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SÃO PAULO
2017
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
SÃO PAULO
2017
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________
Profª Drª Ana Maria Di Grado Hessel
Universidade Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC)
133 p.
Inclui bibliografia
CDD 370.1
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
RESUMEN
PP – Projeto Pedagógico
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14
2.2 – Descrição e discussão dos tecidos: das DCN´s do curso de Pedagogia, o Projeto
Político do Curso, os professores universitários na trama do Pensamento Complexo .... 70
Categoria 2 – Aproximações............................................................................................ 75
Categoria 3 – Atuação...................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 84
INTRODUÇÃO
Fonte: http://photos1.blogger.com
metaforizada foi o pente com o papel do professor, pois ele possui duas funções no tear
manual: a primeira de levantar e abaixar os fios de forma alternada da urdidura, a segunda
possibilita a abertura da cala, e logo em seguida a passagem da trama.
Partindo das relações abordadas, o trabalho está estruturado em três capítulos, nos
quais são apresentados os aspectos principais da pesquisa. O primeiro capítulo faz uma
tessitura das concepções da complexidade, por meio de vários autores: D´Ambrosio
(1997), Morin (1921; 2008; 2010; 2011; 2013; 2015), Nicolescu (1999), Moraes (2012;
2015; 2010) e Petraglia (2013; 2010).
O segundo capítulo foi urdido em uma leitura das Diretrizes Curriculares Nacionais
do curso de Pedagogia à luz do pensamento complexo. Realizamos uma tessitura do breve
histórico da Pedagogia no Brasil, bem como, abordamos a teoria de currículo e
entrelaçamos com o pensamento complexo, utilizando os operadores cognitivos dialógico,
circularidade (recursivo), hologramático e Objeto-sujeito.
Por fim, o terceiro capítulo é a lançadeira das tramas e das urdiduras que os
professores realizam acercam das DCNs do curso de Pedagogia no processo de atuação em
sala de aula. Este capítulo apresenta o processo metodológico e a análise de conteúdo das
entrevistas realizadas com os professores universitários de uma instituição da Zona Leste
de São Paulo e as possíveis contribuições para realização de futuras pesquisas. Por fim,
apresento os resultados obtidos baseados na discussão da análise de conteúdo, objetivando
responder o problema de pesquisa apresentado na introdução.
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complexidade mesmo não me vinha à mente, foi preciso que ela chegasse
a mim, no final dos anos 60, através da teoria da informação, da
cibernética, da teoria dos sistemas, do conceito de auto-organização, para
que emergisse sob minha pena, ou, melhor, sobre meu teclado. Ela então
se desvinculou do sentido comum (complicação, confusão) para trazer em
si a ordem, a desordem e a organização, e no seio da organização o uno e
os múltiplos; estas noções influenciaram umas às outras, de modo ao
mesmo tempo complementar e antagônico; colocaram-se em interação e
em constelação. (MORIN, 2011, p. 07)
substitui a causalidade linear pela curva casual” (PETRAGLIA, 2013, p. 19) e, por último
a teoria dos sistemas, quando afirma que “o todo é mais que a soma das partes, indicando
a existência de qualidades emergentes que surgem da organização do todo e podem
retroagir sobre as partes” (PETRAGLIA, 2013, p. 20, grifo do autor ).
Essas questões conceituais das diferentes áreas contribuíram para o estudo do
pensamento complexo, logo ultrapassando a ideia de um paradoxo simples versus
complicação. Nesse sentido, o pensamento complexo “visa a juntar coisas, pessoas e
situações, para que de sua interação surjam ideias novas. Mas procura fazer isso sem perda
da condição de individualidade, da singularidade de cada coisa e situação” (MARIOTTI,
2010, p. 91).
Notamos que o pensamento complexo nos ensina a lidar com “uma nova visão de
mundo, que aceita e procura entender as mudanças constantes do real e não pretende negar
a contradição, a multiplicidade, a aleatoriedade e a incerteza, e sim viver com elas”
(MARIOTTI, 2000, p. 88). Assim, conseguiríamos aprender a conviver, pois o “viver é
enfrentar incessantemente a incerteza, inclusive diante da única certeza, que é nossa morte,
do qual não conhecemos a data” (MORIN, 2015, p. 25-26).
Nesse viés, o autor promove a reflexão sobre o conhecimento e a nossa visão do
mundo. Esse olhar pela lente do pensamento complexo nos conduz a situações reflexivas
dos nossos problemas essenciais em nossa vida. A complexidade permite religar,
contextualizar a nossa visão sobre a própria vida cotidiana, nos aspectos do conviver com a
capacidade de lidar com incertezas e contradições.
Desse modo, “a complexidade não é um conceito teórico e sim um fato da vida.
Corresponde à multiplicidade, ao entrelaçamento e à contínua interação da infinidade de
sistemas e fenômenos que compõem o mundo natural” (MORIN, 2011, p. 87). Para ele, a
ideia de complexidade é mais concreta do que simplesmente uma teoria, trata-se do nosso
cotidiano, porque ela se expõe nas inúmeras situações que precisamos lidar com as
contradições e com as interações variadas que o mundo natural nos apresenta. Esse mundo
natural é composto por várias situações que Mariotti (2010), nos apresenta, que
complexidade situa-se num ponto de partida para uma ação mais rica,
menos mutiladora. Acredito profundamente que quanto menos um
pensamento for mutilador, menos ele mutilará os humanos. É preciso
lembrar-se dos estragos que os pontos de vista simplificadores têm feito,
não apenas no mundo intelectual, mas na vida. Milhões de seres sofrem o
resultado dos efeitos do pensamento fragmentado. (MORIN, 2011, p. 83)
Portanto, precisamos considerar “alguns princípios que podem nos ajudar a pensar a
complexidade do real” (MORIN, 2011, p. 72). São operadores cognitivos: dialógico,
recursivo ou circularidade, hologramático, autoprodução/auto-organização e a integração
de sujeito-objeto.
Para Morin (2011) existem três princípios que auxiliam a pensar a complexidade:
dialógico, recursivo ou hologramático. A nomenclatura de operadores cognitivos carrega a
ideia de cognição e de conhecimento. Segundo Mariotti (2010) “a cognição é o ato de
adquirir conhecimento. O conhecimento é o resultado da cognição” (MARIOTTI, 2010, p.
137). Os operadores cognitivos estabelecem, “o diálogo entre o pensamento linear e
sistêmico, isto é, facilita a religação dos conhecimentos oriundos desses dois modos de
pensar. Por isso, chamamos de operadores de religação” (MARIOTTI, 2010, p. 137).
Enfatizamos que estes princípios cognitivos ou operadores de religação do pensamento
complexo são “instrumentos, ou categorias do pensamento, que nos ajudam a pensar e a
compreender a complexidade e a coloca-la em prática. São princípios-guia constitutivos de
um pensar complexo” (MORAES, 2015, p. 52).
Mariotti (2010) esclarece que os operadores cognitivos da complexidade não são
caracterizados no sentido mais ou menos que os outros e nem isolados dos outros. Eles
estão conectados, ultrapassam as fronteiras a partir das suas próprias estruturas, por isso,
são “instrumentos de articulação, que nos ajudam a sair da linearidade habitual e
enriquecem nossa capacidade de encontrar soluções, desenhar cenários e tomar decisões”
(MARIOTTI, 2010, p. 139). Ele restringe em princípios gerais, que são: dialógico,
recursivo (retroativo/circularidade), hologramático, a autoprodução/auto-organização e a
integração sujeito-objeto.
O primeiro princípio, dialógico, não deve ser confundido com o pensamento
dialético de Hegel. Para o Mariotti, o pensamento hegeliano baseia-se na concepção de que
ocorre o mesmo com o ciclo trópico da ecologia que permite que os seres
vivos se alimentam da morte do outro. Os animais mortos fazem o festim
de insetos necrófagos e de outros minúsculos animais, sem contar os
unicelulares e seus sais minerais que são absorvidos pelas plantas. Ou
seja, a vida e a morte são o reverso uma da outra. (MORIN, 2010, p.
115).
Vale destacar que este antagonismo da citação anterior sobre morte e vida é um
pensamento que “nos permite manter a dualidade no seio da unidade. Ele associa dois
termos ao mesmo tempo complementares e antagônicos” (MORIN, 2011, p. 74). Do
mesmo modo que o oxigênio permite o desenvolvimento da vida, simultaneamente ele gera
o processo de oxidação, logo a morte, que, em seguida, alimenta outros seres, permitindo a
continuidade da vida.
Petraglia (2013) concorda com o pensamento moriniano, de que o princípio
dialógico “consiste em manter a unidade de noções antagônicas, ou seja, unir o que
aparentemente deveria estar separado, o que é indissociável, com o objetivo de criar
processos organizadores e, portanto, complexos” (PETRAGLIA, 2013, p. 21).
Mariotti (2000) também defende que o operador dialógico trata de “sistemas
paradoxais, simultaneamente abertos e fechados – e essa condição só pode ser
compreendida por meio do operador dialógico” (MARIOTTI, 2000, p. 96). Esta relação
paradoxal do pensamento complexo, na simultaneidade de que vivenciamos, é ilustrada
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pelo autor através de grandes petroleiros, que por meio de muitos estudos e pesquisas,
trazem o progresso, mas com ele também a possibilidade de acidentes, causados pelo
rompimento de seus tanques. Portanto, “ao lado do progresso, soluções e ordem, os
petroleiros também transportam o retrocesso, problemas e desordem” (MARIOTTI, 2010,
p. 152).
Assim, é imprescindível compreender que vivemos rodeados de paradoxos que
vivem e convivem simultaneamente, pois
o que é produzido volta-se sobre o que o produz num ciclo ele mesmo
autoconstitutivo, auto-organizador e autoprodutor. (MORIN, 2011 p, 74).
E prossegue
Para o autor, a própria vida representa este processo de recursividade que se auto-
regula, já que “nossas vidas dependem desse processo permanente de regeneração (a
respiração conduz o oxigênio que o coração veicula pelo sangue nas células que ele
desintoxica incessantemente)” (MORIN, 2015, p. 113). Petraglia (2010) também classifica
o princípio recursivo como o
(2010) reafirma constantemente, não existem fenômenos com uma única causa no mundo
natural nem no cultural, pois as relações entre seres vivos sempre serão sempre circulares,
apesar de parecerem lineares, elas não o são, porque os efeitos retroagem sempre às causas
e as retroalimentam.
O terceiro princípio é hologramático, que,
O todo está na parte que está no todo, como o próprio ser humano que é um
indivíduo (a parte), entretanto a sociedade está em seu interior, porque este mesmo
indivíduo reflete a cultura, a linguagem e normas sociais, pois, neste sentido, reflete no
mundo biológico e no sociológico, como indica Morin (2011). O autor exemplifica a
totalidade como o princípio hologramático, que “quase a totalidade do patrimônio genético
está presente em cada célula do ser vivo” (MORIN, 2015, p. 22). Morin (2000) explica a
visão da globalidade e da totalidade que é o próprio princípio hologramático, porque “cada
célula contém a totalidade do patrimônio genético de um organismo policelular; a
sociedade, como um todo, está presente em cada indivíduo, na sua linguagem, em seu
saber, em suas obrigações e em suas normas.” (MORIN, 2000, p. 35)
Desse modo, as células do organismo são um exemplo de totalidade, o DNA
contém todas as informações do todo e a própria célula é a parte. Cada célula contém a
totalidade do patrimônio genético de um organismo policelular. Assim, a sociedade, como
um todo, está presente em cada indivíduo, na sua linguagem, em seu saber, em suas
obrigações e em suas normas. O pensamento hologramático compreende que,
vista disso, é possível dizer que os seres vivos são autônomos, mas não
independentes. De modo paradoxal, são ao mesmo tempo autônomos e
dependentes. (MARIOTTI, 2010, p. 145)
Portanto, toda estrutura de seres vivos possui sua autonomia, mas se dependente do
meio ambiente em que vive neste processo de autorregulação.
