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Fármaco – 4ª prova Endorfinas, encefalinas e dinorfinas estão


Prof° Antônio Gomes Neto relacionadas com o mecanismo de analgesia do nosso
corpo em situações de perigo e também com
sensações de prazer e bem estar, sobretudo as
HIPOANALGÉSICOS encefalinas e as endorfinas. A afinidade dos opióides
endógenos ela varia de acordo com o receptor de
Causam abolição da dor e podem levar ao sono. forma que nos receptores ‘mu’ as endorfinas possuem
mais afinidade, no ‘delta’ as encefalinas e no ‘capa’ a
dinorfina.
• Sedação – relaxamento que pode levar à uma Como o efeito mais esperado para um hipoanalgésico
sonolência é justamente a sua analgesia e a sua hipnose
• Hipnose – a pessoa fica tão relaxada que entra em preconiza-se hipoanalgésicos farmacológicos que
estado de sonolência e responde como sonâmbulo tenham afinidade por receptores ‘mu’, porque nesses
• Analgesia – diminuição da sensibilidade à dor leve a receptores o efeito analgésico é mais intenso do que
moderadas os receptores delta e capa. Existem alguns outros
• Anestesia – inibição da sensibilidade da dor hipoanalgésicos que eles vão ter maior atuação em
profunda, na anestesia, o paciente pode ou não estar receptores delta e capa mas é devido à outros efeitos
consciente que são desejados, como por exemplo, alteração do
TGI no tratamento da diarréia. Existem também
outras substâncias como, por exemplo, a orfanina que
ÓPIO são análogos aos receptores opióides, então tem
efeitos similares.
Exutado resinoso das flores Papaver somnifernum
Papaver álbum(papola) .Essa planta só cresce no FARMACOCINÉTICA (tabela no final do assunto)
triângulo dourado e crescente dourado (oriente
médio). Afeganistão é o maior produtor de ópio A morfina possui uma razão de potência oral baixa, ou
(90%). seja, se você administrar a morfina por via oral, o
efeito dela vai ser baixo devido ao efeito de primeira
Coloração do ópio: castanho amarronzada passagem, como acontece com todos os fármacos
administrados por via oral, sendo que no caso da
Opiácios são todas as substâncias naturais obtidas a morfina 50% dela é transformada para sua forma
partir do ópio. Ex: morfina, codeína, narcotina, inativa, então a biodisponibilidade da morfina é de
papaverina. 50%. Para tratamento de dores mais intensas é
necessário administrações IV de morfina.
A heroína é um exemplo de opióide, visto que os
opioides são sintéticos análogos aos opiácios. Eles Já, por exemplo, se pegarmos a codeína podemos
podem derivar de um opiácio ou eles podem ter uma observar que a razão de potencia oral dela é alta pois
estrutura química completamente diferente, mas o a codeína é um pró fármaco da morfina, então
mecanismo de ação é igual. quando eu administro codeína por via oral, ela é
biotransformada em morfina e aí temos um efeito
analgésico mais elevado.

A duração da analgesia vai variando, ficando em torno


de 3 a 5 horas e a eficácia máxima vai depender da
forma de administração da droga.

SOBRE A METABOLIZAÇÃO: a grande maioria dos


fármacos opiácios e opióides são biotranformados
para seus metabólitos intermediários, os principais
metabólitos intermediários de todos os opiácios e
opióides derivados do ópio viram morfina. Então a
codeína, por exemplo, é biotransformada em morfina
e a morfina depois será biotransformada em morfina-
3-glucoronídeo. Então o principal produto de
biotransformação da morfina nos opiácios e opióides
é a morfina-3-glucoronídeo. Mas, existe a morfina-6-
glucoronídeo que tem atividade farmacológica
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diferente da morfina-3-glucoronídeo, e ela tem MECANISMO DE AÇÃO


atividade farmacológica similar à morfina, então ela
também é hipoanalgésica, sendo que menos de 10%
da morfina que é biotransformada fica na forma de
morfina-6-glucoronídeo, 90% está na forma de
morfina-3-glucoronídeo. A diferença é que a 6 tem
atividade farmacológica e um tempo de meia vida
maior, depois ela vai ser eliminada na urina.

A codeína é biotransportada pelo CYP450 na isoforma


CYP2D6, alguns outros serão biotransformados por
outras isoformas como a CYP23A4, dependendo do
tipo de opiácio e opióide.

A heroína vai passar por duas desacetilações para


chegar na morfina. Percebam um detalhe da morfina:
ela é tranformada em morfina-3-glucoronídeo, ou
seja, ela passa por uma reação de conjugação no
ácido glicurônico, logo a morfina NÃO passa por
reação de fase 1 de biotranformação, então a morfina O mecanismo de ação ocorre basicamente pela
quando é administrada já passa por reações de fase2, ligação de receptores opioides para o bloqueio da dor.
que é a reação de conjugação com AC.Glicurnico. Então temos o nociceptor aferente que vai para os
Codeína, heroína e todos os outros opiáceos e pólos dorsais da medula espinal, cruza para os pólos
opióides análogos passam por reações de fase 1 e anteriores e vão para os núcleos parabranquiais do
depois para fase 2, a morfina não. bulbo e da ponteaté chegar no tálamo caudal ventral
onde se tem o reflexo da dor. Esse reflexo da dor que
é bloqueado pelos receptores miópioides. Existem
receptores miopióides pré-sinápticos. O processo da
dor vem pelo neurônio, quando chega na sinapse ele
é mediado por GABA. O receptor miopióide, você vai
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ter a ação do fármaco impedindo a liberação do bloqueando o canal de cálcio, tendo como segundo
GABA, consequentemente não teremos a propagação mensageiro intermediário o AMPc.
do impulso nervoso, bloqueando assim o sinal de dor. Por que isso é importante? Porque à partir desse
mecanismo que ocorre os mecanismos de tolerância e
Entenderam? O fármaco vem, bloqueia o receptor dependência química desses fármacos
opióide pré-sináptico então ele não consegue liberar
GABA, consequentemente o impulso nervoso não
propaga mais, e aí temos a inibição da dor. EFEITOS

Outro tipo de mecanismo: receptores miopióides pós


sinápticos

Euforia e disforia: tem-se inicialmente o bloqueio de


GABA consequentemente tem-se um aumento da
neurotransmissão excitatória, só depois essa
neurotransmissão excitatória começa a ser
bloqueada. Então se tem primeiro um período
eufórico para depois se ter estabilização e o período
de hipnose e analgesia.

