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CURITIBA
2020
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2 HISTÓRIA DO BIOGÁS ..................................................................................................... 6
3 PRIMEIRO BIODIGESTOR ................................................................................................ 8
4 BIOGÁS ........................................................................................................................... 10
4.1 DIGESTÃO ANAERÓBIA................................................................................................................................. 11
4.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO ANAERÓBIO EM RELAÇÃO AO AERÓBIO ............... 12
4.3 CARACTERIZAÇÃO DOS SUBSTRATOS E POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE BIOGÁS ............................. 13
4.4 PROCESSO DE BIODIGESTÃO ANAERÓBIA ............................................................................................... 16
4.5 PRÉ-TRATAMENTO DO SUBSTRATO........................................................................................................... 17
4.5.1 SEPARAÇÃO DE SÓLIDOS E MISTURA DO SUBSTRATO ....................................................................... 17
4.5.2 TRITURAÇÃO DO SUBSTRATO ................................................................................................................. 19
4.5.3 AQUECIMENTO DO SUBSTRATO .............................................................................................................. 19
4.6 TECNOLOGIAS DE DIGESTÃO ANAERÓBIA PARA PRODUÇÃO DE BIOGÁS ........................................... 21
4.6.1 REGIME DE ALIMENTAÇÃO ....................................................................................................................... 21
4.6.2 CLASSIFICAÇÃO DOS BIODIGESTORES POR TECNOLOGIAS .............................................................. 22
4.6.3 CLASSIFICAÇÃO DOS BIODIGESTORES POR PORTE ............................................................................ 34
4.6.4 EFICIÊNCIA DAS TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO DE BIOGÁS .............................................................. 36
4.6.5 ATERROS SANITÁRIOS .............................................................................................................................. 39
5 CONSIDERAÇÕES PARA O PROJETO DESTE TRABALHO ........................................ 41
6 PROJETO ........................................................................................................................ 42
6.1 EQUAÇÕES UTILIZADAS ............................................................................................................................... 42
6.1.1 Cálculos do projeto ....................................................................................................................................... 44
6.2 DIMENSIONAMENTO DO MOTO GERADOR ................................................................................................ 50
6.2.1 Potencial de geração de energia elétrica diária (kWh/dia) ............................................................................ 52
6.2.2 Vazão horária (Nm³/h).................................................................................................................................. 52
6.2.3 Potência da máquina para o projeto ............................................................................................................. 52
6.2.4 Estimativa de geração diária de energia elétrica em GD .............................................................................. 52
6.2.5 Estimativa de geração diária de energia elétrica em GI ................................................................................ 52
7 DESCRIÇÃO DOS CUSTO E EQUIPAMENTOS ............................................................. 53
7.1 TRATAMENTO ................................................................................................................................................ 53
7.2 COMPRESSÃO ............................................................................................................................................... 53
7.3 GASÔMETRO.................................................................................................................................................. 53
7.4 QUEIMADOR ................................................................................................................................................... 54
7.5 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE 2.020 ATÉ 2.035 - PERÍODO 15 ANOS ........................................ 54
7.6 CRÉDITO DE CARBONO DE 2.020 ATÉ 2.035 - PERÍODO DE 15 ANOS .................................................... 54
7.7 INVESTIMENTO POR ATIVIDADE NO PROJETO ......................................................................................... 55
7.8 VIABILIDADE ECONÔMICA ............................................................................................................................ 55
7.8.1 Financiamento: ............................................................................................................................................. 56
7.8.2 Fluxo de Caixa: ............................................................................................................................................. 57
7.8.3 VPL e TIR ..................................................................................................................................................... 58
7.8.4 Payback ........................................................................................................................................................ 58
7.8.5 Análises de Sensibilidade: ............................................................................................................................ 59
8 CONCLUSÃO................................................................................................................... 60
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 60
Figuras
Figura 1 – Instalado primeiro biodigestor no campo (Crédito: João C.C. Zank) ..................................... 9
Figura 2 - Etapas da digestão anaeróbia (Fonte: Strapasson et al. (2014).) ........................................ 16
Figura 3 - Conjunto de telas utilizadas para separação de sólidos grosseiros em uma unidade de
produção de suínos (Fonte: CIBiogás (2016)). ..................................................................................... 18
Figura 4 - Caixa de areia com deposição de sólidos fixos, para tratamento de dejetos de suínos.