Por fim, temos o operador cognitivo denominado a interação sujeito-objeto. Com o
princípio hologramático aprendemos que tudo está ligado a tudo, pois “a percepção é um
fenômeno que acontece na estrutura dos organismos vivos. O mundo externo é ao mesmo
para todos nós, mas o universo interno difere de indivíduos para indivíduos” (MARIOTTI,
2010, p. 158). Os seres humanos possuem características biológicas de funcionamento
iguais, mas as interpretações que cada indivíduo realiza sobre o mundo são particulares de
cada um. Este último princípio contradiz o pensamento linear de que o sujeito está
separado do objeto. Como elucida Mariotti:
o observador não está separado daquilo que observa, embora possa estar
fisicamente distante. A atitude objetiva é possível. O que não é possível é
eliminar a subjetividade e a participação do observador nos fenômenos
que ele observar. Portanto, não podemos viver no mundo como se não
fazemos parte dele. Pelo fato de estarmos todos no mesmo mundo somos
ao mesmo tempo sujeitos e objetos, percebedores e percebidos.
(MARIOTTI, 2010, p. 159)
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Este capítulo recebeu a nomenclatura de urdidura, que significa: “1. Ato ou efeito
de urdir. 2. Os conjuntos de fios dispostos no tear, e por entre os quais passam os fios da
trama” (FERREIRA, 2008, p. 802). Sobretudo, a urdidura possui o significado de uma
trama que vai sendo construída ao longo do tempo da ação do homem. O fio da urdidura
está presente em quase todos os ambientes, acompanha o ser humano desde nascimento até
a morte. O urdimento é o fio da trama e da urdidura que são entrelaçados e formam o
tecido. Partindo deste cenário, metaforicamente, estabelecemos que os fios da urdidura são
as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Pedagogia, que permitem o
desenvolvimento e a estrutura do curso universitário.
Assim, vamos urdindo os vários fios da legislação que são as DCNs do curso de
Pedagogia à luz do pensamento complexo, apoiado nos operadores cognitivos. Desse
modo, a análise das DCNs com os operadores cognitivos, lembrando que Mariotti, afirma
que os operadores cognitivos não “devem ser imaginados como isolados uns dos outros.
Também não se deve pensar que qualquer um deles é mais ou menos eficiente que os
demais.” (MARIOTTI, 2000, p. 89).
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Podemos considerar que os incisos II, III, IV e VII relacionam-se com operador
cognitivo hologramático do Pensamento Complexo de Morin. Fazemos parte de um
sistema complexo que é tecido em seus conjuntos, o desenvolvimento humano são etapas:
biológicas, afetivas e sociais, pois são partes, mas que não podem ser desconectadas do
todo. O futuro educador lidará com a relação de não separar o objeto do ser, mas
compreender suas relações do desenvolvimento cognitivo do educando e trabalhar com o
conhecimento de forma significativa.
O terceiro bloco tem como destaque o inciso VIII, que recomenda “promover e
facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade”
(BRASIL, 2006). É um grande desafio para o futuro pedagogo estabelecer relações entre o
aluno e a comunidade escolar. A instituição escolar exerce um papel importante nas
relações entre a família e a comunidade. Segundo o pensamento complexo, esta relação
permite “viver por meio das próprias experiências, primeiro com a ajuda dos pais, depois
dos professores, mas também por meio dos livros, da poesia, dos encontros” (MORIN,
2015, p. 15).
Interpretamos o quarto bloco sobre a gestão, que é tratada nos seguintes incisos do
Art.05:
O quarto e último bloco selecionado do Art. 5º traz o inciso XIV, em que se louva
a importância do futuro pedagogo sobre ensino e aprendizado de forma a construir ou
proporcionar conhecimentos sobre os “alunos e alunas e a realidade sociocultural em que
estes desenvolvem suas experiências não escolares; sobre processos de ensinar e de
aprender” (BRASIL, 2006). Abrindo-se ainda a possibilidade dos futuros pedagogos
atuarem em trabalhos e práticas educativas em ambientes como organizações não
governamentais. Quanto ao inciso XV, este complementa o inciso anterior, porque permite
ao futuro pedagogo “utilizar, com propriedade, instrumentos próprios para construção de
conhecimentos pedagógicos e científicos” (BRASIL, 2006). Igualmente, espera-se, “que
estes profissionais desenvolvam uma visão integradora, buscando articular e religar os
conhecimentos, bem como contextualizar os processos de produção dos conhecimentos”
(SANTOS, SUANNO e SUANNO, 2013, p. 45).
Entendemos que os incisos XIV e XV podem ser relacionados com o operador
cognitivo sujeito-objeto, porque o futuro pedagogo faz parte daquilo que observa. O sujeito
(observador) não está separado do objeto (observado), pois o processo de ensino e
aprendizado dependerá da atuação do professor em articular mecanismos com a realidade
dos alunos e com os conhecimentos, de forma que possibilite não apenas uma relação entre
professor, aluno e objeto, mas religar os conhecimentos entre observador e o observado de
forma integradora.
Quanto à estrutura do curso de Pedagogia, o Art. 6º das DCNs apresenta três
núcleos: o primeiro sobre estudos básicos; o segundo, aprofundamento e diversificação de
estudos e o terceiro núcleo de estudos integradores. Os três núcleos permitem a cada
Instituição de Educação Superior (IES), construir o seu Projeto Pedagógico (PP) de acordo
com suas condições institucionais e regionais.
Estes núcleos são apresentados no Parecer CNE/CP n.º 5/2005 e se mantiveram na
integra das DCNs do curso de Pedagogia na Resolução Nº 1 do CNE/CP 2006. Entretanto,
o Parecer CNE/CP n.º 5/2005 apresenta a dinamicidade do projeto pedagógico do curso de
Pedagogia que,
Nesse sentido, Cruz (2011) argumenta que a relação entre teoria e prática está
presente nas DCNs, pois se encontra
Cruz (2011) utiliza a terminologia de três aglutinadores dos estudos, mas sintetiza
as funções de cada núcleo: o primeiro é interpretado para formação teórico-prática, o
segundo seria direcionado às áreas de atuação profissional priorizadas pelo Projeto
Pedagógico das IES e o último seria voltado ao enriquecimento curricular. Assim sendo,
estes núcleos permitem o desenvolvimento do projeto politico pedagógico que
Também Aguiar e Melo (2005) propõem uma conexão integradora desses núcleos
no decorrer da formação, pois a função dos núcleos do Art. 6º é
Este imperativo nas citações de Aguiar e Melo (2005), sobre o Art. 6º, permite
refletir sobre as possibilidades e oportunidades de cada instituição em construir a própria
matriz curricular. Dessa maneira, à luz do pensamento complexo de Morin, podemos
argumentar que os núcleos de estudos básicos, de aprofundamento e integradores são
possibilidades para lidar com os saberes científicos da universidade, já que é paradoxal a
“dupla função da Universidade: adaptar-se a modernidade científica e integrá-la; responder
às necessidades fundamentais de formação, mas também, e sobretudo, fornecer um ensino
metaprofissional, metatécnica, isto é, uma cultura.” (MORIN, 2010, p. 82).
modo, o estágio proporcionar atos reflexivos das certezas que construímos como sujeitos e
o objeto educacional.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Pedagogia representam um marco
na organização do currículo, pois determinou um direcionamento da função do curso, bem
como, o processo de identidade do pedagogo, que passou ser a docência, a base comum
nacional da formação do pedagogo.
Neste viés, as DCNs especificam o foco da docência e os conhecimentos que
permitiram um suporte de formação do pedagogo. Elas apresentam a organização dos
conhecimentos teóricos e práticos de forma indissociável e integrada, estabelecendo a
relação entre a teoria e a prática.
Este documento possibilitou o fortalecimento da formação docente na Educação
Básica, mas criou uma crise de identidade ampliada de atuação em outras áreas, além da
educação formal, gerando um acúmulo de funções a serem atendidas. Contudo, na
perspectiva do pensamento complexo, o ato educativo é uma responsabilidade pessoal e
social, pois as DCNs são forças que permitem refletir, pensar e compreender as realidades,
estabelecendo ligações entre objetos, fatos, dados que aparentemente não tem conexões
entre si. O futuro pedagogo passa a ter a possibilidade de compreender como as coisas
podem influenciar umas às outras e que de determinadas situações podem emergir ideias
novas.
Logo, o Projeto Pedagógico não tem a pretensão de engessar todo o processo, pelo
contrário:
instrumento de ação política [que] deve estar sintonizado com uma nova
visão de mundo, expressa no paradigma emergente de ciência e de
educação, a fim de garantir uma formação global e crítica para os
envolvidos nesse processo, como forma de capacitá-los para o exercício
da cidadania, a formação profissional e o pleno desenvolvimento pessoal.
Veiga (2004, p. 16)
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é (ou deve ser) um processo rigoroso e lógico por meio do qual se atribui
sentidos aos dados. Por meio da análise, podemos avançar de uma
descrição inicial dos dados, parar por um processo de desmembrá-lo em
partes menores e ver como estas se conectam em conceitos novos,
fornecendo a base para uma descrição renovada. (GRAY, 2012, p. 399)
Assim sendo, a razão que me levou a adotar a abordagem de análise de conteúdo foi
o caráter de um estudo mais dedutivo. Usando o processo dedutivo na análise de conteúdo
e tendo em vista a amplitude da temática, envolvendo quatro grandes áreas: as Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de Pedagogia, o Projeto Pedagógico e uma entrevista com
os professores universitários do curso de Pedagogia na perspectiva do pensamento
complexo com os operadores cognitivos.
A pesquisa foi realizada numa Instituição de Educação Superior (IES), localizada
na Zona Leste de São Paulo, no bairro Santa Bárbara. Desde 1974, em atuação com a
Educação Infantil, ampliou suas instalações em 1976 com atividades educacionais do
Ensino Fundamental I, ensino de 1ª a 4ª série da época. Em 1979, iniciou o Ensino
Fundamental II correspondendo à antiga 5ª a 8ª série e o Ensino Médio em 1989. Outra
modalidade que a instituição programou em 1993, foram os cursos técnicos em
Processamento de Dados (técnico em informática), Administração, Patologia Clínica (hoje
Biodiagnóstico), Dança, Magistério, Turismo e Contabilidade.
No ano de 2000, foi implantado o curso de Pedagogia, depois comportando o total
de sete cursos, sendo dois bacharelados (Administração e Sistemas de Informação) e
quatro licenciaturas (Geografia, História, Letras e Matemática). O curso de Pedagogia
atualmente conta com vinte e nove docentes, sendo cinco doutores, dez mestres e catorze
especialistas. Quanto ao regime de trabalho são vinte e nove professores em período
parcial e uma professora integralmente. Além disso, o curso de Pedagogia está organizado
em oito semestres, totalizando quatro anos.
O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Pedagogia (PP) em estudo, o
Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
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Desse modo, o curso desta IES selecionada apresenta uma formação geral como
indicado nas DCNs de Pedagogia, na Resolução Nº 1 do CNE/CP de 15 de maio de 2006
no Art. 2º “aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil
e nos anos iniciais do Ensino Fundamental” (BRASIL, 2006).
