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Radiográfica
5ª edição
Editado pela
Revista Virtual AcBO
Nossa Capa
Newton de Castro
Informações Suplementares
Assim sendo este livro digital será rico, muito rico em detalhes
que estarão "escondidos" e que só aparecem quando procura-
dos pelos estudiosos que clicarem nas chamadas que se ofere-
cerão.
Os autores
1
Introdução ao Diagnóstico Ortodôntico
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/planejamento
À memória do querido Raul
Otaño Antier. Partiu, tendo em
sua cabeceira o esboço destes
escritos, onde em sua derra-
deira noite fez apontamentos e
sugestões. Com este trabalho
presto-lhe homenagem de
amor e gratidão.
Cléber
Cléber Bidegain Pereira
Especialista em Ortodontia
Professor Convidado de várias Universidades e Associações no Brasil e exterior
Ex-pesquisador no Burlington Growth Center - Universidade de Toronto
Ex-pesquisador na Universidade Federal de Santa Maria
Antonio de Almeida
Especialista em Ortodontia
Eros Petrelli
Professor Coordenador do Curso de Pós-graduação em Ortodontia na Faculdade de Odontolo-
gia da Universidade Federal do Paraná
Grupo de Estudos AB
Elio de Maria, Jairo Correia, Jose Carlos Elgoyhen, Manoel F. Sanchez, Newton de Castro,
Roman Santini, Ruben Tosi, Sebastião Interlandi, Sérgio Gonçalves e Cléber Bidegain Pereira
Julia F. de Harfin
Professora do Departamento de Ortodontologia da Cátedra de Odontologia Integral de Adulto
na Faculdade de Odontologia da Universidade de Buenos Aires
Manoel Sanchez
Ex-professor Titular de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul
Sebastião Interlandi
Professor Titular de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Roman Santini
Ex-chefe do Departamento de Ortodontia do Hospital Fiorito de Buenos Aires. Autor do primei-
ro livro de cefalometria radiografia editado na América do Sul
Tatsuko Sakima
Professor Titular de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Colaboradores da 4ª edição
Antônio Rego de Almeida
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares CFO
Eros Petrelli
Professor Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Faculdade
de Odontologia da UFPR
Julia F. de Harfin
Professora do Departamento de Ortodontia da Cátedra de Odontologia Integral da Universida-
de Federal do Rio Grande do Sul
Orivaldo Tavano
Ex-professor Titular de Radiologia da Faculdade de Odontologia da USP; Professor Titular do
Curso de Pós-Graduação em Odontologia da CPO - São Leopoldo de Mandic
Sebastião Interlandi
Ex-professor Titular de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da USP
Solange M. Fantini
Professora de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da USP; Mestre e Doutora em Ortodon-
tia pela Faculdade de Odontologia da USP
Tatsuko Sakima
Ex-professor Titular da Faculdade de Odontologia da UNESP; Coordenador do Curso de Pós-
Graduação em Odontologia da CPO - São Leopoldo de Mandic
S. INTERLANDI
Apresentacão da 1ª edicão
OS AUTORES
Comentários da Edição em Espanhol
Por último deseo mencionar un aspecto del contenido de esta obra que
surge del conocimiento personal de la trayectoria de algunos de los auto-
res. No es caprichoso que este libro que hoy Ilega en nuestro idioma a
nuestras manos, provenga no solo de Brasil sino de la muy vecina Río
Grande, que siempre ha sido por su geografía nexo de unión entre las dos
grandes escuelas de odontología del cono sur, logrando fusionar y sintetizar
diferentes ideas y conceptos, aplicando la propia experiencia clínica y expe-
rimental, volcando todo ello en este trabajo introductorio que será sin duda
instrumento de estudio y consulta para el que se inicia en el camino de la
especialidad penetrando por los vericuetos de la Cefalometria.
Acompanho com muito entusiasmo esta obra dos meus amigos Cléber,
Carlos Alberto e Telmo desde a Primeira Edição de 1984, na época marco
inicial deste importante instrumento para o diagnóstico que é a cefalome-
tria radiográfica.
Ela traz o conhecimento básico das análises mais usadas atualmente com
uma visão segura da anatomia radiográfica, do estabelecimento dos valores
e o que é mais importante, a sua interpretação.
2
Pós-graduado e Doutorado em Ortopedia Facial pela Universidade de Bonn, Alemanha.
Professor Titular do Curso de Graduação e Coordenador dos Cursos de Especialização e Mes-
trado em Ortodontia-Ortopedia Facial do Departamento de Odontologia da Universidade
Paulista - UNIP.
Apresentação da 2° edição - 1989
Por muitas razões decidimos não fazer ampliações. Uma delas veio de um
jovem, estudante de ortodontia, a quem encomendamos crítica do livro.
Dissemos a ele: "Este livro foi escrito para colegas como tu, que se iniciam;
tua opinião é valiosa". Ele se compenetrou em seu papel. Releu o livro.
Telefonou-nos dizendo: "Olha, se melhorar estraga...". Foi este fato que
nos fez deixar, definitivamente, de pensar em ampliações. Realmente, In-
trodução à cefalometria radiográfica é um livro extremamente simples.
Leva o mínimo de conhecimentos necessários para o entendimento do di-
agnóstico cefalométrico. Como diz Newton de Castro, citando Goethe, "Os
ensinamentos que mais nos interessam não podem ficar misturados com
coisas que não nos interessam tanto". Um volumoso compêndio, com mui-
tas técnicas, análises a dados viria desencorajar o iniciante.
Parece, mesmo, que a maior virtude deste livro é ser o que ele se propõe:
uma iniciação.
OS AUTORES
Apresentação da 3ª edição
Contam-nos os livreiros que "Introdução à Cefalometria Radiográfica" é um dos
"best-sellers" na sua área, o que não quer dizer que o número de exemplares ven-
didos atinja altas cifras.
Até agora, esta valiosa a fantástica Cefalometria, apesar de medir a face apenas em
duas dimensões, vem contribuindo profundamente para o aprendizado da ortodon-
tia a para a avaliação a predição das anomalias da face. Somente o ideal das três
dimensões modificará substancialmente a técnica cefalométrica, que já conta quase
setenta anos, causando a grande revolução no universo cefalométrico.
Assim, foi com surpresa e alegria que recebi o convite da Editora Pancast
para fazer a 4º edição. Mais feliz fiquei quando soube que tinha sido solici-
tação dos livreiros, escutando pedidos dos leitores. Manifestação sumamen-
te envaidecedora.