Fonte: CIBiogás (2016). ........................................................................................................................ 18
Figura 5 - Relações entre temperatura e crescimento de micro-organismos de diferentes classes
térmicas (Fonte: Madigan, M. et al. (2010)). ......................................................................................... 20
Figura 6 - Biodigestor modelo Indiano - vista frontal. (Fonte: Strapasson et al. (2014)). ..................... 22
Figura 7 - Biodigestor modelo indiano (Fonte: CIBiogás (2016)). ......................................................... 23
Figura 8 - Vista superior de um biodigestor modelo chinês (Fonte: Taller Biogas (2018))................... 24
Figura 9 - Esquema de concepção de biodigestor modelo chinês (Fonte: Strapasson et al. (2014)) .. 24
Figura 10 - Biodigestor de lona coberta – BLC (Fonte: Torres et al. (2012)) ....................................... 25
Figura 11 - Desenho esquemático de um biodigestor de fluxo tubular (Fonte: CIBiogás (2016)). ....... 26
Figura 12 - Biodigestor Plug-Flow (Fluxo tubular) - (Fonte: CIBiogás (2016)). .................................... 27
Figura 13 - Biodigestor de fluxo tubular - Bolsa de geomembrana – (Fonte: RedBioLAC (2016)). ..... 27
Figura 14 - Esquema de funcionamento de biodigestor de fluxo ascendente – UASB –(Fonte: Campos
(1999)). .................................................................................................................................................. 29
Figura 15 - reator tipo UASB – (Fonte: JIE (2016))............................................................................... 30
Figura 16 - Biodigestor em fase sólida e em batelada, com recirculação de inóculo ........................... 31
Figura 17- Exemplos de configurações especiais na fermentação a seco ........................................... 32
Figura 18 - Biodigestor de mistura completa - resíduos animais e vegetais – (Fonte: Curso de
Operacionalização de Biodigestores (2016)). ....................................................................................... 33
Figura 19 - Unidade de Demonstração Itaipu de biometano – (Fonte: CIBiogás (2017)). ................... 34
Figura 20 - Biodigestor de mistura completa com agitação –(Fonte: BMELV (2010)). ........................ 34
Figura 21 - Exemplos de biodigestores modernos adaptados para aplicações domésticas (Biogás
Home) - Fonte: Homebiogas (Disponível em: <https://homebiogas.com>). ......................................... 36
Figura 22 - Produção de biogás por quatro diferentes tipos de digestores anaeróbios ....................... 38
Figura 23 - Esquema de aterro sanitário - Fonte: ABIDES (2016). ...................................................... 40
Figura 24 - Aterro sanitário - Fonte: Blog da Engenharia (2014). ......................................................... 40
Figura 25: Como calcular o volume de carga. ...................................................................................... 44
Figura 26 – Esquema do Biodigestor adotado no projeto - BLC .......................................................... 47
Figura 27: Concentração de biogás ...................................................................................................... 47
Figura 28: Área utilizada pelo Biodigestor. ........................................................................................... 49
Figura 29 – Diagrama da Planta do Biodigestor ................................................................................... 50
Figura 30: Investimento por atividade no projeto. ................................................................................. 55
Figura 31: Variação do preço de comercialização de energia x VPL ................................................... 59
Figura 32: Participação de capital de terceiros x VPL .......................................................................... 59
Figura 33: Variação do preço de comercialização de energia x TIR .................................................... 59
Figura 34: Participação de capital de terceiros x TIR ........................................................................... 60
Tabelas
Tabela 1 - Características de alguns substratos para produção de metano ........................................ 14
Tabela 2 - Capacidade de geração de biogás de reatores UASB e BCL para dejetos de suínos. ...... 15
Tabela 3 - Faixa termal e tempo de retenção típico na digestão anaeróbia. ........................................ 20
Tabela 4 - Classificação das técnicas de geração de biogás conforme diferentes critérios ................ 37
Tabela 5: Índices de produção de biogás na Unidade Granja Colombari ............................................ 43
Tabela 6 – Produção diária de efluentes para as categorias de animais (2016) .................................. 43
Tabela 7 - Produção diária de efluentes para as categorias de suínos ................................................ 43
Tabela 8: Intervalo de valores delimitados pela análise para produção de efluentes .......................... 43
Tabela 9: Dados de referência para geração de energia elétrica com biogás. ..................................... 51
Tabela 10: Custo do tratamento de purificação. ................................................................................... 53
Tabela 11: Custo do equipamento compressor .................................................................................... 53
Tabela 12: Custo do equipamento gasômetro ...................................................................................... 53
Tabela 13: Custo do equipamento queimador ...................................................................................... 54
Tabela 14: Geração de energia no período de 10 anos ....................................................................... 54
Tabela 15: Custo da energia elétrica gerada ........................................................................................ 54
Tabela 16: Cálculo do crédito de carbono ............................................................................................ 54
Tabela 17: Financiamento do projeto .................................................................................................... 56
Tabela 18: Fluxo de caixa ..................................................................................................................... 57
Tabela 19: Cálculo dos valores de VPL e TIR ...................................................................................... 58
Tabela 20: Calculo de payback ............................................................................................................. 58
1 INTRODUÇÃO
4
(OECD/FAO,2016). Para atingir esse objetivo o Brasil terá que triplicar o número de
animais confinados, o que, atualmente, não seria possível em função da
necessidade de tratamento dos resíduos dos animais exigidos pela legislação
ambiental. Fomentar o uso desses resíduos para produção do biogás, além de
proporcionar soberania energética aos produtores rurais, promovendo o saneamento
rural e a expansão da produção de proteína animal.