Além disso, o Projeto Pedagógico do curso apresenta as articulações das disciplinas
entre a teoria e prática como podemos observar:
Projeto Pedagógico, verificam-se alguns pontos que referendam o mesmo discurso do Art.
3º, a interlocução do curso com a comunidade, possibilitar o contato dos alunos com outras
culturas, estimular os docentes à prática reflexiva. O Art. 3º, parágrafo único, no inciso I,
propõe que “o conhecimento da escola como organização complexa que tem a função de
promover a educação para e na cidadania” (BRASIL, 2006). Assim como, podemos
observar a mesma reflexão no Projeto Pedagógico, que busca preparar o docente como
formador de alunos-sujeito, capazes de expressar pensamentos adequada e interativamente.
Por outro lado, destacamos que o PPI constitui um compromisso com o Ministério
da Educação, como requisito para (re)credenciamento e recredenciamento de IES, como
aponta Veiga (2004), que ainda esclarece
Tabela 01: Tabela da matriz curricular do curso de Pedagogia – distribuição da carga horária
Carga Horária Hora aula Hora relógio
CH de Disciplinas Curriculares Presenciais 3.120 2.600
CH de estágio supervisionado 300 300
CH de atividades complementares 100 100
CH de atividades de prática curricular 120 120
Carga Horária total do curso 3.640 3.120
Fonte: Projeto Pedagógico, 2015, p. 30.
A matriz curricular está composta por oito semestres. A carga horária está em
discordância com a Resolução Nº 1 do CNE/CP de 15 de maio de 2006 no Art. 7º, que
determina a carga horária mínima de 3.200 horas de efetivo trabalho acadêmico. Deste
modo, para atender esta determinação ainda faltam oitenta horas de efetivo trabalho
acadêmico, para completar às 3.200 horas.
Observamos na Tabela 01, que o estágio supervisionado corresponde a carga
horária segundo a Resolução Nº 1 do CNE/CP de 15 de maio de 2006 no Art. 7º, no
inciso II “300 horas dedicadas ao Estágio Supervisionado prioritariamente em Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, contemplando também outras áreas
específicas, se for o caso, conforme o projeto pedagógico da instituição” (BRASIL, 2006).
Outra concordância, corresponde à carga horária com o Art. 7º, no inciso III “100 horas de
atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos
alunos, por meio, da iniciação científica, da extensão e da monitoria”. (BRASIL, 2006).
É importante ressaltar que o Projeto Pedagógico da instituição, no decorrer da
estrutura textual, apresenta ausência de vários elementos e erros de digitação
constantemente. Os erros mais frequentes foram percebidos com a frase: curso de Letras ao
invés de curso de Pedagogia outros erros já explicitados no decorrer deste subtítulo. Estes
erros do Projeto Pedagógico indicam o reaproveitamento de projetos existentes sem
maiores cuidados.
Para o processo de coleta de dados, eu, como pesquisador, e professor da própria
instituição pesquisada, solicitei o consentimento do reitor, bem como dos professores para
gravação em áudio das entrevistas. Neste processo, enviamos por e-mail todas as
informações, as autorizações de entrevista assinadas pelo reitor e a autorização do comitê
de ética da IES.
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básica
IES
2.2 – Descrição e discussão dos tecidos: das DCN´s do curso de Pedagogia, o Projeto
Político do Curso, os professores universitários na trama do Pensamento Complexo
Categoria 1 – Desconhecimentos
A professora D parte da própria realidade disciplinar para explicar o que vem a ser
as DCNs do curso de Pedagogia. O que nos chama atenção são as representações que a
professora D aborda, podemos referendar as DCNs do curso de Pedagogia no Art. 5º, no
inciso “X - demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza
ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, faixas geracionais, classes sociais, religiões,
necessidades especiais, escolhas sexuais, entre outras” (BRASIL, 2006). Como podemos
notar ela reflete sobre a relação e a função de algumas caraterísticas que o egresso deve
desenvolver ao longo do curso, bem como, o desenvolvimento do olhar para os aspectos da
inclusão.
Além disso, é possível destacar o discurso da professora D sempre pautado em sua
disciplina: Libras. Realmente é uma disciplina do currículo que envolve aspectos de ação
com o movimento do corpo, logo o currículo passa a materializar-se com a prática da ação
docente, mas a professora D ressalta que a disciplina no último ano da faculdade
concomitante com o trabalho de conclusão de curso, prejudica o processo de aprendizagem
de forma efetiva. A professora D, trabalhando com uma disciplina praticamente recente no
currículo, demonstra seu envolvimento e preocupação com o processo da atuação e “num
processo de observação, interpretação, construção de significados sobre a realidade
pedagógica que lhe servem para prever acontecimentos e também guiam sua conduta”
(SACRISTÁN, 2000, p. 172). Como salientado anteriormente, podemos observar que a
representação do “currículo é algo que está sempre em processo de negociação e
renegociação entre os alunos, professores, realidades e instâncias administrativas”
(MORAES, 2012, p. 100).
Já a professora C argumentou durante o processo da entrevista aspectos positivos
do curso e avanços, mas demonstrou a seguinte preocupação, “Se é uma mudança tão
assim significativa na grade [...] que vai ter mais disciplina ligada a psicologia, né?”.
(PROFESSORA C). Ela argumenta a partir do seu ponto de vista, que poderia ter mais
disciplinas no curso de Pedagogia ligadas ao campo da Psicologia. Sabemos que muitas
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vezes “o professor não decide sua ação no vazio, mas no contexto da realidade de um local
de trabalho, numa instituição que tem suas normas de funcionamento” (SACRISTÁN,
2000, p. 31). Contudo, no que concerne à metáfora utilizada do tear e referendando o
pensamento complexo, a professora C traz um dado interessante das representações, no
âmbito da circularidade de causa e efeito, que o professor, a partir da sua área de formação,
faz a leitura da realidade, molda a disciplina, configura e gera aproximações de forma a
constituir a urdidura, da ideia da trama, que é tecida por intermédio do pente que
representa o professor e simultaneamente retroalimenta o curso em novas características.
Para tanto, esta primeira categoria – desconhecimento permitiu verificar como o
professor,
materialização do currículo. Todo esse sistema reage segundo sua estrutura, que como
lançadeira vai urdindo as disciplinas, a trama são os professores que compõem esta grande
tapeçaria feita de grandes fios da urdidura tensionados pelo pente do tear.
O professor é o grande tecelão do conhecimento complexo. Contudo, é impossível
pensar num sistema educacional sem pensar no seu ambiente, mas estes sistemas não
podem ser reduzidos em seus núcleos disciplinares e vice-versa. Assim, compreendemos
que existe um “movimento constante e condições de percepção dessa tessitura comum por
parte do sujeito que conhece, ou seja, da capacidade de compreensão de sua dinâmica
complexa que requer, por sua vez, a religação dos fenômenos, eventos, processos, fatos e
coisas”. (MORAES, 2015, p. 79).
Categoria 2 – Aproximações
do próprio Projeto Pedagógico da IES. Entretanto, ficou evidente nos argumentos dos
professores a necessidade no momento atual da aproximação da ideia interdisciplinar como
ferramenta para uma qualificação da atuação docente.
É possível perceber também outros termos que surgem no decorrer das entrevistas
com as aproximações da ideia de transdisciplinaridade. Este conceito pode ser
compreendido de diversas formas, que aparecem citados pela professora A “a correlação,
não precisa ser todas, mas pra desvirar, pra virar um Trans, né a gente não consegue,
porque não consegue nem inter,” (PROFESSORA A). Neste fragmento, a professora
reconhece a grande dificuldade em realizar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade,
contudo ela exemplifica a relação interdisciplinar com ações dos alunos, “eles foram ao
professor de Geografia e não é área de Pedagogia pra dizer um pouquinho como que era o
processo territorial,” (PROFESSORA A), e ainda, “nos iríamos conseguir eu não pedi isso,
está indo além, eles precisam do professor que deu Artes.” (PROFESSORA A). Além
desta reflexão, a professora B também expõe que “existe este trans, seria aquilo lá que a
gente vai trabalhar todas as disciplinas,” (PROFESSORA B). Diante do exposto, podemos
verificar que os conceitos de transdisciplinaridade são variados, confundidos muitas vezes
com a interdisciplinaridade.
Vale ressaltar, que muitas vezes, no cotidiano da sala de aula o professor deixa a
territorialidade disciplinar e avança além destas arestas fronteiriças, conforme demostrado
no fragmento da professora A, “então a responsabilidade de entender que é literatura,
entender o corpo em movimento.” (PROFESSORA A). A professora explica a literatura e
usa o corpo, desse modo, o professor vai utilizando a lançadeira e o pente para ir fazendo a
trama na urdidura, porque esta é a “missão de um professor complexo que,
necessariamente, será sempre um sujeito esperançoso (a esperança está na base de todo
fenômeno educacional) [...]” (MORAES, 2015, p. 127)
Categoria 3 – Atuação
Quando a professora D argumenta que “no curso de Pedagogia, têm que levar a sério”
(PROFESSORA D), refere-se ao papel do professor, dos alunos, da IES, enfim de todos os
envolvido que compõem a trama nesta grande tessitura. Afinal, “currículo é a estratégia de
ação educativa. Ao partir para uma prática, todos vão munidos de estratégias, de um plano
de ação. Na ação pedagógica, ao se partir para uma aula, não é diferente” (D´AMBROSIO,
1997, p. 72).
Portanto, neste processo de atuações urdidas pelos pentes dos professores na grande
trama e tecida na categoria atuação torna-se importante uma dinâmica da reintegração de
ações e atuações. No sentido de ampliar o olhar, pois o que emergiu dos argumentos dos
professores não são separados de todo o contexto, eles são tecidos nesta grande trama por
eles mesmos na metáfora do pente do tear, à medida que estes processos da atuação se
inter-relacionam entre o mundo e a mente que o constrói. Em outras palavras, muitas
vezes, percebe-se pelos discursos analisados que não é da atuação apenas dos docentes e
dos discentes, mas sim de uma construção urdida e tecida. Desta forma, a atuação dos
professores passa a ser um elo a fim de religar, globalizar a estrutura de todo o sistema e
não aos seus componentes fragmentados, como o próprio tear manual, que fragmentado
não produz e, logo, não ocorrem atuações, depende da lançadeira e principalmente do
pente que são os professores.
Categoria 4 – Diretrizes
mais ou menos [...] eu não saberia precisar exatamente algumas [...] acho
que é um instrumento de orientação. (PROFESSORA C)
ele pode trazer facilidade pra que o conhecimento seja, compartilhado,
[...] específicas que fala sobre a relação da inclusão. (PROFESSORA D)
ARREMATANDO OS FIOS
profissão docente, pois o documento legal apenas tem significância quando passamos a
executá-lo.
Durante a pesquisa, também observamos que é importante “compreender o desafio
da complexidade que advém de todos os domínios do conhecimento e da ação, e o modo
de pensar apto a responder a esse desafio” (MORIN, 2015, p. 129). O resultado da
pesquisa evidenciou este antagonismo entre repensar a reforma do currículo, do projeto
pedagógico ou mesmo das DCNs ao longo da trajetória histórica e da identidade do
pedagogo, ou mesmo de termos nos próprios indivíduos uma reforma do pensamento.
A concretização desta pesquisa foi muito importante para compreender as tessituras
e urdiduras do âmbito da Educação Superior, bem como, pessoal, profissional e na esfera
da pesquisa. Além disso, pretendo continuar pesquisando na área de Politica Pública em
educação na perspectiva da complexidade e no cenário da Educação Superior.
