida, gasosa e
densa) que a vibração do átomo logóico permanente atrai para si ao construir a forma
divina.
Para maior esclarecimento, e generalizando, deve-se notar que a sétima Hierarquia é a
vida ou energia que se encontra no coração de cada átomo - seu aspecto positivo - e a sexta
Hierarquia é a vida das formas de todos os corpos etéricos de qualquer objeto tangível. A
função desta Hierarquia está bem descrita nas palavras do Velho Comentário:
29
"Os devas ouvem o soar da palavra. Sacrificam-se, e de sua própria substância
constroem a forma desejada. Retiram de si mesmos a vida e o material e entregam-se
ao divino impulso"
Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, p. 1196-1207.
TABULAÇÃO III
Câncer
1 - Sirius Saturno 5ª Hierarquia Criadora
Capricórnio (8ª) Desconhecida
A Cruz Cardinal
Áries
2 - Ursa Maior Sol (ocultando Vulcano) 2ª Hierarquia Criadora
Libra (11ª) Desconhecida
A Cruz Cardinal
Gêmeos
3 - Plêiades Mercúrio 4ª Hierarquia Criadora
Sagitário (9ª) Desconhecida
A Cruz Mutável
As energias citadas acima entram em ação - no que diz respeito ao homem - durante
as iniciações maiores e no Caminho da Iniciação.
Touro
4 - Os 7 sistemas solares Marte 3ª Hierarquia Criadora
Escorpião (10ª) Hierarquia Criadora
Antes de dar-lhes o gráfico restante que trata das constelações como condutores da
energia cósmica ou como transmissores de sua própria energia, gostaria de observar que
muito do que direi estará baseado sobre:
1 - A roda da vida e o caminho do homem enquanto ele passa través dos signos,
segundo o modo reconhecido pela astrologia ortodoxa. Ele, assim como os planetas,
aparentemente retrocede através dos signos parece passar pelas constelações de Áries e
Touro; porém tudo isto é parte da Grande Ilusão.
2 - A roda da vida e o caminho do homem, a alma divina ou espiritual, o passar através
dos signos do zodíaco, segundo o modo estudado pelo astrólogo esotérico. Este é o
Caminho da Realidade, enquanto o outro é o Caminho da Ilusão. Este leva o discípulo ao
redor do caminho partindo do início em Áries à consumação em Peixes.
O método atual baseia-se na verdade temporária de que o homem comum está sujeito
à natureza ilusória da manifestação e que "assim como pensa, assim ele é". Quando,
porém, ele se torna Hércules, o Deus do Sol (ou o Anjo Solar), ele começa a reverter o
processo (mais uma vez apenas aparentemente) e uma definida reorientação tem lugar. Os
Mestres do lado interno, por conseguinte, estudam o horóscopo somente em sua relação
com as três entidades seguintes:
1 - O horóscopo do próprio planeta como expressão de vida do Logos planetário. Isto
34
envolve o estudo do horóscopo do espírito do planeta assim como da vida que lhe dá a
forma e suas mútuas relações e interações. O espírito da Terra é para o Logos planetário da
Terra, por exemplo, o que a personalidade (ou a natureza da forma) é para a alma do
homem. Os dois horóscopos são superpostos e o "padrão planetário" então emerge.
2 - O horóscopo da família humana, o quarto reino da natureza, visto como uma
entidade, o que essencialmente ela é. Isto é, na realidade, o estudo de dois horóscopos, tal
como no caso acima; o horóscopo do reino das almas, dos divinos filhos de Deus no plano
mental, e o estudo da entidade que é a vida coerente do lado forma do quarto reino na
natureza. Novamente isto é feito pela superposição de dois diagramas, os quais são
desenhados numa grande escala, sobre um material transparente, do qual a humanidade
nada sabe. Sobre estes diagramas observa-se o desenho que emerge quando "a alma e a
personalidade se encontram" e as condições presentes, os possíveis desenvolvimentos e
relacionamentos, e o futuro objetivo imediato aparecem com clareza.
3 - O horóscopo dos discípulos. Os Mestres não estudam o horóscopo do homem
comum não-desenvolvido, pois isso não traria proveito algum. Novamente isto envolve o
estudo de dois horóscopos do discípulo sob inspeção - um da alma e outro da
personalidade. Mais uma vez é usado o processo de superposição. Em um horóscopo, a
nova orientação e a reorganizada vida interior embrionária serão observadas e estudadas, e
no outro, a vida exterior e sua conformidade ou não-conformidade às condições internas
será o alvo de nossa atenção. Assim o desenho da vida emergirá, as possibilidades serão
indicadas, os problemas desaparecerão, e o passo seguinte imediato será claramente
mostrado.
Assim, mais uma vez se torna aparente a que ponto o "princípio da dualidade" a tudo
permeia. É um dualismo que se desloca para onde a ênfase for exercida, mas este dualismo
está sempre presente até a última e final iniciação - presente nos posteriores estágios do
processo evolucionário, no ajustamento das relações da forma, porém não presente
consciência do discípulo de grau avançado. Este ponto é da maior importância e deve ser
bem assimilado.
Um terceiro ponto deve ser mencionado em continuação aos dois acima. Uma grande
parte de nosso estudo será ocupada pela relação entre as seis constelações na parte
superior da roda zodiacal e as seis na parte inferior; estudaremos a energia que um ser
humano é (observem esta fraseologia) quando caminha, no sentido do relógio, de Áries
para Touro e depois - revertendo o processo - de Áries para Peixes. Estudaremos as
dualidades que cada constelação e a que lhe é oposta nos apresentam, e portanto, as
grandes qualidades que uma e outra nos proporcionam. Trataremos destes pontos da
maneira seguinte:
1 - Do ponto de vista do início em Áries até que o homem - através de muitas voltas da
roda da vida - alcança o ponto de reversão e reorientação. O homem progride a partir do
ponto onde, em Câncer, ele forma parte da massa, com consciência de massa, incipiente e
desfocalizada, e sem reconhecer objetivo algum (exceto a satisfação do desejo instintivo)
até que em Escorpião ele se torna o discípulo triunfante, depois de ter encontrado a si
mesmo em Leão. Sobrevém, então, a Crise de Reorientação, que pode levar um longo
tempo e constitui um interlúdio de muitas vidas de luta.
2 - Do ponto de vista do homem no caminho probatório, em busca da luz, lutando
35
através dos signos (como expresso no Velho Comentário ao considerar este ponto):
"Ele se volta da direita para a esquerda, e então, novamente, da esquerda para a
direita. Ele gira, às tontas, ao redor do eixo do desejo. Não sabe para onde ir ou o que
fazer. O céu torna-se negro”.
A esta altura, o signo de Gêmeos começa, de forma potente, a desempenhar o seu
papel na vida do discípulo, com Sagitário gradativamente, "com sua flecha perfurando o
coração, e então, no voo da flecha, o homem alcança Capricórnio". Então, sobrevém a Crise
da Renúncia.
3 - Do ponto de vista do discípulo aceito e do iniciado que atravessa novamente o
Caminho do Sol e percebe que aquilo que ele próprio descobriu estar em Leão, encontra
sua culminância em Aquário. A consciência individual separatista transforma-se em
consciência grupal, em Aquário, e ele começa a compreender o significado dessa básica
combinação de signos, aquele "triângulo na consciência" da humanidade:
Então, a partir do ponto alcançado em Capricórnio, ele trabalha durante várias vidas ao redor
do caminho zodiacal, descendo para o mar da consciência de massa para tornar-se aquilo que é
chamado nos livros antigos "o Caranguejo", aquele que limpa o oceano de matéria que flui ao redor
do homem, e finalmente se torna um ativo salvador mundial em Peixes. Ele desce até o mundo dos
homens para salvar a humanidade e para desenvolver o plano. Ele é, então, "o peixe que nada,
livremente, no oceano de matéria".
O iniciado terá de expressar sempre, em cada signo do zodíaco, a consumação e o fruto
espiritual da experiência adquirida em vidas anteriores, o experimento mundial e a conquista da
alma. O egoísmo terá sempre de ser transformado em serviço ativo e vital, e o desejo terá que
demonstrar sua transmutação em pureza de aspiração espiritual, para identificar-se com a vontade
de Deus.
Há um ou dois pontos que precisam ser elucidados para que vocês possam estudar tendo em
mente certas ideias claramente formuladas. Já as mencionei em alguns de meus livros anteriores,
mas seria proveitoso referir-me a elas novamente e expandi-Ias um pouco mais. Recordem-se
sempre delas quando lerem e estudarem.
Tenho frequentemente me referido ao fato que toda a ciência da astrologia está baseada
numa condição inexistente. Não tem base num fato material e, contudo, está eternamente baseada
na verdade. O zodíaco é, como bem sabem, o caminho imaginário que o Sol percorre nos céus.
Portanto, é grandemente uma ilusão, sob o ponto de vista exotérico; mas, ao mesmo tempo, as
constelações existem, e as correntes de energia que passam e repassam, se misturam e se
interligam por todo o corpo do espaço, não são, de forma alguma, ilusões, mas sim definidamente
expressam eternos relacionamentos. Foi o uso incorreto das várias energias que criou a ilusão. Este
caminho ilusório é hoje, por conseguinte, uma realidade, do mesmo modo que são reais as ilusões
da personalidade de qualquer indivíduo. Estas ilusões são fruto da polarização do individuo no
plano astral.
É também interessante observar a este respeito que - devido à precessão dos equinócios - um
36
quarto tipo de força faz-se sentir sobre o planeta e o homem, uma força raramente reconhecida e à
qual não se dá a devida atenção no horóscopo. O mês e o signo, ou o lugar do Sol nos céus, não
coincidem realmente. Quando dizemos, por exemplo, que o Sol está “em Áries”, isso transmite uma
verdade esotérica, porém não um fato exotérico. O Sol estava em Áries quando do inicio deste
grande ciclo, mas não está exatamente na mesma posição hoje quando "se encontra" naquele
signo.
Devemos lembrar também que assim como é necessário saber o momento e o local do
nascimento ao fazer o horóscopo de um individuo, assim também para chegar a uma compreensão
perfeitamente correta e deduções exatas em relação à constelação, os planetas e a Terra - verá
haver uma hora fixa na qual basear os cálculos. Esta hora fixa é ainda desconhecida da astrologia
exotérica. Embora a Hierarquia possua esta informação, ela só será divulgada no momento
oportuno. É o conhecimento desta informação interna que constitui a base das afirmativas que
tenho feito ou farei, e que parecem revolucionárias ao investigador ortodoxo. Tem que haver
constante retificação das primitivas conclusões humanidade e um dos exemplos mais evidentes é a
afirmativa encontrada na Bíblia de que a criação data de 4004 A.C. Isto é um erro reconhecido pela
ciência moderna, porém muita gente ainda acredita nisto.
Anteriormente insinuei que cálculo astrológico definido poderíamos nos basear para indicar o
tempo da "Grande Aproximação" da Hierarquia à nossa manifestação planetária quando se deu a
individualização e apareceu o quarto reino da natureza. Situei esse estupendo acontecimento há
21.688.345 anos. Naquele tempo o Sol estava em Leão. O processo então Iniciado no plano físico e
produzindo acontecimentos físicos externos levou aproximadamente 5.000 anos para amadurecer,
e o Sol estava em Gêmeos quando teve lugar a crise final da individualização e então foi fechada a
porta para o reino animal. Diz-se que Sagitário governa a evolução humana, uma vez que o Sol
estava neste signo quando a Hierarquia começou sua Aproximação com o intuito de estimular as
formas de vida no nosso planeta. Sagitário porém, governa o período da aproximação
subjetiva.
O Sol estava em Leão quando a individualização do plano físico teve lugar como resultado da
estimulação aplicada.
O Sol estava em Gêmeos quando esta Aproximação foi consumada pela fundação da
Hierarquia na Terra. Este é um dos grandes segredos que os Rituais Maçônicos tipificam, pois o
símbolo do signo Gêmeos é a origem do conceito dos dois pilares, tão familiares aos Maçons. Daí
podermos dizer que, simbolicamente falando:
1 - Leão governa o grau E ... A. ..
2 - Gêmeos governa o grau F ... C ...
3 - Sagitário governa o grau de M ... M ... até o episódio do surgimento do Mestre, e que
Capricórnio governa a parte final da cerimônia e a H ... R ... A ...
É sempre para o principiante que ainda não possui uma intuição desenvolvida e
treinada, reconciliar as aparentes discrepâncias e contradições que aparecem nos
ensinamentos da Sabedoria Eterna. Esta mesma dificuldade será encontrada na ciência da
astrologia, daí ser oportuno neste momento fazer algumas referências ao tema em
questão. Quero lembrar-lhes o truísmo ocultista que afirma que a interpretação e correta
compreensão estão baseadas no grau de desenvolvimento do indivíduo. H.P.B. comenta em
A Doutrina Secreta que para algumas pessoas o mais elevado princípio que podem
conscientemente perceber pode ser o mais inferior, para outras pessoas. As constelações e
37
os planetas que as governam podem ter - e realmente têm - um determinado efeito sobre
as massas, outro sobre o indivíduo comum, e um terceiro efeito sobre o discípulo ou o
iniciado. Conforme as várias energias e forças circulem através do corpo etérico de nosso
sistema solar, sua recepção e efeito dependerão do estado dos centros planetários e do
ponto de desenvolvimento dos centros no homem individual. Por esta razão diferem, tão
largamente, diagramas e tabulações, e diferentes planetas aparecem como regentes das
constelações. Parece não haver uma regra fixa e isto deixa o estudante confuso. A
astrologia ortodoxa postula uma série de regras planetárias, as quais são corretas no que
diz respeito à massa da humanidade. Porém, o discípulo, que vive acima do diafragma,
responde a outra combinação de energias, e é com estas que principalmente me ocuparei.
Eis porque os três diagramas dados aqui parecem não coincidir. Eles foram elaborados para
expressar a situação em relação a três grupos:
1 - A massa de pessoas que se enquadram nas conclusões reconhecidas da astrologia
ortodoxa.
2 - Discípulos e indivíduos avançados, os quais se enquadram nas conclusões da
astrologia esotérica.
3 -As Hierarquias Criadoras, que proporcionam a situação reinante neste ciclo mundial.
38
TABULAÇÃO V. A RELAÇÃOASTROLÓGICA NÃO-ORTODOXA
CONSTELAÇÕES E REGENTES PLANETÁRIOS
em relação a discípulos e iniciados
NOTA: Em cartas relacionadas com o caminho, o progresso é de Áries para Peixes
através de Touro, etc.
NOTA: Em conexão com discípulos e os signos zodiacais, Gêmeos e Libra são duas
constelações que - através de seus regentes - expressam a energia do 5° e 7° raios. Por
alguma razão oculta, não estão relacionados a nenhum dos outros signos.
A relação entre as demais constelações, através dos planetas que expressam os raios,
são as seguintes:
1 - Touro e Peixes, por intermédio de Vulcano e Plutão, estão relacionados com o 10
Raio. Transmutação do desejo em sacrifício, e da vontade humana em vontade divina.
O Salvador do Mundo.
2 - Leão e Aquário, por intermédio do Sol e Júpiter, relacionam-se com o 20 Raio.
Desenvolvimento da consciência individual em consciência mundial. O homem torna-se um
servidor do mundo.
O Servidor do Mundo.
3 - Sagitário e Capricórnio, por intermédio da Terra e Saturno, estão relacionados com
o 3° Raio. O discípulo uni-direcionado torna-se o iniciado.
O Iniciado.
4 - Áries e Virgem, por intermédio de Mercúrio e da Lua, relacionam-se com o 4° Raio.
Harmonização do cosmos e do indivíduo através do conflito, produzindo unidade e beleza.
As dores do parto do segundo nascimento.
O Cristo Cósmico e Individual.
5 - Câncer e Escorpião, por meio de Netuno e Marte, estão relacionados com o 6° Raio.
Transformação da consciência de massa na consciência inclusiva do discípulo.
O Discípulo Triunfante.
39
Chamo a atenção para o fato de que na Tabulação IV, a relação é entre os planetas
regentes, enquanto que na Tabulação V a ênfase recai nos raios condicionantes.
40
a - 1 ° Raio - Touro e Peixes, através de Vulcano e Plutão.
b - 2° Raio - Leão e Virgem, através do Sol e Júpiter.
c - 3° Raio - Gêmeos e Libra, através da Terra e Saturno.
d - 4° Raio - Escorpião e Aquário, através Mercúrio e Lua.
e - 6° Raio - Câncer e Sagitário, através de Netuno e Marte.
Face ao exposto acima, e partindo do fato básico da Grande Ilusão, devemos lembrar
que a predição e a interpretação astrológicas deverão fundamentar-se em três fatores:
1 - A potência dos pensamentos-forma que têm sido construídos em conexão com os
doze signos. Estes pensamentos-forma foram originalmente construídos ou ancorados no
plano mental pela Hierarquia nos dias de Atlântida, e têm constantemente crescido em
poder desde então. Eles servem como pontos focais para certas forças, e capacitam o
indivíduo, por exemplo, a estar em contato com grandes reservatórios de energia que
então definitivamente o condicionam.
2 - A intuição do astrólogo. A confecção do horóscopo serve para pôr o astrólogo em
sintonia com o indivíduo, mas isto terá pouca utilidade para qualquer dos dois, a menos
que a intuição e sensibilidade do astrólogo estejam ativamente presentes.
3 - A capacidade do astrólogo para responder, em qualquer período específico, às
mudanças que ocorrem o tempo todo, tais como o gradual deslocamento e mudança
provocados pela precessão dos equinócios, ou o lento deslocamento do polo do planeta. A
isto deve-se acrescentar - à medida que o homem evolui - o mecanismo de resposta ou
veículos da consciência que também se aperfeiçoam constantemente. Portanto, suas
reações às influências planetárias e à energia das várias constelações mudam com igual
constância, e isto tem que ser levado em conta. Consequentemente, é essencial que o
astrólogo moderno comece por estudar o ponto de evolução do indivíduo, antes de
confeccionar o horóscopo. Ele precisa verificar o lugar aproximado que o indivíduo ocupa
no caminho da evolução, e para isto é indispensável o estudo dos raios através da
investigação quanto à qualidade, características e objetivos de vida.
Os astrólogos se capacitarão, oportunamente, a confeccionar o horóscopo da alma, a
qual é sensível a combinações de forças diferentes das que controlam a vida da
personalidade. O discípulo e o iniciado respondem de modo característico às influências
entrantes e essa resposta difere da resposta do homem comum ou da pessoa
autocentrada. Isto é um fato que terá de ser reconhecido. Aqueles que "vivem abaixo do
diafragma", e que reagem às energias por intermédio dos centros inferiores, terão um
horóscopo de tipo muito diferente daquele do discípulo e do iniciado, o que requer um
modo diferente de interpretação. Embora já me tenha referido a isto antes, quero recordar
alguns pontos.
1 - Discípulos no Caminho do Discipulado são fortemente influenciados por Mercúrio e
Saturno - um trazendo iluminação e o outro oferecendo a oportunidade.
2 - Nas várias iniciações, as influências dos planetas afetam o candidato de modo
inteiramente diferente de como o afetavam anteriormente. As energias provenientes das
constelações fluem - ciclicamente - através dos planetas.
a - Na primeira iniciação, o discípulo tem que lutar contra as forças cristalizadoras e
destrutivas de Vulcano e Plutão. A influência de Vulcano alcança o ponto mais profundo de
sua natureza, enquanto Plutão arrasta para a superfície e destrói todos os empecilhos
41
encontrados nestas regiões inferiores.
b - Na segunda iniciação, o candidato está sujeito à influência de três planetas -
Netuno, Vênus e Júpiter. Os três centros - plexo solar, coração e garganta - estão
ativamente envolvidos.
c - Na terceira iniciação, a Lua (encobrindo um planeta oculto) e Marte provocam um
terrível conflito, mas, no fim, o homem liberta-se do controle da personalidade.
d - Na quarta iniciação, Mercúrio e Saturno novamente provocam grandes mudanças e
singular revelação, porém seu efeito é muito diferente daquele da experiência anterior.
e - Na quinta e final iniciação, Urano e Júpiter aparecem e produzem uma "organização
benéfica" da totalidade de energias encontradas no equipamento do iniciado. Quando esta
organização se completa, pode o iniciado "escapar da roda e, então, verdadeiramente
viver".
Durante todo esse tempo a energia do Sol (encobrindo um planeta sagrado, até agora
desconhecido) jorra incessantemente, alcançando o homem por meio do Anjo Solar.
42
CAPÍTULO II
A Natureza da Astrologia Esotérica
INTRODUÇÃO
1 - Base da coluna
I. 2 - Centro sacro
3 - Centro do plexo solar
1 - Centro da garganta
II. 2 - Centro do coração
3 - Centro ajna
1 - Centro ajna
III. 2 - Centro da cabeça
3 - Centro do bulbo
Infelizmente, o princípio organizador não é tão simples quanto a tabulação acima o faz
parecer, pois a ênfase, o foco e o modo de organização e de vitalização, e de aparecimento
desses triângulos esotéricos, variam segundo o tipo de raio. Esta Ciência dos Triângulos de
Energia subjaz à nova ciência esotérica, tanto na astrologia quanto na ciência do laya-ioga,
ou ciência dos centros. Tanto este antigo Ioga como a ainda mais antiga ciência astrológica
têm que ser agora estudadas com base numa volta mais alta da espiral. Até agora o
ensinamento sobre os centros fora herdado dos tempos de Atlântida e expresso por velhas
formas e fórmulas, basicamente inadequadas ao nosso atual estágio de desenvolvimento,
muito mais avançado. O mesmo se pode dizer da astrologia ortodoxa ou exotérica. As duas
ciências precisam ser reorientadas e reorganizadas, e a astrologia precisa basear-se numa
compreensão mais profunda das relações dos planetas sagrados e não sagrados - com os
centros e com certos proeminentes "ciclos de polarização" que emergem como resultado
pré-estabelecido de "períodos de crise". Esta última frase encerra uma básica e importante
verdade.
Há, como vocês bem sabem, cinco planetas não-sagrados, e sete que são considerados
sagrados. Estas doze vidas planetárias (com seus próprios ciclos, pontos de crise e
momentos de polarização) estão estreitamente relacionadas aos sete centros. Os cinco
centros ao longo da coluna estão relacionados aos cinco planetas não-sagrados, porém, no
homem não desenvolvido ou homem comum, estão focalizados quase que totalmente no
plano astral e no corpo astral. É preciso observar que:
1 - Dois dos planetas não-sagrados (a própria Terra e a Lua) estão conectados com dois
centros que, no homem altamente evoluído, pouca Importância dominante têm:
a - O baço, recebendo as emanações prânicas do planeta em que vivemos, e
44
relacionado com os corpos etérico e físico e suas relações físicas.
b - Um centro no peito relacionado à glândula timo. Este centro torna-se inativo no
homem avançado, porém tem conexão com o nervo vago, antes do despertar do centro do
coração.
2 - Dois outros planetas não-sagrados - Marte e Plutão - funcionam em conexão com o
centro sacro (Marte), e o plexo solar (Plutão). Este planeta torna-se ativo na vida do
homem que se está "tornando vivo num sentido mais elevado, e sua natureza inferior passa
pela fumaça e escuridão de Plutão - que governa o solo ardente inferior - para que o
homem possa viver, em verdade, na região superior da luz".
3 - O Sol, (aqui representando Vulcano, que é um planeta sagrado), governa um centro
que se encontra diante da garganta, relacionado com as paratiróides, e não com a glândula
tiróide, a qual está relacionada com o centro da garganta. Este centro diante da garganta
perde sua utilidade à medida em que o centro da garganta inicia sua atividade. Ele faz o
papel de um "mediador" entre os órgãos criativos superior e inferior (entre o centro sacro e
o da garganta) e conduz, finalmente, àquela atividade criativa que é, conscientemente, a da
alma em ação. Vulcano foi um dos primeiros trabalhadores criativos entre os homens. Ele
estava também relacionado a "Caim, que matou seu irmão". O simbolismo que estes
antigos mitos encerram será facilmente interpretado pelo estudante intuitivo.
Algumas das tarefas que me proponho a realizar nesta seção do nosso Tratado Sobre
os Sete Raios são as seguintes:
1 - Tecer considerações sobre por que cinco dos sete raios se expressam por meio de
dois grupos de planetas - sagrados e não-sagrados - e também, quais os centros que estes
dois grupos de raios governam. Assim, relacionaremos:
a - Os sete centros no corpo etérico do homem.
b - Os sete centros da quarta Hierarquia Criativa, dos quais as sete raças são a
expressão.
c - Os sete centros planetários.
d - Os sete e os cinco planetas que são os centros de energia no sistema solar, os quais
respondem à energia das doze constelações zodiacais.
Estes centros planetários serão estudados sob dois ângulos:
a - O ângulo ortodoxo.
b - O ângulo do discipulado e da iniciação.
2 - Tecer considerações sobre as energias das três principais constelações, na medida
em que cada uma delas foi através de três das constelações zodiacais, assim formando e
entrelaçando grandes triângulos de força. Desta maneira, estão envolvidas nove das
constelações zodiacais, as quais, por sua vez, fundem e mesclam suas energias em três
correntes principais de força no Caminho da Iniciação. Estas três correntes principais de
força fluem através de:
a - Leão, Capricórnio e Peixes
para
b - Saturno, Mercúrio e Urano (a Lua)
para
c - Os centros da cabeça, ajna e coração
para
45
d - A garganta, o plexo solar e a base da coluna
Deve-se ter em mente que o centro sacro e o baço estão primariamente conectados
com as emanações planetárias da própria Terra.
3 - Tecer considerações a respeito das três grandes Cruzes cósmicas:
e a relação destas três Cruzes com os doze planetas e com o curso geral da alma em
encarnação.
4 - Elaborar o assunto da interação entre os três grupos de planetas regentes
apresentados na Tabulação VI, os quais, na totalidade de seus efeitos, são os agentes por
meio dos quais os propósitos de Deus são levados a termo.
Antes de prosseguir com os aspectos mais técnicos do nosso assunto, gostaria de
desenvolver o tema do zodíaco, sua história e simbolismo, a partir de um ângulo mais
filosófico e espiritual, oferecendo a vocês um quadro subjetivo do progresso do homem à
medida que ele avança sobre "o curso do Sol ao longo do caminho da vida". Esta é uma
frase técnica que se refere à atividade de um sol, de um planeta, de uma hierarquia ou de
um homem, após ter havido "um momento de crise", que resulta em "um período de
polarização", que conduz, inevitavelmente, a um novo impulso para diante. Estas três
palavras - crise, polarização e avanço - são a base da lei cíclica, e governam o processo
evolutivo. Do ponto de vista da humanidade, a passagem do Sol ao redor do zodíaco é,
aparentemente, um processo lento e laborioso que leva aproximadamente (no plano do
tempo) 25.000 anos. De acordo com a visão interna, é um percurso ao redor do Caminho da
Vida, que leva apenas um momento de tempo, e "apaga o presente, o passado e o futuro
na radiante glória do trabalho realizado".
2. As Cruzes e os Signos
No nosso estudo do sistema entrelaçado de energias, no que diz respeito a como elas
afetam e condicionam um ser humano, o tema das três Cruzes é de interesse profundo e
prático, especialmente porque elas oferecem aqueles pontos de crise onde um homem
abandona o caminho da evolução e ascende à terceira Cruz. Este tema estará implícito no
nosso pensamento e em tudo que eu tiver a dizer. Uma constante lembrança das doze
energias básicas (cinco principais e sete menores, que são na realidade - não fora a inversão
astral devido à Grande Ilusão - sete maiores e cinco menores), será muito valiosa. Estas
energias chegam à expressão humana via os Senhores dos doze signos e dos doze Regentes
planetários. As sete energias básicas emanam de sete estrelas da Ursa Maior (transmitidas
por sete estrelas da Ursa Menor); duas delas vêm de Sirius e três, das Plêiades. Este arranjo
(se é que posso usar um termo tão pouco ortodoxo) constituirá a principal esfera de
influência solar ao final da Grande Era do Brahma, como é esotericamente chamada. No
"ínterim ou interlúdio de evolução" (uma tradução inadequada de uma frase que, no
ocultismo, se aplica a um ciclo mundial, nos Arquivos dos Mestres), estas energias são
rebaixadas, diminuídas, para forças, e passam a ser dezesseis ao todo - isto, do ponto de
vista da manifestação, não se esqueçam - e, literalmente, fazem: 7 + 7 + 2 = 16 = 7. Nestes
números está oculto o mistério do nosso processo evolucionário. Contudo, a ênfase será
sempre sobre os Raios de Energia e Qualidade, à medida que eles influem através das
constelações zodiacais e dos planetas. Portanto, a nova astrologia está, necessariamente,
baseada na compreensão dos raios. A tabulação que apresentarei a seguir é fundamental a
este respeito, e tudo que eu tenho a dizer baseia-se nela.
Sete estrelas da Ursa Maior são as fontes de origem dos sete raios do nosso sistema
solar. Os sete Rishis (como são chamados) da Ursa Maior expressam-Se por intermédio de
sete Logoi planetários Que são Seus Representantes e para os Quais estão como protótipos.
Os sete Espíritos Planetários manifestam-se por intermédio dos sete planetas sagrados.
Cada um destes sete raios, provenientes da Ursa Maior, é transmitido para o nosso
sistema solar através de três constelações e seus planetas regentes. A tabulação seguinte
48
toma isto claro, porém deve ser interpretada apenas em termos da atual volta da Grande
Roda Zodiacal (25.000 anos).
TABULAÇÃO VIII
49
A Ciência do Destino estará baseada nas outras quatro ciências, e será uma
interpretação do futuro, fundamentada numa correta compreensão dos raios - pessoal e
egóico e na influência dos triângulos - zodiacais, planetários, raciais e humanos. Chega-se
aos triângulos humanos, pelo estudo dos centros do indivíduo. Depois que tudo isto for
determinado e correlacionado num novo estilo de horóscopo que virá a ser futuramente
desenvolvido, então a Ciência do Destino será aplicada, e assim descobertas as indicações
do futuro. Disto, o atual horóscopo da progressão do Sol é a semente embrionária. Pode-se
obter uma indicação de valores relativos, lendo-se os comentários feitos sobre os triângulos
humanos na obra Um Tratado sobre o Fogo Cósmico, que sugere o seguinte:
"Valeria a pena se o estudante observasse a interessante sucessão de triângulos
que existem e o modo pelo qual eles têm que ser ligados pela progressão do fogo,
antes que o fogo possa vivificá-los totalmente, para dai passar para outras
transmutações. Podemos enumerar alguns desses triângulos, tendo sempre em mente
que, de acordo com o raio, processar-se-á a ascensão geométrica do fogo, e de acordo
com o raio, os pontos serão tocados em ordenada sequência. Nisto residem os
segredos da iniciação, assim como se encontram alguns dos perigos que seriam
acarretados por uma publicação prematura referente aos raios."
1 - O triângulo prânico
a.o centro entre os ombros
b.o centro perto do diafragma
c.o baço
50
6 - O homem espiritual até a 5ª Iniciação
a.o coração
b.os sete centros da cabeça
c.os dois lótus-de-muitas-pétalas
Agora, dar-lhes-ei uma visão geral do efeito espiritual que é produzido pela passagem
da alma ao redor da roda da experiência. Consideraremos, no caso de cada constelação, o
efeito geral sobre a alma - que está adquirindo experiência - sob o ângulo ortodoxo à
medida que caminha de Áries para Touro, via Peixes, e a seguir - como discípulo, submetido
a outras influências - move-se de Áries a Peixes, via Touro. Assim se inverte o processo, o
homem reorienta-se e "fica de frente para o oriente", como esotericamente se diz. Ele
expressa, então da maneira mais elevada possível, as qualidades do raio da sua alma, assim
como no primeiro caso, ele expressaria a qualidade do raio de sua personalidade.
Não me é possível ser mais especifico. Procuro apenas indicar certas implicações
espirituais, e transmitir uma ideia geral do efeito da grande ilusão sobre as condições
resultantes, e, em segundo lugar, o resultado das grandes provas a que todos os discípulos
são oportunamente submetidos, quando eles próprios revertem a roda da vida.
52
ÁRIES, O CARNEIRO
Estritamente falando, o que eu tenho agora a dizer refere-se ao tipo puro do 1° raio,
porque Áries é o signo do zodíaco através do qual o 1° Raio da Vontade ou Poder alcança a
nossa vida planetária. Tipos puros são, na realidade, muito raros, e neste período de
evolução, totalmente desconhecidos. A maioria é regida pelo raio da personalidade. Assim,
como os tipos de 1º raio estão atualmente expressando-se através das personalidades, as
quais estão em todos os raios, peço-lhes que considerem o que tenho a dizer, sob o prisma
dos efeitos sobre o caráter, dos problemas apresentados e da qualidade desenvolvida. E
inteiramente impossível ser mais explicito enquanto a Ciência dos Raios não estiver mais
desenvolvida. O astrólogo terá que detectar o tipo de raio antes de ser capaz de fazer
adequadamente o horóscopo da alma. Minhas observações são, pois, de ordem geral e não
específica, são universais não particulares. Não estou impondo uma doutrina. Estou
indicando fases de especulação que poderão ser iluminadoras e frutíferas.
Áries é uma das constelações da Cruz Cardinal dos céus. É a cruz de Deus, o Pai, e
portanto, da Mônada encarnante. É a expressão da vontade ou poder ao manifestar-se
através do grande processo criativo. Quando o iniciado (como veremos mais tarde) se
transfere para a Cruz Cardinal - da qual desceu ao entrar em encarnação e daí ascendeu à
Cruz Mutável- ele não mais se identifica com a forma, ou mesmo com a alma, mas sim, com
a vontade divina e com o plano e propósito eternos, que se tornam o seu plano e o seu
propósito. Ele não conhece nenhum outro plano ou propósito, num sentido ignorado
mesmo por um iniciado de 3° grau. Ele entra, então, no conselho da câmara de Deus e
torna-se um membro do conclave em Shamballa; ele não mais funciona apenas como
membro da Hierarquia no plano mental. Ele agora funciona através de cada um dos três
centros mundiais - a Humanidade, a Hierarquia e Shamballa.
Áries inicia o ciclo de manifestação. Todas as almas, como entidades individuais, vêm à
encarnação humana pela primeira vez no signo de Câncer; emergem como entidades
mentais no signo de Áries; como entidades emocionais no signo de Touro, e como
entidades vitais no signo de Gêmeos, tomando a forma física em Câncer. Assim
manifestam-se no oceano do plano físico da existência, no mundo da matéria. Contudo, o
primeiro impulso é despertado em Áries, pois Áries é o lugar onde a ideia inicial para
estabelecer a atividade toma forma. É o lugar do nascimento das ideias, e uma verdadeira
ideia é, na realidade, um impulso espiritual que toma forma. De lá se origina a resposta da
alma ao aspecto mais elevado ou qualidade da divindade, porque é lá que aparece "a
vontade de encarnar". O primeiro aspecto do raio da Mônada, respondendo ao primeiro
aspecto divino, evoca resposta do primeiro aspecto do raio da alma e o primeiro passo para
a encarnação é dado nesse plano do sistema, o plano mental. Áries "desperta a vontade de
chegar ao mais inferior e ali controlar", segundo o fraseado de uma antiga afirmação.
São quatro as notas-chave do signo de Áries, todas transmitindo a mesma ideia.
Podemos expressá-las nas seguintes injunções que são, simbolicamente, dadas à alma
encarnante:
1 - Expressa a vontade de ser e fazer.
2 - Desenvolve o poder de manifestar.
53
3 - Entra na batalha pelo Senhor.
4 -Alcança a unidade através do esforço.
Criação - Ser - Atividade - Luta - Síntese, estes são os componentes da natureza do
Senhor da primeira constelação, que Lhe permitem influenciar nosso planeta e lograr esses
resultados.
E assim começa o grande ciclo de luta para a expressão, e as palavras que são o
alicerce de A Doutrina Secreta - e que tão bem conhecemos - expressam o objetivo e o
propósito do primeiro signo da Cruz Cardinal.
“A matéria é o veiculo para a manifestação da alma neste plano da existência, e a
alma é o veículo, num plano mais alto, para a manifestação do espírito, e os três
formam uma trindade sintetizada pela vida que a todos permeia." (A Doutrina Secreta)
Aquilo que aparece em Áries como energia espiritual, entra na etapa da alma em
Câncer, signo no qual a alma encarna pela primeira vez na forma, alcança um ponto de
equilíbrio em Libra, no qual a alma e a personalidade encontram um ponto de colaboração
equilibrada, e, em Capricórnio, a natureza da vontade chega à plenitude e a meta
visualizada é alcançada. Em Capricórnio, ou o homem alcança o ápice da ambição pessoal,
ou ele se torna um iniciado, atingindo seu objetivo espiritual. A diferença entre estes dois
objetivos depende do modo de progressão à volta da roda da vida. Deve ser lembrado -
generalizando mais uma vez e falando simbolicamente - que as Cruzes também giram,
sendo os raios da Grande Roda. O homem não evoluído vai de Áries a Capricórnio, a Libra e
a Câncer, enquanto que o homem desenvolvido inverte o processo. Para maior clareza,
poderíamos considerar a grande experiência da vida sendo realizada sobre três rodas
dentro da Roda da Vida, vista sob três ângulos
1 - A Roda da Encarnação
2 - O ciclo ordinário da evolução
I. 3 - O período do cativeiro, durante o qual o homem está preso à roda
4 - A quádrupla influência da Cruz Comum ou Mutável
5 - A vida nos três mundos
6 - O desenvolvimento da personalidade
A palavra "influenciando" refere-se, aqui, às energias que jorram desses três aspectos do Sol,
através das três Cruzes, para o nosso planeta. Reflitam sobre isto, e lembrem-se também que o
nosso Sol está percorrendo o espaço (arrastando consigo em sua esfera de influência o nosso
sistema solar) ao redor da nossa estrela central condicionadora, a qual, corretamente, presume-se
existir na constelação de Touro, que se encontra nas Plêiades. Ao mesmo tempo, do ponto de vista
do nosso planeta, ele parece estar passando pelos doze signos do zodíaco. Do ponto de vista
macrocósmico, isto é um símbolo da dramaticamente centralizada visão do homem, o microcosmo.
É interessante comparar o simbolismo e a verdade subjacentes relacionados com os zodíacos maior
e menor e com seus ciclos de doze meses e de 25.000 anos. Isso em muito corrobora o que lhes
tenho dito sobre a alma, oportunamente influenciada pelos planetas esotéricos, e a personalidade,
influenciada pelos planetas ortodoxos. O zodíaco maior simboliza a alma, e o menor, a
personalidade. No ciclo da personalidade, esta é condicionada pelo zodíaco menor, e as doze casas
planetárias são de predominante importância. Mais tarde, a influência dos doze signos sobrepõe-se
à influência dos planetas. Gostaria também de enfatizar - talvez desnecessariamente - que Sirius, a
Ursa Maior e as Plêiades atuam por meio das doze constelações, exercendo sua influência
especialmente através de nove delas, mas que estas constelações maiores não são parte do zodíaco
que nos concerne. Elas, e mais os sete sistemas solares, inclusive o nosso, são as dez constelações
em conexão com um zodíaco ainda maior que não está condicionado pelo significado numérico do
número doze. Daí, o dez ser considerado o número da perfeição. Há muita confusão nas mentes de
alguns estudantes com menos conhecimento sobre este ponto astrológico.
É bastante difícil para vocês compreender que o processo involutivo para todos os reinos da
natureza esteja relacionado à passagem da alma - desta vez da anima mundi ou alma do mundo -
de Áries a Peixes, via Touro, e não vice-versa. É desta maneira que a anima mundi percorre o arco
involutivo, e não como a personalidade o faz. A anima mundi passa para Peixes ao término de cada
grande ciclo, não para Touro. Ela emerge à manifestação em Câncer, o signo da massa ou vida
grupal; sua difusa consciência ainda não está individualizada, como já acontece com a consciência do
homem. Quando a alma do mundo entrou em Câncer, depois de ter percorrido a Grande Roda, e
chegou o momento para a Quarta Hierarquia Criadora manifestar-se através do quarto reino da
natureza, ocorreu uma reversão que prossegue até agora. Devem lembrar-se com especial cuidado
que estamos estudando somente o progresso do homem, do homem individualizado, mais suas
reações às influências zodiacais e planetárias; estamos tratando de suas reações, mentais e
emocionais, à grande ilusão e à realidade espiritual à medida que elas atuam em sua vida, objetiva e
subjetiva. Temos que considerar, num sentido mais amplo, a influência do zodíaco e dos planetas
sobre:
1 - O espírito da Terra, a personificação do planeta físico e da totalidade de todas as formas
63
de vida em todos os reinos da natureza, essa totalidade sendo a expressão da anima mundi ou
alma do mundo.
2 - A Humanidade, o homem individualizado e finalmente iniciado. A Humanidade é a
personificação da alma humana ou ego, uma diferenciação da alma do mundo, que se
expressa como personalidade (uma correspondência do espírito do planeta) e, finalmente,
como alma espiritual (uma correspondência do Logos planetário).
3 - O Senhor do Planeta, uma das grandes Vidas ou Filhos de Deus, por enquanto
considerado "um Deus imperfeito" no que concerne ao nosso planeta, mas contudo,
realmente perfeito, sob o ponto de vista da humanidade.
Estas três divisões acima expressam os três aspectos principais da antiga e esotérica
ciência da astrologia e suas três divisões, tal como a Hierarquia hoje a estuda. Tendo
perdido a consciência que lhe permite contatar o espírito do planeta (a consciência sub-
humana, e que foi a base do animismo), e não tendo ainda desenvolvido a consciência que
lhe permite penetrar na Vida e Mente do Logos planetário, a humanidade lida apenas com
a segunda divisão, e mesmo esta, no seu aspecto mais baixo.
Tocarei aqui em outros dois pontos, e para compreendê-los vocês terão que aceitar
minhas declarações pelo menos como hipóteses temporárias, uma vez que vocês não estão
em situação de poder, por si mesmos, conhecê-los como verdades. A astrologia exotérica
diz, e isto é amplamente aceito, que Vulcano, Urano, Plutão e Netuno não governam signos,
apenas têm afinidade com eles. Menciono isto aqui porque nós vamos agora considerar o
planeta Plutão em relação a Peixes. Esta afinidade é apenas uma verdade parcial e apenas
temporariamente verdadeira, do ponto de vista do astrólogo moderno. Sua existência foi
somente presumida ou descoberta nos últimos dois ou três séculos, embora sempre tenha
sido conhecida pela Hierarquia. Indiquei-lhes já os signos que eles governam e a astrologia
do futuro aceitará minhas afirmações e trabalhará com esses planetas. Num passado
distante, tiveram que aceitar, hipoteticamente, Marte e Mercúrio como regentes de signos
zodiacais, e a seguir começaram a provar a exatidão da hipótese. A astrologia antiga era,
obviamente, incompleta, mas até que o homem respondesse de forma patente às
influências que lhe chegaram de Urano ou de Plutão, por exemplo - as quais afetam a vida
da alma muito mais do que a vida da personalidade - eles permaneceram ignorados, exceto
pelos esoteristas treinados. Hoje, a humanidade está respondendo rapidamente às
influências espirituais superiores e, portanto, podemos esperar a descoberta de forças cada
vez mais sutis.
64
PISCES, OS PEIXES
Este signo é também dual. Em Áries, temos a dualidade ligada à união do espírito e
matéria, na grande atividade criativa da manifestação no início do ciclo evolutivo, ao passo
que em Peixes, temos a fusão ou união da alma e da forma - no que diz respeito ao homem
- produzindo a manifestação do Cristo Encarnado, a alma individual aperfeiçoada, a
plenitude da manifestação do microcosmo. Assim, os polos opostos, o maior e o menor - o
ser humano e Deus, o microcosmo e o macrocosmo - são trazidos à expressão e
manifestação a eles destinadas. Até que o homem esteja próximo à meta, estas palavras
pouco significado têm, embora um estudo, ainda que pequeno, sobre os dois caminhos no
signo de Peixes, possa revelar muitas coisas significativas e sugestivas. O objetivo da
Deidade, a emergência do plano de Deus e a natureza do Seu eterno propósito é, para nós,
somente um assunto de interessada especulação. Existe a possibilidade de que este plano e
propósito possam ser muitíssimo diferentes do que supomos, pois que se baseia na nossa
formulação de uma Deidade que é produto de nossos processos mentais e devotado
idealismo (dois dos três aspectos da natureza da personalidade), e a tentativa de
interpretar Seus propósitos infinitos nos termos de nossa própria finitude. Lembremo-nos
sempre disto. O mecanismo para perceber a divindade ainda não foi desenvolvido na quase
totalidade da família humana, e só até um certo ponto, o está usando o iniciado do terceiro
grau.
A dualidade de Peixes deve ser estudada em relação às suas três palavras-chave que
são:
1 - Servidão ou cativeiro
2 - Renúncia ou desapego.
3 - Sacrifício e morte.
Durante o primeiro ciclo de experiência na roda da vida, a própria alma está em
cativeiro na matéria; ela desceu para a prisão de matéria e ligou-se à forma. Daí o símbolo
de Peixes, os dois peixes unidos por uma tira. Um dos peixes representa a alma, e o outro, a
personalidade ou natureza da forma, e entre eles encontra-se o "fio ou sutratma", o cordão
prateado que os mantém unidos um ao outro durante todo o ciclo de vida manifestada.
Mais tarde, quando da reversão da roda, a personalidade torna-se cativa da alma; mas
durante longos éons a situação é a inversa, e a alma é a prisioneira da personalidade. Esta
servidão dual termina com o que é chamado a morte final, quando o aspecto vida se liberta
totalmente da vida da forma. Deve-se notar também que, do ponto de vista da Mônada,
mesmo a alma é da natureza da forma, embora seja uma forma muitíssimo mais sutil do
que qualquer outra que conheçamos nos três mundos da evolução humana. Há, também,
nestas palavras-Chave, referência a uma dupla renuncia, pois, primeiro que tudo a alma
renuncia à vida e luz da Mônada, sua fonte (simbolizada pelas palavras "a Casa do Pai"), e
desce para o oceano de matéria; depois ao fazer a reversão, a alma renuncia à vida da
forma, o centro da personalidade. A alma afasta-se (conscientemente) da Mônada, o Uno, e
funciona a partir do seu próprio centro, fazendo seus próprios vínculos materiais. Mais
tarde, quando da reversão da roda, começa a desligar-se da personalidade e a religar-se
conscientemente ao Uno do Qual se originou. Este é o clímax de Peixes. Os Senhores da
65
Vontade e do Sacrifício descem à manifestação, sacrificando sua elevada posição e
oportunidades nos planos superiores da manifestação com a finalidade de redimir a
matéria e elevar as vidas que compõem sua forma (as Hierarquias Criadoras Inferiores) até
o Seu nível, já que Eles formam a quarta Hierarquia Criadora. É este propósito subjetivo que
está por trás do sacrifício destas Vidas divinas, Que somos nós mesmos em essência, as
Quais são qualificadas pelo conhecimento, amor e vontade, e animadas por incessante,
perseverante devoção. Elas procuram produzir, em seu sentido oculto, a morte da forma
para liberar as vidas que nelas habitam e trazê-las a um estado de consciência mais
elevada. Deste processo, todos os Salvadores do mundo - passados, presentes e ainda
porvir - são o símbolo manifestado e a garantia eterna. E compreendendo isto que se deve
procurar a fonte da Vida de serviço. As pessoas nascidas neste signo são frequentemente
encontradas servindo à raça e provendo-lhe as necessidades, neste ou naquele nível de
consciência. Assim estão preparadas para o sacrifício final em Peixes, o qual "os absorve de
volta ao Motivo que lhes deu origem: como diz o Velho Comentário. E por esta razão que a
vida de serviço e a intenção direcionada para o serviço constitui um modo científico de
alcançar a liberação. Em Aquário, o signo do serviço mundial, a lição é finalmente
aprendida, o que produz o Salvador mundial em Peixes. Daí, minha constante ênfase sobre
o serviço.
Quando o homem inicia seu ciclo de encarnações e emerge no signo de Câncer, que se
encontra na Cruz Cardinal, ele, metaforicamente, sobe à Cruz Mutável e seu longo período
de aprisionamento na forma começa, e suas lições sobre a servitude têm que ser
aprendidas. Ele continua a aprender até que tenha transformado servitude em serviço. Ele
alterna entre os pares de opostos, tanto do ponto de vista astrológico e emocionai, quanto
do ponto de vista dos quatro braços da Cruz Mutável O temperamento fluídico, sensível em
Peixes - mediúnica e Psicologicamente polarizado - tem que ser estabilizado em Virgem, um
signo qual a introspecção mental e a análise critica se tornam possíveis e servem para
conter a fluidez de Peixes. Estes dois signos dão equilíbrio um ao outro. Podemos estudar o
processo dual que se efetua na roda por intermédio da Cruz Mutável, a qual Peixes
pertence, da seguinte maneira:
1 - Peixes -Aqui, o iniciante no caminho da vida começa com uma receptividade
material que o capacita a responder a todos os contatos no ciclo de manifestação. Nesta
etapa, ele é fluídico, negativo, e dotado de uma consciência instintiva que contém, em si
mesma, a potencialidade da intuição. Porém, a semente da intuição está adormecida. A
mente, que é o instrumento de recepção da intuição, não despertou ainda nesta etapa.
2 - Sagitário - Aqui, o homem comum começa a demonstrar uma tendência para
tornar-se mais focalizado e a fluidez e negatividade de Peixes passam a concentrar-se na
obtenção daquilo que é desejado. O homem demonstra instintos egoístas centralizados, e
embora possa mostrar-se amigável e bondoso, fá-lo movido por um desejo de
popularidade. Esta é uma boa expressão do indivíduo sagitariano, e mostra também a
tendência da alma de tornar todo o mal eventualmente em bem. As lições da vida estão
sendo aprendidas e o experimento prossegue.
3 - Virgem - Em Virgem, o homem que era fluídico em Peixes e emocionalmente
egoísta e cheio de desejo em Sagitário, começa a centrar-se ainda mais intencionalmente e
a raciocinar e a pensar. A alma latente começa, interiormente, a ativar-se; está em
66
andamento um processo de germinação; o homem oculto começa a fazer sentir sua
presença. O intelecto está despertando e o instinto - após passar pela etapa emocional -
começa a ser transmutado em intelecto.
4 - Gêmeos - No homem não-desenvolvido ou homem comum, as experiências
sofridas nos três braços da Cruz Mutável trouxeram-no à etapa onde "o sonho da vida"
pode ser mudado em reconhecimento da realidade, e a Grande Ilusão pode ser vista como
indesejável e falsa. O sentido da dualidade é, nesta etapa, instintivo, mas torna-se
progressivamente cada vez mais real e mais complexo. O homem começa a sonhar com a
estabilidade, com mudanças ordenadas e com a união com aquilo que ele pressente ser a
parte mais real de si mesmo. A visão mística aflora, e ele toma consciência do seu eu
superior através dos primeiros e leves lampejos da intuição.
A experiência na Cruz Mutável dura muito tempo, e leva o homem, muitas e muitas
vezes, de volta à esfera de influência de Áries que, através da atividade governante do
primeiro raio, não só fortalece a vontade do homem (não importa qual seja o seu raio),
como põe término a ciclo após ciclo com a "palavra de destruição". Vezes sem conta, ele
entra no signo de Peixes e percorre seu caminho ao redor da grande roda, até que a
experiência da mudança e da mutabilidade e o estabelecimento do processo de
transmutação levam sua consciência através das etapas instintiva e intelectual até os
tênues começos dos processos intuitivos em Gêmeos. Segue-se depois um grande processo
de polarização e um momento de transferência, após o qual a influência da Cruz Fixa
provoca a reversão e as lições aprendidas na Cruz Mutável têm que ser trabalhadas, e
demonstrados os seus efeitos, na Cruz Fixa. Não devemos pensar que, nas etapas iniciais do
desenvolvimento, ganhemos experiência unicamente através da Cruz Mutável. O homem
vive e adquire experiência em todos os signos, porém as emanações que lhe chegam
através da Cruz Mutável têm sobre ele um efeito mais potente do que aquelas que, nas
primeiras etapas, afluem através da Cruz Fixa. Somente quando a alma se torna mais ativa
na forma e o homem toma consciência de sua dualidade, é que as energias da Cruz Fixa
efetivamente se sobrepõem às da Cruz Mutável, assim como, depois da terceira iniciação,
as energias da Cruz Cardinal começam a controlar o homem e se tornam um incentivo mais
insistente do que as das outras duas cruzes.
Quando a alma se torna mais ativa, pode-se observar os efeitos da Cruz Fixa nos
quatro signos juntamente com os efeitos das forças da Cruz Mutável pois "aquilo que é
dominado e abandonado é firmemente retido e transformado":
Gêmeos - Neste signo, o homem que percorre na roda o caminho inverso, torna-se
cada vez mais consciente da intuição e mais influenciado pelos "Irmãos que habitam na
Luz", como às vezes os Gêmeos são designados. A luz da personalidade empalidece e
aumenta a da alma. A fluidez de Peixes e o pouco desenvolvimento de Gêmeos cedem lugar
à personalidade sensível à impressão da alma e à consequente estabilização da vida no
plano físico.
Virgem - Sob a influência de Virgem, a mente até então analítica e crítica, muda para
aquela qualidade que as palavras iluminação e revelação melhor descrevem, O Cristo ao
qual a Virgem deve finalmente dar nascimento, é reconhecido como estando presente no
útero, conquanto ainda não nascido. A Vida é reconhecida. O processo da revelação da
consciência cristica está sendo inteligentemente desenvolvido e as aspirações egoístas e os
67
experimentos do homem não-desenvolvido dão lugar ao altruísmo do discípulo iluminado e
intuitivo.
Sagitário - Este é agora o signo do discípulo centrado. A vida fluídica que respondia à
matéria está agora focalizada em responder ao espírito e em preparar-se para a iniciação
em Capricórnio. A flecha da mente é disparada, em erro, em direção à meta.
Peixes - Aqui, na etapa final, Peixes representa a morte da personalidade e a liberação
da alma de seu cativeiro e o retorno à sua função de Salvador do mundo. Está terminada a
grande realização e sofre-se a morte final. "Não existe mais o mar", diz o antigo livro, o que
significa inevitavelmente "a morte dos peixes" e a liberação da vida que estivera prisioneira
para novas formas ou novos ciclos da divina Aventura.
Esta Cruz Mutável, da qual Peixes é um dos braços, é predominantemente a Cruz das
"repetidas encarnações", dos diversos experimentos nos vários signos e regentes
ortodoxos, e das inumeráveis experiências que conduzem a sucessivas e continuas
expansões de consciência. É, portanto, a cruz do Filho de Deus, o Cristo encarnado, embora
seja - em relação a esta Cruz - a Cruz do Cristo planetário, assim como a Cruz Fixa é a Cruz
do Cristo individual em cada ser humano e a Cruz Cardinal é a Cruz do Cristo cósmico. É
preciso notar que a Cruz de que estamos tratando aqui é a cruz da massa, e a consciência
que ela exemplifica é a consciência instintiva e sua fusão com a consciência intelectual; é a
Cruz da anima mundi e a da alma humana antes que a consciência da dualidade se torne
clara à mente do homem e antes de ocorrer a transferência para a Cruz Fixa.
Consequentemente, está mais estreitamente ligada à Cruz Cardinal dos Céus, porque a
consciência de massa - que é a consciência significativa da Cruz Mutável- transforma-se em
consciência grupal ou consciência sintética da divindade, após atravessar o período
intermédio ou "interlúdio vital" da intensa autoconsciência, do homem na Cruz Fixa. Este
interlúdio humano é uma seção transversal no desenvolvimento da consciência, mas a
ênfase mais importante é sobre o desabrochar da consciência de massa de todos os reinos
da natureza até atingir a consciência grupal dos três reinos superiores através da mediação
do reino humano, o qual- graças ao seu tipo peculiar e específico de percepção - pode
estabelecer a ligação entre as expressões superiores e inferiores da divindade. É aqui, e
nesta conexão, que o signo de Peixes é de tamanha importância, por ser o signo da
mediação. A mediunidade, em seu verdadeiro significado, expressa a consciência de massa
- impressionabilidade, negatividade e receptividade. Estes pontos tornar-se-ão mais claros à
proporção que formos estudando os signos e suas múltiplas inter-relações. A ideia que
desejo transmitir-lhes aqui é que, nesta etapa, a influência de Peixes sobre o arco
involutivo, e à medida que o Sol retrocede através dos signos, é fortemente sentida na
anima mundi e no Cristo oculto, encarnado e aprisionado; o germe da vida crística é
psiquicamente impressionado, tomando-se constantemente mais sensível a essas
impressões psíquicas, arrastado pelo desejo sempre cambiante, constantemente ciente de
todos os contatos que o invadem, porém não é ainda capaz de interpretá-los corretamente,
porque a mente ainda não foi adequadamente desperta em Virgem. Este Cristo oculto é
incapaz de libertar-se do "contato com a Água". Aquele ponto é eventualmente alcançado
com grande rapidez, e o está sendo na presente etapa humana, onde uma mudança maior
é desejada, mudança esta que é o resultado de muitas mudanças menores. A mudança é
sempre necessária, porém o todo passa, da constante variabilidade e mutabilidade da Cruz
68
Mutável, para certas mudanças de tipo maior que são provocadas por uma tendência vital
mais permanentemente direcionada.
Nesta etapa, o homem tem dentro de si as potências e características do Cristo que
nele habita, mas que ainda não se manifestam e são apenas possibilidades latentes, porque
ele ainda é inteiramente controlado pela sua natureza-forma (a prisão) e seu meio
ambiente. Os poderes ocultos da alma estão negativos, enquanto os poderes da natureza-
forma estão positivos e começando a encontrar expressão cada vez mais potente. As
tendências naturais do homem espiritual estão inibidas (Peixes é frequentemente um signo
de inibição e empecilhos), ao passo que os poderes da natureza animal e da personalidade -
particularmente os poderes emocionais - são as qualidades óbvias e visíveis do homem.
Grande parte do Simbolismo relacionado com o Cristo latente e a personalidade expressada
exteriormente, pode ser encontrada se estudarmos a história bíblica de Jonas e a baleia.
Não há tempo para entrar em detalhes aqui, mas essa é uma parábola que diz respeito à
etapa pisciana da consciência e do despertar da consciência crística com a consequente
disputa que tal fato provoca. Jonas representa o Cristo oculto, aprisionado, desperto para
os perigos da situação, e a baleia de grande tamanho representa a servitude da encarnação
e da personalidade.
É neste signo dual que a alma aprisionada e a personalidade entram naquele processo
que transmutará:
1 - A natureza inferior em manifestação superior.
2 - Os poderes psíquicos inferiores em faculdades espirituais superiores, isto é:
a - A negatividade, em controle positivo da alma.
b - A mediunidade, em mediação.
c - A clarividência, em percepção espiritual.
d - A clariaudiência, em telepatia mental e, finalmente, em inspiração.
e - O instinto, em intelecto.
f - O egoísmo, em divino desprendimento.
g - A aquisição, em renúncia.
h - A autopreservação em serviço mundial impessoal.
i – A autopiedade em compaixão, comiseração e divina compreensão.
3 - A inibição espiritual e mental, em expressão da alma e sensitividade mental.
4 - A devoção às necessidades do eu, em desenvolvida devoção e resposta às
necessidades da humanidade.
5 - O apego às condições do meio ambiente e da personalidade (identificação com a
forma) em afastamento da forma e habilidade em identificar-se com a alma.
O médium comum de grau inferior é o exemplo mais destacado dos piores aspectos de
Peixes - negatividade, impressionabilidade, sensitividade animal e emocional, com total
ausência de desenvolvimento do princípio mental.
Seria interessante averiguar cientificamente duas coisas:
1 - Se a maioria dos médiuns de grau inferior (especialmente os médiuns de transe)
têm, em seus mapas, Peixes em forte dominância.
2 - Se os médiuns que se estão tornando mais positivos e autocontrolados e começam
a vislumbrar, no seu trabalho, correspondências mais elevadas - atividade interpretativa e
mediadora - não apresentam Virgem com real potência e atividade. Isto poderia indicar o
69
início do despertar da mente, e que, finalmente, a influência controladora se deslocou da
regência planetária ortodoxa para a de planetas mais esotéricos. Poder-se-ia acrescentar
que o espiritismo e o trabalho do movimento espírita estão sob influência de Peixes com
Câncer ascendente, ou em algumas etapas, o inverso - de Câncer com Peixes ascendente.
No que diz respeito aos raios que se expressam através dos regentes planetários, os
quais absorvem, ou colaboram com as influências Peixes e assim influenciam o nosso
planeta e a humanidade, encontramos uma situação muitíssimo interessante. Dois raios
maiores expressam-se através dos regentes ortodoxo e esotérico de Peixes: o 1º Raio da
Vontade e Poder, focalizado através de Plutão, e o 20 Raio do Amor-Sabedoria. É a
interação destas potências duais que:
1 - Produz a dualidade deste signo.
2 - Provoca o maior problema de Peixes - a sensitividade psíquica.
3 - Dá origem à atração do Caminho, primeiramente o caminho da evolução, e mais tarde, à
atração do caminho probacionário, com a consequência de que a transferência para a Cruz Fixa
(que é tudo que podemos inteligentemente compreender) começa realmente em Peixes; embora
impulsionada (se posso usar tal palavra) em Áries, ela começa e termina em Peixes.
4 - Precipita o processo de transmutação e o eventual escape através da morte.
S - Revela o significado, a atividade e a beleza da morte e do trabalho do destruidor.
Diante de tudo isto, torna-se evidente quão importante e poderoso é este signo. Através de
seu regente ortodoxo, Júpiter, aquela força é trazida para suportar "aquilo que a tudo une" e, neste
caso, liga os dois peixes numa relação funcional. É, consequentemente, a atividade da força do 2°
raio que relaciona e junta alma e forma, e esta potência magnética descreve de forma peculiar a
atividade de Peixes. Sob outro ângulo, e num signo dual, pode-se também vê-la atuando em
Gêmeos. Em Peixes, demonstra-se essa relação sob o ângulo do cativeiro: os dois peixes são
incapazes de escapar um do outro; em Gêmeos, há também uma relação definida entre os dois
irmãos, porém eles não estão amarrados, o que indica que, nesse relacionamento, estão latentes a
livre escolha e a livre determinação. Em relação à dualidade menor encontrada em cada ser
humano - cabeça e coração, mente e amor, vontade e sabedoria - o trabalho de Júpiter é
desenvolver essas duas qualidades e trazê-las à interação sintética. Finalmente, terá que haver a
fusão total do amor e da mente antes que um salvador mundial possa manifestar-se e atuar
eficientemente, e este é, preeminentemente, o resultado final das forças da Cruz Mutável, ao
desenvolver as qualidades liberadas pelos planetas ativos em Peixes, Sagitário, Virgem e Gêmeos.
São eles:
Ortodoxos - Júpiter e Mercúrio.
Esotéricos - Plutão, Terra, Lua (encobrindo Vulcano) e Vênus.
Como já sabem, Plutão representa a morte ou a região da morte; a Terra representa a esfera
de experiência; a Lua ou Vulcano representa a glorificação da matéria através da purificação e
desapego, e Vênus representa a emergência do princípio do amor através do poder diretivo da
mente. Seria interessante que os estudantes desenvolvessem, por si mesmos, as implicações aqui
contidas. A astrologia ortodoxa atribui somente dois planetas a estes quatro signos, o que em si
mesmo indica uma definida interação. Júpiter e suas influências indicam que o caminho da
encarnação é o método "benéfico" do desenvolvimento evolutivo, e que o caminho do amor-
sabedoria (2° raio) é o caminho que a humanidade tem que seguir. Mercúrio indica que a linha de
menor resistência para a humanidade é a harmonia através do conflito, porque Mercúrio expressa a
70
energia do 4° raio, que é a energia búdica, intuicional e expressiva do Cristo, pois Mercúrio e o Sol
são um. Porém, os planetas esotéricos são mais explícitos em suas inferências e o homem - quando
pronto para receber suas influências - parece responder a elas de maneira quádrupla, o que não
acontece quando ele está nas etapas iniciais. Essas respostas são os reconhecimentos e as reações
que condicionam a consciência do homem quando ele se está preparando para transferir-se da Cruz
Mutável para a Cruz Fixa. Assim, por intermédio de:
1 - Vênus, ele fica sob o poder da mente, transmutada em sabedoria pela instrumentalidade
do amor;
2 - Lua, ele fica sob a escravidão da forma para que através da experiência na forma venha a
alcançar a libertação e a "elevação da matéria" em Vulcano;
3 - Terra, ele fica sob a influência da experiência planetária (que é diferente da experiência
individual) para transmutar sua consciência pessoal em percepção grupal.
4 - Plutão, fica sob o poder destruidor da morte - morte do desejo, morte da personalidade e
de tudo aquilo que o prende entre os pares de opostos - para alcançar a liberação final. Plutão, ou
morte, jamais destrói o aspecto consciência.
Seis planetas, portanto, governam a Cruz Mutável, no que concerne humanidade, o que em si
mesmo, é significativo, uma vez que seis é o número do grande trabalho do período de
manifestação, é o número da "Besta", que é a nossa natureza inferior, e é tudo aquilo que procura
destruir vida superior, mas também aquilo que pode ser, finalmente, controlado e direcionado pela
alma. O significado dos números tem seu lugar na Astrologia esotérica, e a numerologia é, per se,
um ramo desta ciência. Amor - Mente - Experiência - Forma - Compreensão Humana - Morte: são
estas as notas-chave da quarta Hierarquia Criadora, o reino humano, e estão corporificadas nas
influências que jorram através destes planetas a partir dos signos a eles aliados. Pela
atividade destas forças funcionando nesta etapa por meio da Cruz Mutável, o homem é
levado a uma grande Crise de Polarização e a um ponto de mudança básica para a qual
todas as muitas mudanças anteriores o preparam.
Sob um ângulo diferente, estas palavras são também as que governam os processos
sofridos no Caminho do Discipulado e da Provação. É tarefa do discípulo compreender-lhes
o significado de modo prático e efetivo e lidar com as energias liberadas por estes planetas,
subordinando-as às energias liberadas pela Cruz Fixa, na qual ele agora se encontra, e assim
aumentar-lhes a potência por meio de combinação ocultista. É pela sua resposta inteligente
e ativa às energias liberadas, e seu domínio sobre elas na experiência inicial na Cruz
Mutável, e depois, relacionando-as às potências desencadeadas sobre ele, enquanto
crucificado na Cruz Fixa, que ele aprende a preparar-se para os grandes doze testes em
todos os doze signos, para os quais a experiência das duas Cruzes o prepara.
