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Resumo
O meio ambiente é um dos recursos finitos que o homem utiliza para fins de desenvolvimento
enquanto utilizador e ocupador do espaço em que vive. Mas, a partir do momento em que este
homem se estabelece, transforma e capitaliza, o espaço natural, gera impactos ao meio
ambiente. Nesta perspectiva, o estudo desenvolveu uma reflexão acerca da inserção e da
relevância do uso da percepção ambiental, que pode ser entendido como cada indivíduo
percebe, concebe, cuida e protege o meio em que vive. Metodologicamente, trata-se de uma
revisão bibliográfica, dando ênfase a relação do homem com o meio ambiente, através da
assimilação, valorização e respeito. O objetivo foi entender os desafios, os avanços e as
mudanças de comportamento do homem com a natureza, a partir dos estudos de Holtzer,
Kevin Lynch, Hugh Prince. Os resultados apontaram que: a) os impactos ambientais têm
modificado a paisagem natural; b) os impactos ambientais se devem, também, à necessidade
do homem; c) os impactos têm gerado insatisfações, dividem opiniões; d) os impactos sociais
acompanham a história dos povos do mundo todo.
abstract
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Mestranda em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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Mestranda em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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Mestranda em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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Mestranda em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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Mestrando em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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Mestranda em Ciências da Educação da UNIGRENDAL Polo em Teixeira de Freitas.
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The environment is one of the finite resources that man uses for development purposes as a
user and occupier of the space in which he lives. But from the moment this man establishes
himself, he transforms and capitalizes, the natural space, generates impacts to the environment.
In this perspective, the study developed a reflection on the insertion and relevance of the use of
environmental perception, which can be understood as each individual perceives, conceives,
cares for and protects the environment in which they live. Methodologically, this is a
bibliographical review, emphasizing the relationship between man and the environment, through
assimilation, appreciation and respect. The objective was to understand the challenges, the
advances and the changes of the behavior of the man with the nature, from the studies of
Holtzer, Kevin Lynch, Hugh Prince. The results showed that: a) environmental impacts have
modified the natural landscape; b) environmental impacts are also due to man's need; c) the
impacts have generated dissatisfaction, divide opinions; d) social impacts accompany the
history of the peoples of the world.
1 Considerações iniciais
Por isso, vale salientar o quão importante é trazer este tema para debater e
refletir, no que diz respeito ao processo de degradação ambiental, que, por sua
vez, tem sido, de uma forma geral, esquecida pela maioria e os problemas tem
surgido e passado despercebidos.
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Podemos afirmar que apesar dos desafios, existem esforços de algumas
instituições para tentar conter a degradação, porém, pode-se ressaltar que é
extremamente necessário, o apoio da comunidade organizada (políticas
públicas, educação ambiental, políticas ambientais, apoio aos movimentos
sociais, ONGs, programas ecológicos, etc.), e iniciativas concretas para o
enfrentamento deste problema. Se cada um fizer a sua parte, certamente,
teremos de volta um ambiente mais saudável, sustentável e garantidor de um
futuro pleno para o ecossistema do planeta.
Foi a partir das discussões mundiais sobre meio ambiente que o Brasil buscou
inserir nas suas instituições, políticas que abrangem as questões ambientais,
visando desenvolver um sistema descentralizado, responsabilizando União,
Estados e Municípios pela gestão ambiental. Cada esfera governamental, seja
ela Federal, Estadual, Municipal, exerce diferentes papéis no que diz respeito à
execução da gestão pública ambiental. Afunilando para os municípios de forma
que pode-se aplicar educação ambiental a nível local, podemos elencar:
obtenção de informações, sensibilização para a participação popular, legislação
local, parceria com empresas e execução de projetos, fiscalização,
monitoramento da qualidade ambiental e recursos financeiros (IBAMA, 2006).
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a finalidade “é a conservação da natureza por indivíduos conscientes do seu
papel como agentes da história do planeta”.
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diferenciar espacialmente os objetos a partir da escala de preferência”
(HOLTZER, 1993, p. 115-121).
A percepção ambiental é, por sua natureza, algo individual, já que cada pessoa
percebe conforme suas interações, sua cosmovisão, e reage de forma única,
converte-se isso, como uma das principais dificuldades para a proteção de
ambientes naturais, baseados na existência de diferenças nas percepções dos
valores e da importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes
ou de grupos socioeconômicos que desempenham funções distintas, no plano
social, nesses ambientes.