Por isso que sobretudo nos usos clínicos em altas


dosagens tem que ser feito o monitoramento da
pessoa, por causa da depressão respiratória e
bradicardia. No caso da anestesia mais intensa tem
que ser feita intubação, nesse caso, como o pessoal
usa mais para tratamento da dor, deve-se ter cuidado
para não haver sobredosagem. Usa muito morfina
Os receptores opióides pré-sinápticos vão bloquear o para tratamento de dor idiopática, dor por nevralgia
fluxo de cálcio que vai impedir a transmissão de ou então dor do câncer.
neurotransmissores excitatórios, sobretudo glutamato
e neuropeptídeos que se ligam em receptores AMPA e NEPERIDINA é um opióide que ao invés de causar
NMDA e por isso temos o efeito hipoanalgésico bradicardia, causa taquicardia.
porque você está bloqueando neurotransmissão
excitatória, consequentemente a pessoa começa a
entrar em neurotransmissão inibitória. Outra coisa
que acontece também, os receptores miopióides USOS CLINICOS
estimulam canais de potássio pós-sinápticos e por
causa disso têm-se despolarização do neurônio mais
um motivo da neurotransmissão inibitória .

Uma característica dos receptores miopióides é que


eles são receptores acoplados à proteína G e tem
como segundo mensageiro intermediário o AMPc ,
então como ele irá atuar no canal de cálcio? O fámaco
liga-se ao receptor miopióide, você tem a proteína G
inibitória ela torna-se uma subunidade que se liga
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Diarréia: ELIXIR PAREGORICO era um extrato CLASSES


hidroalcoolico de ópio solução 10% utilizado como
antidiarreico, no Brasil a formulação por extrato de
ópio está proibida pois começou a ter um padrão de
uso abusivo, por isso mudou-se a formulação, hoje ele
é um complexo vitamínico que causa constipação.

EFEITOS COLATERAIS

Tramadol: muito utilizado como forma de analgesia e


sedação e é muito utilizado indevidamente devido a
inibição de recaptação de 5-HT (serotonina). Não é
recomendado o uso de tramadol associado com
inibidores seletivos da recaptação de serotonina
porque pode se desenvolver síndrome
serotoninérgica.

CLASSES
ANTITUSSÍGENOS

, codeína,
heroína

Dextrometorfano, levopropoxifeno e noscapina tem


pouquíssima afinidade com receptores µ, eles tem
mais afinidade com receptores δ e κ, por causa disso
eles tem o efeito antitussígeno muito intenso e não
causam problemas de dependência química

A codeína causa efeito antitussígeno mas em doses


baixas e pode causar dependência química.

Metadona: também tem efeito similar a morfina e é


muito utilizada para o tratamento da dependência
química de morfina e também no tratamento da ANTAGONISTAS OPIÓIDES
dependência química de opióides sintéticos. Não
 Naloxona – tempo meia vida de 1 a 2h, então
provoca prazes/ bem-estar mas inibe os efeitos de
dependendo da dose que a pessoa
abstinência
administrou do fármaco, ela pode com 1 ou
Fentanil é mais forte que a morfina, trabalha-se com 2h depois ter recaída dos sintomas
doses menores pois ele é mais potente que a morfina.  Naltrexona
 Nalmefeno

Tríade sintomas por intoxicação opióide


- miose puntiforme
- coma
- depressão respiratória
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DEPENDENCIA (sintéticos)

 Heroína- foi sintetizada para ser um fármaco


que tivesse o mesmo efeito da morfina mas
que causasse menos dependência, só que
ocorreu o contrário. Droga que mais causa
dependência e dano físico ao ser humano.
 Cafentanil
 Fentanil

FARMACOCINÉTICA opióides
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Prof Antônio Neto tem que reverter. Então, por exemplo, se a freqüência
Fármaco – 4 prova cardíaca cair e a freqüência respiratória cair muito a
pessoa pode entrar em parada e ai você tem que ta
ANESTÉSICOS GERAIS E LOCAIS
monitorando isso durante todo processo anestésico. A
ANESTÉSICOS GERAIS taxa de filtração glomerular renal é normal que ela
diminua durante o período de anestesia. Tanto que
A anestesia era dada por outras formas de depois tem que ser feita essa monitoração para
entorpecimento da pessoa, tais como: embebedar verificar se o rim está voltando a funcionar
com whisky/ vodka para a pessoa ficar embriagada normalmente, se não a pessoa terá que entrar em
até perder seus sentidos, ou então se dava uma outro procedimento para tentar reverter o quadro,
pancada na cabeça da pessoa para que ela desmaiasse
essa pessoa pode entrar em falência renal. Então
e então o procedimento era realizado. Somente em
1842 é que se começa a utilizar o éter no durante a anestesia tem que ser feito todo esse
procedimento cirúrgico para entorpecer as pessoas. monitoramento e acompanhamento do indivíduo por
Em 1946/1947 é que temos a primeira anestesia geral, isso que sempre tem lá o eletrocardiograma, a
os procedimentos cirúrgicos nessa época eram muito freqüência de ventilação respiratória, etc para ser
mais arriscados que hoje, até porque não se tinha verificado que a pessoas esteja minimamente no ideal
ideia das questões de contaminação, então o corpo para que ocorra o procedimento cirúrgico.
ficava exposto em ambiente que não eram assépticos,
então muitas pessoas que faziam a cirurgia acabavam A questão da consciência que foi uma coisa que a
morrendo por infecção posteriormente.
gente comentou na aula passada, dependendo do
procedimento cirúrgico é que vamos decidir se vamos
PRINCIPIOS BÁSICOS DA ANESTESIA GERAL querer que o indivíduo esteja consciente ou não. E a
questão da amnésia, normalmente a amnésia é algo
Um fármaco anestésico geral precisa ter esses cinco desejado e é por isso que a gente trata geralmente
elementos para ser considerado ideal. com algum ansiolítico do tipo benzodiazepínico. Nos
anestésicos gerais a pessoa também desenvolve um
período de euforia antes de entrar no período
anestésico e essa euforia pode ser desconfortável
para a indução anestésica e também para a volta da
anestesia e aí normalmente se dá um ansiolítico do
tipo benzodiazepínico para que ela desenvolva
amnésia e para que ela tenha um relaxamento tanto
EXISTE ESSE TIPO DE ANESTESICO GERAL IDEAL? NÃO!
na indução anestésica como na volta.
Normalmente os anestésicos gerais ideais vão ter uma
ANESTESICOS INALATÓRIOS
ou algumas dessas características dessas cinco, por
isso que se trabalha com associações de anestésicos
gerais, ou associação de anestésico com outro
fármaco que pode ser um hipoanalgésico, ansiolítico
ou um bloqueador neuromuscular.