Peixes governa os pés, e por isso toda a ideia de progresso, de atingir o objetivo, e de
palmilhar o Caminho de Retorno está subjacente à revelação espiritual do grande ciclo pelo
qual estamos passando; também a Era de Peixes, o ciclo menor do qual estamos
atualmente saindo, originou todo o ensinamento dado pelas religiões mundiais acerca das
várias etapas do Caminho de Retorno. Alguns astrólogos afirmam que Peixes governa os
processos procriativos. Eles estão essencialmente corretos, porque quando o homem se
aproxima do Caminho ou já está nele, ele deveria tornar-se cada vez mais criativo - num
sentido superior - e os processos físicos geradores devem dar lugar, esotericamente, à
regeneração e à criação no plano mental, em vez de apenas no plano físico. Esta função
71
criativa superior torna-se possível sob a influência da aspiração e intuição. Isto começa a
acontecer quando os quatro regentes esotéricos suplementam a atividade dos dois
regentes ortodoxos. É interessante notar que o astrólogo Alan Leo sugere Netuno como
uma alternativa para Júpiter. Ele pressentiu e tocou num mistério de iniciação, embora não
percebesse a magnitude de sua descoberta. Netuno focaliza a influência de Peixes no que
concerne à humanidade como um todo, e não apenas ao homem individual, porém isto só
acontece próximo às etapas finais do Caminho do Discipulado. A humanidade hoje está
rapidamente se aproximando da posição de Discípulo Mundial, e intuindo isto, sugere
Netuno como uma alternativa para Júpiter.
Esotericamente, a razão para Vênus estar exaltada em Peixes tem conexão com a
relação de Peixes com o signo de Gêmeos, do qual Vênus é o regente esotérico, e também
com o fato de que Vênus é o alter ego da Terra, e estar intimamente ligada ao reino
humano. Este assunto é por demais vasto e complicado para ser detalhado aqui, mas é um
ponto a ser lembrado. Em Peixes, como já vimos, os dois peixes estão presos um ao outro, e
isto é um símbolo do cativeiro da alma na forma, anterior à experiência na Cruz Fixa. Em
Gêmeos, os dois gêmeos são símbolos da mesma dualidade básica, porém, a experiência de
muitas e variadas encarnações realizou o seu trabalho, e a Atadura (que une os dois peixes)
está em processo de dissolução, porque parte do trabalho de Plutão é cortar o fio que
prende, uma à outra, as duas vidas opostas". É tarefa de Vênus reunir as vidas separadas,
porém sem fio que as prenda". Por isso Vênus está exaltado em Peixes e ao fim do ciclo
maior, os Filhos de Deus que são os Filhos da Mente ascendem à glória, por meio da
experiência e crucificação, porque aprenderam a amar e raciocinar corretamente. As
Influências de Peixes, Gêmeos e Virgem fundem-se e mesclam-se finalmente
(simbolicamente, a Cruz deve sempre tornar-se a linha e, a seguir, o ponto). Sagitário, que é
esotericamente governado pela Mãe-Terra, produz aquelas condições pelas quais o próprio
Caminho alcança a glorificação. Consequentemente, temos ao fim da era, (refiro-me aqui à
volta maior do zodíaco, e não a qualquer ciclo menor) a glorificação de Vênus (de Virgem, a
Virgem), e da Mãe-Terra - dois planetas e uma constelação - e todos eles são potências que
produzem definidas mudanças no nosso sistema solar. Eles representam as três potências
divinas da matéria e da substância, mais a força de Sagitário que as impele para uma
consumação ainda maior. Há um vasto e interessante campo de pesquisa a ser descoberto
em relação:
1 - ao Planeta Vênus - regente da constelação de Gêmeos.
2 - à Terra, sobre a qual vivemos, frequentemente chamada Mãe-Terra.
3 - às Deusas-Peixe, do signo de Peixes.
4 - à Virgem, da Virgem.
Gêmeos e Sagitário estão vinculados pelos seus regentes planetários (porque a Terra
está mais intimamente ligada a Vênus do que a qualquer outro planeta) e assim temos
novamente as seis potências que produzem a liberação da servidão da forma, na qual
entramos em Câncer, no que se refere à humanidade (quer dizer, o nascimento do reino
humano), e em Peixes, no que se refere ao homem individual.
Ao destacar o significado dos fatos acima, não estou considerando as razões
astrológicas ortodoxas para a exaltação e queda de certos planetas em certos signos; meu
interesse é o efeito da influência crescente ou minguante sobre o sujeito - o homem.
72
Tenham isto em mente e, ao mesmo tempo, lembrem-se que estamos ocupados com a
Grande Ilusão, que é a tarefa máxima do homem neste particular ciclo mundial dominar e
dissipar, e assim inaugurar o reino do Real. A revelação do Real é a tarefa que todos os
iniciados empreendem após a última experiência das doze provas finais nos doze signos.
Portanto, quando dizemos que, o poder de Mercúrio está diminuído em Peixes e que ele
finalmente está em queda naquele signo, qual é o significado esotérico e espiritual desses
termos? Simplesmente, que após a etapa de iniciação em Capricórnio, como resultado da
reversão da roda e das consequentes experiências, e após o triunfo em Escorpião, o poder
da mente diminui continuamente até que afinal, (como outros aspectos da vida da forma
nos três mundos), termina, e seus aspectos de significado e iluminação entre a alma e o
cérebro físico não são mais necessários. O homem, tendo chegado definitivamente à plena
consciência da alma, não mais necessita um mediador, mas sim, lida, ele próprio,
diretamente com sua fonte emanadora. Encontramo-nos novamente com Mercúrio, sob
outro nome, desta vez como o Sol, mediador entre os aspectos superiores - alma e espírito
- porque Mercúrio e o Sol são um. Através de Mercúrio, a mente iluminada e é estabelecida
a relação entre a personalidade e a alma. A medida que Mercúrio, o Sol - o mediador - se
transfere para um plano ainda mais elevado, já não é o mediador entre duas diferentes
etapas de consciência, mas entre a vida e a própria consciência; isto é algo muito diferente
e produz a compreensão superior. Forçosamente isto, hoje, é incompreensível para vocês,
porque esta não é uma mediação entre diferenças, e sim uma fusão daquilo que Já fora
relacionado. Será algum de vocês capaz de compreender esta afirmação?
Este mesmo modo de interpretação tem que guiar-me, também, para compreender os
três decanatos. Leo e Sepharial apresentam uma lista de decanatos muito semelhante mas,
ainda assim, com uma importante diferença. Leo está mais próximo da interpretação
esotérica da astrologia, enquanto Sepharial é puramente exotérico. De acordo com
Sepharial, os três decanatos são governados por Saturno - Júpiter - Marte, oferecendo
oportunidade para esgotar - com sucesso - o carma e indicando o método empregado: o do
conflito e da guerra. Leo assinala Júpiter, a Lua e Marte. Ele indica, portanto, o sucesso
inerente ao discipulado provado e o consequente preparo para a iniciação, o ver a visão
com a qual Júpiter recompensa o discípulo, e a experiência que Vulcano proporciona. Até
então, Vulcano estava oculto, porém sua influência paulatinamente superou todo o
controle lunar, pois a personalidade ou vida da forma é perdida de vista, diante da
radiância do Sol, a alma. A luz de Vulcano e a luz do Sol tornam-se uma luz apenas, e os três
- Mercúrio, Vulcano e o Sol simbolizam a síntese e a radiância que eventualmente
obscurece a luz de Mercúrio, que "cai" para segundo plano, enquanto que Vulcano também
se torna invisível, e somente o Sol permanece. Em consequência, temos uma visão do Sol, a
experiência e o esforço da personalidade, que é o método de realização governado por
Marte.
As palavras-chave deste signo apresentam implicações óbvias. Quando se referem à
personalidade e a roda gira de forma normal para as pessoas comuns, não-desenvolvidas, a
Palavra é: "E a Palavra disse, Penetra na matéria". O comando que a alma dá ao seu
instrumento durante as etapas iniciais da evolução é ouvido e a resposta vem
imediatamente, partindo daquele que “cega a alma à verdade, e mantém-na em vil
cativeiro". Vocês são perfeitamente capazes de interpretar estas palavras, sob o seu
73
próprio ponto de vista - o único que lhes será útil- indicando-lhes o que está por trás do
caminho da evolução, em que ponto do Caminho vocês se encontram agora, e qual o passo
imediato seguinte, a visão, a experiência e o esforço que os esperam adiante.
Ao finalizar o que tenho a dizer sobre a constelação de Peixes, darei uma sugestão
prática que poupará os estudantes de muitas dificuldades ao longo deste trabalho. A
proporção que forem lendo, reúnam as informações dadas sobre quaisquer dos signos,
planetas, ou constelações principais. Terão então diante dos olhos a informação necessária
sobre qualquer ponto específico e poderão estudar, com sucesso, esta complicada
astrologia de transição. Ainda assim, será ela mais complicada para o iniciante do que um
livro sobre física ou química? Penso que não. O que realmente complica o problema é o
vosso sentimento de dúvida e o questionamento quanto à veracidade e comprovação das
afirmações feitas. Todavia, o iniciante em química tem que aceitar as afirmações do
especialista autor dos textos dos livros, e assim o faz, até chegar o momento em que ele
próprio possa verificá-las através de experimentos. Vocês poderão retorquir dizendo que as
conclusões apresentadas foram testadas, durante séculos em alguns casos, e durante
décadas em outros, o que não deixa lugar para dúvidas. Isto aplica-se igualmente à ciência
da astrologia, pois seus fundamentos têm sido testados há milhares de anos e têm-se
comprovado corretos, e seus especialistas são mais sábios, mais sintéticos e mais
impessoais em sua aplicação da ciência do que qualquer outro grupo de cientistas. Refiro-
me aqui aos verdadeiros astrólogos que estão por trás do movimento astrológico no mundo
de hoje. Lembrem-se disto e imaginem-se como iniciantes, deixando de lado as conclusões
até que tenham captado um pouco mais os pontos essenciais e a teoria. Em alguns casos, a
astrologia exotérica já os terá preparado para isso.
74
AQUÁRIO, O PORTADOR DA ÁGUA
84
CAPRICÓRNIO, A CABRA
Este é um dos signos mais difíceis de descrever, pois dentre os doze signos, como
sabemos, é o mais misterioso. É o signo da Cabra, que busca seu sustento nos mais
rochosos e áridos lugares do mundo e, por isso, relaciona o homem com o reino mineral; é,
também, o signo dos Crocodilos, que vivem parte na água e parte em terra firme; é,
espiritualmente, o signo do Unicórnio, aquele "animal que luta e triunfa", dos antigos
mitos. Sob o simbolismo desses três animais, este signo nos oferece um quadro bastante
completo do homem, com os pés sobre a terra, e não obstante, correndo livre e escalando
as alturas da ambição mundana, ou da aspiração espiritual, em busca daquilo que ele
compreende (em qualquer momento dado) ser a sua maior necessidade Como Cabra, ele é
homem, terreno, humano, sequiosamente em busca da satisfação do desejo; ou homem, o
aspirante, igualmente egoísta à caça da satisfação de sua aspiração. Este signo descreve o
homem, um animal ambicioso nos dois sentidos da palavra: na etapa inicial da Cruz
Mutável, homem, a combinação do desejo (água) e da natureza animal (terra), e na roda
reversa, homem, a combinação da alma e da forma. Ele também nos dá a descrição do
iniciado triunfante, o "unicórnio de Deus", o símbolo do unicórnio, com seu único chifre se
destacando como uma lança única de sua fronte, em vez dos dois chifres do bode limpador.
É interessante estudar os três signos em que os animais têm chifres: Áries, os chifres
voltados para baixo do carneiro, significando a entrada em manifestação, o ciclo involutivo
e a experiência da Cruz Cardinal ao expressar a Vontade-de-manifestar de Deus. Taurus, os
chifres voltados para cima, do Touro, com o círculo por baixo, descrevendo o impulso do
homem, o Touro de Deus, para a meta da iluminação e a emergência da alma da servidão
com os dois chifres (dualidade) protegendo o "olho de luz" no centro da fronte do Touro;
este é o "olho único" do Novo Testamento que faz o "corpo todo ficar cheio de luz". Depois
Capricórnio, a Cabra, relacionada particular e estreitamente a Áries, mas ocultando (como
um cego esotérico) o simbolismo do Unicórnio no qual os dois chifres e o olho único se
fundem e são representados pelo longo chifre reto do unicórnio no centro da fronte.
Por trás de tudo o que ficou dito acima jaz o mistério dual de Leo, pois Leo é - no que
concerne à humanidade - a chave ou pista para todo o zodíaco, e ao redor da constelação
de Leão encontram-se dois grandes mistérios:
1 - O mistério da Esfinge, conectado com a relação entre Leão e Virgem, e ligado ao
segredo dos Anjos Solares. Não é o mistério da alma e da forma, mas sim o mistério da
mente superior e inferior e sua mútua relação.
2 - O mistério do Leão e do Unicórnio. Este segredo está preservado para nós numa
antiquíssima canção infantil sobre "a subida do leão e do unicórnio para a cidade" e
contém, de modo peculiar, o segredo da iniciação da "subida" do ser humano até o portal
de entrada para a Hierarquia e também "a elevação mística" da qual a Maçonaria tem a
chave. Isto trata da emergência da consciência do iniciado (branca e uni-direcionada) e da
derrota do rei dos animais (a personalidade) que conduz ao triunfo da consciência grupal e
da consciência mundial, do altruísmo e da iluminação sobre a autoconsciência e o egoísmo.
Na verdadeira versão deste antigo mito o leão é cego e morto pelo chifre do Unicórnio que
lhe atravessou o olho e o coração
85
O símbolo deste signo é intencionalmente indecifrável. Chamam-no, às vezes, "a
assinatura de Deus". Não tentarei interpretá-lo para vocês, em parte porque ele jamais foi
corretamente desenhado, e em parte porque o seu correto delineamento e a habilidade do
iniciado para decifrá-lo produz um influxo de força que não seria desejável, exceto após a
devida preparação e compreensão. É muito mais potente que o pentágono e deixa o
iniciado "desprotegido".
Num antigo tratado astrológico que nunca veio à luz do dia mas que, quando houver
chegado a hora, será descoberto, a relação entre os animais com chifres do zodíaco é assim
descrita:
"O Carneiro, o Bode Expiatório e a Cabra sagrada são Três em Um e Um em
Três. O Carneiro torna-se o segundo e o segundo é o terceiro. O Carneiro, que cria e
fertiliza tudo; o Bode Expiatório, no deserto, redime tudo; a Cabra sagrada, que se
funde no Unicórnio e assim fundida ergue-se sobre o chifre dourado da forma
vencida - nisto se oculta o mistério".
Está evidente aqui que há três mistérios ocultos nos três signos cornutos:
Em seus dois aspectos, superior e inferior, estes signos guardam o segredo do "corno
da luta e o corno da abundância submetidos ao corno vida e por ele guardado". Há também
um antigo provérbio que diz: "O carneiro - depois que se transformou no Bode Expiatório,
procurou a iluminação como o Touro de Deus, e subiu até o topo da montanha como Cabra
- troca sua forma pela do Unicórnio. Grande é a chave oculta".
Ampliando um pouco mais este simbolismo, podemos dizer:
1 - O Carneiro nos conduz à vida criativa da Terra e à escuridão da matéria. Isto é o azul
da meia-noite.
2 - O Touro nos conduz aos lugares do desejo em busca de "furiosa satisfação". Isto é o
vermelho da cobiça e da ira, que oportunamente se transformará na luz dourada da
iluminação.
3 - A Cabra nos conduz a áridos caminhos em busca de alimento e água.
86
Isto é a "necessidade pelo verde", mas a Cabra é igualmente capaz de subir para o
cume da montanha.
Esta é a experiência da Cruz Mutável em conexão com este três signos. Na Cruz Fixa:
Câncer
A Cruz Cardinal "Os dois Portais estão totalmente abertos".
Capricórnio
Touro
Leão A Cruz Fixa "Os Discípulos dominam o mundo".
Escorpião
Gêmeos
A Cruz Mutável "A salvação do mundo é hoje possível".
Peixes
95
SAGITÁRIO, O ARQUEIRO
Este signo, como sabem, é peculiarmente um signo humano e está conectado de
forma definida com o aparecimento da humanidade sobre a Terra. Há três signos zodiacais
que estão mais intimamente ligados ao homem do que qualquer um dos demais. São eles:
Leão, Sagitário e Aquário. De forma peculiar (mas ainda não provada) eles estão
relacionados com os três aspectos de corpo, alma e espírito. As seguintes concisas
afirmações de profundo significado implícito servirão para tornar isto mais claro:
102
Uma análise disto mostrará que as "forças do conflito" são poderosas neste signo,
principalmente na vida do discípulo. A Harmonia através do Conflito está incessantemente
ativa e aparece nas atribuições quer ortodoxas quer esotéricas, O poder destrutivo do 1º
raio, focalizado em Plutão, provoca mudança, escuridão e morte. A esta intensidade e
potência de Plutão tem que ser somada a vigorosa e dinâmica energia, assim como o
indivíduo, sob a lei da disputa, desta vez baseada no 6° Raio da devoção a um ideal-elevado
ou inferior. Tudo isto atua sobre o indivíduo nascido no signo de Sagitário, assim como
sobre a 4ª Hierarquia Criadora como um todo. Como podem ver, isto introduz uma situação
terrificante, e as forças que atuam sobre o discípulo são de natureza momentosa - desde
que o mecanismo de percepção seja adequado a responder. Estas forças estão sempre
presentes em todos os signos, porém a receptividade e a sensibilidade ao seu impacto
depende da natureza do aparelho de resposta. Reflitam sobre este pensamento, porque é
esta sensibilidade que marca a diferença entre o discípulo e o homem comum. Estas
influências planetárias são distintivas dos Filhos da Mente originários de Vênus; elas são
características dos Senhores do Sacrifício e da Vontade - funcionando no tempo e no
espaço como a 4ª Hierarquia Criadora. A vida da forma é regida pela Lua que vela um
planeta oculto; estes Filhos da Mente vivem na Terra e, portanto, dentro do corpo do Logos
planetário e são de natureza definitivamente inteligente, o que faz deles os Senhores do
Conhecimento que atingem seu objetivo através da luz da mente e através do método do
conflito, porque eles são também os Senhores da Incessante e Perseverante Devoção.
Todos os nomes acima relacionados com os planetas que governam Sagitário, serão
reconhecidos pelos estudantes de A Doutrina Secreta. São os "nomes das qualidades" dos
Divinos Manasaputras os Agnishvattas - que somos nós mesmos.
Um estudo do parágrafo acima indicará a importância do signo de Sagitário na vida
dos encarnados Filhos de Deus.
Quero ressaltar também que, através de Júpiter e suas influências, Sagitário está
relacionado com três outras grandes constelações:
1. Peixes - Exotericamente, indicando a meta final para o homem.
2. Aquário - Esotericamente, indica o propósito de toda evolução material e o objetivo
de todos os processos da encarnação.
3. Virgem - Hierarquicamente, indica o propósito do Cristo Cósmico.
Tanto a Terra quanto Saturno (um planeta não-sagrado e um sagrado) são planetas
expoentes ou expressões do 5° Raio da Inteligência Ativa, e a relação deste raio serve para
relacionar as influências de Capricórnio com Sagitário, e assim provendo um campo de
energia onde o discípulo centralizado, unidirecionado, pode finalmente tornar-se um
iniciado. Esta é a meta predeterminada do indivíduo nascido em Sagitário - seja ela a
iniciação em uma forma de experiência sensória ou um empreendimento espiritual
consciente. O resultado de toda a experiência, em qualquer dos signos do zodíaco, deve
definitivamente traduzir-se como uma expansão de consciência e, seja qual for a forma que
esta experiência possa tomar, ela é consumada numa iniciação de um tipo ou de outro. Os
estudantes deveriam olhar a iniciação como um processo determinante na vida e esforçar-
se para que toda a experiência ou ciclo de experiência da vida resulte em uma iniciação
para um campo mais amplo de percepção, de expressão e de resultante contato.
Pouco mais preciso dizer ou comentar nesta etapa do estudo. O homem que se está
103
aproximando do caminho do discipulado ou que já é um discípulo - aceito e sob observação
- muito lucrará com um estudo profundo e sistemático deste signo. Sugiro que o estudante
tenha em mente a posição deste signo. Escorpião fica entre dois signos de equanimidade
ou equilíbrio: Sagitário e Libra. Libra marca um interlúdio ou um notável ponto de
estabilidade que antecede a árdua prova e tormento de Escorpião. Sagitário marca outro
ponto de estabilidade depois dessas provas, porque o Arqueiro tem que adquirir e manter
estáveis e firmes o olho, a mão e a postura antes de desferir a flecha que - quando
corretamente direcionada e corretamente seguida - o conduzirá através do portal da
iniciação.
Ao estudar Sagitário torna-se óbvio que um dos mais importantes temas é o da
Direção. O Arqueiro está guiando seu cavalo para algum objetivo específico; ele envia ou
dirige sua flecha para um ponto desejado; ele mira um alvo específico. Este sentido de
direção ou orientação é característico do homem esclarecido, do aspirante e discípulo, e
este é um reconhecimento sempre crescente. Quando esta faculdade sensitiva de direção é
corretamente desenvolvida, torna-se, nas etapas iniciais, um esforço para identificar toda
atividade da alma e da personalidade com o plano de Deus, isto é, em última análise, a
direção ordenada do pensamento de Deus. Não há verdadeira direção separada do
pensamento, e vocês devem lembrar-se que o pensamento é poder. Todos os discípulos
deveriam meditar sobre esta afirmação, porque serão incapazes de alcançar uma real
compreensão da direção do Plano de Deus a não ser que trabalhem com uma fase em suas
próprias vidas que esteja subordinada à sua própria orientação mental. Somente então
poderão entender. Na roda comum da vida, o homem nascido neste signo ou com este
signo no ascendente, será, influenciado por aquilo que as antigas Escrituras hindus chamam
Kama-manas, inadequadamente traduzido por desejo-mente. Esta força dual controla e
influencia a vida; nas etapas iniciais do desenvolvimento a focalização é sobre o desejo e a
satisfação desse desejo e, nas etapas posteriores do desenvolvimento puramente da
personalidade, a focalização é sobre o controle que a mente exerce sobre o desejo. O
principal objetivo, nesta época, é o uso inteligente de todos os poderes para satisfazer,
adequadamente o desejo que é, neste caso, muito frequente, e simplesmente, a ambição
de alcançar alguma meta e realizar algum objetivo. Este processo de satisfação da
personalidade tem lugar na roda comum. Na roda reversa, a meta é expressão do amor-
sabedoria, o qual é sempre desenvolvido altruisticamente e sempre consagrado ao bem do
todo e não à satisfação individual.
Diz-se que Sagitário governa as coxas, que são o principal centro do poder físico e
força protetora, e também o centro sacro que provê energia para o uso dos poderes
criativos da vida física. Isto também é verdadeiro simbolicamente. Em Sagitário, o discípulo
tem que descobrir duas coisas dentro de si mesmo: o poder de progredir na senda e trilhar
o Caminho, e a capacidade de criação, num sentido mais elevado e espiritual. Isto diz
respeito à relação entre o centro sacro e o da garganta. Estes poderes superiores estão
ainda embrionários nas experiências sagitarianas iniciais do discípulo, porém tornam-se
mais desenvolvidas e potentes à medida que ele retorna ciclicamente à vida de experiência
neste signo.
É interessante notar que nenhum planeta está exaltado ou em queda neste signo.
Apenas uma coisa acontece: o poder de Mercúrio fica bastante enfraquecido. É por esta
104
razão que Sagitário é considerado esotericamente um signo de estabilidade, sem extremos.
Não há grande queda, como também não há exaltação. Este fato indica que o discípulo tem
que andar num caminho nivelado entre os pares de opostos, sem ser influenciado pelo
"poder de exaltação ou potência daquilo que cai". Nem o vale, nem as alturas, produz
qualquer efeito demonstrável.
Mercúrio, que é a expressão do 4° raio e também o Deus dos processos mentais, tem
seus poderes definitivamente diminuídos neste signo, esotericamente falando, por duas
razões:
Primeiro, o discípulo definitivamente deixou de identificar-se seja com a sua
personalidade e processos humanos, seja com o reino humano, antes de receber a
iniciação. Sua ênfase, daqui por diante, será sobre a alma espiritual e o quinto reino da
natureza. Ele começa a expressar esta primeira etapa em Sagitário, a qual envolve uma
completa retirada (no sentido da personalidade) do lado forma da vida. Isto, mais um vez,
acarreta (num determinado momento de crise) um ponto de estabilidade.
Segundo, o poder da mente, tendo sido desenvolvido, testado comprovado no signo
de Escorpião, começa a diminuir sua atividade e a intuição começa a tomar o seu lugar. Isto
é essencial antes que o discípulo entre no signo de Capricórnio e comece a preparação para
a iniciação.
No que diz respeito aos três decanatos de Sagitário, Sepharial dá como regentes os
planetas Mercúrio, a Lua e o Sol, enquanto Alan Leo dá Júpiter, Marte e o Sol enfatizando
como sempre o faz, o modo dos esoteristas. Ele geralmente se sintoniza com os significados
esotéricos, embora nem sempre. Júpiter dá expansão suplantando Mercúrio, porque a
mente mercurial é sempre uma limitação, ainda que apenas temporária. A Lua dá lugar a
Marte, o qual confere a qualidade da devoção e a capacidade de lutar por um ideal. Este
conceito e método idealista de trabalho é sempre característico do discipulado durante as
etapas iniciais do desenvolvimento na Senda. O Sol, que personifica o Anjo Solar,
permanece constante através dos processos exotéricos e esotéricos, e portanto a astrologia
o reconhece como uma pressão e presença constantes, o que, por si só, indica uma
significativa verdade. A alma permanece eternamente presente - no passado, no presente e
no futuro.
Para terminar apenas citarei as duas palavras-chave deste signo, uma quando ele
segue na roda comum e a outra, na roda reversa. O sentido e significação são tão óbvios
que dispensam elucidação. A injunção para o homem na roda ortodoxa é:
E a Palavra disse: "Que o alimento seja procurado".
Para o homem na roda reversa soa a Palavra:
"Eu vejo o objetivo. Alcanço este objetivo e então vejo outro". Possam as palavras
desta última injunção feita ao discípulo encontrar um significado no seu coração e mente.
105
SCORPIO, O ESCORPIÃO
Vamos agora considerar um signo que é de suprema importância na vida do homem
em evolução. Certos signos estão em relação muito estreita - através do fluxo e refluxo de
energia - em algumas das constelações maiores, as quais estão, em uns poucos casos,
peculiarmente conectadas com os signos do zodíaco. Há quatro signos zodiacais que estão
misteriosamente associados ao que - na falta de termos mais adequados - podemos chamar
"a expressão da personalidade" do próprio Logos Solar, ou o Divino Quaternário, a
quádrupla manifestação da Deidade.
Esses quatros signos são Áries - Leão - Escorpião - Aquário, e eles envolvem a
expressão da energia de um signo Cardinal e de três signos que formam parte da Cruz Fixa
dos Céus. Poderíamos expressar esta verdade de outra maneira: Deus, o Pai, a Vontade de
manifestar, inicia o processo criativo que é levado a cabo pela atividade de Deus, o Filho, o
Cristo, crucificado na Cruz Fixa dos Céus. A atividade de Deus, o Espírito Santo, implícito na
Cruz Mutável, está intimamente associada ao sistema solar anterior, e a energia deste
aspecto divino está, praticamente, totalmente ocupada em manipular as forças herdadas
daquele sistema e inerentes à natureza da própria substância. Este aspecto divino - o
Espírito Santo - representa para o todo geral da manifestação divina, o mesmo que a
natureza inferior (a vida da forma ou personalidade nos três mundos da evolução humana)
representa para alma de um ser humano. Quanto a estas três Pessoas da divina Trindade,
podemos dizer que:
1. Áries é o ponto focal do primeiro aspecto da divindade, o aspecto vontade.
2. Leão é o ponto focal para a expressão do segundo aspecto, o amor-sabedoria ou
aspecto consciência. Isto principalmente no que concerne à família humana.
3. Virgem é o ponto focal para a expressão do terceiro aspecto, a inteligência ativa.
Neste signo está simbolizada a mais elevada função da matéria.
Os quatro signos - Áries, Leão, Escorpião e Aquário - estão relacionados com as
seguintes estrelas que não são incluídas nos doze signos do zodíaco, pois elas constituem
um outro campo do relacionamento:
Áries - com uma das duas estrelas encontradas na constelação da Ursa Maior,
chamadas os dois Ponteiros.
Leão - com Polaris, a Estrela Polar, que se encontra na Ursa Menor. Escorpião -
com Sirius, a estrela do Cão.
Aquário - com Alcione, uma das sete Plêiades.
Pouco posso dizer sobre as energias que jorram destes distantes, embora potentes
pontos, para estes quatro signos zodiacais, porque elas são parte da expressão da vida de
uma Identidade incomensuravelmente superior e mais adiantada do que o nosso Logos
Solar. Não obstante, algumas sugestões poderão ajudar o astrólogo realmente esotérico,
especialmente estas sobre Escorpião. Na atual etapa da evolução humana, Escorpião
governa o Caminho do Discipulado. Deverão notar, também, como Leão-Escorpião -
Aquário formam um peculiar triângulo de força, mas este ponto será tratado no Capítulo 3,
sob o título A Ciência dos Triângulos.
Áries, como é de esperar-se, está estreitamente associado à Ursa Maior, mais
106
particularmente a uma de suas estrelas chamadas Os Ponteiros, que apontam para a Estrela
Polar - atualmente a maior "estrela de direção". Direção, vontade, propósito e plano - tudo
isto está ligado ao Logos Solar e Seus empreendimentos no que concerne às muitas vidas
que se manifestam no veículo de expressão a que nós chamamos sistema solar. Todos
respondem às influências do 1º raio, que é, para todos os efeitos, a energia da vontade
divina personificada, e que é descrita esotericamente como "o inevitável propósito
direcionado". Dentro do nosso sistema solar, Vulcano e Plutão são expressões ou
depositários da energia do 1º raio, e são, como já disse, planetas esotéricos. A primeira
indicação da verdadeira vontade espiritual somente começa a manifestar-se no Caminho do
Discipulado - daí a tardia descoberta destes dois planetas (tardia, sob o ângulo do tempo e
conhecimento humanos) porque somente neste período da raça ariana é que a
humanidade começa, até certo ponto, a manifestar evidências (apenas evidências por
enquanto) de reação ou resposta à vontade espiritual da deidade que chega ao nosso
planeta e dele para nós, via Áries, Vulcano e Plutão. Temos, portanto, a seguinte linha
direta da energia da vontade:
1. O Ponteiro, a mais afastada da Estrela Polar na constelação da Ursa Maior, e que é,
esotericamente falando, o grande reservatório ou ponto focal que leva a termo o propósito
de Deus. O Ponteiro mais próximo da Estrela Polar expressa um aspecto mais inferior da
vontade a que - em termos da humanidade - chamamos vontade própria.
2. Áries, no qual a vontade de criar ou de manifestar-se aparece e o grande
experimento divino é iniciado.
3. Vulcano e Plutão estão relacionados aos dois Ponteiros e somente agora
começaram, de modo definitivo e claro, a afetar a resposta humana. Até agora seu efeito
tem sido de natureza planetária e sem efeito algum sobre o quarto e o segundo reinos da
natureza.
4. Shamballa, o Guardião do Plano para o nosso planeta.
Leão é o signo onde a consciência da individualidade é desenvolvida, utilizada e
finalmente consagrada ao propósito divino. Está relacionado à Estrela Polar (que se
encontra na Ursa Menor) e é também peculiarmente suscetível à influência daquele
Ponteiro na Ursa Maior que está próximo à Estrela Polar. Esotericamente falando, a Estrela
Polar é considerada a "estrela da reorientação" por meio da qual é desenvolvida a arte de
"voltar a encarar e recuperar o que foi perdido". Isto, oportunamente, traz o homem de
volta à sua fonte de origem. Pode-se, portanto, deduzir que este Ponteiro, e a energia que
dele emana, guia a humanidade no caminho evolutivo, e está constantemente ativa em sua
influência sobre o homem que ainda está na Cruz Mutável. Depois, a energia do Ponteiro
mais afastado da Estrela Polar faz sentir sua presença e um sentido de correta direção ou
liderança é registrado pelo discípulo no Caminho, e tal liderança (quando seguida) aproxima
o homem da Hierarquia. É aqui que a necessidade divina de alcançar o alinhamento nos é
representada pelo simbolismo do céu, e quando este é alcançado há, então um fluxo direto
de energia divina e o homem é vinculado, de um modo novo e criativo, às fontes do divino
suprimento. Seria aconselhável que os astrólogos, ao fazer os horóscopos de discípulos, e
principalmente de iniciados, levassem em consideração os dois Ponteiros e a Estrela Polar,
que estão misteriosamente associados aos três aspectos do homem - Espírito, alma e
corpo. Mais do que isto não me é permitido falar. Posso, contudo, apresentar outra
107
sugestão. Estas três estrelas são corporificações dos três aspectos da vontade divina. São os
três aspectos de todas as expressões da divindade em manifestação que sub jazem à Ciência
dos Triângulos. Isto será elaborado mais tarde.
Um outro triângulo de energia aparece também: Áries, Leão e Estrela Polar, e eles
estão duplamente conectados por intermédio dos Ponteiros.
Escorpião está sob a influência ou emanação da energia de Sirius.
Esta é a grande estrela da iniciação porque nossa Hierarquia (uma expressão do
segundo aspecto da divindade) está sob a supervisão ou controle espiritual magnético da
Hierarquia de Sirius. Estas são as principais influências controladoras por meio das quais o
Cristo cósmico trabalha sobre o princípio crístico no sistema solar, no planeta, no homem, e
nas formas inferiores de expressão da vida. É chamada, esotericamente "a estrela brilhante
da sensibilidade". Temos pois:
Polaris - A Estrela da Direção governando Shamballa. Mais tarde outra Estrela Polar
tomará o lugar de Polaris, devido à interação de forças no universo e do deslocamento e
movimento gerais.
Mas o nome e qualidade desta estrela somente serão revelados na iniciação.
Sírius - A Estrela da Sensibilidade, que governa a Hierarquia.
Alcyone - A Estrela do Individuo, que governa a humanidade.
Pelo exposto acima, podem ver como todo o plano deste Tratado está sendo
gradualmente desenvolvido. Foi necessário indicar a natureza o propósito dos três centros
divinos - Shamballa, a Hierarquia e a Humanidade - antes que fosse possível tornar clara
esta parte do ensinamento, ou antes que pudesse indicar a natureza das energias que
fluem de distantes constelações e signos para o nosso esquema planetário.
Escorpião é a grande constelação que influencia o ponto crucial, seja na vida da
humanidade, seja na vida individual do ser humano. Pela primeira vez na história tanto da
humanidade quanto dos discípulos a energia de Sírius, fluindo para sete grupos que
formam a nossa Hierarquia planetária, evoca uma resposta. Quero relembrá-los de um fato
básico no processo evolutivo que a astrologia, com o tempo, provará cientificamente, além
de qualquer controvérsia: o fato de que energias e forças fluem para nosso sistema e vidas
planetárias ininterruptamente, potentemente e ciclicamente. Não obstante, são
consideradas hoje como existentes apenas quando evocam uma resposta definida. Elas se
originam de inumeráveis fontes estranhas ao nosso sistema e esquemas planetários,
porém, até que o homem responda a elas e as registre, cientistas e astrólogos não as
reconhecem e é como se elas não existissem. Este é um ponto a ser lembrado porque, ao
prosseguir no ensinamento, poderei indicar algumas fontes de energia ativa sobre o nosso
sistema e seu conteúdo, que não sejam ainda do seu conhecimento. A dificuldade residirá,
não na minha falta de exatidão, mas sim, na falta de sensibilidade no mecanismo de
resposta que a humanidade e os discípulos utilizam atualmente.
Em relação ao caminho do discipulado, temos as seguintes linhas de "energia
influente":
1. Sirius - trabalhando de modo sétuplo através de sete raios e seus sete grupos, já que
eles constituem a Hierarquia ativa.
2. A Cruz Fixa - uma fusão das quatro principais energias, que fluem para o nosso
sistema solar, para o planeta e através da humanidade.
108
3. Escorpião - Um aspecto da Cruz Fixa, de peculiar e especializada potência no
Caminho do Discipulado, e que com suas provas e experiências, prepara:
a) O processo de reorientação, quando o homem passa para a Cruz Fixa e deixa a
Cruz mutável.
b) o discípulo para a 1ª, 2ª e 3ª iniciações. Depois da 3a iniciação, sua peculiar
potência probatória não mais se faz sentir.
4. A Hierarquia - A agência de distribuição para os vários reinos da natureza.
5. Marte e Saturno - Estes dois planetas são excepcionalmente potentes no que
concerne à iniciação à vida Hierárquica: Marte é potente em relação a Escorpião, e Saturno,
em relação a Capricórnio. Isto envolve intensificada atividade do 6° e 3° raios e suas
energias que, quando corretamente empregadas, produzem a liberação do controle da
forma e a libertação da consciência individual.
Aconselho mais uma vez aos astrólogos, trabalharem com esta linha de fusão de
forças, estudando suas implicações e efeitos na vida do discípulo.
Aquário relaciona a humanidade às Plêiades, e portanto a Touro, de modo pouco
comum. A chave para esta relação está na palavra desejo, conduzindo - por meio dos
processos de transmutação da vida de experiência - à aspiração e, finalmente, ao abandono
do desejo em Escorpião. Aquário, Alcyone e a Humanidade formam um interessantíssimo
triângulo de força. Alcyone é uma das sete Plêiades e chamada "a estrela do Indivíduo", e
às vezes, "a estrela da inteligência". Esteve potentemente ativa durante o precedente
sistema solar, quando a Terceira Pessoa da Trindade foi especialmente potente e ativa,
assim como hoje o Cristo Cósmico - a Segunda Pessoa da Trindade - é particularmente ativo
no atual sistema solar. As energias provenientes de Alcyone impregnaram a substância do
universo com a qualidade da mente. Como consequência desta antiquíssima atividade, essa
mesma força estava presente na época da individualização neste sistema solar, porque é
neste sistema e principalmente no nosso planeta, a Terra, que os mais importantes
resultados daquela atividade se fizeram sentir. Dois de nossos planetas, a Terra (não-
sagrado) e Urano (sagrado), são o produto direto da atividade do 3° Raio. É muito
importante lembrarmo-nos disso. Lembrem-se também de vincular este fato ao
ensinamento de que, por meio do centro divino de inteligência ativa a que chamamos
humanidade, o quarto reino da natureza atuará, oportunamente, como um princípio
mediador para os três reinos inferiores. A Humanidade é o divino Mensageiro para o
mundo da forma; é essencialmente Mercúrio, trazendo luz e vida para outras
manifestações divinas e disto todos os divinos Salvadores mundiais são eternos símbolos.
Este vindouro processo de serviço planetário por intermédio do terceiro centro divino
somente será verdadeiramente efetivo quando Aquário governar e quando o nosso Sol
estiver passando por esse signo do zodíaco. Daí a imensa importância dos próximos 2.000
anos. Portanto, somente quando um homem é um servidor mundial e desenvolve a
consciência grupal pode este desejado objetivo da manifestação começar a ser
demonstrado. Isto está começando a acontecer hoje pela primeira vez na história da vida
planetária. É um dos primeiros frutos da iniciação e somente na raça-raiz que se seguirá à
atual raça ariana, começaremos realmente a entender o significado do processo e a
verdadeira natureza das energias que serão liberadas para o planeta por intermédio da
humanidade. É por esta razão que Júpiter e Urano (expressões do 2º e 7º raios) são os
109
regentes tanto exotéricos quanto esotéricos de Aquário.
Temos, portanto, que estudar a seguinte linha de força:
1. Alcyone - nas Plêiades, as mães dos sete aspectos da vida da forma e "as esposas
dos sete Rishis da Ursa Maior". Estão associadas ao aspecto Mãe que nutre o Cristo-
Menino.
2. Aquário - o Servidor Mundial, o transmissor da energia que evoca resposta
magnética.
3. Júpiter e Urano - planetas que propiciam a consumação. O segundo raio do amor e o
sétimo raio, que funde espírito e matéria "para a glória final" do Logos solar, encontram-se
em plena e total cooperação.
4. Humanidade - o ponto focal de todas essas energias e distribuidor divino para o
homem individual, e mais tarde, para os três reinos inferiores da natureza.
Como veem, partindo de uma ampla generalização sobre as constelações exteriores
(exteriores ao zodíaco e ao próprio sistema solar), tornamo-nos mais específicos,
mostrando como certas estrelas nessas constelações estão definitivamente relacionadas
com o nosso planeta por meio de linhas diretas de energia; essas linhas de força
geralmente nos alcançam via um dos signos zodiacais ou vão diretamente para um planeta
- o que é extremamente raro. Também relacionamos ao nosso sistema solar outra
constelação, a Ursa Menor, que é um reflexo ou corolário das energias principais de seu
grande protótipo, a Ursa Maior ou Grande Ursa. Estes fatos contêm um grande mistério
vinculado às inter-relações da Ursa Maior, Ursa Menor e Plêiades, que constituem uma das
maiores e mais importantes triplicidades encontradas no céu, pelo menos até onde nós
podemos comprovar, astronomicamente, a natureza de nosso universo imediato. No que
diz respeito a vocês, esta é uma informação sem importância, e que só tem significado para
os iniciados do 4° grau. Serve, contudo, como mais uma evidência da integridade essencial
e das entrelaçadas dependências do universo.
Para entender melhor a natureza do discipulado e os processos de estabilização e
correto direcionamento, temos que preceder a experiência da iniciação capricorniana, com
um estudo cuidadoso das implicações espirituais do signo de Escorpião e de sua função
como provedor de "pontos de crise" e "momentos de reorientação", o que será de grande
valor para o estudante aplicado. Embora esteja tentando lançar as bases para uma nova
astrologia e apresentar algumas informações técnicas sob o ponto de vista da Hierarquia, o
motivo subjacente é sempre o mesmo: indicar o caminho do processo de viver e estimular
aquele sentido de partir para a aventura espiritual e intensa aspiração de progredir,
latentes em todos os discípulos, e que, quando estimulados, os capacitarão a progredir
mais serena e suavemente no Caminho de Retorno; do contrário, o valor prático do que
procuro comunicar, não teria valor algum. Serei entendido e a nova astrologia virá à
existência de acordo com a capacidade esotérica daqueles que lerem minhas palavras e
meditarem sobre elas. Estou profundamente ansioso para que - nestes dias em que tão
fortemente se faz sentir nos assuntos mundiais a influência de Escorpião e do planeta
Marte - o verdadeiro discernimento possa ser cultivado, desenvolvidos o otimismo e a
compreensão, e que a natureza das provas a que os discípulos do mundo, a humanidade,
estão sendo submetidos seja aquilatada pelo seu real valor para que a luz se espalhe pelo
caminho do homem. Somente por meio da compreensão a solução virá e a retificação dos
110
erros será alcançada.
São, necessariamente, três as provas de Escorpião, uma vez que são intimamente
concernentes à felicidade da tríplice personalidade em:
1.reorientar-se para a vida da alma, e mais tarde,
2.dar evidências de estar pronta para a iniciação, e
3.demonstrar sensibilidade ao Plano, e assim tornando-se um discípulo uni-
direcionado em Sagitário.
As três grandes provas são por sua vez divididas em três estágios, e no Caminho do
Discipulado o homem pode passar nove vezes por este signo de prova e experiência. O fato
destas três provas se dividirem em três etapas, pode sugerir aos astrólogos esotéricos qual
o propósito dos três decanatos em que se subdividem os signos - um ponto que espero
abordar quando estudarmos a Ciência dos Triângulos. Cada prova (e portanto, cada
decanato) está relacionada com os três aspectos que, neste Tratado sobre os Sete Raios,
chamamos: vida - qualidade - aparência. Assim, as três grandes provas em Escorpião são, na
realidade, nove provas, e daí a Serpente ou Hidra de nove cabeças estar sempre associada a
Escorpião, e também daí a natureza da estupenda vitória alcançada por Hércules, o Filho de
Deus, neste signo.
É interessante notar que cada um dos grandes Filhos de Deus cujos nomes são
proeminentes na mente dos homens - Hércules, o Buda e o Cristo - estão associados nos
arquivos da Grande Loja Branca com três signos especiais do zodíaco (os quais de modo
peculiar constituem o "decanato zodiacal") em cada um dos quais Eles passaram da prova à
vitória:
Em Escorpião - Hércules tornou-se o discípulo triunfante.
Em Touro - o Buda conquistou a vitória sobre o desejo e alcançou a iluminação.
Em Peixes - o Cristo venceu a morte e tornou-se o salvador do mundo
Estas três constelações, portanto, formaram um triângulo de iniciação de profunda
importância porque fornece aquelas condições e aquelas energias que testarão e
aperfeiçoarão os três aspectos da personalidade para que se tornem verdadeiramente os
reflexos dos três aspectos divinos; concernem primordialmente à alma e ao corpo e,
portanto, sua expressão é através da Cruz Mutável e da Cruz Fixa, porém não da Cruz
Cardinal. Ao que foi dito podemos acrescentar o seguinte:
1. Escorpião leva a prova diretamente à vida no plano físico, e então, ao ser ali
enfrentada e manejada, a vida do homem é levada para o céu, e o problema que a prova
envolve é resolvido pela mente raciocinadora.
2. Touro governa o desejo e leva a prova para o plano emocional ou astral, levando a
sensibilidade-desejo do lado forma da vida para o mundo da percepção sensitiva que
chamamos plano intuicional.
3. Peixes leva a prova para a região dos processos mentais, que é o reflexo do aspecto
vontade da divindade; o problema do iniciado neste signo foi proclamado pelo Cristo nas
palavras, "Pai, faça-se, não a minha, mas a Tua vontade". As provas levam a vontade-
própria da personalidade para a região divina, e o resultado é inspiração e emergência de
um salvador mundial.
Meditem sobre o exposto e aprendam as lições dos apetites, do desejo e da vontade-
111
própria porque, elas são numerosas e muito úteis.
As três provas em Escorpião são também concernentes aos três aspectos do ser
humano quando se fundem e mesclam no plano físico. São, primeiro que tudo, a prova dos
apetites, das predileções e tendências naturais inerentes à natureza animal, principalmente
três: sexo, conforto físico e dinheiro, como energia concretizada. São, em segundo lugar, as
provas concernentes ao desejo e ao plano astral: medo, ódio e ambição ou desejo pelo
poder. E em terceiro lugar, são as provas da mente crítica inferior: orgulho, separatividade
e crueldade. Lembrem-se que a pior espécie de crueldade não é de natureza física, mas a
de caráter mental. Por conseguinte, temos na categoria daquilo que precisa ser testado e
comprovado como não mais existente as seguintes categorias, que volto a enumerar devido
à sua básica importância:
122
LIBRA, A BALANÇA
O signo de Libra é paradoxalmente interessante exatamente porque lhe falta qualquer
interesse espetacular - exceto no caso de discípulos ou daqueles que se estão aproximando
do Caminho. É um signo de estabilização, de cuidadosa apreciação de valores, e de
encontrar o correto equilíbrio entre os pares de opostos. Podemos considerá-lo como o
signo no qual aparece a primeira visão real do caminho e da meta para a qual o discípulo
deverá, por fim, dirigir seus passos. Este é o estreito caminho do fio da navalha que se
estende entre os pares de opostos, o qual - para ser percorrido em segurança - exige um
desenvolvimento de um sentido de valores, e o poder de utilizar corretamente a faculdade
analítica e equilibradora da mente. É também o signo da percepção intuitiva e, no caminho
comum de progressão ao redor do zodíaco, vem depois da normalmente drástica
experiência do homem em Escorpião; esta experiência é geralmente de natureza tal que o
instinto de auto preservação foi despertado de tal maneira que, na terrível necessidade do
homem (ainda não discípulo), foi lançado à alma um chamado que evocou resposta. Os
primeiros pálidos lampejos de intuição foram sentidos e vagarosamente reconhecidos. A
seguir segue-se a experiência em Libra, onde se passa uma vida em discreto e reflexivo
pensar ou numa condição de estática insensibilidade. Pode ser uma vida de equilíbrio,
pesando-se isto e aquilo outro, determinando para que lado se inclina a balança, de modo
que no signo seguinte certos e determinados resultados ocorram. A vida seguinte vivida em
Virgem sob a influência do aspecto material de Virgem, a Mãe, pode ser a da
personalidade, ou natureza materialista, ou evidenciar um lento surgimento da vibração da
alma, o que indica aquela vida espiritual oculta da qual a Virgem-Mãe é a predestinada
guardiã. A medida que se avança ao redor da roda da vida, periódica ou ciclicamente, o
caráter destas experiências e atividades vibratórias é intensificado até o momento em que
se dá a reversão da Roda. Então Libra conduz a Escorpião e a vida ativa da alma (ativa
através da natureza da personalidade e não simplesmente em seu próprio plano) é
registrada e notada em Virgem, e equilibrada e avaliada em Libra, produzindo no momento
oportuno as provas e experiências entre a personalidade e a alma, a qual luta com poder e
determinação para preservar o status quo da expressão equilibrada entre ambas, onde a
preponderância da personalidade não é possível.
Podemos referirmo-nos a Libra nos termos do processo de meditação preconizado
tanto no Oriente quanto no Ocidente. Podemos, portanto, referirmo-nos a ela como "o
interlúdio entre duas atividades" que é a explicação dada àquela etapa na meditação que
nós chamamos de contemplação. Nas cinco etapas da meditação (como geralmente
ensinado) temos: concentração, meditação, contemplação, iluminação e inspiração. Estas
cinco etapas encontram seu paralelo nos cinco signos do zodíaco que são estritamente
humanos:
1. Leão - Concentração - Vida da alma focalizada na forma.
Individualismo. Autoconsciência. Homem comum e não desenvolvido. Experiência
humana.
2. Virgem - Meditação - Vida da alma sentida pelo homem, o período de gestação. A
etapa do Cristo oculto. O homem inteligente. A personalidade ocultando a vida crística.
123
3. Libra - Contemplação -A vida da forma e da alma estão equilibradas.
Nenhuma domina. Equilíbrio. Um interlúdio em que a alma se organiza para a batalha
e a personalidade espera. Este é o caminho probatório. A dualidade é conhecida.
4. Escorpião - Iluminação - A alma triunfa. A experiência em Touro é consumada. A
miragem astral é dissipada. A luz da alma jorra. O Caminho do Discipulado. O discípulo.
5. Sagitário -Inspiração - Preparação para a iniciação. A alma inspira a vida da
personalidade. A alma expressa-se por intermédio da personalidade. O iniciante.
Quero lembrar-lhes que, embora a iniciação tenha lugar em Capricórnio, o homem é
um iniciante antes de ser iniciado. É este o verdadeiro segredo da iniciação.
Temos, pois, a atividade onde a personalidade cresce e se desenvolve, e contudo, ao
mesmo tempo, vela e esconde o oculto "homem do coração", que é o Cristo, no interior de
cada forma humana. Temos o interlúdio onde o ponto de equilíbrio entre esses dois é
alcançado, e nenhum é dominante. A "balança oscila para a frente e para trás", numa ou
noutra direção ou - como às vezes é descrito - o homem balança entre os pares de opostos.
Daí a importância deste signo na expressão da vida do homem e daí também sua peculiar
dificuldade; ele oferece a curiosa experiência oscilatória que é tão angustiantemente
confusa; primeiro para o homem que procura ser inteiramente humano, e segundo, para o
aspirante ou discípulo. Seu foco de interesse e sua meta é a vida da alma, contudo encontra
dentro de si aquilo que está sempre tentando arrastá-lo pelos velhos caminhos, velhos
hábitos, velhos desejos.
Às vezes, este signo é chamado "o local do julgamento" porque é aqui que a decisão é
tomada e lançada a sorte que separa "as ovelhas das cabras" ou aquelas constelações
regidas por Áries (o Carneiro ou a Ovelha) e aquelas regidas por Capricórnio (a Cabra).
Realmente Libra marca a distinção entre a roda comum da vida e a roda inversa. Nos dias
anteriores à divisão de Leão-Virgem em dois signos, Libra era literalmente, o ponto do
meio. Naquela época a situação era:
e nesta volta do zodíaco (no que tange à humanidade) vemos descrita toda a história da
raça. Isto envolve o seu começo mental em Áries (a vontade de manifestar-se), e o começo
da exteriorização da vida; seu desejo dirigido em Touro, produzindo a manifestação; a
seguir, emerge sua consciência dual em Gêmeos ou a compreensão de corpo-alma; os
processos de encarnação física avançam em Câncer, seguidos pelo duplo desenvolvimento
corpo-alma, ou a consciência objetiva e subjetiva, e o homem-Deus em Leão-Virgem. A
seguir vem Libra, quando é alcançado o ponto de equilíbrio entre o homem espiritual e o
homem pessoal, preparando a etapa para o quíntuplo processo final, que é, na realidade, a
correspondência subjetiva da exteriorização levada a efeito no Caminho de Ida, e que agora
é levado adiante no Caminho de Volta, ou Caminho do Retorno. Então tem lugar a reversão
da roda e o início de nova orientação e do discipulado em Escorpião, da vida controlada e
direcionada em Sagitário, iniciação em Capricórnio, seguida pelo serviço em Aquário, e o
trabalho de um salvador mundial em Peixes, e a liberação final.
124
Neste período mundial o signo da Esfinge divide-se em dois signos (o Leão e a Virgem,
alma e forma) porque o estado da evolução humana e compreensão consciente é uma
dualidade reconhecida; somente no chamado "juízo final" haverá uma fusão e Virgem-Libra
formarão um único signo, porque então o sentido de dualidade antagônica terá terminado
e a balança se inclinará finalmente a favor da expressão daquilo que a Virgem-Mãe tem
ocultado por tão longo tempo.
O juízo final, no que concerne a este ciclo planetário, terá lugar no próximo grande
ciclo mundial e a essa altura, dois terços da raça humana terão atingido um ou outro dos
vários estágios de desenvolvimento do princípio crístico e estarão em alguma das etapas
finais do caminho da evolução; serão discípulos probacionários, ou discípulos aceitos ou
estarão no Caminho da Iniciação. Na época devida, haverá apenas dez signos no zodíaco;
Áries e Peixes formarão um signo, porque "o fim é como o princípio". Este signo dual
fundido é chamado nos velhos livros "o signo do Peixe com cabeça de Carneiro". Teremos
então, assim:
1.Áries-Peixes
2.Touro
3.Gêmeos
4.Câncer
5.Leão
6.Virgem-Libra
7.Escorpião
8.Sagitário
9.Capricórnio
10.Aquário
O fogo e a água ter-se-ão mesclado, velando o passado que foi, e não o futuro, como
sucede agora. A terra e o ar fundir-se-ão e assim ficará comprovada a velha profecia,
repetida na Bíblia, que "não mais haverá mar". O ar (céu) terá, então, "descido à Terra" e a
fusão estará estabelecida.
Logo, em sentido cósmico e não individual, manifestar-se-á o desenvolvimento do
Cristo cósmico, pelo qual "a criação inteira espera"; assim chegará a consumação do desejo
como resultado da aspiração dedicada. E somente então "virá o Desejo de todas as nações"
e aparecerá Aquele por Quem todos os homens esperam.
A história do desejo é encontrada nos quatro signos de Touro, Libra, Escorpião e
Peixes.
1. Touro - o Touro do Desejo - o desejo material rege.
(Vida)
2. Libra - o equilíbrio de desejo - O objetivo oposto ao desejo é a balança ou os pratos.
(Equilíbrio)
3. Escorpião - a vitória do desejo espiritual- A alma triunfante
(Qualidade)
4. Peixes - consumação do desejo divino - "O Desejo de todas as nações" - O Cristo Cósmico.
(Aparência)
Há, portanto, em Libra, a experiência individual da vida equilibrada, quando se fazem
experimentos e a consequente inclinação da balança ora numa, ora noutra direção, até que
125
o desejo ou a aspiração espiritual pese mais de modo a indicar o caminho que, naquele
momento, o homem deve seguir. Há a experiência da humanidade em Libra, na qual os
mesmos ajustamentos e experimentos estão sendo feitos, porém desta vez a totalidade da
raça dos homens está envolvida, e não apenas um indivíduo. Esta experiência grupal levada
a efeito no plano mental, somente acontecerá quando todos os homens estiverem
mentalmente polarizados e constituir-se-á no dia do Julgamento acima referido, do qual
são precursores o "ponto de crise" em Libra e a atual situação mundial e os necessários
ajustamentos. Desta vez, contudo, o balanceamento está ocorrendo no plano astral e os
desejos dos homens estão predominantemente em posição de lançar o fator decisivo,
enquanto que, no próximo grande ciclo, serão as mentes dos homens que decidirão. Hoje
os homens mais de primeira linha da era ---discípulos, aspirantes e a intelligentzia - estão
passando pelas provas da experiência em Escorpião, enquanto que as massas estão em
Libra; o peso do desejo da massa poderá levá-la para cima em direção à decisão espiritual
ou para baixo em direção a objetivos materiais e egoístas.
Devido a esta qualidade equilibradora de Libra é que esta constelação pode ser, mais
especificamente, associada ao problema do sexo do que qualquer outra. Na mente do
estudante comum de astrologia, o sexo está geralmente relacionado aos signos de Touro e
Escorpião, talvez porque Touro seja com frequência olhado como o símbolo dos loucos
impulsos do sexo descontrolado, e porque em Escorpião são aplicados os testes
fundamentais. Para a maioria dos estudantes nas etapas iniciais, o sexo realmente constitui
um problema fundamental. Esotericamente, contudo, é em Libra que o problema todo vem
crescentemente á tona para ser resolvido, e é em Libra que tem que ocorrer o
balanceamento entre os pares de opostos e alcançada a solução por meio da atividade da
mente judiciosa e do estabelecimento de um ponto de equilíbrio entre os princípios
masculino e feminino. Este é, também, (pois é parte da simbologia recorrente) o problema
basicamente existente entre os Carneiros e as Cabras, entre o negativo e positivo, e entre
aqueles que cegamente acompanham o instinto ou os costumes, e aqueles que livremente
ascendem para onde podem escolher e são autodirigidos em sua conduta e atitudes. Esta
autodireção pode levá-los a esta ou aquela direção na roda da vida; levá-los seja a seguir o
desejo egoísta, seja a aspiração espiritual; porém, o que se deve ter em mente é que,
judiciosa e intencionalmente, e depois de refletir sobre e pesar os vários caminhos, eles
então fazem o que querem e que lhes parece correto e desejável. Em si mesmo este fato
tem uma utilidade básica e deste modo se aprende, porque toda ação produz um resultado
e a mente judiciosa avalia causa e efeito mais corretamente que nenhuma outra.
Não tenciono indicar aqui a solução para o problema do sexo. A humanidade
inevitavelmente o resolverá à medida do transcurso dos éons e à medida em que o instinto
do rebanho dê lugar às atitudes premeditadas e autoconscientes do aspirante e da
intelligentzia. Não obstante, quero lembrar-lhes que o instinto do rebanho em relação ao
sexo tem sua base ou no normal e natural desejo instintivo animal, ou nas atitudes
emocionais, e os desta última categoria são de longe os piores e os que trazem com eles,
profundamente arraigadas, as sementes das dificuldades. Abrangem desde a etapa do
amor livre e da promiscuidade generalizada, à visão estreita e fanática do cristianismo
ortodoxo - tal como é geralmente entendido, embora não no sentido em que Cristo
considerava a vida. Este estreito ponto de vista, e a normal atitude anglo-saxônica (como
126
resultado do ensinamento da Idade Média) considera o sexo inusitadamente pecaminoso e
sempre indesejável, algo a ser redimido e vencido, e mantido em segredo no fundo da
consciência cristã, onde é escondido como um mistério lascivo. Isto é também devido a
influência de São Paulo, mas não ao ensinamento de Cristo.
Contra tais atitudes tem havido uma violenta reação, que atinge hoje seu ápice e que,
por sua vez, é não só indesejável como perigosa - como o são todas as reações violentas -
porque uma é tão falsa quanto a outra; é no centro da Balança ou no eixo da roda que a
verdadeira perspectiva e a ação indicada podem ser corretamente apreciadas. Quando a
relação "sexual" básica estiver, finalmente, estabelecida e corpo e alma (negativo e
positivo) estiverem permanentemente relacionados nas vidas dos aspirantes do mundo,
então veremos a aplicação correta do ensinamento mundial sobre o assunto do sexo físico.
Este ensinamento surgirá da fusão e síntese dos melhores pontos de vista dos instrutores
espiritualmente orientados nos dois hemisférios, incorporando a experiência do Oriente e
do Ocidente, e os enfoques místico e científico sobre um mistério que é tanto físico
(requerendo compreensão científica) quanto místico (requerendo interpretação espiritual).
Envolverá a assistência e conclusões dos profissionais da medicina para dar a necessária
instrução física inteligente, e também a assistência do conhecimento cultural dos yoguis da
Índia referente às energias que fluem pelos centros - neste caso o centro sacro. Finalmente,
por meio da atividade inteligente de homens judiciosos e com conhecimentos jurídicos do
mundo, terá fim a busca por um ponto de desejável equilíbrio. A partir dos muitos
experimentos sexuais levados hoje a efeito, a próxima geração chegará a um ponto de
equilíbrio, e então, como consequência, eles inclinarão a balança na direção desejada e
desejável. Quanto a isto não há a menor dúvida; falta somente o momento, e este será
determinado astrologicamente. Com o auxílio de mentes juridicamente ajustadas e correta
legislação, o sexo será visto finalmente como função divina e será salvaguardado pela
correta educação dada aos jovens e ignorantes, e a ação correta da nova e altamente
inteligente geração que está emergindo - as crianças e os bebês de hoje.
O ensino de hábitos sexuais incorretos, o exemplo disseminado da prostituição
(masculina e feminina), o crescimento da homossexualidade (não em suas raras formas
fisiológicas e predisposições, mas do ponto de vista de uma mentalidade pervertida e de
malsã imaginação, que hoje se acha por trás de grande parte de sua expressão), a herança
da estreita mentalidade cristã de um "complexo de culpa" no que se refere ao sexo e mais à
herança de corpos doentes, hiper ou hipossexuados, trouxeram a humanidade à atual
caótica e pouco inteligente manipulação do importante problema. A solução não será
encontrada em pronunciamentos religiosos baseados numa teoria ultrapassada, nem por
inibição fisiológica ou licenciosidade legalizada; tão pouco virá por meio de legislação
inspirada nas variadas escolas de pensamento de qualquer comunidade ou nação.
Libra, como sabemos, governa a profissão jurídica e estabelece o equilíbrio entre o
assim chamado certo e errado, entre negativo e positivo e também, entre Oriente e
Ocidente. Este último item pode parecer-lhes uma expressão sem sentido, mas quando a
verdadeira e correta relação for estabelecida entre o Oriente e Ocidente (o que ainda não é
o caso), será por intermédio da atividade de Libra e pelo trabalho da profissão jurídica.
Libra tem sido "o patrocinador da lei". Até agora a legislação tem sido absorvida em
reforçar as negações e aquelas atitudes de temor que nos foram legadas pelo código
127
Mosáico, e impostas por meio da punição quando infringidas. Isto foi provavelmente uma
etapa necessária para as raças infantis e para a preservação de um "regime de escola
maternal" para o homem. Porém, o homem está atingindo a maturidade, o que exige uma
interpretação diferente para os propósitos e intenções de Libra. A lei deve tornar-se o
guardião da justiça positiva, e não simplesmente um instrumento de sua aplicação. Assim
como estamos tentando eliminar o uso da força em nossas relações nacionais; assim como
é óbvio hoje que o processo de penalidades drásticas não conseguiu impedir o crime ou
afastar as pessoas do violento egoísmo (pois isto é o que todo crime é) assim como a
atitude social (em contraposição à atitude antissocial de todos que infringem a lei) se está
tornando desejável e sendo ensinada nas escolas, assim também começa a despontar na
consciência pública a ideia de que a persuasão de corretas relações e a difusão do
autocontrole e o crescimento do altruísmo - e estes constituem seguramente o objetivo,
subjetivo e ainda incompreendido objetivo de todo o procedimento jurídico - são as
necessárias vias de acesso à juventude.
A influência de Libra deveria ser imposta na infância dentro desta orientação
espiritual. O crime será eliminado quando as condições ambientais em que as crianças
vivem forem melhoradas; quando for dada atenção à parte física nos primeiros anos
formativos do equilíbrio glandular, assim como aos dentes, olhos e ouvidos, à postura
correta e à alimentação apropriada; quando existir também uma disposição mais adequada
do fator tempo; quando a psicologia esotérica e a astrologia esotérica derem a contribuição
de seus conhecimentos para a criação das crianças e jovens. Os velhos métodos terão que
dar lugar ao que é novo, e a atitude conservadora terá que ser substituída por
treinamentos e experimentos de ordem religiosa, psíquica e física - cientificamente
aplicados e misticamente motivados. Quando digo "religiosa", não me refiro ao ensino de
doutrinas ou teologias. Refiro-me ao cultivo daquelas atitudes e condições que evocarão a
realidade do homem, trazendo o homem espiritual interno para o primeiro plano da
consciência e assim produzindo o reconhecimento de Deus Imanente.
Nada mais direi sobre este assunto. Estendi-me bastante sobre o sexo e o sistema
jurídico porque ambos são regidos e condicionados por Libra, o que se tornará cada vez mais
aparente. O assunto é por demais vasto e importante, mas posso apenas indicar algumas linhas de
abordagem, pois um estudo apressado do problema não é de real utilidade. Neste período de
transição pelo qual o mundo está passando e neste interlúdio entre duas atividades - a da Era de
Peixes que está terminando e a Era de Aquário que está entrando - Libra regerá oportunamente, e
o fim deste século XX verá a influência de Libra exercendo um pronunciado controle e entrando
numa posição de poder no horóscopo planetário. Portanto, não há razão para ansiedade.
Uma certa relação ou configuração de estrelas - sendo uma delas Régulus, em Leão - produzirá
uma situação propícia á reorientação da atitude jurídica; suas funções e deveres serão centralizados
com propósito de utilidade mundial, e neste processo legislativo as crianças assumirão grande
importância e constituirão o poder motivador. Este avanço jurídico será primeiramente defendido
pela Rússia e apoiado pelos Estados Unidos da América. Antes de 2035 essa legislação será
universal em sua esfera de influência e controle.