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eles estão inseridos. Essa visão do ambiente estaria ligada à leitura que cada
indivíduo ou comunidade faz do meio ambiente onde vive. (RIBEIRO; LOBATO;
LIBERATO, 2009).
Dessa forma, perceber-se como parte intrínseca do meio é essencial para viver
com qualidade e interagir de fato com a natureza e com o outro. De
conformidade com Oliveira, Melazo (2005), reforça o argumento quando diz [...]
ocorre por meio dos órgãos dos sentidos associados a atividades cerebrais. As
diferentes percepções do mundo estão relacionadas às diferentes
personalidades, à idade, às experiências, aos aspectos socioambientais, à
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educação e à herança biológica. Os estímulos sensoriais, os sentimentos
relacionados ao espaço e a paisagem originam-se de experiências comuns
voltadas para o exterior (MELAZO, 2005, p. 47).
Segundo Martins (2009), “área degradada é aquela que, após sofrer um forte
impacto, perdeu a capacidade de retornar naturalmente ao estado original ou a
um equilíbrio dinâmico, ou seja, perdeu sua resiliência […]”. Mesmo os
impactos ambientais podendo ser de forma positiva ou negativa ao meio
ambiente, depois de uma área ter sido degradada, de maneira nenhuma ela
voltará a ser como era antes do ocorrido.
Para Martins (2012), “no Brasil, a partir da década de 1980, iniciou-se uma
frente de reação ao processo de degradação ambiental, cujo foco é a
restauração dos ecossistemas já degradados”. “Pós Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), realizada na
cidade do Rio de Janeiro em 1992 e, mais recentemente, em 2003 (Brasília ),
nas Conferências Infanto-Juvenil e a Nacional de Meio Ambiente.” A partir das
conferências já citadas, a sociedade brasileira passou a discutir os sérios
problemas que o meio ambiente vem sofrendo, mas, está longe o
envolvimento, a percepção e a consciência do indivíduo como parte de um
todo. Com tantos problemas ocasionados pela degradação ambiental, algumas
medidas globais foram tomadas para tentar amenizar essa situação. Sendo a
maior delas em Estocolmo, na Rússia.
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Estratégias para envolver a sociedade e perceber a compreensão que os
mesmos tem do meio em que vive
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(GUARIM NETO, 2006)
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Educção Ambiental, logo, elas fazem parte de um todo. Segundo Nascimento
(2010), [...] a ferramenta da educomunicação unida ao instrumento da
educação ambiental possibilita uma dinâmica na difusão do diálogo para o
conhecimento ambiental da sociedade; se faz um alicerce capaz de levar o
aprendizado dos aspectos ambientais ao indivíduo. Assim reflete em ações
concretas e práticas, de forma a fortalecer o entendimento (NASCIMENTO,
2010, p. 3). E se a mídia realmente exerce uma grande influência no modo de
ser e perceber das pessoas, é preciso considerar isso nos processos de
sensibilização ambiental. No entanto, isso dependerá também da maneira
como os expectadores e leitores compreendem ou interpretam as mensagens
passadas.
Considerações finais
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instituições públicas, assim como a despreocupação com o descarte e uso dos
recursos naturais.
Logo, é importante compreender que, a melhor maneira de compreender, e
modificar estes comportamentos, é através de um processo educativo, onde
políticas públicas sejam implementadas, de trabalhos entre pessoas tendem a
ser mais eficazes na promoção de mudanças de percepção, valores e
comportamentos. São, afinal, ambientes pensados coletivamente mais
promissores para o desenvolvimento da cultura de sustentabilidade.
REFERÊNCIAS
LYNCH, Kevin. The image of the city. Cambridge: The M.I.T. Press, 1960.
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COUTINHO, Clara Maria; PEREIRA, Gil Fernandes. Metodologia de
Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Abril, 2014. Edições
Almedina, S.A. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?hl=pt-
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+procedimentos+metodol
%C3%B3gicos&ots=GfgA_CfZT8&sig=OzqTeGB7XRm8JbD5w8IzMYA9MM#v
=onepage&q=sujeitos%20da%20metodologia%20e%20procedimentos
%20metodol%C3%B3gicos&f=false5798>. Acesso em: 14 de outubro de 2017.
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SILVA, Maurício Corrêa da. et al. A construção dos procedimentos
metodológicos em projetos de pesquisa. Rev. Contab. Finanç. vol.15 no.36
São Paulo Sept./Dec. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1519-70772004000300006>. Acesso em: 14 de
outubro de 2017.
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