84
REFERÊNCIAS
____________.Resolução n.1, 15.5.2006. Diário Oficial da União, n.92, seção 1, p.11- 12,
16 maio 2006.
GRAY, D. E. Pesquisa no mundo real. 2ª. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. Sociologia e Teoria
Crítica do Currículo: uma introdução. In: MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa; SILVA,
Tomaz Tadeu da. (Orgs.); tradução de BAPTISTA, Maria Aparecida- Currículo, cultura
e sociedade. São Paulo: Cortez, 2013.
Projeto Pedagógico. Faculdade Santa Izildinha. São Paulo, 2015. Disponível em:
<http://www.faculdadesantaizildinha.edu.br/manuaisPortarias.asp>. Acesso em: 20 abr.
2014.
SACRISTÁN, J. G. O Currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
SAVIANI, D. A pedagogia no Brasil: história e teoria. 2.ed. ed. Campinas, SP: Autores
Associados, 2012.
___________.Educação: do senso comum à consciência filosófica. Capinas, SP: Autores
Associados, 2013.
VAN ZANTEN, Agnès (Coord.). Dicionário de educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
A: Pausa.... (silêncio)
88
Caracterização Tempo de docência 12 anos A: na escola que eu trabalho, na instituição que eu trabalho mais de 12 “eu trabalho mais de 12 anos”
profissional anos, vejo que o curso deu uma melhorada...né. A questão do repensar
pedagógico, o problema nosso é a questão cultural dos alunos, a gente
tem um grande problema com a questão cultural dos alunos, o aluno
vem pro curso de Pedagogia, para sala de aula, não na questão pensar,
Concepção criticidade vem, vem da questão do diploma, aquela professorinha que
pedagógica mais Pensamento crítico A questão do repensar pedagógico não tinha diploma, não tinha magistério, ela quer melhorar a questão da “A questão do repensar pedagógico,
crítico carreira, o mundo profissional e o salário, isso é a verdade e a gente o problema nosso é a questão
tem muita dificuldade, nesta questão, então nos temos uma sala muito, cultural dos alunos, a gente tem um
eclética, por exemplo, uma aluna de 19 anos com uma senhora de 73 grande problema com a questão
anos, mas isso não dificulta a questão da idade, a questão desse cultural dos alunos, o aluno vem pro
repensar, da questão criticidade pedagógica dificulta um pouquinho. curso de Pedagogia, para sala de
aula, não na questão pensar,
criticidade vem, vem da questão do
diploma”
Visão geral do
curso de
Pedagogia
“aquela professorinha que não tinha
diploma, não tinha magistério, ela
quer melhorar a questão da carreira,
o mundo profissional e o salário,”
que não tinha diploma, não tinha
magistério
Busca profissional
Caracterização “nos temos uma sala muito,
dos alunos eclética, por exemplo, uma aluna de
19 anos com uma senhora de 73
anos, mas isso não dificulta a
questão da idade”
Faixa etária
uma sala muito, eclética
Reflexão sobre o ensino e acabar mudando a questão do conteúdo A Com esse público. Minha ementa ela tem, os objetivos e as “acabar mudando a questão do
aprendizagem estratégias, às vezes, eu tenho que acabar mudando a questão do conteúdo, porque eu não sei quem
conteúdo, porque eu não sei quem eu vou receber em sala, ai eu tenho eu vou receber em sala, ai eu tenho
que fazer este repensar pedagógico, porque eu tenho um, um ponto x, o que fazer este repensar pedagógico”
não sei quem eu vou receber em sala x vira y, eu tenho que fazer outra estratégia e acaba tendo a essas
mutações é porque eu tenho que conhecer o aluno primeiro e muitas
Preocupação vezes, eu tenho que refazer a estrutura do meu plano, duas três vezes
em uma única aula.
com o processo
de ensino e
“ai eu tenho que fazer este repensar
aprendizagem Currículo e sua ai eu tenho que fazer este repensar pedagógico, porque eu tenho um,
na formação importância em pedagógico, um ponto x, o x vira y, eu tenho que
ação fazer outra estratégia e acaba tendo
Replanejamento no processo a essas mutações”
de ensino e aprendizagem
A: Que eu uso?
Clayton: utiliza
Conhecimento de mundo é aptos há questões do cotidiano A: Tá, o que eu vejo, vou dar exemplo este ano, os alunos eles estão é “os alunos eles estão é aptos há
aptos há questões do cotidiano, então eu vou falar na língua portuguesa questões do cotidiano,”
Preocupação Currículo e sua tem no curso de Pedagogia, comunicação e expressão, então eu dou
com o processo importância em uma matéria tem que trazer vídeos, o vídeo está ajudando bastante,
de ensino e ação então não sempre, a aula não da pra ser só vídeo, mas eu coloco
aprendizagem situações do cotidiano, por exemplo, eu trabalhei a questão de coesão, “mas eu coloco situações do
na formação situações do cotidiano uma campanha da Coca-Cola que eles conhecem, Mc´Donalds e eu cotidiano, por exemplo, eu trabalhei
vejo que se eu falar muito a questão teórica, ele não entendem, então eu a questão de coesão, uma campanha
Conhecimento de mundo tenho que passar pra questão mais coloquial, questão singular e voltar da Coca-Cola que eles conhecem,
pra questão teórica que antes eu fazia teoria e a questão da prática, Mc´Donalds”
muitas vezes eu tenho que voltar, estou vendo com uma sala tem que
90
Disciplina Comunicação e Expressão A: Por exemplo, eu dei em Comunicação e Expressão, a gente “eu dei em Comunicação e
trabalhou a importância da tecnologia tem na graduação aí eles Expressão”
assimilaram a tecnologia com o celular e ninguém pensava em outra
coisa, só o celular, porque mais eles tinham aí eu tive que arrumar um
Preocupação vídeo trazendo o lado positivo e o lado negativo do celular dentro da
com o processo questão do estudo e não tinha muito haver das arestas da aula pra eles “a gente trabalhou a importância da
Currículo e sua
de ensino e a importância da tecnologia intenderem e não era isso, tecnologia é usar um jeito de diferente tecnologia tem na graduação aí eles
importância em
aprendizagem também de estudar, né eu falei dos hieroglíficos que eram uma assimilaram a tecnologia com o
ação Contextualização do
na formação tecnologia, eles disse, mas professora, mas cadê o fio? Cadê o celular e ninguém pensava em outra
conteúdo (tecnologia) computador, o hieroglífico é uma invenção é uma tecnologia. O aluno coisa, só o celular”
ninguém pensava em outra coisa, só o não entende, um exemplo pelo que você perguntou a tecnologia
celular acontecia com algo mecânico, e é ruim olha como o ser humano
extrapola ficando tecnicista, você estão também virando mecânicos,
vocês não conseguem largar o celular. Né, Clayton anda com o celular. “eles tinham aí eu tive que arrumar
um vídeo trazendo o lado positivo e
o lado positivo e o lado negativo do o lado negativo do celular dentro da
celular questão do estudo e não tinha muito
haver das arestas da aula pra eles
intenderem e não era isso,
tecnologia é usar um jeito de
diferente também de estudar, né eu
Ensina a refletir falei dos hieroglíficos que eram
uma tecnologia, eles disse, mas
professora, mas cadê o fio?”
o ser humano extrapola ficando
tecnicista
A: ahhhhhh
Uso das Diretrizes Algumas diretrizes, sim alguns eixos A: Algumas diretrizes, sim alguns eixos sim. Né nem todo, porque “Algumas diretrizes, sim alguns
sim assim eu uso aquilo que eu consigo trabalhar, uma das diretrizes eixos sim. Né nem todo, porque
Demostra principais a questão do inter, que eu vejo só que eu sofro porque nem assim eu uso aquilo que eu consigo
conhecimento todo colega compartilha a ideia do inter, mesmo estando na graduação trabalhar, uma das diretrizes
parcial das DCNs e ai você vai falar: ah, quem não compartilha?, a questão, assim, a principais a questão do inter,”
gente começa o projeto, mas não tem fim, então muitas vezes termino
e aí , eu falo: da pra gente juntar? Mas não tem tempo pra fazer, o que
eu vejo desta questão é, desta questão destes eixos do professor não
Conhecimento leva até o final a gente fica muito amarrado na questão conteudista, “eu uso aquilo que eu consigo
das Diretrizes uma das diretrizes principais a questão sem desenvolver as outras práticas. Né. trabalhar, uma das diretrizes
Curriculares do inter, principais a questão do inter,”
Nacionais do
Faz referência a
curso de
interdisciplinarida
Pedagogia
de nem todo colega compartilha a ideia do “que eu vejo só que eu sofro porque
inter, nem todo colega compartilha a ideia
Interdisciplinaridade do inter, mesmo estando na
graduação e ai você vai falar: ah,
quem não compartilha?,”
Relações sobre
teoria e a prática
questão conteudista,
“a gente fica muito amarrado na
questão conteudista, sem
desenvolver as outras práticas. Né.”
sem desenvolver as outras práticas.
Clayton: certo, e você comentou que você tem essa visão perspectiva
do aspecto interdisciplinar.
Currículo e sua
importância em A: sim.
ação Prática eu faço como prática.
Clayton: E o que você compreender por interdisciplinariedade?
A: Então, pelo que eu vejo o que eu faço como prática.. eu vejo o que eu faço como prática..
Faz referência a matérias conversarem A as questões das matérias conversarem, o inter, a correlação, não as questões das matérias
interdisciplinarida precisa ser todas, mas pra desvirar, pra virar um Trans, né a gente não conversarem
de Interdisciplinar / consegue, porque não consegue nem inter, e a questão assim, o
transdisciplinarida Transdisciplianridade professor tem que ter muita pratica daquilo que está fazendo pra
de questão do aluno, o aluno entender esse inter, porque fica um inter
assim, o professor pediu uma atividade e o professor pediu outra, eles
pra virar um Trans estão falando do mesmo assunto, so que cada um esta falando uma
coisa,
Faz referência a
interdisciplinarida Constatação de que a a correlação, não precisa ser todas,
de realização da pra virar um Trans, né a gente não mas pra desvirar, pra virar um
transdisciplinarida interdisciplinaridade é difícil, consegue, porque não consegue nem Trans, né a gente não consegue,
de quanto Transdisciplinar inter porque não consegue nem inter
Currículo e sua
importância em
ação
Clayton: certo
Faz referência a inter é a junção A: e ai o aluno sobrecarrega, e o que eu entendo por inter é a junção, é inter é a junção, é trabalhar de uma
93
interdisciplinarida trabalhar de uma forma mais unificada, mas junta, pensar juntos, uma forma mais unificada,
de avaliação, por exemplo, de um projeto com junções de materiais
Interdisciplinar junções de materiais diferentes diferentes mas com o mesmo objetivo.
Clayton: Esta questão que você coloca aqui, esta relação de educador,
do inter, trans e fazer estas pontes, né , como se dá, por exemplo, isso
no ensino e aprendizagem?
A: então…..
Clayton: Como isso ocorre, por exemplo, nas na sua prática cotidiana
do curso de pedagogia
Disciplina educação física A: vou te dar um exemplo, o que eu estou fazendo com a professora Professora ..... de educação física
Erineia de educação física, ela da educação em movimento, a matéria
Apenas situa os dela é esta.
campos
disciplinares Clayton: Certo
Disciplina literatura infanto juvenil A: A minha é literatura infanto juvenil e a infanto literatura juvenil tem minha é literatura infanto juvenil
a prática....
tem a prática....