Tudo isto acontecerá porque Libra rege o interlúdio atual e pode ser chamada "o senhor da
terra de ninguém", como a ela se referiu há pouco tempo um dos Senhores da Sabedoria.
Um estudo do Bhagavad Gita do problema de Arjuna quando desesperado se sentou entre
128
os dois exércitos adversários, será muito esclarecedor em conexão com Libra. A grande batalha
narrada nessa antiga escritura da Índia realmente teve lugar pela primeira vez no meio da época
atlante e no signo de Libra. O principal conflito do atual período ariano está sendo travado numa
volta mais alta da espiral e sob a influência de Escorpião. Aquela batalha no passado preparou o
discípulo probacionário mundial, a humanidade, para o caminho do verdadeiro discipulado. Esta, no
presente, está preparando o discípulo mundial para a iniciação. Durante o vasto intervalo entre o
acontecimento atlante decisivo e o tempo atual, teve lugar uma grande reorientação na roda da
vida; desde então, vários milhões de homens passaram de Escorpião para Libra (simbolicamente
falando) e têm sido "pesados na balança" e depois têm refocalizado sua vida de desejo em direção
à aspiração espiritual e reforçado sua determinação em avançar e assim, têm retornado a
Escorpião na roda reversa. Reflitam sobre este pensamento, pois isto constitui o real problema para
a massa dos homens inteligentes na época atual.
Como sabem, Libra é um dos quatro braços da Cruz Cardinal, e isto explica a nossa dificuldade
em compreender a real natureza de sua influência. O significado das energias que atuam no nosso
sistema solar por meio dos quatro braços desta Cruz, ou que emanam das quatro constelações -
Áries, Câncer, Libra e Capricórnio - podem ser resumidas em quatro palavras: Criação,
Manifestação, Legislação e Iniciação. Ser-lhes-á difícil compreender o verdadeiro alcance e
significado destas palavras.
Cosmicamente, elas significam a atividade da Deidade quando espírito e matéria entram em
definida relação e, sob o propósito divino, produzem aquela fusão de energias viventes que se
tornarão adequadamente potentes no tempo e espaço para trazer aquele propósito à desejada
consumação. Isto é a criação, ou Áries em atividade. Significam também, o aparecimento objetivo
do pensamento-forma que Deus assim criara e no qual está corporificado Seu desejo, Sua vontade,
Seu propósito e Seu plano. Isto é Manifestação, ou Câncer em atividade. Significam ainda, a
execução do plano sob a lei espiritual e natural que é evolutiva em expressão; este é o objetivo da
evolução e sua expressão revela progressivamente a natureza de Deus, porque as leis sob as quais
este nosso sistema solar é governado são expressões da qualidade e caráter de Deus. Isto é
Legislação, ou Libra em atividade. Significam finalmente, os processos de iniciação onde, passo a
passo e etapa após etapa, sob a lei e por meio do método de ganhar experiência enquanto em
manifestação, o plano criativo é compreendido conscientemente. O desdobramento do plano é
assim levado avante através de uma série progressiva de começos, manifestações e consumações -
todos relativos em natureza, porém conduzindo à consumação absoluta. Isto é iniciação, ou
atividade de Capricórnio. Tudo isto numa escala vasta e algo incompreensível no que tange ao
entendimento humano.
Porém, a consciência e a compreensão do propósito maior subjacente ao intento mais
esotérico do desenvolvimento da consciência neste sistema solar, no planeta e no homem, é algo
que tem que ser aprendido ao nos aproximarmos das etapas finais do processo evolutivo. Então,
quando esta compreensão se desenvolve, o homem torna-se um iniciado, deixa sua posição na Cruz
Fixa e dá início ao processo, relativamente lento, de ascender à Cruz Cardinal. Torna-se ele então,
um cooperador no processo e propósito criativo. Ele começa a criar seu próprio corpo de expressão
na Cruz Cardinal, e o impulso de Áries começa a aparecer para ele. Todavia, ele não o compreende,
ainda. Ele manifesta conscientemente no mundo, aquilo que pretende levar avante - e Câncer,
então, revela-lhe o seu segredo. Ele se torna seu próprio legislador, regendo sua conduta com
prudência, controlando intelectualmente seus impulsos; então, Libra habilita-o a equilibrar a lei
129
material e a lei espiritual. Tendo ele feito tudo isto, descobre que está pronto para penetrar
em novos e mais profundos experimentos (deveria chamá-los de experiências?), e como um
participante do plano divino, e como cooperador no propósito divino, ele então, torna-se
seu próprio iniciador e está pois, pronto para receber a iniciação. São estes os paradoxos da
vida espiritual. Porém, o segredo da Cruz Cardinal somente é revelado ao homem que subiu
à Cruz Fixa e atravessou sua quádrupla experiência. Mais não é possível dizer.
Libra é um signo de ar. Há no zodíaco, três signos de ar, e suas inter-relações
constituem um estudo muito interessante, digno de cuidadosa investigação pelo estudante,
assim como todas as grandes triplicidades. Cada um destes signos é encontrado em uma ou
outra das três Cruzes:
Esta relação é estabelecida pelos três regentes: Vênus, Urano e Saturno. Os cinco,
tendo Libra no ponto de equilíbrio, criam uma das estrelas de seis pontas da evolução e
também põem em relação com eles três planetas peculiarmente ligados à expressão da
consciência do Cristo no mundo. Estes três planetas (devido aos raios que eles expressam)
estão todos na linha maior de força, a linha da vontade ou poder e do propósito e da meta
visualizada.
1. Urano – 7º Raio da Magia Cerimonial, Deus, o Pai, Aquele que relaciona. A Fonte da
Dualidade. Aquele que percebe o fim desde o princípio. Consciência Espiritual.
Da Intuição à Inspiração
2. Vênus - 5° Raio da Mente, Deus, o Filho. O Filho da Mente. Aquele que inclui.
Consciência egóica.
Do Intelecto à Intuição
3. Saturno - 3° Raio da inteligência. Deus, o Espírito Santo. Aquele que sabe. A Mente.
Consciência humana.
Do Instinto ao Intelecto.
É por esta razão básica - fundamentada neste triplo relacionamento - que Libra é "o
ponto de equilíbrio" no zodíaco. Na maioria das demais constelações, numa ou noutra
etapa, vem um "ponto de crise" onde o efeito da energia que emana (via o planeta regente)
do signo para o homem alcança sua efetividade máxima. Isto, com o tempo, precipita a
crise que é necessária para libertar o homem das influências planetárias que condicionam
sua personalidade e trazê-lo de modo mais definitivo e consciente para a influência do
signo do zodíaco. Porém em Libra não existe tal ponto de crise assim como também não
existe em Áries. Há somente o interlúdio de equilíbrio como um prelúdio para um
progresso evolutivo.
Os planetas seguintes e seus raios governam a Cruz Cardinal, da qual Libra é uma das
pontas:
133
1. Marte 6° Raio Idealismo, Devoção, Luta
2. Mercúrio 4° Raio Harmonia através do conflito
3. Urano 7° Raio Ordem Cerimonial, Lei ou Magia
4. Vênus 5° Raio Conhecimento Concreto ou Ciência
5. Saturno 3° Raio Inteligência Ativa
6. Netuno 6° Raio Idealismo, Devoção, Luta
Temos aqui seis planetas e cinco raios de energia e a expressão de duas linhas de
energia espiritual; Amor-Sabedoria em dois dos raios e planetas, e três dos raios e planetas
na primeira maior corrente de energia, a vontade ou poder. Observem como três destes
raios definidamente predispõe o libriano à compreensão concreta, à vontade inteligente e
ao conhecimento: o 1° raio (funcionando através do 3° e 5° raios), o 5° e o 3° raios. Daí a
efetividade de Libra no plano físico e o poder do libriano desenvolvido de projetar o
propósito interno espiritual ou vontade intencional na expressão física. Um exemplo de
pessoa assim equipada para isto é H.P. Blavatsky.
Neste signo, Saturno está exaltado porque - no ponto de equilíbrio aparece a
oportunidade e apresenta-se uma situação que torna inevitável uma escolha e uma
determinação. É uma escolha que tem que ser feita inteligentemente e no plano físico, no
despertar da consciência cerebral. Somente agora é que todo o propósito e trabalho de
Saturno pela humanidade atingiu o ponto de utilidade grupal, porque só agora atingiu um
ponto de inteligência geral e ampla, que pode fazer de qualquer escolha um ato definido e
consciente, implicando em responsabilidade. Antes da época atual, somente alguns
discípulos pioneiros e um punhado de pessoas inteligentes poderiam considerar-se livres
para escolher, no ponto de equilíbrio, para que lado tencionavam "inclinar a balança". Hoje
são inúmeras essas pessoas e por isso a intensa atividade de Saturno à proporção que
entramos no primeiro decanato de Aquário, e dai a mesma atividade porque a própria
humanidade está hoje no caminho probacionário, e este é regido e controlado por Libra;
portanto, o caminho das escolhas, da aplicação deliberada de medidas purificadoras e o
ponto de retorno antes de Escorpião, que governa o caminho do discipulado, pode
apropriadamente desempenhar seu papel.
O poder de Marte diminui em Libra, o signo do interlúdio, e Marte permanece passivo
temporariamente, antes de reunir suas forças para um renovado esforço em Escorpião ou
para uma "aceleração" da vida espiritual em Virgem, de acordo com o caminho em que a
roda está girando para o homem.
O Sol "cai" neste signo porque, no homem verdadeiramente libriano, nem a
personalidade, nem a alma dominam; foi atingido um ponto de equilíbrio e assim,
esotericamente, "eles se dessintonizam". Não se ouve particularmente nem a voz da
personalidade, nem a voz da alma, apenas - como está no Velho Comentário - "produz-se
uma suave oscilação. Não se houve nenhum som estridente; nenhum forte matiz colore a
vida; nada perturba a carruagem da alma". (Não sei de que outra maneira poderia traduzir
as palavras originais).
O significado da posição dos planetas neste signo tornar-se-á claro quando os
estudarmos com atenção, e o significado de Libra ficará mais definitivamente formulado
em suas mentes. As características deste signo não são fáceis de definir ou compreender,
134
porque são, na realidade, a síntese de todas as qualidades e realizações passadas, e é difícil
conseguir uma clara apresentação de qualquer um dos pares de opostos. No que diz
respeito ao homem no caminho probatório ou a ponto de começar a percorrê-lo, pode
dizer-se que as suas características e qualidades neste signo são:
135
VIRGO, A VIRGEM
O signo da Virgem é um dos mais significativos no zodíaco, pois sua simbologia diz
respeito ao objetivo inteiro do processo evolutivo que é abrigar, nutrir e finalmente revelar
a realidade espiritual oculta. Todas as formas velam esta realidade, porém a forma humana
está equipada - e ajustada de modo a manifestá-la de maneira diferente de qualquer outra
expressão da divindade, e assim, tornar tangível e objetivo aquilo para o que todo o
processo evolutivo foi planejado. Gêmeos e Virgem estão estreitamente relacionados,
porém Gêmeos apresenta os pares de opostos - alma e corpo - como duas entidades
separadas, enquanto que, em Virgem, elas estão amalgamadas, sendo de suprema
importância uma para a outra. A mãe protege o germe da vida do Cristo; a mãe zela pela
alma que está oculta, protege-a e nutre-a. A nota-chave que melhor descreve a verdade
quanto à missão de Virgem é "Cristo em vós, esperança é de glória". Não há, para este
signo, definição mais clara ou mais adequada do que esta. Gostaria que tivessem sempre
isto em mente enquanto estudamos este sexto signo do zodíaco (ou sétimo, se não
estivermos considerando a roda reversa).
Em todas as grandes religiões mundiais aparece a Virgem Maria, e disto o estudo de
qualquer livro sobre religiões comparadas é a prova. Não posso alongar-me sobre este
reconhecimento universal da tarefa de Virgem; é desnecessário que eu o faça, já que tantos
pesquisadores competentes o fizeram. Contudo, quero destacar que quatro dos nomes
dados à Virgem são familiares a todos e dizem bastante sobre a natureza da forma, a qual
Virgem simboliza. A palavra Virgo é uma corruptela da raiz de um antigo nome atlante que
era aplicado ao princípio mãe nesses tempos distantes. Essa Virgem foi a fundadora do
matriarcado, que então dominava a civilização, e do qual falam várias lendas e mitos que
chegaram até nós sobre Lilith, a última das Deusas Virgens da época atlante. A mesma ideia
é encontrada nos relatos das antigas Amazonas cuja rainha Hércules derrotou, ao
arrebatar-lhe o que ele procurava. Isto é uma alegoria sobre o homem que emerge do
controle da matéria.
Três dessas deusas - Eva, Isis e Maria - são peculiarmente significativas para a nossa
civilização porque encarnam a simbologia da totalidade da natureza da forma, à qual,
quando integrada numa pessoa, chamamos de personalidade. Tal personalidade (no que
concerne à humanidade) é a expressão desenvolvida e qualificada do terceiro aspecto da
divindade, Deus - o Espírito Santo, a inteligência ativa e o princípio nutridor do universo.
Este aspecto será estudado em Leão, e nele veremos o desenvolvimento daquela entidade
consciente, a personalidade que em Virgem se torna a mãe do Cristo menino. Eva é o
símbolo da natureza mental, e da mente do homem atraído pela fascinação do conhecimento
que se obtém por meio da experiência da encarnação. Eva tomou da serpente da matéria a
maçã do conhecimento e assim deu início ao longo empreendimento do experimento,
experiência e expressão que começou - sob o ângulo mental - na nossa época ariana. Isis
personifica essa mesma expressão no plano emocional ou astral. Eva não carrega um filho nos
braços; o germe da vida crística é ainda pequeno demais para fazer sentir sua presença; o
processo involutivo está ainda próximo demais. Porém, em Isis é alcançado o ponto
intermediário; teve lugar a aceleração daquilo que é desejado (o Desejo de todas as nações,
136
como é chamado na Bíblia) e, por conseguinte, nos zodíacos antigos, Isis simboliza a
fertilidade, a maternidade e a guarda do filho. Maria, conduz o processo para baixo, até o
plano ou lugar da encarnação, o plano físico, e lá dá nascimento ao Cristo menino. Nestas três
Virgens e nestas três Mães do Cristo, temos a história da formação e função dos três
aspectos da personalidade através da qual o Cristo precisará expressar-se. O signo de
Virgem é, ele próprio, a síntese destes três aspectos femininos - Eva, Isis, Maria. É a Virgem
Maria, a provedora daquilo que é necessário para a expressão mental, emocional e física da
divindade oculta, porém sempre presente. Estas três expressões são trazidas à necessária
perfeição em Leão, o signo da autoconsciência individual, desenvolvida, e do
desenvolvimento da personalidade.
Virgem é, pois, o polo oposto do espírito e simboliza a relação dos dois polos depois
que eles se unem em Áries e produzem a dualidade reconhecida em Gêmeos.
Quero agora lembrá-los de algo que, talvez, a princípio, lhes traga alguma confusão,
mas que subjaz a tudo que tenho dito. Temos falado dos dois caminhos ao redor do zodíaco - o
caminho comum, de Áries a Touro, via Peixes, e o caminho esotérico, de Áries a Peixes, via Touro.
Estes dois caminhos dizem respeito à evolução humana, a única em consideração neste
tratado. Porém no grande ciclo involutivo concernente ao movimento de massa do espírito-
matéria, e não ao progresso individualizado do homem, o movimento é de Áries a Peixes,
via Touro. O segredo do pecado original do homem está oculto nesta verdade, pois uma
orientação errada ocorreu numa determinada etapa da história humana, e a família
humana - como um todo - foi, por assim dizer, levada contra a corrente zodiacal normal, e é
somente no caminho do discipulado que a correta orientação é alcançada e a humanidade
trazida de volta ao ritmo correto do progresso. Peço-lhes, pois, que diferenciem o processo
involutivo que afeta as grandes Hierarquias Criadoras, dos processos evolutivos que afetam
a quarta Hierarquia Criadora, a humana. Todavia, não estamos realmente em posição para
estudar isto, porque quando estamos dentro de um ciclo evolutivo, estamos tão
intimamente identificados com o processo que nos é impossível distinguir com clareza o Eu
cósmico do Não-eu. Por enquanto, estamos ainda aprendendo a distinguir, em pequena
escala, o Eu do Não-eu em relação ao nosso próprio desenvolvimento. Só quando nos
identificamos com a Hierarquia de nosso planeta e com aquele centro espiritual de força
cujo contato é a meta dos que estão no caminho do discipulado, é que se torna possível
compreendermos- no arco evolutivo - o contorno geral e as grandes ondas de energia
presentes no arco involutivo. Por esta razão, não é ainda possível fazer-se um estudo do
zodíaco relacionado aos reinos subumanos da natureza.
Portanto, Virgem é a mãe cósmica, porque, cosmicamente, representa o polo negativo do
espírito positivo; é o agente receptor, no que concerne ao aspecto Pai. Em um sistema solar
anterior, o aspecto matéria foi o fator controlador, assim como no atual sistema solar a
alma ou princípio crístico é de suprema importância. Sob certos ângulos, Virgem é o mais
antigo de todos os signos, embora eu não possa provar-lhes isto. Naquele primeiro sistema,
encontramos leves sintomas (se é que posso usar tal palavra) da dualidade comprovada
neste nosso sistema. Tal verdade nos foi preservada pelas palavras "o Espírito Santo pairou
sobre a Virgem Maria". A vida do terceiro aspecto divino atuou sobre o oceano de matéria
quiescente e preparou aquela substância - durante incontáveis éons - para o trabalho no
atual sistema solar. É neste sistema que o Cristo Menino, a expressão da consciência divina
137
e resultado da relação Pai-Espírito e Mãe-Matéria, tem que ser trazido à luz.
Um outro signo do zodíaco também intimamente ligado ao sistema solar anterior é
Câncer; podemos dizer que Câncer é uma expressão (num estado grandemente adiantado)
da primeira metade do ciclo de vida no primeiro sistema solar, enquanto que Virgem é,
igualmente, uma expressão adiantada da segunda metade. Num esforço para
compreender-se a situação, deve ser lembrado que o aspecto consciência - tal como
compreendemos a habilidade de estar consciente e alerta - estava totalmente ausente,
exceto de um modo tão embrionário que o processo inteiro se assemelhava à etapa do
embrião no útero, antes da aceleração no ponto do meio do processo de gestação. Seria
muito útil que cada um fizesse uso da faculdade da imaginação para assim alcançar uma
ideia, ainda que pálida, da síntese do grande esquema evolutivo que, no sentido cósmico,
diz respeito à tríplice personalidade da Deidade. Foi deste assunto que me ocupei no
Tratado sobre o Fogo Cósmico.
Este é o sexto signo, cujo símbolo mais antigo é a estrela de seis pontas, que
representa os processos de involução e de evolução trazidos até o ponto de equilíbrio,
expresso para nós, na relação entre Virgem e Libra. Se consultarem o dicionário, verão que,
astronomicamente, considera-se Virgem ocupando o lugar onde Libra se encontra. Tudo
isto é parte da grande ilusão que a astrologia tem tanta dificuldade em compreender. Há
constante movimento e mudanças no espaço, e a precessão dos equinócios é tanto um fato
quanto uma ilusão. A interpretação de todo o processo depende do ponto intelectual na
evolução da raça; a capacidade de resposta do homem às forças planetárias e à influência
dos signos zodiacais depende do mecanismo de resposta e do mecanismo de recepção com
o qual ele entra em encarnação. Os céus, as constelações, os signos e os planetas significam
uma coisa para a Hierarquia, outra coisa para os astrônomos, e ainda outra coisa para os
astrólogos, ao passo que para o homem comum, são apenas intrigantes galáxias de luz. É
preciso que se lembrem que os fatos astronômicos são somente relativos no que tange à
natureza real e factual daquilo sobre o qual a ciência já se pronunciou; são assertivos da
vida e potência, mas não como a ciência e o homem comum as compreendem; do ponto de
vista da verdade esotérica, são simplesmente Vidas encarnadas e a expressão da vida, da
qualidade, do propósito e do intento dos Seres Que as trouxeram à manifestação.
Como bem sabem, Virgem é um dos braços da Cruz Mutável, e - como também sabem
- as quatro energias que constituem esta Cruz (pois as três Cruzes são cruzamentos de
correntes de energia) expressam a totalidade da meta do homem em quatro etapas
definidas. A Cruz Mutável é, às vezes, chamada "a Cruz do Renascimento", enfatizando a
constante mutação da qual ela é o símbolo, e é também "a Cruz das Vidas Cambiantes".
Representa, pictoricamente, os quatro pontos críticos ou movimentos no transcorrer da
existência da alma em manifestação:
I. Gêmeos
1.Dualidade essencial não relacionada. Os Gêmeos.
2.Dualidade sentida e reconhecida através da:
a.Fusão da massa em Câncer
b.Consciência individual em Leão
A etapa da Humanidade
138
II. Virgem
1.O período em que está oculto o gérmen da vida espiritual.
2.O período do gérmen ativo da vida espiritual:
a.As primeiras etapas da gestação
b.A etapa da aceleração da vida
A etapa da Provação ou do Despertar
III. Sagitário
1.Termina o sentido da dualidade. Fusão alcançada.
2.A vida unidirecionada.
A etapa do Discipulado
IV. Peixes
1.A dualidade ligada na síntese. Compare-se os símbolos de Gêmeos e Peixes.
2.O aparecimento do Salvador Mundial
A etapa da Iniciação
Através de todas estas relações, e como resultado do constante desenvolvimento do
princípio alma, corre o tema do serviço. Em Gêmeos, surge a relação entre a grande
dualidade de alma e corpo, e nesta etapa, o corpo ou forma serve à alma. Em Virgem, a
matéria ou substância faz um intercâmbio de seus serviços, e uma serve à outra. Em
Sagitário, surge o serviço da Vida Una em termos do serviço da Hierarquia, a expressão
planetária da ideia de serviço, enquanto que em Peixes, surge - como resultado da
totalidade do processo evolutivo - o devotado, treinado e testado Servidor ou Salvador do
mundo. Foi dito que Virgem envolve "o serviço do presente imediato" ou, em outras
palavras, que Deus imanente evoca a reação da forma e é, assim, servido.
As três Cruzes - cósmica, sistêmica e humana - são profundamente interessantes em
sua inter-relação, e isto veremos quando estudarmos atentamente seus significados,
posições e efeitos energizantes no zodíaco - tanto sobre o planeta quanto uma sobre a
outra. Isto será estudado mais adiante.
Virgem pertence à triplicidade de terra, e será iluminador compreender esta
triplicidade. Os três signos de terra são Touro - Virgem - Capricórnio que de modo peculiar
se relacionam entre si em conexão com o planeta não-sagrado, a Terra. A relação que nos
concerne é a do encontro e fusão das energias desses três signos sobre a Terra e seu efeito
sobre os reinos da natureza que nossa Terra manifesta. Podemos dizer que:
1.Touro - O incentivo por trás da evolução (Impulso).
Desejo de experiência, de satisfação.
A Luz do Conhecimento
2.Virgem - O incentivo por trás do discipulado (Meta).
Desejo de expressão, desejo espiritual.
A Luz Oculta de Deus
3.Capricórnio - O incentivo por trás da iniciação (Serviço).
Desejo de liberação. Desejo de servir.
A Luz da Vida
Todos eles expressam o desejo quando ele se funde em aspiração e, no processo, traz
luz e vida ao homem. Em Virgem, o propósito para o qual a vida na forma existe começa a
realizar-se e o desejo de satisfação da personalidade começa a mudar e o desejo do homem
139
de reconhecer o Cristo interno passa a assumir crescente controle até que a realidade
espiritual é finalmente liberta da servidão da matéria e passa a manifestar, no mundo, a sua
verdadeira natureza. Em outras palavras, a luz do conhecimento da qual Touro é o
guardião, dá lugar à luz da sabedoria da qual Virgem é a guardiã, e submete-se finalmente à
luz da iniciação em Capricórnio. Tudo isto, contudo, tem lugar obrigatoriamente no que é
esotericamente chamado "a radiante superfície da terra", o plano da forma; a ascensão ou
glorificação da Virgem ainda não ocorreu e a elevação da substância não foi ainda realizada.
É interessante notar que Escorpião estabelece a inevitabilidade da ascensão final da matéria
para o céu em Capricórnio, o que está previsto na história de Hércules em Escorpião,
quando ele ergue ao ar a hidra, acima de sua cabeça. Virgem simboliza as profundezas, a
escuridão, a quietude e o calor; é o vale da experiência profunda onde os segredos são
descobertos, e finalmente, "trazidos à luz"; é o lugar de crises vagarosas e comedidas,
embora poderosas, e de desenvolvimentos periódicos que se processam no escuro, mas
que todavia, conduzem à luz. É a "etapa cega" que se encontra nos rituais maçônicos e que
sempre precede a dádiva da luz.
Virgem simboliza "o útero do tempo" onde o plano de Deus (o mistério e segredo dos
tempos) amadurece vagarosamente e - à custa de dor e desconforto e através da luta e
conflito - chega à manifestação ao fim do devido tempo. Hoje pode parecer (curiosa e
convincentemente) que estamos entrando no oitavo mês do período de gestação; isto é
quase literalmente verdade no que concerne à humanidade, porque - contando de Virgem
a Aquário, o signo em que estamos entrando - vemos que são exatamente oito signos:
Virgem, Leão, Câncer, Gêmeos, Touro, Áries, Peixes e Aquário, e isto é certamente a
garantia de que o nascimento de uma nova era, de uma nova consciência e nova civilização
e cultura é inevitável e certa.
Quero fazer aqui uma pausa e esclarecer um pouco mais um ponto referente à
passagem da vida humana ao redor do zodíaco, que se faz em três grandes divisões:
1. A passagem ou progressão da humanidade repetidas vezes à volta do zodíaco de
Áries a Peixes, via Touro, até que em Virgem-Leão (pois estes dois signos são,
esotericamente, considerados inseparáveis) o movimento de massa liberta o indivíduo para
uma vida de progresso autoconsciente e a um modo diverso de progressão à volta da roda
da vida. Isto ficou para trás num passado distante.
2. A passagem ou progressão do homem individual em direção contrária à da massa; o
indivíduo, nesta etapa, avança na direção dos ponteiros do relógio de Áries para Touro, via
Peixes. Sua vida é então, e assim será por muitas eras, predominantemente anti-social, no
sentido espiritual; ele é egoísta e autocentrado. Seus esforços são voltados para sua
própria satisfação e para os assuntos da personalidade, e isto de maneira cada vez mais
pronunciada, sendo esta a atual situação das massas.
3. A passagem ou progresso do homem reorientado de Áries a Peixes, via Touro. Nesta
etapa final, o homem retorna ao mesmo método de direção, ritmo e medida do movimento
anterior da massa, porém, desta vez, com atitudes mudadas para o serviço inegoísta, com
uma personalidade dedicada ao serviço da humanidade, e com uma reorientação de suas
energias de modo que elas sejam direcionadas para a produção de síntese e compreensão.
Esta será a situação futura das massas.
O astrólogo do futuro deverá levar em atenta consideração estes três modos de
140
progressão. Este é o plano de Deus, tal como atualmente o percebemos. Neste plano,
Virgem representa o útero do tempo e faz passar a personalidade-alma (Leão-Virgem) pelas
três etapas ou ciclos acima mencionados. Representa, também, o útero da forma e a mãe
que nutre e guarda o princípio Crístico dentro de sua própria substância material, até que,
na "plenitude do tempo", ela possa dar nascimento ao Cristo-menino. Há três signos
especialmente relacionados com o princípio Crístico, neste período mundial:
1. Virgem - Gestação - que governa nove signos, de Virgem a Capricórnio, incluindo
Virgem.
2. Capricórnio - Trabalho - três signos, de Capricórnio a Peixes, até a terceira iniciação,
incluindo Capricórnio.
3. Peixes - Nascimento - o aparecimento do Salvador mundial.
Em relação a estes pontos, apresenta-se para a astrologia um outro problema sobre o
qual pouco falamos ainda, mas cujos resultados são determinantes: a distinção entre o
horóscopo da forma e o horóscopo do principio Crístico interno. Isto condicionará a nova
astrologia, a qual será desenvolvida quando os astrólogos trabalharem com as hipóteses
que estou apresentando. Reflitam sobre os fatos da vida crística. Teoricamente, eles são
familiares, porém as implicações e o significado esotérico são obscuros e difíceis para
aqueles que foram criados dentro da velha ordem e com as ultrapassadas ideias de
aproximação à verdade. O significado é bem mais profundo do que até agora foi
apreendido.
São três os regentes deste signo:
1. Mercúrio, o regente ortodoxo, que significa a versátil energia do Filho da Mente, a
alma. É intercambiável com o Sol (o Filho) e representa o Mediador, ou intermediário, entre
o Pai e a Mãe, e não obstante, o resultado da fusão entre os dois.
2. A Lua (Vulcano), o regente esotérico, com significado similar o do regente ortodoxo.
A Lua (ou energia do quarto raio) é vista aqui como expressão da energia do primeiro raio,
manifestando-se através de Vulcano. A Lua governa a forma e a vontade de Deus é
manifestar-se por meio da forma.
3. Júpiter - O regente hierárquico que governa a segunda Hierarquia Criadora, a dos
Construtores Divinos de nossa manifestação planetária. (Veja a classificação das
Hierarquias). Esta é a sétima, assim como a segunda, se contarmos as cinco Hierarquias
não-manifestadas. No significado do dois e do sete será revelado grande parte do mistério
subjacente a estas Hierarquias.
Através destes três regentes planetários emanam as energias do quarto raio, o qual
governa a mente através de Mercúrio, e a forma física através da Lua; as energias do
primeiro raio, que expressam a vontade de Deus, começam a controlar o homem
autoconsciente (desenvolvido em Leão) e as energias do segundo raio, que corporificam o
amor de Deus, lançam-se à manifestação. Vontade, amor e harmonia através do conflito -
estas são as forças controladoras que fazem do homem aquilo que ele é, e estas são as
energias governantes e direcionadoras que usam a mente (Mercúrio), a natureza
emocional, o amor (em Júpiter), e o corpo físico (a Lua, ou a vontade esotérica) para os
propósitos da expressão e manifestação divinas. É bastante óbvio que a tarefa de Mercúrio
em relação à humanidade se tem efetuado de modo muito satisfatório e conduziu a
humanidade ao seu atual ponto de evolução do caminho probatório; que a energia de
141
Vulcano faz sentir sua presença potentemente, o que explica as disputas que se desenrolam
no planeta entre os homens de vontade - egoísta e ambiciosa - e os homens de boa-
vontade que desejam o bem do todo. Quando a Hierarquia humana estiver totalmente
desperta para as possibilidades espirituais, e não apenas para as materiais, então o trabalho
de Júpiter será imediatamente intensificado, e este beneficente regente conduzirá a família
humana para os caminhos da paz e do progresso.
Virgem está definidamente relacionada, por meio de vários regentes planetários, a
outros oito signos do zodíaco, os quais produzem uma síntese inter-relacionada de nove
signos (incluindo Virgem). Nesta inter-relacionada síntese numérica e nesta frutífera inter-
relação acha-se oculta toda a história do progresso humano e o segredo do processo da
manifestação divina. É importante lembrar aqui certos pontos:
1. Nove é o número do homem. A quarta Hierarquia Criadora é, na realidade, a nona,
se incluirmos na nossa enumeração as Hierarquias não-manifestadas. A Hierarquia humana
é somente a quarta entre as sete que estão em expressão ativa ou manifestação.
2. Nove é o número da iniciação no que toca à humanidade. Há:
a.Cinco grandes iniciações planetárias que um homem pode receber.
b.Três iniciações sistêmicas das quais Cristo recebeu duas.
c.Uma iniciação cósmica que relaciona o homem a Sirius.
A relação de Virgem com os oito signos tem, pois, um definido significado nestes
assuntos e as nove potências unidas desempenham sua parte no desenvolvimento da vida
crística no indivíduo e na massa.
Deste conjunto de signos e suas constelações acompanhantes três são omitidos: Leão,
Libra e Capricórnio. Estes três são signos de crise e indicam a progressiva influência dos
outros nove e as situações que surgem de suas atividades. São pontos de prova no processo
de atuação das energias à medida que estas afetam individualmente os aspirantes:
1. Leão - A Crise da Individualização, que se apresenta em duas etapas como:
a.Poder difuso incipiente.
b.Integração da personalidade.
Significa o surgimento da personalidade e preparação para a experiência do Cristo. É a
autoconsciência e a síntese inferior.
2. Libra - A Crise do Equilíbrio. O surgimento do sentido de autodirecionamento e
equilíbrio. É o ponto de equilíbrio entre a alma e a forma. Significa o aparecimento da livre
escolha. É a consciência da dualidade e o esforço para ajustar os dois.
3. Capricórnio - A Crise da iniciação. Esta existe em cinco estágios e significa o
surgimento da dominante vida do Cristo. Significa a síntese superior e o controle da
consciência crística, que é a consciência grupal.
Há, pois, nove signos por intermédio dos quais fluem as potências criativas em seus
efeitos e que provocam as mudanças que são necessárias no progresso da alma em direção
à expressão divina. Há, também, os três signos de crise pelos quais o ponto de evolução é
determinado. Em relação a isto devemos observar que:
1. Leão-Libra-Capricórnio constituem o triângulo do Pai ou aspecto vontade; indicam
pontos de consecução através de crises enfrentadas e triunfantemente vencidas.
2. Câncer-Virgem-Peixes constituem o triângulo da Mãe ou aspecto matéria,
condicionado pela atividade inteligente. Indicam pontos de oportunidade de caráter
142
interno no que diz respeito à consciência, e portanto, temos o reconhecimento da
consciência da massa, do individuo e do grupo.
Um cuidadoso estudo das ideias acima será útil para estabelecer métodos e relações, e
também para indicar a chave que os astrólogos podem usar ao trabalhar com horóscopos
da massa.
A medida que temos estudado estas várias constelações, deve ter-se tornado claro que
a principal função dos planetas é servirem de agentes distribuidores para as energias que
emanam do zodíaco quando convergem dentro do nosso sistema solar e são atraídas para o
nosso planeta. É necessário que os estudantes compreendam, mais amplamente do que até
agora o têm feito, que a base das ciências astrológicas é a emanação, a transmissão e a
recepção de energias e sua transmutação em forças realizada pela entidade receptora.
As energias dos vários signos são atraídas pelos diferentes planetas segundo a etapa
de seu desenvolvimento e segundo o que é esotericamente chamado "a antiga relação"
entre as entidades que dão forma aos planetas e às constelações. Esta relação existe entre
os seres e está fundamentada na Lei da Afinidade. É esta lei que produz a atração
magnética e a resposta dinâmica entre as constelações e planetas do nosso sistema solar e
entre um determinado planeta e as formas de vida em um outro planeta e as "energias
impendentes", como são chamadas, que estão sendo recebidas de uma fonte maior. A
capacidade de receber e beneficiar-se das energias planetárias (elas próprias recebidas à
medida que emanam de alguma constelação) depende do ponto de evolução, o qual
determina a receptividade e a sensibilidade de resposta do mecanismo de recepção. Isto
constitui uma lei imutável e explica o poder de certos planetas que talvez ainda não tenham
sido descobertos e que até agora pouco têm a ver com a evolução, devido à falta de
sensibilidade das formas receptoras. Os planetas, as energias e as forças sempre existiram,
mas permaneceram ineficientes e por isso não foram descobertos devido à não-existência
dos necessários instrumentos de resposta. Não terão, portanto, efeito sobre a vida e a
história de um indivíduo e somente se tornarão potentes e "darão forma magneticamente"
quando o homem tiver alcançado um certo ponto de desenvolvimento, tornando-se
sensível a influências superiores e preparando-se para palmilhar o caminho. Estar assim
preparado indica que o seu aparelhe de resposta (a tríplice personalidade) está mais
sensível do que a do comum das pessoas, e pode responder a um nível mais alto de
vibrações, que de outro modo seria impossível. É nisto também que reside a distinção entre
planetas sagrados e não-sagrados. Os Senhores dos planetas (as Vidas de raio ou Logoi
planetários) estão também, em Seus próprios níveis, desenvolvidos de forma desigual e
alguns deles estão mais avançados no caminho cósmico do desenvolvimento espiritual do
que outros; aqueles que estão definidamente no Caminho Cósmico do Discipulado são os
que dão forma a planetas sagrados, enquanto que aqueles que estão no Caminho
Probatório Cósmico expressam-Se através de planetas não-sagrados. Isto será elaborado
mais adiante no capítulo reservado a este assunto. Por ora, quero apenas destacar que
tudo é uma questão do grau de desenvolvimento na receptividade e na resposta.
Na roda reversa, através da unificada atividade dos regentes ortodoxos e esotéricos, o
homem no caminho responde a um vasto número de energias que lhe chegam de inúmeros
ângulos e direções; daí as dificuldades que ele encontra no Caminho do Discipulado.
Quando ele se torna um iniciado, esta gama de vibrações aumenta rapidamente e ele
143
responde àquelas energias que eu classifiquei sob o nome de hierárquicas e que se referem
às doze Hierarquias Criadoras. Então, as forças destas Hierarquias (que não são planetárias
nem sistêmicas) penetram no iniciado, passam através dele e vão despertar aquelas
respostas grupais maiores que, oportunamente, farão dele um servidor mundial em
Aquário e um salvador mundial em Peixes.
Eis aqui uma sugestão sobre o período em que estamos entrando e tornar-se-á
progressivamente óbvio para vocês (se refletirem sobre minhas palavras) porque estamos
entrando em um signo onde as fileiras dos iniciados serão grandemente aumentadas. Na
etapa da iniciação, as energias dos signos e suas constelações (deveria chamá-las
constelações auxiliares, o que expressaria melhor a situação) chegam de forma mais pura e
numa linha mais direta do que no Caminho do Discipulado e nas primeiras etapas do
desenvolvimento evolutivo. O iniciado responde a influências planetárias, sistêmicas, e a
certas influências cósmicas e torna-se, por assim dizer, uma lente através d qual "as muitas
luzes que são a própria energia" podem fluir e assim focalizar-se no nosso planeta. O
iniciado sintoniza sua consciência com estas energias e torna-se, assim, um servidor
planetário.
Outro ponto que desejo destacar é que certos raios expressam-s através de dois
planetas. Por exemplo, o quarto Raio da Harmonia através do Conflito expressa-se através
da Lua e de Mercúrio, enquanto que o primeiro Raio da Vontade ou Poder alcança-nos
através de Vulcano e Plutão. A verdadeira razão para isto é um dos segredos da iniciação e
está oculta no destino da quarta Hierarquia Criativa e na vontade para manifestar-se do
Senhor da nossa Terra, Que está Ele próprio no Raio da Inteligência Ativa. Sobre Ele diz-se
que "quando a terceira grande energia for relacionada com a quarta Hierarquia Criadora, o
mistério dos Sete perfeitos será compreendido". Um dos significados mais óbvios desta
afirmação encontra-se no desenvolvimento da inteligência e do amor no iniciado que, no
momento de expressão manifestada e na última grande iniciação, responderá à síntese das
energias que emanam dos "sete espíritos diante do trono de Deus". Estes são os
representantes dos 7 Rishis da Ursa Maior e os seus polos, as 7 Irmãs das Plêiades,
simbolicamente reconhecidas como as 7 esposas dos Rishis da Ursa Maior. Mais uma vez
encontramos, relacionado com o nosso sistema solar, um grande triângulo de energias
cujos pontos focais na Terra são os 7 Espíritos diante do Trono. Trataremos deste triângulo
mais tarde. Por hora, quero apenas dizer o seguinte:
1. Os 7 Espíritos respondem aos 7 planetas sagrados e são:
a.Expressões da vida divina na Terra.
b.Ponto focais para os Senhores dos 7 Raios.
c.Regentes dos 7 planos de consciência e manifestação.
d.Representantes porque são capazes de responder:
2. Os 7 Rishis da Ursa Maior que são:
a. Expressões da vida d’Aquele Sobre o Qual Nada Pode Ser Dito.
b. Os pontos focais positivos para as 7 principais energias cósmicas.
c.Regentes das 7 Hierarquias Criativas.
d.Relacionados como polos positivos às:
3. 7 Irmãs das 7 Plêiades que
a. São expressões da dualidade de manifestação na sua relação com os 7 Rishis.
144
b. Proporcionam o polo negativo para o aspecto positivo dos 7 Rishis.
c. Fundem-se com as energias da Ursa Maior e, de maneira unida, trabalham por
meio de 7 dos signos zodiacais.
Temos aqui novamente a complexidade das forças atuando sobre nosso planeta e
crescendo em número e potência à medida que os veículos de resposta no nosso planeta se
tornam mais altamente desenvolvidos e sensíveis e são, portanto, capazes de uma reação
mais real e de resposta mais rápida às muitas forças que se abatem sobre as nossas formas
de vida planetária. Foi dito por um profundo conhecedor de astrologia que trabalha com os
Mestres da Grande Loja Branca que "quando a humanidade assimilar a distinção entre os
signos e as constelações, quando compreender a natureza da polaridade das energias, e
quando responder às três Realidades cósmicas, às doze Energias cósmicas, aos sete
impactos planetários e à interação das doze Hierarquias Criadoras - então, e somente então
- uma luz radiante será vista e finalmente será determinado o destino do nosso Logos solar"
Por trás desta afirmação há três significados: um para o homem medianamente inteligente,
outro para os discípulos, e um terceiro para os iniciados acima do terceiro grau.
Como já destaquei anteriormente, o signo de Virgem está relacionado com nove
constelações, e neste fato há uma profecia e uma garantia. Aquilo que este signo vela e
esconde é potencialmente capaz de responder a nove correntes de energia que - atuando
sobre a vida dentro da forma e evocando a resposta da alma - produz aqueles "pontos de
crise" e aqueles "momentos de manifesto desenvolvimento" aos quais nos referimos ao
falar sobre Leão Libra-Capricórnio.
Através de Mercúrio, Virgem entra em estreita relação com três constelações - Áries,
Gêmeos e Escorpião. Aqui mais uma vez temos um triângulo de energias de grande
importância na vida do Cristo-menino que Virgem guarda, nutre e esconde dentro de si
mesma. Por intermédio de Áries e Escorpião, a vida e manifestação crísticas são integradas
com as da quarta Hierarquia Criadora; nisto há um grande mistério no que concerne à
manifestação dual do princípio do Cristo tanto na forma quanto - no seu próprio plano -
através da manifestação espiritual; é aqui também que aparece o verdadeiro significado
das palavras encontradas no Bhagavad Gita quando Krishna (o princípio do Cristo) diz a
Arjuna (o discípulo mundial, ou aspecto-forma desenvolvido): "Tendo permeado todo o
universo com um fragmento de mim mesmo, eu permaneço." Há aqui uma referência esotérica à
essencial identidade do Filho com o Pai, "o imorredouro Uno", e com a Mãe eterna, isto é,
com o espírito e a matéria. Este é o mistério fundamental de Virgem e será revelado
quando as energias fluindo de Gêmeos para Virgem, via o planeta Mercúrio, tiverem
realizado o trabalho que lhes cabe, pois Gêmeos é uma expressão da não-manifestada
quarta Hierarquia Criadora - um dos mais elevados grupos de Vidas que se encontram logo
após as sete Que condicionam nossas vidas sistêmicas. Essas Vidas já alcançaram Sua meta,
porém Suas energias estão ainda dirigidas para o nosso planeta e nele focalizadas. Elas não
são imanifestadas no que concerne a planetas tão desenvolvidos como Urano, Júpiter e
Saturno.
Nesta tripla relação das três grandes constelações, pode-se notar uma clara e
compreensível característica: sua dualidade essencial, cujo efeito é óbvio e tão
dramaticamente presente em Virgem. Áries vê o começo ou a iniciação da relação entre
espírito e matéria. Gêmeos é definidamente um signo de dualidade e significa a relação
145
entre estas duas principais energias na quarta Hierarquia Criadora ou humana. Este
dualismo é enfatizado de modo ainda profundo e compreensível em Escorpião, no qual a
nota do ciclo evolutivo que ele domina é o "Verbo se fez Carne". É o signo onde o Cristo
demonstra seu controle sobre a matéria sob a forma do discípulo triunfante. Espírito e
matéria (Áries), alma e corpo (Gêmeos), a mãe e o filho (Virgem), o Verbo e a Carne
(Escorpião) - aqui estão os quatro signos do dualismo criativo e da evolução inter-
relacionada que apresentam e descrevem a potência e os objetivos da quarta Hierarquia
Criadora.
Quando Mercúrio, o mensageiro divino, o princípio da ilusão e a expressão da mente
superior ativa, tiver cumprido sua missão e "guiado a humanidade para a luz", e o Cristo-
menino para fora do útero do tempo e da carne para a luz do dia e da manifestação, então
a tarefa deste grande centro que chamamos humanidade terá sido cumprida. Reflitam
sobre isto, pois o significado da astrologia esotérica surgirá mais claro em suas mentes se
puderem entender esta quádrupla atividade de Mercúrio, e a Inter-relação destes quatro
signos do zodíaco - ligados, como são com o Quaternário logóico.
É neste signo também que a Lua - por direito de antiguidade e pelo velho controle do
pensamento-forma, além de encobrir Vulcano e Netuno - relaciona a força de Virgem com
as energias de Touro, de Câncer e de Aquário. Isto é de peculiar importância, uma vez que
relaciona o aspecto construtor da forma com o aspecto consciência, o qual, em uma
elevada etapa do desenvolvimento, produz a manifestação do princípio crístico ou Cristo-
menino Diz-se esotericamente que quatro dos nomes pelos quais o Avatar Cristo é
conhecido são:
1.O Desejo de Todas as Nações .... Touro Cruz Fixa
2.Aquele a Quem as multidões pressentem
ou por Quem o Mundo Todo Espera Câncer Cruz Cardinal
3. Aquele Que É, para Ela, o
propósito da existência ........Virgem .. Cruz Mutável
4. Aquele Que mostra a luz e dá a água Aquário Cruz Fixa
Todos estes signos indicam formas de consciência, as quais são condicionadas e
manifestadas pelas energias dos signos executando cíclica e incessantemente a tarefa que
lhes toca. Portanto, dizem respeito, primordialmente, às etapas do discipulado e à
manifestação de um discípulo solar. Daí as duas energias provenientes da Cruz Fixa. Esta é,
consequentemente, uma das cruzes intermediárias que relacionam as três maiores e há
muitas assim.
Virgem está relacionada a Touro, por meio de Vulcano, o qual produz o que podemos
chamar o aspecto resistência da vontade-de-ser que impulsiona o encarnado Filho de Deus
através das experiências do período de escuridão, quando a personalidade se torna a Mãe
em gestação; através do período do infante no plano físico; e através do período de
adolescente até o período de plena maturidade do iniciado. Isto exige persistência,
resistência e continuidade de esforço e é uma das características conferidas ou estimuladas
pelas energias que emanam de Vulcano. Podem ver que estes são atributos do primeiro
Raio e são o reverso dos atributos geralmente enfatizados, isto é, a morte ou aspecto do
Destruidor. Touro é uma manifestação da terceira Hierarquia não-manifestada, sobre a qual
nada sabemos além do fato de que está relacionada com a luz que libera da morte. Temos,
146
portanto:
Touro -Iluminação.
Vulcano - 10 Raio ou capacidade de resistência.
Terceira Hierarquia Criadora - Luz libertadora.
Virgem - Vida Crística, latente e ainda não expressa
(como a terceira Hierarquia Criadora).
A Lua - A natureza-forma, a substância da chama que ilumina o caminho.
Um vasto campo de pesquisa psicológica está indicado acima, em conexão com todas
as constelações, os planetas e as Hierarquias, porém é vasto demais para ser desenvolvido
neste Tratado. Será a astrologia do futuro e começará a ser compreendida quando a
consciência grupal e a continuidade de consciência estiverem estabelecidas entre os
homens. Contudo, como forma de ginástica mental, e como indicador de possibilidades, o
conceito é útil para vocês, porque alarga os horizontes indica o maravilhoso alcance do
plano divino e a síntese que subjaz à manifestação.
Netuno é, como sabemos, o Deus das águas, e o termo "água" abrange muitos ângulos
da sabedoria esotérica, como:
1.Todo o conceito de matéria - universal e especificada.
2.As "águas da substância".
3.O oceano da vida.
4.O mundo da miragem e da reação astrais.
5.O plano astral como um todo.
6.O desejo e a natureza emocional.
7.O mundo de focalizada encarnação para as massas.
8.A existência nas multidões, como em Câncer.
De todos estes atributos ou condições do polo feminino na existência (o aspecto
material), a constelação de Câncer é conspicuamente simbólica. Ela precede Leão, o signo
da individualidade e do esforço autoconsciente, e concerne o vagaroso ritmo da vida de
massa - seja a instintivamente ativa ou as reações de uma consciência imposta que é o
resultado da experiência escolhida depois da iniciação. Implica vida da massa, que conduz à
vida do grupo depois da experiência da iniciação, a qual é representada pelo seu oposto
solar - Capricórnio - e encontra plena expressão em Aquário que completa a experiência de
Leão, fundindo-a com a de Câncer e Capricórnio. Estes seis signos
formam uma outra estrela de seis pontas de profundo significado que é a contraparte
subjetiva da estrela-de-seis-pontas a que chamamos o selo do Rei Salomão. O
entrelaçamento dos dois triângulos acima constitui o que é chamado o triângulo da
humanidade e - segundo a teoria da Ciência dos Triângulos - concerne à relação do
indivíduo com a massa da humanidade e do discípulo com o grupo. Estes triângulos
merecem o mais cuidadoso estudo. É Netuno que se acha predominantemente ativo para
provocar uma atividade tal em Câncer que possa criar aquele momentum adequado que
produzirá a progressão para Aquário (através dos signos intermédios).
147
Quero acrescentar algo mais ao ensino sobre a roda da vida e o movimento reverso
que ocorre numa determinada etapa da evolução. Quero chamar-lhes a atenção para o fato
de que a dificuldade do problema e a intensificação da vida de dualidade consciente que
marca as etapas iniciais do Caminho do Discipulado até à etapa imediatamente precedente
à terceira iniciação, baseiam-se na roda do zodíaco, cujas influências contribuem para a
vida da natureza da forma quando giram de maneira normal; as miríades de vidas que
constituem a forma são condicionadas pelos signos do zodíaco que prosseguem de maneira
normal - na direção dos ponteiros do relógio - devido à precessão dos equinócios, enquanto
que a vida do discípulo, focalizada na consciência da alma, é governada (ou deveria dizer,
deve ser governada?) pela roda em movimento oposto ao dos ponteiros do relógio. Esses
dois movimentos são potentemente opostos e, simbolicamente falando, produzem no
devido tempo aquela "separação em direções opostas" que sempre precede a iniciação e a
iluminação de que dão testemunho todos os místicos e iniciados. É isto que na realidade
produz a destruição do véu da ilusão e é a isto que o Novo Testamento simbolicamente se
refere como "o véu do templo foi rasgado em dois de alto a baixo" É este o resultado da
atividade dual da Grande Roda. Precede a noite escura da alma quando o homem queda
pendente entre o céu e a terra e grita então:
"Onde está esse Deus Que me abandonou? Não O vejo em parte alguma, e os
outros deuses também se foram. Estou só, despojado de tudo, e contudo, sem temor.
Vejo a escuridão da forma; vejo a escuridão do espírito distante. E toda a luz da alma
parece ter desaparecido" Mas a seguir, ecoa um grito triunfante: "Eu sei que sou a Luz
de Deus. Nada mais existe."
Através da Lua e também de Júpiter, Virgem relaciona-se com Aquário, o que significa
neste caso, relacionar-se com a sétima Hierarquia Criadora ou com a substância atômica
com a qual o corpo denso da manifestação tem que ser construído se quisermos que a vida
crística (a qual é nutrida por Virgem) venha a manifestar-se com sucesso. A causa da
manifestação é, esotericamente falando, a estimulação das "vida mortas" (a chamada
substância inorgânica) à atividade e utilidade para positiva vida crística, que é o agente da
estimulação. Por isso a Lua é o símbolo da resposta das vidas mortas ao impacto espiritual
externo. A ideia central do ocultismo de que mesmo o menor átomo de substância tem em
si o germe daquilo que pode responder à energia espiritual esta preservada para nós no
ensinamento acerca de Júpiter, o agente do segundo raio do espírito Crístico.
No que diz respeito a Júpiter - como seria de esperar-se num estudo sobre os raios -
Virgem está relacionada a Sagitário e a Peixes. Este é um impacto exotérico, mas produz um
estímulo constante sobre o Cristo interno. Sagitário rege ou condiciona (pois é isto que a
palavra significa) a atividade dos senhores lunares que constroem, com sua própria
substância, o corpo do homem. Torna-se óbvio porque, quando o homem começa a
atividade uni direcionada de Sagitário e se torna um discípulo sincero, lhe é possível
governar sua personalidade de tal modo que, no momento oportuno, esta se torna o
veículo da alma. Isso explica também a reação da personalidade contra tal controle. É
devido a fatos como estes que a astrologia está destinada a tornar-se uma das mais
importantes ciências do futuro, e quando isto acontecer, o controle da personalidade será
exercido cientificamente; serão plenamente utilizadas as influências planetárias e as
energias dos signos à proporção que aparecem ciclicamente, e será feito um esforço
148
especial a fim de conseguir, por exemplo, obter certos aspectos de controle durante o mês
no qual o Sol esteja no signo de Sagitário.
A relação existente entre Virgem e Peixes (entre a Virgem-Mãe e as Deusas Peixes) é
bem conhecida, uma vez que são polos apostos e suas funções são peculiarmente
intercambiáveis. Na revolução da roda comum, Áries e Escorpião marcam o começo e o fim
e atingem a consumação quando a personalidade está firmemente equipada. São,
exotericamente, Alfa e Omega. Na vida do discípulo, Virgem e Peixes representam essa
mesma relação. Peixes traz à consumação o trabalho realizado neste ciclo mundial.
Podemos ter uma ideia do que indicamos acima se estudarmos esta tabulação das nove
constelações com seus signos:
1.Áries ........ Começo ........ Cruz Cardinal
2.Gêmeos ... Relação ......... Cruz Mutável
3.Touro ...... Desejo............ Cruz Fixa
4.Câncer ..... Movimento ... Cruz Cardinal
5.Escorpião . Test-Prova .....Cruz Fixa
6.Sagitário .. Direção ......... Cruz Mutável
7.Aquário ... Serviço ...........Cruz Fixa
8.Peixes ...... Salvação ....... Cruz Mutável
9.VIRGEM ... A MÃE ........... CRUZ MUTÁVEL
Surge aqui um ponto interessante: os quatro braços da Cruz Mutável estão todos
representados nesta inter-relação, indicando que a atividade da Cruz Mutável foi
completada ou que o estágio preparatório da evolução teve sucesso no preparo do homem
para subir à Cruz Fixa. A personalidade está preparada para ser a mãe do Cristo.
Se considerarmos os dois sistemas solares (o atual e o anterior) como uma unidade,
poder-se-ia dizer que.
1. A Cruz Mutável regeu o primeiro sistema solar. Naquele sistema e também no atual,
para a humanidade como um todo, esta Cruz governa o caminho probacionário (que na
realidade abrange toda a vida de experiência até o ponto em que se começa a palmilhar o
caminho do discipulado).
2. A Cruz Fixa governa o atual sistema solar e corresponde ao caminho do discipulado.
3. A Cruz Cardinal governará e regerá o próximo sistema solar e, neste sistema,
governa o caminho da iniciação, que é percorrido pela flor da raça.
O fato de que as quatro energias da Cruz Mutável, três das da Cruz Fixa e duas da Cruz
Cardinal afluem ao signo de Virgem, em graus e potências relativas, indica a importância
fundamental deste "signo de recepção", como é chamado. As nove energias são necessárias
para trazer o homem até o ponto onde o mundo e a influência de dois sistemas solares
tenham cumprido sua tarefa de:
1. Preparação do veiculo de recepção e proteção, que é a personalidade, a forma, o
homem autoconsciente.
2. Trazer à manifestação, por meio desse veiculo, o homem oculto no coração, o Cristo
interno, a alma, o homem grupo-consciente.
Qual será o objetivo e a consumação da atividade da Cruz Cardinal durante o próximo
sistema solar é uma revelação que está oculta ao homem que ainda não alcançou a terceira
iniciação. Está naturalmente relacionada com o Espírito ou primeiro aspecto da divindade,
149
ou com a Mônada e com a expressão da consciência divina. Até que um homem tenha
recebido essa iniciação, nada lhe adiantaria o que eu dissesse a respeito e, na realidade,
não existem palavras para descrevê-la.
Como já disse, os instrutores esotéricos da Hierarquia consideram Virgem como
identificada com o terceiro aspecto da divindade, com o principio mãe, e como dirigente
das energias desenvolvidas e reconhecidas no primeiro sistema solar. É por esta razão que,
no atual sistema solar, Virgem está predominantemente submetida às influências das
energias do 2°, 4° e 6° raios através de Júpiter (segundo raio), da Lua e Mercúrio (quarto
raio) e de Netuno (sexto raio). A Lua e Mercúrio juntos indicam a atividade da mente
superior e inferior e estão, por essa razão, relacionados com o terceiro Raio da Inteligência
Ativa, o qual controlou o primeiro sistema solar. Consequentemente, há apenas um
planeta, Vulcano, que é, de forma pura e distinta, transmissor da energia do primeiro raio.
Estes pontos, que atualmente pouco significam, serão desenvolvidos mais tarde por
astrólogos avançados. Há um outro ponto relacionado às influências planetárias que eu
gostaria de mencionar aqui porque mais uma vez enfatiza a posição sintética de Virgem e
sua contribuição como importante ponto focal para a distribuição da energia da quarta
Hierarquia Criadora. Júpiter rege quatro signos e cada um deles representa um elemento
diferente dentre os quatro elementos que se expressam nos três mundos da evolução
humana. A tabulação seguinte esclarecerá melhor este ponto:
152
LEO, O LEÃO
Como estamos passando para a Era de Aquário na qual o espírito de Aquário será
exemplificado em sua universalidade e em seu sentido de "distribuição geral", é inevitável
que cheguemos a um ponto de crise. O tipo verdadeiramente leonino precisa reagir de
modo novo e único para usufruir da oportunidade, e quando digo tipo leonino, refiro-me às
pessoas que têm o sol em Leão ou no ascendente. A razão para tal é que Leão é o polo
oposto de Aquário, e a interação das energias entre eles está agora muito mais potente do
que jamais esteve na história da humanidade. Este fato vocês não podem comprovar, mas
eu o afirmo. É ele o responsável pelo aparecimento de ditadores em diferentes países
atualmente, e é devido a este fato também, que neste ciclo (antecâmara da Nova Era),
temos a característica atitude destes ditadores - atitude que tem sido frequentemente
ignorada, mas de real valor para a raça: é a atitude que conduz à síntese da vida, objetivos e
intenções nacionais. Um exemplo típico desta atitude é Hitler. Independente de qualquer
opinião que vocês possam ter sobre ele, não há dúvida de que ele unificou, fundiu e
mesclou os vários elementos da raça germânica. Esta é uma atividade de natureza
aquariana, embora no seu mais inferior e indesejável aspecto. É também da natureza de
Leão, pois as pessoas que podem produzir tais resultados são, por força, intensamente
autoconscientes. Esta é a maior característica do leonino. Que papel Leão desempenha no
horóscopo da personalidade de Hitler não sei, porque não investiguei, mas é
importantíssimo no horóscopo de sua alma.
Sugiro aos astrólogos modernos que façam os horóscopos das figuras dominantes no
atual cenário mundial, com os planetas que indiquei como esotéricos; todas as pessoas
avançadas e de grande importância estão no caminho do discipulado ou se aproximando
dele, e, portanto, a influência dos planetas esotéricos torna-se cada vez mais potente. A
tendência para fundir, mesclar, amalgamar e a contra parte espiritual desta unificação está
hoje mais forte do que nunca e os tipos que a produzem exotericamente têm que em
algum lugar apresentar Leão numa posição proeminente em seus horóscopos, ou o Sol
controlando alguma casa importante. Se isto não ficar provado no horóscopo, é porque a
hora exata e dia do nascimento não estão corretos.
Este signo, Leão, é o quinto signo do zodíaco, o que indica que ele é parte do
misterioso número dez - o número da perfeição - perfeição relativa que antecede a entrada
num novo ciclo de progresso. Isto liga Leão, consequentemente, a Capricórnio, o décimo
signo do zodíaco, porque é o processo de iniciação que torna o indivíduo autoconsciente
numa pessoa consciente do grupo. Na roda inversa, este é o oitavo signo, o signo do Cristo
e da Realidade interna, e que, deste modo, marca um novo ciclo. Quando nasce a
autoconsciência (como no momento da individualização), um novo ciclo começa. Este
significado numérico liga Leão a Escorpião (o oitavo signo do zodíaco) de modo efetivo e aí
temos, portanto, o triângulo Leão-Escorpião-Capricómio envolvendo a humanidade e
indicando os três importantes pontos de crise na trajetória do homem:
1.Autoconsciência ou percepção humana. Unidade - Leão.
2.Consciência das dualidades em luta. Discipulado - Escorpião.
3.Consciência de grupo como um iniciado. Unidade - Capricórnio.
153
Leão é um signo de fogo e o mais proeminente signo de fogo atualmente. Os Filhos da
Mente, os autoconscientes Filhos de Deus, são, acima de tudo, os Filhos do Fogo, pois
nosso "Deus é um Fogo consumidor". Há neles aquela peculiar qualidade que pode queimar
e destruir todos os empecilhos à sua essencialmente divina expressão. Devem ter em
mente a natureza purificadora do fogo. Há dois elementos que estão relacionados, na
consciência pública, com a purificação - um é a água, o outro é o fogo. É neste sentido que
os signos de água, Câncer-Escorpião-Peixes, são interessantes, e os signos de fogo, Áries-
Leão-sagitário, merecem ser estudados. O fogo sempre leva avante, esotericamente, aquilo
que a água começou.
Em Câncer, as águas purificadoras da experiência começam seu benéfico trabalho. Isto
tem início na Cruz Cardinal porque esta Cruz lida somente com as totalidades e, portanto,
com a experiência da massa.
Em Escorpião, as águas purificadoras dos testes e provas são aplicadas. Isto tem lugar
na Cruz Fixa e o seu efeito é drástico ao extremo.
Em Peixes, as águas da purificação são aplicadas por meio da vida diária e dos
processos de encarnação; aplicam-se ao "peixe que nada nas águas da matéria e nela
encontra seu sustento." Isto tem lugar na Cruz Mutável da existência e experiência material
comum. Assim a influência das três cruzes é exercida sobre o encarnado Filho de Deus na
roda da vida comum e na ordem usual. Na roda reversa, o fogo toma o lugar da água e
queima todo o lixo. Consegue-se assim gradualmente a purificação da natureza inteira, e o
homem se torna sensível às influências que podem chegar a ele quando a triplicidade ígnea
começa a reorientá-lo para a universalidade, a autoconsciência e as atitudes uni
direcionadas. A medida que prosseguirmos no nosso estudo, irá aparecendo o significado
desta afirmação. Estou insinuando pontos de importância espiritual e esotérica porque este
signo, Leão, tem supremo controle na vida do aspirante. Ele tem que conhecer a si mesmo
mediante a verdadeira autoconsciência antes de poder conhecer aquele espírito divino que
é seu verdadeiro Eu, e também conhecer seus semelhantes.
Leão é uma parte da Esfinge, e sobre isto não preciso estender-me uma vez que já foi
tratado em outra parte. Isto é um grande mistério. Juntos, Virgem e Leão representam o
homem inteiro, o homem-Deus, e também o espírito matéria. É importante ter isto em
mente, pois quando a natureza do mundo for revelada, então o mistério da Esfinge deixará
de existir.
As notas-chave deste signo são bem conhecidas. Elas emitem a nota da individualidade
e a da verdadeira autoconsciência. Muitas pessoas estão convencidas de ser
autoconscientes, quando são apenas impelidas pelo desejo e orientadas para a satisfação
desse desejo ou quando se reconhecem como o dramático centro de seu universo. Todavia,
a pessoa verdadeiramente autoconsciente é aquela consciente do propósito, de uma vida
autodirigida e de um plano e programa de vida desenvolvidos e definidos. Quando isto se
encontra presente deduz-se que existe percepção mental e um certo nível de integração.
Ser motivado apenas pela emoção e ativado pelo desejo não indica a verdadeira
autoconsciência. No homem não evoluído há muito mais instinto do que autopercepção.
No homem autoconsciente verdadeiramente desenvolvido estão presentes não apenas
direção, propósito e plano, mas também a consciência do agente ativo do plano e da ação.
Reflitam sobre isto.
154
Há duas notas-chaves subsidiárias, porém potentes, que quero discutir neste ponto
para que as influências exercidas por Leão seja claramente percebidas. São elas a vontade-
para-iluminar, que constitui o impulsor para o autoconhecimento, autopercepção e
positividade intelectual, e também a vontade-para-governar e dominar, que é tão peculiar
neste signo e de sutil potência no homem de Leão. É esta vontade-para-comandar que leva
o nascido neste signo a eventualmente conseguir o autodomínio e o controle da
personalidade (seja por um bom motivo ou por egoísmo); é esta tendência que leva
finalmente a personalidade regida por Leão a controlar pequenos ou grandes grupos de
pessoas. Isto - num estágio avançado - é uma expressão da fusão da energia de Leão e da
potência de Aquário. É inevitável para homens e raças: toda a experiência em Leão prepara
para isto.
A vontade-para-iluminar é o que impulsiona todos os leoninos a experimentar e assim
obter conhecimento; é o que os liga a Touro, aquele que "carrega em sua fronte a joia que
dá luz." Na relação Touro-Leão-Aquário, temos um importante e significativo triângulo
zodiacal no que concerne ao homem e é peculiarmente significativo para a quarta
Hierarquia Criativa, a Hierarquia humana. Temos, pois:
1. Touro - o incentivo em direção à experiência para obter conhecimento.
2. Leão - A expressão da experiência para justificar o conhecimento.
3. Aquário - O uso da experiência para tornar o conhecimento um fator no serviço.
Este triângulo expressa a vida da humanidade e demonstra finalmente a perfeição ou
consumação do caminho humano. Outro triângulo é de natureza algo similar, Leão-Virgem-
Peixes, porém produz uma expressão de consciência ainda mais sutil.
1. Leão - O homem autoconsciente. Personalidade. Unidade inferior.
2.Virgem - A vida ou principio Crístico latente. Dualidade.
3.Peixes - A alma grupo-consciente. O Salvador do Mundo. Unidade.