INTRODUÇÃO
• Conceito
• Importância
• Cefalogramas
• Análises Cefalométricas
• Osso Basal, Osso Alveolar e Dentes
• Nomenclatura
• Classificação de Angle
• Representações Esquemáticas das Relações Dentofaciais
PONTOS CRANIOMÉTRICOS
LINHAS E PLANOS
CEFALOGRAMA DE WYLIE
• Análise póstero-anterior
• Protocolo de Wylie
• Análise Vertical
• Variações das Medidas Padrões
CEFALOGRAMA DE STEINER
• Medidas Adicionais
• Protocolo de Steiner
• Variações das Medidas Padrões
POSIÇÃO IDEAL DOS INCISIVOS
• Principais Forças que atuam nos Incisivos
• Cálculo da Discrepância Total
• Fórmula de Margolis
• Triângulo de Tweed
• Recolocação de Incisivos de Steiner
• Linha "I"
• Individualização da Posição Ideal dos Incisivos
• Variações raciais
SOBREPOSIÇÕES CEFALOMÉTRICAS
• Sobreposição em SN
• Sobreposição da Maxila e da Mandíbula
• Sobreposição de Bjork
• Variações de ANB
Histórico
Histórico da Cefalometria
3
Mais informações sobre o Plano de Frankfurt: www.acbo.org.br/revista/biblioteca/frankfurt
Segundo Björk (1947), Welcker, em 1896, um ano após a descoberta dos
raios X. recomenda as radiografias da cabeça para estudar o perfil ósseo, e
Berglund, em 1914, relaciona o perfil ósseo com o perfil tegumentar. 4
4
Tegumento: revestimento externo do homem ou dos animais (pele, pe-
nas, escamas).
Carrea com um compasso de triangula-
ção geométrica toma medidas em uma
paciente, as quais depois compara com
as medidas cefalométricas.
Em 1931, Broadbent publica "A new X-Ray technique and its application to
orthodontics" no Angle Orthodontist de abril (trabalho lido, anteriormente,
no Congresso da Chicago Dental Society, em 4 de fevereiro de 1931). Este
artigo é reconhecido como o marco Inicial da cefalometria radiográfica.
Utiliza um cefalostato de sua própria concepção, de excelente qualidade a
precisão, que basicamente vem sendo usado até nossos dias. Impõe, defi-
nitivamente, o método de mensuração em radiografias da face, como uma
avaliação científica para os problemas ortodônticos. As radiografias seria-
das, que antes eram tomadas com cefalostatos imperfeitos e por isso ques-
tionado o seu valor, depois de Broadbent passam a ser consideradas im-
prescindíveis na observação do crescimento a na avaliação dos tratamentos
ortodônticos.
Por tudo isso, Broadbent, com muita justiça, é considerado o pai da cefa-
lometria radiográfica.
Estudo de Broadbent (BROADBENT, B. H. The face of the normal child.
Angle Orthod., 7:198, Oct. 1937)
Vista do jantar de abertura da 6ª' Jornada da SÃO, a qual teve como presi-
dente Raul Otaño Antier e a pesença do Professor Arthur do Prado Dentas.
Em, 1961, convidado pelo saudoso e memorável Prof. José Édimo Martins,
veio ao Brasil Steiner, ditando curso na Universidade Federal do Rio do
Janeiro. Esta fotografia e nome dos participantes do curso estão relaciona-
dos em: www.acbo.org.br/revista/livro_cefalometria
Uma solução mais completa poderia ser alcançada por meio de tecnolo-
gia de processamento digital de imagens, o que transporia as limitações
citadas. Obviamente, esse sistema resultaria em acréscimo inimaginável
na quantidade e na qualidade de informações obtidas. Os autores concluí-
ram afirmando que o processamento digital de imagens encontra-se em
desenvolvimento. No futuro, essa tecnologia permitirá a criação de mode-
los multidimensionais que integram forma e função. Esses modelos serão
interativos e permitirão uma visão próxima da real em relação à estrutura
anatômica que estiver sendo estudada. Esses avanços na área de diag-
nóstico por meio de sistemas digitais, ampliará a precisão e a confiabili-
dade do diagnóstico e do planejamento ortodôntico, tanto na clínica quanto
na pesquisa.
Em 1985, esse sistema foi ampliado e migrou para a plataforma PC, sen-
do que em 1992 evoluiu para a plataforma Windows 3.11 adicionan-
do novos avanços. A evolução do SIDCCC continua até os dias de hoje,
agora incorporando avanços em 3D. O grupo Capelossi (Omnident) passou
a comercializar este programa desde 1982, quando ele ainda rodava em
Apple. Aliás, é de justiça salientar que, desde muito tempo, o grupo
Capelossi, liderado por Sávio Capelossi, acreditando no esplendoroso futuro
da informática na Odontologia, investiu com todas as suas forças neste
promissor mercado, que então apenas se vislumbrava. O "Omnidental
Computer News" foi o primeiro boletim brasileiro, de informática na O-
dontologia. Ressalta-se a presença constante nos Congressos de Marcos
Capelossi, divulgando, com conhecimento e tenacidade, a cefalometria
computadorizada até o fim de seus dias.
O primeiro trabalho publicado no Brasil sobre cefalometria computadoriza-
da, de que se tem conhecimento, é de Salvego, R.I.: "Análise Cefalomé-
trica por Computador", Piracicaba, Tese de Mestrado, Faculdade de Odon-
tologia de Piracicaba, UNICAMP, 1981.
O índice de idade carpal, ainda que não seja cefalometria, está intimamen-
te ligado com estudos cefalométricos de crescimento e convém ressaltar
que Orivaldo Tavano, na década de 80, desenvolveu programa que
comparava dados registrados com as tabelas de Eklöf & Ringertz, emi-
tindo relatório da estimativa da Idade Óssea do paciente em análise. Este
software foi incorporado por vários sistemas de Cefalometria Computadori-
zada. Salienta-se que no ano de 1996, foi desenvolvido pela CDT um
novo software de estimativa da idade óssea com a assessoria científica do
Professor Orivaldo Tavano, que o adaptou para ser utilizado nas crianças
brasileiras.
5
Veja também "Noções de Exames por Tomografia Computadorizada e Seu Uso na Odontolo-
gia" - Prof. Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes. Disponível em formato digital na Internet:
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/tomografia
Referências Bibliográficas
BROADBENT, B.H. The face of the normal child. Angle Orthodontist, Apple-
ton, vol. 7, p. 183-208, Oct., 1937.
LIU, Y.T.; GRAVELY, J.F. The reliability of the “Ortho Grid” in cephalometric
assessment. British Journal of Orthodontics, Oxford, v. 18, n. 1, p. 21-27,
Feb., 1991.
STEINER, C.C. Cephalometrics for you and me. American Journal of Ortho-
dontics, St. Louis, v 39, n. 10, p. 729-55, Oct. 1953.
