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Mama

• Glândula tubuloacinosa composta (exócrina e


apócrina) – é uma glândula sudorípara modificada,
sendo considerada um anexo cutâneo
• Ácino – dilatação distal de um ducto glandular
• Ácinos + ductos > lóbulos > lobos
• Origem – ectoderma
• Investigação de lesões – ultrassonografia +
mamografia
• Estroma intralobular – TCF entre os ácinos
• Estroma interlobular – TCD entre os lóbulos
(colágeno – ligamento de Cooper – sustentação)
• Lipossubstituição – tecido adiposo / pós menopausa

• Mama mulher jovem – mamografia com várias áreas esbranquiçadas / glândula mais densa (hiperdensa)
devido ao TCD fibroso, muita fibra colágena, pouco tecido adiposo
• Mama lactante – hiperplasia dos ácinos e ductos / hipertrofia do TC, porém mais estreito
• Mama pós menopausa – muito tecido adiposo (lipossubstituição) / pouco TCD / menos densa (hipodensa) /
mamografia menos esbranquiçada

• Ácino – ducto terminal – ducto lobular – ducto interlobular – ducto lobular segmentar – seio lactífero
• Ductos – epitélio cúbico ou cilíndrico simples (com células mioepiteliais)
• Ácinos – epitélio cúbico simples com células mioepiteliais (alo claro)

• Mamilo – TCD fibroso + músculo liso (erétil e amamentação)


• Mamilo e aréola – revestimento epidérmico com camada córnea espessa (proteção contra traumas na
amamentação) e pigmentação escura (Sinal de Hunter) sob estímulo hormonal
• Tubérculo de Montgomery – estruturas pilossebáceas / função de proteção

Influências Hormonais
• Estrogênio
▪ Crescimento longitudinal dos ductos
▪ Proliferação do epitélio mamário (mais nos ductos)
▪ Aumento TC ao redor dos ductos
▪ Aumento do tamanho da glândula
• Progesterona
▪ Proliferação do epitélio mamário (mais nos ácinos)
▪ Formação dos lóbulos
▪ Aumento no número de ductos terminais dentro de um lóbulo
▪ Edema do estroma INTRALOBULAR (vasodilatação) – aumento de volume da glândula e dor no
período pré menstrual
▪ Ciclo menstrual – aumento na segunda metade (tamanho, densidade, modularidade e sensibilidade)
• Prolactina e Ocitocina
▪ Desenvolvimento do tecido adiposo e do epitélio mamário
▪ Início da lactogênese
▪ Diferenciação da célula produtora de leite
Aline Gomes – Medicina T2 URI
Malformações
• Polimastia / Amastia / Hipomastia (desproporção entre as mamas)
• Síndrome de Poland (hemitórax) – defeito na parede torácica e mão – ausência da porção esternocostal do
mm. Peitoral maior, ausência do mm. Peitoral menor, hipoplasia do mm. Oblíquo externo, ausência de parte
do mm. Serrátil anterior, uma mão menor que a outra, falanges curtas, sindactilia
• Politelia – mais de um mamilo
• Simastia – fusão das mamas
• Telarca prematura – desenvolvimento mamário antes dos 8 anos sem sinal de puberdade

Condições não inflamatórias


• Hipertrofia juvenil – ambos os sexos / aumento
absoluto de estrogênio / aumento no número de ductos e
hiperplasia do epitélio ductal (lóbulos ainda não estão
formados) / regressão espontânea
• Hipertrofia neonatal – hormônios maternos
• Gigantomastia – crescimento desproporcional ao corpo
• Mama ectópica – polimastia e politelia
• Ectasia ductal – ductos mais dilatados do que o normal
• Necrose gordurosa – trauma na glândula que rompe
adipócitos, liberando ácidos graxos no local, gera acidez
com consequente calcificação distrófica