Notem como insisto em enfatizar a consciência e seu progressivo desenvolvimento, e
não a forma ou o agregado de formas que escondem da entidade consciente qualquer
natureza ou grau da existência. Do mesmo modo que no Tratado sobre o Fogo Cósmico
procurei dar a chave psicológica para A Doutrina Secreta e para interpretar a consciência
subjacente que é expressa pelos Seres (considerados nessa obra), também no Tratado
sobre os Sete Raios estou levando adiante a mesma ideia, ao mesmo tempo que procuro
fornecer a necessária chave para a moderna psicologia exotérica, assim como algumas
indicações a respeito da chave astrológica a que H.P.S. se refere em A Doutrina Secreta As
Entidades de que ela se ocupa no seu magistral trabalho da verdade esotérica são reveladas
aqui como influências cósmicas, solares e planetárias que evocam - em resposta às Suas
emanações de energia ou atividades vibratórias - um despertar da consciência na forma, de
modo que esta fique alinhada ou estreitamente relacionada às consciências desses Seres.
Todas as revelações parecem surgir, na consciência da raça, de dentro da forma mais baixa
ou mais material porque a "escalada do conhecimento em direção à sabedoria" é sempre a
chave para o progresso; portanto, a psicologia e a astrologia exotéricas tinham que
preceder à revelação de seu significado; a natureza da forma tinha que se tornar aparente e
o homem tinha que se acostumar a ela antes que o significado por trás da forma pudesse
ser revelado. Perguntarão qual o motivo para este modo de proceder, e eu posso dar um
entre os muitos motivos que, com uma pequena reflexão intuitiva, seriam convincentes. Os
155
poderes da alma, de compreender e raciocinar, estão completos e desenvolvidos. Porém, as
almas - orientadas para a encarnação e a vontade-de-servir - não possuem ainda, nos três
mundos, as formas necessárias e adequadas para expressar o conhecimento que a alma
possui no seu próprio nível de percepção. Se os significados internos das formas simbólicas
externas fossem registrados por uma forma despreparada (o aparelho de resposta da alma
nos três mundos, e no caso do homem, envolvendo os sistemas nervoso e glandular e o
cérebro sem preparação nem evolução) a energia da alma destruiria a forma e a expressão
inferior seria despedaçada. Aqui podemos notar o significado do tempo e inteligentemente
empregá-lo, mas isto envolve um desenvolvimento definido do sentido esotérico. Há outras
razões, mas esta é suficiente. No processo evolutivo há, portanto, primeiro a forma,
gradualmente preparada, ajustada, alinhada e orientada durante muitos éons de tempo;
por trás desta forma ativa e, à medida que ela progride paulatinamente e responde melhor
ao meio ambiente e ao contato, está a consciência que desperta vagarosamente.
Esta é a alma, pensante, intuitiva, amorosa, que intensifica o controle sobre seu
aparelho de resposta, que tira proveito de todos os possíveis avanços feitos pela forma, e
que aplica cada influência para o aperfeiçoamento do grande trabalho à que se propôs sob
a Lei do Sacrifício.
É por esta razão que, neste Tratado, eu não tento provar - cientificamente e no
sentido exotérico moderno - a resposta natural aos fatores psicológicos internos e às
influências astrológicas esotéricas. Estas podem ser facilmente demonstradas e
instantaneamente evidenciadas assim que a ciência moderna aceite as premissas ocultistas,
ainda que apenas de modo experimental e hipotético. Estou restringindo-me inteiramente
ao tema do desenvolvimento da consciência, do significado e das significâncias, e da
resposta desta entidade consciente às muitas influências e impactos vibratórios a que está
sujeita pelo fato de ser parte integral de outras Vidas maiores. Reflitam sobre isto. Esta é a
minha mais frequente injunção, porque a atividade da reflexão é o mais potente meio de
revelação.
Procurei atrair a atenção de vocês para os pensamentos acima, porque, no signo que
estamos estudando agora, está aberto ao investigador o tema da autoconsciência. A
consciência de massa em Câncer dá lugar à consciência individual em Leão. Da massa ou do
rebanho, emerge a unidade auto-suficiente que se torna cada vez mais consciente de sua
unicidade, sua solidão e sua atitude isolada como "um no centro" de seu pequeno cosmos.
Esta atitude continua a desenvolver-se e torna-se enfática e dinâmica (uso estas palavras
propositadamente) conduzindo à consciência pronunciadamente egocêntrica do homem
egoísta, inteligente e à ambiciosa manifestação de poder egoísta do homem que deseja
sucesso e posição. Porém, oportunamente chega o momento em que a natureza da Cruz
Fixa começa a despertar na consciência do homem e a influência de Aquário, (o polo oposto
a Leão), começa a equilibrar a influência deste signo. Depois produz-se uma mudança
gradual do foco de atenção que se afasta "daquele que está só" para o grupo ao seu redor,
e uma mudança igualmente importante, de interesses egoístas para as necessidades
grupais. Isto traduz, concisamente, o objetivo alcançado pelo homem na Cruz Fixa; o efeito
dessa Cruz é trazer luz e liberação. Isto pode ver-se claramente se compararmos as energias
dos quatro braços da Cruz à medida que se manifestam no homem antes e depois de sua
longa e drástica experiência nesta Cruz:
156
1.Touro - o Touro do Desejo. A luz da aspiração e do conhecimento
2.Leão - o Leão da Autoafirmação. A Luz da Alma.
3.Escorpião - o Agente da Ilusão. A Luz da Liberação.
4.Aquário - o Cálice do Autosserviço. A Luz do Mundo.
A Cruz Fixa é a Cruz da Luz. E atuando continuamente por meio desta Cruz, fluindo de
Leão, estão os "fogos de Deus" - cósmico, solar e planetário - produzindo a purificação, a
intensificação da luz e, oportunamente, a revelação ao homem purificado que se encontra
na luz. De Áries vem o fogo cósmico; de Sagitário vem o fogo planetário, de Leão vem o
fogo solar. Cada um destes fogos "limpa o caminho, queimando” para expressar os três
aspectos divinos: o espírito (Áries), a alma (Leão) e o corpo (Sagitário). Esta é a base
cientifica do ioga do fogo, aplicada pelo homem plenamente autoconsciente ao reflexo dos
três aspectos divinos nos três mundos; estes são os três modos de expressão divina nestes
três mundos. É este o significado do fato de que diante do Portal da Iniciação estende-se o
solo ardente que todos os discípulos e iniciados terão que palmilhar. O sujeito de Leão
atravessa este solo ardente com vontade e esquecimento de si mesmo. Quando ele
alcançou plena autoconsciência e integração mental e quando ele atingiu uma
personalidade efetiva, então ele caminha sem se deixar deter pelo sofrimento.
Uma pequena reflexão tornará claro porque o Sol é o regente das três condições de
Leão - exotérica, esotérica e hierárquica. É correto supor-se que o propósito do atual
sistema solar seja o desenvolvimento da consciência, e se para os seres estritamente
humanos a autoconsciência é a meta, então é óbvio que o Sol deve governar, pois ele é a
fonte da consciência física (exotérica e simbólica da personalidade), da percepção da alma
(esotérica), e da vida espiritual (hierárquica). Estou reiterando a necessidade de reconhecer
a estimulação da consciência como o objetivo de todas as influências astrológicas porque o
tema em destaque em Leão é a atividade da unidade autoconsciente em relação ao seu
meio ambiente ou o desenvolvimento da resposta sensível aos impactos ambientais
daquele que está - como está o Sol - no centro de seu pequeno universo. Toda a história, a
função de Leão e suas influências podem ser resumidas na palavra "sensibilidade", a qual
pode estudar-se em quatro etapas:
1. Sensibilidade aos impactos condicionantes do meio ambiente, isto é, os impactos do
mundo da evolução humana, os três mundos ou planos, por meio dos três aspectos do
aparelho de resposta da alma;
2. Sensibilidade à vontade, anseios e desejos da personalidade, o homem
autoconsciente integrado, o ser inferior;
3. Sensibilidade à alma como fator condicionante em lugar da sensibilidade ao mundo
ambiente como fator condicionador;
4. A sensibilidade espiritual do Homem-Deus (a fusão da alma e da personalidade) ao
meio ambiente. Nesta fase do desenvolvimento, o homem liberado não é condicionado
pelo meio, mas começa a árdua tarefa de condicioná-lo em relação ao plano e propósito
divinos, e ao mesmo tempo, começa a cultivar a sensibilidade aos impactos superiores
daqueles mundos que conduzem à meta final.
Quero que se lembrem sempre desta inata sensibilidade espiritual e desta
sensibilidade material exterior para que possam verdadeiramente compreender as
influências que Leão exerce não só sobre os seres humanos e, especialmente, sobre os
157
nascidos neste signo ou que o tenham no ascendente, como também sua influência sobre o
planeta. Em todo o universo, a alma é o tema consciente e sensível do plano divino - a alma
como anima mundi ou alma do mundo, que anima todas as formas abaixo do reino animal;
a alma como alma animal e a extensão desta para os corpos de todos os animais, incluindo
o corpo físico humano; a alma como alma humana, que é ainda uma expansão do mesmo
fator sensitivo, porém aumentado ou estimulado pelo princípio de auto percepção ou
sensibilidade pessoal enfocada em toda expressão subumana da alma, acrescida da
percepção (consciente ou inconsciente) da alma imortal ou divina; a alma como ego ou
alma espiritual em seu próprio plano - a fonte de consciência no que tange aos três mundos
da evolução, e a meta de todos os atuais processos evolutivos.
Os três aspectos do Sol (tal como tratados em A Doutrina Secreta) são importantes
neste ponto, porque as influências que fluem deles e através deles destacam todo o mundo
subjetivo e latente da consciência, e produzem (quando da revelação e liberação finais) a
plena expressão da consciência da Deidade. Podemos chamar a isto de sensitividade divina,
mente universal ou o plano ou propósito divino. As palavras são inadequadas para
expressar aquilo que mesmo o iniciado conhece tão pouco. Estes três aspectos do Sol são
os fatores que dão nascimento à consciência e possibilitam a conquista do objetivo final;
eles tornam possíveis todas as formas de consciência porque têm suas raízes no Sol
(simbolicamente falando) e são um aspecto inerente do grande todo.
1.O Sol físico - a anima mundi; a alma animal. Multiplicidade.
2.O coração do Sol- a alma humana e o ego divino. Dualidade.
3.O Sol central espiritual - a consciência divina. A vontade do todo. A percepção
de Deus. Unidade.
Como já dissemos, o Sol vela certos planetas ocultos, e no caso de Leão, os dois
planetas através dos quais o Sol focaliza sua energia ou influências (como uma lente) são
Netuno e Urano. O "coração do Sol" emprega Netuno como seu agente, enquanto que o Sol
central espiritual derrama suas influências através de Urano. Todavia, a atividade de Urano
é somente registrada por aqueles que estão num estágio de desenvolvimento muito
avançado no Caminho e é análogo àquele ponto no desenvolvimento da consciência
quando, por um ato da vontade, o homem consciente iluminado (focalizado no mais alto
centro da cabeça) desperta o centro na base da espinha e leva kundalini para cima. Fazendo
uma ampla, e por isso inexata, generalização, podemos dizer que este processo
desenvolvido nas três Cruzes:
1. Na Cruz Mutável, é o Sol físico e suas influências que afetam o homem, estimulam
as células do corpo e sustentam a natureza da forma, afetando os centros abaixo do
diafragma.
2. Na Cruz Fixa, o "coração do Sol" é chamado à atividade e faz fluir sobre o homem
suas energias através de Netuno. Estimula e afeta os centros do coração, da garganta e o
centro ajna.
3. Na Cruz Cardinal, o Sol espiritual central é chamado à ação, Urano é então o agente
distribuidor, e o centro da cabeça do iniciado passa a exercer a direção e controle.
Com relação à Cruz Mutável, os raios do Sol numa forma tríplice (combinando as
energias inferiores do Sol tríplice) jorram para e através do homem, por intermédio de
Júpiter, o qual é o agente do segundo raio que o Sol expressa tanto cósmica quanto
158
sistemicamente.
Daí a tripla relação do Sol com Leão, que é única no nosso sistema solar, e daí a
importância do triângulo que controla o homem nascido em Leão: o Sol, Urano e Netuno. A
energia de Leão é focalizada por meio do Sol, e é distribuída para o nosso planeta através
do Sol e dos dois planetas que ele oculta.
Netuno, sendo o signo da Deidade das águas, está relacionado com o 6°. Raio, que
governa o plano astral, emocional ou do desejo. Quando Netuno está ativo no indivíduo
avançado de Leão, a emoção-desejo foi transmutada em amor-aspiração e dedicados à
alma e para ela orientados; toda a natureza emocional ou sensível responde às energias
provenientes do "coração do Sol", e quando isto sucede, indica que o discípulo está agora
pronto para a 2ª iniciação. Esta orientação é provocada por aquilo que é chamado "a
sublimação da influência da Lua", a qual, como sabemos, é a mãe, simbolicamente falando,
da natureza da forma, e reflete o Sol, ou aspecto-Pai. Esta afirmação tem um significado
extremamente ocultista. Esotericamente falando, temos o aparecimento de um
interessante triângulo de força que afeta o nascido em Leão - o Sol, a Lua e Netuno; são
eles expressões do 2°, 4° e 6° Raios e, onde estes três estão predominantemente ativos,
temos o estabelecimento daquela "atitude e alinhamento internos que forçam a abrir-se a
Porta do Lugar Sagrado." Uso estas velhas frases aqui porque elas expressam de modo
conciso o que levaria muitas páginas para elucidar, e porque elas possuem aquela nota de
estimulação esotérica que desperta, no discípulo, o poder do pensamento abstrato.
Em relação ao horóscopo do nascido em Leão e ao tema da iniciação, quero destacar
que, quando o Sol, a Lua (ocultando um planeta) e Saturno estão reunidos numa
determinada casa do horóscopo, temos aquilo que se chama o "sinal" do homem que está
prestes a receber a iniciação. Leão, sendo o 5° signo do zodíaco, contando de Áries através
de Touro, e também o 8° signo, contando de Áries via Peixes, está estreitamente ligado,
pela afinidade numérica, com Mercúrio, que é esotericamente chamado "o Mensageiro no
oitavo portal". Mercúrio estava ativo na época da individualização quando o "oitavo portal"
foi aberto e uma das iniciações principais do nosso Logos planetário teve lugar, produzindo
no reino humano, o processo da individualização.
Sob outro ângulo, como se pode deduzir, Leão está relacionado a Escorpião, cujos
números na roda zodiacal são os mesmos cinco e oito de Leão. Temos, pois, a formação do
triângulo a que me referi anteriormente: Leão-Escorpião conduzindo à iniciação em
Capricórnio.
Como estamos no mesmo assunto, podemos tocar num outro ponto: agosto, que é
regido por Leão, é o mês da estrela do Cão, ou Sirius, o que põe Sirius em estreita relação
com Leão. Leão, num sentido cósmico (e totalmente à parte do nosso sistema solar), é
governado por Sirius. Sirius é o lar daquela Loja maior onde é admitido o homem, como
humilde discípulo, após a sua 5ª iniciação. Mais tarde quando estiver fundada e atuante a
nova religião mundial veremos que o principal festival será o da Lua Cheia de agosto,
dedicado a fazer contato com a força de Sirius, via Hierarquia. Cada um dos meses do ano
serão, mais tarde, dedicados (através de exato conhecimento astrológico e astronômico) à
constelação que governar um determinado mês, assim como Sirius governa Leão. Isto será
desenvolvido mais tarde nos escritos referentes às novas "Aproximações" à realidade
espiritual.
159
Mercúrio aparece novamente neste nosso estudo e assim temos a formação de um
quaternário esotérico que afeta poderosamente o principal quaternário do homem -
espírito, alma, mente e cérebro. Esta energia provoca uma inter-relação e um despertar
internos que prepara o aspirante para a iniciação. Este quaternário superior é Sirius-Leão
Mercúrio-Saturno. Temos, portanto:
160
Como o alinhamento acima corresponde a um estágio muito elevado de iniciação, não
será possível assimilarem todas as suas implicações, mas bastará para revelar o tema e
propósito subjacentes da grande obra.
Vários importantes triângulos de força estavam ativos no momento da
individualização e os "Leões, as divinas e fulvas Chamas" surgiram, e assim chegou a
humanidade ao planeta. De passagem, quero mencionar um desses triângulos: o Sol (2°
raio), Júpiter (2° raio) e Vênus (5° raio). Torna-se claro que temos aqui uma outra esfera de
influência, governada por Leão. É um triângulo a que se refere H.P.B. em A Doutrina
Secreta, cuja influência ela procurava elucidar. Tão potente era a influência deste triângulo
que seu efeito sobre a Lua foi despojá-la de todas as "sementes de vida", destruindo assim
sua influência, uma vez que ela era indesejável para a humanidade.
Através de Urano, Leão está relacionado com três outros signos do zodíaco: Áries,
Libra e Aquário. Juntamente com Leão, estas três constelações formam o que é chamado "o
quaternário subjetivo da alma reencarnante", porque se referem aos átomos permanentes
que persistem de vida para vida e constituem - durante o ciclo da reencarnação - os
depositários das experiências sofridas durante a vida nos três mundos.
1. Áries - está vinculada à intenção da alma, a atividade vibratória que (sob o impulso
da Mônada) inicia os sucessivos períodos involucionário que produzem o aparecimento no
plano físico.
2. Libra - está vinculada à unidade mental e, como vimos o estudar o signo de Libra,
produz no devido tempo o equilíbrio entre os pares de opostos. Isto é efetuado no plano
astral. O equilíbrio assim conseguido provoca a reversão da roda zodiacal e tem lugar
quando foi conseguida a integração, e o homem está focalizado no plano mental. Ele pode,
então, por meio do correto uso da mente, discriminar entre os pares de opostos e
encontrar o estreito caminho do fio da navalha que passa entre eles e, nele, manter o
equilíbrio.
3. Leão - vinculado ao átomo astral permanente porque o desejo ou poder de avançar
e, ocultamente, tocar aquilo que é desejado, é a base de todo sentido de percepção ou
resposta, e a causa subjacente da progressão ou movimento evolutivo para adiante. É a
nota-chave do homem que alcançou aquela atitude verdadeiramente "autocentrada" que
faz dele um individuo. Mais tarde, à medida que o poder de resposta cresce e o mundo dos
assuntos insignificantes se converte no mundo de valores maiores e da realidade, os
desejos transformam-se em aspiração e finalmente em vontade, propósito e intento.
4. Aquário - vinculado ao átomo físico permanente que, como se sabe, encontra-se no
nível etérico. É por meio desta teia individual que nos relacionamos com o todo. A
consciência universal de Aquário expressa-se apenas quando o corpo etérico individual está
em relação consciente com o corpo etérico da humanidade, do sistema solar e - é claro - do
planeta.
Quero destacar que o termo "átomo permanente" é essencialmente simbólico, e o
que chamamos de átomo permanente é, na realidade, uma unidade de energia dentro da
esfera de influência do raio da alma que pode ser a qualquer tempo "apanhada" (se posso
usar tal termo). Nesses átomos a memória passada do eu pessoal é armazenada; eles são
da natureza das "células da memória" e são os depositários das passadas experiências, das
qualidades adquiridas e da nota particular que o corpo do qual ela é o núcleo conquistou.
161
São de natureza material e relacionados somente com o aspecto forma, e dotados de tanta
consciência quanta a que a alma conseguiu desenvolver nos três mundos. Este é um
assunto bastante intrincado e só será compreendido e seu simbolismo corretamente
interpretado, quando a clarividência se tornar um atributo do homem comum. Ai então, o
foco da substância em qualquer forma (seu centro galvanizador) poderá ser visto. Não há
necessidade de se debruçarem sobre o assunto - extraordinariamente difícil e que se
constitui, em si mesmo, em uma ciência muito avançada, envolvendo o mistério do
primeiro sistema solar, o passado (novamente as células da memória dão a sua
contribuição). É por meio dos átomos permanentes que as Forças do Materialismo podem
atuar; a Grande Loja Branca trabalha através dos sete centros.
Áries começa o processo e é o "iniciador do processo que conduz ao progresso" e - no
fim da era (que está agora na sétima ou última iniciação) - o Iniciador dos Mistérios
trabalhará sob as instruções e energias que emanam do Senhor da Constelação de Áries.
Em última análise e esotericamente falando, o fogo é o grande liberador e Áries é o
principal signo de fogo que, no devido tempo, "fundirá o princípio com o fim, reunirá os
opostos e eliminará o tempo e o espaço". Atualmente, o Iniciador dos Mistérios atua sob a
inspiração e energias que emanam de Capricórnio - um signo de terra - porque a
humanidade está ainda presa à terra. As forças da iniciação produzem seus principais
efeitos sobre o plano físico, porque é nele que o iniciado tem que demonstrar sua
liberação, sua compreensão e sua divindade.
Devido à sua posição na Cruz Fixa, Leão encontra-se sob a influência, direta ou
indireta, de seis planetas: o Sol, Netuno, Urano, Júpiter, Vênus e Marte. Todos eles se
expressam poderosamente neste signo, alcançando um determinado ponto de revelação e
produzindo - devido à união de sua atividade e interação - a estrela de seis pontas da
humanidade. Eles condicionam a consciência do homem, mas não os acontecimentos, exceto
quando, num determinado ponto de sua evolução, a sua consciência assume o controle.
Relacionadas com a ciência da astrologia esotérica há ciências subsidiárias, como a Ciência
dos Triângulos à qual frequentemente me tenho referido. Há também a Ciência dos
Relacionamentos, que diz respeito às relações entre os vários quaternários que podem ser
descobertos nas inter-relações planetárias, a relação entre quatro constelações, além de
muitos quaternários humanos e divinos. Há ainda a Ciência das Estrelas de Energia, como as
que citei ao me referir à estrela de seis pontas da humanidade, cujo símbolo mais
conhecido desta Ciência é o Selo do Rei Salomão. Estas estrelas, triângulos e quadrados
encontram-se em todos os horóscopos - humano, planetário, sistêmico e cósmico - e
constituem o padrão de vida do Ser que estiver sendo investigado, além de determinar o
tempo de manifestação e a natureza das emanações e influências.
Os quadrados ou quaternários relacionam-se com a aparência material ou expressão da
forma; as estrelas, com os estados de consciência, e os triângulos, com o espírito e a
síntese. Nos arquivos dos astrólogos esotéricos ligados à Hierarquia, são guardados os
mapas daqueles membros da família humana que alcançaram o adeptado e outros graus
superiores. Eles são compostos de quadrados, estrelas e triângulos superpostos sobre o
símbolo da Cruz Cardinal. Os quadrados, tendo cada um dos quatro ângulos e pontas nesta
ou naquela das quatro constelações zodiacais, são desenhados em preto; a estrela de cinco
pontas, em amarelo ou dourado, e suas cinco pontas estão em contato com cinco das
162
constelações zodiacais na grande roda; os triângulos estão em azul e têm, acima de cada
ponta do triângulo, um símbolo esotérico que representa, cada um, as constelações da
Grande Ursa, de Sirius e das Plêiades. Estes símbolos não podem ser aqui revelados, mas
indicam o ponto de consciência espiritual alcançado pelo iniciado e o seu grau de
sensibilidade às principais influências cósmicas. Um olhar para estes mapas indicará
imediatamente o status do iniciado e o ponto seguinte que ele está procurando atingir.
Estes mapas são quadridimensionais e não superfícies planas como são os nossos mapas.
Esta é uma informação interessante, mas sem valor, exceto pelo fato de indicar síntese, a
fusão do espírito, alma e corpo, e o ponto de desenvolvimento. Prova também que "Deus
geometriza" no que diz respeito à alma. São interessantíssimos, esses mapas.
A relação entre Leão e Câncer, através de Netuno, já foi antes abordada e, por certo, é
facilmente evidente se tiveram o mínimo de compreensão sobre a evolução do aspecto
consciência. Há, primeiro que tudo, a consciência de massa; a seguir, a consciência do
dramático e isolado eu; e, finalmente, novamente a consciência grupal, que é, na realidade,
a combinação das formas mais elevadas da consciência grupal e individual a serviço do
Plano. Reflitam sobre esta definição porque ajudará a compreensão.
O peculiar significado de Leão na evolução geral da consciência, particularmente na
família humana, é determinado pelo controle destes dois misteriosos planetas, Urano e
Netuno. No homem que está pronto para a iniciação temos, portanto, um controle dual,
isto é, o próprio Sol e também o Sol, na medida em que ele encobre as influências destes
dois planetas, ou melhor, na medida em que ele as focaliza e transmite com intensidade.
Isto provoca os seguintes desenvolvimentos:
1. O Sol-Autoconsciência plena. Isto - por meio da influência do Sol físico e do "coração
do Sol" - produz a percepção da relação entre o eu superior e o eu inferior. O homem
torna-se consciente de sua dualidade essencial.
2. Urano - Consciência ocultista, ou aquela condição de fusão inteligente que produz a
unificação científica dos dois fatores - o eu superior e o eu inferior - por meio do inteligente
uso da mente.
3. Netuno - Consciência mística, ou aquela sensibilidade inata que conduz sem erro à
visão superior, ao reconhecimento da inter-relação envolvida na dualidade essencial do
homem durante o processo de manifestação, mais a atividade do mediador.
Temos, pois, o Eu integrado, consciente, funcionando com pleno conhecimento
ocultista e também com percepção mística quando as influências de Leão, focalizadas
através do Sol, Urano e Netuno, são adequadamente levadas adiante na vida do discípulo
adiantado. Esta é uma das razões porque Leão é um signo de tamanha importância, e
porque o nativo inteligente de Leão pode, geralmente, atingir seu objetivo, uma vez que o
perceba com exatidão.
Este signo tem sido frequentemente descrito como o "campo de batalha das Forças do
Materialismo e das Forças da Luz". É ocultamente considerado como um dos signos mais
materialistas, porquanto o desejo egoísta por objetivos materiais pode estar peculiarmente
presente e o espírito de possessividade controlar violentamente; porém, ao mesmo tempo,
o nativo avançado de Leão pode funcionar como o "inspirado Sacrifício espiritual". Ele está
então sensível às condições mundiais e, livre de desejos pessoais.
Antes que um homem alcance a iniciação, ele precisa estar plenamente
163
autoconsciente, misticamente orientado e ocultamente desenvolvido. Ele precisa perceber-
se como ele essencialmente é - uma alma envolvida na forma que é, ela própria,
desenvolvida e desdobrada pela atividade da alma; ele deve ser um místico desenvolvido,
capaz de visão pura, motivado pelo intento espiritual e capaz de perceber os usos da
sensibilidade inerente; ele precisa também ser um ocultista treinado, mentalmente
polarizado e profundamente consciente das realidades, forças e energias da existência e,
portanto, livre das costumeiras miragens e ilusões que cobrem as reações e a vida da
maioria dos homens. Ele é, então, governado pelo Sol físico, motivado pelas energias que
emanam do "coração do Sol" (via Netuno) e causando a unificação através das forças que o
alcançam (por intermédio de Urano).
Para além destes dois distantes planetas, existe um outro que ainda não foi
descoberto, embora haja especulações a seu respeito devido a certos movimentos
inexplicáveis do planeta Netuno. É por intermédio desse planeta que as Forças relacionadas
a Leão e Aquário o focalizadas numa poderosa corrente de forças que fluem para a no vida
planetária durante o mês de agosto, distribuindo-se via Urano Netuno. Temos, então:
LEÃO E AQUARIO
Mapas das linhas cósmicas de forças dirigidas, tais como as acima mencionadas,
podem ser fornecidas para todas as energias das constelações e forças planetárias, mas
escolho indicar apenas este no momento, porque é o mais importante para a humanidade.
Os outros poderiam induzir a erro devido ao atual ponto de compreensão inteligente e
influência do homem.
Quero chamar a atenção para o fato que, através destes planetas diretores, os raios
seguintes são fatores controladores no mapa de quem nasce em Leão:
1.O Sol- 2° raio - amor-sabedoria.
2.Urano - 7° raio - organização ou manifestação dirigida.
3.Netuno - 6° raio - centralização idealista - devoção a um objetivo.
No homem perfeito de Leão, a amorosa alma autoconsciente (2° raio) leva seu poder
de expressão diretamente do seu próprio plano para o plano da manifestação exterior, mas
preserva, ao mesmo tempo, seu controle interior (Urano) e a partir desse ponto de
realização prossegue para tornar seu objetivo ideal (Netuno) um fato na consciência,
através da sensibilidade à vibração superior e o direcionado e inteligente serviço do Plano.
Reflitam sobre esta consumação.
164
Quando Urano controla, aquele que nasce em Leão é significativamente o verdadeiro
observador, desapegado do lado material da vida, porém utilizando-o quando o queira. Sua
consciência espiritual é capaz de grande expressão, e ele pode ser (como é frequentemente
destacado pelos astrólogos) não só um líder elétrico e dinâmico, um pioneiro em novos
campos de empreendimentos e esforço, mas também o centro magnético de um grupo -
pequeno como um lar ou vasto como uma nação. Aí então, ele está polarizado acima do
diafragma, porque os aspectos materiais inferiores da vida realmente não o atraem; ele
está profundamente consciente de sua identidade, o que o faz viver definidamente num
estado de autopercepção, com seus consequentes poderes de abstração. Uma vez
espiritualmente desperto, ele percebe, instantaneamente, seus impulsos motivadores, o
que o leva a uma autodisciplina imposta - algo que o nativo de Leão muito precisa e que
tem que ser sempre autoimposta e autoaplicada porque ele não aceita medidas
disciplinadoras que outros procurem impor-lhe. A disciplina imposta por outros sobre ele
leva o leonino invariavelmente à revolta e à rebelião, exatamente aquilo que a disciplina
pretende erradicar. A disciplina autoimposta leva-o à perfeição, algo de que ele é
notavelmente capaz. E esta inata habilidade para controlar que dá ao leonino uma
aparentemente negativa atitude diante da vida; ele inevitavelmente acredita que seu
destino está determinado e que tudo que ele tem a fazer é simplesmente ser;
frequentemente, se recusa a mudar ou a tomar atitudes e quando isto é levado longe
demais conduz a uma vida inesperadamente fútil. O "leão deve sair de seu covil", e esta é
uma injunção muito necessária ao aspirante leonino, e que, quando seguida, conduzirá a
consciência autocentrada de Leão à descentralizada e altruísta percepção aquariana.
Transformará o serviço pessoal de Leão no serviço grupal de seu polo oposto, Aquário.
Podemos apropriadamente acrescentar aqui que a prece ou a verbalização do verdadeiro
homem de Leão pode expressar-se nas palavras do Cristo, que tão bem conhecemos: "Pai,
seja feita a Tua vontade, e não a minha".
Quero chamar-lhes a atenção também para outro fato interessante relacionado a este
signo. Em Leão, nenhum planeta está em queda ou exaltado, enquanto que o poder de
Urano e Netuno está um tanto diminuído, exceto no caso do iniciado que responde
poderosamente a influência esotérica de Urano. O ensinamento aqui é o mesmo
ensinamento básico oferecido pelo Sol regendo exotérica, esotérica e hierarquicamente.
Em sua consciência, Leão é o agente autoconsciente dominante, e tem, portanto, o
controle e pode, por esta razão, permanecer alheio a influências. Este fato será
compreendido progressivamente à medida que vá aparecendo o homem avançado de
Leão, que se distinguirá por estar pessoalmente livre do controle externo. Ele sabe no seu
íntimo que ele é seu próprio rei, governante de sua própria vida e, portanto, nenhum
planeta cai ou é exaltado. O poder da mente, tal como simbolizado por Urano, está
diminuído, porque não é a mente que na realidade controla: antes, é o Eu, ou Alma, que
utiliza e controla a mente. Então, o homem não é condicionado pelo meio ou
acontecimentos da vida, mas sim governa-os com deliberação, extraindo das circunstâncias
e meio-ambiente aquilo que necessita. Saturno, portanto, o Senhor do Carma, tem seu
poder diminuído neste signo. É por esta razão que Sepharial está errado ao indicar Saturno
como regente do primeiro decanato. Segundo ele, os três decanatos são regidos por
Saturno, Júpiter e Marte. Contudo, Alan Leo está mais próximo da verdade quando nos dá o
165
Sol, Júpiter e Marte.
Autogoverno por meio do conflito inicial levado a termo com sucesso e abençoado
pela beneficência de Júpiter, é a verdadeira história do aspirante adiantado de Leão. Este
pensamento e o resultado objetivo desta compreensão estão resumidos para nós nos dois
motos deste signo:
1. E a Palavra disse: Que outras formas existam. Eu governo porque eu sou.
2. Eu sou Aquele e Aquele eu sou.
Eu Sou - a Palavra do Leão autoconsciente, egoísta e individual. Eu Sou Aquele - a
Palavra do Leão que rapidamente ganha a consciência superior e se prepara para uma nova
e universal experiência em Aquário.
166
CÂNCER, O CARANGUEJO
Este signo não é facilmente compreendido pelo estudante comum porque ele é o polo
oposto - psicologicamente falando - do estado de consciência grupal para o qual tende a
humanidade atualmente. E difícil para o estudante casual distinguir com precisão entre
consciência de massa e consciência de grupo. Os seres humanos estão hoje, de modo geral,
no meio do caminho entre esses dois estados de mente, embora talvez seja mais correto
dizer que uma grande minoria se está tornando grupo-Consciente, enquanto que a maioria
está emergindo da etapa de consciência de massa e tornando-se indivíduos
autoconscientes. Isto explica muitas das dificuldades do mundo atual e dos choques de
idealismos. Os dois grupos trazem uma abordagem diferente aos problemas mundiais de
nossos dias. Temos, pois, três signos que sob o ângulo da consciência - estão intimamente
relacionados e contudo, amplamente separados e diferenciados em efeito:
1.Câncer - consciência de massa - percepção instintiva
2.Leão - autoconsciência - percepção inteligente
3.Aquário - consciência grupal - percepção intuitiva
Já abordamos grande parte disto e não há necessidade de repetições ao estudarmos
os polos opostos de signos já considerados. Não pretendo referir-me desnecessariamente e
em detalhes a pontos com os quais vocês já estão familiarizados, exceto para chamar-lhes a
atenção para o belo e sintético desenrolar do Plano divino.
Este signo, como já sabemos, é um dos dois portões do zodíaco porque, através dele,
passam as almas para a manifestação exterior e apropriação da forma, e subsequente
identificação com ela por muitos e longos ciclos. É o "portão que permanece aberto de par
em par, fácil de atravessar e que, contudo, conduz ao lugar da morte e ao longo
aprisionamento que precede à revolta final". Está aliado à natureza material e à mãe das
formas, assim como o outro portão, Capricórnio, está aliado ao espírito, o pai de tudo que
É.
Neste signo oculta-se todo o problema da Lei do Renascimento. A reencarnação está
implícita no universo manifestado e é um tema básico e fundamental subjacente à pulsação
sistêmica. Há certas coisas relacionadas à reencarnação que eu gostaria de esclarecer.
Este signo, Câncer, principalmente ligado ao mundo das causas, apresenta grande
indefinição sobre seu significado interno e uma aparentemente vaga sutileza que escapa ao
pensador comum. O mesmo se passa com todos os signos que formam a Cruz Cardinal dos
Céus. Em última análise, somente o discípulo iniciado consegue penetrar no verdadeiro
significado destas influências zodiacais que pulsam através do universo manifestado,
porque elas são muito mais a expressão do espírito ou vida do que da alma ou corpo.
Portanto, até após a 3ª Iniciação - como já foi dito várias vezes - pouco há que se possa dizer
ou saber sobre aquela misteriosa essência que é a divindade em movimento. Quando, por
exemplo, vocês leem que as notas-chave deste signo podem ser expressas pela frase bíblica
“o Espírito de Deus movia-se sobre as águas", isso na realidade significa alguma coisa para
vocês? Poderão dizer que significa que Deus tornou-se substância e produziu pelo
movimento as formas tangíveis exteriores. Mas será que isso realmente lhes transmite uma
167
verdade inteligível? Em Câncer, Deus soprou nas narinas do homem o sopro da vida e o
homem tornou-se uma alma vivente. Nestas palavras está estabelecida a relação que existe
na mente de Deus entre espírito (o sopro da vida), a alma (consciência) o homem (a forma).
Ainda assim, será que esta frase transmite à sua mente um conceito inteligível? Penso que
não, porque a síntese da relação final está além da compreensão comum e seu "vínculo" ou
unidade essencial (que está fora da consciência e da realidade conhecidas) tem lugar
primeiro que tudo neste signo - um dos mais antigos e um dos primeiros reconhecido e
estabelecido pela antiga humanidade como um fator influente.
Afirmo uma verdade básica - vagamente aceita por vocês – que em Áries a substância
essencial da manifestação despertou para renovada atividade sob o impacto do desejo
divino, impelido pelo Sopro divino, pela Vida divina ou Espírito.
Em Câncer, esta substância viva assumiu uma tríplice relação diferenciada à qual
damos os nomes de Vida (Áries), de Consciência (Touro, o signo seguinte a Áries) e de
dualidade manifestada (Gêmeos, signo que precede a Câncer) e estes três, fundidos, vieram
à manifestação exterior em Câncer, completando assim, um quaternário esotérico de
grande importância. Aqui teve lugar a primeira grande fusão, incipiente e não percebida.
Em Libra, isto alcança um ponto de equilíbrio um tanto estático, de modo que esta
triplicidade essencial aparece claramente, numa relação recíproca. Em Capricórnio, o signo
da iniciação, esta triplicidade básica começa a volver ao estado primitivo de "sopro do
espírito" porém, desta vez, com plena percepção e com plena e apropriada organização, de
modo que a forma é uma perfeita expressão da alma e esta sente as pulsações da Vida Una
e a elas responde à medida que Vida revela, através de sua atividade, a perfeita vontade do
Logos.
O segredo (assim chamado) da Cruz Cardinal é o segredo da própria Vida, assim como
o segredo da Cruz Fixa é o segredo da alma ou o mistério da entidade autoconsciente,
enquanto que a Cruz Mutável esconde o mistério da forma.
Nestas palavras temos o segredo da manifestação como um todo e do mistério que foi
revelado ao Cristo na crucificação final do qual testemunhou sua compreensiva reação na
triunfante exclamação registrada no Novo Testamento: "Senhor, Senhor, por que Me
abandonaste?”. Ele então deixou a Cruz Fixa e a Identidade que até então fora Sua, e
identificou-Se com aquilo que lhe fora então revelado. Estas palavras, inexatamente
traduzidas na Bíblia cristã, têm três significados ou verdadeira significação. A tradução
sugerida em A Doutrina Secreta (D.S. II.613). "O manto, o manto, o belo manto de minha
força, não mais tem serventia”, expressa a revelação interna da Cruz Mutável como foi
revelada ao Salvador, olhando a vida sob o ponto de vista da alma. Nas palavras, "Deus,
Deus, por que Me abandonaste", foi-Lhe mostrado o mistério da Cruz Fixa, e o segredo da
Cruz Cardinal foi pela primeira vez, posto diante de Seus olhos. As palavras que incorporam
o mistério central, ainda não foram dadas. Um dos fatores que distinguiram o Cristo de
todos os Salvadores mundiais anteriores, foi o fato de que Ele foi o primeiro de nossa
humanidade que, tendo alcançado a divindade (e isto tem sido feito por muitos), teve
permissão para ver "o dourado fio de luz e de Vida vivente que liga a luz que se encontra no
centro de todas as Cruzes manifestadas"; foi-Lhe permitido conhecer o significado da vida
ao expressar-se na Crucificação Cósmica, que é um episódio de Vida cósmica e não de
morte, como geralmente se supõe.
168
Hércules compreendeu o real significado da Cruz Mutável e, com pleno conhecimento,
subiu à Cruz Fixa, com todas as labutas e dificuldades que a acompanham. O Buda
compreendeu, através da perfeita iluminação, o significado tanto da Cruz Mutável quanto o
da Cruz Fixa, porque possuiu o segredo da revelação em Touro, assim como o segredo da
energia direcionada em Escorpião foi a fonte da força de Hércules. Mas o Cristo,
conhecendo ambos os segredos, também alcançou com viva compreensão, o mistério da
Cruz Cardinal, porque a luz da Transfiguração, sofrida em Capricórnio, Lhe revelou a glória e
o mistério transcendental.
Há também duas palavras que traduzem o propósito e o intento de expressão na Cruz
Cardinal. Elas explicam porque os dois "Portões do Zodíaco" se abrem ao impulso e
demanda do Espírito divino. Uma das palavras é "autopreservação" que conduz à
encarnação em Câncer, que é o Portão para a expressão do espírito no plano físico. Este
impulso (quando a forma é o principal objeto de atenção da alma e aquele com o qual
primeiramente se identifica) produz a etapa de concreção estática no signo de terra de
Capricórnio. A outra palavra é "imortalidade", que é o aspecto divino da autopreservação; é
o fator mais importante no processo criativo e conduz à total revelação da evolução, ao
periódico aparecimento da vida na forma, e à revelação da vida na forma. Em Capricórnio,
na 3ª iniciação, este aspecto vida assume importância primordial.
Veem, portanto, porque a Cruz Cardinal é tão misteriosa, e também porque Câncer e
Capricórnio são tão pouco compreendidos pelo astrólogo moderno, e porque, em última
análise, somente os iniciados Filhos de Deus conseguem captar o significado dos quatro
signos que formam a Cruz Cardinal, ou compreender a relação que existe entre as quatro
principais energias que - jorrando através dos quatro braços desta Cruz - produzem o
vórtice de força (uma força sintética) que constitui aquele "lago de pura e ígnea luz" através
do qual todos aqueles que recebem iniciações superiores têm que passar. Os que recebem
as duas primeiras iniciações têm que percorrer o Caminho que atravessa o Solo Ardente. Os
que recebem as iniciações maiores têm que mergulhar no mar de fogo, que é,
essencialmente, o fogo de Deus depurado de todos os aspectos da forma material por meio
da completa purificação do desejo.
Todo o tema do renascimento é pouco compreendido atualmente. A maneira como
tem sido apresentado, e a ênfase dada a pequenos detalhes insignificantes, distorceu e
desviou o grande alcance deste tema, e ignorou a verdadeira importância do processo; as
linhas gerais do processo da encarnação têm sido negligenciadas. No debate a respeito de
quanto tempo um homem fica fora da encarnação, e na consideração de tolos detalhes que
não podem ser comprovados, e na pueril reconstrução de vida passadas por pessoas
inclinadas à teosofia (sem base em verdade alguma), perdeu-se de vista a real verdade e a
beleza do tema.
Câncer é um ponto na triplicidade da água, e o simbolismo que subjaz aos três signos
da água é interessantíssimo numa determinada direção. Temos, como é sabido, o
Caranguejo, o Escorpião e as Deusas Peixe do signo de Peixes. Na antiga Lemúria, o símbolo
de Peixes era uma mulher com cauda de peixe, e uma lembrança deste símbolo é a
legendária sereia. Foi somente nos últimos tempos de Atlântida (quando a consciência da
dualidade começava a despontar na mente da humanidade avançada da época) que a parte
mulher do símbolo foi abolida e os dois peixes ligados entre si tomaram o lugar das Deusas
169
Peixe. Temos, pois, o Caranguejo, o Escorpião com o ferrão na cauda e o Peixe. O
Caranguejo que se move devagar, identificado com o lugar onde mora e que carrega a casa
nas costas, vive em terra (vida no plano físico) e também no mar (a vida das emoções); o
Escorpião, de movimentos rápidos, de efeito mortal sobre os homens ao redor, é uma
criatura da terra; é também o símbolo do Caranguejo transformado e o resultado do
processo evolutivo, e indica a perigosa natureza do homem que ainda não se transformou e
que é, portanto, daninho para os demais; os Peixes indicam o homem de quem foi retirado
o símbolo da materialidade, pela remoção de metade do símbolo original, indicando assim
a libertação da matéria. Os três signos de água nos dão, portanto, a história breve e
simbólica do crescimento do homem e do verdadeiro desenvolvimento da personalidade. É
um quadro da lei de causa e efeito. Vocês mesmos podem desenvolver estas ideias e
alcançar as evidentes implicações.
Há também uma significativa relação entre cinco signos profundamente esotéricos em
sua natureza e efeitos quando impelidos a esta particular interação. Entram em atividade
unicamente na metade do retorno da roda da vida ou da "roda da ação vital ou do
empreendimento consciente", segundo o Velho Comentário. Este é o nome dado à roda
quando ela gira, ao contrário dos ponteiros do relógio, de Áries a Peixes, via Touro. Esta
relação quíntupla é unicamente estabelecida no Caminho do Discipulado e é produzida pela
ligação entre Câncer-Virgem-Escorpião-Capricórnio-Peixes. Nos horóscopos dos futuros
discípulos, esta significativa interação de forças será reconhecida como dominante no mapa
numa determinada e peculiar etapa do discipulado. Neste caso, os discípulos nascerão em
um destes signos ou os terão como signo ascendente.
Temos dois signos de água e terra (Câncer e Virgem) na etapa da ênfase subconsciente
quando tudo está latente e escondido. A consciência humana é apenas embrionária em
Câncer, porque é a mente da massa que domina, e não a mente individual. Em Virgem, a
vida crística ou consciência está escondida e o Cristo-Menino está ainda em embrião no
útero da matéria e do tempo, e durante esta etapa, a ênfase recai sobre a forma que vela e
oculta a realidade. A alma humana e a alma divina (a dualidade essencial) estão lá, mas sua
presença não é percebida facilmente. Em Escorpião, chegamos a um ponto de transição, de
mudança e de reorientação. O que até então estivera oculto, aparece e é trazido à
superfície por meio da experiência, dos testes, das provas e do "ferrão da vida". Em
Capricórnio - como resultado dos efeitos das influências de Câncer, Virgem e Escorpião - o
discípulo começa a demonstrar a capacidade de expressar a vida dos dois reinos, pelo
menos numa certa medida, e é um ser humano desenvolvido e também um cidadão do
reino de Deus. Portanto, para um iniciado e durante um período de três encarnações, os
quatro signos de revelação (Câncer, Virgem, Escorpião e Capricórnio) intensificam seu
efeito sobre ele, até que na quarta encarnação ele começa a responder à influência interna
de Peixes. Ele demonstra, assim, sua habilidade para reagir à influência de Shamballa e,
uma vez estabelecida esta influência, ele se dedica a resgatar e a salvar. Podemos,
portanto, dizer que:
1. Em Câncer, a influência da Hierarquia humana começa a fazer sentir sua presença e
a incluir o dualismo do homem. Isto emerge claramente em Virgem. Alma e corpo estão
estreitamente relacionadas e reunidas numa só forma. O homem é uma personalidade
consciente, e isto é o resultado da experiência de Câncer, consumada em Virgem.
170
Este é o caminho da humanidade, O centro humano está ativo.
2. Em Escorpião, a influência da Hierarquia oculta começa a apor seu selo sobre o ser
humano, e sua dualidade essencial é posta à prova. Isto é a preparação para uma nova e
mais elevada unificação. Ele está naquele desolador estágio em que ele não é nem a alma,
nem a forma o estágio de transição.
Este é o caminho do discípulo. O centro hierárquico o está afetando poderosamente.
3. Em Peixes, a influência de Shamballa reclama o iniciado para seu campo de
atividade e o dualismo de alma e espírito emerge agora em lugar do dualismo de alma e
corpo que até então fora o mais importante. O poder da forma de manter a alma em
cativeiro lhe é negado e as provas e testes do iniciado até a 3ª iniciação são dirigidas para
este fim.
Este é o caminho do iniciado.
Terão observado o fato interessante que temos aqui nove signos que levam o homem
desde a etapa do aprisionamento na forma à liberdade do reino de Deus, desde o estado
de consciência embrionária à plena floração do conhecimento divino, desde a condição de
percepção humana à sabedoria consciente do discípulo iniciado. Estes nove signos
expressam estritamente o desenvolvimento humano - consciente e superconsciente,
embora comece com a consciência de massa de Câncer. Há três signos que os precedem e
que proporcionam as realidades sutis ou subjetivas da vontade-de-ser (Áries), o desejo-de-
saber (Touro) e o estabelecimento das relações (Gêmeos); estes três constituem o tríplice
incentivo para a manifestação do homem e do reino humano. Correspondem
cosmicamente aos planos logóico, monádico e espiritual aos quais o alto iniciado tem
acesso; quando se trata do conceito numa curva mais inferior da espiral e em relação ao
homem comum, eles correspondem aos três veículos do homem: o mental, o astral e o
etérico. Relacionam-se, portanto, com a mais elevada e a mais baixa expressão da vida
humana. Dei a vocês várias ideias de importância vital. Um dos símbolos do iniciado de um
determinado grau é a estrela de cinco pontas com um triângulo no centro. Isto é uma
referência ao triângulo de água que acabamos de estudar e à quíntupla vinculação que se
estabeleceu na consciência do iniciado.
Vamos agora considerar os regentes deste signo e estudar os planetas que atuam
como agentes focalizadores e distribuidores para certas energias cósmicas. Sobre isto muito
já indiquei anteriormente, e a real natureza destas energias que jorram sobre nós será
compreendida apenas, à medida em que continuamos nossos estudos e investigamos estes
signos, segundo a relação que assumem, ao analisá-los em conexão com outros signos
possuidores dos mesmos regentes. Quero tornar claro que nos dois regentes deste signo - a
Lua e Netuno - temos os símbolos de um estreito relacionamento entre a Mãe de todas as
Formas e o Deus das Águas, isto é, entre os dois planetas. Neste casamento esotérico está
retratada para a humanidade a síntese da forma e do desejo-sensibilidade e,
consequentemente, uma verdadeira afirmação da etapa de consciência que nós chamamos
de atlante, que ainda prevalece hoje, constituindo a sensibilidade e identificação da massa
com a forma e com as formas, um indício significativo e característico de Câncer e dos
cancerianos. Contudo, a Lua relaciona Câncer a dois outros signos, formando um triângulo
cósmico: Câncer-Virgem-Aquário. Nesta combinação, temos o signo da consciência de
massa, o signo da consciência crística e o signo da consciência universal estreitamente
171
relacionados entre si e todos eles através da influência de Netuno, velado pela Lua.
Como Leão, que nas suas três expressões (ortodoxa, esotérica e hierárquica) é regido
pelo Sol, Câncer é o único outro signo a ser regido por um único planeta, embora na
astrologia ortodoxa a Lua substitua Netuno porque a natureza forma é a dominante na mais
longa etapa do desenvolvimento humano, assim como, esotericamente, é a natureza
sensitiva a que domina a maioria dos homens. É com esta tendência estável que o discípulo
tem que lutar. Na mente da massa (da qual Câncer é a mais perfeita expressão), por sorte
Netuno está encoberto pela Lua, e assim, a forma deixa de registrar ou de rebaixar muitos
dos impactos a que o verdadeiro homem é sensível. De um modo geral, a humanidade não
está ainda equipada para suportar toda a gama desses impactos, de lidar construtivamente
com eles ou transmutá-los e interpretá-los corretamente. No caminho do Discipulado e ao
longo da linha do desenvolvimento esotérico, uma das maiores dificuldades e um dos
grandes problemas do discípulo é sua extrema sensibilidade aos impactos vindos de todos
os lados e sua rápida habilidade em responder aos contatos que lhe chegam de "todos os
pontos, de todos os ângulos da roda zodiacal e de tudo que existe no interior e no exterior,
assim como tudo que está acima e abaixo", como está dito no Velho Comentário. É também
tão difícil para o estudante da época atual compreender a consciência de massa de Câncer,
quanto lhe é difícil compreender a percepção grupal ou consciência universal de Aquário, e
a este desenvolvimento final a humanidade está relacionada hierarquicamente pela Lua,
encobrindo Netuno. O ser humano comum está apenas começando a compreender a etapa
da consciência crística individual de Virgem, à qual ele está relacionado pelo mesmo
planeta.
Quando não está velado, Netuno deixa de relacionar Câncer a qualquer outro signo.
Este é um fato de grande importância, porque indica que, quando o homem é um iniciado,
ele não reage às sensações e sentimentos ou relações da personalidade que se expressam
através da dor ou do prazer. Tudo isso está superado e no devido tempo a Vida aquosa da
reação emocional é ultrapassada pela vida do verdadeiro amor inclusivo. A alma
esotericamente "apaga" a Lua e todos os traços da vida netuniana. O iniciado deixa de ser
regido pela Mãe das Formas ou pelo Deus das Águas. Quando "as águas se rompem e são
levadas embora", a Mãe dá à luz o Filho, e essa entidade espiritual individual ergue-se em
liberdade. Reflitam sobre este ponto.
A Lua e Netuno são, portanto, as influências diretas que atuam sobre o nativo de
Câncer, conduzindo ao desenvolvimento da forma da vida e do corpo astral-emocional A
suprema utilidade destes aspectos será alcançada se inteligentemente compreendermos
que sem a forma e sem a habilidade de manter na mente a necessidade da resposta
sensível às condições e circunstâncias ambientais, a alma jamais acordaria para o
conhecimento nos três mundos, e portanto, jamais conheceria Deus em manifestação.
Indiretamente, e por intermédio das influências da Cruz Cardinal (da qual Câncer faz
parte), o nativo de Câncer é afetado ou influenciado por cinco outros planetas: Marte,
Mercúrio, Urano, Vênus e Saturno. Ele se torna capaz de responder aos usos do conflito
(Marte), ao funcionamento da luz da intuição (Mercúrio), à atração cósmica de Urano, mais
o intelecto de Vênus e a apresentação da oportunidade (Saturno). Estes planetas, contudo,
atuam subjetivamente sobre o morador na forma, e não são registrados, conscientemente,
pelo indivíduo, como potências por muitos éons de tempo, e não antes que a vida da forma
172
e a reação ao sentimento sensível-emocional tenha desempenhado uma parte ativa e
educativa no despertar da mente. Uma vez despertado o desejo e transmutado em
aspiração superior, então a influência de Virgem se faz sentir e a alma é capaz de dar uma
resposta - desenvolvida pelas cinco influências indiretas da Cruz Cardinal - começa a
participar ativa e conscientemente no drama da vida. Assim, as influências diretas e
indiretas de sete planetas desempenham seus variados papéis no desenvolvimento do
homem, e seria interessante e de grande valor se os estudantes relacionassem os efeitos
destas sete forças no desenvolvimento dos sete princípios do homem.
Consideremos agora brevemente o efeito das influências do raio ao se focalizarem,
através dos sete planetas, no homem nascido sob o signo de Câncer.
É aqui que encontraremos certas indicações básicas quanto à natureza e aos processos
da Lei do Renascimento. Poderia parecer que até aqui apenas duas regras houvessem sido
apresentadas em conexão com o retorno de um ego à encarnação física. A primeira é que
se não foi alcançada a perfeição, então a alma tem que retornar e continuar o processo de
aperfeiçoamento na Terra. A segunda é que o impulso que predispõe o ego a tal ação é
alguma forma de desejo não satisfeito. Ambas as afirmações são verdadeiras, em parte, e
genéricas em efeito, porém são verdades parciais e incidentais, relativas a verdades
maiores que ainda não foram corretamente captadas pelos esoteristas; são de natureza
secundária e expressas em termos dos três mundos da evolução humana, do intento da
personalidade, e dentro dos conceitos de tempo e espaço. Basicamente, não é o desejo que
incita ao retorno, mas a vontade e o conhecimento do plano. Não é a necessidade de
atingir a perfeição que estimula o ego à experiência na forma, porque o ego já é perfeito. O
incentivo maior é o serviço e o sacrifício por aquelas vidas inferiores que dependem da
inspiração mais alta (fornecida pela alma espiritual), e a determinação de que elas também
podem alcançar o status planetário equivalente ao da alma que se sacrifica. É com a
finalidade de finalmente negar o conceito de tempo e espaço e provar que isto é uma ilusão
de que a porta, em Câncer, se abre para a alma que se sacrifica e serve. Tenham isto
sempre em mente ao estudar o assunto do renascimento. As palavras renascimento e
reencarnação são enganosas; "impulso cíclico", "repetição de propósito inteligente" e
"inspiração e expiração conscientes" descreveriam de modo mais acurado este processo
cósmico. Contudo, esta é uma ideia difícil de ser captada, pois exige a habilidade de nos
identificarmos com Aquele Que assim respira - o Logos planetário - e o assunto deve, pois,
permanecer obscuro até que se tenha alcançado a iniciação. Esotericamente falando, o
ponto de maior interesse reside no fato que é um renascimento grupal que ocorre todo o
tempo e que a encarnação individual é apenas incidental ao acontecimento maior. Isto tem
sido largamente ignorado e esquecido devido ao intenso e egoísta interesse na vida e
experiência pessoais, o que se evidencia nos detalhes especulativos acerca do retorno
individual dados nos chamados livros ocultistas, detalhes, em sua maioria, inexatos e,
certamente, sem importância.
É necessária uma compreensão inteligente do Plano antes que a verdade sobre a
reencarnação possa emergir com clareza na consciência pública. Grupos de almas vêm
juntas e ciclicamente à encarnação para desenvolver o Plano e dar continuidade à interação
entre espírito e matéria que torna possível a manifestação e que alarga o desenvolvimento
das ideias divinas, tal como elas existem na Mente de Deus. Quando o Plano (tal como a
173
Hierarquia o compreende) for mais conhecido em seus objetivos e modo de funcionamento
no plano externo da vida, veremos uma mudança total na apresentação do ensinamento
sobre a Lei do Renascimento. Veremos mais claramente a síntese existente:
1.No plano divino, ao manifestar-se no tempo.
2.Nas relações básicas, ao se manifestarem no espaço.
3.Nos efeitos do desenvolvimento, ao se manifestarem nos grupos.
4.No desenvolvimento da compreensão, ao fundir-se o intelecto com a intuição.
5. Na natureza quíntupla da expressão logóica, ao se desdobrar pelos cinco reinos.
Isto, quando corretamente intuído, produzirá uma revelação e uma apresentação
deste abstruso tema, que está muito além do que até agora tem sido imaginado pelo
homem. É um dos segredos da 1ª iniciação, que estão hoje em processo de exteriorização.
Descobrir-se-á que o renascimento é, na verdade, a mágica e magnética interação
entre o lado forma da vida e a própria vida, interação esta realizada conscientemente pela
alma que é o produto dos dois fatores relacionados. Esta afirmativa é, em si mesma,
complexa e muito difícil de compreender-se; contudo, expressa um fato significativo que o
Velho Comentário descreve assim:
“Aqueles que exigem salvação, chamam em altas vozes. Suas vozes penetram no
mundo sem forma e lá evocam resposta.
"Aqueles que, há muitos éons, se comprometeram a salvar e servir, respondem. Seus
gritos também se fazem ouvir e, ressoando, penetram nos escuros, distantes lugares
nos mundos da forma.
"Assim estabelece-se um vórtex que se mantém vivo pelo constante soar dos dois sons.
Então é feito o contato, e no espaço e durante algum tempo, os dois se tornam um - as
Almas que Salvam e as Unidades a serem servidas.
Vagarosamente, a visão d'Aquele que Salva se torna uma luz que guia Aqueles que
Choram para o lugar de luz"
Sugiro aos investigadores que o tema do "impulso cíclico" seja estudado "sob o ângulo
do grupo", e que seja esquecida a miragem da personalidade.
Uma revisão da História ajudará nisto, indicando a possibilidade de clarificação e a
utilidade de classificar e isolar a atividade e o caráter grupais no decorrer das eras. Quando
os principais grupos reencarnantes forem assim diferenciados, e o seu trabalho em prol de
muitos campos do quarto reino for mais claramente visto, então este assunto será melhor
compreendido, evocando a atividade da intuição. Isto demonstra um segundo fato
importante, isto é, que por enquanto somente será possível traçar o progresso das almas
encarnadas avançadas, mas não o aparecimento cíclico das não-evoluídas, que são as
"unidades materiais" que têm que ser salvas pelas mais adiantadas. O tema do serviço e do
sacrifício percorre, sem ser reconhecido, toda a História. A chave para compreender estes
fatores reencarnantes, salvadores, reside na vindoura habilidade intuitiva para reconhecer
os grupos reencarnantes, como grupos não como indivíduos, através de suas qualidades de
raio. Tinha isto em mira quando na obra O Destino das Nações fiz afirmações quanto aos
raios que governam algumas delas. Os grupos são governados pelo signos astrológicos e
pelos raios tal qual os indivíduos, e esses raios os afetam por intermédio dos planetas
regentes. Abri-lhes aqui um extenso campo de pesquisa e indiquei uma nova e
interessantíssima forma de pesquisa histórica. A história do futuro será a história da
174
evolução dos planos de Deus à proporção que se desenvolvam por meio de grupos de egos
servidores que virão à encarnação sob a influência da "divina dualidade" para levar adiante
o desenvolvimento das vidas que constituem a forma através da qual a divindade procura
total expressão. A relação do 4º raio com o 4º reino da natureza (que é a 4ª Hierarquia
Criadora) é uma influência predeterminante em todos os conflitos mundiais até agora, e é a
causa das guerras e conflitos ao longo das eras. O tema desse raio é "Harmonia através do
Conflito", e é o aspecto inferior da energia do raio, produzindo o conflito, que tem
controlado até então e está atingindo o clímax, agora, devido ao ímpeto da entrada da nova
força de Shamballa. À medida que se exaure (o que está acontecendo rapidamente) haverá
uma mudança de direção para um raio maior, o 2º raio de Amor-Sabedoria, do qual o 4°
raio é um aspecto. A energia do 2° raio é poderosamente focalizada através da constelação
de Gêmeos, via Júpiter. Teremos, então, a inauguração de um longo ciclo de benéfico
desenvolvimento no qual o conflito essencial para a integração entre as dualidades será
estabilizado no plano mental e - sob a influência dos egos salvadores e servidores do 5º
reino - mudará inteiramente a civilização mundial.
É também importante lembrar que ao estudarmos as forças dos raios e seus efeitos
em Câncer, devemos fazê-lo do ponto de vista da mente e reações da massa e não do
indivíduo. Este é um dos signos de síntese e de fusão relativa, mas fusão no nível inferior da
espiral e significa a fusão do corpo e da alma, mas somente no estágio embrionário e com o
estágio psíquico ainda não individualizado. É o estágio da reação de massa à chegada dos
Filhos da Luz.
Todo o tema do zodíaco pode ser abordado sob o ângulo da luz, de seu
desenvolvimento e de sua crescente radiância e sua gradativa demonstração daquilo que,
em outra parte, denominamos "a glória do Uno". O modo de desenvolvimento e a
exteriorização desta luz interna deve permanecer - do ponto de vista de seus efeitos
cósmicos um dos segredos da iniciação, e isto ainda durante muito tempo. Contudo, será
possível dar simbolicamente certas expressões que indicarão (para cada signo) este
"crescimento da luz na luz" como é esotericamente chamado, tendo em mente que
estamos tentando expressar condições relacionadas com a alma, cuja natureza essencial é
luz. Esta luz da alma afeta a forma à medida que a evolução se processa e produz
sequencialmente a revelação dessa forma, da natureza do espaço-tempo e também da
meta.
1. Áries - A Luz da própria Vida Este é um tênue ponto de luz que se encontra no
centro do ciclo de manifestação, difusa e vacilante. É o "holofote do Logos procurando
aquilo que pode ser utilizado" para a divina expressão.
2. Touro - A penetrante Luz do Caminho. Este é um raio de luz, que emana de um
ponto em Áries, e revela a área de controle da luz.
3. Gêmeos - A Luz da Interação. Esta é uma linha de raios de luz, revelando os opostos
ou a dualidade básica da manifestação, a relação entre o espírito e a forma. E a luz
consciente dessa relação.
4. Câncer - A Luz dentro da Forma. Esta é a luz difusa da própria substancia, "a luz
escura" de que fala A Doutrina Secreta. É a luz que aguarda o estimulo proveniente da luz
da alma.
5. Leão - A Luz da Alma. Um reflexo do ponto de luz logóico ou divino. A luz difusa em
175
Câncer focaliza-se e revela oportunamente um pouco.
6. Virgem - A Luz dual fundida. Veem-se duas luzes - uma forte e brilhante: a luz da
forma; outra opaca e tênue: a luz de Deus. Esta luz é caracterizada pelo aumento de uma e
o decrescer da outra. É diferente da luz em Gêmeos.
7. Libra - A Luz que leva ao descanso. Esta é a luz que oscila até alcançar um ponto de
equilíbrio. É a luz caracterizada por um movimento ascendente e descendente.
8. Escorpião - A Luz do Dia. Este é o lugar onde três luzes se encontram - a luz da
forma, a luz da alma e a luz da vida. Elas encontram-se; fundem-se; erguem-se.
9. Sagitário - Um raio de Luz, focalizada e direcionada. Aqui, o ponto de luz torna-se
um facho, revelando a luz maior adiante e iluminando o caminho para o centro da luz.
10. Capricórnio - A Luz da Iniciação. Esta é a luz que clareia o caminho para o tipo da
montanha, e produz a transfiguração, revelando assim o sol nascente.
11. Aquário - A Luz que brilha sobre a Terra, através do mar. Esta é a luz que brilha
sempre na escuridão, e limpa com seus raios curadores tudo que precisa ser purificado até
que a escuridão tenha desaparecido.
12. Peixes - A Luz do Mundo. Esta é a luz que revela a luz da vida mesma. Extingue para
sempre a escuridão da matéria.
Um estudo das ideias acima revelará a história simbólica da irradiação da matéria, do
crescimento do corpo de luz dentro do macrocosmo e do microcosmo, e finalmente,
tornará claro o propósito do Logos.
É por ser difusa, vaga e incipiente a luz de Câncer - falando por parábolas - que as
influências do 1º Raio da Intenção Focalizada e da Vontade Determinada, e as do 2º Raio do
Amor-Sabedoria (dualidade reconhecida e experiência ganha) não são aí encontradas. Suas
influências não estão presentes, exceto pelo fato de que o amor e o propósito subjazem a
toda a manifestação; mas não estão focalizadas neste signo. Somente cinco raios atuam
através desta constelação que, mesmo num ponto relativamente alto do desenvolvimento
e na roda reversa, preserva sempre a relação de massa para o benefício do indivíduo que
encarna e para garantir a salvação final da própria substância. Os seres humanos,
desprovidos de visão iniciática, tendem a interpretar todos os signos e seus efeitos em
termos do homem individual, enquanto que o propósito de sua influência coordenada é
tanto planetária quanto solar e cósmica.