Os benefícios ambientais e os ganhos econômicos de gerar sua própria
energia com uma matéria prima disponível da propriedade rural, o biogás passou a
ser muito atrativo no Brasil. Ao longo desse trabalho iremos demonstrar iniciativas e
projetos desta área e informações da propriedades de agricultura familiar que
aproveitam energeticamente o biogás no sul do Brasil.
O uso dessa fonte renovável na agricultura familiar vem ao encontro das
metas de redução de emissões de GEE e traz, além disso, benefícios ambientais,
sociais e econômicos para as propriedades rurais.
Após a publicação da Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) Nº 482/2012, alterada pela Resolução Normativa (ANEEL Nº
687/2015. Essas resoluções permitem a geração de energia elétrica e sua injeção
na rede de distribuição, permitindo a compensação do consumo da unidade e,
consequentemente, a redução dos custos de produção, no caso de propriedades
rurais e segurança no mercado, uma vez que a regulamentação contempla as
pequenas gerações de energia (mini e microgeração).
5
2 HISTÓRIA DO BIOGÁS
6
Nas décadas de 50 e 60, a relativa abundância das fontes de energia
tradicionais, petróleo, gás natural, hídrica e carvão mineral principalmente,
desencorajaram a recuperação do biogás na maioria dos países desenvolvidos. No
entanto, na Índia e na China, com poucos recursos de capital e energia, o biogás
desempenhou um papel de certa importância, sobretudo em pequenos aglomerados
rurais.
Em 1939, o Instituto Indiano de Pesquisa Agrícola, em Kanpur, desenvolveu
a primeira usina de gás de esterco. Segundo Nogueira (1986), o sucesso obtido
animou os indianos a continuarem as pesquisas, criando, em 1950, o Gobar Gás
Institute.
Tais pesquisas resultaram em grande difusão da metodologia de
biodigestores como forma de tratar os dejetos de animais para a obtenção do biogás
e o aproveitamento do efluente líquido final com propriedades fertilizantes, o
digestato.
Esse trabalho pioneiro, realizado no Norte da Índia, permitiu a construção de
quase meio milhão de unidades de biodigestores no interior daquele país. A
utilização do biogás como fonte de energia motivou a China a adotar a tecnologia a
partir de 1958, onde, até 1972, já haviam sido instalados 7,2 milhões de
biodigestores na região do Rio Amarelo, que possui condições climáticas favoráveis
à produção de biogás.
A partir da crise energética dos anos 70, o gás metano dos digestores
anaeróbios voltou a despertar o interesse, tanto por países desenvolvidos como
países em desenvolvimento. No entanto, em nenhum país o uso desta tecnologia
alternativa foi tão acentuado, no sentido de quantidade de plantas, como na China e
Índia.
De acordo com Costa (2006), nos últimos anos o biogás não é mais
encarado apenas como um subproduto obtido a partir da decomposição anaeróbia,
mas se tornou alvo de intensas pesquisas que são impulsionadas pelo aquecimento
da economia nos últimos anos e pela elevação acentuada do preço dos
combustíveis fósseis, no intuito de criar novas formas de produção energética que
possibilitem a redução do uso dos recursos naturais não renováveis.
Em 1997, a Comissão Europeia publicou o Relatório Branco sobre Fontes
Renováveis de Energia (White Paper on Renewable Energy Sources) em que define
a produção de fontes renováveis de energia como prioritária. Este documento
7
propôs que pelo menos 12% do consumo energético da União Europeia (UE) fosse
constituído por fontes renováveis de energia até 2010.
Assim, a produção de biogás em plantas de larga escala cresceu muito nos
países da UE, principalmente na Alemanha, Áustria e Itália, chegando a 17.358
plantas em 2015, que, juntas, geraram 9,8 Mega Tonelada Equivalente de Petróleo
(Mtep) de biogás, que é aplicado, principalmente, na geração de energia elétrica e
calor.
Além disso, também vem crescendo a produção de biometano e injeção na
rede de gás natural nesses países, principalmente na Suécia e Alemanha. Porém,
vale ressaltar que, para alcançar esses resultados a maioria dos países da UE
usam, além de resíduos e efluentes, cultivos energéticos como substrato para a
biodigestão, como o milho.
Considerando a importância que a biodigestão tem, atualmente, no processo
de produção de biogás como uma fonte de energia, elaboramos esse curso com o
objetivo de abordar esse tema, como também de toda a cadeia produtiva, indo
desde os princípios da biodigestão, passando pelo uso do digestato e do biogás, até
o planejamento de projetos de biogás.
“Cultivos energéticos são plantas de crescimento rápido, com objetivo
único: ser matéria prima para a obtenção de energia de outras substâncias
combustíveis, tais como cana de açúcar, milho e girassol.”
3 PRIMEIRO BIODIGESTOR
8
diário/rotina de manutenção; preço do petróleo menor que o preço do biogás; falta
de incentivo para a continuidade do projeto.”