Introdução
Conceito
Importância
Daí a razão deste livro, que usando linguagem simples a partindo de con-
ceitos básicos, procura atingir também o não-especialista em ortodontia.
6
Do grego kephale = cabeça
Por serem válidas ainda hoje, transcrevemos as sábias palavras de Steiner,
na introdução de seu célebre trabalho A cefalometria para você e para
mim, publicado em 1953.
Cefalogramas
Análises Cefalométricas
7
É de justiça registrar que Sassouni recomendou o estudo tridimensional
em 1962.
Osso Basal, Osso Alveolar e Dentes
Nomenclatura
Disrelações Dentárias
8
Anomalia de tamanho ou posição da mandíbula, maxila ou ambas.
maxila = maxila projetada para a frente em relação à mandíbula e a outras
estruturas craniofaciais.
Com apinhamento
Com biprotrusão
Classe I(neutroclusão)
Com combinação das duas
Outras anomalias
Classe II, 1ª Divisão
Classe II(distoclusão) Subdivisão
Classe II, 2° Divisão
Classe II (Distoclusão)
Subdivisão
Classe I, degrau mesial não maior Classe III, degrau mesial maior que
que 2mm 2mm
Representação Esquemática de Relações Dentofaciais
JANSON, G., et al., Class II subdivision treatment success rate with sym-
metric and asymmetric extraction protocols. Am J Orthod Dentofacial Or-
thop, 2003. 124(3): p.257-64.
Técnicas Radiográficas
Cefalométricas
Noções da Técnica Radiográfica
9
Ampére: unidade de fluxo da corrente elétrica intensidade da corrente que flui. Refere-se a
“quantidade”.
Miliampére: um milésimo da ampére.
10
Volt: unidade de pressão elétrica que força a corrente através do circuito. Refere-se a
"qualidade” de energia elétrica que passa.
Quilovolt: 1.000 volts
Fotografias de Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes
Oliva do cefalostato, na haste verti- Apoio de glabela, que proporciona
cal translúcida inseridas no conduto imobilidade relativa. Nele pode ter
auditivo externo do paciente. escala milimétrica para calibrar a
magnitude.
Posicionamento do paciente:
• Torso ereto;
• Lado esquerdo da face junto ao porta-filmes (tomada lateral): pla-
no de Frankfurt na horizontal;
• Olivas do cefalostato introduzidas nos condutos auditivos externos
do paciente, de tal forma que fiquem exercendo ligeira pressão pa-
ra cima, elevando levemente os condutos auditivos externos;
• Dentes máxima intercuspidação habitual (MIH);
• Musculatura perioral em repouso, ocorrendo fechamento labial so-
mente quando ele é conseguido sem esforço muscular.
A PNC realmente é uma informação importante que deve ser inserida como
padrão nas fotografias dos pacientes.
Considerações
Segundo, usar a PNC no cefalostado (que neste caso não deve ter as olivas
inseridas nos condutos auditivos) elimina uma posição padrão para as te-
lerradiografias seriadas, do próprio paciente, no seu acompanhamento
cefalométrico. o qual não irá reproduzir a sua PNC de forma igual através
dos anos.
Por certo cada profissional, em acordo com suas convicções, pode reco-
mendar ao radiologista que realize suas telerradiografias na PNC. Porém,
neste caso devem ser considerados que:
11
Effect of Head Orientation on Posterior Anterior Cephalometric Landmark Identification
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/erro_rotacao
Considerações sobre os Erros em Cefalometria
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/erro_cefalometria
Efeitos dos Erros de Projeção Sobre as Grandezas Cefalométricas das Análises de Steiner e
McNamara
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/erro_projecao
Referências Bibliográficas12
PACINI, AL. Roetgn Ray antrhropology os the skull . J. Radiol, 230-8. 322-
31, 418-26, 1922.
12
Avaliação Cefalométrica da Orofaringe
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/orofaringe
Introduzione - Considerações Cefalométricas (trabalho em italiano)
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/introduzione
Posição da Mandíbula nas Técnicas Radiográficas Cefa-
lométricas
Com Roth (1981); Ricketts (1982 e 1982); Carter & Mohler (1987 e 1987) e
outros consolidou-se o consenso de que o Diagnóstico e o Plano de Trata-
mento, em Ortodontia e Ortopedia Facial, devem ser feitos em Relação
Cêntrica (RC).
Mesmo com a evidência de que o Diagnóstico deve ser feito em RC, a mai-
oria dos radiologistas brasileiros, realiza radiografias cefalométricas com a
mandíbula em posição de MIH, conforme demonstrado por Pereira (1993)
e Pereira, Eid e Castro Lopes (2009). Ocorre que, freqüentemente, o radio-
logista tem dificuldade em posicionar a mandíbula em RC. O próprio orto-
dontista, algumas vezes, não consegue determinar a RC na primeira con-
sulta, em que o paciente está contraído. Roth ( 1981) ; Fantini e Abrão (
2001 ); Andrighetto, A.R. (2006) recomendam a utilização de placas rela-
xantes para que se consiga determinar a ROC com precisão. E há casos em
que é impossível levar a mandíbula para ROC por interferências dentárias
que impedem que se chegue a esta posição.
Deve ser ainda considerado que uma posição padrão deve de ser facil-
mente encontrada, na maioria dos pacientes, e que possa ser mantida
durante os procedimentos técnicos radiográficos. A Posição de Repouso
pode ser encontrada com relativa facilidade, mas é difícil de manter o paci-
ente, nesta posição, durante os procedimentos técnicos radiográficos.
Isto posto, fica inviabilizado o padrão em RC, para a tomada das telerradio-
grafias, como seria o ideal, e considera-se madura e de bom senso a atitu-
de dos radiologistas, em adotarem a posição de MIH como padrão. Real-
mente, é melhor um erro conhecido do que um erro que não se
conhece.
Porém, é relevante considerar que em muitos casos de maloclusão há ex-
pressivos deslizamentos de RC para MIH os quais, nos estudos cefalométri-
cos em norma lateral, no sentido póstero-anterior, são altamente significa-
tivos. Como ocorre nos casos das “Falsas Classes III”, nas quais Incisivo,
na posiçao de MIH, apresentam-se em articulação invertida e em RC mos-
tram-se em topo-a-topo, o que altera o plano de tratamento.
Vale salientar que, aqueles que realizam a tele em RC, sempre que possí-
vel, ou que o fazem atendendo a determinação do solicitante, devem regis-
trar o fato. Isto é, devem registrar que a técnica radiográfica foi feita com
a mandíbula na posição de RC, ou que se tentou o procedimento sem con-
seguir e que a posição tomada foi de MIH. O profissional que solicitou a
radiografia cefalométrica deve ser informado em qual a posição em que ela
foi realizada, salvo que se use a posição padrão de MIH.