O iniciado que já recebeu as três iniciações menores ocupa-se, daí em diante, com os
efeitos das influências cósmicas sobre o planeta e, incidentalmente, sobre o 4° reino da
natureza; ocupa-se também com o estudo mental superior dos seus efeitos, à medida que
provocam mudanças básicas e fundamentais na vida sistêmica, a qual, por sua vez, afeta
nosso planeta, seus reinos da natureza e, incidentalmente os seres humanos. Podemos ver,
portanto, que, à medida que se produzem as mudanças evolutivas, e à medida que a
consciência humana, planetária e solar progressivamente se desenvolvem, as influências que
emanam das constelações, através de seus intermediários, os planetas, produzirão
mudanças as mais variadas e acontecimentos significativos aos quais o homem responderá, de
forma consciente ou inconsciente, de acordo com seu grau de evolução.
A resposta do nascido em Câncer às influências entrantes e ao meio-ambiente será diferente
das do discípulo ou iniciado e estas serão diferentes em cada signo, completando assim o
desenvolvimento humano. Aqui está um novo ponto que, mais tarde, os astrólogos terão que levar
176
em consideração. Quero agora dar-lhes uma tabulação que indicará algo da natureza da resposta do
homem durante as três etapas do seu desenvolvimento – não-desenvolvido, avançado e no Caminho
– às várias influências às quais está sujeito quando ingressa no plano físico da existência através da
porta aberta de Câncer, e progride através dos signos.
4. Câncer A unidade cega é perdida A unidade desperta para o que está à volta O Todo é visto como um
A massa A Casa Humanidade
Nota-chave: Câncer visualiza a vida em Leão
10. Capricórnio A alma presa à Terra Aquele que atravessa a água O Conquistador da Morte
Fluido Iniciado
Nota-chave: Capricórnio consuma o trabalho de Escorpião
11. Aquário Todas as coisas para todos os homens Dedicação à Alma O servidor de todos os homens
A carga do ego A carga da humanidade A carga do Mundo
Nota-chave: Aquário liberta Virgem de sua carga
12. Peixes Capacidade de resposta ao meio ambiente Sensibilidade à Alma Responsabilidade espiritual
O médium O Mediador O Salvador
177
Nota-chave: Peixes toma de todos os signos
Notarão que estas relações entre os signos não são as que existem entre os opostos,
mas sim as que marcam o período intermediário de relação, e não de consumação como é
o caso quando consideramos signos opostos como Leão e Aquário ou Câncer e Capricórnio.
Verão, também, que estas relações criam figuras geométricas bem definidas, assim como as
cruzes formadas entre os opostos criaram as cruzes dos céus. Recomendo que considerem
isto.
A tabulação acima dá uma relação nova e interna entre si que só se torna
definitivamente ativa e efetiva após a iniciação. É, portanto, de pouca valia para o leitor
comum, mas não obstante, abre novos contatos e influências astrológicas, das quais muitas
se estabelecem devido às influências de raio, e que requer - para uma correta interpretação
- uma compreensão do estado evolutivo individual. É essencial, para correta compreensão,
que o astrólogo saiba se o indivíduo é relativamente não-evoluído, se ele é um homem
avançado ou se ele está numa ou outra etapa do Caminho. Há muito a levar- se em conta
na nova astrologia esotérica - predição, interpretação tanto do ponto de vista da
personalidade quanto da alma, indicações de caráter, assim como um cuidadoso estudo da
Lei do Renascimento, a que se pode chegar pela compreensão das influências de Câncer.
Uma coisa que surgirá mais tarde, mas que atualmente não podemos elucidar, é que as
doze Hierarquias Criadoras estão todas elas conectadas com algum dos doze signos do
zodíaco, e todos afetam profundamente a família humana e também cada um de seus
membros. Um estudo cuidadoso das relações indicadas nesta nova classificação e o estudo
também das Hierarquias e signos provocarão uma revolução da mais básica importância na
moderna astrologia. Mais do que isto não posso indicar aqui, nem será possível até que os
astrólogos atuais tenham realizado um trabalho concentrado ao longo das linhas aqui
propostas.
Simples como parece, o ponto absolutamente fundamental que os astrólogos têm que
compreender é a sua necessidade de saber - antes de interpretar o horóscopo - em que
ponto no caminho da evolução está o indivíduo em questão. Dar-lhes-ei outra pista: será a
partir do estudo das pessoas nascidas nos Signos Cardinais que a mais clara informação a
este respeito será obtida. Será útil destacar que:
1. Por meio do estudo da Cruz Cardinal - Áries, Câncer, Libra - Capricórnio - o astrólogo
poderá chegar a uma compreensão mais clara:
a) Dos seres humanos comuns, individuais.
b) Dos começos grupais.
c) Do significado da 1ª iniciação.
2. Por meio do estudo da Cruz Fixa - Touro, Leão, Escorpião, Aquário - chegará à
correta interpretação das vidas:
a) Dos iniciados.
b) Da absorção grupal na síntese.
c) Do significado da 3ª iniciação.
3. Por meio do estudo da Cruz Mutável - Gêmeos, Virgem, Sagitário, Peixes - poderá
alcançar o significado:
a) Dos discípulos.
b) Da atividade grupal.
178
c) Da 2ª iniciação.
Estas indicações podem não estar de acordo com as ideias geralmente estabelecidas, e
podem aparentemente contradizer alguns dos pontos anteriormente indicados, mas um
estudo cuidadoso das implicações sugeridas pode tornar o tema mais claro. Cada Cruz tem
seu significado exotérico, com o qual os astrólogos estão mais ou menos familiarizados;
tem também seu significado esotérico, e este é um campo ainda não investigado; e tem sua
importância espiritual, e isto, é claro, só será revelado pelas iniciações maiores. Deve ser
lembrado que estas são as tríplices diferenciações da Vida Una e que Capricórnio, por
exemplo, marca, não apenas o ponto da concreção mais profunda e, portanto, da morte,
mas também o ponto da mais alta iniciação e da entrada no aspecto vida da deidade.
Nunca será bastante insistir sobre a necessidade de se pensar em termos de energias e
forças, de linhas de forças e relações de energias; é preciso também pensar mais em termos
de qualidades e de características, como é hoje a tendência dos astrólogos mais avançados
Toda a história da astrologia é, na realidade, a história da interação mágica e magnética
para a produção ou exteriorização da realidade interna; é a história da resposta da forma -
seja ela vasta como num sistema solar, microcósmica como num ser humano, ou diminuta
como num átomo ou célula - ao impulso ou atração dos focos de energia e das correntes de
força. Estes dois não são idênticos, mas devem ser levados em conta nos cálculos e nas
interpretações do astrólogo.
É a energia focalizada de Câncer que a torna um ponto focal magnético e atrativo que
conduz ao processo de encarnação. Através da porta de Câncer flui "a luz mágica e
magnética que dirige a alma para o escuro lugar da experiência". Similarmente, é a atração
magnética da energia capricorniana que, na roda reversa da expressão e do discipulado,
firmemente afasta a alma da vida da forma e da experiência e constitui aquela "luz radiante
que conduz a alma, em segurança, para o cume da montanha". Este reconhecimento
elucida o fato de que, no tempo e espaço, o fator controlador e a condição determinante é
a sensibilidade da alma encarnada à vida da forma, que conduz à encarnação pela porta de
Câncer, ou à vida da alma, que conduz à iniciação pela porta de Capricórnio.
Na relação existente entre estes dois signos, obtemos um dos mais claros quadros da
interação entre os pares de opostos tal como eles existem no zodíaco, e seria proveitoso
estudar os dois tipos de consumação que esta interação entre signos opostos produz.
Levando sempre em consideração as limitações da linguagem, a consumação, sob o ângulo
da forma e sob o ângulo da alma, pode ser assim expressa:
NA RODA REVERSA
(de Áries a Peixes, via Touro)
O Discípulo e o Iniciado
182
GEMINI, OS GÊMEOS
Ao considerarmos os signos restantes haverá bem menos a ser dito, porque já
destaquei vários pontos sobre eles ao tratar de seus opostos polares. Muito, portanto, que
se poderia dizer sobre o signo de Gêmeos, já foi discutido em Sagitário; Virgem e Peixes
também foram considerados em relação a este signo, os quatro juntos formam a Cruz
Mutável. Um certa repetição é necessária e frequentemente útil; serve para esclarecer e
reforçar o que está sendo ensinado, mas agora quero falar de modo mais geral e - ao tratar
destes três signos indicativos das realidades subjetivas que incitam a tomar forma em
Câncer - considerar mais as causas predisponentes do que os fatos detalhados e mais
facilmente comprováveis.
Neste ciclo mundial, Gêmeos, Touro e Áries são as três energias subjetivas ou os três
signos condicionadores que estão por trás da manifestação. Estão por trás da experiência
de tomar forma em Câncer, e também por trás da manifestação em Peixes. Peixes é o signo
que concerne primordialmente ao mundo moderno (e com isto refiro-me a um
imensamente longo período de tempo) pois ele é o ponto de partida na roda que gira
segundo os ponteiros do relógio nesta época para essa grande volta zodiacal de
aproximadamente 25.000 anos - não sendo a data de seu inicio revelada ainda ao astrólogo
moderno ou sujeita à revelação através desta ciência. Ao estudarmos Gêmeos e Touro
(Áries já o foi) tenhamos em mente a sua natureza iniciadora das causas e o fato de que
têm um efeito psíquico mais específico e maior influência subjetiva do que seus efeitos
estritamente fenomênicos e físicos poderiam indicar.
Verão que estas pistas e sugestões são importantíssimas na introdução e utilização da
nova astrologia esotérica. Os estudantes fariam bem em isolar primeiramente todas as
informação gerais sobre os signos e influências zodiacais, antes de começar um estudo
intensivo das novas e detalhadas sugestões que tenho dado. A compreensão das
generalidades, antes de se iniciar o estudo das particularidades, é um sábio procedimento
ocultista.
Em cada uma das Cruzes dos Céus há um signo e influência que, em determinado ciclo
mundial, domina os outros três. Tais efeitos dominantes mudam forçosamente ao mudar o
ciclo mundial, mas, para o ciclo atual, Gêmeos constitui a influência mais importante dentro
da quádrupla influência da Cruz Mutável. O principal objetivo destas quatro energias é
produzir, no tempo e espaço, aquilo que fornece um campo adequado de experiência para
o desenvolvimento da vida e consciência crísticas. Este é o caso quer estejamos falando do
ponto de vista do cosmos, de um sistema solar, de um planeta ou de um ser humano. O
campo de desenvolvimento para os três reinos inferiores depende do status e do poder
distribuidor de energia da humanidade como um todo. Podemos, pois, reconhecer os
seguintes fatos sobre a Cruz Mutável:
Gêmeos - É a força que produz as mudanças necessárias para a evolução da
consciência crística num determinado ponto do tempo e espaço. Isto é sempre compatível
com a necessidade.
Virgem - É a força nutridora da própria substancia, sujeita à nove mudanças cíclicas do
183
período de gestação cósmica; fomenta e protege a vida crística embrionária, preparando-se
para a manifestação ou uma encarnação divina.
Sagitário - É a atividade energética da força da vida, demonstrando-se no sexto mês,
quando - esotericamente falando - os três aspectos da natureza da forma e os três aspectos
da alma estão integrados e funcionando. É esta integração que, às vezes, torna tão critico o
sexto mês da gestação humana.
Peixes - É a expressão da vida e o aparecimento ativo da consciência crística na forma;
é também o aparecimento energético (simbolicamente falando) de um salvador mundial.
Portanto, a Cruz Mutável é peculiarmente um símbolo cristão, significativamente
relacionada com a vida do Cristo e com o desenvolvimento de um salvador mundial, sendo
particularmente potente durante o período em que a Grande Roda gira em direção oposta
à dos ponteiros do relógio. Este fato tornar-se-á mais claro quando os astrólogos forem
capazes de determinar com precisão o ponto de desenvolvimento e o status espiritual do
indivíduo cujo horóscopo esteja sendo preparado.
A natureza sem forma das influências de Gêmeos é grandemente corroborada se
estudarmos o significado da Maçonaria. Esta instituição mundial foi - como lhes disse
anteriormente - organizada sob a influência e impulso deste signo e é por ele governada de
forma extremamente incomum. O formato ou simbolismo exotérico da Maçonaria tem
mudado frequentemente durante os milênios em que tem estado ativa. Sua atual coloração
judaica é relativamente moderna, e não necessariamente duradoura, porém, o seu
significado e a história de seu desenvolvimento constituem a história da consciência crística
e da luz interna, e isto tem que continuar inalteravelmente. Aquilo que entrou através dos
dois pilares de Hércules, os discípulos Joaquim e Boaz, e do signo de Gêmeos, entrou para
ficar.
Além da importância das influências de Gêmeos como o poder dominante na Cruz
Mutável, é ele um dos signos zodiacais mais importantes, uma vez que ele é o maior
símbolo da dualidade no zodíaco É a constelação de Gêmeos e sua inerente influência de
segundo raio que controla cada um dos pares de opostos na Grande Roda. Por essa razão,
Gêmeos forma, com cada um dos pares de opostos, um terceiro fator, que poderosamente
influencia as outras duas constelações e com ela forma grandes triângulos zodiacais. Estes
triângulos são importantes apenas em relação ao horóscopo de seres humanos avançados
ou grupos esotéricos; mas, mais cedo ou mais tarde - quando fizer o horóscopo de um
discípulo ou iniciado - o astrólogo esotérico terá que levar em conta esse poder. Por
exemplo, no caso de um iniciado cujo Sol está em Leão, o triângulo de energias das
constelações determinando a interpretação do horóscopo seria Leão-Aquário-Gêmeos. No
caso de um indivíduo cujo Sol está no próprio signo de Gêmeos, o triângulo condicionador
seria Gêmeos-Sagitário-Peixes; este último forma parte deste triângulo porque Peixes
indica tanto o começo quanto o fim, e é, para este grande ciclo do zodíaco, o Alfa e o
Omega. Maiores detalhes sobre estes pontos serão dados quando estudarmos as bases
astrológicas da Ciência dos Triângulos. As generalizações e sugestões a respeito dos doze
signos do zodíaco que constituem a primeira parte destas instruções, têm como objetivo
principal lançar as bases, e preparar-lhes as mentes, para a parte destinada aos triângulos.
Este será o mais importante aspecto do ensino sobre astrologia esotérica e aquele que será
primeiro assimilado pela astrologia moderna.
184
Gêmeos é, às vezes, chamado "a constelação da resolução da dualidade numa síntese
fluídica". Como governa todos os pares de opostos no zodíaco, preserva a interação
magnética entre eles, mantendo-os fluídicos em suas relações, para finalmente facilitar sua
transmutação na unidade, pois os dois têm que finalmente tornar-se Um. É bom lembrar
que - sob o ângulo do desenvolvimento final das doze potências zodiacais - os doze opostos
têm que fundir-se em seis, e isto é realizado pela fusão na consciência dos opostos polares.
Detenham-se para refletir sobre esta frase. Os opostos, do ponto de vista da razão humana,
permanecem eternamente, mas para o iniciado cuja intuição está funcionando, eles
constituem apenas seis grandes potências, porque o iniciado alcançou o que se chama "a
libertação dos dois". Por exemplo, o sujeito de Leão, com consciência iniciática, preserva
não só a individualidade desenvolvida em Leão, como a universalidade de Aquário; se assim
o quiser, ele pode agir como um indivíduo plenamente autoidentificado, e ainda assim
possui simultaneamente a consciência universal plenamente desperta. O mesmo se pode
dizer da atividade equilibrada e consequente fusão dos demais signos. Esta análise constitui
em si mesma um interessante e vasto campo de especulação.
Gêmeos é, pois, um dos mais importantes entre os doze signos e sua influência
encontra-se por trás de cada um deles - um fato ainda pouco compreendido pelos
astrólogos. Isto será melhor compreendido quando o triângulo de Gêmeos e dois signos
opostos for estudado. Pela razão de que o segundo raio, o Raio do Amor-Sabedoria, flui
através de Gêmeos, torna-se evidente quão verdadeiro é o ensinamento ocultista de que o
amor subjaz ao universo inteiro. Asseguram-nos que Deus é amor, uma afirmação que é
uma verdade não só esotérica como exotérica Este subjacente amor da Deidade alcança
nosso sistema solar principalmente através de Gêmeos, que forma, com a constelação da
Ursa Maior e das Plêiades, um triângulo cósmico. Este é o triângulo do Cristo cósmico e é o
símbolo esotérico por trás da Cruz cósmica. Existe sempre o eterno triângulo por trás da
quádrupla aparência fenomênica. Falando simbolicamente nas palavras do Velho
Comentário:
"Sobre o triângulo dourado o Cristo cósmico apareceu; Sua cabeça, em Gêmeos; um pé
no campo dos Sete Pais e outro plantado no campo das Sete Mães (estas duas constelações
são às vezes chamadas os Sete Irmãos e as Sete Irmãs - A. A. B.). Assim, durante éons, o
Grande Um permaneceu, Sua consciência voltada para Seu interior, consciente dos três, mas
não de quatro. Absorto, subitamente ouviu a revelação de um som... Acordado por esse
clamor, Ele espreguiçou-Se, abriu os braços em compreensivo amor, e eis que foi formada a
Cruz."
"Ele ouviu o grito da Mãe (Virgem), do Buscador (Sagitário) e do Peixe submerso
(Peixes). Então, eis que apareceu a Cruz da mudança, embora Gêmeos continuasse a
cabeça. Este é o mistério."
Nesta afirmação oculta-se uma razão porque se considera Gêmeos um signo de ar,
pois está cosmicamente relacionado (assim como Libra e Aquário, os outros dois pontos da
triplicidade de ar) de forma muito peculiar com a Ursa Maior, as Plêiades e Sirius. A relação
essencialmente sêxtupla, e aqui temos a pista para a resolução dos pares de opostos - uma
vez que estas três constelações envolvem as três ideias de oposição-equilibrium-síntese ou
fusão universal.
Podemos dizer que:
185
1 - Gêmeos - forma um ponto de entrada para a energia cósmica vinda de Sirius.
2 - Libra - relaciona-se e transmite as potências das Plêiades.
3 - Aquário - expressa a consciência universal da Ursa Maior.
Seria bom que se lembrassem de que tenho dito repetidamente que a grande Loja
Branca em Sirius é o protótipo espiritual da grande Loja Branca na Terra, da qual a
Maçonaria moderna é um reflexo distorcido, tal como a personalidade é um reflexo
distorcido da alma. Quero lembrá-los mais uma vez da relação entre Gêmeos e a
Maçonaria, à qual me tenho referido com frequência.
Uma cuidadosa consideração do que foi dito acima servirá para enfatizar, na
consciência, a importância desta constelação, Gêmeos, e o significado interno da Cruz
Mutável. Todas as constelações nesta Cruz marcam pontos de mudança ou são depositários
daquelas energias que produzem os necessários períodos de reorientação, preparatórios
para novos desenvolvimentos e atividades. Seria interessante destacar que:
1 - A Cruz Mutável produz aquelas condições que ocasionam grandes períodos de
mudança na vida do planeta, de um reino da natureza ou de um ser humano. Mercúrio
toma parte nisto.
2 – A Cruz Fixa produz, em sequencia a estas mudanças internas, certos grandes
pontos de crise que são inevitáveis e que oferecem definidas oportunidades. A atuação de
Saturno é aqui dominante.
3 - A Cruz Cardinal é responsável pela produção de grandes pontos de síntese, como
consequência das mudanças e das crises. Júpiter é responsável pela focalização das
energias nesta fase.
Isto será desenvolvido mais adiante, mas o que já foi dito (embora brevemente) dar-
lhes-á certas ideias positivas de grande importância, e indicará certas situações que podem
ser investigadas nas vidas daqueles cujo Sol está em um destes signos e em uma destas
Cruzes.
Na expressão da atividade deste signo de dualidade, o que precisamos considerar é a
energia subjetiva ao produzir efeitos objetivos. Este signo controla, esotericamente, o
coração do nosso sistema solar, e assim, controla a pulsação da vida que sustem tudo que
existe. Gêmeos está, pois, conectada com o coração do Sol, assim como Câncer está ligada
ao Sol físico e Aquário ao Sol central espiritual. Novamente temos um significativo triângulo
de natureza cósmica, cujas energias são focalizadas através de três aspectos do Sol, de
modo bastante misterioso:
A importância desta tripla formação está baseada no fato de que são triângulos
condicionadores, com as energias de duas constelações focalizadas na Terra, através de
Mercúrio:
Gêmeos De natureza subjetiva. Vital. Não está focalizado no plano físico. Está focalizando no
irmão mortal.
Câncer
Leão
Virgem São signos estritamente humanos que reconhecem a dualidade, enfatizada no signo
Libra central de Virgem.
Escorpião
Sagitário De natureza subjetiva. Vital. Não está focalizado conscientemente no plano físico. Está
195
focalizado no signo central de Virgem.
Em Sagitário encontramos a mesma situação: nenhum planeta está exaltado e
nenhum está em queda. Mercúrio, contudo, está em detrimento ou sua influência
encontra-se diminuída. Em Gêmeos, o mesmo ocorre com Júpiter. A razão disto é,
esotericamente falando, um dos segredos da iniciação. A pista para o mistério reside no
básico dualismo espiritual de Júpiter em contraposição ao dualismo corpo-alma de
Gêmeos; em Sagitário, o dualismo de Mercúrio que se expressa na mente inferior-superior,
é transcendido pela mente universal ou espiritual. Por enquanto não é possível dizer mais
do que isto.
Em relação aos decanatos e seus regentes, é interessante observar que Sepharial e
Alan Leo indicam planetas totalmente diferentes, e contudo, ambos estão certos.
Excepcionalmente para ele, Sepharial dá os planetas Júpiter, Marte e o Sol, regentes
esotéricos do signo na roda do discipulado, quando normalmente ele escolhe os planetas
exotéricos. Leo, neste caso, dá Mercúrio, Vênus e Saturno que governam a roda da vida
comum, e assim eles abrangem a roda ao girar nas duas direções. Observem como dois dos
planetas regentes dos decanatos servem para acentuar os planetas do signo, no caso da
roda comum - Gêmeos com Saturno oferecendo, numa etapa bastante avançada, a
oposição necessária para provocar a revolução básica. Notem esta frase. Toda a questão a
respeito da roda giratória com sua ação dual e efeito dual na consciência (e portanto, todo o
problema dos três decanatos e seus regentes em cada signo do zodíaco) deve permanecer um
problema, difícil e complexo, até o momento em que os astrólogos tenham desenvolvido a
consciência quadrimensional e conheçam o verdadeiro significado da expressão bíblica, "a roda que
gira sobre si mesma". Na realidade, a roda não gira como a roda de um carro, para a frente ou para
trás. Ela gira simultaneamente em ambas e todas as direções. Este é um fato, por enquanto,
impossível de ser compreendido pela mente humana. A complexidade envolvida na progressão
através dos decanatos - condicionando também os regentes - baseia-se na múltipla ação da roda,
que não se move apenas na direção dos ponteiros do relógio, mas sim nas duas direções ao mesmo
tempo e também em ângulos retos em relação a si mesma.
Obviamente o significado das duas Palavras para este signo não necessitam de
esclarecimento. Para o homem comum a Palavra é "Que a instabilidade faça seu trabalho"
porém para o discípulo a Palavra vem da própria alma: "Eu reconheço o meu outro eu, e no seu
declínio, eu cresço e brilho."
Fluidez, reconhecimento da dualidade e controle da alma! São estas as notas-chave deste
signo, e deveriam ser as notas-chave de sua vida, porque se nesta vida você pertence a este signo,
ele está condicionando sua experiência, como já o fez muitas vezes antes, e os resultados ficarão
marcados na vida do discípulo avançado.
196
TAURUS, O TOURO
Chegamos agora ao último dos doze signos que estamos estudando, e o último daqueles que
afetam a humanidade. É também o segundo signo que - após a reorientação que precede o
discipulado - produz mudanças e oportunidade para o discípulo. Chegamos também ao signo que é
chamado "o maior incentivo para a vida", porque Touro é o símbolo do desejo em todas as suas
fases. Se o homem subjetivo é impulsionado pelo desejo, ou o discípulo é levado para o caminho do
retorno pelo impulso da aspiração, ou se o iniciado é controlado pela vontade de cooperar com o
Plano, ele está, não obstante, respondendo à mais potente manifestação de um aspecto da
divindade - pouco conhecido e compreendido - ao qual damos o nome inadequado de Vontade de
Deus.
Vontade, poder, desejo, aspiração, ambição, motivo, propósito, impulso, incentivo, plano - são
todas palavras que tentam expressar um dos maiores atributos subjacentes, ou causas
fundamentais (o homem mal sabe qual) da manifestação, dos processos evolutivos e da vontade
de-ser ou vontade-de-viver. A grande triplicidade, desejo-aspiração-direção (vontade), são apenas
três palavras que tentam descrever o progresso e a propensão do homem-personalidade, do
homem-alma e do homem-canal para o espírito ou vida. As três apontam, inadequadamente, para a
causa da expressão tríplice que subjaz a todos os acontecimentos, a todo progresso e a todos os
eventos no tempo e espaço.
Foi o Buda que esclareceu para o homem a natureza do desejo e seus resultados, com os
infelizes efeitos que o desejo provoca quando persistente e desprovido de esclarecimento. Cristo
ensinou a transmutação do desejo em aspiração, a qual, segundo a expressão que lhe foi dada no
Novo Testamento, era o esforço da vontade humana (até então animada pelo desejo ou expressa
através dele) para conformar-se à vontade de Deus - sem compreensão, mas conformado, com
perfeita confiança e certeza interior que a vontade de Deus deve ser tudo que é bom, não só para o
indivíduo, mas para o todo.
Agora, com a força de Shamballa começando a jorrar para o mundo, o homem está
procurando uma outra interpretação para a vontade de Deus, que não envolverá, como até agora, a
cega aquiescência e a inevitável aceitação dos inescrutáveis ditames de uma potente e inescapável
Providência, mas que produzirá uma compreensiva cooperação com o Plano divino, e uma fusão
esclarecida da vontade individual com a grande divina vontade, e isto para o bem maior do todo.
Para esta atitude desejável, está sendo feita uma preparação de âmbito mundial, de modo
simples e discreto, por meio da fomentação gradual da vontade-para-o-bem, e da demanda
universalmente proclamada para que as condições humanas sejam mais verdadeiramente
iluminadas, mais firmemente polarizadas para o benefício do todo, e mais definidamente
subordinadas ao inato impulso divino para a beleza, a síntese e a livre expressão do mistério oculto
que se encontra no coração de todas as formas. Isto desenvolve-se, também, por meio da
constante tentativa para compreender e interpretar o Plano para a humanidade, à medida que seu
contorno geral começa a tornar-se aparente para a inteligência em desenvolvimento do homem.
Tudo isto indica uma crescente resposta do homem às entrantes influências de Shamballa e à
consequente evocação do aspecto vontade da natureza do homem. Isto deve produzir resultados
tanto desejáveis quanto indesejáveis devido ao atual ponto de evolução do homem , por isso,
responsável por grande parte do que está acontecendo no mundo A trêmula resposta da
197
humanidade (por intermédio das mais esclarecidas e sensíveis pessoas em cada país) a esta
influência e a correspondente interação magnética entre o grande centro de Shamballa e o
centro humano é um fato crescente, registrado e notado pela Hierarquia que observa e faz
certas mudanças importantes e inevitáveis. Isto é de bom augúrio para o futuro, apesar do
temporário mau uso das forças.
Necessária e simultaneamente, esta interação evoca resposta daqueles que não estão
ainda preparados ou prontos, e dos que estão incorretamente orientados e das pessoas
egoisticamente polarizadas. Isto estimula a vontade-para-o-poder no indivíduo e fomenta a
incorreta integração da personalidade, com a imposição de seus desejos. Assim, por
intermédio de tais personalidades e seus errôneos ensinamentos, nações são também
enganadas - temporariamente - e a força de Shamballa é erradamente empregada e
direcionada. O resultado deste efeito dual da força de Shamballa atualmente, é a
precipitação desse terrível processo purificador a que chamamos Guerra. Esta guerra é a
consumação do conflito entre os pares de opostos e da dualidade básica da manifestação e
não está basicamente motivada como o foram todas as guerras anteriores. Ao referir-me a
este conflito, devo lembrar-lhes que, para nós (os trabalhadores do lado interno), o conflito
de 1914 e o atual (2ª Guerra Mundial - N. do T.) são duas fases de uma mesma condição. A
guerra, quando mantida firmemente focalizada pelos Guias da Raça, sem que estes
permitam que ela se arraste por tempo excessivo e sob condições por demais terríveis,
pode definitivamente servir aos fins da evolução; sob a orientação espiritual, a guerra cria
situações que propiciam o desenvolvimento mental para o qual é necessário o pensamento
claro (algo difícil de encontrar-se), a remoção de condições indesejáveis que, sendo
identificadas, podem consequentemente ter sua fonte originária eliminada, e também os
definidos efeitos produzidos no corpo emocional da humanidade pela dor e sofrimento
coletivos. O sofrimento, as privações, a ansiedade, a dor podem levar à reversão da roda da
vida humana, tal como acontece no caso do aspirante individual. Pode levar à focalização
das tendências da vida num mundo de valores e realidades mais verdadeiros e assim
inaugurar a nova e melhor civilização que todos esperamos. Se pudessem ver o mundo tal
como o vemos nós, os instrutores internos, vocês perceberiam em toda a parte esta
refocalização e reorientação.
Contudo, novamente está em jogo o elemento tempo (esse sentido de percepção
condicionado pelo cérebro) e o problema que agora preocupa a Hierarquia é providenciar
que o atual conflito não se prolongue demasiadamente para despertar todas as nações,
sem exceção, para o sentido da importância do tempo atual e da parte que lhe cabe de
responsabilidade e assim arquitetar um clímax onde a correta lição mundial possa ser
aprendida; onde o mundo possa purificar-se pela eliminação dos elementos indesejáveis
que atrasam a nova era e o surgimento de uma civilização mais espiritual; e onde as forças
do ódio, da crueldade, do materialismo e das trevas possam ser rechaçadas (onde quer que
se encontrem) pela impetuosa investida das Forças da Luz.
Podemos assinalar que assim como a era aquariana está entrando em manifestação no
nosso planeta como um todo, trazendo em sua esteira a percepção universal e os novos
modelos de expressar a síntese mundial, os interesses humanos e a religião mundial, assim
também a humanidade, o discípulo mundial, está começando a perceber a influência de
Touro. É esta influência que produzirá nesta época a reversão da roda da vida naqueles
198
membros da família humana que estejam prontos, como um grande número deles já está.
Isto está acontecendo e os resultados são inevitáveis e deles não podemos fugir. A grande
questão é: produzirá esta influência taurina, acrescida como está pelas forças entrantes de
Shamballa, a inundação de luz da qual Touro é o guardião, ou apenas fomentará o desejo,
aumentará o egoísmo e levará a humanidade aos "ardentes píncaros do autointeresse" em
vez de levá-la ao monte da visão e da iniciação?
Esta é a situação com que se defrontam, no momento, os Conhecedores da raça em
seus vários níveis de conhecimento e iluminação. Nenhuma destas influências - a taurina e
a aquariana - pode ser evitada.
Quando analisarmos este signo e considerarmos seus regentes, verão que Touro forja
os instrumentos para a vida construtiva ou para a destruição; forja as cadeias que prendem
ou cria a chave que revela o mistério da vida; é este processo de forjador que, com seu
consequente alarido, está em andamento atualmente, e isto de forma muito potente.
Vulcano controla a bigorna do tempo e desfere o golpe que vai dar ao metal a forma
desejada e isto é verdadeiro hoje mais do que nunca.
E ele que está forjando o caminho para o Avatar vindouro, Aquele que - no devido
momento - aparecerá incorporando em si mesmo Vontade de Deus que é a divina vontade
para o bem, a paz através do entendimento, e as corretas relações entre os homens e entre
as nações.
A influência taurina deve ser considerada hoje corno excepcionalmente potente,
particularmente sob o ângulo dos valores espirituais subjetivos; é de Touro a influência que
rege e direciona o que está ocorrendo em toda parte. Quero chamar-lhes a atenção para o
fato de ser este um signo sintético no sentido em que ele traz à expressão, no plano físico,
um impulso interno de certa natureza definida e isto porque sua qualidade básica
demonstra-se como desejo na massa dos homens e como vontade ou propósito dirigido no
discípulo ou iniciado. Manifesta-se como teimosia no homem comum (e isto é,
literalmente, uma adesão voluntária aos objetivos da personalidade) ou como vontade
inteligentemente expressa - acionada pelo impulso do amor - no homem adiantado, o que
indica adesão ao propósito da alma.
As pessoas que são naturalmente taurinas deveriam observar a frase acima e testar
todas as suas principais atividades com a seguinte questão: minha atitude atual, meu
trabalho ou intenção são motivados pelo desejo da personalidade ou estarei trabalhando e
planejando diretamente sob o impulso e incentivo da alma? Esta deveria ser a nota-chave
de todos os problemas taurinos. Todo o segredo do propósito e planos divinos está oculto
neste signo, devido fundamentalmente à relação das Plêiades com a constelação da Grande
Ursa, e com o nosso sistema solar. Isto constitui um dos mais importantes triângulos de
toda a série de relacionamentos cósmicos e esta importância é ainda mais destacada pelo
fato de que "o olho do Touro" é o olho da revelação. A meta que subjaz ao processo
evolutivo - "a investida do Touro de Deus", como é esotericamente chamada - revela
paulatinamente e sem cessar o estupendo e sublime plano da Deidade. Este é o tema que a
luz revela.
Atualmente, devido ao influxo da força de Shamballa, estabeleceu-se uma peculiar
relação, ou alinhamento, entre a constelação de Touro (com seu próprio e específico
alinhamento com as Plêiades e a Grande Ursa), o planeta Plutão e a nossa Terra. É isto que
199
causa grande parte da dificuldade mundial na atualidade e que o astrólogo moderno
deveria levar em consideração, pois constitui o mais importante triângulo cósmico desta
época, condicionando quase tudo que está acontecendo agora.
É esta força de Shamballa que "atiça ou intensifica a luz removendo os obstáculos e
que, emanando de remotíssimos lugares, flui através do olho da iluminação para as esferas
de influência deste planeta sofredor, a Terra, impelindo o Touro em sua investida". Assim
está dito no Velho Comentário. A implicação disto é que a energia da vontade -
recentemente liberada para o nosso planeta por Sanat Kumara - emana da Grande Ursa,
através do centro da cabeça do Logos planetário; sua vibração é reduzida por intermédio de
uma das Plêiades (daí sua influência sobre a matéria e daí também seu pronunciado efeito
taurino sobre a humanidade) e assim penetra no sistema solar. É ai então absorvida pelo
maior centro de nossa vida planetária a que damos o nome de Shamballa. Seu efeito é,
necessariamente, duplo. Em certas nações, raças e indivíduos faz brotar a vontade-própria
ou a vontade-de-poder, que é característica da natureza inferior desenvolvida - o aspecto
personalidade do eu integrado. Produz - embora menos prontamente - estimulação da
vontade-de-servir ao plano como este é compreendido pelos aspirantes e discípulos
mundiais e iniciados. São assim materializados os propósitos divinos.
Devido à miragem mundial, o verdadeiro propósito e o ideal apresentados às nossas
forças planetárias pela Vontade que tudo cria, são distorcidos por inúmeras pessoas que
não estão polarizadas na vontade divina. Ao contrário, estão ainda centradas nas suas
personalidades, razão pela qual apenas uns poucos apreciam a beleza da vida grupal que se
pretende, do propósito grupal e da fusão grupal. A vida grupal tende ao cumprimento da
livre vontade no serviço e à livre subordinação da vontade inferior ao propósito maior na
formação grupal.
Contudo, pelo contato com a miragem, a vida e a atividade grupais são distorcidas em
imposição da vontade e no conceito de super-estado; isto aprisiona a mente, cerceia toda
liberdade, todo pensamento livre, e todo livre arbítrio. O homem torna-se cativo da
condição feita pelo homem. Isto esclarece bastante o que está acontecendo hoje, com o
obstinado progresso dos povos presos à miragem, com o endurecimento dos indivíduos em
seus idealismos separatistas errôneos e à aceitação de regras e modos de vida que lhes são
impostos à força e que não são a livre expressão de um povo livre.
Esta mesma força leva a outros povos e indivíduos uma certa medida de iluminação -
uma iluminação que revela a síntese subjacente, que indica o dualismo que finalmente
deve desaparecer, e que também indica o segredo das corretas relações humanas. Uma
reação provoca a corrida em direção do sistema materialista de vida, pensamento e desejo
avançando às cegas devido à força de seu próprio momentum, produzindo uma etapa de
poderosa expressão e movimento ativo; a outra manifesta-se como uma longínqua visão de
possibilidades e de constante progresso, apesar dos perigos e dificuldades imediatos.
O Touro, portanto, ao expressar-se é dual. Hoje nós vemos o impulso voluntarioso da
natureza inferior da humanidade, personificado nas forças de agressão e no progresso
determinado de povo e pessoas que procuram, mesmo sem o saber, realizar os planos de
Deus, prosseguindo apesar de tudo. Este é o ponto a que até agora o processo evolutivo
trouxe a humanidade, e daí a situação crítica em que nos encontramos. A questão é: Quem
triunfará? O Touro do desejo ou o Touro da expressão divina iluminada?
200
Este é um signo de terra e por isso o desenvolvimento do Plano ou a satisfação do desejo têm
que ser levados a cabo no plano externo da vida. Esta vontade ou desejo deve expressar-se no
plano externo da vida e no meio ambiente, seja ele o ambiente de um indivíduo, de uma nação ou
de um grupo de nações. Como sabem, os astrólogos há muito tempo indicam que este signo está
ligado ao corpo físico entre outros fatores, e que a saúde do corpo tem estreita conexão com a
expressão do desejo no passado ou do idealismo no presente, e este é um ponto que não deve ser
esquecido. Hoje, a cura do corpo físico, ou o cuidado com ele, é de suprema importância para
praticamente todos, e o pensamento de todos os povos estejam ou não em guerra, está voltado
nessa direção. A ênfase sobre a inteireza da vida física individual é simbólica do corpo externo da
humanidade, considerando todos os seres humanos como uma unidade.
Por outro lado, o ouro é o símbolo que hoje governa os desejos do homem, sejam eles
nacionais, econômicos ou religiosos; o ouro está vinculado a este signo e isto é uma das indicações
de que o atual conflito na situação econômica do mundo baseia-se na explosão do desejo.
Esotericamente, e citando um antigo livro de profecias, dizemos:
"O olho de ouro do Touro indica o caminho para aqueles que têm análoga visão.
Aquilo que é ouro algum dia, também, responderá e passará do Oriente para o
Ocidente naquele calamitoso tempo em que o impulso para amealhar o ouro regerá a
metade inferior (isto é, o aspecto personalidade de homens e nações - A. A. B.). A busca
do ouro, a busca pela dourada luz divina, dirige o Touro da Vida, o Touro da Forma.
Ambos têm que encontrar-se, e ao encontrar-se colidirão. Assim desaparece o ouro..."
Poderão perguntar porque me ocupo aqui com estas abstrações. Respondo que, no
esforço para compreender e captar a verdade que está além do raciocínio - mesmo
considerando-a uma hipótese até agora não comprovada - vocês estão gradualmente
desenvolvendo um aspecto da mente que é muito necessário nos processos de
compreensão e que tem um papel efetivo a desempenhar durante a iniciação. Este esforço
necessário para que ocorra a verdadeira compreensão; iniciação é a demonstração da
compreensão intuitiva traduzida em expressão prática
Retomando nosso tema inicial, quero chamar-lhes a atenção para o fato de que por
meio do planeta exotérico ou ortodoxo, Vênus, o signo de Touro, está relacionado com
Gêmeos, Libra e Capricórnio. É interessante notar que Touro está, portanto, relacionado
com a Cruz Mutável por uma corrente de energia via Vênus, mas ao mesmo tempo
vinculado num sentido dual com dois braços da Cruz Cardinal, por uma conexão venusiana
com Libra e Capricórnio. Há, portanto, para o taurino que alcança a iluminação, um vínculo
com os aspectos de expressão do corpo e da alma, e dois vínculos com a alma e o espírito -
a 8ª Superior da manifestação. Assim é mostrada a perfeição do processo de sublimação,
pois a aspiração suplantou interiormente o desejo como agente motivador. A alma está
vinculada à forma, mas seu vínculo maior é com o espírito.
É por esta razão que, em Touro, o homem alcança o ponto onde o verdadeiro objetivo
ou a verdadeira visão aparece.
O desejo em sua expressão mais inferior está vinculado à forma em Touro. A aspiração
idealista em sua mais alta expressão possível também é alcançada em Touro. Porém, a
aspiração em sua expressão inferior está ligada à alma, e na sua expressão superior, ao
espírito. A vontade própria relaciona o homem com a forma; a vontade de Deus relaciona o
homem com o espírito. São necessárias três iniciações para que isto se torne claro ao
discípulo.
207
Abordando o assunto por outro ângulo, diria que Vênus, a mente ou a alma em Libra,
revela ao homem o significado exotérico o resultados do desejo. Em Gêmeos, Vênus revela
o desejo dos pares de opostos um pelo outro, pois este é o tema que subjaz à totalidade do
processo criativo e evolutivo: a interação dos opostos. Em Capricórnio, Vênus revela ao
homem aquele desejo pelo todo, pelo universal, que é a característica do iniciado e a real
expressão da vida espiritual.
Ao considerarmos o regente esotérico do Touro, defrontamo-nos com Vulcano, um
dos planetas velados e ocultos e que, portanto, é pouco conhecido e compreendido.
Anteriormente já me referi a Vulcano como o Modelador da expressão divina. Num sentido
peculiar, a energia que jorra de Vulcano é fundamentalmente a força e potência que põe
em movimento o processo evolutivo mundial; personifica também a energia do 10 raio, essa
força que inicia ou começa, mas que também destrói, provocando a morte da forma para
que a alma possa libertar-se.
Vulcano é o raio ou planeta do isolamento, pois, num sentido peculiar, governa a 4ª
iniciação, quando o homem mergulha até o fundo do poço da solidão e lá fica
completamente isolado. Ele está separado de "tudo que fica acima e tudo que fica abaixo".
É um momento dramático quando o homem renuncia a todo desejo; ele vê a vontade de
Deus ou o Plano como o único objetivo desejável, porém ele ainda não provou a si mesmo,
ao mundo dos homens ou ao seu Mestre se ele possui ou não a força para caminhar na
trilha do serviço. É revelada a ele (como foi revelada ao Cristo na 4a grande crise iniciatória
em Sua vida) uma atividade específica que incorpora aquele aspecto da vontade de Deus
cuja expressão cabe a ele tornar possível. Chama-se a isto, na fraseologia cristã, a
experiência de Getsemani".
O Cristo, ajoelhado à beira da rocha (simbolizando as profundezas do reino mineral e a
atividade de Vulcano, o Modelador), ergue os olhos para o local de onde surge a luz da
revelação e sabe, nesse momento, o que Lhe cabe fazer. Assim é o teste de Vulcano, que
rege Touro; da alma, que rege o desejo; do Filho de Deus, que modela seu instrumento de
expressão nas profundezas, que percebe o propósito divino e assim curva a vontade do
pequeno eu diante da vontade do Eu maior. Ele atingiu as profundezas e nada mais resta a
fazer. A luz do olho do Touro, que com sua crescente radiância guiou a alma em luta, deve
agora dar lugar à luz do Sol, pois Vulcano é um substituto do Sol; às vezes diz-se que ele
está velado pelo Sol, e outras vezes, que ele representa o próprio Sol. Ele está entre o
homem e o Sol - a alma. Portanto temos aqui três símbolos da luz:
1 - Touro - O olho da iluminação ou luz. O olho do Touro. Iluminação. Exotericamente,
o Sol físico.
2 - Vulcano -Aquele que revela aquilo que está profundamente oculto e o traz para a
luz. Esotericamente, o coração do Sol.
3 – Sol - O grande iluminador. Espiritualmente, o Sol central espiritual. Assim, de todos
os ângulos, a iluminação permanece como tema deste signo.
Fizemos assim, um breve estudo dos raios com seus efeitos e relacionamentos
quando, através de Touro e seus regentes, derramam sua força e energia sobre o homem
individual ou a humanidade como um todo. Como vimos, os dois raios que diretamente
afetam o signo são o 5° (através de Vênus) e o 1° (através de Vulcano). Estes dois raio,
quando em combinação com a Terra (que é uma expressão do 3° raio), revelam uma
208
combinação das mais difíceis, pois os três estão na linha do 1° Raio de Energia:
214
CAPÍTULO TRÊS
A Ciência dos Triângulos
1 - Triângulos de Energia ......... Constelações
2 – Triângulos de Força........................ Planetas
3 – Os Triângulos e os Centros
4 - Conclusões
Introdução
Estivemos fazendo até agora prolongado estudo da terceira parte do segundo capítulo,
dedicada ao Zodíaco e aos Raios. O que até agora foi exposto trata da natureza da
astrologia esotérica e, nas palavras de introdução, consideramos brevemente o significado
do esoterismo como um todo, quando aplicado à astrologia moderna; examinamos as três
Cruzes e nos referimos também, muito ligeiramente, à relação que têm os signos com os
centros; contudo, dedicamos a maior parte de Nosso tempo a uma análise do significado e
da inter-relação dos doze signos do zodíaco entre si, com os planetas e com a Terra. Pouco
espaço foi dado ao efeito que produzem sobre o indivíduo, exceto num sentido geral. Agora
consideraremos a parte mais importante deste estudo astrológico, intitulado A Ciência dos
Triângulos, dividido, como ficou indicado acima, em três partes:
1. Triângulos de Energia - Constelações
2. Triângulos de Força - triplicidades planetárias
3. Os Triângulos e os Centros - planetário e humano
Analisei aqui o ponto alcançado em nossos estudos, pois desejo que saibam na medida
do possível aonde chegamos em nossa tentativa de lançar a luz da compreensão esotérica
sobre o atual e totalmente exotérico estudo da astrologia.
Mas antes de prosseguir com este tema, um tanto difícil, quero dizer algumas palavras
e recordar-lhes certas coisas a respeito de nossa atitude em geral.
Nesta série de estudos astrológicos não me dei ao trabalho de dar nenhum dos
cálculos matemáticos relacionados com minhas afirmações. Certas mudanças básicas estão
atualmente ocorrendo na inclinação do eixo da Terra e isto trará grande confusão nos
cálculos dos astrólogos. Essas mudanças estão se processando lenta e progressivamente e
de acordo com a lei cósmica. Enquanto isto ocorre, é impossível obter cálculos e deduções
exatas. Quando a orientação e o "ponto direcionado" do polo da Terra voltem a se
estabilizar, as nossas cifras matemáticas condicionantes poderão novamente ser obtidas,
com exatidão. Na verdade, desde o tempo dos egípcios, não foi possível conseguir numa
exatidão verdadeira.
Qualquer coisa que se possa realizar segundo estas linhas somente pode ser
considerada como aproximada e, portanto, não é possível a certeza na análise, na predição
e na interpretação. Todo o assunto é muito confuso e completamente incompreensível
para o astrólogo comum e, logicamente, para o estudante comum. Lembrarei a vocês,
contudo, que as "estrelas polares" mudaram de posição várias vezes durante o grande ciclo
215
de vida da Terra e que nossa atual estrela polar nem sempre esteve na mesma posição que
ora ocupa. Isso é reconhecido também pela própria ciência.
Em cada um dos grandes deslocamentos do eixo da Terra, houve conclusões,
confusões e cataclismos antes da reconstrução, estabilização e relativa calma. Destes
acontecimentos macrocósmicos vocês têm correspondências microcósmicas similares,
tanto na vida da humanidade como do homem individual. Daí que a atual crise mundial -
ainda que precipitada pelo erro e pelo pecado humano, pelo carma passado e pelo
idealismo emergente (respondendo ao desenvolvimento do intelecto e ao aparecimento da
intuição) - seja basicamente o resultado de combinações de correntes de força muito
maiores e mais vastas, nas relações macrocósmicas.
Em resumo, poder-se-ia dizer que as seguintes causas cósmicas e do sistema são
responsáveis pelas atuais e difíceis crises e situações mundiais.
1 - Uma erupção de força magnética em Sirius que, através da Hierarquia, produz
efeitos em nosso sistema solar e, particularmente, na Terra.
2 - Um deslocamento da polaridade da Terra, devido à atração de um grande centro
cósmico que afeta poderosamente a orientação da Terra e foi responsável pelos atuais
terremotos, pelas erupções vulcânicas e por inúmeros tremores de terra, durante os
últimos cento e cinquenta anos.
3 - O grande trânsito do sol ao redor do zodíaco maior (um período de 250.000 anos,
ou um ciclo completo) finalizou quando o sol entrou em Peixes, há mais de 2000 anos. Este
processo de saída ou entrada em um particular signo e influência cíclica abarca um período
de cinco mil anos, no que se refere a esta ronda maior, ou ciclo. Este período de cinco mil
anos cobre o ciclo completo de transição, até que se consiga a completa liberdade de atuar
sob a inspiração do novo signo. Portanto, não estamos ainda livres de uma eventual
perturbação.
4 - A passagem de nosso Sol, do signo de Peixes para o de Aquário, é outra das
condições geradoras da confusão atual. Esta confusão de forças no sistema solar está
afetando notavelmente nosso planeta. Durante o processo de passar de um signo a outro,
por exemplo, no trânsito de Peixes para Aquário, como acontece agora, o período coberto é
de aproximadamente 500 anos.
Estes são pontos que os astrólogos deveriam levar em consideração.
Volto a lembrar aos estudantes que quando falo de signos, refiro-me às influências das
constelações, tal como elas são representadas pelos signos, chamando-lhes a atenção sobre
o fato de que no grande processo evolutivo e devido a certos deslocamentos e discrepância
astronômico-astrológicos, o Sol não se acha na constelação à qual se refere um signo
particular em qualquer momento, já chamei a atenção do leitor a respeito, em uma parte
anterior deste Tratado.
5 - Outro fator pouco conhecido é que atualmente a Lua se está desintegrando com
crescente rapidez, e isto afeta necessariamente a Terra, e produz resultados terrestres.
Os estudantes acharão interessante as seguintes aplicações desses grandes
acontecimentos cíclicos a seus próprios processos de "aparição" e funcionamento em
tempo e espaço:
1. A sucessão das rondas maiores do zodíaco, ou um período de ciclos de
aproximadamente 250.000 anos, tem uma correspondência com o ciclo de vida da Mônada.
216
2. A progressão do Sol quando passa pelos signos do zodíaco, durante um desses ciclos
de 25.000 anos, encontra sua analogia no ciclo de vida do ego ou alma.
3. O zodíaco menor, abarcado - sob o ângulo de extrema ilusão - no curso de um ano,
corresponde à vida da personalidade.
Ao se considerar esses pontos deve-se recordar sempre que os grandes deslocamentos
ou grandes expansões da consciência, são seguidos, inevitavelmente, por transtornos nas
formas externas. Isto é verdade na vida de uma deidade solar, de um Logos planetário, da
humanidade como um todo, e de um homem. Eis aí, novamente, o atual problema mundial.
Um acontecimento marcante, por exemplo, numa mudança no eixo da Terra, está
relacionado a uma iniciação do Logos planetário. Portanto, os estudantes podem observar
aqui a relação com a vida individual na firme mudança de sua consciência nos processos de
desenvolvimento vital no Caminho do Discipulado e da Iniciação. Anteriormente, neste
tratado, tive oportunidade de Me referir a um fato que se deve ter sempre presente, o de
que as grandes energias, que atuam sobre nosso planeta, exercem um efeito obstaculizador
ou estimulante. Eles produzem efeitos retardadores, concreção, cristalização e retraimento
ou aferramento ao antigo e caduco, ou estimulam e ocasionam fluidez, engrandecimento e
expansão. Quem estude cuidadosamente os assuntos humanos observará isto ao analisar
os acontecimentos que se sucedem hoje diante de seus olhos.
Falando de forma ampla e geral, pode-se dizer que os três principais grupos de forças
que afetam nosso planeta são de natureza zodiacal, sistêmica e planetária e - novamente
generalizando - pode- se também dizer que:
1. As energias zodiacais passam através de Shamballa e estão relacionadas com o
primeiro Raio de Vontade ou Poder, e afetam a Mônada.
2. As energias sistêmicas passam através da Hierarquia e estão relacionadas com o
segundo Raio de Amor-Sabedoria ou, (como frequentemente se usa na astrologia
esotérica), o Raio de Inteligência Ativa, afetando a alma.
3. As forças planetárias produzem um impacto sobre a humanidade e passam através
dela e estão relacionadas com o 3° Raio de Inteligência Ativa, afetando a personalidade.
Referi-me a isto antes, mas volto a enunciá-lo, pois quero que tenham sempre
presente, à medida que avançamos em nossos estudos. Temos aqui uma triplicidade maior
de energias que emergem de um vasto e incompreensível conjunto de forças e energias,
que são para elas o que Vida Una é para este triângulo de menor importância.
Deve-se recordar também que este triplo grupo de energias produz efeitos diferentes
de acordo com o tipo de mecanismo (dependendo, ele próprio, do grau de evolução e do
estágio de desenvolvimento) sobre o qual produz impacto. Por exemplo, o efeito de uma
força zodiacal e sistêmica sobre um planeta sagrado ou outro não sagrado, é muito
característico, assim como o efeito destas energias, quando fazem seu impacto no homem,
dependerá de se a resposta é evocada a partir da Mônada, do ego ou personalidade, se
produzem impacto sobre a consciência da massa, da unidade autoconsciente ou da
consciência iluminada da humanidade, ou se de fato - no que se refere ao homem – atuam
sobre o indivíduo não evoluído, sobre o evoluído ou os discípulos e iniciados. O tipo de
mecanismo e a qualidade da consciência determinam a recepção e a resposta. Este é um
enunciado de fundamental importância, e enquanto os astrólogos não chegarem a um grau
de desenvolvimento em que o mundo dos verdadeiros significados se abra para eles e o
217
alcance de sua consciência seja amplamente includente, não lhes será possível ser
realmente exatos em suas interpretações do horóscopos grupais ou individuais. Insisto
sobre isto porque a Ciência dos Triângulos se refere totalmente às energias subjetivas ao
condicionar a consciência e não ao condicionamento criado pelas mesmas energias sobre as
formas externas no plano físico.
Vocês poderão corretamente argumentar que a frase "tal como um homem pensa,
assim ele é" e que a expressão desta energia sejam em última análise a mesma coisa. Mas
isto não é exatamente verdadeiro. A resposta da humanidade e do indivíduo á vida mental
interna e à consciência subjetiva não será imediata. Leva muito tempo (especialmente nas
primeiras etapas) para que uma ideia abra caminho até a mente e dali passe ao cérebro,
condicionando a natureza emocional em seus progressos e processos. Portanto, será
necessário dedicar várias vidas ao registro dos efeitos produzidos por estas energias sobre a
vida mental e à resposta da vida no plano físico, uma vez que tenham sido compreendidos.
Por isso afirmei que a Ciência dos Triângulos subjaz a todo o sistema astrológico e esta
ainda agora em processo de revelação. Tenham presente que o efeito dessas energias que
iremos considerar, e sua relação tríplice, se produzirá no reino das ideias e no mundo da
consciência e sua expansão e, portanto, abarcará a vida mental consciente de um Logos
solar, de um Logos planetário, da humanidade e do homem.
Portanto, não se ocupará com a produção dos acontecimentos, exceto na medida em
que todas as ideias cheguem à expressão no plano de manifestação - a qual, repito,
depende da qualidade e natureza do mecanismo de resposta, quer seja ele um sistema
solar, um planeta, o quarto reino da natureza, ou um ser humano.
Acrescentaria aqui uma sexta razão para a atual pressão e tensão na resposta da
família humana nesta crise mundial, porque está relacionada com todo o assunto da
resposta consciente às forças subjetivas, expressando-se como ideias e vastas correntes de
pensamento. Esta é a razão pela qual a humanidade como um todo está hoje se revelando
na grande roda zodiacal, tal como o faz o discípulo individual; o ponto de reversão e o signo
ou signos nos quais ela tem lugar, marcam um ponto de crise muito importante na vida
desse reino da natureza, produzindo tumultos, dificuldades e toda a gama de reajustes
necessários para a reorientação. Se acrescentarem esta razão às outras cinco, não lhes
parecerá tão estranho que a situação atual seja quase fantástica em sua dificuldade e em
sua extensão de envolvimento.
Em cada triplicidade há três qualidades principais que se manifestam, ou três energias
básicas que tratam de se expressar ou influir. Ao se manifestar em tempo e espaço, o
homem descobre que isto é verdade e que constitui uma lei da natureza, e poder-se-ia
dizer que a tarefa do discípulo é chegar a ser plenamente consciente - como observador
desapegado destas energias e suas qualidades expressas, ao atuarem nele. Isto ele o realiza
no Caminho Probatório, no Caminho do Discipulado e no Caminho da Iniciação. Ele tem de
se tornar consciente:
1. Da energia tripla que é a personalidade e da qual o corpo vital é a expressão
sintética.
2. Da alma tripla da qual o lótus egóico é a expressão.
3. Da Mônada tripla, que se expressa como uma grande difusão, em tempo e
espaço, de três correntes de energia criativa.
218
Esta última definição é até certo ponto sem significado para o não iniciado, mas deve
ser suficiente. Há um efeito que se manifesta em todas essas triplicidades, resultante da
interação das três forças e que está condicionado por elas. Esta é sua plena expressão e o
resultado de sua atividade bem sucedida:
1.Na personalidade, é o corpo físico.
2.Na alma, é o botão central ainda não aberto no logos egóico.
3.Na Mônada, é o "som que geometricamente abre caminho até a visão do
observador" - modo profundamente esotérico de simbolizar aquilo que não pode
ser expresso nem reduzido a uma forma tangível.
Se os estudantes aplicarem esta ideia ao estudo e à compreensão dos triângulos
astrológicos e não perderem de vista as triplas energias relacionadas, simplificarão
grandemente seus estudos. O microcosmo, quando conhecido, contém sempre a chave
para o Macrocosmo. Este se reflete eternamente no homem, o microcosmo, e por isso o
homem tem dentro de si uma possibilidade e a potencialidade da compreensão total.
Portanto, em todas essas múltiplas triplicidades que iremos estudar, encontraremos
analogias com a mônada, a alma e a personalidade no homem; acharemos uma linha do
triângulo representando, determinando e dominando a força, e duas linhas - durante um
ciclo particular que estão condicionadas por ela. Temos por exemplo, uma ilustração
interessante disso na natureza do fogo, esotericamente entendido, em sua tripla expressão
no tempo e espaço durante um ciclo de manifestação pois - como bem sabe - a Sabedoria
Eterna ensina que existe:
Dou esta triplicidade porque é muito conhecida e, ao mesmo tempo, constitui uma
boa ilustração de uma lei básica.
1. Triângulos de Energia-Constelações
Por trás dos inúmeros triângulos entrelaçados em nosso sistema solar, condicionando-
os em ampla medida (se bem que hoje de maneira mais potencial que expressiva), há três
energias que provêm de três constelações principais. Elas são as emanações da Ursa Maior,
das Plêiades e de Sirius. Poderia dizer-se que:
1. As energias vindo da Ursa Maior estão relacionadas com a vontade ou propósito do
Logos Solar, e são para esse grande Ser o que a Mônada é para o homem. Este é um
profundo mistério que nem o iniciado mais avançado pode por enquanto alcançar. Suas
energias sétuplas unificadas passam por Shamballa.
2. As energias provenientes do Sol Sirius, estão relacionadas com o aspecto amor-
sabedoria ou com o poder de atração do Logos solar, à alma desse grande Ser. Esta energia
cósmica da alma está relacionada com a Hierarquia. Foi dito que a grande Loja Branca de
Sirius tem seu reflexo e um modo de serviço espiritual e exteriorização na grande Loja
Branca de nosso planeta, a Hierarquia.
3. As energias provenientes das Plêiades, num conjunto de sete energias, estão
219
relacionadas com o aspecto inteligente ativo de expressão logóica e influenciam o aspecto
forma de toda a manifestação. Focalizam-se principalmente por intermédio da
Humanidade.
Relacionada com esse triângulo principal e afetando poderosamente todo o nosso
sistema solar, há uma tríplice inter-relação muito interessante que tem uma conexão
especial e peculiar com a humanidade. Este triângulo de forças se relaciona com uma
destas constelações principais, com um dos signos zodiacais e com um dos planetas
sagrados de nosso sistema solar.
Primeiro Triângulo
As Plêiades Caranguejo Vênus
A Humanidade
Segundo Triângulo
A Ursa Maior Carneiro Plutão
Shamballa
Terceiro Triângulo
Sirius Leão Vênus-Júpiter
A Hierarquia
Raios Planetas
Constelações Ortodoxos Esotéricos
223
Câncer a Lua Netuno
3°) Inteligência ativa Libra Vênus Urano
Capricórnio Saturno Saturno
I II III
Vontade. Propósito Amor-Sabedoria Inteligência ativa
Espírito Consciência Forma
226
Ao estudar essa classificação se achará uma estrutura de muitos triângulos de força,
sendo alguns cósmicos, outros zodiacais, e outros sistêmicos, e ainda outros planetários, e
seus reflexos no corpo etérico dos discípulos do mundo, de todos os graus. Por intermédio
do grande triângulo de Shamballa, da Hierarquia e da Humanidade, é enfocada a força
cósmica, zodiacal e sistêmica, e as três se convertem, por sua vez, em um triângulo
macrocósmico de energias, em relação com o ser humano individual no planeta.
Temos assim as seguintes linhas de transmissão de força:
I
“A sétupla luz do Pai tirou do caos e levou ao dia designado, Seu propósito e Seu
plano. Os sete Deuses supremos se dobraram a esse propósito e com vontade unida
ordenaram o Plano.
A Ursa e o Leão se uniram e projetaram seus planos de acordo e propósito de seu
Senhor controlador. Recorreram ao Pai Tempo (Saturno, AAB) em busca de ajuda e força, o
qual respondeu ao seu triplo chamado. Também a este chamado respondeu o Jovem
Eterno (Sanat Kumara, Senhor de Shamballa); Ele pôs-se novamente a estudar o plano,
ajudado pelo Pai Tempo, sem ser afetado pelo Senhor do Tempo, porque Ele mesmo era
eterno, se bem que não o eram as Vidas que Ele desenvolvia em Seu pensamento e Plano...
Logo a tripla luz, que provinha da Ursa Maior em Seu elevado lugar, de Leão, em seu
lugar inferior e de Saturno em seu pequeno lugar, afluiu o lugar planetário de poder. Deu
forma a Shamballa. O Senhor da Vida e do Mundo entrou em atividade...
O pequeno ser no grande Todo (o discípulo humano individual - AAB) respondeu
também à tripla luz, mas não o fez senão depois que os ciclos se repetiram repetidas vezes.
Ao entardecer de um dia de certa época, Shamballa enviou um chamado, retransmitido de
voz a voz e levado adiante pelo O.M. O discípulo, ao ouvir esse som, elevou a cabeça; fez
um impulso, a partir da base, ascendeu no tempo e no espaço. Leão, no coração e na
cabeça, gritou e permaneceu enquanto Saturno fez seu trabalho...; dessa maneira os dois
foram um.
II
A luz central de Sírio brilhou através do olho do Filho: veio a visão. A luz da sabedoria
penetrou nas águas e lançou o esplendor dos Céus às profundidades. A esse chamado
atraente, a deusa veio à superfície (as deusas-peixes, o símbolo de Peixes -A.A.B) e deu as
boas vindas a luz nas profundidades, considerando-a como sua. Viu o Sol, tendo Visto a seu
Filho e, desde esse dia, o Sol nunca a abandonou. Não existe a escuridão. Há sempre luz.
Logo os céus 'dentro do círculo-não-se-passa' responderam à luz de Sirius que,
passando através do mar de Peixes, elevou os peixes a esfera celestial (Urano), aparecendo
assim numa tripla luz menor, o radiante Sol dos sóis, a luz aquosa de Peixes, a luz celestial
de Urano. Esta luz desceu sobre a esfera espectante e acendeu sobre a Terra a galáxia de
228
pequenas luzes. Uma Hierarquia de luz emergia do seu próprio lugar; o planeta foi
iluminado .
III
O pequeno ser, naquele diminuto mundo, respondeu lentamente a essa luz, até que
hoje o pequeno mundo dos homens começa a palpitar em ritmo uníssono. Produzem-se
mudanças. O coração cósmico, o coração do sistema e o pequeno coração do homem,
começam a bater como um único e à medida que este batimento pulsar com maior força,
ele mescla uma nota mais baixa (a do plexo solar - AAB) dentro de si mesmo, suaviza sua
aspereza e sua nota de temor, pondo assim fim à ilusão. E então, novamente, os dois são
um.
IV
As sete Mães fundem sua luz e se transformam em seis (refere se à Plêiade perdida -
AAB) e, todavia, as sete ainda estão ali. Sua luz é diferente das demais luzes. Esta luz evoca
resposta daquele que clama em voz alta: Sou o ponto mais denso de todo o mundo
concreto (Capricórnio - AAB). Sou uma tumba e também a matriz. Sou a rocha que
submerge na profundeza da matéria. Sou o topo da montanha sobre a qual nasce o Filho de
onde se vê o Sol e aquele que capta os primeiros raios de luz.
Apresenta-se a Mim um Mensageiro (Mercúrio – AAB) e diz "A Aurora do dia está no
Caminho do alto, enviada pelo Pai à Mãe”. Em seu caminho para essa estrela inferior
denominada Terra, se deteve em um radiante sol, onde brilha a luz do amor (Sirius – AAB),
recebendo o abraço do amor. Assim traz ao homem radiantes dons. Pois ele é o próprio
homem, e desses três (As Plêiades, Capricórnio, Mercúrio – AAB) o Homem adota uma
natureza que lhe pertence. Filho das Mães, nascido da tumba, manifesta, depois do
nascimento, a luz que recebeu de todos eles.
Então se dirige aos três inferiores, convertendo-se com o tempo no Mensageiro dessas
almas aprisionadas. Desse modo o Senhor de Mercúrio se repete a si mesmo. O Filho desce
novamente ao lugar da terra e do ferro. Novamente conhece Sua mãe.
E assim o pequeno ser, na menor esfera, se transforma no maior Deus. Do centro
diretor de sua vida na Terra, se esforça, trabalha e leva a cabo o Plano. (O centro ajna é o
centro dirigente – AAB). Ele também desperta para a necessidade e, do lugar escolhido (o
centro laríngeo, – AAB), emite o Som que com o tempo se converte no Verbo. Logo os três
são dois e estes são Um."
Contínua e repetidamente os estudantes, devem recordar que estamos considerando
o impacto da energia sobre as unidades de energia (todas qualificadas e que produzem
aparecimentos) e com a resposta dessas unidades de energia às correntes de força que lhes
chegam do "centro mais afastado". Produz-se a sensibilidade necessária quando se
desenvolve a resposta aos pontos distantes de contato e fontes emanantes de energia.
