Você está na página 1de 4

Macrolídeos

Macrolídeos possuem essa estrutura, esse anel aqui grande, esse pode ter de
14 a 16 carbonos, esse anel nós chamamos de anel lactona. Os macrolídeos
são caracterizados por terem um anel lactona ligado normalmente a um
carboidrato. Pode ser uma ou duas hexoses, normalmente são duas hexoses.

O QUE É UMA HEXOSE ? Carboidrato de seis carbanos.

Mecanismo de ação dos Macrolídeos

Eles irão se ligar a subunidade 50s, no ribossomo. No caso específico das


tretaciclinas quando ela se liga na subunidade 30S ela vai impedir o que RNA
transportador se ligue na fita de RNA mensageiro. No caso específico dos
macrolídeos o RNA mensageiro vai se ligar, mas não vai conseguir soltar o seu
aminoácido, ou seja, os processos de sínteses de inibições protéicas eles são
diferentes, tá? Aqui “Tretaciclinas” impede a liberação do RNA transportador e
na outra impede a formação peptídica e também o desligamento do aminoácido
do RNA transpotador.

E aí quais são os usos?

Muitos. Macrolídeos podem ser para infecção para pneumococos, sendo os


gran positivo,estreptococos, estrafilococos, corinebactérias, Mycoplasma
pneumonia, L. pneumoplhia, Chlamydia pneumoniae, H. pilori, Listeria
monocytogenes, Mycobacteruim kansasii e Mycobacteruim scrofularum;

As tretaciclinas são para Mycobateruim não-tuberculóide.

Para as gran negativas, teremos Neisseira sp. Borderella pertussuis,


Bartonella henselae, Bartonella quintana, Rickettsia sp ( podem ser resistentes
também as tretaciclinas).Treponrma pallidum (Resistente a penicilina) e
Campylobacter sp.

Aí se eu tiver por exemplo, um paciente com sífilis e se ele for resistente a


penicilina ou alérgico a penicilina uma dos opções são os macrolideos.

Resistência dos Macrolídeos

E aí nós chegamos aos mecanismos de resistência.

 Permeabilidade reduzida na membrana ou efluxo ativo; E aí nós


vimos o que exatamente pode acontecer, assim como as tretaciclinas os
macrolídeos penetram a membrana por difusão. Aí se pode ter a
alteração da composição da parede ou então da membrana dificultando
essa difusão e pode ocorrer a formação de bomba de efluxo ativo.
 Produção de esterases; Essas esterases vão tentar romper a ligação
do macrolídeo para com sua hexoses, e aí o fármaco passar perder o
seu efeito, quando você tem a produção dessas esterases.
 Proteção ribossomal. Qual o mecanismo de ação dos macrolídeos ? A
turma responde: se liga a subunidade 50S. Mas aí eu posso ter uma
alteração da subunidade 50S e o meu macrolídeo não consegue mais se
ligar, chamamos isso de proteção ribossomal, ou seja, é uma alteração
do cromossomo que vai impedir que o fármaco se ligue ao seu sítio
ativo.

Então cuidado para não confundir o mecanismo de resistência dos macrolídeos


com os das tretaciclinas. Na resistência a tetraciclinas, a bactéria irá produzir
uma proteína que impede à ligação da tretaciclina a subunidade 30S. No caso
dos macrolídeos, a bactéria muda a conformação da subunidade 50s e o
macrolídeo fica impossibilitado de se ligar, sendo assim, chamamos esse
mecanismo de PROTEÇÃO RIBOSSOMAL.

Farmacocinética

E aí nós chegamos na farmacocinética

Todos os macrolídeos são administrados por VO, a Eritromicina que foi a


primeiro macrolido desenvolvido poder se adm por VO E IV.

A excreção vai variar a Eritromicina e Azitromicina tem excreção biliar. Já a


Claritomicina a execreção é renal. E o CETOLÍDEOS (TELITROMICINA) tem
excreção biliar e renal.

