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NOÇÕES DE ANATOMIA

E FISIOLOGIA GERAL II
Professor: Nathalia Nahas Donatello, MSc.
E-mail: nathdonatello@gmail.com
SISTEMA
NERVOSO
Aula 01
Introdução
• Através de uma vasta rede de comunicação de células e agentes
bioquímicos:
Detecta mudanças
Decide
Estimula resposta de músculos e glândulas
Homeostase é a condição de relativa
estabilidade da qual o organismo
necessita para realizar suas funções
Ajudando a manter a HOMEOSTASE adequadamente para o equilíbrio do
corpo.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Introdução
• Predominantemente composto por tecido neural, mas também possui vasos
sanguíneos e tecido conjuntivo;

Neurônios / células nervosas


Tecido neural é composto por 2 tipos de células:
Neuroglia

Tecido Conjuntivo é um tecido de conexão. Composto de grande quantidade


de matriz extracelular, células e fibras. Suas principais funções são fornecer
sustentação e preencher espaços entre os tecidos, além de nutri-los.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Introdução
• Neurônios
São especializados em reagir a mudanças físicas ou químicas ao seu redor.
Pequenos processos celulares chamados dendritos recebem o sinal, e um
longo processo chamado axônio, ou fibra nervosa, carrega a informação para
longe da célula na forma de sinais bioelétricos, chamados impulsos
nervosos.

Nervos são feixes de axônios.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(KANDEL, 2014)
Introdução
• Neuroglia
São células que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios;
Diferentes tipos;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Introdução
• Grande parte do trabalho do sistema nervoso é enviar e receber
mensagens eletroquímicas entre neurônios e outras células em sinapses.

Local de contato entre neurônios,


onde ocorre a transmissão de
impulsos nervosos de uma célula
para outra.

• As moléculas mensageiras biológicas denominadas neurotransmissores, são


os transportadores das informações neurais.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Introdução
• Os órgãos do SN podem ser divididos em dois grupos:

Um grupo consiste no encéfalo e medula espinal, formando o Sistema


Nervoso Central

Outro composto por nervos (craniais e espinais), gânglios e terminações


nervosas que conectam o SNC a outras partes do corpo, chamado de
Sistema Nervoso Periférico.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017
Neurônios
• São células altamente excitáveis, que se comunicam entre si ou com outras
células efetuadoras (musculares ou secretoras);
• Podem variar em tamanho, formato e comprimento;
• São constituídos de corpo celular, dendritos e axônio.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Corpo Celular

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Corpo Celular
• Contém núcleo e citoplasma, com as organelas normalmente encontradas
em outras células;
• É o centro metabólico do neurônio;
• Local de recepção de estímulos, através de contatos sinápticos.
• Nas áreas da membrana plasmática do corpo neuronal que não recebem
contatos sinápticos, apoiam-se elementos gliais.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Dendritos

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Dendritos
• Geralmente são curtos e ramificam-se como galhos de uma árvore;
• São especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do
potencial de repouso da membrana que se propagam em direção ao corpo
do neurônio e em direção ao cone de implantação do axônio.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Axônio

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Axônio
• Prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um dendrito
principal, da região denominada cone de implantação;
• Apresenta comprimentos variados, podendo ter de alguns milímetros a mais
de um metro;
• Através de uma porção terminal estabelecem conexões com outros
neurônios ou com células efetuadoras;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Axônio
• Alguns neurônios, entretanto especializam-se em secreção. Seus axônios
terminam próximo de capilares sanguíneos que captam o produto de
secreção liberado, em geral de um polipeptideo;
• Neurônios desse tipo são denominados neurossecretores;
• O espaço entre o terminal sináptico e a superfície receptora de outra célula
é chamado de fenda sináptica;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Tipos de Neurônios