E aí nós temos as chamadas CAM ( cuidados


Normalmente a anestesia é feita por anestésicos
anestésicos monitorados). Como você tem inibição de
gerais inalatórios e aí como o indivíduo está
reflexos autônomos, relaxamento de musculatura até
anestesiado vai manter essa anestesia por anestésico
mesmo com perca da consciência/ amnésia, algumas
inalatório ou intravenoso.
funções fisiológicas elas podem ficar afetadas. Então
normalmente se tem diminuição da FC, diminuição da Os anestésicos inalatórios podem ser de duas grandes
FR, diminuição da taxa de filtração glomerular, classes: os voláteis e os gasosos. Qual a diferença de
diminuição da motilidade gastrointestinal e isso tudo um volátil para um gasoso? O volátil é liquido e forma
precisa ser monitorado, porque você tem que ou vapor facilmente, então ele tem uma pressão de
manter a pessoa naquele nível basal ou então depois vapor baixa e uma pressão de ebulição alta. Já o
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gasoso ele é gás, então ele tem uma pressão de vapor Na tabela temos as principais classes de anestésicos
elevada e uma pressão de ebulição baixa. Então essas inalatórios. O halotano é o mais utilizado assim como
são as duas grandes classes de anestésicos inalatórios. o ox.nitroso (N2O), eles são os dois grandes extremos
Dependendo do tipo de anestésico inalatório que ele pois o Halotano tem o maior coeficiente de partição
está utilizando, se ele é volátil ou gasoso, tem que ser sangue-gás, o ox.nitroso tem o menor. Já o ox.nitroso
feita a modificação do equipo e de todo material que tem o menor cérebro-sangue e o halotano tem o
é utilizado porque a composição deles pode fazer com maior.
que eles solubilizem todas as mangueiras, todos os
tubos que são utilizados. O que os coeficientes de partição querem dizer?

Quando eu falo coeficiente de partição óleo-água isso


quer dizer o que? A grande maioria dos fármacos são
anfifílicos (ele tem capacidade lipossolúvel e
hidrossolúvel, sendo que ele pode ser mais
lipossolúvel ou mais hidrossolúvel). E aí pegamos um
recipiente com óleo e água e adiciona-se o fármaco e
analisamos se ele fica mais na fase oleosa ou na fase
aquosa. Se ele ficar mais na fase oleosa é porque ele é
mais lipossolúvel, se ficar mais concentrado na fase
aquosa significa que ele é hidrossolúvel.

Quanto maior o coeficiente de partição óleo-água que


Concentração alveolar: é a concentração daquele gás,
daquele vapor no alvéolo. A concentração alveolar dizer que ele é mais lipossolúvel, quanto menos for o
está relacionada com a concentração inspirada e com coeficiente de partição óleo-água quer dizer que ele é
a ventilação alveolar. mais hidrossolúvel.

Concentração inspirada: É o quanto a pessoa inspirou Então quando eu digo coeficiente de partição sangue-
daquele vapor ou daquele gás. gás isso quer dizer o que? Quanto maior o coeficiente
de partição sangue-gás mais diluído vai ficar no
Ventilação alveolar: é a freqüência do volume da sangue do que na sua forma gasosa, quanto menor
respiração, é analisar o volume da inspiração.
seu coeficiente de partição sangue-gás, mais o
(entrada e saída)
fármaco vai ficar dissolvido no ar ( gás) que no sangue.
Concentração inalatória: é a concentração alveolar Então de acordo com tabela podemos observar que o
dividida pela concentração inspirada. HALOTANO dissolve facilmente no sangue, já o
OX.NITROSO e o DESFLURANO ficam mais na fase
vapor do que no sangue.
Não necessariamente tudo que eu inspirei vai passar
para o alvéolo, pode ficar no espaço morto ou pode E o que é o coeficiente de partição cérebro-sangue?
não perfundir o ar para o alvéolo e aí nós vamos Agora vamos relacionar o quanto do fármaco vai para
trabalhar com outro conceito que é o coeficiente de o cérebro e o quanto do fármaco fica no sangue.
partição. Então o HALOTANO a mesma coisa, quanto maior o
coenf. partição cérebro-sangue mais o fármaco vai
sair do sangue e ir para o tecido cerebral quanto
COEFICIENTES DE PARTIÇÃO menor, mais vai ficar no sangue e menos ta indo para
o tecido cerebral.