Geralmente, a sensibilidade é de natureza tripla:
1. Sensibilidade ao que há dentro de si mesmo. Quando a consciência é
adequadamente auto-suficiente, abre uma porta para a entrada das energias que provêm
do "Centro do meio". Falo de maneira Simbólica e para aqueles cujo conhecimento do lugar
229
cósmico e dos pontos no tempo e espaço lhe permitirá compreender; ao não iniciado direi
simplesmente, "responda ao impacto da alma".
2. Sensibilidade ao que emana, dos "Centros que foram transcendidos" ou àquelas
corrente de energia vital que estão ativas e enfocadas abaixo do umbral da consciência
incipiente.
Elas agitam os fios da memória; fazem olhar retrospectivamente (e há magia
subjacente na energia do olho) para o ponto que avança - o Peregrino em seu caminho - e
condicionam mediante o antigo hábito de responder que possuem as unidades da forma.
3. Sensibilidade desenvolvida que emerge do "Centro mais afastado", a princípio
inconscientemente dirigida e sintonizada - uma sensibilidade completamente magnética
atraente. Não se esqueçam de que a verdadeira interação impõe como condição a
reciprocidade e que os dois pontos ou terminais de uma linha vibram (finalmente em
uníssono).
Uma consideração de um indício dado anteriormente com respeito ao simbolismo e
significado dos três olhos disponíveis para uso do homem, será tida como iluminadora, e
sua relação com o coração e a garganta evocará conhecimento. Estes se relacionam com os
três centros acima referidos e em sua mais ampla acepção se relacionam com os três
centros planetários: Humanidade, Hierarquia e Shamballa; existe uma relação posterior
com os centros cósmicos da Ursa Maior, Sirius e das Plêiades. Entre estes centros
planetários, aos quais me referi, e seus arquétipos cósmicos distantes, há três centros do
sistema que na atualidade, e de acordo com a lei cíclica, são Saturno, Urano e Mercúrio.
Entre eles também se encontra um triângulo zodiacal: Leão, Peixes e Capricórnio. Para
o propósito de nossa imediata consideração temos, em consequência, os três triângulos
seguintes:
3. Os Triângulos e os Centros
É necessário lembrar que todas as influências impingidas sobre o indivíduo ou sobre a
humanidade como um todo, passam através de algum dos centros planetários ou são por
algum deles transmitidos. Falei pouco a respeito desses centros salvo para me referir aos
três centros principais a que chamamos de Shamballa, Hierarquia e Humanidade. Nós os
reconhecemos como:
1.Shamballa. Poder. Propósito Centro da cabeça planetário. Vontade Diretora.
2.Hierarquia. Amor. Sabedoria Centro do coração planetário. Amor Dirigido.
3.Humanidade. Inteligência Centro ama planetário. Mente Dirigida.
Quatro outros centros ficam por serem considerados: o centro laríngeo, o plexo solar,
o centro sacro e o centro ,na base da coluna.
Na vida logóica planetária - como é também o caso com o homem individualmente
considerado, o microcosmo do Macrocosmo - certos centros estão mais despertados do
que outros e vibram em uníssono com o impulso sistêmico mais plenamente do que outros.
No caso do Logos planetário de nossa pequena esfera, o centro da cabeça, o centro ajna, os
centros do coração e do plexo solar e o centro laríngeo são os cinco pontos focais de
energia que estão mais vivos e vibrantes. O centro sacro está lentamente caindo abaixo do
limiar da consciência logóica ao passo que o centro na base da coluna está praticamente
inteiramente desativado, exceto em conexão com seus efeitos prânicos sobre a Vida da
forma, engendrando a vontade para viver, o impulso para a sobrevivência e a vitalização
das formas. Esses fatos lhes darão uma ideia de nosso status planetário na grande família
do sol central e indicam porque nosso planeta não é um planeta sagrado. Nenhum planeta
é sagrado, a não ser que o centro na base da coluna (falando simbolicamente) seja erguido
e a grande fusão das energias disso resultante tenha ocorrido. Eu me refiro a este particular
ciclo e período mundiais e ao estado de coisas nesta quinta raça-raiz, ou Ariana. Os
estudantes de meus livros e de A Doutrina Secreta devem lembrar-se de que quaisquer
contradições que possam aparecer serão somente contradições no Tempo e que quando
239
este fator tempo for devidamente compreendido e o estudante souber a qual específico
ciclo a informação deveria ser aplicada, essas aparentes inexatidões desaparecerão.
O que é verdade com relação à humanidade, por exemplo, durante a 3a raça-raiz, pode
não ser verdadeiro na 5ª raça-raiz. Portanto, tudo o que pode ser feito é estudar e relatar,
refletir e aplicar a Lei da Analogia, sabendo que quando a consciência mais expandida e
mais inclusiva do iniciado treinado tomar o lugar da atual capacidade de percepção
humana, então esses pontos debatidos serão esclarecidos; eles assumirão uma verdadeira
consistência e as contradições desaparecerão.
O centro planetário que corresponde ao da base da coluna no ser humano não será
despertado antes da sétima raça-raiz e isso somente quando um correto relacionamento se
estabelecer entre o centro sacro planetário (que está relacionado com o terceiro reino da
natureza, o reino animal) e o centro laríngeo planetário, funcionando de maneira
apropriada e em uníssono.
No primeiro volume deste tratado, certos indícios foram dados sobre os centros
planetários e os raios de energia se derramando através deles. Gostaria de aqui me referir a
eles porque estão ligados à Ciência dos Triângulos. Vocês poderiam observar que os três
reinos inferiores da natureza constituem, em si mesmos, um triângulo de força e são
essencialmente um reflexo de um particular triângulo planetário. Poderia ser aqui de
utilidade se eu tornasse a tabular aqui para vocês algumas dessas principais inferências -
porque por enquanto não passam disso. Um ponto é de real interesse aqui. Afirmei que a
Humanidade é a correspondência na Vida planetária, do centro ajna do homem,
considerado individualmente. Antes eu lhes dissera que o quinto Raio do Conhecimento
Concreto está relacionado com o centro ajna e, portanto, neste presente ciclo mundial,
vocês têm:
Humanidade ... centro ajna planetário .... 5° Raio do Conhecimento ... 5ª raça-raiz
Portanto cinco centros no homem estão despertando rapidamente.
Cada um desses relacionamentos comprova o outro mas somente quando vistos em
relação ao ciclo maior. A Humanidade foi em alguma época a correspondência ao plexo
solar planetário e algum dia transferirá o foco de sua receptividade para o centro do
coração planetário; quando isso ocorrer a Hierarquia transferirá seu foco de receptividade
para a esfera de influência de Shamballa. Dessa transferência, a presença do lótus de doze
pétalas no centro mais elevado da cabeça (o ponto de relação entre o centro do coração e a
alma em seu próprio plano) é a garantia. As seguintes relações devem, em consequência,
ser tidas em mente.
I. Centro da cabeça ... Shamballa ... 1º raio ... 1ª e 7ª raças .. Vontade; a meta.
Energia da Vida. Síntese.
Sete centros despertados e em atividade.
Na primeira raça-raiz vivo e vibrando fracamente.
Na sétima raça-raiz plenamente despertado.
II. Centro do coração ... Hierarquia ... 2° raio ... 6ª raça-raiz ... Amor; a meta.
Energia da Identificação. Conquista da fusão.
Seis centros em atividade.
O ponto focal da consciência egóica da divindade.
O quinto reino. O Reino de Deus.
240
III. O Centro ajna ... a Humanidade ... 5° raio ... 5ª raça-raiz ... Intuição; a meta.
A energia da Iniciação. Desenvolvimento da inclusividade.
Cinco centros rapidamente despertando.
O ponto focal da personalidade.
O reino humano, o quarto reino da natureza.
IV. O centro laríngeo ... Animal. .. 3° raio ... 3a raça-raiz .... Intelecto; a meta.
A energia da iluminação. Criando na luz.
Quatro centros em atividade.
Ponto focal da consciência instintiva.
O terceiro reino na natureza.
V. Plexo solar .. Vegetal... 6° raio ... 4ª raça-raiz ... Instinto; a meta.
A energia da aspiração. Desenvolvimento da sensibilidade.
Três centros em atividade.
Ponto focal de resposta psíquica.
O segundo reino da natureza.
VI. Centro sacro ... evolução dévica ... 7º raio ... 2a raça-raiz ...
Capacidade de resposta; a meta.
A energia do Magnetismo; Poder de construir.
Dois centros em atividade; centros do coração e sacro.
Ponto focal de resposta vibratória ao "olho de Deus".
VII. Base da coluna ... Mineral... 4° raio ... 7a raça-raiz. Síntese; a meta.
A energia da Síntese fundacional. Completação.
Todos os centros atuando como um.
Ponto focal da evolução.
O primeiro reino na natureza.
Esta tabulação pode servir para tornar um pouco mais claro o presente plano geral ou
projeto do desenvolvimento evolutivo da consciência. Outros desenvolvimentos estão
ocorrendo simultaneamente, tais como o desenvolvimento da capacidade de resposta do
aspecto forma e a evolução do deva, ou anjo, linha que corre paralela à humana e à qual
me refiro no Tratado sobre o Fogo Cósmico. Um terceiro grande esquema da evolução está
ocorrendo, e a ele só podemos fazer referência quanto ao desenvolvimento do propósito
divino em si; disso a humanidade não tem, por enquanto, a menor ideia porque a sua
consciência ainda se mantém nos limites de seu próprio reino na natureza; a Hierarquia
está tentando tornar-se capaz de responder a essa forma de energia.
Há um outro ponto de interesse ao qual desejo me referir, do qual o estudante comum
do ocultismo pouco se dá conta. Refiro-me às passagens para a energia planetária por
intermédio da qual grandes e generalizados efeitos são produzidos na vida planetária,
externa. Nesta quinta raça-raiz, há somente cinco de tais passagens, no que diz respeito aos
efeitos sobre a humanidade; a capacidade de resposta a eles, se demonstra pelo fato de
sua relativa importância no condicionamento dos acontecimentos e assuntos mundiais.
Sempre que se encontre uma dessas passagens, também se achará uma cidade de
importância espiritual no mesmo local. Esses cinco pontos são.
241
1.Londres - para o Império Britânico
2.Nova York - para o Hemisfério Ocidental
3.Genebra - para toda a Europa, inclusive a União Soviética (ou todas as nações em
que a mesma se subdividiu - N. do T.)
4. Tokio - para o Extremo Oriente
5. Darjeeling - para toda a Ásia Central e Índia.
Mais tarde, mais dois pontos ou saídas de energia serão acrescentadas a estes, mas a
hora para isso ainda não chegou. Através desses cinco lugares ou áreas em sua vizinhança,
a energia dos cinco raios se derrama, condicionando o mundo dos homens, conduzindo a
efeitos de significação planetária e determinando a direção dos acontecimentos. Um
estudo da história e dos assuntos atuais produzirá alguma compreensão de sua importância
em conexão com quatro deles. O efeito da força fluindo através do centro de Darjeeling não
é tão imediatamente aparente mas ele é da maior importância como um agente de
distribuição para a Hierarquia e particularmente para os Membros da Hierarquia que estão
lidando com ele e influenciando os atuais assuntos mundiais neste tempo de tão
importante crise.
Esses cinco pontos de energia condicionante produzem dois triângulos de força em sua
inter-relação:
1. Londres - Nova York - Darjeeling
2. Tokio - Nova York - Genebra
Genebra e Darjeeling são dois centros através dos quais a pura energia espiritual pode
ser dirigida com mais facilidade do que através das outras três e eles, por isso, constituem
os pontos mais altos de seus respectivos triângulos. Eles são mais subjetivos em sua
influência do que Londres, Nova York ou Tokio. Juntos, eles formam cinco centros de
energia "impulsionadora" hoje.
Poderia também ser-lhes de interesse conhecer os raios governantes e signos
astrológicos desses cinco lugares, tanto quanto possam ser dados atualmente e durante
este atual ciclo. Não se esqueçam de que os raios da personalidade mudam de período a
período relativamente a países e cidades, tal como ocorre com indivíduos:
RAIOS
Cidade Alma Personalidade Signo
1. Londres 5° 7° Gêmeos
2. Nova York 2° 3° Câncer
3. Tokio 6° 4° Câncer
4. Genebra 1° 2° Leão
5. Darjeeling 2° 5° Escorpião
Este centro de distribuição pode ser um sistema solar, considerado como um centro
cósmico, um planeta, que é um centro sistêmico, um dos centros planetários, acima
referido, uma nação ou um indivíduo ou um dos centros no corpo etérico humano.
Um cuidadoso estudo dessas correntes de energia demonstrará dois movimentos
principais:
243
I. O fluxo de descida da energia de um centro de emanação. Isso leva a
1. Sua fusão com a energia de um centro de recepção e sua consequente
qualificação.
2. Sua transmissão para o seu efeito evocativo sobre um segundo ponto ou ponto
focal de recepção.
Nota: Isto deixa um lado do triângulo por enquanto incompleto.
Os três tipos de energia (ou antes, uma energia e duas forças) prosseguem então com
as seguintes atividades:
a.Energização evocativa de um triângulo secundário
b.Derramamento de um lado desse triângulo refletido até a expressão evocada no
plano físico.
c. Produção de manifestação, qualidade e atividade.
d. Formação de um reservatório de energias descendentes e equilibradoras.
Pode-se conseguir alguma luz sobre esse assunto complexo se o estudante tentar se
conscientizar do fato de que o diagrama acima e subsequente afirmação descreve sua
própria história involutiva e evolutiva. Ele descreve o intercâmbio de sua vida monádica, da
energia da alma e da força da personalidade, uma vez que esses três focalizam o plano
físico, produzindo manifestação e aparência.
lI. Um fluxo de retorno dessa energia qualificada para sua fonte emanadora ou o ponto
mais elevado do principal triângulo Isso produz:
1. A contemplação dos dois triângulos - o Real e o irreal. A construção do
antahkarana é um aspecto dessa completação. Isso diz respeito à construção final
dos posteriores estágios do antahkarana pelo iniciado.
2. A transmissão da força do triângulo refletido ou secundário nos três mundos
do empenho humano (ou nos cinco mundos, no caso da evolução de membros da
Hierarquia) está no mesmo ponto focal na linha de base do triângulo superior que
recebeu a energia emanadora original.
3. Há consequentemente dois pontos de principal importância no triângulo
superior:
a.O ponto de emanação da energia condicionante positiva.
b.O ponto que recebe em si mesmo tanto a energia superior quanto as forças
inferiores. Esse ponto é chamado o aspecto alma do triângulo e é sempre o agente
registrador da consciência. Ele é, por isso, o produtor de crises, porque o ponto onde
muitas energias se encontram é a fonte da crise na vida exterior.
c. Essas crises são crises de iniciação e isso é tanto verdadeiro quanto aos
homens como indivíduos, quanto às nações e à humanidade como um todo.
d. O triângulo protetor é o fator que produz por seu fluxo para dentro e para
fora do triângulo secundário, os "momentos no tempo e os acontecimentos
no espaço que levam àqueles episódios na vida da alma em que a força se
torna energia e a energia se torna vida."
Tal importante acontecimento ou crise está agora tendo lugar na vida da humanidade
atual.
Nada posso acrescentar em meu ditado sobre esse assunto. O tema é muito vasto e
complicado. Todavia, indiquei o suficiente para lançar luz sobre essa intrincada ciência.
244
Sumariando o que disse:
1. Energias emanadoras, evocativas e magnéticas são os três tipo de energia que
fluem do "triângulo superior". .
2. A força receptiva, distribuidora e crítica são os três tipos de energia distribuída
pelo "triângulo inferior ou refletido".
3 Dois pontos de energia são partilhados por ambos os triângulos segundo a linha
de base. Quando o trabalho é concluído, a linha de base é formada por duas
correntes fundidas de energia, que corporifica as energias de ambos os triângulos.
4. Um ponto de energia (o ponto magnético) produz involução e saída durante o
processo de formação do triângulo inferior. Num estágio posterior ele - como
numa fusão de energias - induz o retorno de todas as energias à fonte de
emanação.
Ao mesmo tempo, os estudantes devem ter em mente que - graças à Grande Ilusão -
pode parecer-lhes que os triângulos são incompletos durante o processo evolutivo. O fato,
todavia, é que no Eterno Agora todos os três lados dos triângulos eternamente existem e
persistem. O problema se acha somente na consciência do indivíduo mas não na Realidade.
5. Convém que o estudante registre que:
a. As massas dos homens expressam a energia que se derrama de cima para
baixo a partir do centro magnético. Sua direção correta é atualmente para
baixo na manifestação e experiência físicas.
b. Os aspirantes e probacionários expressam sua capacidade de resposta à
atração do centro evocativo. Seu impulso e para o caminho de retorno.
c. Os discípulos aceitos e iniciados expressam o intercâmbio segundo a linha
de base entre os ponto evocativo e magnético.
d. Iniciados Superiores e Mestres utilizam e expressam a energia fundida no
centro magnético. Elas estão voltando ou respondendo ao centro de
emanação.
Assim se completa o triângulo sêxtuplo - objetivo e subjetivo. Será, naturalmente
óbvio para vocês que não será possível lidar com todos os vários triângulos de energia que
são eficazes em sua Terra, e que, incidentalmente, afetam a humanidade exaustivamente.
Seu nome é legião. Mas certas relações triangulares podem ser consideradas por tentativas
e seu lugar no horóscopo planetário ou individual pode ser então mais tarde elaborado. Na
nova astrologia que será a da alma, a consideração capital das doze casas (que são agora de
tanta importância) será menos enfatizada e a consideração das três Cruzes emergirá em
seu lugar. Essas três Cruzes compõem juntas doze braços e é a energia que flui dos doze
braços e seu lugar no horóscopo da alma que assumirá a principal importância. Eu falarei
mais amplamente sobre o assunto quando retornarmos ao tema das três Cruzes. As doze
casas dizem respeito à personalidade. Os quatro braços das três Cruzes dizem respeito à
alma e são esses doze e seu aparecimento no horóscopo, ou o fato de deixarem de
aparecer, que governará o horóscopo da alma. Todas as quatro influências das três Cruzes
estarão presentes na carta de um Mestre. Portanto, uma indicação de quais constelações
são primariamente relacionadas com o desenvolvimento da consciência e com a evolução
da compreensão espiritual tem significativo uso, aqui.
O principal Triângulo cósmico trabalha primeiramente através de seis constelações
245
atualmente e - novamente no tempo atual - a constelação cósmica e as duas energias
zodiacais focalizam através de um planeta particular, usando-o como um agente
transmissor para a Terra. Portanto, vocês têm:
246
que torna possível a escapada final dos pares de opostos. Ele agora sabe, através
do sentimento transcendido e da identificação com a Visão vista, o verdadeiro
significado da existência.
Este processo tríplice pode também ser coberto pelas três palavras: Sensibilidade,
Iluminação e Inspiração.
Um outro grupo de energias pode ser tocado embora não seja possível qualquer
efetiva elucidação. Elas dizem respeito às energias enfocadas dos sete sistemas solares um
dos quais é o nosso. Essas energias (em número de seis) alcançam nosso sistema solar,
através das constelações de Touro e Escorpião e do planeta Marte.
Tornar-se-á também aparente para o astrólogo do futuro quais as linhas ao longo das
quais o mapa da alma deverá ser traçado; os triângulos principais e as três Cruzes cósmicas
controlarão suas deduções quanto ao desenvolvimento da consciência. Os triângulos
indicam possibilidade; as Cruzes indicam processo e ponto de crise.
Não há, como já disse, qualquer maneira de manipular esta Ciência dos Triângulos até
o limite ou exaustivamente, pois ela é a ciência do projeto geométrico universal subjacente
aos mundos fenomênicos e está também intimamente relacionada com o Carma. Ela diz
247
respeito à primeira precipitação da interação e ao efeito da dualidade da manifestação, do
espírito-matéria, uma vez que constituem uma substância. Mas, em sua relação com a
astrologia esotérica, é possível indicar certas interpretações fundamentais desta relação
que capacitarão o astrólogo a desenvolver e a elaborar afinal a astrologia da alma, a
delinear o horóscopo do ego e a traçar os novos tipos de mapas que demonstrarão o
propósito da alma em seu próprio plano e as relações grupais também no plano físico e
assim ser de ajuda à personalidade inteligente, dedicada. Meditem a respeito disso
Há uma tríade de energia cósmica que é de suprema importância em nosso planeta e é
a influência unida de suas três constelações que finalmente permitirá a iniciação do Logos
planetário; isso garantirá qualquer futura expressão planetária de Sua vida a ser
denominada de “planeta sagrado". Atualmente nossa Terra não é considerada como um
planeta sagrado. Mais tarde, quando essas três energias houverem produzido adequado
efeito e as necessárias trocas planetárias tiverem sido produzidas, o termo "sagrado" será
julgado correto e apropriado. Esta afirmação naturalmente significa pouco para qualquer
estudante da atualidade. Quando, todavia, ele for capaz de efetivamente se dar conta de
duas coisas, o caso será diferente. Estas são:
Primeiro, que as energias triplas que estão por trás da atividade do centro de
Shamballa dizem respeito ao Logos planetário; a humanidade está lentamente se tornando
sensível àquela influência, mas só na formação em massa e não individualmente. Só
teoricamente pode um discípulo registrar esse fato.
Segundo, essas influências se estão exercendo sobre aquele aspecto da vida humana a
que nós chamamos de Mônada; elas terão, por conseguinte, um efeito crescentemente
mais firme sobre o Caminho da Iniciação.
Essas três constelações são Leão - Virgem - Peixes. Elas são citadas esotericamente
como "as Produtoras daquilo que sabe, as Informantes daquilo que é despertado e as
Construtoras dos modos de fundir a Sabedoria. Elas produzem uma unidade; Elas esmagam
aquilo que Elas produziram para apenas tornar a produzi-lo com maior beleza e em mais
alta plenitude. Essas palavras são claras. Este triângulo é, na atualidade, um triângulo
invertido com as energias de Leão no mais inteiro contato com nossa vida planetária. O
triângulo seguinte mostrará isso mais claramente.
AS CRISES DA ALMA
Vocês observarão que duas das constelações que acabamos de focalizar - Leão e
Virgem - se encontram nesta relação. Cinco constelações não são tão intimamente
relacionadas com as crises da massa da humanidade mas são mais definidas e
especificamente relacionadas com o desenvolvimento do discípulo individual. Elas são:
Sagitário, Libra, Touro, Peixes e Aquário. Peixes tem, todavia, nesta época, uma relação
especial com as sete constelações que produzem a grande crise humana; ela também
completa o esforço unido final do Triângulo: Leão, Virgem, Peixes. Foi o firme impacto da
força de Peixes que trouxe afinal a humanidade, o discípulo mundial, até o próprio portal
da iniciação. Por mais de dois mil anos, a influência de Peixes se fez sentir sobre a
humanidade; ela causou a exigência do ajustamento mundial; ela desenvolveu o espírito
internacional e leva à formação de grupos em cada departamento da vida humana e assim
lançou a base para a futura síntese em Aquário. A influência deste triângulo encontra
expressão simbólica na vida do indivíduo autoconsciente que alcança a capacidade de
percepção de si mesmo em Leão; no cuidadoso tratamento da Virgem e a autolibertação
final em Peixes.
Poderíamos aqui dar um pouco de tempo às lições práticas a serem aprendidas das
sete crises através das quais o homem, o indivíduo, e a humanidade, o todo maior, devem
passar.
Ao considerar essas crises que têm lugar na história da vida da alma desde sua
primeira encarnação até sua libertação final, ver-se-á que as sete principais constelações e
suas influências, derramando-se através dos planetas exotéricos e esotéricos, condicionam
as circunstâncias e condicionam o meio ambiente do homem espiritual, sempre se
movendo para diante. Certas vidas ocorrerão em que alguma dessas constelações
exercerão uma predominante influência. Elas produzirão aquela focalização de forças que -
dado um particular equipamento de um homem em qualquer ocasião - evocarão dele o
máximo de esforço possível, capacitando-o assim para prosseguir na direção de um estado
de consciência mais iluminado. Vocês verificarão que eu não digo "capacitá-lo-ão a ser
vitorioso". Um homem pode ser vitorioso em superar as condições de prova e em emergir
como um conquistador sobre as circunstâncias no plano físico e ainda assim ser derrotado.
A razão para isso é que a menos que a luta e a emergência produzam mudanças básicas na
consciência e um horizonte grandemente ampliado, elas demonstrarão serem fúteis para
cumprirem sua pretendida tarefa.
Ao estudar os momentos de crise, deve-se lembrar que eles são vividos através de
aproximadamente três vezes sob o ponto de vista do ciclo de vida maior e são também
recapitulados em um senso menor em alguma vida em particular ou grupo de vidas. Os três
ciclos de maior relevância na consciência do ego ao reencarnar são:
1. O ciclo evolutivo desde a individualização até a libertação, do estágio do homem
250
primitivo até a emergência no estágio dos assuntos mundiais de um Mestre de Sabedoria,
um Buda ou um Cristo.
2. O ciclo de aspiração do estágio do homem inteligente integrado até o do discípulo
aceito e da experiência da expressão intelectual nos três mundos até a do probacionário
que está fazendo suas tentativas no Caminho e está começando a alcançar seu
desenvolvimento espiritual consciente.
3. O ciclo da iniciação desde o estágio preparatório do discípulo aceito até o do Mestre
e dos graus ainda mais elevados. Essas sete crises são reforçadas, cada uma, durante o
processo da autoiniciação no mundo do significado e da realidade. Elas constituem a nota-
chave ou o motivo de cada uma das sete iniciações. Cada uma dessas sete iniciações
permite a entrada no estado da consciência divina em cada um dos sete planos de
experiência e expressão divinas.
As influências dessas sete constelações são simbolizadas por três triângulos e por uma
síntese final ou ponto focal. Esotericamente, esses triângulos são usualmente
representados como superpostos mas para maior clareza, serão representados
separadamente.
Temos aqui três triângulos mas, ao mesmo tempo, somente sete influências, pois os
efeitos das forças condicionadoras dos dois triângulos predominantemente ativos nos
primeiros dois ciclos estão fundidos no terceiro. Essas influências fundidas (com a ajuda das
remanescentes cinco constelações: Sagitário, Libra, Touro, Peixes e Aquário) capacitam o
discípulo a escapar do reino humano para o reino das almas. Temos, por conseguinte:
1. Sete constelações:
Câncer, Áries, Gêmeos, Escorpião, Capricórnio, Virgem, Leão, que levam o homem do
estágio da individualização até o Caminho do Discipulado.
2. Oito Constelações (que incluem três das sete) que levam o discípulo do estágio do
egoísmo até o do autoiniciado e da alma aperfeiçoada.
Não é minha intenção analisar essas crises. O estudante sério e observador pode
muito bem lidar com elas por si mesmo.
Gostaria também de destacar que somente descrevi (mas uma vez necessariamente)
os três triângulos numa certa ordem com os pontos inferiores expressando a energia de
certas constelações. Desta maneira eles reproduzem o resultado final e os resultados finais
de um particular grupo de três crises. Devemos lembrar que somente à custa de muita
251
repetição e frequente esforço focalizado são esses resultados alcançados. Uma crise é
provocada por um certo hábito mental, desenvolvido no veículo; ela só é superada no
tempo por um certo hábito e ritmo do conteúdo espiritual da natureza humana. É o
estabelecimento de um certo ritmo objetivo que produz uma crise; é a emergência de um
particular ritmo subjetivo que torna um homem capaz de superar a crise e capitalizar sobre
a oportunidade. Por favor, tenha isso sempre presente.
Essas sete crises podem também ser relacionadas com os sete centros no corpo vital
ou etérico, e os estudantes avançados constatarão mais tarde que há uma íntima inter-
relação cíclica entre:
1.Os sete planos de expressão divina.
2.Os sete estados de consciência resultante.
3.As sete crises, levando à expansão da consciência.
4.As sete iniciações, levando essas expansões ao clímax.
5.Os sete centros em que esses resultados são alcançados.
Vou relembrar aos estudantes que todas as doze constelações trazem o
desenvolvimento evolutivo ao homem e a libertação final da Grande Roda da existência
humana. Sete delas são, contudo, primariamente úteis ao provocar as sete crises da alma,
enquanto cinco delas são instrumentais sobre os estágios finais do Caminho ao capacitar o
discípulo ou iniciado a utilizar a experiência ganha e os valores conseguidos ao tornar
efetiva a entrada no quinto reino da natureza. Vocês têm, pois, os 12+7+5, totalizando 24 e
nestes se encontram os "24 episódios que marcam a Cruz da Vida".
Do ponto de vista do simbolismo cristão (ainda que a interpretação seja por enquanto
inadequada) essas sete crises correspondem às sete estações da Cruz que marcam o
caminho de um Salvador mundial em progressão.
Em conexão com as cinco constelações que estão especialmente ativas na vida de um
discípulo avançado e de um iniciado, as influências se situam em dois triângulos de força,
porque Leão - focalizando a energia das sete constelações - está incluída, assim ligando o
aspecto autoconsciente com o espírito:
Não se esquivem dessas crises, por mais duras e difíceis que possam parecer. Difíceis
elas são. Não se esqueçam de que desde há muito tempo existe na consciência humana o
hábito de comparar crises. O homem tem o "hábito das crises", se assim posso chamá-lo.
Elas são apenas os pontos de exame quanto à força, propósito, pureza e motivo e a
intenção da alma. Elas evocam confiança quando superadas e produzem uma visão
grandemente expandida. Elas alimentam a compaixão e compreensão, pois a dor e o
conflito interno que engendravam não serão jamais esquecidas, pois elas recorrem aos
recursos do coração. Elas libertam a luz da sabedoria no campo do conhecimento e o
mundo é assim enriquecido.
252
4. Conclusões
Chegamos a um ponto em nossas considerações da Ciência dos Triângulos em
podermos fazer uma pequena pausa para considerar nossa próxima abordagem deste
assunto e escolher o tema através do qual podemos lançar mais luz sobre o assunto. A essa
altura deve ter-se tornado óbvio para vocês que esta Ciência dos Triângulos diz respeito a
beneficência da Deidade e que, através das intrincadas combinações dos triângulos
cósmico, sistêmico e planetários, os propósitos de Deus se vão cumprindo. Esses propósitos
são motivados pelo amor. É através desses relacionamentos que o amor se expressa e
promove as necessárias mudanças para aquela expressão, e a consciência humana é levada
ao requerido estágio de inclusividade.
É através dos quadrados ou da relação quaternária que o aspecto forma é posto em
relação e adequação com a vontade da Deidade, expressando-se através do aspecto da
consciência que se desenvolve. Explico essa situação nessas palavras simples porque deve
ficar claro para vocês que somente quando a alma ilumina a mente pode o significado do
ensinamento ser alcançado. Somente quando o estágio da iniciação for alcançado é que o
verdadeiro sentido emergirá. Nesse intervalo, procurei despertar em suas mentes uma
reação à verdade abstrata que jaz por trás das duas seguintes afirmações:
1. A Ciência dos Triângulos está relacionada com a total expressão da divina
triplicidade de manifestação: vontade, amor e inteligência, ou vida, consciência e forma.
Portanto, enquanto o discípulo não puder expressar em si mesmo a semelhança integrada a
esses três aspectos, ele não conseguirá alcançar o significado desta ciência astrológica
subjetiva.
2. Em nosso planeta, a Ciência dos Triângulos está relacionada com os três principais
aspectos, na medida em que se expressam através de Shamballa, a Hierarquia e a
Humanidade. Mais uma vez, portanto, nós nos deparamos com a necessidade de uma
aproximação do ser humano integrado a esta ciência porque somente o homem que
responde a esses três pontos focais de energia podem compreender o intercâmbio.
Somente, de fato, pode o homem apreender a verdade subjacente cujos dois centros da
cabeça e seu centro do coração formam um triângulo de energias fluentes.
Nesta conexão, gostaria de lhes lembrar do que eu disse antes no tratado que a
Ciência dos Triângulos estava relacionada com espírito e síntese. Gostaria também de lhes
lembrar que o que escrevi nesta secção astrológica do Tratado dos Sete Raios está
destinado à instrução dos discípulos no fecho deste século e durante o período de após-
guerra. Insisto em dizer que eu afirmei antes que esta ciência devia sempre ser abordada a
partir do ângulo de três energias básicas, a saber, as que vêm da Ursa Maior, das Plêiades e
de Sirius; porque (condicionadas pelo tempo e espaço) esses três tipos de energia fluem
através dos três principais centros, Shamballa, a Hierarquia e a Humanidade.
Meu problema tem sido escolher quais das miríades de relações triangulares
entrelaçadas eu escolheria com vocês para assim apresentar esta ciência de tal maneira
que ela provasse ser de real interesse. A rede interna de luz que é chamada de corpo
etérico do planeta é essencialmente uma rede de triângulos e quando o processo evolutivo
se completa, ela terá sido organizada. Atualmente, um padrão de quadrados é a principal
construção da rede mas isso está lentamente mudando à medida que o plano divino se
253
cumpre. As redes etéricas dos planetas sagrados são em grande parte triângulos, ao passo
que a do Sol é a de círculos entrelaçados. O esforço na Terra hoje em dia (como visto pelo
Logos planetário) é promover uma transformação da rede do planeta e assim lentamente
mudar os quadrados existentes em triângulos. Isso é feito pela criação da divisão, pela
aplicação da Lei da Separação, mas também pelo reconhecimento, na consciência, da
dualidade, da aplicação do movimento dirigido e do aparecimento de dois triângulos em
lugar de um quadrado. Quando isso tiver ocorrido, a consciência capaz de perceber,
reconhece a identidade e a regra do quadrado termina. Essas palavras me foram ditas um
dia por um velho vidente que partiu o quadrado esotericamente, assim formando dois
triângulos e os uniu numa manifestação nova por formar uma Estrela da Vida. É assunto
para se pensar a respeito.
É por esta razão que os astrólogos do futuro darão ênfase à relação e inter-relação dos
triângulos. O novo astrólogo, como dei uma pista antes, dará ênfase a:
Quero reiterar mais uma vez o fato de que a nova astrologia se ocupará em traçar o
mapa da vida da alma. As 12 constelações, ao desempenharem seu papel na vida do
discípulo por intermédio de seus agentes de distribuição, os planetas esotéricos regentes,
gradualmente transformarão a forma exotérica do mapa do indivíduo. Isso será devido à
focalização das várias energias no homem, consciente e intencionalmente, e não dirão
respeito à sua reação negativa às energias condicionadoras.
Gostaria aqui de chamar a atenção para um interessante ponto que tem uma
sustentação definida no poder do indivíduo de alcançar a nova astrologia e compreender a
Ciência dos Triângulos. Os símbolos astrológicos para Virgem e Escorpião são de natureza
tríplice - os dois únicos que o são. Quando o discípulo consegue alcançar o significado por
trás dessa triplicidade, ele estará pronto para chegar ao significado dessa complexa ciência
e para trabalhar com a nova astrologia. Virgem e Escorpião são dois signos ligados ao
crescimento da consciência crística; eles marcam pontos críticos na experiência da alma -
pontos de integração em que a alma está conscientemente se sintonizando com a forma e
ao mesmo tempo com o espírito. Eu disse a experiência da alma e não a experiência do
homem no plano físico. Quando a experiência vivenciada em Virgem é consumada em
Peixes e as provas de Escorpião houveram levado à iluminação em Touro, então o efeito
dessas quatro energias (Virgem, Peixes, Escorpião, Touro) será o de tornar o homem um
verdadeiro triângulo, expressando as três principais constelações condicionadoras: a Ursa
Maior, as Plêiades e Sirius.
Poderia encher muitos volumes com as indicações dos vários triângulos à medida em
que são descobertos para serem dispostos no tempo e no espaço. Sob a vontade da
Deidade e da inalterável energia da Deidade e da inalterável energia no coração do zodíaco
254
manifestado, eles produzem as mudanças na consciência que tornam o homem divino no
final do ciclo mundial. Mas o tema é muito vasto e tudo o que procuro fazer no momento é
indicar o caminho para uma nova ciência e para as combinações esotéricas de energias que,
quando reconhecidas, capacitarão a humanidade a fazer mais rápido progresso, fundir as
energias dos três centros planetários e transformar nossa Terra (por intermédio do
pensamento humano, reagindo às influências zodiacais) em um planeta sagrado. É,
portanto a influência e combinação de energia na medida em que elas afetam os aspirantes
e discípulos do mundo que serão suficientes para qualquer compreensão aumentada; com
estas gradualmente lidarei e também, na parte final desta secção, lhes darei uma exegese
da tabulação. Nessa tabulação é dada a relação entre os raios e as constelações e isso é
básico em suas implicações.
Algumas das forças com as quais estamos lidando governam a humanidade de uma
maneira peculiar e o efeito de sua influência é produzir a sintonização dos centros
planetários.
Há quatro constelações, como sabem, que proporcionam as energias necessárias para
tornarem a humanidade divina. Elas são Áries, Leão, Escorpião e Aquário. Não necessito
entrar numa análise delas uma vez que isso foi coberto quando estudamos cada uma delas
anterior e separadamente. Gostaria, contudo, de assinalar que cada uma dessas
constelações está intimamente ligada, como um transmissor de energia, a certas estrelas,
ainda que fora do zodíaco, assim ligando nosso pequenino planeta a certos grandes pontos
focais de energia.
Áries, o iniciador de impulsos (seja o impulso para encarnar, seja o impulso para
retornar à fonte original) está intimamente em contato com uma das estrelas na Ursa
Maior à qual damos o nome de "Perdigueiro" na linguagem comum. Este Perdigueiro é uma
"estrela principal da direção" porque através dela (neste ciclo mundial) flui a vontade de
unificar e chegar à síntese. Esta é a força que traz a fusão ou integração da personalidade, a
unificação da personalidade e da alma, a unificação da humanidade ou a Grande
Aproximação da Hierarquia à Humanidade. Ela produzirá também a integração de nossa
Terra ao corpo dos "planetas sagrados" e ao consequente estabelecimento de um triângulo
de força composto pelo Perdigueiro, pelo Carneiro e nossa Terra. Essa relação triangular
terá um efeito patente sobre o sistema solar bem assim sobre o próprio planeta e é
também um dos fatores produzindo a mudança no eixo da Terra. Relacionado com este
triângulo há um outro secundário, na órbita de nosso Sol, composto por Vulcano, Plutão e a
Terra. Nos Arquivos da Grande Loja isso é citado simbolicamente como:
255
Este é um dos mais interessantes e instrutivos símbolos astrológicos que lhes dei e
indica uma relação muito importante. Vocês têm aqui duas energias maiores e três
menores trazidas a uma íntima relação; isso é análogo aos dois raios principais e aos três
raios menores que condicionam um ser humano em manifestação. Essas são as cinco
energias que dizem respeito à vida que se forma em nosso planeta. Elas produzem, na
humanidade, evolução consciente, direção e a fundação de Shamballa na Terra. Elas são as
cinco energias ligadas à vontade-de-ser, mas do ângulo da consciência e não da expressão
material da manifestação. Sua atividade e influência unida no reino da consciência
produzirá o aparecimento de um outro triângulo: Leão, Polaris e uma outra dos
Perdigueiros e esses dois grupos formam um diretório entrelaçado, potentemente eficiente
na evolução da consciência. Vocês têm, pois, através desses triângulos interligados, o
aparecimento de Shamballa e da Humanidade - os dois polos da expressão divina - vontade
e atividade.
Chegamos agora a um outro triângulo, cuja atividade produz a manifestação da
Hierarquia - a intermediária entre Shamballa e a Humanidade: Escorpião, Sirius e Marte.
Estes, em relação com nossa Terra, produzem as quatro correntes de energia (iniciadoras e
transmissoras) que levam a humanidade ao discipulado e à iniciação.
Quando o trabalho de todas esses triângulos houver sido concluído, a humanidade (e
num sentido misterioso nossa Terra) estará atuando em perfeito ritmo e responderá às
energias que fluem de Alcione.
Nunca será demais repetir que a astrologia esotérica está inteiramente ligada às forças
e energias que afetam o aspecto consciência do ser humano, e condicionam a vida da
personalidade. Este é o ponto que, acima de tudo, deve ser considerado. Em outras
palavras a astrologia esotérica está ligada à alma e não à forma e, por isso tudo o que tenho
a dizer se refere à consciência, à sua expressão, a seus efeitos sobre seus veículos, à forma,
e - em última análise (como será mais tarde estabelecido) - à Ciência da Iniciação. Isso eu já
indiquei antes, mas a ideia é tão nova e a abordagem tão universal ou cósmica, que não é
fácil para os treinados na moderna astrologia exotérica compreender verdadeiramente o
significado desse ensinamento. Ao considerar os Triângulos, que escolhi para usar como o
tema para elucidar esse imenso assunto, não se deve esquecer esta ênfase sobre o aspecto
consciência.
Para o restante desta secção sobre a Ciência dos Triângulos, me utilizarei dos
triângulos que atualmente e neste ciclo mundial estão produzindo efeitos na consciência
humana.
Esses efeitos são de duas espécies: os gerais, não tão facilmente discerníveis e que
afetam à grande massa da humanidade, e os que são de resultados mais específicos, mais
tangivelmente efetivos e que servem para condicionar a consciência dos aspirantes
mundiais, discípulos e iniciados. Hoje, esse movimento dual de energias prossegue,
produzindo um lento, firme despertar da consciência das massas, de tal forma que a
autoconsciência individual em larga escala será resultado e também a mais rápida
autoestimulação da consciência já despertada da humanidade avançada, de modo que a
iniciação será obtida.
A eficácia desse processo dual pode ser vista se se derem conta de que esses três
signos - Leão, Sagitário e Aquário - estão hoje, extremamente ativos e trabalhando em
256
íntima e recíproca relação. Eles são os três signos cujas energias estão afetando a
humanidade como um todo - como um reino na natureza. Leão: o signo da autoconsciência
individual é potente em seu efeito de massa e hoje, através do estresse da circunstância e
dos horríveis resultados de certos acontecimentos, milhares de homens e mulheres estão
saindo das fileiras do rebanho da consciência de massa e do profundo sono da
irresponsabilidade e se tornando conscientes de si mesmos, como entidades destacadas,
atuantes. Sagitário está afetando poderosamente os aspirantes mundiais e os conduzindo
para aquelas atitudes de mente que produzirão uma firme obediência aos valores
espirituais e uma inalterável adesão ao bem da humanidade. Aquário está - com igual
potência - afetando os discípulos e iniciados mundiais - levando-os para o serviço mundial
em larga escala, produzindo atividade grupal e aquela viva utilidade que é a marca do
discípulo aceito. A influência dessas três constelações é sentida através de seus planetas
esotéricos, e o movimento de massa na consciência (pelo qual Leão é o responsável) pode
ser observado como possível mesmo por um novato quando ele se dá conta de que os
planetas regentes em Leão são, de todos os três ângulos - exotérico, esotérico e hierárquico
- o Sol. O movimento de massa na direção da autoconsciência é hoje enormemente
intensificado como também é o movimento individual na direção da iniciação.
Leão aparece novamente em um outro importante triângulo: Áries, Leão, Virgem - um
triângulo que potentemente ajuda na inauguração da Nova Era. Essa Nova Era se distinguirá
por uma humanidade verdadeiramente autoconsciente, condicionada por uma consciência
crística. A potência de Áries, ao iniciar aqueles acontecimentos que porão em movimento
as causas que produzirão a Nova Era, pode ser vista hoje na tendência de todos os novos
movimentos, nas descobertas da ciência e na emergência dos novos tipos nos diferentes
reinos da natureza. Essa atividade só foi sentida a partir de 1835; o poder de Leão pode ser
rastreado desde então, no vasto número de pessoas que estão conquistando a integração
da personalidade e se tornando autoconscientes, bem assim, na emergência de milhares de
aspirantes mundiais autoconscientes que estão subordinando gradualmente suas
personalidades integradas ao bem do grupo. A influência de Virgem aparece nas múltiplas
organizações e movimentos religiosos, espirituais e mentais que indicam tão diretamente o
despertar da consciência crística na humanidade. Esses triângulos podem assim ser vistos
como vibrantes fatores vivos, produzindo mudanças mundiais e dando um tremendo
impulso em favor do desenvolvimento humano.
É interessante ter presente que assim como cada signo é dividido em três decanatos
que são regidos por planetas específicos, também o próprio zodíaco é uma parte de um
zodíaco ainda maior e é também dividido em três partes. A divisão tríplice do zodíaco é
regida por três constelações que são para esse zodíaco maior o que os planetas são para os
decanatos. As três constelações regentes são Escorpião (na Cruz Fixa), Touro (também na
Cruz Fixa) e Peixes (na Cruz Mutável). Isso teria de ser forçosamente assim porque a prova,
a tentativa, o desejo, a iluminação, a matéria, a forma e a salvação são as notas-chaves de
nosso sistema solar e de nossa Terra em particular. Este sistema solar é um sistema que
está expressando o segundo aspecto da divindade e daí a ênfase sobre as forças que se
derramam através de Escorpião, Touro e Peixes. Reflitam sobre isso. Uma pista é dada aqui
relacionada com nosso zodíaco, de suprema importância para o astrólogo do futuro. Nos
decanatos cósmicos aos quais aqui me refiro, ver-se-á que três grande filhos de Deus
257
expressaram para nós a qualidade, a nota-chave e o desenvolvimento que é expressão de
cada decanato:
Hércules - Escorpião - Força através da prova.
Buda - Touro - Iluminação através da luta.
Cristo - Peixes - Ressurreição através do sacrifício.
Num sentido peculiar, esses três constituem um triângulo de iniciação e são de capital
potência no processo de iniciação. Eles expressam força, iluminação e amor em toda a
plenitude.
Leão aparece novamente nessa situação mundial como uma parte de um triângulo de
crises, pois a combinação das três constelações envolvidas invariavelmente produz crises.
Essas três são Leão, Libra e Capricórnio. Leão, quando dominou o triangulo, produziu no
passado a crise da individualização. Mais tarde na história da humanidade, quando o ponto
de equilíbrio foi alcançado, Leão estava novamente potente. HPB assinalou que chegou um
tempo em que o equilíbrio foi alcançado entre espírito e matéria e a partir de então a
tendência da humanidade foi para a evolução para sair da matéria e não involução para a
matéria; a humanidade voltou-se para o Caminho do Retorno e não o Caminho de Partida;
isto se tornou cada vez mais aparente. Hoje, Capricórnio está produzindo uma terceira crise
na longa, longa história da humanidade - uma crise de iniciação, e a possibilidade desta
crise demonstrar ser efetiva e capaz de produzir o aparecimento de um novo reino na
natureza na Terra está se tornando, seguramente, cada vez mais possível. Gostaria de
recordar que em anterior referência citei ainda outro triângulo no qual Leão está ativo e um
outro dos grandes triângulos condicionando a humanidade: Touro, Leão, Aquário. Touro
incita à experiência e ao ganho do conhecimento; Leão conduz à expressão da experiência
na vida diária e ao esforço em justificar o conhecimento; Aquário toma aquela experiência e
o conhecimento assim ganho, e o transforma em uso consciente no serviço do grupo.
Poderíamos parafrasear assim:
É aqui que a importância dos regentes esotéricos pode ser vista. Esses triângulos,
compostos de três constelações são (de acordo com a lei cíclica) dominantes em qualquer
tempo, por uma das três, as outras duas estando subordinadas a ela. Esses triângulos são
chamados os Arquivos da Loja "Triângulos em Revolução"; num dado tempo, numa das três
constelações será o fator controlador; em outro tempo, outra assumirá a função e mais
tarde a terceira. Cada uma delas, a seu turno, derrama sua força através de seu regente
esotérico e as outras duas energias se tornam de importância secundária. Quando essa
informação é conectada com o ensinamento sobre os raios, tornar-se-á aparente quão
necessário é saber qual dos triângulos é o ponto focal de transmissão, porque desta
maneira descobrir-se-á qual energia de raio está em maior ou menor expressão.
Leão, como vimos, é por exemplo um agente transmissor da maior importância na
258
atual crise mundial. Isto significa, portanto, que os Raios I e IV estão extraordinariamente
ativos; significa, em segundo lugar, que a influência do Sol é potente, quer exotérica, quer
esotericamente. Significa também que os planetas que estão relacionados com esse dois
raios estarão muito ativos e, portanto, que Plutão e Vênus estão dominantes na produção
de resultados mundiais. Cito isso como um exemplo da inter-relação dos planetas,
constelações e raios; um cuidadoso estudo da crise mundial indicará a plausibilidade da
premissa quanto a atividade de Leão como uma força principal no triângulo atualmente
responsável pela produção da situação mundial.
Em outra parte deste tratado, forneci a relação entre os raios e as constelações e
afirmei que cada um dos sete raios se expressava através de três constelações ou através
de um triângulo de energias. Essa relação é a base de toda a Ciência dos Triângulos e,
portanto, da própria astrologia; está também relacionada com os raios, as constelações,
seus planetas regentes e nossa Terra numa grande síntese de energias; ela relaciona nosso
sistema solar com o todo maior e nosso pequenino nao-sagrado planeta com o sistema
solar. Vou repetir aquela afirmação e assim lhes indicar alguns fatos vitais relativamente a
este mundo de energias entrelaçadas. Os Raios jorram, expressam-se e são transmitidos
através das seguintes constelações:
264
CAPÍTULO QUATRO
Os Planetas Sagrados e os Não-Sagrados
1 - Os Centros, os Raios e os Signos
2 - As Raças, os Raios e os Signos
3 - Centros Planetários e Sistêmicos
Como podem imaginar, há pouco que eu possa dizer sobre este assunto, uma vez que
ele diz respeito a um dos grandes e mais importantes mistérios da iniciação. Ele trata do
status espiritual dos Logoi planetários e a ele está relacionado - aqueles grandes Seres nos
Quais todas as formas de vida em todos os planetas movem-se e têm a sua existência. Diz
respeito ao ponto de Suas evoluções, às Suas metas e objetivos ao longo do Caminho
cósmico, e à iniciação para a qual Eles - em Suas incomparáveis e incompreensíveis
vivências - se estão preparando.
Basicamente, poder-se-ia dizer que um planeta é considerado "sagrado" quando a
Vida espiritual que lhe dá a forma já alcançou as cinco maiores iniciações cósmicas, e que
um planeta "não-sagrado" é aquele cujo Logos planetário não recebeu estas iniciações. Esta
é uma definição inadequada e somente para ser compreendida até um certo ponto se
tivermos em mente que a iniciação é um processo de desenvolvimento da inclusividade.
a - O Homem se está tornando inclusivo, no sentido planetário; as cinco maiores
iniciações que ele finalmente recebe, proporcionam-lhe um alcance de percepção que está
infinitamente além de qualquer coisa que ele possa, atualmente, conceber. Estas iniciações
dotam-no com "a liberdade do planeta".
Ele torna-se, então, capaz de responder a todos os estados de consciência dentro do
círculo-não-se-passa do planeta, e torna- se sensível à percepção extra-planetária.
b - O Logos de um planeta não sagrado se está tornando inclusivo em Sua consciência
a tudo que se encontra no círculo não-se-passa solar. Ele está estabelecendo uma "relação
compreensiva" com todas as vidas dentro do corpo de manifestação de um Logos solar e
está, igualmente, registrando uma resposta sensível à qualidade da Vida que da forma ao
Sol, isto é, Sirius. Ele já recebeu três iniciações cósmicas.
c - O Logos de um planeta sagrado transcende aos conhecimentos, às reações e
respostas que são peculiares ao sistema solar: está consciente da vida de Sirius, ou é
vitalmente capaz de responder a ela; e está começando a responder, conscientemente, às
influências vibratórias das Plêiades. É preciso ter em mente, aqui, que as Plêiades - embora
consideradas a personificação do aspecto matéria em manifestação - são, na realidade e
literalmente, a expressão daquele Princípio de Vida a que chamamos de vitalidade, prana
em seus vários estágios ou graus éter ou substância. ,
O Logos de um planeta sagrado já recebeu cinco iniciações cósmicas.
d - O Logos de um sistema solar é chamado, esotericamente o ''Triângulo Sagrado da
Força toda-inclusiva", porque este grande Ser inclui, no interior de Sua percepção
focalizada, os campos de expressão da Ursa Maior, das Plêiades e de Sirius, as quais são
para Ele o que os centros do coração, da cabeça e da garganta são para o iniciado
desenvolvido neste planeta. Ele já alcançou aquelas iniciações das quais o maior dos
265
iniciados na Terra não tem a mais leve ideia. Não se esqueçam de que já anteriormente lhes
disse que há aspectos divinos e características divinas totalmente ainda não reveladas
mesmo à mais avançada humanidade. Nenhum ser humano de grau inferior ao da 3ª
iniciação pode sequer sentir ou reagir a estes fatores subjacentes na existente
manifestação divina. Atualmente o significado de vontade e a distinção entre "vontade",
"determinação", "força" e “intenção fixa” estão apenas começando a ser compreendidas.
Assim como uma discussão sobre a intuição ou a natureza da revelação eterna seria
totalmente sem significado para o selvagem na parte mais escura das áreas não
desenvolvidas do mundo, assim também seria para vocês uma discussão sobre estes
desconhecidos atributos divinos. Tudo que vocês podem compreender (e isto com a maior
dificuldade) são os três aspectos divinos - vontade, amor e inteligência. Há outros pois o
nosso Logos é um Ser sétuplo, e quatro aspectos permanecem ainda não revelados à
humanidade, embora pressentidos pela Hierarquia. Estes são "objetos da atenção espiritual
esotérica" dos Logoi dentro do círculo-não-se-passa solar.
Verão, portanto, que a seção de nosso ensinamento que estamos agora começando
será forçosamente breve, porque estaremos lidando com fatores que têm que permanecer
incompreensíveis.
Alguma compreensão da distinção entre um planeta não-sagrado e outro sagrado será
obtida se puderem entender que há uma correspondência paralela entre a consciência do
iniciado (a partir da 3a iniciação) e a consciência do Logos de um planeta não-sagrado. Alma
e corpo, consciência e forma são mesclados e uma fusão definida se está processando. Dois
aspectos divinos estão em processo de relacionar intimamente. O discípulo provoca este
relacionamento no interior de seu pequeno sistema, e o Logos planetário, em escala
muitíssimo maior, dentro de seu raio de influência e controle. Neste processo Ele carrega com
Ele próprio todos os quatro reinos da natureza. Para estas duas vidas - a microcósmica e a
macrocósmica - tal fusão produz a Transfiguração, a 3ª Iniciação.
O Logos de um planeta sagrado já levou adiante o trabalho divino e ocupa-se agora
com a tarefa de sintetizar, em uma unidade de consciência, a resposta e a atividade, o
aspecto divino superior, o aspecto da Mônada, o aspecto da vontade. Quando esta tarefa é
completada, a vontade, o amor e a inteligência são mesclados, e o espírito, a alma e o corpo
são unificados. Então, a qualidade da expressão divina será o propósito divino, impulsionado
pela vontade, motivado pelo amor e levado adiante com inteligência.
Os astrólogos deveriam observar que, em seu trabalho, ao lidar com as doze casas ou
mansões da alma, não têm levado na devida consideração se os planetas são ou não
sagrados. O efeito das influências de uma condição ou da outra é muito diferente, pois um
planeta não-sagrado afeta primordialmente a vida nos três mundos, ao passo que um planeta
sagrado auxiliará nos processos que afetam a fusão da alma e do corpo, da consciência e da
forma; também produzirá a aceleração da intuição (a alma espiritual), que é o aspecto
inferior da Mônada.
São sete os planetas sagrados:
1 - Vulcano 4 - Júpiter
2 - Mercúrio 5 - Saturno
3 - Vênus 6 - Netuno
7 - Urano
266
Os planetas não-sagrados são cinco:
1 - Marte 4 - A Lua, que vela um planeta oculto
2 - A Terra 5 - O Sol, que vela um planeta
3 - Plutão
É interessante notar que os planetas não-sagrados regem a 1ª, a 4a a 5ª e a 8ª casas do
zodíaco menor. A nossa Terra é também um planeta não-sagrado. Temos, portanto, quatro
planetas não-sagrados controlando ou regendo um quinto planeta não-sagrado - uma
correspondência aos quatro aspectos do homem inferior. Temos aqui, primeiro a concha
física externa, o corpo etérico ou vital, o corpo astral e o corpo mental, mais uma fusão com
o quinto corpo, a personalidade. A tarefa do nosso Logos planetário e de todos os seres
humanos avançados é claramente vista. Partindo de uma atitude mais ampla e sintética,
temos os quatro reinos da natureza e o velado quinto reino, o reino de Deus. Visto ainda de
outro ângulo, temos:
Áries - regido por Marte
Câncer - regido pela Lua, que vela um planeta sagrado
Leão - regido pelo Sol, que vela um planeta sagrado
Escorpião - regido por Plutão
Vocês notarão que Plutão, e não Marte, está mencionado aqui como um planeta não-
sagrado, regendo Escorpião. A razão para isto é que há entre Marte e Plutão, uma relação
análoga à existente entre Vênus e a Terra. Esotericamente falando, Marte é o alter ego de
Plutão; a atividade de Plutão neste ciclo mundial menor é importantíssima, devido à sua
aproximação esotérica à Terra, para a qual é impelido pela vivificação de sua vida através
do jorro de energia marciana. A Terra, Marte e Plutão formam um interessante triângulo,
com Vênus por trás da cena atuando tal como a alma impulsionadora o faz em direção a
uma personalidade que se está rapidamente integrando. Ao fazer um horóscopo, este
triângulo não deve ser esquecido, porque ele indica uma relação e uma possibilidade que
podem ser (embora frequentemente não sejam) um importante fator determinante, que
precede a passagem para o Caminho Probatório.
As quatro casas, governadas pelos planetas não-sagrados (não contando o Sol) são
"casas da personalidade, mundanamente orientada", e a razão para isto é fácil de perceber.
As sete casas restantes, governadas pelos sete planetas sagrados, não são tão puramente
materiais e nem tão exotericamente orientadas, ainda que as doze indiquem limitação, isto
é, aquilo que impede o Morador da mansão de expandir sua consciência, se ele se permite
aprisionar por elas. Por outro lado, elas oferecem oportunidades, se ele se orienta para a
vida superior.
Quero novamente destacar que Marte é o transmissor da força do 6° Raio e é isto que
torna a primeira casa de ação no corpo físico a casa do devoto que luta por aquilo que
deseja ou por aquilo que aspira. O guerreiro, devotado a uma causa, vem à existência no
campo de ação, a Terra, ela própria uma expressão do 3° Raio da Atividade Inteligente.
Áries, a 1 a casa, e Marte e a Terra iniciam o conflito, focalizado em uma forma.
Mais uma vez, a Lua é o regente de Câncer, e está relacionada com o 4° raio, e é o
regente da 4a casa. Temos aqui a ideia da forma sendo depositária de uma essência
espiritual viva, do lar - seja este lar o quarto aspecto da personalidade ou o mais inferior ou
o quarto reino da natureza - mas todos regidos pelo 4° Raio da Harmonia através do
267
Conflito - uma harmonia a ser obtida dentro da forma, na Terra.
O Sol, o transmissor da energia do 2° Raio, rege a 5a casa, ou casa da alma, neste caso,
o corpo causal. A força de Leão está também envolvida, a força da alma autoconsciente. O
homem espiritual, consciente de sua identidade, diz, nesta casa:
"Eu Sou a eterna causa de toda relação. Eu Sou e eu existo". O dualismo do 2° raio é
primeiro compreendido na 5a casa pelo homem, a personificação do 5° principio.
Plutão transmitindo a energia do 1° raio, rege Escorpião, o signo do discipulado, do
homem pronto para a fusão obtida através da influência dos planetas sagrados, e governa a
casa das principais separações e da morte. “A seta de Deus atravessa o coração causando a
morte". Contudo, é necessário ter em mente que a morte é definidamente provocada pela
alma. É a alma que desfere a seta da morte. (A seta que aponta para cima é o símbolo
astrológico de Plutão).
Apenas no presente ciclo é que o Sol e a Lua "velam" certos planetas e são símbolos
exotéricos de certas forças esotéricas. Com o desenrolar da evolução os planetas deixarão
de ser velados, e suas influências não serão tão remotas. Atualmente, o mecanismo da
maior parte da família humana não está afinado para receber os raios de Vulcano, Urano ou
Netuno. Por sua vez, Plutão evoca resposta apenas em alguns grupos ou em discípulos
suficientemente desenvolvidos. Os três planetas.velados, Vulcano Urano e Netuno, são
sagrados e personificam as energias do 1º, 7º e 6º raios. Vulcano nunca é um regente
exotérico - e só entra verdadeiramente em atividade quando um homem está no Caminho,
enquanto que Urano e Netuno são regentes da 11ª e 12ª casas, e governam Aquário e
Peixes. Creio que as implicações do que foi dito são claras.
Não tenho a intenção de entrar em detalhes sobre as casas. Os astrólogos modernos
têm tratado do assunto de modo relativamente satisfatório, pois as casas dizem respeito à
prisão da alma e suas limitações, algo com o qual há grande familiaridade. Como sabem,
meu interesse é a astrologia da alma e as influências dos planetas esotéricos.
Contudo, ofereço três sugestões:
1 - Se o astrólogo investigador substituir os planetas exotéricos pelos esotéricos (tal
como indiquei ao tratar dos signos do zodíaco), ele obterá instrutivas informações e, se
perseverar, verificará minhas ideias.
2 - Se conseguir distinguir os efeitos dos planetas sagrados dos não-sagrados, verá que
os sagrados esforçam-se em fundir a personalidade e torná-la o instrumento da alma, e que
os não-sagrados influenciam mais especificamente a natureza da forma. Então, poderá ser
lançada muita luz sobre a atração entre os pares de opostos.
3 - Se ele estudar a "área fluida" onde os planetas velados pelo Sol e pela Lua entram
em ação, e se ele compreender que precisa decidir (pelo estudo do mapa do indivíduo e
qualquer conhecimento que possa ter) qual é o ponto de evolução alcançado, e qual dos
três planetas velados é o regente, ele obterá grande compreensão intuitiva. Verá que é
capaz de lançar muita luz sobre o problema do discípulo probacionário, ao considerar os
regentes exotéricos, e sobre os problemas dos discípulos, ao considerar os regentes
esotéricos.
Se o astrólogo levar em consideração estes três pontos, e se se dispuser a fazer
experimentos com eles, um grande passo em direção ao desvelamento da astrologia da
alma terá sido dado. Ele verá a utilidade de encontrar as correspondências superiores das
268
realidades materiais representadas pelas casas. Por exemplo, darei uma ideia dessas
correspondências na 1ª e 2ª casas:
Primeira casa:
Segunda casa:
Vocês mesmos podem estabelecer estas analogias nas demais casas interessante
notar, por exemplo, em relação à 2ª casa (e a mesma ideia pode ser aplicada a todas as
outras) que Touro - a mãe da iluminação e Vênus - a doadora da mente mais a alma
incorporada estão relacionados e ativos nesta casa. A luz da matéria e a luz da alma estão
ambas envolvidas no uso da energia e no problema do quê é desejado, do quê é
considerado perda, e do quê será objeto de ganho. É, portanto, a casa dos valores -
materiais ou espirituais.
Planetas Sagrados
1 - Vulcano ......... 1º raio
2 - Mercúrio ........ 4º raio
3 - Vênus..... ........ 5º raio
4 - Júpiter........ .... 2º raio
5 - Saturno .......... 3º raio
6 - Netuno ......... 6º raio
7 - Urano ..............7° raio
Planetas não-sagrados
Quero lembrar-lhes que estamos num período de mudança de raios, mudança que se
estende a indivíduos e nações, hemisférios e planetas. Tudo se movimenta, de um raio
menor para outro maior, se assim o destino ordena. Um estudo da tabulação acima
esclarecerá bastante sobre a inter-relação humana. Atualmente três grandes países têm o
destino da humanidade em suas mãos: os Estados Unidos da América do Norte a Grã-
Bretanha e a Rússia. Nessas terras, grandes fusões, experimentos raciais, se estão
processando, o governo do povo está sendo desenvolvido em todos eles, embora ainda
num estágio embrionário. Na Rússia, isto está sendo retardado por uma ditadura que
brevemente terá fim; nos Estados Unidos, por uma política corrupta, e na Grã-Bretanha,
por antigas tendências imperialistas. Porém, os princípios democráticos estão sendo
desenvolvidos, embora ainda não dominem; a unidade religiosa está sendo estabelecida,
embora ainda não funcione, e os três países estão aprendendo rapidamente, embora, por
enquanto, os Estados Unidos aprendam mais lentamente.
O Ocidente e o Oriente estão vinculados pelo raio da personalidade do Ocidente e
pelo raio egóico do Oriente, e isto indica eventual compreensão, assim que o 2° raio da
alma ocidental se torne o fator dominante. Quando estes vários relacionamentos forem em
parte compreendidos pelos povos do mundo, teremos a pista para os acontecimentos
atuais e compreenderemos, mais claramente, o objetivo e o método de realizá-los. Há um
profundo trabalho de pesquisa a ser feito, pois a ciência das relações da energia está ainda
na infância, mas haverá progresso nos próximos anos. O que realmente está acontecendo é
uma mudança na consciência humana, movendo-se da focal sobre energias individual que
atuam através de algum círculo-não-se-passa específico (individual, continental ou racial)
para uma compreensão de suas inter-relações e os efeitos de umas sobre as outras. Esta
ciência pode ser estudada de várias maneiras:
277
1 - Sob o ângulo de antagonismos que parecem inevitáveis e que podem ser atribuídos
às energias dos raios e que podem ser contrabalançadas pelas energias da alma
corretamente usadas.
2 - Sob o ângulo da identidade de forças que conduzem inevitavelmente a interesses e
atividades idênticos.
3 - Sob o ângulo de fusão, de unidade, de visão e de metas.
4 - Sob o ângulo da humanidade como um todo. Se for lembrado que a humanidade é
primordialmente governada por dois raios (o 2° e o 4°), veremos que as nações e países
cujos raios governantes são também o 2° e o 4°, forçosamente terão um papel importante
na determinação do destino humano.
Portanto, através dos cinco centros principais no planeta hoje, flui a energia espiritual,
e de acordo com o veículo de expressão que recebe seu impacto assim serão sua reação e
atividade, assim como o tipo de consciência que a interpreta e usa. A antiga verdade oculta
permanece exata; "A consciência depende do seu veículo de expressão e a existência de
ambos depende da vida e energia." Isto permanece como lei imutável.