Teoria x prática prática/contar histórias para crianças A: tem a prática e o desenvolver histórias e contar histórias para tem a prática e o desenvolver
crianças, então narrar o que eu percebi, naquela sala elas não leem, as histórias e contar histórias para
alunas não leem e querem contar histórias, então querem tirar da crianças
cartola um jeito, então o que eu fiz, a escola que nos estamos é, que
Relações sobre estamos dando aula é um colégio, colégio São Mateus, que tem
teoria e a prática educação infantil, ensino médio, enfim e de manhã não tem crianças
estamos dando aula é um colégio pequenas, tem o fundamental II, que é do sexto ao nono ano, e que estamos dando aula é um
escolheram a obra o cortiço que não é literatura infantil, mas tem como colégio, colégio ....., que tem
Prática infanto juvenil, pois não nos vamos unir o útil ao agradável, convidei a educação infantil, ensino médio,
professora Irinéia para falar de corpo e movimento e nós estamos enfim e de manhã não tem crianças
fazendo um inter. É um projeto de difícil, estamos fazendo com duas pequenas, tem o fundamental II, que
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Faz referência a salas, então uma turma vai apresentar para esses alunos, então eles é do sexto ao nono ano, e
interdisciplinarida selecionaram a obra, ou seja, elas precisaram ler e adivinha, lerão em escolheram a obra o cortiço
de HQ, que vai mais rápido, foram....
convidei a professora
convidei a professora Irinéia para
falar de corpo e movimento e nós
estamos fazendo um inter
Relacionar disciplinas
Clayton: nossa….
Clayton: certo
Aspectos lúdicos Lúdico Ludicidade A: a outra sala vai ficar na prática na questão de desenvolver projetos a questão da ludicidade
em relação a dinâmica, que esta acontecendo fazendo brincadeira, né
que é a questão da ludicidade, então assim, o inter que a gente está
tentando virar um trans, nossas arestas, só que acontece que, nos
o inter que a gente está tentando virar conversamos com a coordenadora desses alunos, esta numa expectativa o inter que a gente está tentando
um trans, que o Cortiço vem pra escola e os alunos por sua vez estão sentindo a virar um trans,
responsabilidade, então a responsabilidade entender que é literatura,
entender o corpo em movimento .
Faz referência a Interdisciplinar e visão de ir
interdisciplinarida além então a responsabilidade entender que é então a responsabilidade entender
de literatura, entender o corpo em que é literatura, entender o corpo
transdisciplinarida movimento . em movimento .
de
Clayton: entendi
conseguiu colocando na prática A: foi a única forma que a gente conseguiu colocando na prática, hoje foi a única forma que a gente
eu dei esta matéria, eu sai acabada a (...) tb, nos estamos acabados, conseguiu colocando na prática
porque , assim, elas brigam por conta do papel que não esta bem feito
só que assim, uma coisa que saiu do que eu imaginei elas precisam
Pensamento brigam por conta do papel que não esta fazer o cenário como nos somos próximos avenida Mateio Bei,
crítico bem feito sozinhas Clayton, elas saíram da faculdade na hora do intervalo e com porque , assim, elas brigam por
Reflexão várias caixas de televisão elas foram as Casas Bahia, e lotou, a sala de conta do papel que não esta bem
aula esta lotada, quer dizer, nos iriamos conseguir eu não pedi isso, esta feito
indo além, eles precisam do professor que deu artes.
e com várias caixas de televisão elas
95
Clayton: ótimo
Faz referência a Interdisciplinar eles foram ao professor de geografia A: Professora e uma coisa maravilhosa que aconteceu, eles foram ao eles foram ao professor de geografia
interdisciplinarida professor de geografia e não é área de pedagogia pra dizer um e não é área de pedagogia pra dizer
de pouquinho como que era o processo de territorial, assim, do século um pouquinho como que era o
XIX, quer dizer eu fiquei feliz. Porque elas leram o livro e Pedagogia, processo de territorial,
que eu entrei e elas falaram professora a gente odeia ler. Sendo
professora
Clayton: nossa
A: eu ouvi isso
expectativa, A: no primeiro que unificado, eu estou dando a Metamorfose de Frans .....eu dou expectativa,
Kafk, então quando ele coloca na situação que ele é um besouro ou
uma barata eu ouvia: professora que livro estranho! a senhora pediu
pra gente ler um homem que vira uma barata, termina de ler depois
comentar, que eu faço, eu dou expectativa, você vão sentir em alguns
momentos o próprio besouro né quando a gente tem uma atitude em
Relações sobre Ação pedagógica e casa todo mundo confia, de repente, eu não posso ter a mesma atitude
teoria e a prática mediadora do professor todo mundo me vê como um fraco eu tive que jogar isso pro povo ler.
já li o livro três vezes, E leram ontem um aluno falou, já li o livro três vezes, porque eu me E leram ontem um aluno falou, já li
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senti muito na pagina 69, eu não sei que tem na página 69. o livro três vezes,
Ensino Superior Ensino Superior/ gente não tem muita A: Olha Clayton, eu vejo que no Ensino Superior, a gente não tem no Ensino Superior, a gente não tem
cobrança não muita cobrança não. Eu vejo o ensino superior um pouco distante não muita cobrança não
que o coordenador ele não tenha esta visão ele até tem, mas não exige
um acompanhamento pedagógico, não existe. Então assim, o professor
ele tem que ter, uma estrutura ele vir com a estrutura, se você depender
acompanhamento pedagógico, não de uma estrutura, no ensino médio fui professora tinha alguém que mas não exige um acompanhamento
existe. acompanhava e orientava você não tem esta diretriz, então o professor pedagógico, não existe.
ele tem liberdade da matéria, mas ele tem caminhos tem que tomar
Constatação da cuidado, porque ele pode estar errando dentro da sala de aula, não
falta de existe o acompanhamento o professor tem, mas o coordenador tem, eu
acompanhamento coordenador é documental vejo que o coordenador é documental, ele registra o que professor leva eu vejo que o coordenador é
e apoio aos o que professor não leva. Mas existe um acompanhamento muito documental, ele registra o que
professores Falta de acompanhamento da distante, bem distante. professor leva o que professor não
coordenação leva
existe um acompanhamento muito
distante
projeto politico pedagógico A: tem, sim, o projeto politico pedagógico você conhece, mas aquele o projeto politico pedagógico você
momento só e depois a responsabilidade do professor, então precisa de conhece, mas aquele momento só e
autonomia, agente conhece e tem que desenvolver nesse processo e depois a responsabilidade do
também a gente pode dar sugestões isso eu acho legal você pode professor
responsabilidade do professor intervir, dar sugestões o seu projeto pode fazer parte né do PP da
faculdade, né, por exemplo, é MED, gente participa MDE e muitas
Demostra não vezes o professor que esta participando ele traz ideias, e aquilo é
conhecer o PPP desenvolvido, então naquele momento, a gente tem um registro mas então precisa de autonomia, agente
Projeto Politico também, é.. eu acho que é autonomia do curso de graduação. conhece e tem que desenvolver
Pedagógico nesse processo
Desconhecimento do PPP da projeto pode fazer parte né do PP da
IES faculdade
Clayton: Então você reconhece ou não que existe uma articulação das
DCNP com o curso de Pedagogia diretamente ou indiretamente?
Conhece as DCN´s eu creio que sim, A: eu creio que sim, pelo menos um pouco do que a gente tiver existe eu creio que sim, pelo menos um
uma articulação sim o professor também tem que ir atrás né, você tem pouco do que a gente tiver existe
que ler pra você se atualizar, o professor tem que ver pra ele poder uma articulação sim o professor
seguir encaixar porque existe um processo e a matéria existe então a também tem que ir atrás né,
existe uma articulação sim o professor gente também tem que fazer este inter, este aperfeiçoar na leitura ver o
também tem que ir atrás né, que tem de novidade o que eu posso transformar o que eu posso
Demostra
enriquecer, eu vejo que também é a questão do profissional, que, às
conhecimento
vezes o professor chega em sala de aula e você ne vê o colega, nê não
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parcial das DCNs tem que ler pra você se atualizar tem nenhum pra conversar, né.... a gente não tem tempo pra dispor das tem que ler pra você se atualizar
ideias trocar ideias, partilhar...
Currículo
poder seguir encaixar porque existe um o professor tem que ver pra ele
processo e a matéria existe então poder seguir encaixar porque existe
um processo e a matéria existe
então
Diretrizes .... a gente não tem tempo pra dispor das
Curriculares ideias trocar ideias, partilhar...
Nacionais do Currículo e sua gente também tem que fazer este
curso de importância em inter, este aperfeiçoar na leitura ver
Pedagogia ação o que tem de novidade o que eu
posso transformar o que eu posso
Articulação dos conteúdos
enriquecer
Clayton: construção
A as vezes é um e-mail,
Clayton: é, é…..
Clayton: verdade
Falta de tempo Compartilhar experiências Falta de tempo de conversar com os A: Eu sinto muita falta disso no ensino superior, mas é a carga de todo Eu sinto muita falta disso no ensino
para compartilhar entre os professores próprios professores do curso mundo, necessidade todo mundo tem pra trabalhar, pra dar suas aulas, é superior, mas é a carga de todo
experiências a correria do dia a dia. mundo
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a questão cultural A: Agora falando assim, na fase final o aluno eu fico muito feliz Nossa que a questão cultural, enfim,
porque assim, eu pego este público como falei no comecinho da quando você pega este aluno lá no
entrevista. Nossa que a questão cultural, enfim, quando você pega este quarto ano esse aluno foi lapidado,
aluno lá no quarto ano esse aluno foi lapidado, ele não esta cem por ele não esta cem por cento, ninguém
Processo de formação no quarto ano esse aluno foi lapidado, cento, ninguém fica cem por cento. A faculdade forma o aluno, mas o fica cem por cento.
aluno se forma, também. Ele tem que ir atrás dos horizontes, mas existe
uma mudança muito grande, uma transformação, aquele que não
gostava de ler, até o ego do aluno munda, você vê uma aluna entrou
daquele jeito e daqui 15 dias, até o jeito dele se vestir, jeito de se portar A faculdade forma o aluno, mas o
é uma valorização com o eu, é um encontro que a faculdade, eu estava aluno se forma, também.
A faculdade forma o aluno, mas o aluno falando ontem pra uma aluna falou: Professora eu nunca gostei de ler e
se forma, também. de repente, eu estou me tornando uma pessoa mais centrada, eu falo
menos, eu falo aquilo que é o mais certo, antes eu não pensava eu
falava, eu acho que existe esta mudança, tanto educacional como Ele tem que ir atrás dos horizontes,
Processo de Processo de formação mas existe uma mudança muito
pessoal que a faculdade é uma mudança pra vida. E falando da
construção do grande, uma transformação, aquele
pedagogia que vai trabalhar com pessoas, então a gente tem que se
conhecimento que não gostava de ler, até o ego do
policiar também, então também um amadurecimento do Eu para o nós
durante e além vê uma aluna entrou daquele jeito e aluno munda, você vê uma aluna
daqui 15 dias, até o jeito dele se vestir, entrou daquele jeito e daqui 15 dias,
jeito de se portar é uma valorização com até o jeito dele se vestir, jeito de se
o Eu portar é uma valorização com o Eu
Processo de formação
do eu para o nós
Afirmação positiva das Diretrizes A eu já falei Clayton, eles trouxeram existe esta mudança, mas ela deve eles trouxeram existe esta mudança,
ser praticada. Não é a todo o momento que muda não, tem aquele mas ela deve ser praticada.
