Atualmente o Brasil vem tentando mudar a cultura do litígio a partir da
implantação de um método alternativo de solução de um conflito como é o caso da mediação, acompanhado do movimento das ADRs. A expressão ADR adveio do sistema norte-americano, que, por conseguinte é também onde há a utilização mais rotineira e a criação mais intensa destes mecanismos. Embora seja uma conquista bastante notória, a adoção de formas adversas de composição gera até os dias de hoje alguma controvérsias pelo motivo de que é entendido que é do Poder Judiciário a função de resolução de conflitos. Porém, a mediação tem a aptidão de gerar resultados proveitosos para as partes envolvidas e não somente a uma parte, diz-se que a mediação traz o sinônimo de justiça. Além do aspecto qualitativo sobre a composição do conflito, também o fator quantitativo surge como ótima forma de propagação na busca de novas possibilidades de solucionar um conflito. Argumentos pragmáticos sobre a dificuldade na obtenção da decisão judicial de mérito, contudo, não devem constituir o motivo primordial para buscar novos meios de distribuição de justiça. O grande motor para a adesão a técnicas diferenciadas deve ser a aptidão efetiva do mecanismo para gerar resultados qualitativamente satisfatórios em termos de composição eficiente da controvérsia. O fato é que as ADRs não vieram para substituir o processo judicial tradicional, mas sim para colocar-se como opção ao seu lado. Pode também haver uma interação, no sentido que o deslocamento momentâneo de certas causas para as técnicas de ADR acabará por diminuir o fluxo das demandas judiciárias. Com uma menor carga de trabalho, os juízes tenderão a resolver mais rapidamente os processos ao seu encargo. E uma maior celeridade da justiça comum tornará novamente atraente a via judicial, chegando-se, destarte, a um novo ponto de equilíbrio. Ademais, o recente interesse pelos meios alternativos pressupõe a adoção de um determinado método por ser ele o mais adequado para resolver um determinado conflito de acordo com as necessidades de cada um. Pois, em regra, vigora nos meios alternativos a liberdade de escolha do meio mais apropriado. Uma vez eleito o meio, ele seguirá um procedimento, a exemplo de todo e qualquer meio de solução de conflito.
Os modos tradicionais de resolução de conflito já não são suficientes para
apaziguar as demandas surgidas no século XXI, seja em razão da sua especificidade, seja em razão da falta de estrutura do Poder Judiciário para atender o elevado número de casos. Os meios alternativos de resolução de conflito, a exemplo dos que foram citados ao decorrer do estudo, quais sejam: mediação, conciliação, e mais especificamente a arbitragem têm apresentado resultados promissores quando aplicados.