As cinco cidades que são a expressão exotérica do centro esotérico de força através do
qual a Hierarquia e Shamballa estão procurando trabalhar, correspondem, no corpo
planetário, aos quatro centros ao longo da coluna e ao centro ajna no corpo da
humanidade e do indivíduo. Nos três casos eles são "pontos focais viventes e vitais de força
dinâmica", em grau maior ou menor. Uns expressam predominantemente a energia da
alma e outros, a força da personalidade; uns são influenciados por Shamballa e outros pela
Hierarquia. O centro da cabeça do Ocidente está começando a reagir à energia do 2° raio, e
o centro ajna, ao 4° raio e nisto reside a esperança para a raça dos homens.
280
CAPÍTULO CINCO
As Três Maiores Constelações do Zodíaco
1 - Leão, Capricórnio e Peixes
2 -As três maiores influências planetárias
Existe atualmente uma inter-relação entre três das constelações, e sobre isto gostaria
de estender-me um pouco, porque a potência desta inter-relação está atingindo o clímax
nesta época. A partir de 1975, sua potência diminuirá bastante até esgotar-se. O período de
interação entre as três energias, com seu potente efeito sobre o nosso planeta, começou
em 1875, alcançou o seu momentum em 1925, alcançará sua máxima expressão (para o
bem ou para o mal) em 1945 e começará então a declinar em 1975. Estas três constelações
são Leão, Capricórnio e Peixes, as quais estão curiosa e muito misteriosamente
relacionadas com o quarto reino da natureza e, portanto, com a evolução e o destino da
família humana. Juntemos a essas a energia emergente de Aquário, e encontramos quatro
energias atuando sobre os veículos dos homens e produzindo efeitos peculiares - tanto
destrutivos, quanto construtivos.
Esta relação e intensificação de vibração já ocorreu duas vezes antes. Uma vez com a
chegada dos Filhos da Mente à Terra, durante a era lemuriana e outra vez, no período
atlante, no clímax do conflito entre os Senhores de Face Escura e os Senhores de Rosto
Luminoso (Ver Vol. II de A Doutrina Secreta ou o Vishnu Purana - AAB.). No primeiro caso, a
quarta constelação ativa era Gêmeos, e no segundo, era Sagitário. O efeito, neste último,
foi sentido no plano físico (o primeiro foi no plano mental) produzindo o grande Dilúvio que
a Bíblia registrou, o qual provocou a destruição da humanidade da época, mas liberou a
vida que nela morava para maior experiência e desenvolvimento.
Por isso, as energias que afluem serão sentidas principalmente naqueles aspectos da
vida humana que são influenciados pelos regentes de certas casas.
O 7º Raio da Ordem Cerimonial ou Organização é sentido na casa dos
relacionamentos, das organizações, do esforço mútuo e da aspiração (seja para o bem ou
para o mal). As forças deste raio trabalham sobre o 7º plano, o plano físico - o plano onde
são feitas as principais mudanças em todas as formas, e onde o discípulo tem que
posicionar-se com firmeza ao receber a iniciação.
Este 7º raio arrasta o mundo das forças para uma atividade organizada e direcionada
na esfera externa da manifestação, e provoca a precipitação do carma, o que, neste caso,
conduz ao seguinte:
1 - A expressão de todo mal subjetivo da vida da humanidade, assim provocando a
guerra mundial.
2 - A iniciação do Logos planetário e - com Ele - a de todos aqueles que estão ao lado
das forças da Luz. Isto toma várias formas, no que concerne à humanidade:
a) A iniciação da consciência das massas de homens na Era de Aquário, submetendo-as
às novas influências e potências, e tornando-as capazes de dar a elas uma reposta que de
outro modo não seria possível.
b) A iniciação dos aspirantes do mundo no Caminho do Discipulado Aceito.
c) Certas iniciações maiores no caso de discípulos mundiais já suficientemente
282
fortalecidos e preparados para recebê-las.
Apesar da enorme destruição por toda parte, o trabalho do 7º raio faz-se sentir de
forma crescente; a destruição das forças do mal prossegue, ainda que a grande custo para
as Forças da Luz; simultaneamente há um reagrupamento e re-arrumação das atitudes e do
pensamento humanos, Isto é o resultado da enorme demanda por direção e orientação
dirigida aos pensadores do mundo. Assim, a nebulosa estrutura e indistinto contornos da
civilização na Nova Era podem já ser vistos.
O espírito subjacente da liberdade triunfará à medida que ele se organiza em revolta
contra a escravidão. Para este fim contribuirá cada vez mais o 7º raio.
Leão, cuja nota chave é a plena autoconsciência, domina cada vez mais. Os assuntos
envolvidos na presente situação estão se tornando mais claros nas mentes das massas, as
quais podem - e assim o farão - agir com plena percepção e propósito intencional e
consciente quando a hora chegar e compreenderão as implicações e o preço envolvidos, de
um modo até agora impossível. É este o significado de minha insistente afirmação de que as
questões e determinações da presente situação estão nas mãos da própria humanidade. As
"estrelas no seu curso" ajudarão a humanidade ou trarão a destruição, segundo as
determinações humanas. Os homens podem alcançar a liberdade e organizar-se para a
Nova Era com sua civilização ímpar e síntese construtiva, ou poderão cometer suicídio (se
assim posso falar simbolicamente) e entregar seu futuro imediato às forças do mal e da
morte, cujo trabalho visa à aniquilação de todos os verdadeiros valores pelos quais o
espírito humano tem lutado.
O aspecto auto-consciência do ser humano está sendo firmemente expandido sob esta
importante interação e pelas forças transmitida por Urano, através da 11ª casa, o que
levará finalmente à consciência, relações e trabalho grupais. É a isto que devemos a atual
tendência à amalgamação, à federação às esferas de ação e aos inúmeros grupos que cada
vez mais marcam o intercâmbio humano. O espírito de grupo e as formas através das quais
ele se expressa demonstram-se de modo crescente, e isto constitui para a raça, uma
verdadeira iniciação. É o surgimento da Glória do espírito humano de um modo mais
definido e impressionante, e envolve uma orientação para a liberdade que futuramente
será registrada na História como a característica mais marcante desta era de grande
conflito. A humanidade está hoje participando nos testes preparatórios para a iniciação do
discípulo mundial. É grande o privilégio de tomarmos parte nisto. Não nos esqueçamos que
onze é o número do iniciado e que atualmente a casa onze é a dominante, e que Aquário -
o 11º signo - é o signo dos relacionamentos universais, da interação e da consciência. Para
tudo isto, a combinação dos signos de Leão, Capricórnio e Peixes está preparando a raça.
Os homens malignos que guiaram o destino da Alemanha falavam de grupos mundiais
e da Ordem das Nações Européias, mas era um agrupamento tendo a Alemanha como
centro e para os egoístas interesses da Alemanha. O agrupamento que é parte do Plano
divino não é feito ao redor de qualquer nação, mas sim baseado no ideal da fraternidade,
da vontade-para-o-bem e na liberdade do todo. Um agrupamento expressa a distorção
materialista egoísta, e o outro, um objetivo espiritual,
Capricórnio, como já foi dito, está relacionado com a iniciação, é também o signo do
vindouro Salvador mundial, e estes aspectos superiores das influências capricornianas
poderão ser potentemente demonstrados e a humanidade assim o desejar e aproveitar a
283
influência de Vênus usando a mente como refletor do propósito da alma. Se tal não ocorrer,
a situação atual se converterá em algo muito pior - uma situação onde as massas serão
"reiniciadas na Terra e forçadas a voltar as costas para a luz que desponta". Seguir-se-á um
período escuro de civilização. Em vez da caverna escura da iniciação onde a luz da própria
natureza do iniciado ilumina a escuridão e assim demonstra seu comando da luz, a caverna
escura do materialismo e do controle físico, animal, tomará o lugar do Caminho Iluminado".
O aspecto terreno de Capricórnio, o aspecto mais inferior da mente concreta e um
crescente controle pelo espírito taurino em sua pior forma tomarão o lugar da possibilidade
divina de entrar na luz maior, a manifestação da natureza da alma e o reconhecimento da
luz que e encontrada no olho do Touro".
Essas são as possibilidades que confrontam hoje o mundo dos homens; o resultado
depende do triunfo final das Forças da Luz (trabalhando através das Nações Aliadas) ou do
controle das forças do materialismo. A Alemanha representou o materialismo no Ocidente
e o Japão, no Oriente. Diria também que aqueles que, em ambas as nações - e são muitos –
e representam o "Caminho iluminado", foram de tal modo aprisionados em seu meio
ambiente e de tal modo suas personalidades foram dominadas pelo pensamento-forma de
seus governantes que a ação correta se lhes tornou impossível, e é por esta razão que a
Hierarquia se sente impelida a um renovado esforço.
As Forças da Luz reconhecem o bem espiritual de todos os povos, e para ele
trabalham, independente de suas relações nacionais. Elas estão trabalhando para que a
Alemanha se liberte da miragem que desceu sobre seu povo. A Hierarquia distingue a
massa desnorteada, a Juventude equivocadamente educada e os líderes obsedados em
todos os setores do governo. Estes últimos são "conchas" obsedadas por entidades
malignas e daí sua potência dinâmica e uni-direcionada, e sua extrema habilidade e astúcia,
fruto de longa experiência a serviço do mal, e daí também a falsidade quase ridícula de sua
propaganda. Eles são a encarnação do espírito do materialismo, despojado de todo
verdadeiro sentimento e percepção, faltando-lhes a luz do amor e da compreensão, porém
poderosamente animados pela energia da própria substância.
Está na hora dos homens acordarem para a natureza destes seres que procuram (sob o
presente grupamento de constelações) escravizar a raça. A influência terrena de
Capricórnio tornou possível essa atividade; eles próprios foram evocados de seu passado
maligno pelo lado material da própria humanidade e pela potência do egoísmo da massa
dos homens. Da mesma maneira, as Forças da Luz podem ser evocadas com tremendo
poder pela aspiração da massa e o desejo espiritual dos povos da Terra. Já há sinais desta
evocação.
A influência venusiana - como devem ter notado - traz igualmente as influências de
Libra. Vemos hoje um ciclo onde encontramos um ponto de equilíbrio que corresponde ao
grande ponto de equilíbrio no Caminho da Involução quando o espírito e a matéria se
contrabalançaram e tornaram possível o passo seguinte, ou seja, o arco ascendente da
evolução. Agora, o equilíbrio é em níveis mentais, enquanto que na crise anterior foi no
plano físico. Agora, este ponto de equilíbrio é para a humanidade - para os Filhos da Mente
- o que o anterior ponto de crise foi para o Logos planetário. Este é um fato que deve ser
lembrado e ao qual devemos dar a devida atenção. O problema que espera solução é: qual
aspecto da humanidade triunfará por fim, e ao predominar, romperá o equilíbrio - o
284
espírito ou a matéria, a alma ou a personalidade? É esta a natureza dos pontos de crise. Tal
como na crise planetária, se o espírito triunfar, uma nova característica, função ou
qualidade da divindade começará a manifestar-se: a mente superior. Na crise humana, a
mesma coisa é possível. Se o espírito do homem triunfar, então o aspecto do verdadeiro
amor em sua natureza divina e com sua ênfase grupal será possível. São estas as questões.
Para provocar a plena apresentação da escolha e indicar o modo pelo qual o espírito
do homem pode triunfar, foi chamada, ou melhor, evocada a influência de Peixes. As
condições evocam, ajudadas em certos momentos pelas Palavras de Poder pronunciadas
pela Hierarquia. Peixes, por meio de seu regente, Plutão, que esotericamente rege tanto a
massa quando os discípulos, necessitava do triunfo da morte - não necessariamente a
morte física - que conduz à dissolução da forma do homem. Frequentemente é a morte ou
fim de velhas formas de civilizações que ciclicamente aparecem e desaparecem; de
ensinamentos religiosos, quando eles não mais atendem à necessidade da natureza
espiritual do povo, como é atualmente o caso; de processos educacionais que falham na
educação da natureza em desenvolvimento do homem e servem apenas para enganar e
aprisionar. Ao dizer isto, não me refiro à morte da religião ou de formas de pensamento
Refiro-me à morte como a Grande Libertadora, que destrói as formas que estão
provocando a morte daquilo que nelas está encamado. E a esta morte filosófica em seu
aspecto mais baixo que a Alemanha respondeu. A destruição da religião que a Alemanha
tentou provocar não é um prelúdio para o estabelecimento de uma melhor aproximação à
divindade, mas sim o esforço para evocar os antigos deuses, para deificar as formas da
matéria para tornar o Estado o fim supremo da vida dos homens; o espírito de amor e de
corretas relações individuais, que são tão basicamente características do Reino de Deus,
não são conhecidos.
O enfoque totalmente ateísta dado pela Rússia ao problema religioso antes e durante
o período da revolução, é muito mais saudável do que o enfoque dado pela Alemanha.
Podemos ter certeza que o espírito do homem em sua divindade essencial pode erguer-se
incólume da experiência, em resposta ao chamado do espírito imortal. Este chamado é
capaz de soar claramente no vazio e ser evocado pelo tempo e circunstâncias, sem
oposição - se a única dificuldade com que se depara é o espírito agnóstico e uma atitude de
incredulidade. Porém, a imposição de mitos antigos, num esforço para deter a demanda da
verdade, e um ataque cuidadosamente planejado sobre o Cristo mundial, é perigoso,
maligno e causará um retrocesso. Disto foram culpados os governantes da Alemanha.
Eles não conseguiram extinguir a vida espiritual da nação porque a religião na
Alemanha não estava tão corrompida quanto na Rússia, e não precisava de uma purificação
tão drástica. Estes pontos devem ser lembrados pelos pensadores. Na mística Rússia, estão
emergindo para uma nova beleza as sementes da vida espiritual e um ideal religioso
triunfante está a caminho da manifestação; na Alemanha, as velhas crenças cristalizadas
são confrontadas com algo ainda mais antigo, e a combinação do repúdio mundial e de
formas decadentes tornará a sorte do povo alemão uma tragédia. Na luta que se seguirá
por aquilo que está espiritualmente vivo, no esforço por recuperar a crença nas realidades
da revelação divina, e na determinação em corrigir o mal trazido ao mundo por seus
dirigentes, a Alemanha pode, algum dia, tornar a expressar a vida da alma. Para tal,
primeiro é preciso que ela seja libertada do governo do mal, e depois ajudada a recuperar
285
sua posição espiritual.
Plutão, portanto, atinge plena força e expressão a fim de encenar as provas do
discípulo mundial, e para esse fim traz a potência de Escorpião, o signo do discipulado. Sob
o efeito destas influências será forçosa a morte das formas, deixando o discípulo livre; a
dissolução da velhas estruturas de pensamento grupal que incorporam ideias e ideal
ultrapassados, terá que sobrevir; velhas formas cristalizadas têm que ser dissolvidas e
desaparecer, porém em seu lugar o espírito imorredouro- impressionado pela revelação e
sensível aos emergentes novos conceitos da verdade - criará as necessárias novas formas
para sua apropriada expressão.
Tais são as influências que estão hoje dominando o mundo e que encontram
expressão de acordo com o tipo de veículo que reage ao seu Impacto. O tipo de resposta
consciente e a atividade resultante dependem -:- como bem sabe o ocultista - da qualidade
do veículo que é receptivo a aproximação deste ou daquele tipo de energia. A interação
entre a energia e o veiculo produz então algum tipo de consciência. Esta é uma lei básica e
inalterável.
Nas poucas coisas que lhes pude dizer sobre estas constelações e suas relações com
nosso planeta na época atual, espero ter tornado claro e prático algo que os astrólogos
esotéricos têm sempre que lembrar-se - o fato de que uma vez determinadas quais as
constelações e quais planetas - esotéricos e exotéricos - estão influenciando a Terra num
dado momento e, consequentemente, quais os raios em atividade deveria ser possível
comprovar o fato dessas energias distribuídas pelo aparecimento, na Terra e entre os
homens, de seus resultados apropriados e da resposta esperada.
Este tríplice influxo da energia do 7º raio, colorido pela força de três grandes
constelações, é potente para efetuar importantes mudanças em nosso pequeno planeta. É
interessante compreender que Áries, o Inaugurador, exerce seu efeito na Terra através da
potência organizadora de Urano. Áries é a fonte, o começo e o iniciador da Nova Era e das
vindouras civilizações, do aparecimento do Reino de Deus sobre a Terra, e também do
indivíduo iniciado nos Mistérios. Aquário é o atual Determinador do futuro. Aquilo que é
286
agora iniciado em Áries virá à manifestação em Aquário, e Libra imporá um ponto de
equilíbrio ou (falando esotericamente) Libra proverá a forma de "escapar das forças em
oposição num ponto intermédio entre a fonte e a meta."
2 - Mercúrio. É a expressão do 4º raio, e este é, como sabemos, peculiarmente
relacionado do 4º reino da natureza, o reino humano. É o regente esotérico de Áries (dai
"conduzir para os mistérios ) e é também o regente exotérico de Gêmeos, o qual é o signo
dos grandes opostos no que se refere à humanidade, porque ele significa alma e
personalidade, consciência e forma. É, finalmente, o regente hierárquico de Escorpião, o
signo do discipulado.
Isto, portanto, coloca em estreita relação quatro grandes constelações, cada uma das
quais tem uma peculiar relação com as dualidades que definidamente dizem respeito à
evolução do homem. Estas dualidades expressam-se de modo ímpar para a humanidade
através de Áries, Gêmeos, Virgem e Escorpião. O diagrama descreve a natureza de tal
relação:
Ao visualizar estes diagramas, o símbolo deve ser visto em rápida revolução. Mercúrio,
o Mensageiro dos Deuses, leva para a humanidade um certo tipo de força, e isto precipita
um ponto de crise; provoca a grande revolução seguinte que conduzirá a humanidade a
uma nova experiência, e à revelação da divindade, que o homem tem como destino revelar.
3 - Saturno. Este planeta aplica as provas e é escolhido ou invocado para este fim
porque o 3° raio é não só o seu raio particular, mas também o raio do nosso planeta, a
Terra. As duas notas se sincronizam. Saturno é também o regente hierárquico de Libra e
portanto, traz para a manifestação da humanidade, e para as várias hierarquias envolvidas,
um ponto de crise, cuja chave e resultado residem no reconhecimento do equilíbrio. Como
Saturno também controla Capricórnio em duas de suas três expressões ou campos de
influência, ele é poderoso nos três campos - exotérico, esotérico e hierárquico - e se vocês
relacionarem o que está dito aqui com o que anteriormente foi dito sobre Capricórnio,
verão como o signo da iniciação paira sobre o nosso planeta, assim como sobre o destino
do discípulo individual. Temos, pois, uma expressão da força do 3° raio, que o diagrama
torna clara:
287
Isto torna claro que, atualmente, os signos de equilíbrio e iniciação podem ser
inteligentemente utilizados para produzir efeitos sobre a Terra, e isto eles o fazem
imutavelmente.
Estas declarações finalizam o que achei necessário dizer por enquanto. A iniciação -
caracterizada pela autoiniciação - é a demanda do homem hoje. As estrelas assim o
proclamam e decretam. Por conseguinte, a Hierarquia intencionalmente colabora. O grito
de demanda e as aspirações do homem indicam que a oportunidade está sendo valorizada
e reconhecida sua comprovada necessidade. O Espírito da Vida compele a isso.
288
CAPÍTULO SEIS
As Três Cruzes
1 - A Cruz do Cristo Oculto - Cruz Mutável
2 - A Cruz do Cristo Crucificado - Cruz Fixa
3 - A Cruz do Cristo Ressuscitado - Cruz Cardinal
Não poderei tratar detalhadamente das três Cruzes zodiacais - Mutável, Fixa e Cardinal
- porque elas dizem respeito às totalidades ou a sínteses da manifestação e à experiência
unificada de uma entidade em encarnação, seja ela Deus ou o homem. Por essa razão,
somente poderão compreendê-las realmente aqueles dotados de consciência inclusiva, ou
seja, da percepção do iniciado. Contudo, certos comentários gerais podem ser feitos.
inconsciente das quatro energias entrantes e pouco pode interpretar em termos da alma.
Ele recebe o impacto das energias, que o impele à atividade material. Esta Cruz da
personalidade dedica o homem nela crucificado aos fins materiais para que ele,
eventualmente, aprenda o USO divino das energias. É no aspecto inferior desta Cruz que os
nazistas a escolheram para seu símbolo; estavam expressando, ao final do ciclo material da
existência humana, o uso falso e maligno da matéria, cuja chave é a separatividade, a
crueldade e o egoísmo. O mau uso da substância e a prostituição da matéria e forma para
fins maléficos é o pecado contra o Espírito Santo. Podemos dizer que a swástica "impele
para um terrível perigo e para caminhos do mal, aqueles cuja cobiça é grande e que não
vêm beleza na luz nascente e não conhecem o amor pelas vidas humanas". Aqueles que
não respondem aos aspectos inferiores e efeitos da Cruz rodopiante (como é às vezes
chamada) "a swástica atira-os para longe de si até que eles repousem sobre a Cruz da
crucificação escolhida", a Cruz Fixa do discípulo aceito.
O símbolo da Cruz Fixa, no que concerne à humanidade, pode ser representado assim:
Temos aqui a Cruz:
292
da humanidade. Nela o homem é iluminado e está consciente dos efeitos do ciclo
completado (indicado pelo círculo) das quatro energias a que ele esteve sujeito na Cruz
Mutável.
O símbolo para a Cruz Cardinal é mais complicado e pode ser representado assim: o
triângulo da
A CRUZ FIXA
Touro - Cristo disse (tal como todos os Filhos de Deus que conhecem o significado da
Cruz Fixa), "Eu Sou a Luz do mundo," e acrescentou, "se teu olho for único, todo o teu corpo
se encherá de luz." Touro é, como já ouviram dizer, a Mãe da Iluminação, e o "olho do
Touro" é o símbolo do olho a que Cristo fez referência.
Leão - Este é o signo da identidade autoconsciente. Disto Cristo deu testemunho nas
palavras ditas a Seus discípulos: "De que servirá ao homem ganhar todo o mundo, se ele
perde sua alma?" ou o seu centro de autoconsciência - aquele significativo ponto de
realização que tem que preceder a todos os estados de consciência mais inclusivos.
Escorpião - O significado deste signo na vida de Cristo foi omitido no Novo
Testamento, mas preservado na antiga lenda cristã de que, no próprio berço, o Cristo
matou ou estrangulou duas serpentes, referindo-se assim aos pares de opostos que não
mais O poderiam controlar.
Aquário - A expressão desta influência foi belamente ilustrada na história da Última
Ceia. Cristo enviou Seus discípulos à cidade para que encontrassem o homem "levando ao
ombro o cântaro de água." Isto é o Símbolo do signo de Aquário - o signo no qual a
295
universalidade da água da Vida se tornará um fator na consciência humana, e então, nós
realmente nos sentaremos para comungar do pão e do vinho. Referiu-se indiretamente a
essa mesma ideia quando disse que Ele era a "água da vida", que sacia a sede da
humaniade.
Deste modo, através do uso das energias dos quatro signos da Cruz Fixa, Cristo
demonstrou a perfeição.
A CRUZ CARDINAL
Nos quatro signos desta Cruz, também Ele manifestou suas energias em sua forma
mais elevada (segundo o ângulo da compreensão humana), embora mais por implicação do
que por afirmações diretas.
Áries - Este signo, que é o signo dos começos, forneceu o impulso e energia que O
capacitou a inaugurar a era cristã; iniciou, por meio d'Ele, a "era do Amor", que só agora
começa a tomar forma, e sua potência é agora tão grande que provocou, paradoxalmente,
a atual ruptura no mundo.
Câncer - A potência deste signo foi expressa pelo Cristo nas palavras frequentemente
mal interpretadas: "Tenho outros cordeiros que não estão neste rebanho, dos quais devo
também cuidar." Referia-se Ele à consciência da massa em contraposição à consciência
iniciática de Seus discípulos. Câncer é um signo de massa.
Libra - Cristo encontrava-se no ponto de equilíbrio da evolução humana. Ele estava
entre o velho mundo e o novo, entre o Ocidente e o Oriente. Na era cristã alcançou-se um
"ponto de equilíbrio" ou aquela "crise de equilíbrio" no reino humano.
Capricórnio - Este signo marca o ponto de concreção e de cristalização que,
eventualmente, resulta na morte da forma. Vemos isto acontecer hoje. No Seu triunfo
sobre a morte e na Sua ressurreição para a vida, Cristo indicou o profundo mistério de
Capricórnio.
Um estudo destas sugestões sobre a vida de Cristo trará luz ao assunto das três Cruzes.
É desnecessário lembrar-lhes a esta altura que no Monte Gólgota as três Cruzes foram
assim representadas:
1.Cruz Mutável- o ladrão não arrependido. Humanidade
2.Cruz Fixa - o ladrão arrependido. Hierarquia
3.Cruz Cardinal- a Cruz do Cristo. Shamballa
O uso desta primeira estrofe teve sucesso imediato e contou com a resposta das
pessoas boas e bem intencionadas cuja focalização é predominantemente astral e cuja
meta é a paz e a tranquilidade. Esta paz e tranquilidade proporcionam uma 'área de
consciência" na qual a aspiração pode florescer, o conforto físico e emocional pode ser
obtido e o reconhecimento da visão mística se torna possível.
A segunda estrofe foi dada mais tarde, destinada a ser um teste e um "ponto de
decisão numa época de crise."
Que surjam os Senhores da Libertação.
Que Eles venham em socorro dos filhos dós homens.
Que apareça o Cavaleiro vindo do Lugar Secreto.
E vindo, os salve.
Vinde, ó Poderoso Ser.
Que as almas dos homens despertem para a Luz,
E possam elas, como um todo, permanecer firmes em seu propósito.
Que o Senhor faça soar o Seu fiat:
É chegada a hora do fim do sofrimento!
Vinde, ó Poderoso Ser.
É chegada a hora do serviço da força da salvação.
Que ele se estenda por todo o mundo, ó Poderoso Ser.
Que a Luz, o Amor o Poder e a Morte
Cumpram o propósito d'Aquele Que Vem.
A Vontade de salvar está presente.
O Amor para levar avante o trabalho está largamente difundido.
A Ajuda Ativa de todos aqueles que conhecem a verdade também está presente.
Vinde, Ó Todo Poderoso, para fundir os três e construir a grande muralha
defensora.
O reinado do mal deve terminar AGORA.
Esta invocação, durante esta prova, foi oferecida às massas, mas estava
primordialmente destinada a ser usada por aqueles aspirantes e discípulos que são, não
apenas místicos, mas que tenham feito alguma progresso no caminho do ocultismo. Estão
mentalmente focalizados em sua atitude; reconhecem o caminho superior; a visão foi vista
e estão agora prontos para algo mais próximo e real. Portanto, a última estrofe foi dada,
principalmente, para uso daqueles que já passaram, ou estão em processo de passar, para a
Cruz Fixa.
É por esta razão que o uso da segunda parte da Grande Invocação foi relativamente
limitado. Foi repudiada (quase violentamente às vezes) pelas pessoas do tipo emocional
que nada mais enxergam a não ser a beleza da paz - a nota da expressão no plano astral. A
visão que têm do todo maior e da evocação da vontade-para-o-bem (que NÃO é a vontade-
para-a-paz), é extraordinariamente limitada, embora não por sua culpa. Isso simplesmente
indicava seu lugar na escada da evolução e marcou um ponto de serviço relativamente útil,
mas um ponto que está em processo de ser transcendido.
No mundo de hoje, as pessoas estão começando a compreender (através do
298
sofrimento e seu consequente reflexo) que há algo maior do que a paz: o bem do todo e
não apenas as condições de paz individual ou nacional. Esta reorientação da consciência
humana é provocada pela atitude determinada pela fusão das almas dos homens,
organizadas e focalizadas pela visão do bem estar geral da humanidade.
Contudo, era essencial que estas atitudes distintas aparecessem com toda clareza, e
por essa razão divulgamos as duas estrofes da Grande Invocação separadamente e em
diferentes momentos. Dessa maneira foi vista a diferença de atitude entre a massa das
pessoas bem intencionadas no mundo, e as atitudes corretamente orientadas dos
aspirantes inteligentes e discípulos. Isto foi necessário antes que pudesse ter lugar uma
ação mais ampla. Contudo, quero lembrar-lhes que ambos os grupos são necessários. O
primeiro grupo - emocional e idealista - desempenha o seu papel focalizando a aspiração
fluídica da massa. Sua responsabilidade é com o público em geral. O outro grupo, de
pensadores treinados e pessoas animadas principalmente pela vontade-para-o-bem (que é
mais importante neste ciclo mundial do que a vontade-para-a-paz) tem como função levar
a cabo a evocação hierárquica que vem em resposta à aspiração do primeiro grupo. Eles
focalizam esta aspiração no plano mental, criam um pensamento-forma que incorpora o
objetivo e projetam o "apelo" que possa alcançar os ouvidos dos Senhores da Libertação.
A fusão da invocação e a união do pedido vindo dos diferentes níveis da consciência
humana far-se-á sentir poderosamente nos Centros ocultos da Força de Salvação. É esta
unificação do apelo que precisa agora ser organizada. Assim, a massa da humanidade será
estimulada a mover-se da Cruz Mutável para a Cruz Fixa, e o novo ciclo mundial,
começando em Aquário (um dos braços da Cruz Fixa) será definitivamente inaugurado pela
própria humanidade.
Podemos dizer, portanto, que a Grande Invocação dada primeiro foi para uso daqueles
que estão crucificados na Cruz Mutável, a Cruz da mudança, enquanto que a segunda
invocação é para uso daqueles que estão crucificados na Cruz Fixa, a Cruz da correta
orientação. É para o uso dos homens e mulheres cuja meta é a vontade-para-o-bem, que
pensam em termos de serviço mundial, e que estão orientados para a luz - a luz do
conhecimento, a luz da sabedoria e da compreensão, e a luz da própria vida.
Na Cruz Fixa, a influência unificada de suas quatro correntes de energia - quando se
expressam plenamente através de um discípulo individual e através da Hierarquia - produz
três condições emergentes:
1. Há uma vasta experiência de vida, atividade e consciência grupais. O homem
autoconsciente de Leão torna-se o homem grupo - consciente em Aquário.
2. Surge na consciência do discípulo uma visão do "infinito Caminho do qual Nirvana é
apenas o começo."
3. Reconhece seu trabalho mediador, que é a tarefa principal da Hierarquia, mediando
entre Shamballa e a Humanidade. Sabe que precisa levar adiante a tarefa dual de invocação
e evocação simultaneamente - a evocação (por meio da correta invocação) da vontade-
para-o-bem dos aspirantes e pensadores mundiais, e também a vontade-para-salvar dos
Senhores de Shamballa, através da Hierarquia, da qual ele está em condição de aproximar-
se. Toquei aqui em grandes mistérios.
Assim, a princípio, desperta nele uma vaga determinação que, com o tempo, dá lugar à
evocação da vontade nele próprio. Isto, eventualmente, o relaciona com o aspecto vontade
299
da Deidade que emana Dela e desce para Shamballa, e daí para a Hierarquia em Cuja
organização espiritual ele está sendo gradualmente integrado através da experiência na
Cruz Fixa. Devemos destacar aqui que:
a. A experiência na Cruz Mutável integra o homem com o centro que chamamos
Humanidade.
b. A experiência na Cruz Fixa integra o discípulo o segundo Centro planetário que
chamamos Hierarquia.
c. A experiência na Cruz Cardinal integra o iniciado no principal Centro planetário que
chamamos Shamballa
Ele se transforma, oportunamente, num centro radiante de vontade espiritual, que
afeta a humanidade, evoca-lhe a vontade-para-o-bem, e mescla-a à Hierarquia até onde lhe
é possível, fundindo sua vontade com a atividade hierárquica, num esforço para evocar
resposta de Shamballa.
300
CAPÍTULO SETE
Os Raios, Constelações e Planetas
1 - A Natureza da Vontade - O Propósito Cósmico Subjacente
2 - Vários Aspectos da Vontade
3 - Notas-Chave dos Sete Raios do Aspecto Vontade
4 - Energias Cósmicas e Transformação
(Segundo a Tabulação X)
Chegamos agora à nossa última discussão sobre o zodíaco e sua relação com os sete
raios. Ocupamo-nos dos signos e seus efeitos, e da nova astrologia, profundamente
esotérica, que gradualmente se sobreporá à atual astrologia mundana, e que, por volta do
final deste século, já terá ocupado o seu devido lugar no pensamento humano. Uma coisa
devemos ter sempre em mente: agora que a guerra terminou e chegou ao fim o período de
duras provas e tribulações, surgirá um grande despertar espiritual, de qualidade e natureza
atualmente imprevisíveis.
A guerra terá ensinado muitas lições à humanidade e arrancado o véu de muitos olhos.
Valores que até agora foram expressos e compreendidos apenas por aqueles cujos "olhos
estão postos em Deus", tornar-se-ão a meta e o desejo de incontáveis milhares, e a
verdadeira compreensão entre os homens e entre as nações tornar-se-á o objetivo tão
longamente esperado. Tudo aquilo que a humanidade se propõe a ter, é sempre alcançado.
Esta é uma lei oculta, pois o desejo é ainda a mais poderosa força no mundo. O desejo
organizado e unificado foi a razão básica para os espantosos sucessos iniciais do Eixo.
O único fator que se pode opor, com sucesso, ao desejo é a Vontade - usando a
palavra em sua conotação espiritual e como a expressão do primeiro grande aspecto divino.
Muito pouco dessa organizada vontade espiritual foi mostrada pelos países aliados.
Naturalmente, animava-os o desejo de vitória, o desejo de pôr fim àquele cataclismo que
engolfava o mundo, o desejo de paz e do retorno à estabilidade, o desejo de acabar com a
guerra de uma vez por todas e interromper os seus constantes ciclos, e um avassalador
desejo de terminar com o terrível sofrimento, a crueldade, a morte, a fome e o medo que
estão estrangulando a humanidade na tentativa de exterminá-la.
1 - A Natureza da Vontade
Mas toda a determinação é simplesmente, na maioria dos casos, a expressão de um
desejo fixo e unificado; não é o emprego organizado da vontade. O segredo da vontade
reside no reconhecimento da natureza divina no homem. Somente isto pode evocar a
verdadeira expressão da vontade. De fato, ela tem que ser evocada pela alma, quando esta
domina a mente humana e controla a personalidade. O segredo da vontade está também
estreitamente ligado ao reconhecimento da inconquistável natureza da bondade e da
inevitabilidade do triunfo final do bem.
Isto não é determinação; não é açoitar e estimular o desejo para que ele possa ser
301
transmutado em vontade; não é a implacável, inabalável e imovível focalização de todas as
energias pela necessidade de triunfar - em, que são peritos os inimigos das Forças da Luz.
A vitória, para os Aliados, residiu efetivamente no esforço de produzir esta focalização
com mais sucesso do que o inimigo. O emprego da vontade não se expressa pela
determinação férrea de manter-se firme e não ceder às forças do mal. A determinação, a
focalização da energia, e a demonstração de um esforço total para alcançar a vitória, foram
apenas - no que diz respeito aos Aliados - a expressão do desejo uni-direcionado para a paz
e para pôr fim ao conflito. Este tipo de esforço é algo que as massas podem fazer, e
realmente o fizeram, de ambos os lados neste conflito.
Há, todavia, um elemento a mais que fez reverter a maré da vitória para o lado dos
Aliados, e que chegou por meio de um esforço inconsciente para compreender e expressar
a qualidade da Vontade espiritual; foi a manifestação daquela energia divina que fez do
primeiro aspecto divino da vontade ou poder o que ele é, o traço característico da força de
Shamballa; é aquela qualidade peculiar e distintiva da divindade que, de tão diferente, o
próprio Cristo foi incapaz de expressá-la com facilidade e compreensão. Daí o episódio de
Getsemane. Não me é fácil expressar em palavras o seu significado. Dois mil anos se
passaram desde Getsemane e desde que o Cristo fez Seu primeiro contato com Shamballa,
e por este meio - e pelo bem da humanidade - estabeleceu um relacionamento que, mesmo
ao término de vinte séculos, ainda é apenas um frágil fio de energia de contato.
Não obstante, esta força de Shamballa está disponível para ser empregada
corretamente, porém o poder para expressá-la reside em compreendê-la - até onde é
possível neste ponto do meio do caminho na evolução humana - e no seu emprego grupal.
É uma força unificadora, sintética, mas que pode ser utilizada como uma força
regimentadora, estandardizante. Permitam-me repetir as duas palavras-chave para o
emprego da energia de Shamballa: Uso e Compreensão Grupais.
A humanidade tem tido muita dificuldade em compreender o significado do Amor. Se
isto é assim, o problema em relação à Vontade será, obviamente, ainda mais difícil. Para a
vasta maioria dos homens, o verdadeiro amor é ainda apenas um teoria. O amor, como
normalmente o interpretamos, mostra-se como bondade, porém é uma bondade voltada
para o lado forma da vida, para as personalidades que nos rodeiam, e resume-se,
geralmente, num desejo de cumprir nossas obrigações e não obstruir de forma alguma as
atividades e relacionamentos que propiciam o bem estar de nossos semelhantes. Expressa-
se como desejo de por um fim aos abusos e fomentar condições materiais mais felizes;
demonstra-se como amor maternal, como amor entre amigos, porém raramente até agora
como amor entre grupos e nações. É o tema do ensinamento cristão, assim como a
Vontade, divinamente expressada, será o tema da religião mundial vindoura; tem sido o
impulso responsável por muito do belo trabalho realizado no campo da filantropia e do
bem estar humano, mas, de fato, o amor nunca foi expressado - exceto pelo Cristo.
Poderão perguntar por que, então, enfatizo tanto aquele aspecto divino mais elevado?
Por que não esperar até sabermos mais sobre o amor e como manifestá-lo em nosso meio?
Porque, em sua real expressão, a Vontade hoje é necessária como força propulsora e
expulsiva, e também como agente clarificador e purificador.
As primeiras palavras proferidas pelo Cristo que a História registrou foram as que
dirigiu à Sua mãe (o símbolo do aspecto substância da divindade) quando disse: "Não sabeis
302
que devo ocupar-Me dos assuntos de Meu Pai?" Esses assuntos, que Ele ligou ao primeiro
aspecto divino, a Mônada ou o aspecto Pai, eram o cumprimento do propósito e a
realização da intenção, a vontade e o propósito de Deus. Seu pronunciamento seguinte foi
durante o Batismo no Jordão, quando Ele disse a João Batista: "Deixa que isto seja assim
por agora, porque convém cumprir toda a justiça". Aqui, nesta segunda iniciação, que
simboliza a conquista do desejo, Ele passa para o reino da realização, do cumprimento da
atividade retamente planejada. Seu Próprio desejo (forçosamente da mais elevada ordem
devido ao Seu alto ponto de evolução), Ele o substitui pela Vontade divina. Novamente, ao
final de Sua vida, na experiência do Getsemane, Ele exclama: "Pai seja feita, não a minha,
mas a Tua vontade". Mesmo naquele momento e mesmo para Ele, alcançar a plena
expressão da vontade parecia quase impossível, porque Ele ainda estava consciente do
inerente dualismo de Sua posição e do contraste entre a Sua vontade e a vontade de Deus.
Naqueles três pronunciamentos, Ele demonstra reconhecer a emergência dos três aspectos
de Shamballa: vida, qualidade e energia:
1 – A Vontade que condiciona o aspecto vida.
2 - A Vontade que traz o cumprimento das corretas relações humanas.
3 - A Vontade que finalmente conquista a morte.
Estes três aspectos estão todos relacionados às três expressões divinas de espírito,
alma e corpo, de vida, consciência e forma, de vida, qualidade e aparência. Esta fase da
expressão da vida do Cristo jamais foi adequadamente estudada; todavia, mesmo uma
pequena compreensão desse momento, ajudaria a humanidade a empurrar o mal de volta
ao lugar de onde veio, e ajudaria a liberar a humanidade do terror que a cerca por todos os
lados, num desafio a Deus e aos homens.
A energia de Shamballa é, portanto, relacionada com a vida da humanidade (através
da consciência e da forma); não é necessário que consideremos sua relação com o resto do
mundo manifestado; ela diz respeito às corretas relações humanas e é aquela condição de
ser que, finalmente, nega o poder da morte. É, por conseguinte, o incentivo e não o
impulso; é propósito realizado e não a expressão do desejo. O desejo trabalha de baixo
para cima a partir da forma material e através dela; a Vontade trabalha de cima para baixo,
dentro da forma, dobrando-a conscientemente ao propósito divino. Um é invocativo, a
outra é evocativa.
O desejo, quando massificado e focalizado, pode invocar a vontade; a vontade,
quando evocada, põe fim ao desejo e torna-se uma força imanente, propulsiva e impulsiva,
estabilizando, clarificando e - entre outras coisas - finalmente destruindo. É muito mais do
que isto, porém isto é tudo que o homem pode apreender no momento e é tudo para o
qual ele possui o mecanismo de compreensão. É esta vontade - despertada pela invocação
que precisa ser focalizada na luz da alma e dedicada aos propósitos da luz e ao propósito de
estabelecer corretas relações humanas que precisam ser usadas (com amor) para destruir
tudo que está impedindo o livre fluxo da vida humana e que está trazendo a morte (real e
espiritual) à humanidade. Esta Vontade precisa ser invocada e evocada.
Não me refiro aqui ao uso de qualquer das duas Grandes Invocações ou à terceira que
foi recentemente divulgada. Refiro-me à consciência focalizada de homens e mulheres de
boa vontade, cujas vidas são condicionadas pela vontade de levar avante, com amor, os
propósitos de Deus, que procuram, livres de egoísmo, entender e propósitos, e que não
303
temem a morte.
Há dois grandes empecilhos à livre expressão da força de Shamballa em sua verdadeira
natureza. Um é a sensibilidade da natureza inferior ao seu impacto e a sua consequente
prostituição para fins egoístas, como no caso do sensitivo e negativo povo alemão, e seu
emprego pelas nações do Eixo para objetivos materialistas. O segundo empecilho e a
oposição bloqueadora, desordenada das massas bem intencionadas do mundo que dizem
lindas porém vagas, coisas sobre o amor, mas recusam-se a considerar as técnicas da
vontade de Deus em operação. Segundo elas, essa vontade não lhes diz respeito
pessoalmente; recusam-se a reconhecer que Deus exerce Sua vontade por intermédio dos
homens, do mesmo modo que Ele está sempre procurando expressar Seu amor por meio
deles, não creem que essa vontade possa expressar-se através da destruição do mal com
todas as suas consequências materiais. Não conseguem crer que um Deus de Amor possa
empregar o primeiro aspecto divino para destruir as formas que estão obstruindo a livre
ação do espírito divino; essa vontade não deve contrapor-se à interpretação que eles dão
ao amor.
Individualmente, tais pessoas não têm importância, porém a soma maciça de suas
negatividades constituiu um verdadeiro empecilho para pôr fim a esta guerra, assim como a
negatividade da massa alemã e sua inabilidade em tomar medidas corretas quando os
propósitos de Hitler foram revelados, tornaram possível o grande afluxo do antigo mal
focalizado a que trouxe o homem à catástrofe atual. (Este livro foi ditado durante a 2ª
Guerra Mundial- N. do T.) Tais pessoas são como pedras do moinho ao redor do pescoço da
humanidade, trazendo dano aos esforços verdadeiros, murmurando "Amemos a Deus e uns
aos outros", porém nada mais fazendo do que repetir orações e palavras banais enquanto a
humanidade está morrendo.
É fácil compreender o fato de que a evocação da energia da vontade e seu efeito sobre
a pessoa despreparada e de mente materialmente orientada seria um desastre. Serviria
apenas para focalizar e fortalecer a vontade inferior, que é como chamamos ao desejo
determinado e realizado. Seria criada, então, uma força com tamanho ímpeto, direcionada
para fins egoístas que tornaria a pessoa um monstro de maldade. Na história da raça, uma
ou duas personalidades avançadas fizeram isto, com terríveis resultados para si mesmos e
para os povos de sua época. Na história antiga, uma dessas figuras foi Nero; o exemplo
moderno é Hitler. Todavia, o que tornou este último um inimigo tão perigoso para a família
humana, é que durante os últimos dois mil anos a humanidade avançou até um ponto em
que pode também responder a certos aspectos da força deste primeiro raio. Por essa razão,
Hitler encontrou associados e cooperadores que somaram sua receptividade à dele, de
modo que todo um grupo respondeu à energia destrutiva, expressando-se em seu aspecto
mais inferior. Foi isto que permitiu que eles trabalhassem - de forma impiedosa, poderosa,
egoísta, cruel e bem sucedida - na destruição de tudo que tentasse impedir seus projetos e
desejos.
Há apenas um modo pelo qual a vontade maligna focalizada, com sua responsividade à
força de Shamballa, pode ser vencida: pela oposição de uma vontade espiritual igualmente
focalizada, demonstrada pela resposta de homens e mulheres de boa vontade que possam
treinar-se para serem sensíveis a este novo tipo de energia entrante e que possam
aprender a invocá-la e evocá-la.
304
Consequentemente, podem ver porque eu tinha em mente algo mais do que o uso
casual quando discuti os temas "boa vontade" e "vontade-para-o-bem". O tempo todo
tinha em mente não apenas a bondade e as boas intenções, mas a focalizada vontade-para-
o-bem que pode, e deve, evocar a energia de Shamballa e usá-la para deter as forças do
mal.
Compreendo que esta seja uma ideia relativamente nova para muitos de vocês: para
outros, terá pouco ou nenhum significado; outros ainda poderão ter leves vislumbres desta
nova abordagem sobre Deus e o serviço que - repito - pode e deve refazer, reconstruir e
reabilitar o mundo. Gostaria de destacar que o aspecto vontade somente pode ser
contatado a partir do plano mental, e portanto, somente aqueles que estão trabalhando
com a mente, e através dela, podem começar a apropriar-se desta energia.
Aqueles que procuram evocar a força de Shamballa estão chegando próximo à energia
do fogo. O fogo é o símbolo e a qualidade do plano mental. O fogo é um conspícuo aspecto
da guerra. O fogo é produzido por meios físicos e a ajuda do reino mineral, e este foi o
poderoso e ameaçador meio de destruição escolhido nesta guerra. Foi o cumprimento de
uma antiga profecia de que a tentativa de destruir a raça ariana seria por meio do fogo,
assim como a antiga Atlântida foi destruída pela água. Porém, a ardente boa vontade e o
uso focalizado e consciente da força de Shamballa pode conter o fogo pelo fogo e é isto que
precisa ser feito.
Não posso estender-me mais sobre este assunto até que tenham tido tempo para
considerá-lo e procurado entender o uso da vontade, sua natureza, propósito e sua relação
com o que entendemos por vontade humana. Precisam refletir sobre como ela deve ser
empregada e de que maneira os aspirantes e discípulos que são mentalmente polarizados
podem focalizar essa vontade e tomar a seu cargo, de forma segura, a responsabilidade de
seu uso inteligente. Mais tarde, quando tivermos melhor conhecimento sobre isto, poderei
dar-lhes mais detalhes sobre o assunto.
Gostaria, contudo, de oferecer uma sugestão prática. Não seria possível organizar um
grupo que tomasse este assunto como tema de sua meditação e que tentasse capacitar-se -
por meio de correta compreensão - a contatar e usar a energia de Shamballa? Não seria
possível elaborar gradualmente o tema da revelação da vontade divina de modo que o
assunto geral estivesse pronto para ser apresentado ao público pensante quando a paz
realmente chegar? Há muito a ser levado em consideração a este respeito. Há a
demonstração dos três aspectos da vontade já enumerados; há a preparação do indivíduo
para a expressão desta energia; há uma madura consideração a ser feita sobre a relação da
Hierarquia e Shamballa, levada avante à medida que os Mestres procuram desenvolver o
propósito divino e ser os Agentes distribuidores da energia da vontade. Há o esforço a ser
feito para compreender um pouco a natureza do impacto direto do primeiro aspecto sobre
a consciência humana, totalmente à parte do centro hierárquico - um impacto feito sem
nenhum processo de absorção e diminuição ao qual a Hierarquia a submete. Já me referi a
este contato direto anteriormente, o qual poderá ser mais direto e completo quando
houver maior segurança, como resultado de uma abordagem mais compreensiva.
Uma das causas da 2a Guerra Mundial, é o resultado de um contato prematuro -
contato feito por certas mentes egoístas, mas de qualidade relativamente avançada,
ajudadas pela Loja Negra. Para contrabalançar isto e eventualmente eliminar do nosso
305
planeta a influência das forças negras, é preciso o emprego consciente e ativo da força de
Shamballa pela Loja Branca, ajudada pelos homens e mulheres cuja vontade-para-o-bem
seja suficientemente forte para resguardá-los do perigo pessoal em seu trabalho, e de ser
desviados para linhas errôneas e perigosas.
Esta ajuda exige um certo contato definido e planejado e uma interação entre os dois
centros: a Humanidade e a Hierarquia. Quando isto estiver melhor estabelecido, poderá
haver uma cooperação conhecida e organizada, e os membros dos dois grandes centros
poderão "permanecer juntos num propósito maciço", o qual será a correspondência no
plano mental de determinação conjunta do público em geral, com o poder de apelo em
seus lábios e corações. A este apelo deve somar-se a vontade focalizada dos pensadores e
intuitivos mundiais que usarão suas mentes e cérebros na afirmação daquilo que é correto.
Foi por estar envolvido o aspecto vontade que eu fiz com que o último ponto a ser
considerado sobre os sete raios fossem os Raios, as Constelações e os Planetas, tal como
apresentados na Tabulação X. A interação aí apresentada diz respeito ao aspecto vontade.
como foi aqui indicado. A análise desta tabulação completará nossa consideração sobre a
astrologia esotérica.
As sete estrelas da Ursa Maior são a fonte originadora dos sete raios do nosso sistema
solar. Os sete Rishis da Ursa Maior expressam-Se por meio dos sete Logoi planetários, Seus
Representantes, e diante dos Quais servem de protótipos. Estes sete espíritos planetários
manifestam-se por intermédio dos sete planetas sagrados.
Cada um dos sete raios oriundos da Ursa Maior, são transmitidos para o nosso sistema
solar por intermédio de três constelações e seus planetas regentes. A tabulação que se
segue tornará isto claro, porém tem que ser interpretada somente nos termos da atual
volta de 25.000 anos da grande roda zodiacal.
TABULAÇÃO X
DIAGRAMA 1
DIAGRAMA 2
DIAGRAMA 3
Somente deste modo posso dar-lhes uma ideia da distribuição das energias, suas
limitações dentro das fronteiras do zodíaco, e sua focalização dentro da periferia do nosso
sistema solar. Para tornar isto mais claro, vejamos um dos raios e seus relacionamentos
triangulares, segundo a Tabulação X:
DIAGRAMA 4
a. Sendo a Terra um dos cinco planetas não-sagrados, somente quatro estão listados
317
entre os agentes que transfiguram.
b. Os planetas escurecidos no diagrama indicam os agentes transmissores das Forças
que passaram através do processo de transformação pelo Sol.
c. O Sol e a Lua aparecem entre os planetas não-sagrados, porque, neste caso, são
véus que ocultam outros.
d. A origem da ampulheta encontra-se neste diagrama de afluência de energias,
e. O diagrama acima pode ser usado em relação a qualquer um dos demais raios,
porém envolverá:
1 O emprego de outros agentes transmissores na forma das três constelações
zodiacais apropriadas e seus agentes.
2 A indicação de planetas, diferentes daqueles envolvidos na afluência da energia do 1º
raio.
f. A chave para todo o processo, no que diz respeito à Terra - e ao individuo que nela
vive - encontra-se nas seguintes palavras:
Transcendência – A causa que transcende
Transmissores - As constelações zodiacais
Transformador - O Sol. A Alma
Transfiguradores - Os planetas
Aliada a essas palavras, acrescentaria uma outra, relacionada com a Terra e a sua
humanidade.
DIAGRAMA 5
Esta palavra é Translação, porque quando "as almas dos homens Justos se tornam
perfeitas", tem lugar um processo de translação que eleva a humanidade e a afasta do
planeta, dirigindo-a para um dos sete Caminhos cósmicos, dos quais as sete iniciações são
as portas de entrada.
Em relação ao indivíduo e seu progresso e iniciação ou translação de um estado de
consciência para outro, temos uma pequena réplica do que acabamos de dizer:
a: A alma do homem recebe o influxo dos três grupos ou grupos planetários.
318
b. Os pontos escurecidos indicam os centros despertos.
c. O diagrama indica "o mapa da luz interna" de um aspirante avançado, próximo ao
discipulado.
A história inteira da expansão do Um em Muitos e dos Muitos em Um está contida
nestes diagramas macro e microcósmicos.
Consideramos agora cada um dos sete raios e vejamos como eles incorporam os três
aspectos da vontade e os transmitem à Terra, via três constelações e seus regentes.
Entramos aqui no reino das causas e lidamos com os propósitos transcendentes, incentivos,
impulsos e objetivos do Uno no Qual vivemos, nos movemos e temos a nossa existência.
Esta grande Vida, o Ancião dos Dias, o Senhor do mundo, Sanat Kumara, o eterno Jovem, o
Logos planetário - Seus muitos nomes são relativamente em importância - é a única
existência sobre a Terra capaz de responder os objetivos do Logos solar e levá-los adiante.
Ele, por sua vez, é o único no nosso sistema solar capaz de responder à sétupla Causa
Emanadora, expressando-Se por meio da Grande Ursa ou Ursa Maior. Todavia, nós
trataremos dos aspectos psicológicos das emanações dos sete Raios que incorporam a
vontade-para-o-bem.
Áries
º
1 RAIO Leão trabalhando através de quatro planetas: Marte,
Vontade ou Poder Mercúrio, o Sol e Saturno
Capricórnio
1. ARIES
É a constelação através da qual fluirão as condições iniciadoras para o nosso sistema
solar. Personifica a vontade-de-criar que expressará a vontade-para-o-bem. É o raio
monádico do nosso Logos planetário, Cuja Alma pertence ao 2º raio e a personalidade, ao
3º. Vê-se, portanto, que o raio transmissor do nosso Logos planetário é o 1º; daí, o lugar
que a vontade desempenha no processo evolutivo humano. Seu raio transformam é o 2º,
trazendo eventualmente a transfiguração por intermédio do 3º nesta combinação temos a
razão pela qual na evolução do aspecto vontade temos a influência de Marte e Mercúrio -
um trazendo o conflito e a morte da forma, e o outro trazendo iluminação e o
desenvolvimento da intuição como resultado daquele conflito e morte. Novos ciclos do Ser
e da consciência são iniciados pelo conflito. Por enquanto, assim parece ser lei da vida e o
fator governante na evolução. Porém, se o resultado desta vontade iniciadora e
energizadora é produzir os benéficos efeitos do conhecimento intuitivo e a atividade de
Mercúrio como mensageiro dos Deuses, podemos ver, sem sombra de dúvida, como a
vontade-para-o-bem é desenvolvida através do conflito.
2. LEÃO
322
É a constelação através da qual a vontade-de-realização ou vontade-de-atingir o
objetivo jorra para a humanidade e para o planeta. É, essencialmente, o espírito de
autodeterminação. A princípio, é a determinação do pequeno eu, a personalidade, do
indivíduo autoconsciente. Depois, é a determinação do Eu, a alma, do indivíduo consciente
do grupo, do Todo maior e de si mesmo como a parte, integrada e basicamente unificada.
Esta vontade-para-o-bem (alcançada através da realização) atua em relação ao ser
humano por meio de três momentos de culminância:
1. A vontade-para-o-bem demonstrada pela conquista da autoconsciência. É a
primeira etapa da completa realização divina. Implica em corpo, aparência. É a expressão
do 3º aspecto.
2. A vontade-para-o-bem demonstrada na 3ª iniciação, quando a autoconsciência dá
lugar à consciência grupal. É a segunda etapa da realização divina, Implica em alma,
qualidade. É a expressão do 2º aspecto.
3. A vontade-para-o-bem demonstrada nas iniciações maiores, quando se alcança a
consciência de Deus. É a terceira etapa da realização divina. Implica na Mônada, Vida. É a
expressão do 1º aspecto.
É útil observar estas relações. É também óbvio porque o Sol rege Leão, exotérica e
esotericamente. O Sol revela ou 'ilumina" as duas etapas da vontade oculta: o sol físico,
iluminando a personalidade no plano físico, e o Coração do Sol, revelando a natureza da
alma.
3. CAPRICÓRNIO
É a constelação por meio da qual vem a vontade conquistadora que libera o homem
da vida da forma e o inicia para o reino onde o aspecto vontade (não o aspecto alma) da
divindade se expressa. Lembremo-nos que há uma estreita relação entre a Terra e
Capricórnio. A razão para isto é que a Terra oferece as condições ideais para este particular
tipo de realização porque está em processo de transformação da etapa de "planeta não-
sagrado" para a de "planeta sagrado". Eis porque Saturno é um regente tão poderoso e
transmissor, para a Terra, da qualidade dinâmica do 1º raio poder. Este influxo da energia
do 1º raio será, de agora em diante, grandemente acelerado. Estas energias e seus influxos
devem ser cuidadosamente estudados em conexão com os diagramas anteriormente dados
nesta obra, lembrando que a visualização é sempre uma energia direcionadora, empregada
para produzir um efeito especifico desejado.
Áries, o iniciador, Leão, o Eu, e Capricórnio, o Agente transfigurador - são algumas das
implicações relacionadas com o 1º raio e a humanidade.
Quero assinalar aqui que dei este triângulo de constelações na ordem de seus
relacionamentos com a Grande Vida que os emprega como agências transmissoras das
atividades do 1º raio. Deve também observar-se que a razão para esta relação é inerente à
natureza das Vidas que dão forma a estas constelações específicas. Elas Próprias são
expressões da vontade-para-o-bem, e constituem, portanto, a linha de menor resistência
para a disseminação da energia do 1º raio por todo o sistema solar. Sob o ângulo das
relações humanas, este triângulo reajusta-se a si mesmo. Torna-se Leão, o doador da
autoconsciência; Capricórnio, o signo onde a iniciação pode ser recebida; e Áries, o
incentivo para um novo começo.
323
A ciência da astrologia encontrará uma nova luz quando for entendido o significado da
distinção entre as constelações como galáxias de estrelas, os signos como influências
concentradas. Isto está fundamentalmente ligado com a diferença entre a relação de uma
energia de raio com o triângulo de constelações, e a relação humana. Nada mais Posso
acrescentar, mas o que até aqui foi dito dará uma pista ao astrólogo intuitivo.
Gêmeos
2º RAIO Virgem ..... trabalhando através de cinco planetas:
Amor-Sabedoria Peixes Mercúrio, Júpiter, Vênus, Lua e Plutão
Esta "linha de distribuição" (se assim me posso expressar) está vinculada à vontade
que produz inevitável união, unificação e síntese, através do poder de atração, baseada no
poder de ver a visão. Neste sistema solar e durante este ciclo mundial e, por conseguinte,
neste planeta e durante todo o período em que ele se move da posição de não-sagrado
para a de planeta sagrado, este é sempre o aspecto vontade dominante da Deidade; é a
energia com a qual se preocupa o nosso Logos planetário. É isto que trouxe a Hierarquia à
existência, sob o impacto de Shamballa ou força do 1º raio. Contudo, é com a energia
hierárquica que se preocupa a humanidade, atualmente. Ao usar a palavra "preocupa" em
conexão com o Logos planetário e também com a humanidade, encontrarão indicada a
crescente resposta entre os dois centros: Shamballa e Humanidade.
Os esoteristas do mundo sabem bastante a respeito desta energia, por três razões:
1. No ensinamento dado nos últimos trezentos e cinquenta anos, a ênfase recaiu sobre
ela.
2. Os dois grandes expoentes desta energia de raio são os dois Mestres e Salvadores
mais conhecidos mundialmente, sob o ponto de vista humano, quer no Ocidente, quer no
Oriente: o Buda e o Cristo.
3. Os dois Mestres - Morya e K. H. - Que têm procurado despertar a humanidade no
Ocidente para a realidade da Hierarquia, trabalhando ambos em estreita relação e
expressando as energias do 1º e 2º raios.
As notas-chaves predominantes no ciclo atual são: iluminação, visão, vidência ou
percepção espiritual, e fusão do caminho místico ou ocidental. O Buda resumiu em Si
Mesmo toda a luz do passado no que diz respeito à humanidade. Ele foi o Mensageiro
maior, e demonstrou as possibilidades inatas da humanidade, irradiando a luz da sabedoria
em relação à luz da substância, e produzindo aquela chama dual ou luz flamejante que
tinha sido acesa e nutrida - ainda que não totalmente expressada - pela humanidade até
aquela época. Ele surgiu como a floração ou a frutificação do passado, e como garantia da
capacidade inata do homem.
Embora o Cristo também pudesse dizer "Eu sou a Luz do mundo", Ele foi mais além em
Sua manifestação e proporcionou a visão do passo seguinte a ser dado, demonstrando a luz
da alma e apontando para o futuro, assim demonstrando o que poderia ser porque Ele
havia liberado sobre a Terra o princípio cósmico do amor. O amor é um aspecto da vontade,
mas este ponto é muito pouco compreendido pela massa dos homens. É a vontade de
atrair para si mesmo, e quando está dirigida às coisas não materiais, nós, em reação à
mente diferenciadora, a chamamos de Amor. Porém, a humanidade tem que ver aquilo que
324
precisa ser amado, antes que o poder da vontade seja suficientemente evocado. Então, a
visão pode transformar-se em manifestação e uma verdade pode expressar-se.
É aqui que a maravilha do trabalho do Cristo, o Senhor do Amor, emerge à nossa
consciência. Ele torna muito claro que o amor que Ele demonstrou era um aspecto da
vontade, funcionando por meio do 2º raio; este poderoso amor liberou para o mundo o
princípio cósmico do amor. De novo, podemos ver os três aspectos da vontade divina
funcionando através do 2º raio:
1- A vontade-de-iniciar ou de condicionar demonstra-se no trabalho do Cristo ao
inaugurar a era onde o Reino de Deus pode aparecer sobre Terra. Na realidade, isto será
uma demonstração da fusão de dois centros: a Humanidade e a Hierarquia. Por fusão quero
dizer sua total e recíproca unificação, a qual inaugurará uma era em que - por meio da
crescente capacidade de ver a visão, e crescente poder de identificar-se com a visão -
surgirá uma raça de homens cuja expressão de vida será do amor-sabedoria.
2 - A vontade de realização demonstra-se através do 2º raio por meio da força
impulsionadora que permite à alma do 2º raio atingir sua meta, avançando sem esmorecer,
não se permitindo pausa ou desvio até alcançar a meta desejada. Esta é uma expressão
diferente da vontade do 1º raio, que é dinâmica, que avança demolindo todos os
obstáculos, que não requer os métodos mais lentos do impulso estável.
3 - É também a vontade que conquista a morte por causa do seu intenso amor à
realidade e daquele "persistente Uno" que existe por trás de todos os fenômenos.
No Velho Comentário, este tipo de vontade - a vontade de amar- é assim descrita:
"O Uno Transcendente disse: Estou só. Preciso erguer-me e sair em busca, com
incessante anelo, daquilo que produz a inteireza, completa por inteiro o Meu circulo,
intensifica a Minha vida e Me torna verdadeiramente Uno, e isto porque Eu reconheço o
Dois. Preciso unir-Me ao Meu outro eu, o eu que Eu levemente pressinto.
Atrai para o Meu coração esse outro Eu, e assim atraindo-o, dei-lhe iluminação; dotei-
o de riqueza; dei generosamente, sem limitação."
Isto não personifica a visão mística de alguém mais, mas sim o aspecto vontade do
Logos planetário, o incentivo por trás da vida de Shamballa. É o Senhor do Sacrifício quem
fala. A nota-chave do sacrifício ou "o processo de tornar inteiro" percorre tudo aquilo que
diz respeito ao aspecto vontade à medida que ele funciona por intermédio dos sete raios e
isto é belamente evidenciado na atividade do 2º raio, uma vez que ele é o canal para a
vontade de Deus.
Ele reconhece a si mesmo como a vontade transcendente porque por trás da sua
expressão de amor cósmico (que atrai, funde e produz coesão) permanece a visão sintética
da Intenção divina. Ele diferencia o processo da meta, a iniciação daquilo que é revelado
pelo processo iniciatório e que é algo ainda desconhecido pelos iniciados abaixo do terceiro
grau. É aqui que está a distinção entre o Cristo e o Buda. Este último revelou o processo,
porém o Cristo encarnou em Si Mesmo tanto a meta quanto o processo. Revelou o princípio
cósmico do amor e por meio dele - personificado em Si Mesmo - produziu também efeitos e
portentosas mudanças no mundo através daqueles que se apresentaram a Ele para a
iniciação.
O 2º raio se reconhece como a vontade transmissora, porque por seu intermédio algo
se passa entre os pares de opostos (espírito-matéria) que os atrai um para o outro até que,
325
afinal, eles formam um todo amalgamado. Isto é um mistério básico - o mistério básico da
iniciação e diz respeito à vontade unificadora que funciona através do amor. Sua expressão
mais inferior e seu símbolo mais material é o amor entre os sexos.
O 2º raio também se identifica, a si próprio, como a vontade transformadora, porque a
totalidade do processo evolutivo (que é, em última análise, o resultado da inter-relação
entre Deus e Seu mundo, entre causa e efeito e entre Vida e forma) baseia-se na
transformação provocada pela atração divina, isto permite que "o espírito cavalgue sobre
os ombros da matéria", como disse HPB, e force a matéria a alcançar a purificação que a
levará, finalmente, a atuar como um meio transparente para a revelação da divindade.
Finalmente, o 2º raio conhece a si mesmo como a vontade que transfigura. Foi esta
transfiguração que o Cristo manifestou quando apareceu diante dos espantados olhos de
Seus discípulos como Luz Encarnada e "transfigurou-Se diante deles".
Todo o processo de transcendência, resultando em transfiguração, é realizado, em
relação ao 2º raio, pelas influências combinadas das três constelações que este raio escolhe
por "um ato de sua suficiente vontade para atuar no tempo e espaço." Consideremo-las por
um momento:
1 - GÊMEOS.
É a grande constelação que simboliza os Dois Irmãos, expressando a interação entre as
dualidades. É governada por Mercúrio e Vênus, por isso temos a luz da intuição e a luz da
mente fundidas num todo iluminado, típico da fusão de espírito-matéria e a demonstração
de sua unidade essencial. Gêmeos é, como sabemos, o signo da interação divina, e é a vida
do Pai (do espírito e da vontade) que flui através dos Dois Irmãos, através dos opostos
polares, tornando-os um na realidade, embora dois na manifestação. Sua verdadeira
natureza como "o irmão mais velho filho pródigo" é revelada pela intuição quando esta se
apropria da mente. Porém, é a vontade de amar que governa este relacionamento e que,
finalmente, produz a síntese divina.