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Tipos de Neurônios (Função)
Neurônio sensorial: Maioria unipolares, alguns bipolares. Levam
informações do SNP ao SNC;
Neurônio motor: São multipolares e levam a resposta elaborada do SNC ao
órgão efetuador da resposta (músculo ou glândula);
Neurônio de associação ou interneurônios: são multipolares e fazem links
entre outros neurônios; analisam as informações e direcionam os impulsos.
Quanto maior o número de neurônios de associação participando em uma via
nervosa, mais elaborada será a resposta;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Sinapse
• Os neurônios, sobretudo através de suas terminações axonais entram em
contato com outros neurônios passando-lhes informações. Os locais de
contato são denominados sinapses;

Sinapses elétricas
Sinapses químicas

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Sinapse elétrica
• Raras em vertebrados e exclusivamente interneuronais;
• As membranas plasmáticas dos neurônios envolvidos entram em contato
em uma pequena região onde o espaço entre elas é minúsculo;
• Ocorre a comunicação entre os dois neurônios através de canais iônicos
em cada membrana permitindo a passagem direta de pequenas moléculas,
como íons, de uma célula para outra;
• Elas existem por exemplo no centro respiratório situado no bulbo e
permitem o disparo sincronizado dos neurônios ali localizados,
responsáveis pelo ritmo respiratório.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Sinapse elétrica

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Sinapse química
• Nos vertebrados a grande maioria das sinapses são químicas;
• A comunicação entre os elementos depende da liberação de substâncias
químicas, denominadas neurotransmissores;
• Caracterizam-se por serem polarizadas, ou seja, apenas o elemento pré-
sináptico, possui o neurotransmissor (armazenado em vesículas especiais);
• No elemento pós-sináptico existem receptores específicos de cada
neurotransmissor. A transmissão sináptica decorre da união do
neurotransmissor com seu receptor na membrana pós-sináptica;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Sinapse química

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neurônios
• Neurotransmissores
• Entre os mais conhecidos estão a Acetilcolina, certos aminoácidos como a
glicina e o glutamato, o ácido gama-amino-butirico (GABA) e as
monoaminas dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina;
• Sabe-se hoje em dia que muitos peptídeos também podem funcionar como
neurotransmissores, como a substancia P e os opioides (endorfinas e
encefalinas);
• Acreditava-se que cada neurônio sintetizava apenas um neurotransmissor.
Hoje sabe-se que pode haver a coexistência de neurotransmissores
clássicos e peptídeos em um mesmo neurônio;

(MACHADO; HAERTEL, 2014)


Neurônios
Neuróglia

• Tanto no SNC quanto no SNP os neurônios se


relacionam com células neurogliais;
• Elas são capazes de se multiplicar por mitose,
mesmo em adultos.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia
• Astrócitos
• SNC
• São abundantes e caracterizados por inúmeros prolongamentos;
• Apoiam-se em capilares sanguíneos;
• Tem função de sustentação e isolamento de neurônios;
• São importantes para a função neuronal, já que participam do controle dos
níveis de potássio extra neuronal;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia
• Astrócitos
• Recaptação de neurotransmissores, em especial o glutamato, cujo excesso,
causado por disparos axonais repetitivos, é tóxico para os neurônios;
• Nos casos de lesão do tecido, os astrócitos ativados aumentam localmente
e ocupam áreas lesadas;
• Em caso de degeneração axônica, adquirem função fagocítica;
• Secretam fatores neurotróficos essenciais para a sobrevivência e
manutenção dos neurônios.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia
• Oligodendrócitos
• São responsáveis pela formação da bainha de mielina em axônios do SNC;

• Células de Schwann
• São responsáveis pela formação das bainhas de mielina nos axônios do
SNP;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia
• Microgliócitos/Microglia
• São encontrados na substância branca e cinzenta e apresentam funções
fagocíticas;
• Removem células mortas, detritos e microorganismos invasores;
• Características de monócitos e macrófagos;
• Reagem a mudanças em seu ambiente passando para um estado ativado,
que podem assim migrar para locais de lesão e proliferar;
• Apresentam antígenos e têm papel central na resposta imune no SNC;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(MACHADO; HAERTEL, 2014)
(KANDEL, 2014)
Neuróglia
Resumo
Divisões do Sistema Nervoso
Sistema Sistema
Nervoso Nervoso
Central Periférico