Patologias Benignas
• Etiologia – desequilíbrio hormonal / aumento do estrogênio / baixa de progesterona / ação da prolactina
• Fibroadenoma em jovens / cistos na perimenopausa
• Mastalgia (dor) - Aumento do estrogênio / Diminuição da progesterona / Hiperprolactinemia (medicamentos
e hipófise) / Alteração da sensibilidade dos receptores
• Nodularidade – localizada (Fibroadenoma) / generalizada (alteração fibrocística)

➢ Alteração fibrocística da mama


• Benigna mais comum
• “METAPLASIA APÓCRINA DA GLÂNDULA MAMÁRIA”
• Estrogênio em excesso sobressai sobre a progesterona
• Acomete a ULDT (Unidade Lobular do Ducto Terminal –
porção distal da glândula)
• Fibroblasto – aumenta colágeno – aumenta estroma
interlobular – colágeno retrai – dilatação dos ductos –
formação de cistos *** ocorre metaplasia do epitélio do ducto
• Fibrose, dilatação dos ductos e metaplasia do epitélio são as
3 alterações histológicas da alteração fibrocística
• Mamografia - Áreas extremamente densas e rígidas
• Ultrassonografia – verifica se há cistos nas áreas menos
densas da mamografia

Aline Gomes – Medicina T2 URI


1. Não Proliferativa – fibrose do estroma / ectasia ductal (dilatação dos ductos) / metaplasia apócrina / pouco
risco de desenvolvimento de câncer

Metaplasia apócrina Adenose esclerosante


Ectasia ductal
*** Adenose esclerosante – proliferação de ácinos e ductos terminais / fibrose ao redor da proliferação /
microcalcificações / compressão da glândula / se confunde com adenocarcinoma

2. Proliferativa - fibrose do estroma / ectasia ductal / metaplasia apócrina / hiperplasia do epitélio ductal / maior
risco de desenvolver câncer
• Típica – 1,9 vezes > que as não
proliferativas
• Atípica – 5,3 vezes > que as não
proliferativas (condição pré-
neoplásica)
▪ Evolução – CARCINOMA
DUCTAL IN SITU
Hiperplasia do epitélio ductal Hiperplasia do epitélio ductal
TÍPICA *Não há mais luz do ATÍPICA
ducto*

• Carcinoma ductal in situ


▪ Ainda não há invasão
▪ Presença da célula
mioepitelial – integridade
da membrana basal
▪ Se não houver presença da
célula mioepitelial –
CARCINOMA DUCTAL
INVASIVO

➢ Fibroadenoma
• Na mulher jovem
• Origem – estroma lobular
• Prolifera TC e ductos
• Tumor encapsulado e bem delimitado
• Tratamento – nodulectomia (retirada apenas do
nódulo)
• Na menopausa se calcifica
• Baixa celularidade e sem atipia

• Mamografia – lesão hiperdensa esbranquiçada e


delimitada, rodeada de tecido adiposo
• Ultrassom – lesão em lacuna hipoecogênica
(parece vazio) / borda delimitada

Aline Gomes – Medicina T2 URI


➢ Cistos mamários
• Espaços capsulados cheios de líquido
• Se originam na ULDT
• Podem ser unilaterais, bilaterais, redondos
• Mamografia – opacidade arredondada homogênea
• Ultrassonografia – contorno bem delimitado, por dentro escuro
• Galactocisto – cisto simples cheio de leite / massa firme e não dolorosa / celularidade (macrófagos)

Ultrassonografia Galactocisto
➢ Tumor Phyllodes
• Benignos / Borderline / Malignos
• Grau de atipia e celularidade que definem o comportamento biológico (maior atipia, maior
celularidade e maior invasão é maligno)

➢ Corrimento / Descarga mamilar


• Galactorreia / corrimento mamilar anormal sem que haja estímulo
• Causas
▪ Endócrinas
▪ Drogas
▪ Tumores (renais, pulmonares)
▪ Aumento da prolactina
▪ Inibição do PIF (sistema porta-hipofisário da adenohipófise)
▪ Secreção aumentada
• Leitoso - Galactorreia
• Purulento – abscesso
• Multicolorido – ectasia ductal / mastite
• Sero-hemática – ectasia ductal ou papiloma intraductal
• Hemático – papiloma intraductal

