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Muito se fala do processo de causa e efeito, onde se apresenta um determinismo de atos, culpando
e condenando as mazelas e em muitos casos não trazendo qualquer tipo de contribuição ou solução.
Há um grande conformismo em aceitar essas determinações para própria vida, como se dor e
sofrimento fizessem parte do contexto natural e que fosse obrigatório e necessário sofrer para viver.
Muitos dizem, afirmam e acreditam que: Se o mundo é ainda de provas e expiações ele não deve se
permitir de viver em uma outra condição melhor ou mais feliz e quando isso acontece se sente
culpado. Ou se busca essa melhora ou essa felicidade para si ou os obtem de outra forma, achando
ser menos merecedora, acredita estar em “pecado” e se culpa logo em seguida e se estende por
longa data.
O sofrimento em si tem função educadora e não repressora, não cabe na consciência divina tal
colocação.
Por que então existe o conceito de causa e efeito, da culpa pela pena e pela dor aos outros? Quem
determina essa sentença? Deus? O outro? Nos mesmos?
Reflitamos um pouco.
Deus não faria sofrer alguém que esta nEle como um todo, pois seria algo ineficaz, dar a cola da
prova para depois esconder e deixar cada um se virar com seus erros.
Os outros? Como pode ser que os outros determinem sobre mim as minhas próprias culpas, ou
estaríamos superlativizando os outros ou reduzindo-nos a pequenas amebas, mesmo tendo sido
ameba um dia, não retroagimos.
Nos mesmos nos condenamos. Pois continuamos a alimentar em nossas mentes tais penas e
sentenças e olha que isso pode ser ate de outras vidas, mas maioria das situações e na verdade é
dessa mesmo.
A consciência grava e nós mantemos ativa essa gravação, tocando o disco repetidamente com a
mesma musica, como se fosse o nosso fundo musical.
A consciência é como se fosse um disco re-gravável que se vai seletivizando os arquivos, zipando-
os(compactando-os) e classificando-os a medida que precisamos deles hoje ou depois, mas so
rodam se obterem , se receberem o “input”(sinal de entrada) para isso e mesmo recebendo esses
“inputs”(sinais de entrada) há necessidade de proporcionar o programa especifico para ele rodar.
O acesso a esses arquivos nem sempre é disponibilizado em sua totalidade, quase sempre
acessamos apenas alguns programas básicos e alguns arquivos para roda-los e nada mais.
Contudo muitos não conseguem processar quase nada, criam novos programas e acumulam lixo
sobre o que já possui.
O procedimento correto é promover informacoes e atitudes positivas onde a medida que são
arquivadas e processadas múltiplas vezes, conquistam ou adquirem possibilidades de atuarem e
corrigirem os arquivos negativos que possuímos e em muitos casos muitos nem sabemos que os
possuímos, sofremos sem saber o porque.
Isso é mais grave, o doente não quer ficar bom, gosta da doença, pois em outros casos é
conveniente para ele ficar doente e se mostrar doente, pois assim tem elementos para se justificar e
se desculpar para não parar de sofrer.
Em fim a dor esta presente na consciência, ela vem pela causa e nem pelo efeito a não ser que você
a mantenha ativa na sua mente.
Se sabe pode mudar correndo, se ainda não sabe, tem que seguir o programa para se desprogramar
e isso é como uma manutenção preventiva da dor.
Você ainda não tem, mas sabe que um dia pode ter ou tem a certeza que um dia terá, então ,
“inconscientemente”engana sua consciência, promovendo atitudes, comportamentos, pensamentos
e transformações para quando ela chegar, não encontre campo fértil para se instalar ou ate mesmo
evoluir.
A dor não é uma culpa que se deva carregar pela eternidade, so a carrega quem gosta.
Buda já ensinou nas quatro verdades e no caminho óctuplo, manual de sabedoria para todos, um
passo a passo para libertação do sofrimento e nele é ensinado que so passa para um novo estado
quando se entendeu com o anterior e por mais que tente, seguindo-o, não terá chance de enganar a
si mesmo.
A cultura da dor nos persegue, pois é uma forma de intimidar a mente e o progresso, a questão é
que não é ninguém de fora que promove isso, somos nós mesmos que promovemos.
É necessário não praticar mais nada disso e se abster por completo do que nos pode levar ao erro.