O HALOTANO dissolve rapidamente no sangue, então


conforme a pessoa vai inalando halotano ele já vai
passando para o alvéolo e do alvéolo já vai passando
para o sangue rapidamente e do sangue já vai
passando rapidamente para o cérebro. Porque que eu
quero o cérebro? Porque a anestesia geral é um
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mecanismo central, então ela está relacionada com a


condição da dor via mecanismos centrais por isso que
eu quero que chegue logo no cérebro, ou não
necessariamente porque veja só, se o HALOTANO tem
um coef.partição muito elevado ele passa
rapidamente para o sangue mas ele dilui muito no
sangue, então o volume de distribuição (volume que o
fármaco ocupa naquele órgão ou tecido-alvo) do
halotano é muito grande , então mesmo ele tendo
alto coef. de partição ele dilui muito no sangue e no
cérebro, então por causa disso ele fica com
concentrações efetivas baixas, então ele demora mais O ox nitroso consegue ter uma concentração mais
tempo para você conseguir ter uma anestesia. Já o elevada, é necessário trabalhar com ele em
OX.NITROSO que apesar de ter um coef de partição concentrações mais elevadas pois ele dilui menos.
mais baixo, chega mais concentrado no órgão-alvo, o
volume de distribuição dele é menor então ele chega
em concentrações efetivas mais rapidamente.

E o que é esta CAM (%)?

Bem, esta CAM(%) é diferente da CAM que falamos A grande maioria desses fármacos passam por pouco
anteriormente. Essa CAM agora é concentração metabolismo e quando passam por metabolismo, este
metabolismo é hepático. O halotano é o que passa
alveolar mínima então, o OX.NITROSO, por exemplo,
por maior quantidade e o ox.nitroso ele praticamente
tem uma concentração que ultrapassa os 100% , não sofre metabolismo ele é eliminado 99% em sua
porque por ele ter o coef sangue-gás baixo ele tem forma inalterada. Algumas bactérias gástricas quando
uma dificuldade de passar para o sangue ficando mais você tem deglutição dele é que fazem alguma
tempo no alvéolo fazendo com que a concentração metabolização de ox.nitroso mas é muito pouco, ele
alveolar dele seja alta. Já no caso do HALOTANO o realmente é na maioria das vezes eliminado em sua
coef de partição é alto, então ele passa rapidamente forma inalterada.
para o sangue, conseqüentemente sua concentração
O que é washout?
alveolar mínima é baixa. QUANTO MENOR O COEF DE
PARTIÇÃO MENOR VAI SER O TEMPO DE INDUÇÃO É a lavagem que o corpo faz. A inalação e expiração já
ANESTESICA. vai garantir a expiração do fármaco e aí dependendo
de qual é o volume respiratório, qual é a freqüência
respiratória esse washout pode ser mais rápido ou
não. Se você pega por exemplo o ox.nitroso que tem
coef.de partição baixos se você aumenta a freqüência
respiratória ou o volume exalado de ar, você aumenta
a eliminação dele.

Qual o problema de trabalhar com aumento da


freqüência respiratória? Se eu quiser que a pessoa
volte da anestesia e eu aumento a FR dela qual
problema pode desenvolver nesse caso? Acidose e
hipercalemia.

Então o ox.nitroso dilui pouco no sangue mas ele


chega em altas concentrações tanto no sangue como
no cérebro. Já o halotano, dilui mais no sangue e
também chega em concentrações baixas no cérebro.
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MECANISMO DE AÇÃO

Nós temos o aumento da neutransmissão inibitória


normalmente mediada por canais de cloreto e canais
de potássio e uma diminuição da neurotransmissão
excitatória normalmente relacionada com cálcio e
sódio e receptores do tipo NMDA e colinérgicos.
Então esses são os dois principais mecanismos de
ação: o aumento da neurotransmissão inibitória
mediada por receptores GABA e glicina e uma
diminuição da neurotransmissão excitatória mediada
por glutamato e acetilcolina.
 Cérebro: se tiver uma concentração alveolar
Sendo que a inibição da neurotransmissão excitatória mínima baixa , você vai ter um volume de
ela é em maior escala do que o aumento da distribuição baixo também. Sendo que se você
neurotransmissão inibitória. tiver uma CAM alta, como é o caso do
ox.nitroso, você tem uma alteração no
volume de distribuição e isso pode gerar um
aumento da pressão intracraniana.
 Sistema cardiovascular: ↓ FC , ↓ circulação
 SISTEMA RESPIRATORIA: ↓ FR
 Sistema renal: ↓ taxa de filtração glomerular
 Sistema hepático: ↓ função hepática,
aumento das transaminases
 Útero: ↓ contrabilidade uterina (não é
recomendado anestesia geral em casos de
trabalho de parto, nesse caso usa-se a local)

Hemato: anemia megaloblástica, metemoglobinemia


(ox.nitroso)
Hepato: pelo aumento das trasaminases
Hipernermia maligna: associação de anestésicos
inalatórios + bloq neuromuscular despolarizante
(succinilcolina)

DESFLURANO, ISOFLURANO: ↑ da freqüência cardíaca


ENFLURANO, SEVOFLURANO : mais nefrotóxicos de
todos eles.
Reverter caso de hipertermia maligna: DANTROLENO
pois ele tem ação direta no músculo esquelético
(relaxante muscular)
succinilcolina não tem como reverter é só deixar ela
ser metabolizada.
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• em doses elevadas pode causar alucinação


ANESTESICOS INTRAVENOSOS • ck – cocaína + ketamina

- São adm por via intravenosa, normalmente por


infusão
- Normalmente são muito lipossolúveis

Os mais comuns são:

 TIOPENTAL- praticamente não está sendo


mais utilizado porque o índice terapêutico é
muito estreito, ou seja, a diferença entre a
dose efetiva e a dose tóxica é muito próxima. MIDAZOLAM - é um benzodiazepínico e entre os bzd
Um de seus efeitos é convulsão. é o mais hidrossolúvel, é muito utilizado na
 MIDAZOLAM manutenção da anestesia. Também é muito utilizado
 ETOMIDATO para o coma anestésico, quando se tem o coma
 PROPOFOL individuo é devido à adm continua de midazolam. É
 CETAMINA pré-anestésico e mantém a anestesia.