Visão das professor que nem sabe que é, porque não é demonstrado
Diretrizes
Clayton: você tem bons olhos para este documento ou não?
A: Eu tenho bons olhos, porque ele pode ser transformado, nem tudo Eu tenho bons olhos, porque ele
que eu leio, isso aqui é meio difícil, mas tem como transformar, falar pode ser transformado
assim quem escreveu esta pensando nesta questão, exatamente nesta
questão, vou fazer deste jeito, é como aqui na escola não vai dar, mas
se eu fizer assim, dá certo você é ume exemplo disso, né Clayton este
ser transformador. mas tem como transformar
e a nossa aula não é a mesma coisa A: Porque assim, e a nossa aula não é a mesma coisa né Clayton todo e a nossa aula não é a mesma coisa
dia ela é diferente. A gente aprende demais, tem coisa que muitas né Clayton todo dia ela é diferente.
Diretrizes vezes, tem dia que eu saio frustrada. Eu falo: gente teria ter feito assim,
Curriculares não foi do jeito que eu quis eu saio chateada com 29 anos de sala de
Nacionais do aula, saio chateada não foi do jeito que eu quis. Na semana seguinte o
curso de aluno da um feedback, nossa professora aprendi. Eu fico como? Né A gente aprende demais, tem coisa
Pedagogia A gente aprende demais como, o que ele viu? É o que me favorece, porque é assim, eu me cobro que muitas vezes, tem dia que eu
e eu acho que o professor tem que se cobrar né. E quando você lê as saio frustrada. Eu falo: gente teria
Processo de construção diretrizes que muitas vezes são coisas que você fala isso daqui da certo ter feito assim, não foi do jeito que
ou não, mas são adaptáveis, como argila não é uma coisa pragmática e eu quis eu saio chateada com 29
não foi do jeito que eu quis a educação é assim. Alguns professores transformam em gaveta, anos de sala de aula, saio chateada
fecham uma gaveta e abrem outra gaveta. Assim vai e não tem a não foi do jeito que eu quis. Na
Reflexões do questão de ler, da prática e falhamos né Clayton semana seguinte o aluno da um
professor sobre o feedback, nossa professora aprendi.
processo da o aluno da um feedback Eu fico como?
prática em sala de
aula
as diretrizes que muitas vezes são coisas E quando você lê as diretrizes que
que você fala isso daqui da certo ou não, muitas vezes são coisas que você
mas são adaptáveis, fala isso daqui da certo ou não, mas
são adaptáveis, como argila não é
O aluno se uma coisa pragmática e a educação
reconhece no é assim.
processo de sua
formação
Visão das
Diretrizes
TRANSCRIÇÃO DE AUDIO
Análise de conteúdo - matriz
Entrevistado: PROFESSORA – B
Local da entrevista/meio de entrevista: Sala de coordenação Faculdade
Data da entrevista: 30/06/2016
Formação do entrevistado(a): Educação Física, especialista.
Tema Categorias Sub-categorias Indicadores/
A melhor IES Uma das melhores B: O nosso curso de Pedagogia hoje eu avalio como uma das melhores instituições, eu avalio como uma das melhores instituições
instituições porque mesmo ele sendo uma faculdade não conhecida no mercado, mas ele faz uma
boa parte desse cenário e assim, valorizando o aluno. Quando ele sai daqui da
formação dele na média mais de 10 alunos entrando como coordenadora pedagógica
de CEI, quer dizer o nosso curso é de grande valia. Quando ele sai daqui da formação dele na média
mais de 10 alunos entrando como coordenadora
pedagógica de CEI,
Clayton: isso que to perguntando, você visualiza, tem algum elemento que você
gostaria de refletir sobre o curso de pedagogia no processo de ensino e
aprendizagem?
A falta de espaço perde muito no espaço B: No processo de ensino e aprendizagem a gente perde muito no espaço físico, o ensino e aprendizagem a gente perde muito no
físico, material pedagógico que agente tem muita dificuldade né, nesses processos de espaço físico,
mudança de estabelecimento de ensino, de local isso prejudica muito e a gente tem
que se virar, isso prejudica bastante.
104
Ausência de recursos ensino a gente poderia B: a formação em si não, não prejudica em tudo, mas naquele do ensino a gente mas naquele do ensino a gente poderia passar no
passar no processo poderia passar no processo melhor então a gente fica prejudicado nesse sentido. Você processo melhor
melhor mesmo vê os materiais didáticos né, é precisa de um data show, de um som, precisa
de alguma coisa fica na falta disso, a gente leva o curso numa boa.
Caracterização
do curso de vê os materiais didáticos né, é precisa de um data
pedagogia Caraterização de materiais didáticos / show, de um som, precisa de alguma coisa fica na
falta de recursos e falta disso falta disso.
espaço físico
Exaltação ao Exaltação coordenado excelente B: na coordenação a gente tem um coordenado excelente, então né... o curso é pra coordenação a gente tem um coordenado excelente
trabalho do avaliar na gestão é bom a gente faz mais o que ai....
processo
coordenador Clayton: e na organização…
Ruído na organização organização fica B: é aquilo que eu falei a organização fica quebrada, né, esta caminhando da pra organização fica quebrada
quebrada melhorar muito, né com esta mudança desse prédio quebrou todo mundo, né. Nosso
espaço foi pro...... na organização nos temos um coordenador excelente que vai atrás
de todos os problemas, problema de aluno, professor ele consegue conciliar tudo,
O coordenador mas da pra gente levar. coordenador excelente que vai atrás de todos os
realiza mediações coordenador excelente problemas, problema de aluno, professor ele
objetivando os Atende aos consegue conciliar tudo,
alunos problema de aluno
alunos
problema de aluno,
professor ele consegue
105
conciliar tudo
Visão das
Diretrizes
Demostra
conhecimento
parcial das DCNs
Diretrizes
Curriculares
Nacionais do
curso de
Pedagogia
Constatação Conheço B: Conheço, tem que conhecer. Conheço, tem que conhecer.
Clayton: E que você poderia falar sobre elas, você acredita que elas contribuem para
o curso de pedagogia?
Diretrizes a gente tem B: Contribui, mas a gente tem que saber além dessas Diretrizes a gente tem que fazer Contribui, mas a gente tem que saber além dessas
Adequação das as nossas, moldar essas diretrizes nosso, meio na nossa realidade, né nossos alunos Diretrizes a gente tem que fazer as nossas, moldar
106
diretrizes as que fazer as nossas, mostrar quais são essas diretrizes e encima delas a gente esta trabalhando encima e essas diretrizes nosso, meio na nossa realidade,
necessidades do mostrar a realidade dele, na verdade a gente trabalha das Diretrizes fazendo as
curso mudanças necessárias.
fazendo as mudanças
necessárias
na verdade quais são B: pois é....você me pegou de calça curta, né seu safado!!!. (risadas) na verdade quais na verdade quais são essas Diretrizes!!!
essas Diretrizes são essas Diretrizes!!!
elas tem que aparecer, B: elas tem que aparecer, no dia adia. Porque você tem que ter na verdade elas dão elas tem que aparecer, no dia adia
no dia adia seu caminho é o caminho dessas Diretrizes que você tem que fazer seu norte, nortear
estes alunos, essas modificações, como você disse, da nossa ementa!
curso de conhecer o seu público B: ementa, né, dentro dessa você vai conhecer o seu público alvo e ai você vai ementa, né, dentro dessa você vai conhecer o seu
Pedagogia alvo começar a fazer suas mudanças necessárias. Tá, dentro desse ensino e aprendizagem. público alvo e ai você vai começar a fazer suas
Adequação Não foge muito dela não das diretrizes. mudanças necessárias.
projeto político B: sim, tem que estar, né. Porque na verdade o projeto político pedagógico vai de Porque na verdade o projeto político pedagógico
pedagógico vai de encontro as Diretrizes do que eu falo dos nossos alunos, nossa como se diz? A nossa vai de encontro as Diretrizes do que eu falo dos
região. Os nossos alunos vem da nossa periferia, na verdade, você tem que fazer este
108
encontro as Diretrizes processo que é politico pedagógico encima dessa realidade que você tem. Então você nossos alunos, nossa como se diz? A nossa região.
além de ter essas diretrizes, tem, como se diz? o PPP...
Reconhecimento
do PPP
interdisciplinar sempre B: interdisciplinar sempre tem, todo ano tem. Que é uma semana interdisciplinar interdisciplinar sempre tem, todo ano tem. Que é
Entrelaçamento tem, todo ano tem. onde que é, cada ano é um tema, né gerador desse interdisciplinar e na verdade existe uma semana interdisciplinar
das DCN´s e o este trans, seria aquilo lá que agente vai trabalhar todas as disciplinas, existente
PPP da IES momento sim, sempre existiu o aluno nosso sabe que a gente pode estar trabalhando
inter como se trabalha interdisciplinaridade.
existe este trans existe este trans, seria aquilo lá que agente vai
trabalhar todas as disciplinas
interdisciplinar
gerador desse
interdisciplinar é um tema, né gerador desse interdisciplinar
Faz referência a
interdisciplinarida Clayton: que seria a semana de Pedagogia?
de
Semana B: não, seria a semana de Pedagogia que é uma antecede a semana de pedagogia, tem semana de pedagogia tem o interdisciplinar
Faz referência a
109
Faz referência a
interdisciplinarida
de
Interdisciplinar atrelar B: isso. O objetivo que, que é? atrelar o interdisciplinar com todas as disciplinas atrelar o interdisciplinar com todas as disciplinas
despois que vai acontecer o semestre seguinte é a semana de Pedagogia com mesmo
disciplinas tema do inter.
Faz referência a Interdisciplinar um tema gerador B: vai estar trabalhando um tema gerador que encima da disciplina dele, nos temos a um tema gerador que encima da disciplina
interdisciplinarida disciplina de história. Se o tema for a ludicidade encima da ludicidade ele vai
de trabalhar na disciplina dele um tema gerador pra ele lá. Entendeu?
Clayton: entendi.
Interdisciplinar tema gerador B: a semana da Pedagogia. Vai acontecer e os alunos também trabalham esse tema tema gerador da semana da pedagogia.
ou são apresentados também com uns palestrantes que vem pra falar sobre esse tema
gerador da semana da pedagogia.
universidade que dava uma habilitação com apenas em um aspecto a outra era
voltada a outro foco e hoje nos temos uma formação ampla né como você vê nesse
quadro você classificaria a qualidade desse educando como ele sai formado?
Vivência uma bagagem, B: ele sai com uma bagagem, vivência com uma visão um pouco de tudo que daí ele ...uma bagagem, vivência com uma visão um
vivência vai o que? Se especializar em uma área que se acha mais adequada a ele, por pouco de tudo....
exemplo, o pedagogo ele sai coma formação que ele pode trabalhar coma criança
desde o zero ano até os dez anos de idade e ai o que acontece? Ele pode também
partir que ele já sai com uma formação que ele pode atuar como coordenador
especializar em uma pedagógico ou prestar um concurso e ser supervisão escolar. E o que ele vai fazer? Se especializar em uma área que se acha mais
área no mercado de trabalho ele vai ter esta possibilidades, essa gama de possibilidades, adequada a ele...
de atuar dentro dessa área, o que ele achar melhor tanto no campo de educação
Continuidade aos infantil como fundamental e até gestão escolar. Isso que ajuda os nossos alunos pra
estudos isso.
formação que ele pode ...o pedagogo ele sai com a formação que ele pode
trabalhar com a trabalhar com a criança desde o zero ano até os dez
criança desde o zero anos.....
ano até os dez anos
supervisão escolar. ...atuar dentro dessa área, o que ele achar melhor
tanto no campo de educação infantil como
fundamental e até gestão escolar.