9
“Em 2002 – 2003 surgiu o Sistema PCT Ariranha cuja concepção era de
geração de energia elétrica a partir de biomassa, especialmente dejetos suínos e
com enriquecimento de biomassa com culturas e sobras locais. O projeto envolveu a
EPAGRI, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Eletrosul. A
proposta pretendia trabalhar com sistemas de fermentadores com aquecimento e
agitação interna da biomassa para geração de energia constante. Dentre outras
aplicações, a sobra da energia térmica seria aproveitada na secagem de grãos e na
redução do volume do biofertilizante saído do biodigestor, o que reduziria o custo do
transporte. Como objetivo também constava a utilização do efluente em distâncias
compatíveis com sua concentração e valor econômico e fertilizante e em culturas de
importância econômica e energética (ex: milho, capim elefante e outras). Parte do
biogás poderia ser reduzido a metano e utilizado, como combustível, em veículos
locomotores e estacionários.”
4 BIOGÁS
10
O biogás produzido pode ser usado como energia térmica substituindo a
lenha, o diesel ou outro combustível fóssil para aquecimento de ambientes, cocção
de alimentos, geração de vapor, secagem de grãos, higienização de alimentos etc.,
como energia mecânica (motriz) para bombeamento de água ou biofertilizante, para
a geração de energia elétrica pela queima em grupos moto geradores ou turbinas e
para a produção de biometano, gás similar ao gás natural, que pode ser utilizado em
veículos automotores. Para a produção do biometano, o biogás passa por processos
de purificação que aumentam a concentração de metano para 96,5% na maior parte
do Brasil, conforme exigência da Resolução 01/2015 da Agência Nacional de
Petróleo.
Nesse estudo, vamos analisar a produção de biogás apenas por substratos
de suínos.
11
4.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PROCESSO ANAERÓBIO EM
RELAÇÃO AO AERÓBIO
VANTAGENS DESVANTAGENS
➢ OS MICRO-ORGANISMOS ANAERÓBIOS
SÃO SENSÍVEIS A FATORES DO MEIO,
➢ BAIXA PRODUÇÃO DE SÓLIDOS: CERCA
TAIS COMO TEMPERATURA E A ALGUNS
DE 5 A 10 VEZES MENOS QUE NOS
OUTROS COMPOSTOS;
PROCESSOS AERÓBICOS;
➢ A PARTIDA DO PROCESSO PODE SER
➢ BAIXO CONSUMO DE ENERGIA E MENOS
LENTA NA AUSÊNCIA DE INÓCULO (LODO
CUSTO OPERACIONAL;
DE SEMEADURA ADAPTADO);
➢ BAIXA DEMANDA DE ÁREA;
➢ PRÉ-TRATAMENTO DO SUBSTRATO É
➢ PRODUÇÃO DE METANO COM ELEVADO
USUALMENTE NECESSÁRIO;
TEOR CALORÍFICO;
➢ A BIOQUÍMICA E A MICROBIOLOGIA DA
➢ TOLERÂNCIA A ELEVADAS CARGAS
DIGESTÃO ANAERÓBIA SÃO COMPLEXAS;
ORGÂNICAS;
➢ POSSIBILIDADE DE MAUS ODORES,
➢ APLICABILIDADE EM PEQUENA E GRANDE
PORÉM CONTROLÁVEIS;
ESCALA.
➢ BAIXA REMOÇÃO DE NITROGÊNIO,
FÓSFORO E PATÓGENOS.
12
Esse processo de mistura demanda um estudo mais aprofundado das
características, disponibilidade dos substratos e um pré-tratamento mais avançado.
Porém, é interessante para alcançar maior estabilidade na biodigestão, eficiência na
produção de biogás, controle da sazonalidade da disponibilidade de substratos, e na
melhoria das características do digestato.
“É possível utilizar apenas um tipo de substrato na biodigestão, o que se
denomina de monodigestão, ou misturar diferentes substratos, processo
denominado de codigestão.”
13
Tabela 1 - Características de alguns substratos para produção de metano
14
Além disso, cada tecnologia de biodigestão suporta diferentes quantidades
de sólidos totais, o que demanda que alguns substratos sejam diluídos. Também é
necessário considerar que, ainda que o potencial máximo de produção de biogás
seja alto nas análises laboratoriais, na prática, a produção real será menor, pois
pode variar conforme o tipo de biodigestor, temperatura, manejo, pH, etc.
A capacidade de geração de biogás também dependerá da eficiência do
biodigestor, podendo variar de acordo com o tipo do digestor e a condição
operacional a qual ele é submetido. É necessário conhecer os parâmetros e assim
empregá-los de forma que o manejo seja adequado. A Tabela 2 apresenta como os
parâmetros, valores da qualidade de biogás e seu potencial de produção podem
variar conforme a tecnologia, com valores apresentados pela Tekoa Engenharia e
Consultoria LTDA (2011), PROBIOGÁS (2015), KTBL (2016) e Metcalf & Eddy
(2003).
Tabela 2 - Capacidade de geração de biogás de reatores UASB e BCL para dejetos de suínos.