ANESTESICOS LOCAIS

Quanto maior a
concentração, maior o tempo de meia vida

• Existem muitos problemas de alergia relacionados a


este fármaco devido à soja (ele é normalmente feito
com óleo de soja)

Qual a diferença de uma anestesia regional para uma


anestesia local? A regional é mais ampla e a local é
mais focalizada.

Os anestésicos locais se dividem de acordo com sua


estrutura química, eles podem ser do tipo éster ou do
tipo amida.

• cirurgias eqüinas
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Atualmente preconiza-se mais o uso dos anestésicos


do tipo amida em relação aos do tipo éster, pois a
grande maioria dos tipos éster tem a ligação éster
rompida pela pseudocolinesterase plasmática,
fazendo com que o tempo de meia vida do anestésico
tipo éster seja bem menos que o anestesico do tipo
amida. Quanto maior o tempo de meia vida de distribuição,
maior será o de meia vida de eliminação (apesar de
Todos os anestésicos têm uma parte lipofílica, não estarem diretamente relacionados).
normalmente um anel aromático e nós temos
também uma parte hidrofílica, normalmente uma Percebam que as afinidades e intensidade da
amina terciária. Se ela tem uma amina terciária isso anestesia ela muda dependendo do tipo do fármaco
quer dizer que ela é uma base fraca, então ela sofre utilizado. Então se eu quiser uma anestesia intercostal
efeito do ph do meio, então os anestésicos locais elevada eu vou utilizar uma mepivacaína. Já se eu
obedecem a equação de Henderson-Hasselbalch que quiser uma epidural razoável posso utilizar
é utilizada para calcular o pH de uma solução mepivacaína ou lidocaína.
tampão, a partir do pKa (a constante de
dissociação do ácido) e de concentrações do
equilíbrio ácido-base, do ácido ou base
conjugada. Ter um pka ideal está relacionado com
ter um ph ideal para que ocorra a ação do fármaco.
Como eles são bases o ph deles são maiores que 7,
então a grande maioria dos anestésicos locais
possuem pka maior que 7, se o fármaco está em sua
forma ionizada ele terá maior dificuldade pois na
forma ionizada ele é mais polar. Assim, se ele estiver
na sua forma não ionizada penetra mais facilmente,
pois estará na sua forma apolar, por isso a anestesia
local normalmente não funciona em processos
inflamatórios pois o exudato inflamatório é ácido e se
o anestésico local for aplicado ele ficará na sua forma
ionizada, ou seja, mais polar e consequentemente
terá menor absorção, não ocorrendo assim o efeito
anestésico.

Mas, tem um anestésico que foge de tudo isso: A


BENZOCAÍNA. O pka desse fármaco é 3,5 então pode
ser utilizada em locais ácidos, por isso é muito
utilizado na odonto como anestésico bucal. Porém, Essa questão da distribuição tem duas fases:
seu poder anestésico é fraco, pois possui pouca
afinidade pelo receptor.  Fase α: é quando você administra o fármaco e
ele começa a se distribuir, então se tem um
aumento de perfusão. Conforme ele está
sendo administrado a velocidade de perfusão
vai diminuindo e com isso também vai
diminuindo a sua distribuição e a sua
perfusão que é o que chamamos de Fase β.

 Fase β: diminuição da distribuição e da


perfusão durante a administração.
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MECANISMO DE AÇÃO Existem três tipos de fibras: tipo A, tipo B e tipo C.


Quanto maior for o diâmetro da fibra , menor a
Esses fármacos atuam em canais de sódio, sensibilidade ao bloqueio e vice-versa. Fibras maiores
promovendo bloqueio do canal de sódio você tem uma facilidade na condução do impulso
conseqüentemente acontece o bloqueio da condução nervoso, conseqüentemente quando o fármaco tem
do impulso nervoso. o fármaco precisa estar na sua afinidade moderada sua sensibilidade ao bloqueio vai
forma dissociada, ele vai penetrar a membrana celular ser menor. Quanto maior for a mielinização, menor a
e aí vai se ligar na face interna do outro canal de sódio sensibilidade ao bloqueio e quanto menor minha
ou na sua face intermediária, esse é um dos motivos mielinização maior a sensibilidade ao bloqueio.
pelos quais o fármaco precisa estar na sua forma não
ionizada porque ele penetra pela membrana celular e ANESTESIAS LOCAIS MAIS COMUNS
se liga ou na parte interna do canal de sódio ou ele
perfunde pela membrana e se liga em sua parte
intermediária, promovendo um bloqueio.

Bupivacaína é muito cardiotóxica, usam mais os


isômeros (levo, mepi, ropi). Para reverter
cardiotoxicidades graves por bupivacaína usa-se AC.
Graxos.
A afinidade pelo canal de sódio é media/baixa por isso
que o tempo de meia vida do anestésico local é curto A mais utilizada de todas é a lidocaína, conhecida
porque eles são rapidamente metabolizados no canal. como xilocaína. Ela tem sintomas neurológicos
transitórios, ou seja, doses elevadas de lidocaína
Existem duas substancias a TETRODOTOXINA (uma podem causar dor e discinesia no individuo.
substância encontrada no baiacu ) e a SAXITOXINA
(encontrada em alguns tipos de sal) elas tem o Prilocaína pode causar metemoglobinemia.
mecanismo de ação similar ao anestésico local sendo
que eles se ligam na face externa do canal. Então eles Mepivacaída causa vasoconstrição.
também promovem bloqueio nos canais de sódio,
mas por ligação na face externa do canal. Não são Bloqueio epidural que é aplicado na T1
utilizados na pratica clinica mas existem casos graves Bloqueio espinal : entre L3 e L4, também chamado de
de intoxicação por essas toxinas, elas podem ser bloqueio tipo raqui
fatais. Bloqueio peridural: entre L2 e L3
Bloqueio caudal: S2 , mais utilizado em anestesia
Existem outros tipos de efeitos que são chamados pediátrica
efeitos auxiliares que é a ligação de canais de
potássio, canais de cálcio, canais de NMDA e também
receptores de serotonina.