(MACHADO; HAERTEL, 2014)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Divisões do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central
Encéfalo

Medula
Espinal

(MACHADO; HAERTEL, 2014)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Divisões do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Periférico

Cranianos – 12 pares
Nervos
Espinais – 31 pares

Gânglios

Terminações
nervosas (MACHADO; HAERTEL, 2014)
(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Divisão funcional do SN

Aferente Eferente

Transporta a Transporta a
informação do informação do
SNP ao SNC SNC ao SNP
(sensibilidade) (motora)

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Divisão funcional do SN
Int.
Ext.
Somático Visceral

Eferente Aferente Eferente


Aferente

SNA
• Sensibilidade • Movimento
geral (pele) músculo
esquelético Parassimpático Simpático
• Propriocepção
(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)
(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Divisão funcional do SN

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Divisão funcional do SN

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Anatomia do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Anatomia do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Córtex:
• Situado na periferia dos giros cerebrais;
• É onde diversos estímulos sensoriais são
codificados e de onde partem “respostas” a
diversos órgãos;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo frontal:
• Processos intelectuais para concentração, planejamento, resolução de
problemas, julgamento e comportamento;
 Córtex motor - ações motoras de caráter voluntário;
• Área pré-motora: encarregada do planejamento e da programação dos
movimentos;
• Antes da realização de qualquer movimento, os neurônios dessa área se
encarregam de estabelecer os músculos e os passos necessários para que
ele ocorra da forma correta;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo frontal:
• Área motora primária: encarregada de executar o passo a passo preparado
pelo córtex pré motor.
• Inicia a ação do movimento, enviando as ordens aos músculos;
• Área de Broca: encarregada da produção da linguagem.
• Sua função é coordenar os músculos fonológicos para que a pessoa possa
falar e pronunciar;
• Também está relacionada com a produção da escrita.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo frontal:

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo parietal:
• Subdividido em anterior e posterior;
• Anterior ou córtex somatossensorial: tem a função de possibilitar a
percepção de sensações como o tato, a dor e o calor;
• Por ser a área responsável em receber os estímulos obtidos do ambiente
exterior, representa todas as áreas do corpo humano.
• Posterior: é uma área secundária que analisa, interpreta e integra as
informações recebidas pela anterior, permitindo ao indivíduo se localizar no
espaço, reconhecer objetos através do tato, etc;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo temporal:
• Processa os estímulos auditivos e essas informações são processadas por
associação;
• Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e
enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do
cérebro, atribuindo um significado e, assim, permitindo ao indivíduo
reconhecer o que está ouvindo;
• Áreas de associação interpretam experiências sensoriais e lembram de
cenas visuais, música e outros padrões sensoriais complexos;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Lobo occicpital:
• Processam os dados visuais recebidos do exterior, uma vez que há zonas
especializadas para a visão da cor, do movimento, da profundidade, da
distância, etc;
• Depois de passarem pela área visual primária, essas informações são
direcionadas para a área de visão secundária, onde são comparadas com
dados anteriores, permitindo, assim, ao indivíduo identificar, por exemplo,
um gato, uma moto ou uma maçã;
• Áreas de associação combinam imagens visuais com outra experiências
sensoriais;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Tálamo:
• Centro de integração;
• Transmite impulsos sensitivos surgidos
na medula espinal e outras regiões do
cérebro até o córtex cerebral;
• Regulação das atividades autônomas;
• Cognição, Motricidade, Comportamento
emocional, Sensibilidade e na
consciência humana;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Hipotálamo:
• Seus impulsos influenciam os neurônios do
sistema neurovegetativo, como:
• musculatura lisa das vísceras e dos vasos;
• musculatura cardíaca;
• todas as glândulas do organismo;
• Rins, entre outros órgãos;
• Termostato do corpo;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Hipocampo:
• Formação de memórias a longo prazo e de
navegação espacial;
• Associado com a aprendizagem e emoções;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Cerebelo:
• Funções relacionadas à
motricidade e propriocepção
inconsciente;
• Atua sobre o controle do tônus
muscular, do equilíbrio e da
coordenação motora;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Mesencéfalo: Encontram-se estruturas importantes como o núcleo rubro e
a substância negra, que integram um sistema que controla a motricidade
automática do indivíduo (caminhar, dançar, dirigir);
• Ponte: Emergem os nervos cranianos V, VI, VII e VIII;
• Bulbo: Encontram-se áreas importante como: o centro respiratório (regula
o ritmo respiratório), centro vasomotor (regula o calibre vascular, do qual
depende a PA) e o centro do vômito (integra impulsos decorrentes da
mucosa gastrointestinal e respostas motoras que vão desencadear o
vômito);