Begg, P.R. : Stone Age Man's dentition with reference for its treatment; J.
Orthod. 4o (nos. 4, 5, 6 e 7), 1954.
Pedersen, P.O.: The Degree of Attrition of the Deciduos teeth and first
Permanent Molars of Primitive and Urbanised Greenland Natives. Brit. Dent.
J. 99 - 35:43 - 1955.
Técnica do
Traçado Cefalométrico
Desenho Anatômico - Traçado Manual
13
Algumas análises originadas na Europa colocam o perfil anterior para voltado para a es-
querda do observador.
Acidentes Anatômicos Sagitais
Sela túrcica. Aparece como uma linha espessa. Traçar o centro da linha.
Se a sela túrcica aparecer com imagem dupla, a telerradiografia deve ser
repetida. Certamente não foi tomada corretamente em norma lateral, com
o plano sagital paralelo à película.
Região nasal e frontal. Traçar a parte mais externa do perfil ósseo, mar-
cando a sutura frontonasal, que aparece nitidamente.
14
Padrão USP.
15
Alguns aparelhos de Raio X, na atualidade, só possibilitam a posição do lado direito.
Considerando que o raio central incide nas olivas auriculares, ele está sem-
pre atrás das estruturas da face. Em princípio, o lado esquerdo é o de me-
nor tamanho. Nas estruturas abaixo de Frankfurt, o lado esquerdo é a ima-
gem superior, o lado direito é a imagem inferior. Ao contrário com as
estruturas acima de Frankfurt. Estas considerações podem perder validade
se o paciente não foi posicionado no cefalostato ou há assimetrias muito
significativas.
Olivas auriculares. As duas imagens das olivas (em aparelhos bem cali-
brados) superpoem-se exatamente, sendo que a da direita apresenta ima-
gem um pouco maior que a da esquerda.
16
Comparison of Three Superimposition Methods
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/comparacao_tres
Avaliação das Estruturas Anatômicas para Sobreposição Cefalométrica Maxilar Utilizando
Telerradiografias em Norma de 45 Graus
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/tese_evandro
Capítulo V
Pontos Craniométricos
Na cefalometria é necessário estabelecer pontos que sirvam como referên-
cias básicas; estes são chamados pontos craniométricos ou cefalométricos,
que, em sua maioria, foram herdados da antropologia. São pontos preci-
samente determinados por diferentes autores, sendo localizados em aci-
dentes anatômicos, facilmente identificáveis ou em posições geométricas.
17
Por tradição, herdada da craniometria, mede-se o lado esquerdo da face. Por este motivo,
convencionou-se, universalmente, posicionar o paciente com o lado esquerdo junto a película
que estando mais próximo desta apresenta menor distorção.
18
O padrão USP toma o ponto médio entre as duas imagens, o que é interessante, tendo em
vista que alguns aparelhos não adotarem a norma de posicionar o lado esquerdo do paciente
voltado para a película, como foi ressaltado em Técnicas Cefalométricas Radiográficas.
Pontos médios sagitais
S - Ponto S B - Ponto B
N - Nasion Pg - Pogonion
P' - P linha E - Ponto E
Sbnp - Espinha nasal posterior Gn - Gnation
Spna - Espinha nasal anterior Me - Mentoniano
A - Ponto A
Pontos laterais
S - Ponto S Po - Porion
A - Ponto A Fpm - Fissura Pterigomaxilar
Pg - Pogonion Or - Orbitale
E - Ponto E Go - Gonion
N - Nasion FG - Fossa glenóide
B - Ponto B 6 - 1° molar superior
Gn - Gnation
P' - P linha
Me - Mentoniano
Sbnp - Espinha nasal posterior
Spna - Espinha nasal anterior
As siglas tradicionais, herdadas da antropologia, são Spna e Spnp. No en-
tanto, encontram-se na literatura ortodôntica Epna e Epnp. Como também,
simplesmente, Enp e Ena. Qualquer uma das siglas é válida, ainda que nós
prefiramos adotar a primeira.
19
Mais informações sobre Ponto S, Sela Túrcica e Esfenóide, com imagens colhidas do livro
"Anatomia Radiológica em Norma Lateral", de Graciela Porta (2009):
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/lateral_porta
Nasion (N) (PM). Ponto na parte mais
anterior da sutura frontonasal, facilmente
identificável nas pessoas jovens. Quando
não se identifica a sutura, marca-se, na
região, a parte mais reentrante. Também
se observa a diferença de radiopacidade. O
osso frontal apresenta imagem mais radio-
paca que os ossos nasais.
Ponto A (A) (PM). Ponto mais profundo na concavidade que vai da espi-
nha nasal anterior (Spna) até o rebordo alveolar. É necessário ter em conta
a sombra da prega da espinha nasal anterior Ela mascara a verdadeira
localização do ponto A.
A espinha nasal anterior forma uma prega que desce abaixo do ponto A,
apresentando, na radiografia, uma imagem levemente radiopaca, a qual
não deve ser considerada na determinação do ponto.
Ponto P' (P') (PM). Marca-se P' no lugar em que a linha nasion-ponto A
(N-A) cruza a imagem da porção anterior do assoalho das fossas nasais. A
porção anterior do assoalho das fossas nasais apresenta, na telerradiogra-
fia, uma imagem nítida, como uma linha horizontal radiopaca, que se traça
desde o buraco incisivo, na crista nasal, até a espinha nasal anterior. O
ponto P' é usado para traçar a linha I de Interlandi.
Ponto E (E) (PM). Marca-se o ponto E na coincidência da iminência
mentoniana com uma perpendicular à linha gonion-mentoniano (Go-Me). O
ponto E não é necessariamente coincidente com o pogonion. O ponto E é
usado para traçar a linha I de Interlandi.
Ponto S (Se) (PM). Ponto S com marca Schwarz. Ponte médio na entrada
da sela túrcica Orbitale (Or) (PL). Ponto orbitale como marca Schwarz.
Ponto médio entre o nasion e o ponto A.
Orbitale (Or) (PL). Ponto orbitale como marca Schwarz. Ponto médio
entre o nasion e o ponto A.
Referências Bibliográficas
Linhas e Planos
Nas radiografias, todas as estruturas anatômicas são projetadas em um só
plano, e reduzidas a duas dimensões. Como para a constituição de um
plano são necessários pontos em três dimensões, todos os planos, trazidos
da craniometria, na radiografia transformam-se em linhas. Porém, por
tradição mantém o nome de planos20.
20
É o caso do plano de Frankfurt, plano palatino, plano oclusal, plano mandibular e plano
facial.
Linha S-N
21
A Spnp não é visualizada, com clareza, na telerradiografia. Marca-se a projeção vertical do
meio da fissura ptérigo maxilar.