SUSCEPTIBILIDADE
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Toxicidade

• sistêmica – diminuição FR, FC, convulsões, espasmos


musculares, calafrios, aumento da pressão
intracraniana
• SNC
• Cardíaca
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Prof: Filipe Silveira R5 HT2


Farmaco – 4 Prova R5 HT3 córtex pré-frontal
R β1- adren
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS R β2- adren amígdala

Tem amplo uso farmacológico não são utilizados 2.3 Eixo HPA (cortisol)
apenas para depressão.
 ↑ hormônio do estresse
• DEPRESSÃO: CARACTERÍSTICAS  O cortisol mata neurônios do hipocampo
SINTOMATOLÓGICAS causando depressão/ problemas de memória

- Costuma acometer adultos jovens: 2 a 3x maior em 2.4 Neurotrofinas


mulheres
- Os estressores somados à bagagem genética causam  Os antidepressivos precisam estimular a
depressão. produção de neurotrofinas a mais “famosa” é
a BNDF

 Unipolar (depressão) – fármacos


antidepressivos Os antidepressivos precisam estimular a neurogênese,
 Bipolar – fármacos estabilizadores do humor ou seja, a formação de novos neurônios.

Sintomas psíquicos: Tristeza, culpa, falta de prazer, • CATEGORIAS DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS


fadiga, dificuldade de concentração/decisões

Sintomas fisiológicos 3.1 Antidepressivos tricíclicos (1ª geração)


- Insônia/ persônia
- anorexia / hiperfagia  Ex: imipramina, amitriptilina
- diminuição do interesse sexual
 Mec. ação: bloqueiam o transporte de
Evidencias comportamentais serotonina (SERT e NAT, tendo como
- Retraimento social conseqüência ↑ da serotonina e ↑ da
- crises de choro noradrenalina estimulando a neurogênese
- comportamento suicida após 3 ou 4 semanas. No primeiro dia a
- retardo psicomotor / agitação serotonina é elevada mas a neurogênese só
ocorre após 3 ou 4 semanas.
Fatores: vulnerabilidade genética
Fatores emocionais  Ef colaterais:
Fatores ambientais - bloqueio de receptores H1: sedação e
ganho de peso
- bloqueio muscarínico: boca seca, visão
• HIPOTESES / TEORIAS DA DEPRESSÃO turva, semi constipação, retenção urinária
- bloqueio alfa-1: hipotensão postural
2.1 – Teoria monoaminérgica clássica da depressão ortostática
(década de 40) - em altas doses: coma, convulsões, arritmias,
↓ libido, morte
 (↓ S − HT / ↓ NA) - deficiência de serotonina
e noradrenalina 𝑠𝑒𝑑𝑎çã𝑜
 Não justifica a necessidade do uso de Ef. anticolinérgicos
antidepressivos Imipramina amitriptilina
 O fármaco só age em 3 ou 4 semanas, não - +
basta elevar a 5-HT e a NA pois é necessário
que os receptores sejam dessensibilizados
MAOa 5 HT
NA
2.2 – Teoria da dessensibilização de receptores 3.2 IMAOs
(Inibidores da MAO) MAOb - DA
15

MIRTAZAPINA
 Irreversíveis não seletivos: TRANILCIPROMINA TRAZODONA
Não seletivos pq temos duas isoformas da
MAO, a TIPO A e TIPO B, esse fármaco
bloqueia as 2.

 Ef adversos: similares ao ATC, exceto sedação


e ganho de peso, pois não bloqueia a
Histamina (H1)

 Interação farmacológica com


simpaticominética → crise hipertensiva
- Alimentos ( Tiramina, “ reação ao queijo”)
↑ PA pois libera noradren.
- Descongestionantes nasais (efedrina),
anfetaminas

 Reversíveis seletivos / MAOa: moclobemida


- menor chance de crise hipertensiva

3.3 Antidepressivos de 2ª geração → subcategorias

ISRS: 1ª escolha
- Bloqueia apenas a SERT

Fluoxetina (norfluoxitina) prova só esses 2


Paroxetina
Fluvoxamina
Sertralina
Citalopram
Escitalopram

 Efeitos colaterais:
↑ ansiedade
↑ síndrome do pânico
Náuseas, vômitos, cólicas, diarréia
Disfunção sexual
Peso: igual ou perda
Outros: síndrome 5- HTenérgica (essa síndrome causa
alterações do estado mental, hiperatividade
autonômica , alterações neuromusculares)

IRND: bupropiona

 ↑ Libido
 Cefaléia, boca seca, agitação, insônia,
convulsões (altas doses), ajuda a tratar
dependência à nicotina
 Bloqueia NAT e DAT

3.4 Antidepressivos atípicos


16

Prof: Filipe Silveira O hormônio cortisol está em alta em pessoas com


Farmaco – 4 Prova ansiedade, estressadas e com depressão. Dentro da
fisiopatologia antes de entrar no medicamento eu
FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS resumo o envolvimento desse eixo que se inicia na
amígdala (que não é a nossa amígdala palatina ). O
ANSIEDADE estresse na amígdala leva à hiperestimulação do eixo
HPA, ou seja, excesso de cortisol, agora imagine isso
• Normal x patológico todos os dias. O excesso de cortisol começa a
degradar neurônios do hipocampo, fazendo com que
Existe a ansiedade normal que todos nós possuímos, o eixo HPA esteja sempre estimulado.
não tem ninguém que não seja ansioso. E para que
serve essa ansiedade norma? Para nos dar motivação
para seguir a vida, realizando assim a preservação da BUSPIRONA → ansiolítico que tem eficácia apenas no
espécie. A preocupação em pequenas doses é TAG
fisiológica, é normal. Porém quando essa ansiedade Não leva À dep. Química, pois não é tarja preta.
começa a prejudicar a vida do individuo, esta deve ser Demora para ter efeito.
tratada, logo, é patológica. A ansiedade patológica
pode ser tratada com ANSIOLÍTICOS e/ou
PSICOTERAPIA. • FÁRMACOS/ CATEGORIAS DE ANSIOLÍTICOS

