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Aula 04 – Escoamento Incompressível em Tubos

UC – Instalações
Hidráulicas
ESCOAMENTO INTERNO VISCOSO E
INCOMPRESSÍVEL

➢ Os escoamentos completamente limitados por superfícies sólidas são


denominados escoamentos internos.

➢ Os escoamentos internos incluem escoamentos em tubos, dutos, bocais,


difusores, contrações e expansões súbitas, válvulas e acessórios.

➢ Os escoamentos internos podem ser laminares ou turbulentos.


ESCOAMENTO INTERNO VISCOSO E
INCOMPRESSÍVEL
➢ Um escoamento laminar é aquele no qual o fluido escoa em lâminas ou camadas; não há
mistura macroscópica de camadas adjacentes de fluido.

➢ Sob condições normais, a transição para turbulência ocorre em Re ≈ 2300 para escoamento
em tubos: para o escoamento de água em um tubo com diâmetro interno de 25 mm, isso
corresponde a uma velocidade média de 0,091m/s;

➢ A turbulência ocorre quando as forças viscosas no fluido não são capazes de conter
flutuações aleatórias no movimento do fluido (geradas, por exemplo, pela rugosidade da
parede de um tubo), e o escoamento torna-se caótico.

➢ Por exemplo, um fluido de alta viscosidade, tal como óleo de motor, é capaz de conter as
flutuações mais efetivamente do que um fluido de baixa viscosidade e, por isso, permanece
laminar mesmo em vazões relativamente altas.
CARACTERÍSTICAS DE ESCOAMENTO
INTERNO
➢ O regime de escoamento em um tubo (laminar ou turbulento) é
determinado pelo número de Reynolds
ESCOAMENTO NA REGIÃO DE ENTRADA DE
UM TUBO

➢ A velocidade na parede do tubo deve ser zero em toda a extensão do tubo.


Uma camada-limite desenvolve-se ao longo das paredes do tubo.

➢ Quando a forma do perfil não mais varia com o aumento da distância x, o


escoamento está completamente desenvolvido
ESCOAMENTO EM TUBOS E DUTOS
IDEAL

➢ Se, por um momento, ignorarmos o atrito (e considerarmos escoamento


permanente e uma linha de corrente no escoamento), a equação de Bernoulli do
se aplica,
ESCOAMENTO EM TUBOS E DUTOS
TURBULENTO

➢ Podemos estabelecer que três fatores tendem a reduzir a pressão em um escoamento


tubular: uma diminuição na área do tubo, uma ascensão na inclinação e atrito. Onde a
perda de pressão Δp

➢ É conveniente dividir as perdas decorrentes do atrito em duas categorias: perdas


maiores, que são perdas causadas pelo atrito nas seções de área constantes do tubo; e
perdas menores (algumas vezes maiores que as perdas “maiores”), que são perdas
decorrentes de válvulas, cotovelos e outros elementos (trataremos a perda de pressão
na região de entrada como um termo de perda menor).
CÁLCULO DA PERDA DE CARGA

➢ A perda de carga total, ℎ𝑙𝑇 , é considerada como a soma das perdas maiores, ℎ𝑙 ,
causadas por efeitos de atrito no escoamento completamente desenvolvido em
tubos de seção constante, com as perdas localizadas, ℎ𝑙𝑚 , causadas por entradas,
acessórios, variações de área e outras.

Podemos quase sempre usar a aproximação α = 1 em nossos cálculos de escoamento em tubo.

➢ A perda de carga representa a energia mecânica convertida em energia térmica


por efeitos de atrito
PERDAS MAIORES: FATOR DE ATRITO
ESCOAMENTO LAMINAR

➢ No escoamento laminar, a queda de pressão pode ser calculada analiticamente para


o escoamento completamente desenvolvido em um tubo horizontal
ESCOAMENTO TURBULENTO

➢ A experiência mostra que, no escoamento turbulento completamente desenvolvido,


a queda de pressão, Δp, causada por atrito em um tubo horizontal de área constante,
depende do diâmetro, D, do comprimento, L, e da rugosidade do tubo, e, da
velocidade média do escoamento, V, da massa específica, ρ, e da viscosidade do
fluido, μ. Em forma de função,
ESCOAMENTO TURBULENTO
ESCOAMENTO TURBULENTO

Consequentemente, para escoamento laminar


ESCOAMENTO TURBULENTO
FATOR DE ATRITO f

➢ Para evitar a necessidade do uso de métodos gráficos na obtenção de f para


escoamentos turbulentos, diversas expressões matemáticas foram criadas por ajuste de
dados experimentais. A expressão mais usual para o fator de atrito é a de Colebrook.

➢ A Equação é implícita em f, e solucionadores de equações podem ser utilizados na


determinação de f, para uma dada razão de rugosidade e/D e um dado número de
Reynolds, Re.
FATOR DE ATRITO f

➢ Como alternativa, Haaland desenvolveu a seguinte equação,


PERDAS MENORES - Localizada

➢ O escoamento em uma tubulação pode exigir a passagem do fluido através de uma variedade de acessórios, curvas
ou mudanças súbitas de área. Perdas de carga adicionais são encontradas, sobretudo, como resultado da
separação do escoamento. As perdas de carga menores (ou localizadas) tradicionalmente são calculadas pela
equação

➢ em que o coeficiente de perda, K, deve ser determinado experimentalmente para cada situação.
COEFICIENTES DE PERDAS MENORES
PARA ENTRADAS DE TUBOS
COEFICIENTES DE PERDAS MENORES
PARA ENTRADAS DE TUBOS
Coeficientes de Perda Representativos para
Acessórios e Válvulas
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES

➢ Conceito: substituir, para fins de cálculo, a singularidade por um trecho retilíneo de mesmo diâmetro
que cause a mesma perda

➢ Vantagem: utilizar apenas a fórmula para perda distribuída para se determinar a perda de carga total
(distribuída + localizada).
COMPRIMENTOS
EQUIVALENTES
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES
RUGOSIDADE
Solução de Problemas de Escoamento em
Tubo
➢ A equação de energia, relacionando as condições em dois pontos quaisquer 1 e 2 para um sistema de trajeto
único, é:

A perda de carga total é dada pela


soma das perdas maiores e menores.

➢ Cada perda maior é dada por:

Equações são representadas graficamente


no diagrama de Moody

➢ Cada perda menor é dada ou por ➢ Notamos, também, que a vazão Q está relacionada com a
velocidade média V em cada seção transversal do tubo por
Solução de Problemas de Escoamento em
Tubo

𝑘𝑠 = 𝑒 → Rugosidade do tubo
EXEMPLO
Determine a vazão da torneira? Para cálculo das perdas considere peças de PVC de 19 mm, um registro
de globo aberto ao invés da torneira e despreze as perdas na saída.

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