Plano Oclusal
Linha Go-Me. Linha que passa pelos pontos gonion a mentoniano. É uma
terceira maneira de se representar o Plano Mandibular, usada por Interlan-
di e apresentada no workshop de Salzmann.
Plano Facial
Plano facial de Downs. Plano que passa pelo nasion a pelo pogonion.
Eixo "Y"
Cefalograma de Wylie
A análise cefalométrica de Wylie, ou cefalograma de Wylie, avalia o equilí-
brio entre segmentos da face. Analisa proporções, eliminando o erro da
simples avaliação de grandezas isoladas. A análise é feita, separadamente,
no sentido póstero-anterior e no sentido vertical.
Segmentos medidos entre pontos per- Segmento medido entre pontos perpen-
pendicularmente projetados ao plano de dicularmente projetados ao plano man-
Frankfurt. dibular.
22
O centro da Fpm é representativa da Spnp que não é bem visualizada nas telerradiografias.
Na realidade o tamanho da maxila é de Spnp - Spna.
Fissura pterigomaxilar (Fpm) ao centro do 1º molar superior (6).
Os centros da fissura pterigomaxilar e do 6 são transportados ao plano de
Frankfurt em perpendiculares a ele formando um segmento representativo
dos pontos Fpm e 6. Este segmento indica a posição do 6 em relação à
maxila. Preferimos não considerar este fator, que é puramente dentário
Todos os outros valores da análise de Wylie representam grandezas esque-
léticas.
Fossa glenóide (FG) ao pogônio (Pg). A parte mais posterior da fossa
glenóide e a parte mais anterior do mento, por perpendiculares, são trans-
portadas ao plano mandibular, formando um segmento representativo dos
pomos FG e Pg. Este segmento indica o tamanho da mandíbula Quando
está aumentado representará macrognatia mandibular, quando diminuído
representará micrognatia mandibular.
Cefalograma de Wylie
Análise póstero-anterior
Mandíbula
Referências Masc. Fem. Pac. Retr. Prog.
Fossa glenóide à ST 18 17 17 1
ST à fissura pterigomaxilar 18 17 20 2
Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) 52 52 58 6
Fissura pterigomaxilar a 6 15 16 16 1
Comprimento mandibular (FG-Pg) 103 101 97 6
Total 15 1
Diferença 14
Mandíbula
Referências Masc. Fem. Pac. Retr. Prog.
Fossa glenóide à ST 18 17 20 2
ST à fissura pterigomaxilar 18 17 19 1
Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) 52 52 49 3
Fissura pterigomaxilar a 6 15 16 16 1
Comprimento mandibular (FG-Pg) 103 101 104 1
Total 4 4
Diferença 0
Mandíbula
Referências Masc. Fem. Pac. Retr. Prog.
Fossa glenóide à ST 18 17 17 1
ST à fissura pterigomaxilar 18 17 20 2
Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) 52 52 56 4
Fissura pterigomaxilar a 6 15 16 15 0 0
Comprimento mandibular (FG-Pg) 103 101 97 6 1
Total 12 1
Diferença 11
Análise Vertical
Tabela de Highley
Análise Póstero-Anterior
Análise Vertical
Cefalograma de Steiner
Steiner, em 1953, em seu célebre trabalho "Cephalometrics For You and
Me", apresenta ao mundo ortodôntico o seu cefalograma. Rapidamente é
difundido, sendo, até hoje, de uso universal. Ele aproveitou os ângulos SNA
e SNB de Riedel, os ângulos interincisivos e SN-plano oclusal de Downs e
idéias de outros autores, como Wylie. Thompson e Margolis. Fundamentou
o seu cefalograma em:
Linha sela túrcica (S) - nasion (N). Steiner escolheu a linha S-N como
referência de sua analise. Considera que os pontos S e N são facilmente
identificáveis, no perfil radiográfico, e por estarem localizados no plano
sagital médio não apresentam variações em pequenas alterações na posi-
ção da cabeça.
Ângulo SNA = 82°
Ângulo ANB: ponto A-nasion (N) ponto B. O ângulo ANB indica a rela-
ção maxila-mandíbula no sentido posterior-anterior. O valor ideal de 2º
não é uma imposição estética. É uma imposição fisiológica. Os incisivos
superiores devem ocluir cobrindo os inferiores. Toda a mecânica fisiológica
está dirigida para que os incisivos funcionem desta maneira. Variações,
próximas aos 2°, são perfeitamente compensadas por diferentes posições
dos incisivos. Porém, variações maiores determinam posições impróprias e
não salutares para os incisivos. Segundo Tweed, quando ANB está entre 0°
a 4,5°, há um padrão esquelético de Classe I. Quando situa-se acima de
4,5°, o padrão esquelético é de classe II. Abaixo de 0° (ANB negativo), o
padrão esquelético é de classe III. Quando ANB se mantém ao redor de
2°, as variações de SNA e SNB, em conjunto, um pouco para a frente, ou
um pouco para trás, não têm significado fisiológico, apenas significado
estético. Este significado estético pode depender do grupo racial ao qual o
individuo pertence.
Longo Eixo 1.NA = 22º
Distância de 1.NB em mm
Desejável = 4 mm para ambos
Estas grandezas não têm valor como elemento de diagnóstico. São regis-
tradas apenas como documentação para avaliações seriadas. Como regra,
devem ser tomados os molares esquerdos, porém, em caso de perda des-
tes dentes, toma-se o direito, registrando o fato.
Detalhe Ampliado
Distância 6 - NA = 27 mm
Distância 6 - NB = 23 mm
Pogônio - NB = mm
Ângulo S-N . Go-Gn. Steiner considera que muitas vezes é difícil deter-
minar o plano mandibular (*), devido a curvaturas da borda inferior da
mandíbula. Prefere adotar a linha Co-Gn, de i que melhor representa a
parte inferior do corpo da mandíbula. As variações do valor médio do ângu-
lo SN . Go-Gn (32°) indicam rotação da mandíbula. As rotações da mandí-
bula, ou seja, suas displasias esqueléticas verticais, podem ocorrer por
diversos fatores:
Distância E-S . Distância S-L. Steiner transporta para a linha S-N, por
perpendiculares, a parte mais posterior do côndilo mandibular (ponto E) e
a parte mais anterior da mandíbula (ponto L), medindo-os com o ponto S .
(E-S = 22mm e S-L = 51mm). Ambas as medidas são extremamente variá-
veis de um paciente para outro, a não têm valor como medidas absolutas.
São de valor para estudos comparativos em radiografias seriadas.
Medidas Adicionais
Eixo "Y"
Com Plano de Frankfurt = 59°
Com SN = 66°
A linha “H” de Holdaway relaciona, pela primeira vez, o perfil mole com
estruturas esqueléticas e representa um importante conceito estético do
perfil. Foi incorporada a análise de Steiner, como um suplemento altamen-
te significativo, até que este apresentou a linha "S", que está descrita na
pagina seguinte.