➢ Papiloma intraductal
• Benigno / pré-menopausa
• Encontrado nos ductos
• Secreção mamilar serosa ou sanguinolenta / retração do mamilo / pequeno tumor subareolar
• Remoção cirúrgica

Aline Gomes – Medicina T2 URI


➢ Inflamação mamária
• Mastite
• Abscesso subareolar crônico recorrente
• Mastite aguda associada a macrocistos
• Infecção extrínseca

Patologias Malignas
➢ Câncer de Mama
• CME – câncer de mama esporádico
• CMF – câncer de mama familiar (parentes mais distantes)
• CMH - câncer de mama hereditário (parentes de primeiro grau – mãe ou irmã)
• Fatores de risco
▪ Idade
▪ história prévia de câncer mama contralateral
▪ histórico familiar Sistema BI-RADS
▪ mãe ou irmã com Ca após menopausa (não há risco significativo) de classificação
▪ mãe ou irmã com Ca bilateral pré menopausa (40% – 50%)
de imagem
▪ mãe ou irmã com Ca unilateral pré menopausa (30%)
• Câncer Hereditário
▪ BRCA1 – cromossomo 17q21
▪ BRCA2 – cromossomo 13q12-13
▪ São genes supressores de tumor, quando sofrem mutação ocorre 90% Ca hereditário
▪ Mutação BRCA1 – 87% Ca mama / 44% Ca ovário e cólon – síndrome mama-ovário
• Câncer Esporádico
▪ História reprodutiva e fatores hormonais
▪ Menarca precoce e menopausa tardia
▪ Nulípara (sem filhos) > risco
▪ Multíparas < risco
▪ Primeiro filho com idade avançada > incidência
• A queixa de Ca de mama nunca será dor, e sim a palpação de uma massa. Queixa de dor pensar em
patologias benignas da mama.

• CARCINOMA IN SITU – localizado


1. Ductal
▪ Origem – dos ductos interlobulares até os seios lactíferos
▪ Necrose tumoral dentro dos ductos faz com que se formem microcalcificações distróficas
▪ Restritos a uma área
▪ Remoção cirúrgica
▪ Difícil localização do início e do fim
▪ Doença de Paget – acomete os seios lactíferos (ductos distais) no mamilo / surge no
epitélio de revestimento do mamilo (ep. Estr. pavimentoso) – retração do mamilo
2. Lobular
▪ Origem – ácinos e ductos terminais
▪ Não detectado na palpação
▪ Pode se desenvolver para Ca infiltrativo (25% - 30%)
▪ Comportamento mais indolente
• CARCINOMA INFILTRATIVO – pode se disseminar / o tumor pode ser localizado ou metastático
1. Ductal
▪ Origem – dos ductos interlobulares até os seios lactíferos
▪ Se inicia no epitélio dos ductos e invade e estroma
periductal
▪ Quadrante superior externo geralmente
▪ Mamografia – nódulo acinzentado ou esbranquiçado
▪ Carcinoma inflamatório – estadio avançado com
invasão linfática / pele da mama em casca de laranja
com aspecto espesso

Aline Gomes – Medicina T2 URI


2. Lobular
▪ Origem – ácinos e ductos terminais
▪ Invade célula mioepitelial e invade
estroma intralobular

• Linfonodo Sentinela – linfonodos são a principal via metastática do Ca de mama


▪ Injeção de corante azul radioativo na axila, o primeiro linfonodo com detecção de radiação é
o linfonodo sentinela
▪ Retirada apenas esse linfonodo
▪ Dá muito falso negativo
• Enzima aromatase – converte androstenediona em estrona e testosterona em estradiol

Aline Gomes – Medicina T2 URI

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