2 - VIRGEM.
É a constelação que simboliza a segunda etapa da relação entre os pares de apostos.
Temos aqui, como sabemos, a Mãe do Cristo Menino e o processo que fomenta o
intercâmbio que produz vida, amor e sua manifestação conjugada em uma única forma.
Portanto, o 2º raio está estreitamente vinculado à Virgem e seu oposto inferior é o amor
materno com seu instintivo cuidado com aquilo que deve ser nutrido e protegido. Seu
aspecto superior é o Cristo encarnado, manifestado, quando então o instinto é
transmutado em sabedoria e com isso aparece a vontade-de-manifestar e trazer à luz do
dia o Cristo que até então estivera oculto.
Este signo e o 2º raio da Vontade têm uma misteriosa relação com o Tempo, com o
processo e com a sustentação da vida da Mãe (a matéria) que, durante todo o período de
gestação, nutre e protege o Cristo Menino que está em rápido desenvolvimento. A Lua
também exerce uma função peculiar que só pode ser expressada na ideia da morte - a
morte dos relacionamentos entre a Mãe e o Menino, porque chegará o momento em que o
Cristo Menino surgirá do útero do tempo e da matéria e permanecerá livre na luz. Isto terá
sido devido, necessariamente, a muitos fatores inerentes, mas acima de tudo, à vontade
326
sustentadora da Mãe, acrescida da vontade dinâmica do Cristo Menino. Aqui temos
novamente um aspecto da curiosa e misteriosa relação entre o 1º e o 2º raios.
3 - PEIXES.
Neste signo o trabalho é consumado e a vontade do Pai atua através da vontade do 2º
raio como vontade-de-salvar. Em Gêmeos temos, portanto, os dois: o par de opostos e a
vontade-de-relacionar; em Virgem, temos o trabalho dos dois em cooperação, a nutrição da
vida desse fenômeno do 2º raio, um Cristo, a consumação da tarefa da matéria e sua
elevação ao céu. Em Peixes, temos a consumação do trabalho daquilo que o aspecto
matéria tornou possível, e o Cristo emerge como o salvador mundial. Tudo isto tem lugar
através do aspecto vontade do 2º raio, focalizado em Shamballa, expressando-se através da
humanidade, e consumado na Hierarquia. Temos aqui toda a história da unidade, realizada
pela vida e vontade do 2º raio, produzindo a emergência da consciência crística e o
aparecimento na objetividade do princípio do Cristo.
No tempo e espaço e sob o ângulo da humanidade, o triângulo de constelações é
Virgem, Gêmeos e Peixes, e não na ordem aqui apresentada: Gêmeos, Virgem, Peixes; este
último é o ângulo sob o ponto de vista de Shamballa.
Câncer
3º RAIO Libra ................. trabalhando através de cinco planetas:
Inteligência Ativa Capricórnio Lua, Vênus, Saturno, Netuno e Urano
Nesta divina expressão de energia de raio encontra-se a chave ou pista para aquilo que
é comumente chamado de evolução. A ênfase recai, necessariamente, sobre o ângulo da
natureza da forma e do aspecto fenomênico. Hoje, todavia, o processo evolutivo pode ser
estudado sob dois aspectos: a evolução da forma e a evolução da consciência; a ciência e a
psicologia contribuem para este quadro que gradualmente se desenvolve. Porém, aqui
estou lidando com a evolução Daquele que é ao mesmo tempo consciência e forma, mas
que é mais do que um ou outro, isto é, o Um Que quer manifestar-se e conhecer ou ser
consciente. É isto que está por trás da Identidade a que, no tempo e espaço chamamos
Logos, e que é maior do que Ela. Procuro, pois, ocupar-me com a Vontade Criadora de
maneira dinâmica, conscientemente estabelecendo contato e persistentemente focalizada
na forma enquanto o tempo e espaço durarem.
Este terceiro aspecto da expressão divina é o resultado da atividade dos outros dois
raios principais. Vocês precisam cuidadosamente distinguir, em suas mentes, entre a
matéria ou a Mãe e a substância ou o "Espírito Santo que faz sombra sobre a Mãe"; é com
ele que estamos lidando, pois estamos estudando todos estes raios em termos da vontade,
do espírito e da vida. Todo este Tratado, portanto, gira em torno de uma ideia que está
além ou por trás de todo o conhecimento moderno e é, consequentemente, inexplicável
para a mente finita. Tudo que é possível fazer é indicar Aquele que - improvável,
incognoscível e intangível - existe anteriormente à manifestação e persiste depois que ela
termina. Esta Realidade inerente é para o Logos manifestado o que o Eu imortal é para o
homem encarnado. À proporção que a mente abstrata do homem se desenvolver, estes
temas subjetivos, que conduzem ao Tema central da manifestação, tornar-se-ão mais claros
327
e a densidade do mistério diminuirá. Terão que contentar-se com esta promessa os que
ainda não foram iniciados. Os iniciados saberão do que estou falando.
Esta Realidade em expansão que está focalizada no 3º Raio da Inteligência Ativa
durante o "período de aparência" empreendeu a tarefa - neste sistema solar - de
desenvolver uma consciente "percepção de Si Mesma naquilo que não é". Isto é realizado
em três etapas - todas resultantes do processo, do progresso, da atividade e da mente ou
percepção inteligente. As três etapas são:
1 - A etapa em que a percepção sensória é transmutada em conhecimento. É a etapa
em que a forma gradual e constantemente se adapta às necessidades do Eu percebedor.
2 - A etapa em que o conhecimento é transmutado em sabedoria ou consciência que
utiliza o conhecimento gradualmente adquirido para alcançar o desapego da forma, o órgão
da percepção.
3 - A etapa em que a sabedoria é transmutada em onisciência e ambas, consciência e
forma, são ultrapassadas pelo Uno Que existe, Que é consciente, mas Que permanece
maior do que qualquer destas duas fases de vida divina. Este Um quer encarnar, quer
conhecer, quer ser consciente, mas essencialmente não é nenhuma destas fases, tendo-as
Já realizado, antes da manifestação.
A vontade do 3º raio produz a síntese externa em etapas sucessivas, partindo de
sínteses temporárias até que haja completa unificação entre a consciência e a forma, e mais
tarde, completa unificação realizada entre Aquele que não é consciência nem forma, mas
sim o Criador de ambas e o Princípio que relaciona espírito e matéria. Vemos como esta
definição mostra que a função do 3º raio é a vontade-de-iniciar no plano físico aquilo que
expressará a divindade; que define não só a aparência, mas a revelação daquela qualidade
da qual a aparência é o efeito ou resultado, e que, inerente nessas duas proposições, reside
a terceira que afirma que esta vontade criativa é não apenas a causa da manifestação e a
garantia da realização, mas é também a prova da potência daquela Vida que eternamente
vence e extingue a morte. Assim, voltamos à nossa proposição inicial da trindade divina
Vida-Qualidade-Aparência (apresentada nas páginas iniciais do Volume I); à criatividade dos
três raios principais, às suas relações básicas e à sua síntese resistente e persistente. Fecha-
se, assim, o circulo da revelação; o ciclo se completa; a serpente da matéria a serpente da
sabedoria e a serpente da vida são vistas como um todo. E por trás das três “permanece o
Dragão Eterno sempre gerando a serpente tripla, sempre dizendo: "Vai e volta". Assim fala
o Antigo Comentário a respeito deste tema.
Três palavras dizem respeito a esta tríplice manifestação:
Atração, Subtração e Abstração, as quais (no que concerne ao homem) estão
relacionadas às três primeiras iniciações, mas somente sob o aspecto vontade e
definitivamente ao 3º raio, no plano físico, ou melhor, no plano do corpo etérico ou da
efetiva atividade vital. É isto que é preciso ter em mente quando consideramos o trabalho
ativo da Trindade Pai, Filho e Espírito Santo.
Esta Trindade em manifestação conhece a Si mesma como a Realidade Transcendente
e enuncia sempre a palavra: "Tendo impregnado todo este universo com um fragmento de
Mim Mesmo, Eu permaneço."
Esta Trindade em manifestação conhece a Si Mesma como o Uno Transmissor, e
através das palavras do Cristo, diz: "Se Eu for elevado atrairei todos os homens a Mim". Isto
328
é possível através do poder atrativo transmitido pelo Uno Transmissor.
Esta Trindade em manifestação conhece a Si Mesma como o Agente Transformador e
através das vozes dos muitos, entoa as palavras: "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra,
boa vontade aos homens" - sendo glória, paz e boa vontade os efeitos da vida transmitida
do Uno Transcendente.
Por fim, ao término da era, conhece a Si Mesmo como o Uno Transfigurado e
compreende que o cântico dos anjos - "Glória a Deus nas alturas - é o enunciado de sua
perfeição e triunfo finais.
Pode mais alguma coisa ser dita sobre este assunto? Os grandes Raios de Aspecto
incorporam toda a história; os raios menores, os Raios de Atributo, contribuem com os
detalhes no processo e empreendimento e são condicionados pelos três maiores. Por essa
razão não tenciono analisar os quatro triângulos restantes. Neste Tratado já dei instruções
suficientes para que o estudante interessado possa desenvolver por si mesmo este
subjetivo assunto. Contudo, analisarei sucintamente as três constelações relacionadas com
o 3º raio; seus significados são relativamente claros.
1 - CÂNCER.
Esta constelação simboliza a vontade da massa e condiciona sua resposta e psicologia.
Isto ainda não foi tema de estudo astrológico, pois tem implicações mais vastas do que a
consciência de massa. É, basicamente, a focalização da vontade da massa por intermédio
consciência de massa - algo ainda desconhecido, embora os rudimentos deste
conhecimento possam ser vistos nesse peculiar fator na vida da humanidade a que
chamamos de "opinião pública". Isto está sendo agora introduzido no campo educacional
através do que comumente chamamos propaganda. As implicações são claras. Uma opinião
pública treinada e esclarecida é algo desconhecido em escala mundial, embora grupos
esclarecidos estejam rapidamente aparecendo. Da opinião pública (que é a expressão
focalizada do crescimento da consciência de massa) surgirá a vontade para o bem da
massa, inerente a cada indivíduo. Para este fim a humanidade precisa trabalhar e esperar.
2 - LIBRA.
Esta constelação, como é sabido, significa o ponto de equilíbrio na longa relação e
interação entre os pares de opostos. Indica a vontade-de-expressar - em perfeita harmonia
e proporção - tanto a vida do espírito quanto a potência da matéria.
3 - CAPRICÓRNIO.
Esta constelação representa a influência que levará a vontade de Shamballa à
Hierarquia ou aos iniciados mundiais, dando-lhes aquele espírito dinâmico e empreendedor
que Lhes permitirá levar à conclusão a Vontade de Deus na Terra. Foi o "anjo nascido sob a
influência de Capricórnio" que se acercou do Cristo no jardim de Gethsemane e fundiu Sua
vontade individual com a Vontade divina, capacitando-O, assim, a levar a termo Sua missão.
Esta não era apenas revelar ao mundo o amor divino, mas - como reza a lenda nos Arquivos
dos Mestres - Ele veio para "fiar a sutil teia que liga o lugar do Altíssimo (Shamballa) à
Cidade Sagrada (a Hierarquia). A ponte entre o Lugar Sagrado e o Sacratíssimo fora
firmemente ancorada. A vontade de Deus podia agora ser levada a termo." Segundo este
329
mesmo ensinamento simbólico, poderíamos dizer que os termos seguintes caracterizam os
três raios que estivemos estudando:
Lembrem-se, contudo, que estes Três são Um. Por trás de todos eles está sempre
Aquele Que permanece, transcendente e também imanente, maior do que o nosso todo e,
não obstante, também dentro desse todo.
Através do 4º Raio, aprendemos a nos unificarmos com esta eterna síntese e vontade;
através do 5º Raio, desenvolvemos os meios para entender esta síntese e vontade; através
do 6º Raio, lançamo-nos, em direção à completa identificação com esta síntese e vontade, e
através do 7º Raio, demonstramos na Terra a natureza desta síntese mediante a forma que
aparece e o propósito dessa vontade subjacente.
E assim os Muitos são absorvidos no Uno.
330
APÊNDICE
Sugestões para os Estudantes
A ASTROLOGIA EM A DOUTRINA SECRETA
(3a edição)
1. A mitologia refere-se a lutas astronômicas, teogônicas e humanas; o ajustamento de
esferas e à supremacia de tribos e nações. A "luta pela existência" e a "sobrevivência do
mais apto" reinavam soberanos desde o momento em que o Cosmos veio à existência. Daí:
a.A incessante luta dos Deuses em todas as antigas Escrituras
b.A guerra no Céu, das mitologias antigas. (D. S. I., 223)
2. Por trás deste véu..., de símbolos astrológicos, encontravam- se os mistérios ocultos
da antropografia e a primeira gênese do homem. (D. S. I., 250)
3.A astrologia existiu antes da astronomia. (D. S. III, 325)
4.A astrologia ou a adoração da Hoste Celeste é o resultado natural da astrologia ainda
semi-revelada... Daí, ser a Astrologia divina para os Iniciados; astrologia supersticiosa para
os profanos. D. S. III, 337)
5. A astrologia primitiva está tão mais acima da astrologia moderna quanto os Guias
(os planetas e os signos zodiacais) estão distantes dos postes de luz nas ruas. (D. S. III, 341)
6. A astrologia deixou no mundo sua marca eterna. (D. S. III, 342)
7. A astrologia está edificada sobre a mística e íntima conexão entre os corpos celestes
e a humanidade, e é um dos grandes segredos da Iniciação e dos mistérios ocultos. (D. S. II,
525)
8. As estrelas e constelações estão conectadas com os indivíduos e exercem, sobre
eles, oculta e misteriosa influência. Assim sendo, por que não sobre nações, raças e a
humanidade como um todo. Esta afirmação fundamenta-se na autoridade dos Registros
Zodiacais. (D. S. I, 709)
a. Há registros preservados através do Zodíaco desde eras incalculáveis. (D. S. I, 709)
b. A astronomia e a astrologia pertencem ao plano físico, e não ao espiritual. (D. S. I.,
667)
c. Somente os filósofos que estudaram astrologia..., sabiam que a última palavra sobre
essas ciências tinha que ser buscada nas forças ocultas que emanam das constelações. (D.
S. III, 214)
9. ...."Diante da eterna conformidade das divisões do Zodíaco e dos nomes dos
planetas aplicados, sempre e em todos os lugares, na mesma ordem, e diante da
impossibilidade de atribuir tal coisa ao acaso e coincidência..., temos que admitir a enorme
antiguidade do Zodíaco. (D. S. I, 711)
10. A astrologia cerimonial superior..., depende do conhecimento do Iniciado sobre as
Forças imateriais e Entidades espirituais que afetam e guiam a matéria. (D. S. III, 337)
11. ...."a nossa Terra foi criada ou formada por espíritos terrenos, sendo os Regentes
(os Espíritos dos sete planetas - AAB.) simplesmente os supervisores. Isto foi o primeiro
germe daquilo que mais tarde se tornou a Árvore da Astrologia e Astrolatria. (D. S. II, 26)
12. "Há sete grupos principais de Dhyan Chohans, que são os primeiros sete Raios...
331
Por isso há 7 planetas principais, as esferas onde habitam os 7 Espíritos, sob cada um dos
quais nascem os grupos humanos." (D. S. I, 626)
13. "Há somente 7 planetas especialmente conectados com a Terra e 12 casas, mas as
combinações de seus aspectos são inumeráveis. Como cada planeta pode formar com cada
um dos outros doze aspectos diferentes, suas combinações podem ser quase infinitas. (D. S.
I, 626)
14. Aquilo que é a Entidade sobrevivente em nós é, em parte, a emanação direta
dessas entidades celestiais e em parte, as próprias entidades. (D. S. I, 251)
15. A descida e a subida da mônada ou alma não podem ser desvinculadas dos signos
Zodiacais. (D. S. I, 730)
16. As cinco afirmações seguintes são básicas:
1. Cada um dos Sete Primordiais, os sete primeiros raios, que formam o Logos em
manifestação, é por sua vez, sétuplo.
2. Assim como as sete cores do espectro solar correspondem ao sete raios ou
Hierarquias, também cada uma delas é subdividida em sete.
3. Cada uma dessas Hierarquias proporciona a essência (a alma) e é a construtora de
um dos sete reinos da natureza - os três reinos elementais, o mineral, o vegetal, o
animal e o reino do homem espiritual.
4. Cada Hierarquia fornece a aura de um dos sete princípios do homem, com sua cor
específica.
5. Cada uma destas Hierarquias é regente de um dos planetas sagrados.
Assim nasceu a astrologia, tendo uma base estritamente científica. (D. S. III, 482)
17. Todos os grandes astrólogos têm admitido que o homem pode reagir contra a
influência das estrelas. (D. S. III, 339)
18. Este sistema não pode ser compreendido se a ação espiritual destes períodos ou
ciclos - pré-ordenados, por assim dizer, pela lei cármica - for separada de seu curso físico.
Os cálculos dos melhores astrólogos fracassariam, ou seriam imperfeitos, a não ser que esta
ação dual seja levada em consideração com total competência e domínio dentro destas
linhas, domínio este que só pode ser alcançado por meio da iniciação. (D. S. I, 703)
19. Os astrólogos modernos não dão as correspondências corretas dos dias, planetas e
cores.
20. Existe a astrologia branca e a negra... os resultados obtidos, bons ou maus, não
dependem dos princípios, que são os mesmos em ambos os casos; dependem, isso sim, do
próprio astrólogo. (D. S. III, 339)
Nota: D. S.I, secção XVI e D. S.III, secção XXXVIII tratam do Zodíaco, com referências
bíblicas ao Zodíaco, da astrologia e dos mistérios da Iniciação.
AS CONSTELAÇÕES
OS PLANETAS
I. 4. Mercúrio
5.Vênus
6.Marte
7.Lua (substituída por Urano)
8.Plutão
II. 9. Netuno
10. Terra
11. Ainda não descoberto
OS RAIOS E OS PLANETAS
Cada um dos sete planetas sagrados (entre os quais não se inclui Terra) é uma
expressão de uma das influências dos 7 raios. Mais diante, enumeraremos os planetas, e os
raios que atuam por meio deles serão dados com exatidão. Contudo, há três coisas que o
estudante deve lembrar:
1. Que cada planeta é a encarnação de uma Vida, Entidade ou Ser.
2. Que cada planeta, tal como um ser humano, é a expressão de duas forças de raio - o
da personalidade e o egóico.
3. Que, por conseguinte, dois raios estão em conflito esotérico em cada planeta.
Há que notar-se também, que enquanto não for revelado o mistério da constelação da
Ursa Maior, enquanto não compreendermos a influência das Plêiades e o verdadeiro
significado do triângulo cósmico formado
a.pelos 7 Rishis da Ursa Maior,
b.pelos 7 Logoi Planetários do nosso sistema solar,
c.pelas 7 Plêiades ou Irmãs,
o destino e verdadeira função dos 7 planetas sagrados permanecerão desconhecidos.
Dentro deste triângulo cósmico há muitos outros menores. Cada um dos 7 Rishis com um
dos nossos Logoi planetários e uma das 7 Irmãs pode formar triângulos subsidiários, e as
combinações são muitas e intrincadas.
339
Nota: Nos livros de ocultismo há muitas enumerações dos planetas, mas em sua
maioria são simplesmente "antolhos", além de se misturar deliberadamente os planetas
sagrados e não-sagrados. Nos livros do Tibetano há várias enumerações desse tipo, por
exemplo, as duas anteriormente apresentadas e a seguinte:
O Uno Resolvente
O Sol.
A primeira lista acima pode ser considerada como exata para este período mundial e
será a base para o nosso ensinamento astrológico. As Vidas que dão forma aos 7 planetas
sagrados são conhecidas pelos seguintes nomes:
1. Os 7 Logoi Planetários.
2. Os 7 Espíritos Diante do Trono.
3. Os 7 Kumaras.
4. As 7 Deidades Solares.
5. Os 7 Primordiais.
6. Os 7 Construtores.
7. Os sete Alentos Intelectuais.
8. Os 7 Manus.
9.As Chamas
10. Os Senhores do Amor, do Conhecimento e do Sacrifício.
AS PALAVRAS PARA OS SIGNOS DO ZODIACO
A partir do ângulo da alma. Ordem espiritual. Passagem correta através dos signos.
O Sistema Solar
Entidade em manifestação - O Logos Solar
Corpo de manifestação - o sistema solar
Centro receptor - polo do Sol central
Radiação ou emanação de superfície - prana solar
Movimento produzido - rotação sistêmica
Efeito distribuidor - radiação etérica solar (sentida cosmicamente)
O Planeta
Entidade em manifestação - um Logos planetário
Corpo de manifestação - um planeta
Centro receptor- um polo planetário
Radiação ou emanação de superfície - prana planetário
Movimento produzido - rotação planetária
Efeito distribuidor- radiação etérica planetária (sentida dentro do sistema).
341
O Ser Humano
Entidade em manifestação - o Pensador, um Dhyan Chohan
Corpo de manifestação - o corpo físico
Centro receptor - o baço
Radiação ou emanação de superfície - aura da saúde
Movimento produzido - rotação atômica
Efeito distribuidor - radiação etérica humana (sentida no meio ambiente).
1. "Os 7 Rishis são os regentes das 7 estrelas da Ursa Maior e portanto, da mesma
natureza que os Anjos dos Planetas ou os 7 grandes Espíritos planetários." (D. S. II, 332.
Nota)
2. "São os 7 Rishis aqueles que marcam o tempo e a duração do eventos em nosso
setenário ciclo de vida. São eles tão misteriosos quanto suas supostas esposas, as Plêiades."
(D. S. II, 579)
3. "As primeiras '7 estrelas' não são planetárias. São as estrelas regentes das 7
constelações que giram ao redor da Ursa Maior". (D. S. III, 197)
4. "No Egito, a constelação da Ursa Maior..., era chamada a Mãe das Revoluções, e o
Dragão de sete cabeças foi atribuído a Saturno, que era chamado o Dragão da Vida." (D. S.
III, 195)
5. "No Livro de Enoque, a Ursa Maior é chamada Leviatã." (D. S. III, 195)
6. "Nosso sistema solar forma, juntamente com as Plêiades e uma das estrelas da Ursa
Maior, um triângulo cósmico ou um agregado de três centros no Corpo d'Aquele sobre o
Qual Nada pode ser Dito... As 7 estrelas da Ursa Maior correspondem aos 7 centros da
cabeça desta Grande Entidade." (Fogo Cósmico, 182)
7. "As vibrações (energias) chegam ao nosso sistema solar vindas dos 7 Rishis da Ursa
Maior e principalmente dos dois que são os Protótipos do 7º e 5º Raios ou Logoi
planetários". (F. C., 553)
8. "Os Avatares Cósmicos 'representam a força personificada de Sirius e de uma das 7
estrelas da Ursa Maior que é animada pelo Protótipo do Senhor do 3º Raio, o 3º Logos
planetário' ." (F. C., 723)
9. Do ponto de vista do nosso planeta, o mal cósmico consiste na relação entre essa
Unidade espiritual, inteligente ou Rishi da Constelação Superior - a Vida que dá forma de
uma das 7 estrelas da Ursa Maior - nosso protótipo planetário e uma das forças das
Plêiades... É nesta relação, á qual atualmente falta um perfeito ajustamento, que reside o
mistério do mal cósmico... Quando o triângulo celeste estiver devidamente equilibrado, e a
força circular livremente através de uma das estrelas da Ursa Maior, da Plêiade em questão
e do esquema planetário envolvido, então o mal cósmico será anulado e atingida uma
relativa perfeição." (F. C., 990)
342
10. "Grandes ondas de energia provenientes das 7 estrelas da Ursa Maior varrem,
ciclicamente, todo o sistema solar. A força dessas vibrações depende da proximidade da
conexão e da exatidão do alinhamento entre qualquer um dos Homens Celestiais e Seu
Protótipo." (F. C., 1052)
1. "As Plêiades são as supostas esposas dos 7 Rishis da Ursa Maior. São também as
"amas de leite" do Deus da Guerra, Marte, o comandante dos exércitos celestiais." (II, 579)
2. "As Plêiades formam o grupo central do sistema da astronomia sideral.
a.Encontram-se no pescoço do Touro, a constelação de Touro.
b.Encontram-se, portanto, na Via Láctea.
c.São consideradas (especialmente Alcione) o ponto central ao redor do qual gira
o nosso universo de estrelas fixas." (II, 582)
3. "O número sete está intimamente relacionado com o significado oculto das
Plêiades, as seis presentes e a 7ª oculta." (II, 654)
4. "Em outra época, as Plêiades foram as Atlantes e estavam relacionadas com a
Atlântida e suas sete raças." (II, 811)
5. "Um dos ciclos mais esotéricos baseia-se em certas conjunções e nas respectivas
posições de Virgem e das Plêiades." (II, 454)
6. "As Plêiades são, para o sistema solar, a fonte de energia elétrica; assim como o Sol
é a corporificação do coração ou aspecto amor do Logos (sendo Ele próprio o coração
d'Aquele sobre o Qual Nada pode ser Dito), as Plêiades são o oposto feminino de Brahma."
(O 3º aspecto, p. 156)
7. "Nosso sistema solar, com as Plêiades e uma das estrelas da Ursa Maior, formam
um triângulo cósmico ou um agregado de centros no corpo d'Aquele sobre o Qual Nada
pode ser Dito." (182)
8. "Dois outros sistemas, quando aliados ao nosso sistema solar e às Plêiades, formam
um quaternário inferior." (182)
9. "O Sol, Sirius, é a fonte da mente logóica (manas), no mesmo sentido em que as
Plêiades estão vinculadas à evolução da mente nos 7 Homens Celestiais, e Vênus foi
responsável pela chegada da mente à Terra." (347)
10. "Sirius, as Plêiades e o nosso Sol formam um triângulo cósmico.” (375)
11. "As Plêiades estão negativamente polarizadas com nossos 7 esquemas." (377)
12. "Nossos 7 Logos planetários são transmissores, via Seus 7 esquemas, para as 7
estrelas das Plêiades." (378)
13. "Três constelações estão vinculadas ao quinto princípio logóico em sua tripla
manifestação: Sirius, duas das Plêiades, e uma pequena constelação cujo nome deve ser
determinado intuitivamente." (699)
14. "Três grandes ondas de energia derramam-se ciclicamente por todo sistema
343
solar... vindas das 7 Irmãs, as Plêiades, particularmente daquela que é ocultamente
chamada 'a esposa' do Logos planetário, cujo esquema receberá eventualmente as
sementes de vida do nosso planeta, que não é considerado um planeta sagrado." (1052)
15. "O mal cósmico..., consiste na relação existente entre aquela unidade espiritual
inteligente ou 'Rishi da Constelação Superior' - como é chamado Aquele que é a Vida que
dá forma a uma das 7 estrelas da Ursa Maior - nosso Protótipo planetário e uma das forças
das Plêiades... As 7 Irmãs são chamadas, ocultamente, 'as 7 esposas dos Rishis'." (990)
SIRIUS
Extratos de "A Doutrina Secreta "e "Tratado sobre o Fogo Cósmico"
1. "Sirius foi chamado 'Estrela do Cão'. Era a estrela de Mercúrio, ou Buda, chamado 'o
Grande Instrutor da Humanidade'." (D. S. II, 391)
2. "O sol, Sirius, é a fonte da mente logóica (manas), no mesmo sentido em que as
Plêiades estão vinculadas à evolução da mente dos 7 Homens Celestiais, e Vênus é
responsável pela chegada da mente à cadeia terrestre." (F. C., 347)
3. " Sirius, as Plêiades e o nosso Sol formam um triângulo cósmico." (375)
4. "Nosso sistema solar está negativamente polarizado em relação ao Sol Sirius, o qual
influencia psiquicamente todo sistema, via os três esquemas sintetizadores: Urano, Netuno
e Saturno." (378)
5. "Vibrações vindas de Sirius chegam a nós, via o plano cósmico mental." (553)
6. "Os Senhores do Carma de nosso sistema são regidos por um Senhor do Carma
maior de Sirius. Somos governados pelo Senhor do Carma de Sirius". (570)
7. "A consciência do plano mental cósmico é a meta a ser alcançada pelo nosso Logos
solar. O Logos de Sirius representa para o nosso Logos solar o mesmo que o Ego humano
(ou alma) é para a personalidade humana." (592)
8. "Três constelações estão vinculadas ao quinto princípio logóico, em sua tripla
manifestação: Sirius, duas das Plêiades, e uma pequena constelação cujo nome tem de ser
identificado intuitivamente." (699)
9. Os Avatares Cósmicos “...representam forças corporificadas dos seguintes centros
cósmicos: Sirius e aquela das 7 estrelas da Ursa Maior que é animada pelo Protótipo do
Senhor do 3º Raio, e o nosso próprio centro cósmico."
a. Somente uma vez um Ser de Sirius visitou nosso sistema: na época da
individualização.
b. Esses seres costumam aparecer somente na iniciação de um Logos solar. (723)
O PLANETA JÚPITER
Extratos de "A Doutrina Secreta"
O PLANETA MARTE
Extratos de "A Doutrina Secreta"
6. Há... "um triângulo formado pela Terra, Marte e Mercúrio. A analogia com este
triângulo reside no fato de que Mercúrio e o centro na base da coluna estão estreitamente
ligados." (181)
7. "Mercúrio, Marte e a Terra estão estreitamente ligados a esses três (Vênus, Júpiter
e Saturno)". (299)
O PLANETA MERCÚRIO
Extratos de “A Doutrina Secreta”
13."Vênus, Júpiter e Saturno podem ser considerados... como os veículos dos três
principias superiores. Mercúrio, a Terra e Marte estão intimamente vinculados a estes três;
porém, nisto esconde-se um mistério." (299)
14. "A segunda indicação que desejo fazer diz respeito ao triângulo formado pela
Terra, Marte e Mercúrio. Neste caso, a analogia reside no fato de que Mercúrio e o centro
na base da coluna no ser humano estão estreitamente ligados. Mercúrio demonstra
kundalini na atividade inteligente, enquanto que Marte demonstra kundalini latente.” (181)
15. "Na metade da quinta ronda, o Senhor de Mercúrio formará, com o Logos do
esquema de Vênus e o da nossa Terra, um temporário triângulo de força." (371)
1. "A lua é hoje o frio resíduo, a sombra arrastada por um novo corpo, para o qual seus
346
poderes viventes são transfundidos. Está condenada a perseguir a Terra, por muitas e
muitas eras; a ser atraída a Terra, por muitas e muitas eras; a ser atraída para ela e, por sua
vez, atrair sua progênie. Constantemente vampirizada por sua filha, vinga-se dela
encharcando-a com a nefanda, invisível e peçonhenta influência que emana do lado oculto
de sua natureza. Ela está morta, contudo é um corpo vivo. As partículas de seu cadáver em
decomposição estão repletas de vida ativa destrutiva, embora o corpo que elas um dia
formaram, esteja sem alma e sem vida." (I. 180)
2. "A Terra é um satélite da Lua." (I, 212)
(Isto é, assim como a alma, hoje, é o satélite da forma)
3."A Lua é o símbolo do mal." (I, 246)
4."A Lua não é um planeta sagrado." (II, 36)
5."A Lua é o rei dos planetas." (II, 401. Nota)
6."A Lua é o soberano do mundo vegetal." (II, 520)
7."A Lua é um corpo inferior." (II, 48)
8. "A Lua é a mente, e o Sol é a compreensão." (II, 675. Nota) (Citando
Shankaracharya)
9. "A Lua é um planeta morto do qual se retiraram todos os princípios. Substitui um
planeta que parece ter desaparecido da vista." (III, 459)
10. "A Lua está morta, e não pode conter vida porque a humanidade e os devas
construtores foram retirados de sua esfera de influência." (93)
11. "A Lua está em processo de desaparecer e dela resta somente um corpo em
decomposição. A vida do segundo e primeiro Logos foram retiradas, permanecendo apenas
a vida latente da própria matéria." (415)
12. "A Lua foi:
a.O lugar onde o sistema falhou.
b.Vinculada aos princípios inferiores.
c.A fonte dos infortúnios sexuais experimentados no nosso planeta.
d. Detida em sua evolução pela oportuna interferência do nosso Logos solar.
e. A origem da contenda entre as forças da luz e das trevas... a qual remonta a
lua." (985. Nota)
O PLANETA NETUNO
Extratos de "A Doutrina Secreta" e de "Um Tratado sobre o Fogo Cósmico"
1. "Netuno não pertence realmente ao nosso sistema, apesar de sua aparente conexão
com o Sol. A conexão é imaginária" (D. S. I, 129 Nota)
2. "Entre as orbes secretas ou Anjos estelares... Netuno não foi incluído." (D. S. I, 629)
3."Netuno é o Deus do raciocínio." (D. S. II, 840)
4."Sirius influencia psicologicamente o sistema solar inteiro, via os três esquemas
sintetizadores - Urano, Netuno e Saturno." (F. C., 378)
5. "Existe um peculiar grupo de Seres ligados a uma determinada constelação e o
347
Dragão menor que possuem seu habitat em Netuno e que trabalham com o sexto princípio
no sistema solar." (F. C., 534)
6. "A Lei do Sacrifício e da Morte é... de modo misterioso, o reverso da primeira Lei, a
da Vibração. É Vulcano e Netuno em oposição, o que por enquanto, é algo quase
incompreensível para nós. (F. C., 597)
7. "Homem algum começa a coordenar o seu veículo búdico até estar submetido à
influência de Netuno...
Quando isto acontece, o mapa de sua personalidade indicará a predominância desta
influência.” (F. C., 899)
8. "O esquema de Netuno governa um dos três caminhos de retorno, e eventualmente
reúne em si mesmo todos os egos que alcançaram a realização, principalmente manejando
a energia do 6º raio." (F. C., 899)
9. "Netuno -
a.Preside e torna possível a 2ª iniciação
b.É um dos principais planetas sintetizadores
c.É um planeta absorvente ou abstrativo
d.Está vinculado ao processo de aperfeiçoamento." (F. C., 899)
10. "Netuno é o depositário das 'chamas solares'." (F. C., 1154)
O PLANETA PLUTÃO
Extratos de "A Doutrina Secreta"
O PLANETA SATURNO
Extratos de “A Doutrina Secreta"e de "Um Tratado sobre o Fogo Cósmico"
1. "Saturno, o pai dos Deuses, foi transformado da duração eterna para um período
limitado." (D. S. I, 451)
2."Jeová foi identificado com Saturno e Vulcano." (D. S. I,632)
3."Eventualmente, Saturno foi vilipendiado por aqueles que adoravam outros Deuses."
(D. S. I, 631)
4. "Saturno estava vinculado á Lemúria." (D. S. II, 812)
5. "Segundo o ponto de vista dos tempos modernos, Vênus, Júpiter e Saturno podem
ser considerados como os veículos dos três princípios superiores. Mercúrio, a Terra e Marte
estão estreitamente ligados a esses três, porém nisto está oculto um mistério." (F. C., 299)
6. "Vênus, a Terra e Saturno formam presentemente um triângulo de grande interesse:
a.Está sendo vivificado.
b.Está fazendo aumentar a capacidade vibratória dos centros planetários e
individuais." (F. C., 181-182)
348
7. "Há algum tempo a atenção do Logos solar está voltada para a Terra e para Saturno,
enquanto Urano está sendo estimulado." (F. C., 357)
8. "O ocultismo precisa triunfar antes que a era atual alcance... o triplo setenário de
Saturno do ciclo da Europa ocidental - antes do fim do século XXI A. D." (D. S. III, 23)
9. "Saturno é um dos mais poderosos entre os sete Anjos criadores da terceira ordem,
o gênio que preside o planeta e o Deus dos hebreus... isto é, Jeová... a quem é dedicado o
sétimo dia ou Sabbath, Saturday ou Dia de Saturno." (D. S. III, 115)
10. "O sinal da vinda do Messias foi a conjunção de Júpiter e Saturno no signo de
Peixes." (D. S. III, 152)
11."Saturno foi chamado o Dragão da Vida". (D. S.III, 195)
12."Saturno, Shiva e Jeová são um só." (D. S. III, 195)
13. "Saturno é o esquema sintetizador para os quatro planetas que pura e
simplesmente personificam manas, e é a resolução para os quatro Inferiores e,
eventualmente, para todos Os Sete." (F. C., 370)
14. " Sirius influencia o Sistema Solar inteiro, via os três esquemas sintetizadores: Urano,
Netuno e Saturno." (F. C., 378)
15. "Saturno é o ponto focal para a transmissão da mente cósmica para todos os sete
esquemas planetários." (F. C., 378)
16. "O esquema de Saturno é considerado esotericamente como aquele que absorveu
'os fogos por fricção' do espaço solar." (F. C., 1154)
O PLANETA SOL
Extratos de "A Doutrina Secreta"
1. "O Sol é uma estrela central e não um planeta. (I, 126. Nota.) Portanto, quando é
incluído entre os planetas, como geralmente se faz, é simplesmente porque ele representa
ou vela um planeta oculto).
2. O Sol é meramente um daqueles sóis que... "são como girassóis seguindo uma luz
maior.' Ele "habita o veiculo de um Deus ou de uma hoste de Deuses, como milhares de
outros sóis." (I, 319)
3. "O Sol é o armazém da força vital que é o 'noumenon' da eletricidade." (I, 579)
4."O Sol não é um planeta sagrado." (II, 26)
5."O Sol... cresce, muda, desenvolve-se e evolui gradualmente." (I, 667)
6."O Sol é matéria, e o Sol é espírito." (I, 820)
7."O Sol é um imenso ímã." (I, 541)
8."A substância solar é imaterial." (I, 542)
9."O Sol (isto é, o Sistema Solar) tem Alcione, nas Plêiades, como centro de sua
órbita." (I, 545)
10. "O Logos com as sete hierarquias formam um Poder; assim, no mundo da forma, o
Sol e os sete planetas principais constituem um potência ativa." (II, 27)
11. "O Sol, a Lua e Mercúrio formaram a primitiva trindade dos egípcios (Osíris, Ísis e
Hermes)" (II, 640)
12. "Os 7 raios do Sol têm seu paralelo nos 7 mundos de todas as cadeias planetárias, e
nos 7 rios do céu e da erra." (II, 640)
349
13. "Os 7 raios do Sol expandir-se-ão, quando do pralaya final, em 7 sóis e absorverão o
material do universo inteiro." (II, 647)
14. "A Lua é a mente, e o Sol é a compreensão." (II, 675)
15. "A Trindade é simbolizada pelo Sol:
a.O sol central espiritual - Deus, o Pai
b.O coração do Sol - Deus, o Filho
c.O Sol físico - Deus, o Espírito Santo".
16. "É no Sol, mais do que em qualquer outro corpo celeste, no nosso sistema solar,
por exemplo, que o Poder desconhecido fez a sua morada." (III, 213)
17. "O Sol central espiritual é refletido pelo... Sol. "(III, 214)
18. "O Sol é uma das nove deidades que testemunham todas as ações humanas." (III,
271. Nota)
19. "O Sol era a imagem da inteligência divina ou sabedoria... A palavra 'sol' é derivada
de 'solus', o Uno ou Ele só, e o vocábulo grego 'Helios' significa o Altíssimo." (III, 279)
20. "O Sol visível é apenas a estrela central, mas não o Sol central espiritual." (III, 280)
21. "O Sol foi o luminar doador da vida e da morte." (III, 288)
22. "O Sol é o substituto do planeta inter-Mercurial invisível" (III, 459)
23. "A pura energia de inteligência solar emana da luminosa sede, ocupada pelo nosso
Sol, no centro dos céus, energia essa que é o Logos do nosso sistema." (II, 213)
24. Existe "o Sol da iniciação numa forma tríplice - dois são o 'Sol do Dia' e o outro é o
'Sol da Noite'." (III, 212)
25. "Todos os iniciados são 'sintetizadores da história do Sol', síntese essa que é, por si
só, um mistério dentro do mistério." (III, 140)
26. "O mistério do Sol é o mais grandioso de todos os inumeráveis mistérios do
ocultismo." (III, 212)
27. O Sol:
a."Costumava ser chamado 'o olho de Júpiter'." (III, 278)
b."Platão referia-se ao Logos-Júpiter, a Palavra ou Sol." (III, 279)
c."A verdadeira cor do Sol é o azul." (III, 461)
d."O Sol foi adotado como planeta pelos astrólogos pós cristãos que não haviam sido
iniciados." (II, 461)
28. "Este Ser, o mais elevado, o uno e o universal, foi simbolizado no plano dos mortais
pelo Sol, e seu esplendor que dá a vida sendo, por sua vez, o emblema da alma - que mata
as paixões terrenas que sempre têm constituído um empecilho á reunião do Ser
individualizado (o Espírito) com o Ser Total. Daí o mistério alegórico... estabelecido pelos
Filhos da Névoa Ígnea e da Luz." (III, 271)
O PLANETA URANO
Extratos de "A Doutrina Secreta" e de "Um Tratado sobre o Fogo Cósmico"
1. "Urano era conhecido pelos antigos sob outro nome." (D. S. I, 126)
2. "Cronos (o Tempo)... é representado mutilando Urano... O tempo absoluto foi
tornado finito e condicionado." (D. S. I, 450)
3. "Entre as três orbes secretas ou Anjos Estelares, Urano não estava incluído." (D. S. I,
350
629)
4. "Urano... personificou todos os poderes criativos e é sinônimo de Cronos." (D. S. II,
281-282)
5. "Os antigos desconheciam Urano e foram forçados a considerar o Sol como um
planeta... Urano é um nome moderno, porém uma coisa é certa: havia um planeta
misterioso cujo nome jamais era mencionado pelos antigos. Este sétimo planeta não era o
Sol, mas sim o oculto Hierofante divino." (F. C., 357)
6."Urano está sendo agora estimulado." (F. C., 357)
7."É um dos três planetas sintetizadores e Sirius influencia todo o sistema solar, via
Urano, Netuno e Saturno." (F. C., 378)
8. "Urano é o lar do 'fogo elétrico'." (F. C., 1154)
O PLANETA VÊNUS
Extratos de "A Doutrina Secreta" e de "Um Tratado sobre o Fogo Cósmico"
1. "Vênus... não possui satélite... , e é muito mais velho do que a Terra." (D. S. I, 180, D.
S. II, 35)
2. Vênus é "o pequeno sol no qual a orbe solar armazena suas luzes." (D. S. II, 27)
3. "A luz vem por intermédio de Vênus, que recebe um suprimento tríplice e dá um
terço à Terra.
a.Por isso, são chamadas 'Irmãs Gêmeas'.
b.O espírito da Terra está subordinado a Vênus." (D. S. II, 33)
4. "Entre todos os planetas, Vênus é o mais oculto, potente e misterioso.
a.Sua relação com a Terra é a mais destacada.
b.Preside a geração natural do homem.
c.É chamada 'o outro sol'.
d.É o protótipo espiritual da Terra". (D. S. II, 33-35)
5. "O Logos planetário de Vênus amava a Terra a tal ponto que nela Se encarnou e lhe
deu leis perfeitas, que foram desprezadas e rejeitadas." (D. S. II, 38)
6. "Cada pecado cometido na Terra é sentido em Vênus. Cada mudança em Vênus,
reflete-se na Terra." (D. S. II, 35)
7. "Vênus... é o portador da luz da Terra, tanto no sentido físico quanto místico." (D. S.
II, 36)
8. "É com o Regente de Vênus (o Logos planetário) que o misticismo ocultista tem que
lidar." (D. S. II, 36)
9. "Diz-se que a Humanidade (que surgiu na época lemuriana) está sob a influência
direta de Vênus." (D. S. II, 27)
10. "O sol Sirius é a fonte da mente Logóica (manas) no mesmo sentido em que as
Plêiades estão vinculadas à evolução da mente nos 7 Homens Celestiais, e Vênus é
responsável pela implantação da mente na cadeia terrestre." (F. C., 347)
11. "Existe um vínculo psíquico entre o Logos planetário de Vênus e o da Terra.
a.O esquema de Vênus é mais ativo do que o nosso.
b.Sua humanidade é mais avançada do que a nossa.
351
c.Sua radiação inclui o plano búdico, no que diz respeito à sua humanidade.
d.Por isso, através de estimulação, poderá abrir esse mesmo plano para a
humanidade da Terra." (F. C., 367)
12. "Vênus é o segundo ou o sexto esquema, dependendo de se contarmos os
esquemas de forma mística ou ocultista." (F. C., 595)
13. "Vênus é negativamente polarizada, por isso foi possível a misteriosa absorção,
pela Terra, da força venusiana... o elo cármico entre os dois Logoi planetários (um, em
encarnação positiva, e o outro, em encarnação negativa) causou uma aliança planetária. A
luz brilhou." (F. C., 323)
14. "O Senhor de Vênus:
a.Tem lugar no Quaternário Logóico.
b.Vênus está na quinta ronda, e portanto, mais avançada que os demais
planetas." (F. C., 300)
15. "No atual estágio de evolução nos centros sistêmicos (os planetas) Vênus, a Terra e
Saturno formam um triângulo de grande interesse.
a.Está sendo vivificado.
a.Está fazendo aumentar a capacidade vibratória dos centros planetários e
individuais." (F. C., 181)
16. "Vênus, Júpiter e Saturno podem ser considerados - do ponto de vista da época
atual - os veículos dos três princípios superiores. Mercúrio, a Terra e Marte estão
intimamente aliados a esses três, porém aqui reside um mistério oculto." (F. C., 299)
17. "No sistema humano, o olho direito corresponde a Buddhi e Mercúrio, e o
esquerdo, a manas e Vênus." (D. S. III, 447-458)
18. "Na metade da quinta ronda, o Logos de Mercúrio, o Logos de Vênus e o da Terra
formarão, temporariamente, um triângulo de força." (F. C., 371)
19. "Vênus e Júpiter estão estreitamente ligados à Terra e formam um triângulo
esotérico." (F. C., 370)
20. "Vênus, que se encontra na quinta ronda, já coordenou desenvolveu o principio da
mente, tendo sido sintetizados quatro aspectos mentais menores e fornecido ao aspecto
búdico um meio de expressão por intermédio do quinto principio: (F. C., 376)
21. Há três esquemas planetários...: nos quais manas se manifesta, e dois nos quais
Budi se está manifestando manasicamente. Destes dois um é Vênus." (F. C., 377)
22. "Vênus está na sua última ronda e está prestes a trazer o 4º reino à perfeição." (F.
C., 742)
O PLANETA VULCANO
Extratos da "Doutrina Secreta" e de "Um Tratado sobre o Fogo Cósmico"
353
PEIXES - O 12º SIGNO DO ZODIACO
Extratos de "A Doutrina Secreta"
VÊNUS
O estudante ocultista comum, que tenha refletido com cuidado sobre este
ensinamento, já terá captado e compreendido certos fatos. Estará ciente de que a junção
de Espírito-matéria-mente, ou manas, foi efetuada durante a 3ª raça-raiz, e que a família
humana se fez definitivamente presente na Terra a partir dessa data. Saberá que isto foi
provocado pela chegada, em Presença física, de certas grandes entidades, e já aprendeu
que essas Entidades vieram da Cadeia Venusiana; que Elas alcançaram a necessária junção;
que Elas assumiram o governo do planeta; que fundaram a Hierarquia oculta, e que -
embora algumas permaneçam na cadeia terrestre - as demais retornaram à Sua fonte de
origem. Isto, de muitas maneiras, resume a totalidade do conhecimento atual. Vamos
desenvolvê-lo um pouco, corrigir certas interpretações errôneas, e determinar um ou dois
fatos novos.
Primeiro, o estudante de ocultismo precisa ter em mente que:
a. Este advento sinalizou a tomada de um veículo físico pelo Logos Planetário, e foi
literalmente a vinda do Avatar.
b. Este advento foi provocado por um definido alinhamento sistêmico que envolveu:
o esquema venusiano do sistema.
a cadeia venusiana do esquema terrestre o globo venusiano da cadeia terrestre.
c. O Logos planetário não veio do esquema de Vênus, mas sim da cadeia venusiana .de
Seu próprio esquema, o esquema terrestre. Graças ao alinhamento sistêmico, a kundalini
logóica pode fluir através de um certo triângulo, dois pontos do qual eram Vênus e a Terra.
Isto acelerou a vibração, e permitiu ao Homem Celestial do nosso esquema receber uma
iniciação menor, e começar Sua preparação para uma iniciação maior.
Segundo, é preciso lembrar também que, ao considerarmos este assunto, é preciso
observá-lo não apenas no seu efeito sobre o nosso globo e a humanidade atual, mas
também sob o ângulo de sua importância para um Logos planetário e um Logos solar. Daí a
afirmação de que este evento resultou não só da iniciação menor recebida pelo Logos da
Terra como também no esquema de Vênus isso foi assinalado pela iniciação maior que o
Logos de Vênus recebeu na Sua 5ª cadeia. No que diz respeito a um Logos solar, seguiu-se a
estimulação de um de Seus centros e a progressão geométrica do fogo através do Triângulo
já mencionado.
Afirma-se que 104 kumaras vieram de Vênus para a Terra; literalmente foram 105, se
contarmos a Unidade sintetizadora, o próprio Senhor do Mundo. Permanecem ainda com
Ele, os 3 Budas de Atividade. Chama a atenção para o significado dual desse nome, "Buda
de Atividade", que expressa a realidade do fato que as Entidades na Sua etapa de evolução
são amor-sabedoria ativos e incorporam em Si mesmas os dois aspectos. Os três Budas de
Atividade correspondem às 3 pessoas da Trindade." (F. C., 386-387)
"O Logos planetário deste esquema é chamado 'o Primeiro Kumara' o Iniciador Único,
e afirma-se que veio de Vênus para este planeta, sendo Vênus 'o primário da Terra'. Isto
355
pede alguma elucidação, embora somente algumas alusões à verdade nos sejam
permitidas. Este fato é um dos mais misteriosos no desenvolvimento do nosso esquema, e
nele está oculto o segredo deste ciclo mundial. Não é fácil transmitir a verdade com
palavras que parecem velá-la e ocultá-la.
Talvez possamos dar uma pista indicando que há uma analogia entre a chegada
definitiva do Ego e o seu domínio em certos períodos na vida de um ser humano. Diz-se
que, aos 7 anos, o Ego "toma posse", e também na adolescência; aos 21, essa "posse"
torna-se mais firme. De novo, à medida que as vidas se sucedem, o Ego (em conexão com o
ser humano) aferra-se a seus veículos e os submete ao seu propósito cada vez mais
firmemente.
O mesmo procedimento é observado em relação ao Homem Celestial e Seu corpo de
manifestação, um esquema. É preciso lembrar que cada esquema tem 7 cadeias, cada
cadeia tem 7 globos, num total de 49 globos; por sua vez, cada globo é ocupado pela vida
do Logos durante o que chamamos 7 rondas, o que literalmente totaliza 343 encarnações,
ou renovados impulsos para manifestar-se. Devemos acrescentar a essas manifestações
principais, outras menores como as raças-raízes, as sub-raças, e ramificações das raças,
deparando-nos assim com tal complexidade que deixa tonto o estudante comum. A roda da
vida planetária faz girar em sua escala menor a roda da vida do pequeno peregrino
chamado homem; à medida que gira impele a vida do Logos planetário em evolução
sempre para novas formas e experiências, até que o fogo do Espírito incendeie todos os
fogos menores.
Como foi dito antes, cada Homem Celestial está vinculado a um de Seus Irmãos sob a
Lei da Atração Mútua, que se manifesta no plano físico, ainda de forma tão degradante
através da vida da unidade humana, aprisionada na forma física. Psiquicamente o vínculo é
de natureza diferente, e é este vínculo que liga o Logos planetário do esquema de Vênus ao
Logos do nosso esquema. Esta interação psíquica tem seus ciclos de fluxo e refluxo assim
como flui e reflui toda a força da vida. Na época lemuriana houve um período de íntima
interação que provocou a encarnação, no planeta físico, do Iniciador Único. Isto não teria
acontecido se o Logos planetário do esquema de Vênus não estivesse em posição de
vincular-se intimamente com o nosso." (F. C. 366-367)
"O Cosmos. Nosso sistema solar, com as Plêiades e uma das estrelas da Ursa Maior,
formam um triângulo cósmico, ou um agregado de três centros no Corpo d'Aquele sobre o
Qual nada pode ser dito. As 7 estrelas na constelação da Ursa Maior correspondem aos 7
centros no corpo daquele Ser, maior que o nosso Logos. Por outro lado, dois outros
sistemas, quando aliados com o sistema solar e as Plêiades, formam um quaternário
inferior que, no devido tempo, são sintetizados nos 7 centros da cabeça, da mesma forma
como o que ocorre no ser humano após a 4ª iniciação." (F. C., 182)
"Uma pista para a correta compreensão esconde-se nas palavras 'Vênus é o primário
da Terra'. Não é permitido dizer muito sobre o mistério de que "Vênus é o alter ego da
Terra", nem sequer é aconselhável; porém, podemos sugerir certas ideias que se
meditarem sobre elas podem resultar numa maior compreensão da beleza da síntese da
natureza, e da maravilhosa correlação de tudo que está em processo de evolução
Talvez compreendamos melhor se nos lembrarmos que, em sentido oculto, Vênus é
para a Terra o mesmo que o Eu superior é para o homem
356
A vinda dos Senhores da Chama à Terra foi toda feita segundo a lei, e não um feliz,
porém acidental acontecimento; foi um assunto planetário que tem sua correspondência
na conexão entre a unidade mental e o átomo manásico permanente. Assim, tal como o
antahkarana é construído pelo homem entre esses dois pontos, também no - sentido
planetário - é construído um canal, pela humanidade do nosso planeta, para o seu primário,
Vênus.
Em relação a estes dois planetas, é preciso lembrar que Vênus é um planeta sagrado,
enquanto a Terra não o é. Isto significa que certos planetas são para o Logos o mesmo que
os átomos permanentes são para o homem. Eles incorporam princípios. Certos planetas
servem, apenas temporariamente, de lar a esses princípios. Outros persistem durante todo
o mahamanvantara, Vênus é um desses." (F. C., 298)
"Será conveniente estendermo-nos um pouco sobre a conexão entre Vênus e a Terra,
que é insinuada em alguns livros ocultistas e ligeiramente abordada nesta obra. Declarei
que a interação entre os dois esquemas é grandemente devida à sua polaridade positiva e
negativa; destaquei que uma relação similar subjaz na relação entre as Plêiades e os 7
esquemas do nosso sistema solar, e também a relação entre Sírio e o próprio sistema. Isto,
portanto, traz em íntima interação três grandes sistemas que formam um triângulo
cósmico:
1. O sistema de Sirius.
2.O sistema das Plêiades.
3.O sistema que tem como ponto focal o nosso sol.
Dentro de nosso sistema existem vários destes triângulos, que variam em diferentes
etapas. De acordo com a relação existente entre eles, a força diferenciada dos diversos
esquemas pode passar de um esquema para outro, e assim, as unidades de vida que se
encontram nos diferentes raios ou correntes de força misturam-se temporariamente. Em
qualquer destes triângulos (cósmicos, sistêmicos, planetários e humanos), dois de seus
pontos representam as duas polaridades e o terceiro representa o ponto de equilíbrio, ou
síntese ou fusão. E preciso que isto seja lembrado ao estudarmos os centros macro e
microcósmicos, porque nisto está a explicação da diversidade na manifestação, nas formas
e na qualidade.
Podemos apresentar a seguir uma analogia que poderá esclarecer aqueles que
possuam olhos de ver.
O Esquema de Vênus, estando na 5ª Ronda, coordenou desenvolveu o 5º princípio de
manas, foram sintetizados os quatro aspecto manásicos menores, e o aspecto búdico
estava sendo provido de um meio de expressão através do 5º aspecto aperfeiçoado. Na 5ª
ronda, o nosso Homem Celestial terá alcançado um ponto de evolução análogo, e o 5º
princípio não mais será objeto de Sua atenção, no que concerne às unidades humanas." (F.
C., 375-376)
Assim como Vênus está negativamente polarizada em relação à Terra, também as 7
estrelas das Plêiades estão negativamente polarizadas em relação aos nossos 7 esquemas.
Cabe aqui uma pergunta bastante pertinente, relativa à polarização negativa de Vênus
e das Plêiades. Por que razão são consideradas negativas, se são elas as doadoras e não as
receptoras, pois ser negativo seguramente significa ser receptivo. De fato assim é, porém a
pergunta surge em nossa mente devido à falta de informação, e consequentemente, má
357
compreensão. Vênus realmente teve muito a ver com os estímulos que resultaram em
importantes eventos na Terra, via a cadeia venusiana de nosso esquema, porém o nosso
esquema, de forma misteriosa, deu mais do que recebeu, embora o que deu fosse de
natureza diferente. A chegada da influência venusiana à nossa cadeia e ao nosso planeta,
com a consequente estimulação de certos grupos da 4ª Hierarquia Criativa, a humana,
causou um evento paralelo, de magnitude ainda maior, no esquema de Vênus. Isto afetou a
6ª Hierarquia, uma das Hierarquias dévicas vivendo no esquema de Vênus.
Esta estimulação, emanou via a 6ª cadeia (ou a 2ª dependendo do ponto de vista) e
afetou a cadeia correspondente no esquema de Vênus. Vê-se a magnitude da diferença no
fato de que, no nosso caso, somente um globo foi afetado, enquanto que a influência do
nosso esquema sobre o venusiando foi tal que uma cadeia inteira foi estimulada. Isto foi
provocado pela polaridade positiva do Homem Celestial do esquema terrestre. (F. C., 377-
378)
A afirmação de que o grande Kumara, o Iniciador Único, chegou a este planeta vindo
de Vênus é verdadeira, no sentido em que ela exprime o fato de que Ele veio para este
planeta denso (o 4º) na 4ª cadeia do nosso esquema, chamada cadeia de 'Vênus' e que é a
2ª cadeia. Ele aqui chegou, via o 2º globo de nossa cadeia; Sua quase imperceptível vibração
foi sentida (ocultamente) na 2ª ronda, porém, somente na 3ª raça-raiz da 4ª ronda foi
possível Sua encarnação física e vinda como Avatar. Com grande reverência, podemos dizer
que as três primeiras rondas e as duas raças-raízes subsequentes nesta cadeia
correspondem ao período que antecede o nascimento; e que Sua chegada na 4ª ronda, com
o consequente despertar de manas nos seres humanos, tem sua analogia no despertar do
princípio da vida no feto aos quatro meses." (F. C., 371)
"Ofereço aqui dois indícios que devem merecer cuidadosa consideração. Em relação a
um dos Homens Celestiais (que não pode ser revelado ainda), temos um triângulo de força
formado pelos seguintes centros:
a.O centro de força do qual o Manu e Seu grupo são a expressão.
b.O centro do qual o Bodhisattva ou o Cristo e Seus seguidores são o ponto focal.
c. O centro do qual o Mahachohan e seus seguidores são os expoentes.
Estes três grupos formam os três centros de um grande triângulo - um triângulo que
não está ainda totalmente vivificado nesta etapa do desenvolvimento evolutivo.
Um outro triângulo relacionado ao nosso Logos planetário é aquele formado pelos 7
Kumaras - os quatro Kumaras exotéricos correspondendo aos quatro centros menores da
cabeça, e os três Kumaras esotéricos correspondendo aos três centros principais da cabeça.
O segundo indício que quero oferecer está no triângulo formado pela Terra, Marte e
Mercúrio. No que tange a este triângulo, a analogia reside no fato de Mercúrio e o centro
na base da coluna no ser humano estarem intimamente vinculados. Mercúrio demonstra
em kundalini atividade inteligente, enquanto Marte demonstra a kundalini latente. A
verdade permanece oculta em seus dois símbolos astrológicos. Quanto da transmutação e
da geometrização planetária, o segredo será revelado."
..."Assim como em relação ao nosso Logos planetário, os três planetas etéricos de
358
nossa cadeia - Terra, Mercúrio e Marte - formam um triângulo de excepcional importância,
também podemos dizer que no presente ponto de evolução dos centros logóicos, Vênus,
Terra e Saturno formam um triangulo bastante interessante. É um triângulo que está
presentemente sendo submetido à vivificação através da ação de kundalini, que
consequentemente está aumentando a capacidade vibratória dos centros, os quais estão
lentamente tornando-se quadrimendisionais. Por enquanto, não é permitido indicar outros
dos grandes triângulos..." (F.C., 180-182)
"Existe uma razão ocultista definida, segundo as Leis da Eletricidade, por trás do fato
conhecido que, ao ser apresentado ao Iniciador, o iniciado é acompanhado por dois
Mestres, um de cada lado. Os três formam um triângulo que torna o trabalho possível."
(F.C., 210)
..."Em todos estes triângulos (cósmicos, sistêmicos, planetários e humanos) dois
pontos do triângulo representam cada um, uma polaridade diferente, e o outro representa
o ponto de equilíbrio, de síntese ou de fusão." (F. C., 375)
"Outro fato a ser observado sobre estes grandes Seres é que, considerados em Seus
sete grupos, Eles formam:
a. Pontos focais para a força ou influência que emana de outros centros solares
ou esquemas.
b. As 7 divisões da Hierarquia oculta.
Eles existem, tal como o próprio Homem Celestial, em matéria etérica, e são,
literalmente, grandes Rondas ou centros de Fogo vivente, manásico e elétrico. Eles
vitalizam o corpo do Homem Celestial e mantém tudo unido como uma totalidade
objetivada. Eles formam um triângulo planetário dentro da cadeia, e cada um d'Eles vitaliza
um globo." (F. C., 388)
1. "São necessários dois princípios vinculadores. Isto exige o Fogo espiritual vivente do
princípio médio que parte do quinto e terceiro estados do Pleroma. Este Fogo é
propriedade dos Triângulos." (F. C., 681)
2. "Assim como no caso do homem, certos triângulos encontram-se em diferentes
etapas de evolução ou, em outras palavras, diferentes centros se tornam geometricamente
ligados, como, por exemplo:
a.Base da coluna dorsal,
b.Plexo solar,
c.Coração;
ou
d.Plexo solar,
e.Coração,
f.Garganta;
assim, algo semelhante ocorre no caso do Homem Celestial. Isto aconteceu nesta ronda em
relação ao centro que nosso Logos planetário incorpora. Ele vinculou-se geometricamente a
dois outros centros, sendo Vênus um deles, e a kundalini logóica - circulando através deste
Triângulo com tremenda força - provoca a intensificação da vibração na família humana que
resultou na individualização." (F. C., 368-369)
"Darei aqui uma indicação para aqueles que têm o poder de ver Três constelações
estão vinculadas com o quinto princípio Logóico, em sua tripla manifestação: Sirius, duas
359
das Plêiades, e uma pequena constelação cujo nome deve ser intuído pelo estudante. As
três governam a apropriação, pelo Logos, do Seu corpo denso. Quando o último pralay
terminou, e fora coordenado o corpo etérico, de acordo com a lei, formou se nos Céus um
triângulo que permitiu o fluir da força, fazendo vibrar o quinto plano sistêmico. Este
triângulo ainda perdura, e é a causa da contínuo emanação da força manásica; está ligado
às espirilas da unidade mental logóica e, enquanto Sua Vontade-de-ser persistir, a energia
continuará a fluir. Na 5ª ronda, atingirá o seu ápice." (F. C., 699)
"O coração do Sol e sua relação com o corpo mental superior e inferior, produz
aquela peculiar manifestação a que chamamos corpo causal. Em relação a isto é
preciso lembrar que a força que flui do coração do Sol trabalha por meio de um
triângulo formado pelo esquema venusiano, a Terra e o Sol.
De acordo com a lei, era de esperar-se que fosse formado outro triângulo,
envolvendo dois planetas. Os triângulos variam segundo o esquema envolvido."
(F. C., 664)
"É preciso reconhecer um outro triângulo dentro do nosso esquema, das cadeias
chamadas da Terra, de Vênus e de Mercúrio, porém este triângulo concerne totalmente aos
centros do Logos planetário de nosso esquema. Devemos destacar que, na próxima ronda,
uma formação sistêmica colocará três esquemas - da Terra, de Marte e de Mercúrio - numa
tal relação entre um e outro que propiciará os seguintes resultados:
1. Formar-se-á um triângulo sistêmico. (F. C., 390)
"Devemos lembrar que três dos planetas sagrados são o lar dos três Raios principais,
as formas personificadas dos três aspectos ou princípios logóicos. Outros planetas
personificam os quatro raios menores. Podemos considerar - do ponto de vista do tempo
atual - que Vênus, Júpiter e Saturno são, hoje, os veículos dos três princípios superiores
Mercúrio, a Terra e Marte estão intimamente aliados a estes três, porém há, aqui oculto,
um mistério. A evolução da ronda interna tem estreita conexão com este problema. Talvez
possamos lançar alguma luz sobre este obscuro assunto, se compreendermos que assim
como o Logos tem (nos planetas não-sagrados) a correspondência aos átomos permanentes
no ser humano, assim também a evolução intermediária que se processa entre estes dois
(Deus e o homem) é o Homem Celestial, cujo corpo é composto de mônadas humanas e
dévicas, e que tem igualmente Seus átomos permanentes. Os três princípios superiores
sempre se distinguem, pela sua importância, dos quatro inferiores." (F. C., 299)
"Aqueles que trabalham nos esquemas de Urano, Netuno e Saturno, atuam de modo
um pouco diferente daqueles que estão funcionando nos esquemas de Vênus, Vulcano,
Marte, Mercúrio, Júpiter, Terra e do esquema exotérico de Saturno, assim como os
Manasadevas da ronda interna. É preciso notar que, mais uma vez, temos aqui uma
triplicidade de grupos, representando a triplicidade da força (reflitam sobre esta ideia). Na
lista central de esquemas, o grupo do meio superior e o do meio dominam, porque estes
planetas são os mais ocultos e sagrados em manifestação, e ocupam-se somente dos egos
que estão no Caminho, e portanto, estão grupalmente ativos. No que toca a Urano, Netuno
e Saturno, isto é de se esperar, uma vez que eles são esquemas planetários sintetizadores,
e oferecem condições somente adequadas às etapas muito avançadas. Eles são os planetas
'da colheita'. " (F. C., 777)
"Os planetas Vênus e Júpiter estão muito intimamente ligados à Terra, e formam,
360
eventualmente, um triângulo esotérico." (F. C., 370)
Cada um dos planetas - dos quais apenas sete são chamados sagrados - sejam eles
conhecidos ou não, constitui um setenário, tal como a cadeia à qual pertence a Terra..." (D.
S. I, 176)
362