Os ansiolíticos são indicados para outros transtornos


além da ansiedade, como: Benzodiazepínicos não são primeira escolha, a
- transtorno de ansiedade vantagem deles é que tem efeito rápido que está
- TAG (transt. Ansiedade generalizada) → ñ causa relacionado à forma que este medicamento atua no
taquicardia; para se ter o diagnostico de TAG o cérebro.
paciente precisa ter sofrido 6 meses de preocupação
excessiva com três ou mais sintomas adicionais MEC. Ação benzodiazepínicos: modulação alostérica
(insônia, esquecimento, entre outros) positiva do receptor GABA-A, ou seja, nós temos um
-transt. do pânico (síndrome do pânico) receptor GABAa com 5 subunidades formando um
- fobia social canal central permeável a um íon cloreto com carga
- trasnt da ansiedade por separação negativa. Esse receptor possui um sitio de ligação
chamado GABA, quem é o GABA? É o acido gama-
OS ANSIOLÍTICOS NÃÃÃO SÃO UTILIZADOS PARA aminobutirico. O sitio de ligação do neurotransmissor
TRATAMENTO DE FOBIAS ESPECÍFICAS, ex.: medo de é chamado sítio de ligação ortostérico, os demais
barata, medo de sangue, medo de elevador, etc. sítios de ligação são chamados sítios de modulação
nesse caso é recomendado psicoterapia. alostérica porque está localizado em outros pontos.
Os bzd se ligam em um dos sítios de modulação
Antigamente só existia o tarja preta, porém ele pode alostérica, alterando a afinidade do GABA pelo sitio
causar dependência e não deve ser utilizado para abrindo esse canal iônico e ao abrir o canal iônico
tratamento de doenças crônicas, na verdade, NÃO é a entra no neurônio cloreto intraneuronal, fazendo com
primeira escolha. A PRIMEIRA ESCOLHA SÃO OS que ocorra a hiperpolarização (depressão do snc)
ANTIDEPRESSIVOS, POIS EM LONGO PRAZO ELES TÊM devido a carga negativa. É modulação alostérica
EFEITO ANSIOLÍTICO. positiva porque ele aumenta a afinidade e a entrada
do cloreto.

• FISIOLOGIA DA ANSIEDADE → transtorno de O outro sitio de modulação alostérica é para etanol,


ansiedade por isso que a pessoa fica sedada, podendo até entrar
Estresse adversidades em coma porque o etanol faz também modulação
Sistema límbico - + alostérica positiva do receptor GABAa. E os outros
H sítios são para outros fármacos denominados
amígdala barbitúricos.
hipocampo P
(morte neuronal) Em baixas doses pode ter efeito sedativo, ou seja,
A efeito ansiolítico. Se aumentar a dose alcança
hipnose, coma ou até a morte do paciente. O EFEITO
Cortisol córtex ANSIOLÍTICO É UMA DEPRESSÃO LEVE!
17

Midazolam, faz dormir rapidamente e é o que tem o


Indicação terapêutica: tempo de meia vida mais curto, relaxa musculatura, o
- transtorno de ansiedade paciente não lembra do que aconteceu por isso é
- amnésia anterógrada: apagar da sua memória todos indicado para endoscopia.
os eventos que ocorreram após ingestão do fármaco
- amnésia retrógada (FALSO)
- distúrbios do sono (hipnosedativa) formação Efeitos adversos
reticular
- miorrelaxante (medula)  Sonolência
- anticonvulsivante ( córtex mesencéfalo)  Amnésia anterógrada
 Incoordenação motora
 Efeito paradoxal (ficar agitado)
 Potencialização
 Tolerância (propriedades hipnosedativas)
 Dependência (síndrome de abstinencia)
 Via (DZP, LZP)

CATEGORIAS:
Os BDZ com predomínio de ação ansiolítica eles se
ligam melhor no tipo de receptor GABAa alfa-2,
controlam as emoções.
Os de ação hipnótica se ligam melhor no tipo de
receptor GABAa alfa-1, controlam o sono.

Com predomínio de ação Com predomínio de ação


ansiolítica (ansiedade) hipnótica (distúrbios do
sono)

Diazepam Estazolam
Alprazolam Flurazepam
Clobazam Flunitrazepam
Clonazepam (rivotril) Midazolam
Clorazepato Nitrazepam
Lorazepam Triazolan
Clordiazepóxido
Bromazepam

Alprazolam Estazolam
Bromazepam Flurazepam
Clonazepam Midazolam (endoscopia)
Diazepam
18

Prof: Filipe Silveira


Farmaco – 4 Prova AA: mirtazipina antagoniza o H1

 Antipsicóticos
FÁRMACOS HIPNOSEDATIVOS  Anti- histamínicos

1 – INSONIA TIPOS
FARMACOS ANTICONVULSIVANTES
1. Latência do sono longo: demora muito para
induzir o sono Uso terapêutico:
2. Desperta frequentemente: acorda de - crises epiléticas/ epilepsia
madrugada - transtorno de humor bipolar (THB)
3. Despertar precoce pela manhã: acorda mais - dores crônicas : neuralgia do nervo trigêmeo ou
cedo que o normal nervo glossofaríngeo ; enxaqueca.
4. Sono não reparador: dorme o dia inteiro e
continua cansado Crise epilética é uma alteração transitória de sinais ou
sintomas devido a uma atividade elétrica neuronal
2 – CATEGORIAS excessiva e sincrônica. Epilepsia é uma doença
neurológica caracterizada pela predisposição em gerar
com predom. ação ansiolítica crises epiléticas. Para se ter o diagnostico de epilepsia
• BDZ com predom. ação hipnótica é necessário que o paciente tenha 2 crises epiléticas
em 24h.