15
4.4 PROCESSO DE BIODIGESTÃO ANAERÓBIA
16
fonte de energia, receptores de elétrons, estrutura para a produção de novas
células, diferentes tipos de vitaminas e macro e micronutrientes (metais).
Em adição ao substrato, os micro-organismos requerem um ambiente
adequado para crescer e reproduzir. Os principais fatores abióticos que influenciam
a produção de biogás são: presença de oxigênio no ambiente; temperatura;
potencial de hidrogênio (pH); alcalinidade; sulfato; acidez; tamanho das partículas;
produção e consumo de ácidos orgânicos; e nutrientes.
17
homogeneização também auxilia na separação sólido-líquido, pois é responsável por
armazenar os substratos brutos utilizados no processo de alimentação do sistema
de tratamento, tendo por finalidade a agitação dos substratos, por meio de bomba de
recalque, e a decantação da areia e de sólidos pesados. Para melhorar a eficiência
da mistura aconselha-se atingir todos os pontos da caixa.
A agitação é importante por possibilitar que o substrato esteja
homogeneizado e uniforme quando for inserido no biodigestor, aumentando, assim,
a eficiência da biodigestão, pois facilita o contato dos micro-organismos com o
material que será degrado.
Figura 3 - Conjunto de telas utilizadas para separação de sólidos grosseiros em uma unidade de
produção de suínos (Fonte: CIBiogás (2016)).
Figura 4 - Caixa de areia com deposição de sólidos fixos, para tratamento de dejetos de suínos.
Fonte: CIBiogás (2016).
18
4.5.2 TRITURAÇÃO DO SUBSTRATO
19
Figura 5 - Relações entre temperatura e crescimento de micro-organismos de diferentes classes
térmicas (Fonte: Madigan, M. et al. (2010)).
21
única vez até se findar a biodigestão. Após isso, são esvaziados e alimentados
novamente, iniciando um novo processo de fermentação. Esse regime é utilizado
quando a concentração de sólidos no substrato é mais elevada, por exemplo:
biodigestão de resíduos da avicultura ou de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
Figura 6 - Biodigestor modelo Indiano - vista frontal. (Fonte: Strapasson et al. (2014)).
22
A parede divisória faz com que o material circule por todo o interior da
câmara de fermentação. A Figura 7 apresenta a vista superior deste modelo de
biodigestor.
23
Figura 8 - Vista superior de um biodigestor modelo chinês (Fonte: Taller Biogas (2018)).
Figura 9 - Esquema de concepção de biodigestor modelo chinês (Fonte: Strapasson et al. (2014))
24
Devido à perda de uma parcela do gás formado na caixa de saída para a
atmosfera, o que faz reduzir parcialmente a pressão interna do gás, este tipo de
biodigestor não é utilizado para instalações de grande porte, demandando também,
trabalho para alimentação do substrato e retirada do digestato.
Também tem uma relação custo-benefício atrativa, e semelhante ao modelo
indiano, o substrato deverá ser fornecido continuamente, com baixas concentração
de sólidos totais para evitar entupimentos do sistema de entrada e facilitar a
circulação do material.
.
A câmara é coberta por material geossintético flexível que infla conforme o
gás é produzido, servindo como reservatório do biogás, e podendo ser retirada e
limpa pelo fácil manuseio (Figura 11).
25
Contém uma grande área de exposição ao sol, o que contribui para
produção de biogás em regiões quentes (CASTANHO & ARRUDA, 2008), porém é
mais sensível às variações térmicas, sendo mais recomendável para regiões de
temperaturas constantes.
26
Figura 12 - Biodigestor Plug-Flow (Fluxo tubular) - (Fonte: CIBiogás (2016)).
27
De acordo com o monitoramento e acompanhamento das Unidades de
Demonstração realizado pelo CIBiogás, recomenda-se que esse tipo de sistema
opere com uma concentração máxima de ST de 6%.
“Os biodigestores para aplicações domésticas e em zonas mais carentes
devem ter características bem específicas para obterem um custo-benefício
adequado à realidade dessas regiões. Para mais dados sobre este assunto, você,
aluno, poderá acessar as informações disponibilizadas pela Red de Biodigestores
para Latinoamérica y Caribe de 2016, Oportunidades para el desarrollo de un sector
sostenible de biodigestores de pequeña y mediana escala en LAC.”
Disponível em: http://redbiolac.org/2016/11/ya-esta-disponible-la-
publicacion-sobre-biodigestores-en-version-digital-descarguela-aqui/
28
Figura 14 - Esquema de funcionamento de biodigestor de fluxo ascendente – UASB –(Fonte: Campos
(1999)).
29
“O inóculo é composto que contém micro-organismos típicos da digestão
anaeróbica anterior, fornecendo ao novo substrato uma população adicional de
micro-organismos já adaptados ao substrato.
São retirados do interior de um biodigestor já em operação, fazendo com
que acelere a adaptação da nova biodigestão.”