Linha "H”. Toca a parte mais anterior do mento e a parte mais anterior do
lábio superior. Considera-se um perfil esteticamente favorável quando esta
linha deixa o lábio inferior ligeìramente para trás e passa pelo "S" do nariz,
cortando-o ao meio. Mede-se ainda o ângulo formado pela linha "H" com
NB. Para Steiner o valor deste ângulo deve ser 9°, para Holdaway 8° e
para Tweed 7°. Isto vem demonstrar que o conceito da beleza de Tweed é
mais retrusivo que o de Steiner. Deve ser considerado que estes valores
são para ANB de 1° e 3°. Se ANB for maior o valor do ângulo H.NB deve
variar na mesma proporção.
Linha "S"
Linha "S". Para relacionar o perfil tegumentar com a linha NB, Steiner
inicialmente usou a linha "H" de Holdaway, que relatamos na pagina ante-
rior. Porém, posteriormente, ao seu cefalograma original, acrescentou a
Linha “S" que vai do Pogônio mole até a metade da base do nariz. Quando
os lábios estão ligeiramente para trás desta linha disse que o perfil é nor-
mal. Quando estão muito para trás o perfil e retrusivo e se os lábios estão
para frente desta linha o perfil e biprotrusivo. Há variações raciais signifi-
cativas.
Estes valores, considerados como "normais" por Steiner, podem variar por
circunstâncias diversas, algumas vezes compensando-se uns por outros e
resultando em bom padrão esquelético. Os ângulos SNA e SNB podem
sofrer variações em função dos conceitos estéticos e raciais. Já o ângulo
ANB ao redor, de 2° é uma imposição morfológica que possibilita a boa
relação dos incisivos superiores, cobrindo os inferiores, ocorrendo variações
significativas para mais ou para menos de 2° os incisivos terão de ocupar
posições inadequadas em suas bases ósseas e isto será patológico. Pg - NB
não tem valor padrão, depois da puberdade ele cresce ainda alguns milí-
metros.
Burlington
Idade Número Média Desvio Idade Número Média Desvio
homem padrão mulher padrão
3 16 5.8 1.5 3 12 5.5 1.9
6 30 5.0 1.7 6 22 5.1 1.6
9 30 4.0 1.7 9 22 3.7 1.1
12 30 3.7 1.7 12 22 2.9 1.0
20 30 2.8 1.9 20 22 2.3 1.5
THOMPSON, J. R. Letter: On SNA and SNB. Am. J. Orthod 65 (1) 88. Jan.
1974.
TWEED, C.H. The diagnostic facial triangle in the control of treatment ob-
jetives. Am. J. Orthod. 55 (6) 651-67, Jan. 1969.
Posição Ideal
dos Incisivos
Para o plano de tratamento ortodôntico, o ponto de partida é planejar qual
a posição ideal em que desejamos recolocar os incisivos. A modificação nas
posições dos incisivos centrais, no sentido póstero-anterior, chama-se dis-
crepância cefalométrica (DC). A DC será negativa quando se tem de levar
os incisivos para trás, e será positiva quando se tem de levar os incisivos
para a frente. A avaliação da discrepância cefalométrica é uma das impor-
tantes contribuições da cefalometria radiográfica.
A posição ideal dos incisivos, que desejamos prever, não é uma simples
procura da oclusão dos incisivos superiores e inferiores. É necessário ter
em conta várias imposições fisiológicas, morfológicas e estéticas, as quais
se tem procurado transformar em fórmulas e sistemas. Estes intentos, que
passaremos a descrever, são valiosos guias que nos servem de orientação
básica; porém, cada paciente é um indivíduo com características próprias
que têm de ser respeitadas. Será a sensibilidade clínica do profissional que
irá determinar a posição dos incisivos, depois de avaliar as considerações
cefalométricas e o exame direto do paciente.
Considerações
3 - Regra geral, os incisivos inferiores são levados para trás, ou são manti-
dos na posição inicial. Raramente devem ser levados para frente. Assim
sendo, a DC dos incisivos inferiores geralmente é negativa ou zero.
Discrepância Total
EP - ER = DM DC x 2 = DCa
DM + DCa = DT
Fórmula de Margolis
IMPA = 83°
Quando se encontra o novo valor para IMPA, no caso 83º, subtrai-se este
valor do IMPA original do paciente (no caso 104°) e se obtém a DC do
incisivo inferior em graus.
Dca = DC x 2
Dca = -8,4 x 2 = -16,8 mm
-16,8 é a DC da arcada dentária inferior
Steiner esclarece que aquela relação, angular e linear, que ele estabelece
para os incisivos em seu cefalograma, é válida quando o ANB é igual a 2°.
Quando o paciente apresenta valores diferentes de 2°, ele recomenda valo-
res também diferentes para as posições dos incisivos. Determina a posição
ideal para o incisivo superior e para o incisivo inferior, levando em conta o
valor do ângulo ANB.
Compromisso aceitável de: 1.NA (ângulo); 1-NA (mm); 1.NB (ângulo); 1-
NB (mm) para diferentes valores do ângulo ANB.
Problema de Steiner
Determinação da inclinação
do incisivo superior
Deve ser considerado que a linha "I” foi elaborada num período em que a
ortodontia se valia de valores cefalométricos sem a ênfase que destinamos
hoje, aos tecidos tegumentares. Portanto, o emprego da linha “I”, se res-
tringe, no meu entender em meu em policiar também. a relação de proxi-
midade com a limite anterior do periodonto. principalmente no que se refe-
re ao início das recessões gengivais no segmento anterior da arcada dentá-
ria inferior.
Individualizacão da Posição
Ideal dos Incisivos
Tonicidade Muscular
Perfil Tegumentar
Assim sendo, aqueles valores que nos indica Tweed, compromisso aceitável
de Steiner, linha I, etc., baseados unicamente no problema esquelético,
devem ser adaptados às condições musculares e às peculiaridades do perfil
tegumentar do paciente (tamanho do nariz, espessura dos lábios, tamanho
do mento mole). Também devem ser considerados os conceitos estéticos
do grupo a que pertence o paciente, bem como suas características raciais.
Por outro lado, algumas vezes são as condições esqueléticas que limitam
nossos propósitos estéticos no tegumento.