Clayton: Então você acredita que as diretrizes contribuíram ou não para esse
processo da qualidade do curso de Pedagogia?
Importância de
Diretrizes contribuem bastante B: As Diretrizes contribuem bastante. Mas o que eu falei contribui no aspecto, assim, As Diretrizes contribuem bastante...
continuar os
Curriculares tenho que saber o que é pra você poder ta se direcionando, que tudo é um
estudos
Nacionais do aprendizado.
curso de
Pedagogia Constatação positiva das você poder ta se tenho que saber o que é pra você poder ta se
DCNs direcionando, direcionando, que tudo é um aprendizado.
Pedagogo/
abrangência
Processo de
construção do
conhecimento
durante e além
TRANSCRIÇÃO DE AUDIO
Análise de Conteúdo - Matriz
Entrevistado: PROFESSORA - C
Local da entrevista/meio de entrevista: Sala de coordenação da Faculdade
Data da entrevista: 06/08/2016
Formação do entrevistado(a): Psicologia, mestra
Eu avalio como um C: Eu avalio como um curso muito bom em função dos resultados Eu avalio como um curso muito bom em
curso muito bom de nossa clientela. Especificamente nos concursos públicos que a função dos resultados de nossa clientela.
Visão positiva
sobre o curso de gente calca muito como os alunos esta questão né que a gente tem
Pedagogia Avaliação positiva uma conquista significativa é, quantitativamente e
do curso qualitativamente, porque nos tivemos uma aluna nota dez na
concursos públicos... ...concursos públicos...
questão dissertativa.
...quantitativamente e qualitativamente,
pedagogia Politicas de que pra estudar estudar, só conseguindo fazer isso convênio, não sei como diz difíceis que pra estudar,
financiamento isso, o ENEM, não.....
Clayton: os financiamentos….
Clayton: certo..
Caracterização CIEJA, EJA desses C: E outra questão que a gente tem aqui a gente tem alunos, mais ...de CIEJA, EJA desses cursos, a gente
sócio econômica
cursos alunos que vieram de ensino médio, mas não do ensino médio tem vários alunos que vieram desses
dos estudantes
comum, de CIEJA, EJA desses cursos, a gente tem vários alunos cursos...
que vieram desses cursos, a gente tem alunos com idade, na
maturidade e param de estudar há muitos anos e alguns alunos de
Trajetória inclusão.
...tem alunos com idade, na maturidade
escolar dos na maturidade
estudantes
Origens da
formação escolar
dos alunos ...e alguns alunos de inclusão.
alunos de inclusão
a preocupação de C: eu acho que a preocupação de equipe de professores. Nos ...eu acho que a preocupação de equipe
equipe de professores. conhecemos os alunos então quando a gente tem alunos com de professores.
dificuldades em sala, a gente troca ideias, né e por outro lado ainda
tem o grupo de apoio psicopedagógico, que sou eu nesta parte da
tarde fico uma vez na semana e a professora Vanda uma vez por
tem alunos com tem alunos com dificuldades em sala, a
semana de manha. Né, eu não sei se você viu o tamanho do grupo
dificuldades em sala gente troca ideias, né e por outro lado
que saiu daqui a agora, eles tem prova de matemática, eu estava
ainda tem o grupo de apoio
aprendendo com eles, porque na verdade eu mediei o estudo e
psicopedagógico
acabei aprendendo muitas coisas, eu acho que ver o aluno, com o
Professores
gente troca ideias olhar humanizado, uma pessoa, um aprendete, ele não é um
envolvidos no
processo de numero, ele esta aqui para aprender.
Professores
ensino e eles tem prova de matemática, eu estava
aprendizagem comprometidos
aprendendo com eles, porque na verdade
eu mediei o estudo e acabei aprendendo
eu acho que ver o muitas coisas, eu acho que ver o aluno,
aluno, com o olhar com o olhar humanizado,
humanizado,
gente se desestruturou C: Atualmente a gente se desestruturou, né ficou que meio a Atualmente a gente se desestruturou,
deriva, esta era sensação que eu tinha e conversando com os
professores, colegas eram de estar a deriva. Né, em termos desta
organização desta sintonia, deste corpo docente equilibrado neste
ficou que meio a ficou que meio a deriva, esta era
sentido, perdeu bastante...
deriva sensação que eu tinha e conversando
Repercussão com os professores, colegas eram de
negativa no grupo
estar a deriva.
docente na
mudança do
corpo docente
115
Relata a fase de C: foram as mudanças, a própria dificuldade, mas eu acho que tudo mas o bom que a maioria dos professores
mudança do espaço
tem um tempo de adaptação, né a proposta outra, a dinâmicas ficaram
Repercussão e de instituição
professores ficaram outra, mas o bom que a maioria dos professores ficaram, o é que
negativa no grupo
docente na isso, contribuiu para não ser uma dificuldade, que trouxe um
mudança do prejuízo maior para qualidade do curso, que poderia ter trazido,
espaço que poderia ter trazido, muito mais que
porque a gente sentiu muito mais que trouxe, porque a gente sentiu uma diferença.
trouxe, porque a gente sentiu uma
uma diferença. diferença.
reduzindo toda a parte C: isso, nessa transição no começo light, porque quem assumiu Depois foi mudando, foi reduzindo toda
de contatos, reuniões, parte de coordenação, já tava na casa, e tal. Depois foi mudando, a parte de contatos, reuniões, de troca de
Falta de tempo
para compartilhar de troca de ideia, né... foi reduzindo toda a parte de contatos, reuniões, de troca de ideia, ideia, né...
experiências né. O trabalho interdisciplinar que é tão legal, que pega a casa toda
Diretrizes
O trabalho ele continua existindo, mas ele eu acho que ele, precisa envolver
Curriculares interdisciplinar que é mais os alunos, perdeu um pouco da força.
Nacionais do tão legal... O trabalho interdisciplinar que é tão
curso de legal...
Pedagogia Falta de perdeu um pouco da
Constatação da
falta de acompanhamento da força
acompanhamento coordenação
e apoio aos ...precisa envolver mais os alunos,
professores perdeu um pouco da força.
116
C: a gente tinha mais diálogo, isso era fato, mesmo, né. tinha mais diálogo, isso era fato
mais ou menos C: eu diria pra você mais ou menos, eu não saberia precisar mais ou menos
exatamente algumas coisas, mas a gente tem lá, alguns eixos, e pa,
pa, pa....... essa parte ai.....
instrumento de C: Eu acho que é um instrumento de orientação. Ele contribui até ...acho que é um instrumento de
orientação. onde ele pode trazer facilidade pra que o conhecimento seja, orientação.
compartilhado, a partir da aí, eu acho que a sala de aula, é reunião
pedagógica, é troca. É movimentar a casa e criar condições pra que
os alunos estejam mais envolvidos como próprio curso que
trazer facilidade pra ...ele pode trazer facilidade pra que o
estejam, mais é, estimulados a prender e aí, eu já acho que entra
Diretrizes que o conhecimento conhecimento seja, compartilhado,
Curriculares outro departamento.
Visão das seja, compartilhado
Nacionais do
curso de
117
algumas coisas eu C: Olha, quando a gente fala concretamente, algumas coisas eu ...quando a gente fala concretamente,
acho que elas se acho que elas se concretizam sim se concretizam sim. Né, sai do algumas coisas eu acho que elas se
Projeto Politico
Pedagógico Demostra
concretizam sim papel e vão pra vida, do curso pra existir, vivencia uma serie de concretizam sim se concretizam sim...
conhecer o PPP coisas, mas ainda eu acho que tem muitas coisas que não combina
com a realidades.
Referenda o sai do papel e vão pra ...sai do papel e vão pra vida, do curso
PPP da IES vida pra existir,
Demostra Referenda o algumas coisas que C: eu acho que tem algumas coisas que são fantasiosas, né, eu acho que tem algumas coisas que são
conhecer o PPP
PPP da IES são fantasiosas mágicas, da realidade que de fato que a gente tem aqui. fantasiosas
C: sim.
Mudanças da mudança de grade C: muita mudança de grade, segunda ou a terceira. muita mudança de grade, segunda ou a
Currículo e sua
importância em estrutura da terceira.
ação grade
Disciplina de entrar mais disciplina C: Eu acho, que agora é outra, porque o Marcelo falou que vai que vai entrar mais disciplina de psico.
psico de psico entrar mais disciplina de psico.
mudança tão assim C: eu não sei eu acho, não tenho nada de sustentação pra falar. Se é Se é uma mudança tão assim
significativa na grade uma mudança tão assim significativa na grade. Mas tem alguma significativa na grade
Diretrizes
mudança aí. Porque ele falou que vai ter mais disciplina ligada a
Curriculares psicologia, ne.
Nacionais do
curso de que vai ter mais disciplina ligada a
Pedagogia psicologia, ne.
119
Preocupação
com a mudança
Currículo e sua vai ter mais disciplina
de disciplina
importância em
ligada a psicologia,
ação
ne.
C: nos professores?
C: olha, eu acho que a maioria dos nossos alunos, eles tem um ...eles tem um comprometimento, com
comprometimento, com ser professor, a maioria eu posso dizer. O ser professor, a maioria eu posso dizer.
comprometimento, professor (Zeta) quando era diretor, começou, ele implantou o
com ser professor, a curso. Ele dizia assim: a gente pega o aluno E trazer para C, a
maioria eu posso dizer gente pega no modo subjetivo essas eram as palavras do (Zeta).
Ele dizia assim: a gente pega o aluno E
Então eu acho ao final, o que agente observa de retorno, de
trazer para C, a gente pega no modo
mercado de trabalho, né, varias alunos e alunos que são
subjetivo essas eram as palavras do
coordenadores, né, são gestores, e principalmente de CEI, temos
(Zeta).
muitas alunas que são gestoras e coordenadoras de CEI aqui na
Processo de comprometimento,
a gente pega o aluno E região, porque a gente tem uma população infantil muito grande, ...que agente observa de retorno, de
construção do com ser professor,
conhecimento trazer para C, a gente tem um numero de CEIS muito grande, não o tanto quanto e
pega no modo
120
durante e além subjetivo essas eram EMEIS, mas CEI tem bastante e a gente sabe que as meninas, né mercado de trabalho, né.
as palavras do (Zeta). inclusive na DREI da região duas alunas nossas, é numa reunião da
DREI, elas como estagiárias, foi falada, usando Vygotsky e a
coordenadora lá, elogiou duas alunas nossas pela compreensão da
...temos muitas alunas que são gestoras e
teoria. Né isso é muito gratificante, isso da pra gente esse sinal de
O aluno se coordenadoras de CEI aqui na região.
reconhece no
que olha tem um pessoal que sai daqui e vai pra fora, e faz a
processo de sua gestoras e diferença e faz um trabalho legal.
formação
coordenadoras de CEI
aqui na região. ...não o tanto quanto e EMEIS, mas CEI
tem bastante...
Reflexões do
professor sobre o
processo da
prática em sala de e EMEIS, mas CEI
aula tem bastante... ...elogiou duas alunas nossas pela
compreensão da teoria.
Impacto profissional
e social na vida dos vai pra fora, e faz a
estudantes diferença e faz um Né isso é muito gratificante, isso da pra
trabalho legal. gente esse sinal de que olha tem um
pessoal que sai daqui e vai pra fora, e faz
a diferença e faz um trabalho legal.