• Novos hipnóticos não BDZ (CRITERIO DE PRIMEIRA Fatores epileptogênicos


ESCOLHA – TRATAMENTO ATUAL) o Estresse psicológico físico (febre)
o Tumor
Drogas Z – zolpidem, zopiclona o Trauma
- pouca alteração na arquitetura do sono o Alterações hormonais
- não induzem tolerância/ dependência o Privação do sono
- mínima atividade relax. Muscular e anticonvulsivante o Subst. Tóxicas
- agonista seletivo GABAa o Fármacos

Causas
ZOLPIDEM ZOPICLONA o Genética
o Estrutural
o Metabólica
- agonista seletivo - atua de forma não o Infecciosa
RGABAa α 1 seletiva RGABAa α1 α2 o Desconhecida

- Menos tempo de - meia vida 5,3 horas Crise


meia vida (2,4h)
- possui gosto amargo Parcial/ focal: afeta uma pequena região do cérebro
- Indicado para indução Generalizada: afetam ambos hemisférios cerebrais
do sono por possuir - efeito residual
meia vida curta (sonolência pela
manhã) ANTICONCULSIVANTES: mecanismo geral

AMBOS POSSUEM 30 min DE LATÊNCIA - aumento da atividade sináptica inibitória


-diminuição da atividade sináptica excitatória
- controle da excitabilidade da membrana neuronal e
• OUTRAS OPÇÕES da permeabilidade iônica

 Antidepressivos: agomelatina (antidepressivo


e efeito hipnótico)

ATC: atua na H1
19

glutamato (NMDA e AMPA)


Excitatória Canais de sódio
Canal de cálcio

Sistema inibitório : GABA/ R GABA-A

PRINCIPAIS ANTICONVULSIVANTES

*Fenitoina: não pode ser adm em soro glicosado pois


precipita, só deve ser adm em SF.
20

Prof: Filipe Silveira  FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA


Farmaco – 4 Prova

Dopaminérgica
FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS Hipóteses
Serotoninérgica

 PSICOSES/ ESQUIZOFRENIA Dopaminérgica

Psicose: Existem 4 vias dopaminérgicas


- Mistura de sintomas presentes em muitos
transtornos psiquiátricos diferentes 1. Via mesolímbica: sistema de recompensa que
- de maneira geral significa delírios e alucinações. está alterado; ocorre hiperatividade
Também incluifala e comportamento dopaminérgica ou excesso de dopamina(
desorganizados e distorções graves da realidade. receptor D2) que leva à sintomas negativos.

Esquizofrenia: 2. Via mesocortical: também leva à sintomas


negativos como isolamento social e aparência
Drogas descuidada; aqui ocorre diminuição da
induzida Alzheimer dopamina em receptores D1.
por: Mania
Depressão 3. Via tuberoinfundibular( sistema hipófise-
hipotálamo): não é alterada mas é
Filme indicado: uma mente brilhante responsável pela secreção da prolactina
(hormônio que estimula o corpo-lúteo e a
produção de leite pelas glândulas mamárias).
Fatores genéticos Os fármacos causam HIPERPROLACTINEMIA.
Etiologia → multifatorial Ambientais
Biológicos* 4. Via nigroestriatal: é responsável pelo controle
motor e costuma não estar alterada, os
*maturação cerebral, complicações no parto, fármacos que causam as alterações de ordem
infecções virais intra-uterina, hipoxia. motora.

- Se um dos gêmeos idênticos tiver, existe 48% de Logo, as vias 1 e 2 são alteradas pela doença, porem
chance do outro ter também. as vias 3 e 4 sofrem alterações devido à utilização dos
fármacos. Algumas alterações das vias 3 e 4 são
reversíveis, basta parar o medicamento, outras não.
Sintomas positivos Sintomas negativos

• Alucinações, alterações • Embotamento afetivo Serotoninérgica


das modalidades visuais,
auditivas, olfativas, • Isolamento social - LSD estimula muito o receptor da serotonina (R5-
delírio persecutória HT2A), causando delírios e alucinações.
(atribui um significado • Anedonia (perda da - os esquizofrênico tem excesso de serotonina que
aquilo) capacidade de sentir estimula o R5-HT2A.
prazer)
• Delírios
• Aparência descuidada 1ª geração: antipsc. típicos
Categorias
de antipsicóticos 2ª geração: antipsc. Atípicos
21

Antipsicóticos típicos (1ª geração) ↑ triglicerídeos


- efeito orexigeno relacionado ao bloqueio de
- Possuem ligação forte com os antagonistas receptores H1 e 5HT2c NO HIPOTÁLAMO.
dopadrenérgicos.

- Ex: HALOPERIDOL (não é sedativo),


CLORPROMAZINA (é altamente sedativo, pois
bloqueia muito H1)

- Mec de ação: antagonistas D2

- Efeitos adversos:
• Sedação, ganho de peso
• Efeitos anticolinérgicos (boca seca, visão turva,
constipação...)
• Hipotensão postural devido ao antagonismo do
R alfa1
• ↓ do limiar convulsivo – somente clorpromazina
• Pode piorar os sintomas negativos, pois baixa a
atividade da dopamina e a deficiência de dopamina é
que causa os sintomas negativos.
• Hiperprolactinemia
• SEP (sintomas extra piramidais): alterações de
ordem motora devido o bloqueio da dopamina na via.
• Distonias de membros ou cervical
• Parkinsonismo farmacológico
• Acatisia: A acatisia induzida por antipsicóticos é
um transtorno de movimento relacionado ao sistema
motor e caracterizado por sensação subjetiva de
inquietude interna, irritabilidade ou disforia que
podem ser intensas. Associa-se à sensação física e
objetiva de desassossego e a movimentos não
discinéticos.
• Discinesia tardia

Antipsicóticos atípicos (2ª GERAÇÃO)

- bloqueia dois tipos de receptores 5-HT2 e D2

Ex: CLOZAPINA (ultima escolha pois pode causar


granulocitose que é a ↓ dos leucócitos, podendo
levar o paciente à óbito).
OLANZAPINA
PISPERIDONA

Efeitos colaterais
• ganho de peso
• sedação
• efeitos anticolinérgicos
• hipotensão postural
• ↓ limiar de convulsão (clozapina)
• ↓ hiperprolactinemia
• ↓ SEP

Desvantagens
- síndrome metabólica
↑ apetite

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