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC
• Medula espinal: massa de tecido nervoso situada no interior do canal
vertebral. Tem em média 45 cm de comprimento no adulto.
• Limite superior da medula: na altura do forame magno;
• Limite inferior da medula: altura das vértebras L1/L2; neste ponto ela se
afunila, formando o cone medular;

• Cauda equina: conjunto de filamentos nervosos representados pelas raízes


dos nervos espinais lombares inferiores e sacrais; É anatomicamente parte
do SNP;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Envoltórios do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Envoltórios do SNC
• No SNC observamos áreas claras denominadas, substância branca e áreas
escuras denominadas, substância cinzenta;
• Branca: constituída predominantemente de fibras nervosas mielínicas;
• Cinzenta: constituída predominantemente por corpos de neurônios e/ou
fibras nervosas amielínicas;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Envoltórios do SNC Líquor: líquido claro,
transparente e incolor.
Circula nas cavidades
Dura-máter (mais externa) ventriculares e envolve o
• Meninges Aracnóide SNC. É uma proteção
Pia-máter (mais interna e delgada) mecânica e biológica.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Envoltórios do SNC

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP
• Nervos: são o conjunto de axônios ou fibras nervosas localizados no SNP.
Eles podem ser sensitivos (via aferente) ou mistos (motor e sensitivo -
eferente);

• Nervos Cranianos
12 pares : conectados a partes do encéfalo
• Nervos espinais
31 pares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP
• Gânglios
 Representam a reunião de corpos celulares de neurônios no SNP;
 Encontram-se: na raiz dorsal dos nervos espinais;
 Associados a certos nervos cranianos;
 Gânglios pré-vertebrais e paravertebrais do SNA;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP
• Terminações nervosas - sensitivas
 Associadas aos dendritos do neurônio;
 Tem por função apenas captar o estímulo
 Especiais: nos órgãos dos sentidos para visão, gustação, audição, olfação
e equilíbrio;
 Gerais: distribuídas pelo corpo, para tato fino;
• Terminações nervosas - motoras
 Em glândulas e músculo liso (não tem denominação própria)
 Em músculo estriado esquelético: placa motora ou unidade motora do
músculo
(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)
(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


(GABRIELLI; VARGAS, 2017)
Anatomia do SNP

Dermátomos

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Resumo

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Resumo

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Esclerose múltipla

• Doença onde há destruição das bainhas de mielina;


• Devido a destruição da mielina, o impulso nervoso corre vagarosamente
alterando a função cerebral e dos nervos;
• A Esclerose múltipla é uma doença crônica que ataca principalmente
adultos e jovens na idade de 21 a 40 anos.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Esclerose múltipla

• O sistema imunológico do indivíduo não reconhece a mielina como sendo


um tecido da própria pessoa, mas como sendo um corpo estranho, motivo
pelo qual o sistema imunológico ataca e destrói;
• As regiões afetadas do SNC são a medula espinal e o cérebro.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Alzheimer