30
baixa concentração de água em sistemas de digestão em fase sólida, necessita-se
de biodigestores com menores volumes (comparados às outras tecnologias
estudadas nesse curso).
Em contrapartida, tem-se a necessidade de bombas para recirculação do
líquido proveniente de digestões anteriores, chamado de percolado ou lixiviado,
sendo recirculado sobre a fração sólida e assim, inoculando o substrato e garantindo
um nível de umidade no processo. Na Figura 16 observa-se o esquema desse
sistema.
31
Figura 17- Exemplos de configurações especiais na fermentação a seco
Fonte: BMELV (2010).
32
São muito utilizados na Europa, em países como a Alemanha, Áustria e
Dinamarca, para geração de biogás para codigestão de resíduos animais e vegetais
e semelhante ao UASB, pode ser ou não adicionado inóculo.
Também chamado de modelo de mistura completa, o CSTR é constituído de
concreto reforçado, com sistema de aquecimento no interior e exterior das paredes e
no chão.
Possui também isolamento ao redor das paredes e debaixo do piso,
garantindo perda mínima de calor. É composto por um misturador, sistema de
trituração, controladores de temperatura, sistema de controle dos parâmetros físicos,
químicos e microbiológicos, todos no interior do biodigestor (Figura 18).
33
De acordo com as experiências do CIBiogás, recomenda-se que esse tipo
de sistema opere com um teor de ST de no máximo 12%.
34
4.6.3.1 BIODIGESTORES DE PEQUENA, MÉDIA E GRANDE ESCALA
35
Modelos com maior nível tecnológico vêm sendo desenvolvidos para uso
doméstico nos últimos anos em busca de melhorar a sustentabilidade de regiões
urbanas (Figura 21). Porém, nitidamente, tem custos mais elevados e não são
acessíveis a todas as classes sociais, e por isso ainda é mais utilizável, nessa
categoria, os modelos indiano e o chinês.
36
Tabela 4 - Classificação das técnicas de geração de biogás conforme diferentes critérios
37
Comprovou-se que a alimentação em pequenas cargas várias vezes ao dia
oferece uma produção de gás uniforme e a utilização mais eficiente do espaço do
biodigestor.
Sobre o número de fases em que um processo pode ser conduzido,
caracteriza-se por bifásico quando as fases de hidrólise e metanização são
realizadas em reservatórios diferentes, como também em diferentes condições, tais
como, de pH e temperatura.
Os micro-organismos são divididos em 3 categorias. Na prática, não há
limites rígidos entre as diferentes faixas de temperatura, mas as variações bruscas
podem prejudicar o seu desenvolvimento.
Contudo, os micro-organismos metanogênicos possuem a capacidade de se
adaptar a diferentes níveis de temperatura quando a sua variação é lenta e por isso
a estabilidade do processo depende muito mais da constância da temperatura do
que do valor absoluto em si.
A eficiência tecnológica de um sistema de produção de biogás também está
relacionada ao bom aproveitamento do gás. Por exemplo, se o biogás é utilizado
para a geração de energia elétrica, deve-se operar o motor com potência instalada
para gerar o máximo possível, sem que haja a necessidade de queimar o biogás
excedente por meio de um queimador ou flare.
Na Figura 22 é apresentado um gráfico com a estimativa de produção de
biogás de um substrato genérico por quatro diferentes tipos de digestores
anaeróbios: lagoa coberta, mistura completa, filme fixo e fluxo em pistão. As colunas
representam o valor médio de produção e a linha preta no meio de cada coluna é a
barra de erros que representa os intervalos dos valores de produção obtidos.
38
A produção de biogás e metano a partir do substrato utilizado reflete a
eficiência de um sistema de produção. Normalmente, este parâmetro está
relacionado com a carga orgânica adicionada.
O modelo e o nível tecnológico do biodigestor a ser escolhido para geração
de biogás é uma decisão do responsável técnico e do proprietário ou usuário.
Contudo, é importante que se tenha ciência dos limites de cada tecnologia
no que diz respeito à geração de biogás.
Os biodigestores de fluxo tubular, por exemplo, têm como vantagem o seu
baixo custo. No entanto, não se pode esperar que estes reatores operem com a
mesma eficiência dos biodigestores de mistura completa com controle de
temperatura.
Portanto, a tecnologia instalada deve ser compatível com o substrato
utilizado (características e quantidade disponível), com a expectativa de produção,
com a demanda energética do local, com as características do meio (temperatura,
declividade do terreno, radiação solar, etc.) com a capacidade de tratamento do
efluente líquido e pela demanda por fertilizante.
39
Figura 23 - Esquema de aterro sanitário - Fonte: ABIDES (2016).
40
Muitos especialistas não consideram os aterros como uma tecnologia
adequada para a produção do biogás e muitas vezes não tratam desse assunto
quando se fala de digestão anaeróbia.
A questão é que, a partir do momento em que o resíduo orgânico é
depositado em um aterro sanitário, o seu uso após o tratamento e como um
biofertilizante, torna-se impossível. Assim, esses resíduos passam a ocupar um
espaço sem poder ser reaproveitados.