Clayton: que bom. É isso, você quer comentar mais alguma coisa?
TRANSCRIÇÃO DE AUDIO
Análise de conteúdo – Versão Inicial
Entrevistado: PROFESSORA - D
Local da entrevista/meio de entrevista: Sala de coordenação da Faculdade
Data da entrevista: 19/08/2016
Formação do entrevistado(a): Pedagoga/ Especialização em Libras
Obs.: Educadora surda, respondeu a entrevista realizando leitura labial.
Tema Categorias Sub-categorias Indicadores/
geral
Clayton: ou no geral ou na sua disciplina?
Falta de tempo Falta de gente não tem contatos D: muitas vezes a gente não tem contatos com nossas colegas, aliás, ...gente não tem contatos
para compartilhar
comunicação entre com nossas colegas, eu nem sabia que você trabalhava aqui, tá. É, ou muitas vezes a com nossas colegas, aliás,
experiências
professores gente não vê ou coisa rápida. Como eu avalio? No curso de Libras eu nem sabia que você
dentro da pedagogia eu posso avaliar sim, que no geral a língua de trabalhava aqui, tá.
passo esta parte teórica e a SINAIS, no curso de Pedagogia, não esta sendo bem trabalhada.
a língua de SINAIS, no
Teoria x Prática prática, Pelo seguinte poucos conhecedores, pouca parte teórica, a ser
curso de Pedagogia, não
divulgar esta parte teórica trabalhada, porque não se cobra, eu que passo esta parte teórica e a
esta sendo bem trabalhada.
e a prática prática, então muitas vezes a aula de libras, não tem aaaaa, uuuuu,
Caracterizaçã Preocupação com a passa o conteúdo di de Libras a parte teórica geralmente só a prática eu que passo esta parte
o do curso de Formação têm que levar a serio. e a prática fica uma coisa assim, mecânica porque você passa a não teórica e a prática,
pedagogia
conhecer a cultura surda, por eu ser surda desde da nascença, eu ...necessidade de divulgar
Relações sobre nasci surda e convivendo na comunidade surda eu sinto a
teoria e a prática esta parte teórica e a prática
necessidade de divulgar esta parte teórica e a prática. Então como já
vejo isso, poucos que estão responsáveis pra trabalhar em LIBRAS, no curso de pedagogia, têm
no curso de pedagogia, têm que levar a serio. que levar a serio.
último ano de Faculdade minha opinião deveria ter aula de Libras no primeiro, primeiro ano assistir a minha aula que
Estrutura de seis meses de Pedagogia, porque no último ano eles vem sempre reclamando exige tudo isso, muitas
funcionamento do com TCC, trabalho pra apresentar, então se torna difícil, pra eles vezes se torna difícil, em
curso funcionamento do concentrarem mais na aula de libras, não é a falha do professor ou minha opinião deveria ter
curso geral, também não é a falha do aluno, precisava ser repensada, não aula de Libras no primeiro,
que jogue a Libra no último ano e seis meses não da pra ver quase primeiro ano de Pedagogia,
Estrutura do nada. porque no último ano eles
curso de vem sempre reclamando
Pedagogia
com TCC,...
Libra no último ano e seis
meses não da pra ver quase
nada.
Clayton: entendi, então é uma questão de estrutura né,
o inglês D: Porque o inglês você consegue ver em algumas escolas privadas o inglês você consegue ver
desde pequenos. Aí vamos ver Estado ou prefeitura, na quinta série, em algumas escolas
Currículo escolas privadas desde sexta, sétima e oitava. privadas desde pequenos.
pequenos
Currículo e sua
importância em
ação Clayton: sim.
Último ano de Faculdade D: E a libras último ano de Faculdade seis meses. libras último ano de
seis meses Faculdade seis meses
Currículo
Clayton: nossa.
Preocupação com a é uma língua D: A libras não é uma coisa qualquer é uma língua pra se aprender não é uma coisa qualquer é
disciplina também. Então se torna difícil nesta parte. uma língua
Clayton: Entendi. E você conhece as diretrizes curriculares
nacionais de pedagogia? já leu?
Reconhecimento não ao todo. D: já, mas não ao todo. Mais as partes específicas que fala sobre a Já, mas não ao todo.
124
Visão das parcial relação da inclusão a, do surdo a forma como tem que corrigido o ...específicas que fala sobre
Diretrizes
que é lei, o que é libras, a onde implantar, o que, que é exatamente a relação da inclusão
Diretrizes
Curriculares inclusão, como funciona, tá na parte especifica no geral não.
Nacionais do
curso de
Pedagogia específicas que fala sobre a
relação da inclusão
Pontua uma
caraterística
qual sua visão sobre isso?, mesmo porque você esta lecionando no
curso de Pedagogia.
Diretrizes
Clayton: entendí.
Curriculares
O aluno reconhece- eu conheci um outro lado D: essa é uma maneira de enxergar um lado que nunca tinha visto, ...eu conheci um outro lado
Nacionais do O aluno se
curso de reconhece no se no processo do surdo que eu olha professora eu não gosto é.... Gostaria de dar aula de Libras? do surdo que eu
Pedagogia processo de sua desconhecia Olha professora eu não gosto..... dar aula em Libras, nunca, não desconhecia eu achava que
formação gostaria de trabalhar com surdo, nunca, mas eu conheci um outro todo surdo era burro, todo
essa parte da teórica que
lado do surdo que eu desconhecia eu achava que todo surdo era surdo tinha dificuldade de
você explica do surdo é de
Percebe a burro, todo surdo tinha dificuldade de aprender e agora ele consegue aprender e agora ele
cem por cento de positivo
importância da ver com outros olhos essa parte da teórica que você explica do surdo consegue ver com outros
Teoria no processo é de cem por cento de positivo não tenho que falar, parte negativo olhos
da aula de Libras não consigo ver isso.
...essa parte da teórica que
você explica do surdo é de
cem por cento de positivo
não tenho que falar, parte
negativo não consigo ver
isso.
128
O aluno se forma Concepção Ninguém forma ninguém. D: nãoooo.... Primeiro que ninguém forma ninguém. Primeiro que ninguém
Freiriana forma ninguém.
Diretrizes
Curriculares Clayton: tá.
Nacionais do
curso de Infere sobre o gente que esta no D: Você pode estar trabalhando na sala de aula que você quer, você ...tem gente que esta no
Pedagogia ensino tradicional tradicional ainda mostra e tem pessoas que não do espaço pra você,... é ajudar, tem tradicional ainda, não então
pessoas que não conseguem ver além, tem pessoa que limitada, isso você consegue formar, você
e acabou, tem gente que esta no tradicional ainda, não então você mostra o caminho.
consegue formar , você mostra o caminho. Agora eu vou dizer
Reconhecimento do ele sai daqui dentro da especifico na parte de Libras, por exemplo, a maioria dos alunos
eles passam a se interessar, é raro aluno faltar na minha aula, tá ...eu faço acontecer e que
processo de ensino minha aula entendendo
pode esta chovendo, estar em greve, eles chegam atrasados, eles seja especial, ele sai daqui
Processo de
e aprendizado bem,
vem assistir aula, eu faço acontecer e que seja especial, ele sai daqui dentro da minha aula
construção do
conhecimento dentro da minha aula entendendo bem, os que passam a entender entendendo bem, os que
durante e além vou me formar para desenvolve melhor, os que têm dificuldade em desenvolver na parte passam a entender
Pedagogia e estou pronto de Libras pelo menos a parte teórica, agora se isso acontece na desenvolvem melhor, os que
pra isso, não, é isso no minha aula, acontece nas outras aulas, porque tem alunos que não têm dificuldade em
Processo da decorrer do tempo gostam de ler, tem dificuldade para ler, não consegue, olha eu vou desenvolver na parte de
formação é também. me formar para Pedagogia e estou pronto pra isso, não, é isso no Libras pelo menos a parte
contínua decorrer do tempo também. teórica,
...tem dificuldade para ler,
não consegue, olha eu vou
me formar para Pedagogia e
estou pronto pra isso, não, é
isso no decorrer do tempo
também.
129
APÊNDICE – II
UNIDADES DE REGISTRO
CATEGORIAS
PROFESSORA A PROFESSORA B PROFESSORA C PROFESSORA D
..acabar mudando a questão do ementa, né, dentro dessa você vai muita mudança de grade, O processo de ensino e
conteúdo, porque eu não sei conhecer o seu público alvo e ai segunda ou a terceira. aprendizagem é a dificuldade
quem eu vou receber em sala, ai você vai começar a fazer suas maior são os alunos manter-se em
eu tenho que fazer este repensar mudanças necessárias. silencio para aprender a Libras.
pedagógico.
Se é uma mudança tão assim libras último ano de Faculdade
significativa na grade seis meses
Não foge muito dela não, das
....ai eu tenho que fazer este diretrizes.
repensar pedagógico, porque eu
Desconhecimento que vai ter mais disciplina ligada ...primeiro que não tinha o
tenho um, um ponto x, o x vira y,
a psicologia, ne. reconhecimento da língua de
eu tenho que fazer outra
sinais,
estratégia e acaba tendo a essas
mutações. ...hoje temos até a pedagogia
surda, as pessoa vem lutando,
os alunos eles estão é aptos há hoje nos temos Letras/Libras, tá,
questões do cotidiano, isso mudou foi muito.
...quase toda o curso fazem aula
comigo quando começa entender
mas eu coloco situações do esse perfil do surdo, cultura surda
130
eu dei em Comunicação e
Expressão a gente trabalhou a
importância da tecnologia tem na
graduação aí eles assimilaram a
tecnologia com o celular e
ninguém pensava em outra coisa,
só o celular
“eu uso aquilo que eu consigo interdisciplinar sempre tem, todo de Libras precisava trabalhar
trabalhar, uma das diretrizes ano tem. Que é uma semana como dar aula de Língua
principais a questão do inter,” interdisciplinar Portuguesa para Surdo, como
ensinar um surdo uma coisa você
dar aula só de Libras e essa parte
Atuação específica não tem.
“que eu vejo só que eu sofro é um tema, né gerador desse
porque nem todo colega interdisciplinar
compartilha a ideia do inter,
mesmo estando na graduação e ai
você vai falar: ah, quem não
um tema gerador que encima da
compartilha?,”
132
disciplina
eu vejo que se eu falar muito a eu vejo que se eu falar muito a eu que passo esta parte teórica e a
questão teórica, eles não questão teórica, eles não prática,
entendem, então eu tenho que entendem, então eu tenho que
...necessidade de divulgar esta
passar pra questão mais passar pra questão mais
parte teórica e a prática
coloquial, questão singular e coloquial, questão singular e
Relações sobre a teoria e a
voltar pra questão teórica voltar pra questão teórica no curso de pedagogia, têm que
prática
levar a serio.
a gente fica muito amarrado na a gente fica muito amarrado na
questão conteudista, sem questão conteudista, sem
desenvolver as outras práticas. desenvolver as outras práticas.
Né. Né.
133
existe esta mudança, mas ela Conheço, tem que conhecer. mais ou menos ...específicas que fala sobre a
deve ser praticada. relação da inclusão.
Olhares sobre as Diretrizes tenho que saber o que é pra você ...acho que é um instrumento de
poder ta se direcionando, que orientação.
a gente tem que ter um olhar tudo é um aprendizado.
pedagógico , nem tudo que esta
ali tem funcionalidade, mas a
...ele pode trazer facilidade pra
maioria tem algo transformador,
que o conhecimento seja,
tem coisa a transformar,
compartilhado,