• Doença neurológica degenerativa, irreversível e progressiva que começa de


maneira insidiosa, e se caracteriza por perdas graduais da função cognitiva,
diminuição das atividades mentais em especial da memória e distúrbios no
comportamento afetivo;
• É uma forma de demência, um transtorno cerebral complexo causado por
uma combinação de diversos fatores;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Alzheimer

• As áreas afetadas são: córtex pré-frontal, área de memória e linguagem;


• Fatores contribuem para a doença: ambiental, nutricional e inflamatório,
embora o avanço da idade muitas vezes seja o maior risco para a doença.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Parkinson

• Distúrbio neurológico e degenerativo do movimento com progressão lenta,


que leva a incapacidade;
• A doença geralmente afeta mais os homens do que as mulheres com idade
acima de 65 anos. Ocorre pela perda de neurônios do sistema nervoso
central em uma região conhecida como substancia negra e corpo estriado;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Parkinson

• Consequentemente, resulta em deficiência de dopamina, neurotransmissor


que possui a função de controlar os movimentos finos e coordenados;
• Algumas das causas da doença são: genética, isquemia cerebral,
freqüentar ambientes tóxicos, trauma craniano repetitivo, aterosclerose,
acúmulo excessivo de radicais livres, etc.

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Esclerose lateral amiotrófica (ELA)

• Doença de Lou Gehrig, Doença de Charcot


• Doença degenerativa do SN, que acarreta em paralisia motora progressiva,
irreversível, de maneira limitante;
• Em cerca de 10% dos casos, é causada por um defeito genético. Nos
demais casos, a causa é desconhecida (relacionada a desequilíbrio
químico, auto-imune, etc);

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Patologias do SN
 Esclerose lateral amiotrófica (ELA)

• Na ELA, os neurônios se desgastam ou morrem e já não conseguem mais


mandar mensagens aos músculos;
• Gerando atrofia muscular, contrações involuntárias e incapacidade de
mover os braços, as pernas e o corpo;
• A piora clínica é gradativa, chegando a dificultar a respiração de forma
independente;

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Conexões internas do SN
Sistema Tegumentar
Receptores sensoriais Sistema Linfático
fornecem ao SN Estresse pode afetar a
informações sobre o resposta imune
ambiente externo

Sistema Esquelético Sistema Digestivo


Ossos protegem o SNC e O SN pode influenciar a
ajudam a manter o cálcio função do sistema digestivo
plasmático, importante para
a função neuronal

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Conexões internas do SN
Sistema Muscular Sistema Respiratório
Impulsos nervosos O SN altera a atividade
controlam o movimento e respiratória para controlar
carregam informações os níveis de O2 e o pH
sobre as posições do corpo sanguíneo

Sistema Endócrino Sistema Urinário


O hipotálamo controla a Impulsos nervosos afetam a
secreção de diversos produção e eliminação de
hormônios urina

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Conexões internas do SN

Sistema Reprodutivo
Sistema Cardiovascular O SN tem participação na
Impulsos nervosos ajudam formação de óvulos e
a controlar o fluxo e a esperma, no prazer sexual,
pressão sanguínea nascimento e amamentação

(SHIER; BUTLER; LEWIS, 2009)


Referências
• GABRIELLI, C; VARGAS, J. Anatomia Sistêmica: uma abordagem para o
estudante. 4 ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2017.
• MACHADO, A.B.M; HAERTEL, L.M. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São
Paulo: Atheneu, 2014.
• SHIER, D; BUTLER, J; LEWIS, R. Hole’s Human Anatomy & Physiology.
12 ed. Nova Iorque: Mc Graw Hill, 2009.
• KANDEL, E.R.; et al. Princípios de Neurociências. 5 ed. Porto Alegre:
AMGH, 2014.

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