Nota: Por certo que a cirurgia ortognata é a melhor solução para os casos
de discrepâncias esqueléticas que não podem ser compensadas com repo-
sicionamento dentário. Porém, não cabe aqui avançar nestas considera-
ções, as quais podem ser econtradas em:
www.acbo.org.br/revista/livro_cefalometria
Pontos do Perfil Tegumentar
Idade: 11 anos
Sexo: feminino
Cálculo de IMPA
180° - (128° + 68°) = 84° 84° - 90° = -6°
-6° ÷ 2,5 = -2,4mm
Caso com nariz, pogonion ósseo e pogonion mole grandes, lábios relativa-
mente finos, determinando, somente por estes fatores, um perfil côncavo
(retrusivo). Um mau perfil, para o nosso conceito de beleza, agravado ain-
da com o fato de que é um paciente jovem. Com o passar dos anos, nariz
a pogonion devem crescer ainda mais, acentuando, por si só, o perfil retru-
sivo. Ainda assim, com todo este perfil retrusivo, o triângulo de Tweed,
sem considerar outros fatores além do esquelético, recomendaria retruir os
incisivos 6°, ou seja, -2,4mm. Pela linha “I”, de Interlandi, deveríamos
protruir os incisivos.
Caso Clínico 4
Cálculo de IMPA
180° - (29° + 68°) = 83° 83° - 88° = -5°
-5° ÷ 2,5 = -2mm
Caso com pogonion grande. Segundo Tweed, que não considera pogonion,
deveria-se retruir os incisivos em -2mm. A linha “I” tem discrepância zero.
A linha “H” sugere protrusão dos incisivos. Seguindo o nosso conceito de
beleza gostaríamos de protruir os incisivos. No entanto, neste caso há ANB
negativo. Se levarmos os incisivos para frente, deveremos fazer o mesmo
com os incisivos superiores e com isto iríamos afastá-los demasiadamente
de sua base ósseas. Apresenta-se assim fator esquelético que limita nosso
propósito estético de protruir incisivos. Por certo que a cirurgia do mento é
a melhor solução. Porém, nosso intento aqui é mostrar, de forma elemen-
tar, a ocorrência de fatores esqueléticos limitando propósitos estéticos.
Variação Racial
Dois casos apresentados por Sassouni como normais para seus grupos
raciais.
Branco
Negro
Referências Bibliográficas
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ortodôntico. Rio de Janeiro, Universidade Federal, 1980. Diss. mestr.
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thod., 45 (7):481-507, July 1959.
Sobreposição de
Análises
A sobreposição de cefalogramas seriados, de um mesmo paciente, apre-
senta importante valor para a observação da tendêncìa de crescimento
facial e avaliação do tratamento.
Sobreposição de análises
Na linha SN, coincidindo em N
Caso 7.745 de
Björk
Sobreposição em
base anterior do
crânio
Caso 7.745 de
Björk
Sobreposição parci-
al da mandíbula
nos implantes
metálicos
Variações de ANB
O ângulo ANB tem tendência de 75% em diminuir seu valor com o cresci-
mento. Isto ocorre porque a componente horizontal do crescimento mandi-
bular é geralmente maior do que a mesma componente na maxila.
Também o ângulo ANB diminui por outros fatores, que serão descritos
neste capítulo.
23
Farta e completa documentação deste estudo encontra-se em
www.cleber.com.br/burlin.html
Diminuição do ângulo ANB
por rotação da maxila
Nas rotações da maxila, para baixo e para trás, o ponto A é levado para
trás e diminui o ângulo SNA e, conseqüentemente, o ângulo ANB, o que
pode ser observado na sobreposição da linha S-N, fazendo coincidir o pon-
to N.
BORK, A. Facial growth in man, studied with the aid of metallic implants. Acta
Odont. Scand, 13(9): 9-33, 1955.
-. The use of metallic implants in the study of facial growth in children: method and
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NELSON, T O. A study of facial growth utilizing elements of the cranial base for
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PEREIRA. C.B. "Variações do ângulo ANB" - Rev. Gaúcha do Odont. 36: (3) Mai-
o/Jun 1988.
Tendência de
Crescimento Facial
Tatsuko Sakima
Joel Cláudio Da Rosa Martins
A cefalometria é utilizada em ortodontia, primariamente, para o diagnóstico
dos desvios morfológicos da face. Nestas circunstâncias, a morfologia da
face é comparada a um padrão composto por médias advindas de investi-
gações de grandes amostras populacionais. Um plano de tratamento ade-
quado é baseado também em medidas cefalométricas, principalmente
quando a decisão de extrações dentárias tem que ser tomada. Reavalia-
ções do tratamento ortodôntico, envolvendo, muitas vezes, mudanças de
estratégias, devem ser baseadas em traçados cefalométricos. No final do
tratamento, as superposições das telerradiografias inicial e final podem
indicar como o tratamento influenciou o crescimento craniofacial. Todo
esforço de prever como a face do paciente vai ser alterada com o trata-
mento, especificamente no paciente em crescimento, é baseada em dados
da literatura e nas observações clínicas e nos traçados cefalométricos do
próprio paciente.
Baseado nos fatos acima, podemos dizer que nenhuma previsão é absolu-
ta, e que depende invariavelmente do padrão individual. É importante sa-
bermos se o paciente apresenta bom padrão esquelético, e se o crescimen-
to vai ser favorável à terapia ortodôntica indicada. Estes conhecimentos
são importantes no estabelecimento do diagnóstico e do plano de trata-
mento, indicando-nos a meta a seguir.
As faces das crianças crescem para baixo e para frente, determinado pela
orientação das suturas sagitais do complexo naso-maxilar. As diferentes
tendências de crescimento faciais foram classificadas como do tipo A, tipo
B e tipo C, e cada uma delas apresentando uma subdivisão.
JARABAK, J.R. & FIZZEL,B.S. – Technique and treatment with the light new
appliance. The C.V. Mosby, St. Louis, 1963, p.138.
Interpretação Esquemática
das Maloclusões
Os padrões estéticos e as imposições fisiológicas de normalidade não se
apresentam com seus valores exatamente, como indicam as análises cefa-
lométricas. Nem mesmo aqueles casos considerados ideais não se encon-
tram com todas as medidas coincidentes. Não raras vezes, medidas diver-
sas dos padrões de normalidade compensam-se mutuamente, resultando
em boa relação esquelética e boa oclusão dentária. São muitos fatores que
se apresentam formando diferentes combinações.
O incisivo inferior, com Go-Gn de 93°, passou para 104°, com NB de 25°
passou para 33°; e a distância de 1-NB, que normalmente é 4 mm, passou
para 7 mm.
A Classe II, vista unicamente no aspecto dentário, como foi concebida por
Angle, caracteriza-se pela relação molar distal, isto é, a cúspide mésioves-
tibular do 1° molar superior ocluindo entre o 1° molar e o 2° premolar
inferior.