O Tempo de meia vida também varia desde 1 hora e meia para Eritromicina
devido a isso você tem que fornecer doses repetidas. E 96h para Azitromicina.
Atualmente percerbeu-se que a eficácia no tratamento de dose única com
macrolídeos é maior que em caso de doses repetidas, ou seja, é melhor você
disponibilizar dose única ao paciente do que dá inúmeras doses em
concetração menores por várias dias. Vocês irão perceber que existem por aí
vários esquemas de doses únicas de Azitromicinas. E essa Azitromicina está
sendo usualmente prescrita para tratamento de infecções recorrentes de
garganta. Qual o principal agente causador de infecção de garganta ?
Estreptococos. Normalmente Estreptococos seria identificação de espécie, pois
pode ser uma gallolyticus pioge (entendi isso).

Quando você ver a clínica do paciente e evidencia febre, dor de garganta,


apenas sabe que o paciente está com placas amareladas na garganta e isso é
característico de Estreptococos sp. E aí você vai entrar normalmente com um
penicilínico normalmente a Amoxilina. Se escolhe a Amoxilina por causa
praticidade de administração, porque de todos os penicimilânicos ela é a que
melhor tem resistência por VO, sendo assim, você evitar de aplicar penicilina
injetável no paciente. Agora quando houver casos em que o paciente tem
resistência a Amoxilina iremos fazer o tratamento com a associação de
Amoxilia + Clavulanato. Embora, se esse paciente venha apresentar
resistência a AMOXILINA + CLAVULANATO, normalmente o esquema é
Azitromicina dose única. Em caso de infecções uretrais, como Clamydia,
também trabalha com Azitromicina. Tenhamos muito cuidado, pois o paciente
pode confundir o esquema da Amoxilina que é de 8/8h com o da Azitromicina
que é dose única semanal, porque dependendo da formulação da Azitromicina
ela pode vim com mais de um comprimido na caixa aí a paciente acha que tem
que tomar todos.

Erika pergunta alguma coisa sobre o esquema e ele responde: se a


azitromicina for de dose única, ou seja, dose semanal, necessita reavaliação
após uma semana do uso, para saber se o paciente melhorou ou não. Se em
15 dias não há melhora daquela infecção você tem que mudar o esquema de
antibiótico. Mas existem esquemas de azitromicina de 3 dias, mas são com
doses menores.

Cayo pergunta alguma coisa e ele responde: a Amoxilina é uma penicilina e por
isso não existe associação dela com a pencilina. Existe a associação da Amox
com o clavulanato, como vimos da na aula passada. O principal mecanismo de
resistência às penicilinas é por que a máquina já começa a produzir uma
enzima chamada de beta-lactamases. E o principal mecanismo de ação do
clavulanato é justamente a inibição dessa enzima. Ai você associa amox +
clavulanato. Daí você nunca vai ver o clavulanato sendo administrado sozinho,
por que ele sozinho não afeta nenhum mecanismo de sobrevivência da
bactéria.

Continuando ...

Um dos motivos pelos quais a Azitromicina tem um tempo de meia vida tão
longo: por que ela tem um anel com 14 átomos de carbono e um átomo de
nitrogênio, isso modifica a metabolização dela.

Aí nós temos as reações adversas:

1. Anorexia, náuseas, vômitos, diarréia


2. Hepatite colestática aguda ( pacientes que tem problemas hepáticos não
é recomendado a administração de macrolídeos, pois podem
potencializar um quadro de hepatite )
3. Inibição do CYP450 ( isso é mais específico dos cetolídeos, o único
que estava na tabela a Telitromicina. E o que isso quer dizer “ inibição
do CYP450 “? Vocês viram lá em farmacologia 1 a farmacocinética que
o CYP450 é um grupo de enzimas que eles tem em comum um pico de
absorção a 450 nanometros e essas enzimas, normalmente, estão
associadas com reações de oxidação de múltiplos fármacos ( ele fala de
biofísica Zzzzzzzz ). Existem varias isoformas do CYP450 e vocês
podem observar isso nos livros de farmacologia. Algumas isoformas
fazem o reação de redução, mas geralmente ele está relacionado com
reações de oxidação. E qual a diferença das duas reações? Na oxidação
você vai tirar elétrons e na redução você vai adicionar elétrons. Essa
retirada de elétrons pode ocorrer pela adição de oxigênio. E essas
reações são reações de faze 1 ou fase 2 na metabolização dos
fármacos? Fase 1. Existem 3 reações de fase 1 da biotransforação do
fármaco : oxidação, redução e hidrolise, fase 2 são reações de
conjugação. )

Você também pode gostar