Em países desenvolvidos, a separação dos resíduos orgânicos é mais
efetiva e estes são destinados ao processo de tratamento em biodigestores de
mistura completa ou via seca. Porém, em países em desenvolvimento, diversos
fatores dificultam a separação e destinação dos resíduos orgânicos das áreas
urbanas para a digestão anaeróbia, tornando o aterro sanitário uma opção mais
barata e acessível.
Assim, mesmo que os aterros não sejam a melhor solução para os RSU
devido as outras opções sustentáveis existentes, há muitos operando nos países em
desenvolvimento, e o uso energético do biogás produzido pode garantir sua
sustentabilidade financeira e evitar que o RSU seja destinado a lixões, causando
maior impacto ambiental.
41
6 PROJETO
• Propriedade de Suinocultura
• 5.000 suínos em terminação
• Tempo de retenção hidráulica: 30 dias
• Tempo de retenção hidráulica: 22 dias
• Regime de operação da granja: 12 horas por dia
• Objetivo: Gerar energia elétrica
Eficiência de tratamento
𝑆𝑜𝑢𝑡
𝐸 = (1 − ) . 100
𝑆𝑜
42
E para o calculo da produção de biogás:
𝑃𝑏𝑖𝑜 = 𝑉𝑏𝑖𝑜 𝑥 𝐾
Onde Vbio é o volume de biomassa no biodigestor (m³), Nsui é o número de
suínos da unidade, Vdej é o volume médio produzido de dejeto por animal (m³/dia),
TRH é o tempo de retenção hidráulica, Pbio é a quantidade de biogás produzida por
dia (m³) e K é o índice de eficiência de produção de biogás no biodigestor
(m³biogás/m³biomassa) que varia entre 0,35 e 0,65 (OLIVEIRA et al., 2006 apud
MARTINS et al., 2011).
43
por suínos conforme o ciclo de produção
46 𝑥 18
𝑉𝑜𝑙 𝑏𝑖𝑜𝑑𝑖𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟 = = 1.380 𝑚³
0,6
45
𝐶𝑂𝑉 = 0.81 𝐾𝑔𝑠𝑣 𝑚3 𝑑𝑖𝑎−1
𝑄 𝑥 𝑆𝑉
𝑉𝑜𝑙 𝑏𝑖𝑜𝑑𝑖𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟 =
𝐶𝑂𝑉 𝑉𝑜𝑙 𝑏𝑖𝑜𝑑𝑖𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟 = 1.022 𝑚³
46 𝑥 18
𝑉𝑜𝑙 𝑏𝑖𝑜𝑑𝑖𝑔𝑒𝑠𝑡𝑜𝑟 = = 1.022 𝑚³
0,81
46
Figura 26 – Esquema do Biodigestor adotado no projeto - BLC
Adiciona-se uma pequena quantidade de gás oxigênio para que comece o
processo biológico de produção de biogás. É necessário destacar o perigo de
explosão, conforme a proporção de metano, pois o biogás torna-se explosivo com ar
na faixa de 6-12% (KAPDI et al.,2005).
1,5. 10−6
𝑄𝑎𝑟 (𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜) = 𝑥 ∆𝐻2 𝑆 𝑥 𝑄𝐵𝑖𝑜𝑔á𝑠
0,21𝑂𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑟
47
1,5. 10−6
𝑄𝑎𝑟 (𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜) = 𝑥 3000𝑝𝑝𝑚 𝑥 650𝑚³
0,21𝑂𝑥𝑖𝑔ê𝑛𝑖𝑜 𝑛𝑜 𝑎𝑟
55,82 3000
𝐹𝑒 = 1,7 𝑥 𝑥 ( 20 𝑥 46 + 𝑥 1,54 𝑥 650)
32 1000
𝐹𝑒 = 11,63 𝐾𝑔. 𝑑 −1
Supondo que sua composição seja 40% de ferro, calcula-se a demanda final:
100 100
𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐹𝑒 𝑥 𝑚𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 11,63 𝑥
%𝐹𝑒 40
DIMENSIONAMENTO DO BIODIGESTOR
48
Figura 28: Área utilizada pelo Biodigestor.