A Classe II poderá ser dividida em Classe II, 1ª divisão, com a relação
molar descrita e a presença de sobressaliênca incisal (overjet ou ressalte
incisal) e Classe II, 2ª divisão, também com a mesma relação molar descri-
ta e a presença de sobremordida (overbite ou sobrepasse incisal), sem
sobressaliênca incisal.
Porém, nas análises cefalométricas em que se relacionam as arcadas den-
tárias com outras estruturas da face (maxila, mandíbula, base do crânio)
evidencia-se que existem várias formas de Classe II. Algumas exclusiva-
mente dentárias, outras com comprometimento da maxila, da mandíbula
ou de ambas.
A Classe III, vista unicamente no aspecto dentário, como foi concebida por
Angle, caracteriza-se pela relação molar mesial, isto é, cúspide mésio ves-
tibular do 1° molar superior ocluindo entre o 2° e o 1° molares inferiores.
Pode haver sobressaliência incisal negativa, levando a uma articulação
invertida dos incisivos ou os incisivos ocluírem topo a topo.
Outras Análises
(Comentários)
Críticas à Análise de Steiner
24
Para determinar o plano de Frankfurt, Ricketts não usa o porion "metálico" (oliva do cefa-
lostato). Utiliza o porion ósseo verdadeiro. Surpreendem as significativas diferenças entre um
e outro sistema.
Em decorrência destas críticas e da evolução da ortodontia, surgiram ou-
tras análises, nas quais reconhecemos grande validade.
Análise de WITS
25
WITS é a sigla da University of Witwatersrand, Johannesburg, África do Sul.
Proportional Template de Jacobson
26
"Template" = Lâmina plástica transparente com traçado de estruturas anatômicas, linhas e
números, que superpostos ao diagrama inicial do paciente facilita a interpretação dos desvios
da normalidade.
No início, quando Ricketts apresentou o VTO, havia muitas previsões que
eram baseadas em observações pessoais, pouco comprovadas. Com o pas-
sar dos anos, a experiência de muitos casos e a comprovação de resulta-
dos acumulados em computador deram ao VTO uma previsão objetiva,
com probabilidade de acerto em 85% dos casos. Newton de Castro, em
1968, foi um dos primeiros a divulgar a análise de Ricketts no Brasil. À
partir de 1974, a Sociedade Paranaense de Ortodontia, por meio de publi-
cações e cursos, passou a liderar a divulgação desta análise em nosso país.
A Eros Petrelli, principal líder do SPRO, delegamos a tarefa de suscintamen-
te contar ao leitor alguma coisa da análise de Ricketts, e indicar-lhe o ca-
minho para seu aprendizado.
Campo I: dentário
Campo II: esqueletal
Campo III: dentofacial
Campo IV: estético
Campo V: craniofacial
Campo VI: estruturas internas
27
Professor Chefe do Departamento de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universi-
dade Federal do Paraná.
A análise frontal apresenta-se em 18 fatores.
Dentes
7. Incisivo inferior para APg +1mm '2mm Nenhuma alteração com idade
8. Inclinação do incisivo 22º '4º Nenhuma alteração com idade
9. Molar superior para PTV Idade + 3mm Altera 1mm por ano
Perfil
10. Lábio inferior para plano E 2mm '2mm Menos protusivo com o crescimento
Referências Bibliográficas
Cefalometria Computadorizada
(Em construção)
Sumário
• Cefalometria Computadorizada
o Introdução
o A Análise Cefalométrica
o Mesas Digitalizadoras
o Telerradiografia no Monitor do Computador28
o Programas
28
Veja também "Noções de Exames por Tomografia Computadorizada e Seu Uso na Odonto-
logia" - Prof. Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes. Disponível em formato digital na Internet:
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/tomografia
Cefalometria Computadorizada
Introdução
Antonio de Almeida
Cléber Bidegain Pereira
Paulo Roberto Tatsuo Sakima
A Análise Cefalométrica
29
Avaliação de um programa de traçado cefalométrico
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/computadorizada_felicio
Mesas Digitalizadoras
30
Avaliação de Dois Métodos de Digitalização de Radiografias Cefalométricas
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/digitalizacao_radio
Análise Comparativa Entre Imagens de Telerradiografia em Películas Digitalizadas através de
Scanner e Máquinas Fotográfias
www.acbo.org.br/revista/biblioteca/scanner_foto
Cefalometria Computadorizada e os Serviços de Documentação Ortodôntica (VCETOO, CRA-
NEUM)
www.craneum.com.br/cefalometria_spo2002.htm
Programas
Mas, como foi dito acima, necessitam de bancos de dados para guardar as
análises de diferentes pacientes e as análises do mesmo paciente. Em al-
guns programas são associados bancos de imagens para fotos intra-orais,
faciais, de modelos e radiografias. A capacidade de armazenar e de recupe-
rar rapidamente os dados das análises, favoreceu as pesquisas e o desen-
volvimento de outros programas, como os de previsão de crescimento faci-
al, de visualização dos objetivos do tratamento e de simulação de trata-
mento ortodôntico e cirúrgico. Toda essa gama de opções representa im-
portante ajuda no diagnóstico, no planejamento e no controle da evolução
do tratamento (monitoramento).
Referências Bibliográficas
www.cleber.com.br/carlosjun.html
Capítulo XV
Cefalometria Computadorizada
Dolphin Imaging
na Cefalometria Computadorizada
e Diagnóstico Dento-Facial
Dr. Rolf M. Faltin
DUAILIBI M.T.; DUAILIBI S.E.; YOUNG C.S. et al. Bioengineered teeth from
cultured rat tooth bud cells. J Dent Res, v. 83, n.7, p. 523-528, Jul., 2004.
MAPLE JR; VIG KW; BECK FM; LARSEN PE; SHANKER S. A comparison of
providers’ and consumers’ perceptions of facial profile attractiveness. Am J
Orthod Dentofacial Orthop; 128 (6) : 690-6, 2005.
Cefalometria Computadorizada
Introdução
31
Especialista em Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares e Dor Orofacial e Disfunção
Temporomandibular. Coordenador do Programa de Educação Continuada em Ortodontia e
Ortopedia Funcional dos Maxilares – CTPOFM (Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Cuiabá).
32
Residente Post-Doc do Departamento de Ortodontia da Universidade de Michigan, Ann
Arbor. Mestrando em Ortodontia da PUC - Minas (IEC).
se emprega um sistema de análise cefalométrica computadorizada6 (Gribel,
1998). As distorções na localização de estruturas bilaterais acontecem em
virtude da diferença de profundidade dos campos avaliados4,5 (Lagravère e
Major, 2005 e Major et al 1994). Algumas tentativas de se aplicar a TC com
vistas a se obter uma cefalometria 3D foram realizadas no final do século
passado7,8 (DeFranco JC, Koenig HA, Burstone CJ, 1976, Chaconas SJ, Ca-
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