49
Figura 29 – Diagrama da Planta do Biodigestor
50
𝐸𝑔 = 𝑉𝑑 𝑥 𝐹𝑐
𝑉𝑑
𝑄ℎ =
𝑡0
Sabendo que 𝐸𝑔 corresponde à energia gerada no período, medido em kWh,
𝑉𝑑 é o volume diário de biogás (m³/dia), 𝐹𝑐 é o fator de conversão, 𝑄ℎ é a vazão
horária de biogás (m³/h) e 𝑡0 é o tempo de operação, calculou-se:
51
6.2.1 POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DIÁRIA (KWH/DIA)
𝑉𝑑 650
𝑄ℎ = 𝑄ℎ =
𝑡0 12 𝑄ℎ = 54,16 𝑁𝑚3 /ℎ
𝐹𝐶 1,35
𝜂𝐺𝐷 = 𝜂𝐺𝐷 =
𝑃𝐶𝐼 5,74 𝜂𝐺𝐷 = 0,2351 𝑥 100 𝜂𝐺𝐷 = 23,51%
1,08
𝜂𝐺𝐼 =
5,74 𝜂𝐺𝐼 = 18,81%
𝜂𝐺𝐼 = 0,1881 𝑥 100
𝐸𝐺𝐷 = 𝑉𝑑 𝑥 𝑃𝐶𝐼 𝑥 𝜂𝐺𝐷 𝐸𝐺𝐷 = 650 𝑥 5,74 𝑥 23,51% 𝐸𝐺𝐷 = 877,16 𝑘𝑊ℎ. 𝑑 −1
𝐸𝐺𝐼 = 𝑉𝑑 𝑥 𝑃𝐶𝐼 𝑥 𝜂𝐺𝐼 𝐸𝐺𝐼 = 650 𝑥 5,74 𝑥 18,81% 𝐸𝐺𝐼 = 701,80 𝐾𝑊ℎ. 𝑑 −1
52
7 DESCRIÇÃO DOS CUSTO E EQUIPAMENTOS
Foi utilizado o programa “Biogás, geração e uso energético”, desenvolvido pelo
Convênio firmados entre o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e da Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental – CETESB, e do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência e
Tecnologia., para estimar as emissões de biogás e as quantidades de energia
disponíveis pela sua recuperação e uso. Os valores apresentados nas Tabelas 10 a
16 foram elaboradas a partir de dados obtidos por esse software.
7.1 TRATAMENTO
7.2 COMPRESSÃO
7.3 GASÔMETRO
53
7.4 QUEIMADOR
54
7.7 INVESTIMENTO POR ATIVIDADE NO PROJETO
55
7.8.1 FINANCIAMENTO:
56
7.8.2 FLUXO DE CAIXA:
57
7.8.3 VPL E TIR
7.8.4 PAYBACK
58
7.8.5 ANÁLISES DE SENSIBILIDADE:
$200.000
$100.000
$0
($100.000) 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Preço da Energia R$/MWh
VPL
$320.000
$300.000
$280.000
VPL
$260.000
$240.000
$220.000
80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%
Capital de Terceiros
60,00%
40,00%
TIR
20,00%
0,00%
200 250 300 350 400 450 500 550 600
-20,00%
Preço da Energia R$/MWh
59
d) TIR x Participação de Capital de Terceiros
47,00%
37,00%
TIR
27,00%
17,00%
7,00%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Capital de Terceiros
8 CONCLUSÃO
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.vinibiodigestor.com.br
http://mdscarbon.no.comunidades.net/valores-carbono
https://pt.engormix.com/suinocultura/artigos/unidade-compostagem-tratamento-dos-
t38265.htm
http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/2841/1/Anderson%20Coldebella.pdf
http://www.faperj.br/?id=2569.2.0
http://www.cnpsa.embrapa.br/pnma/pdf_doc/8-PauloArmando_Producao.pdf
ABIDES. Aterro sanitário no Ceará começa a produzir biogás gerado pelo lixo. 2016.
Disponível em: <http://abides.org.br/aterro-sanitario-no-ceara-comeca-a-produzir-
biogas-gerado-pelo-lixo/>.
60
BLOG DA ENGENHARIA. Biogás de aterros sanitários: o potencial energético dos
resíduos. 2014. Disponível em: <https://blogdaengenharia.com/biogas-de-aterros-
sanitarios-o-potencial-energetico-dos-residuos/>.
BMELV. Guia Prático do Biogás: Geração e Utilização. Ed. 5. 2010. Disponível em:
<http://web-resol.org/cartilhas/giz_-_guia_pratico_do_biogas_final.pdf>
61
KTBL - Kuratorium fur Technik und Bauwesen in der Landwirtschalt (Association for
Technology and Structures in Agriculture). Online European Feedstock Atlas basis
version. 2016. Disponível em: <http://daten.ktbl.de/euagrobiogasbasis>.
METCALF & EDDY. Wastewater Engineering: Treatment and reuse. 4ª Ed. New
York, 2003.
62
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1996. Strapasson, AB; Ferreira, D.; Durães, F.O.M; Giulianio, T.Q.; CASSINI, S. T.
A.; Barbosa, CMBM. Matérias-primas para geração de biocombustiveis. In: Carlos
Augusto Perlingeiro. (Org.). Biocombustiveis no Brasil: fundamentos, aplicações e
perspectivas. 1ed. Rio de Janeiro: Synergia, 2014, v. 1, p. 49-81.
VIVAN, M.L.; KUNZ, A.; STOLBERG, J.; PERDOMO, C.C. Tratamento de dejetos
suínos através do sistema de lagoas de estabilização. In: JINC – 1ª Jornada de
Iniciação Científica Embrapa/UnC. Brasil, 2008.
63